U N I D A D E 3
TAT I A N A D E M E D E I R O S S A N TO S
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E NOVAS
MODALIDADES DE ENSINO
Unidade 3| Introdução
• Vamos entender o papel do curador na equipe que produz o material para o aluno da Educação a Distância. Também vamos aqui entender o que caracteriza de fato os objetos de aprendizagem e para finalizar compreender a importância de saber como funcionam os diversos recursos didáticos e saber avalia-lo segundo a sua aplicabilidade.
Unidade 3 | Objetivos
1. Exercer o papel de designer educacional
2. Compreender o processo de curadoria e autoria de conteúdo para EAD 3. Identificar os diversos tipos de objetos de aprendizagem e seus
repositórios, aplicando-os a cada contexto educacional.
4. Comparar e avaliar os diversos recursos didáticos quanto as suas
aplicabilidades contextualizadas
O Designer Educacional e suas Funções na EAD
• A atividade do “designer instrucional” não é profissão nova, tem origem registrada aproximadamente a partir da Segunda Guerra Mundial (1940). Neste contexto, havia a necessidade de definição de estratégias de ensino, pois era preciso treinar recrutas, em grande quantidade para o uso de armas de guerra com perícia e controle (FILATRO, 2008).
• No Brasil, a discussão conceitual em torno do “Design Instrucional”, no campo da educação, tem sido discutida como o “Design Educacional”, quando aplicado à práticas educacionais. Contudo, não é consenso entre os autores que discutem a temática, haja vista em que esse conceito do início da história ainda ser muito bem difundido.
• Conforme França (2007) o designer instrucional, é um profissional que conhece teorias, deve ter prática pedagógica, deve saber fazer uso de mídias. Também é necessária a atualização constante, em relação às linguagens tecnológicas, que estão surgindo, no sentido de estabeler afinidades com a concepção do curso e assim, destaca três pilares para a ação deste profissional: tecnologia, processo pedagógico de ensino-aprendizagem e função de projeto.
• De acordo com Ramos (2010), a atividade do designer instrucional é desenvolvida em meio a um conjunto de atividades desenvolvidas para que aconteçam as fases de organização, planejamento, adequação e a estruturação de um curso a partir do uso de técnicas, métodos e suportes. Por isso, este profissional, deve tem a responsabilidade de promover o diálogo entre as áreas que tem uma função mais técnica e pedagógica.
• A linguagem de recursos de aprendizagem devem ser realizadas e adequadas ao curso pelos profissionais DI – Designer Instrucional e o DE - Designer Educacional que visam tecnologias e estratégias que venham a proporcionar aos alunos melhorias na aprendizagem e a se adaptar aos conteúdos metodológicos que as Instituições de Educação a Distância trabalham.
Perfil do Designer Instrucional
• O perfil do designer instrucional está ligado a tecnologia Instrucional e suas particularidades, guja base prática é a instrução para fazer algo, onde ao final do processo serão avaliados seus conhecimentos em decorrência de seu desempenho. Sendo assim, percebe-se que no processo educacional está inserida a instrução que permeia no processo de aprendizagem do aluno.
• Na modalidade de ensino a distância, as métricas que são pré-determinadas em relação a criação dos materiais didáticos que se adequem ao curso e as necessidades dos alunos online, devem ter linguagem instrucional
• No âmbito das métricas pré-determinadas para o desenvolvimento de materiais didáticos para EAD, a linguagem instrucional, que seria técnica de se passar insrução, a transmissão de conhecimentos, a principal característica do designer instrucional cuja prática deve ser pontual e organizada. (FILATRO, 2008).
• O designer isntrucional, nos mais variados modelos de Educação a Distância, se refere a um profissional que tenha um perfil multifacetado e multidisciplinar, que possua experiência especifica em sua área ou tenha cursos rápidos ou de especialização, em casos específicos exige- se que o mesmo tenha uma formação na área da pedagogia.
• Em relação ao perfil do designer educacional, a palavra educar em seu sentido etimológico e terminológico, pode-se compreender como uma prática de um profissional que vai além da instrução e pontuação relacionadas as estratégias de métricas de linguagem e isso nos dá uma visão macro em relação ao processo de desenvolvimento metodologicos de cursos online.
• Nesse sentido, perecebe-se que a educação online, as metodologias ficam a cargo de cada instituição de ensino e o curso ofertado, mas a função do designer instrucional e do disigner educacional precisam ser definidas e direcionadas, por intermédio de seus perfis de atuação para que cada coisa aconteça de forma competente nos diversos cursos on-line.
Autoria e Curadoria de Conteúdos
• Nos últimos anos pode-se afirmar que as Tecnologias da Informação e da Comunicação tem modificado o comportamento das pessoas na sociedade, devido às informações que temos a todo tempo e a disponibilidade de recursos e ferramentas que proporcionam as trocas de informações cada vez mais atrativas.
• A modalidade Educação a Distância, por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação, também foram viabilizadas por meio do uso da internet, tem apresentado um crescimento significativo, pois atende a necessidade de uma parcela de alunos que não pode estudar presencial e acabam optando pelo ensino online.
• Com o aumento da procura na modalidade de ensino de Educação a distância, ganha destaque a funço curador de conteúdos também ampliou a sua área de atuação tornando-se indispensável na Educação a Distância, tornando essa profissão docente necessária, principalmente nas Instituições de Ensino Superior, assim como um negócio que gera rendas nas empresas de soluções direcionadas a educação.
• Nesse contexto, ao elaborarem o processo de curadoria de conteúdo na Educação a Distância, as Instituições de Ensino Superior ou empresas de soluções educacionais não tem a totalidade relacionada ao perfil do estudante e do curso direcionado ao conteúdo determinado e se faz necessário o trabalho no curador, pois irá trabalhar com os perfis de alunos tentando cada vez mais adequar o material que chega ao aluno, como forma de estar perto de sua realidade, na tentativa de evitar com que as evasões do curso aconteçam.
• Filatro (2015) explica que a aprendizagem on-line deve ter intencionalidade pedagógica em relação aos conteúdos EAD que junto as Tecnologias da Informação e Comuninação devem auxiliar a aprendizagem on-line.
• A curadoria digital e os critérios de avaliação devem estar interligados. Abbot (2008) ao se referir sobre a curadoria digital entende que essa atividade liagadas diretamente ao gerenciamento de dados, planejamento a criação, que vai desde a digitalização de materiais analógicos ou criação relativa aos materiais que já tenham sido produzidos em meio eletrônico, na busca de proporcionar informação e conteúdo atualizados.
A Curadoria Digital
• A curadoria digital de conteúdo acarreta em indicadores que caracterizam a autoria. Sendo assim, existem desafios a serem quebrados devido à ampliação da Educação a Distância e quem vai ministrar nessa modalidade a disciplina, não significa trabalhar através de assuntos que tenham autoria própria. Nogueira (2012).
• Por isso, deve haver uma atenção especial, em atender os estudantes da modalidade de ensino a distância, com professores que devem estar capacitados para lidar seja como autor de material didático ou como professor do AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, ou curador.
• Deste modo, é preciso ligar o crescimento da Educação a Distância e o conceito de curadoria digital, embora distintos em seu contexto histórico se aproximem quando surge a evolução da Educação a Distância, com variedades de possibilidades de publicações de conteúdos on-line, que vai desde o docente, até a atuação do curador.
• Deste modo, a curadoria tem a “[...] função pedagógica a favor da apreensão ou aprendizagem sobre uma obra.” Deste modo, entende-se que o curador aparece no meio da Educação a Distância, proporcionando um olhar em que o docente pode trabalhar gerenciando o conteúdo atrelado ao perfil do estudante em potencial, com a intencionalidade de atingir os objetivos propostos da aprendizagem, por meio dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens – AVA” (LOPES; SOMMER;
SCHMIDT, 2014, p.62).
Objetos de Aprendizagem no Contexto Escolar
• Para a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação como apoio pedagógico, precisa que o professor esteja disposto a conhecer os diversos Objetos de Aprendizagem e passar a ter um novo olhar em relação a eles, pois são agentes enriquecedores e aliados do processo de aprendizagem.
• Sobre a Educação a Distância Maia e Mattar (2007) explicam que essa é uma forma de ensinar na qual professores e alunos encontram-se separados no tempo e no espaço e tem uma aula planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação. Para tanto, dependendo do modo em que o curso seja oferecido, o professor pode utilizar ferramentas para promover a aprendizagem de formas síncronas e assíncronas.
• As Tecnologias da Informação e da Comunicação permite ao docente trabalhar com quadro de sala de aula, provas dissertativas, giz, livros didáticos e também com ferramentas interativas na busca da aquisição de conhecimentos. Deste modo os professores podem contar com os objetos de aprendizagens, tanto nas aulas presenciais, como nas alas a distância.
• Antoniazzi, et al. (2006, p. 1) explicam que embora com nomenclaturas diferentes (objeto: de aprendizagem, educacionais, de comunicação, independente) tratam-se de recursos mediados pelas tecnologias que proporcionam criar “materiais didáticos que podem estimular o aprendiz, tornando-o um cúmplice do processo de aprendizagem, engajando-o no processo do seu desenvolvimento e o professor se torna um facilitador desse processo”.
Recursos Ligados as Tecnologias Direcionadas
• Deste modo, aqui vamos nos prender aos recursos ligados as tecnologias direcionadas a assitir a aprendizagem como foco para atingir o objeto de ensino que vem a se tornar um objeto de aprendizagem, o mesmo deve ser direcionado para o ensino como recursos para apoiar a aprendizagem, garantindo que haja um objetivo voltado para a educação.
• O professor(a) ao lecionar a sua aula, deve orientar o aluno onde encontra os objetos de aprendizagens que auxiliará esse aluno a fixar melhor a sua aprendizagem. Assim, deve ser o uso dos Objetos de Aprendizagem e que podem ser usados e reusados quantas vezes necessário for para promover aprendizagem, em diversos contextos de ensino.
• Fabre, et al (2003) advertem que os recursos digitais devem ter um enfoque em cima de sua acessibilidade, durabilidade e interoperabilidade.
• Leffa (2006) caracteriza os Objetos de Aprendizagens como granulares, reusáveis, interoperáveis e recuperáveis.
• Johnson (2003) adverte que o Objeto de Aprendizagem é diferente de um Objeto de Informação que pode ou não ter materiais acrescentados, como também difere de um objeto de conteúdo que pode conter um vídeo, áudio-clip, imagem, animação ou documento de texto. A distinção acontece porque o objeto de aprendizagem “[...] é uma coleção de materiais digitais, combinados com um objetivo de aprendizagem, claro e mensurável ou projetados para dar suporte ao processo de aprendizagem” (JOHNSON, 2003, p. 4).
• No momento do planejamento o docente planejará suas aulas tentando abarcar as diversas realidades encontradas em sala de aula, a exemplo como ocorrerá a exposição desses conteúdos, como será a revisão do conteúdo do ano anterior, como irá preparar os estudantes para o processo de avaliação, entre outros.
• No planejamento o docente percebe que poderá trabalhar o mesmo assunto de sua disciplina com outras, ocorrendo a interdisciplinaridade, com base em um objeto de aprendizagem.
Recursos Didáticos Digitais
• A cada dia que passa, dados revelam que há um aumento na procura de Instituições de Ensino Superior que ofertam cursos a distância em diferentes modelos com alunos matriculados, nela há docentes que elaboram conteúdos e também há professores que trabalham como tutores.
• Neste caso, sobre este fenômeno da crescente procura pelo Ensino a Distância já existe pesquisas e publicações direcionadas para esta área, e uma das justificativas para esse crescimento, se dá pelo aumento de tecnologias disponíveis (computador, tablets, e celulares...) aplicáveis em relação à utilização dos materiais didáticos e ao desenvolvimento de interações voltadas para a educação a distância, que já fazem parte do nosso cotidiano educacional.
• Estes referenciais de Qualidade nos indicam tanto as concepções teórico-metodológicas que devem ser trabalhadas na Educação a Distância, como também em todas as organizações que implementam os cursos de ensino a distância com o intuito de estarem seguindo o modelos a sera dotado e as especificidades da modalidade de ensino a distância.
• Assim, podemos compreender que a Educação a Distância não trabalha com um único modelo, e sim com modelos distintos que possuem uma diversidade de metodologias e tecnologias que visa atender a demanda e especificidades tanto curso ofertados, como também na intencionalidade de atender seu público.
Qualidade do Ensino a Distância
• Entende-se que a qualidade do ensino a distância, depende da diversificação do uso das mídias que proporciona a transmissão de conteúdos por meio dos materiais didáticos, proporcionando a interação professor e aluno.
• Desde modo os conteúdos podem ser disponibilizados por intermédio de materiais didáticos impressos e também pelos Espaços Virtuais de Aprendizagem ou os ambientes on-line de aprendizagem os Ambientes Virtuais de Aprendizagem: “[...] os materiais didáticos impressos são os principais meios de socialização do conhecimento e de orientação do processo de aprendizagem, articulados com outras mídias: vídeo, videoconferência, telefone, CDs, DVDs, fax e ambiente virtual” (BRASIL, 2007b, p.6).
• Assim, cada nível de aprendizagem pode ser atingido dependendo da mídia escolhida que possui sua especificidade para o seu uso. Esse recurso didático deve passar por avaliações.
Pois a sua forma e abordagem do material didático na modalidade a distância (EaD), devem estar condizentes com o projeto pedagógico da cada instituição e curso, aos quais devem estar estruturados conforme os princípios epistemológicos, políticos e metodológicos focando na construção do conhecimento e na mediação da interlocução entre professor e aluno.
• O processo de avaliação referente ao material didático deve ocorrer durante e após o processo de produção que deve envolver todos que fazem parte do processo a exemplo de tutores, docentes, discentes, coordenadores, entre outros. De acordo com Sartori e Roesler (2005) após obter os resultados relacionados à avaliação, devemos repensar a cerca da elaboração do material, sua estrutura de linguagem, mídias, tempo exigido para o estudo, conteúdos e atividades propostas.