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A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO POR INTEIRO

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Academic year: 2022

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Texto

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BARBOSA, Karla Barcelos dos Santos1 PASSABON, Ana Paula2 RAINHA, Rafaela Gonçalves3 SILVA, Shayane Linhares da 4 VIANA, Luciene da Silva 5

INTRODUÇÃO

Na atual conjuntura da sociedade, percebe-se que as pessoas, de modo geral, passam por situações em que não tem seus direitos respeitados e não são compreendidas. Existe uma dificuldade em aceitar diferentes visões de mundo.

Muitas vezes, esse problema começa desde cedo, já em casa, quando os pais não aceitam que os filhos pensem diferente. Ao chegar à escola, os alunos se deparam com um ambiente, muitas vezes, de pessoas diferentes. O professor, por sua vez, precisa lidar com alunos que tem em sua experiência extra-escolar várias realidades. Segundo Freire, (1996, p.15) “Ensinar exige respeito aos saberes do educando”. Isso significa que para que uma prática pedagógica seja bem sucedida não basta apenas “transmitir conteúdo” é preciso também entender que os sujeitos alunos são diferentes em vários aspectos.

Nesse sentido, a partir da análise do filme “Matilda”, por dirigido por Danny DeVito, percebeu-se a importância da escola na vida desses alunos que não são aceitos pelas suas famílias, a menina Matilda como é mostrada no filme, não era compreendida pelos pais e a sua diferença em relação a eles era tratada de modo preconceituoso. Com esse trabalho, espera-se que se consiga entender melhor que as pessoas são diferentes para que a partir daí possa haver mais respeitar ao próximo.

O resumo objetiva fazer uma reflexão acerca das questões abordadas no filme Matilda a fim de que se consiga entender melhor que as pessoas são diferentes para que a partir daí possa haver mais respeitar ao próximo.

1Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário São Camilo-ES – karla.barcello@gmail.com.

2Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário São Camilo-ES – anapassabon@outlook.com.

3 Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário São Camilo-ES – rafaela_barone@hotmail.com.

4 Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário São Camilo-ES – shaylinhares2016@gmail.com.

5 Professora orientadora do Curso de Pedagogia e Coordenadora de ÁreaPibid;luciene.s.viana@gmail.com.

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Visa também sensibilizar os profissionais do ambiente escolar a respeito da importância da escola na formação de sujeitos com pensamentos críticos e verdadeiramente emancipados.

MATERIAL E MÉTODOS

O resumo “A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO

“POR INTEIRO” teve início no dia 18 de maio de 2018, no Centro Universitário São Camilo - Espírito Santo, durante as aulas do componente curricular ”Antropologia Cultural e Educação.”, sob a orientação da professora Luciene da Silva Viana.

Como base teórica foi utilizada a obra “Aprender antropologia”, de François Laplantine, por meio da qual foram abordados alguns dos pressupostos da Antropologia.

Além da obra anteriormente citada, na pesquisa bibliográfica foram utilizados ainda os livros “A águia e a galinha”, de Leonardo Boff, “Pedagogia do oprimido” de Paulo Freire, além do filme Matilda dirigido por Danny DeVito.

A partir das realidades mostradas no filme em que a família da menina Matilda era diferente de muitas famílias foi possível uma reflexão sobre o preconceito que as pessoas ainda sofrem e a importância da escola na vida dessas pessoas. Analisaram-se criteriosamente cada um dos pontos levantados pelo filme como a importância da professora em busca de um ensino contextualizado cercado de afeto.

Partindo das concepções defendidas, foram levantados questionamentos sobre o fazer do educando em sala de aula, sobre quais concepções pedagógicas ainda são utilizadas atualmente nas escolas. E, com o devido suporte teórico,foram discutidas algumas características que a família de Matilda apresentam no filme buscando possíveis intervenções.

A EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DOS SUJEITOS ALUNOS

O filme Matilda, dirigido por Danny DeVito, conta a história de uma menina que desde cedo sofre com algumas atitudes intolerantes dos pais. Esses, por sua vez, não aceitavam que a filha tinha uma visão de mundo diferente da deles e por isso a achavam estranha. Boff (1997) afirma que:

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Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo.

Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. ( BOFF, 1997, p.03.)

A família de Matilda tinha um comportamento diferente do convencional.

Muitas vezes, essa família apresentava um comportamento considerado por muitos como um comportamento antiético. A partir dos estudos antropológicos, percebe-se que para que se possa compreender o outro é preciso primeiro afastar-se das crenças, crenças, valores culturais e passar a olhar para o outro, assim como bem exemplifica Laplantine, (2003, p.03) “De fato, presos a uma única cultura, somos não apenas “cegos” a dos outros, mas míopes quando se trata da nossa.

Ao começar estudar, Matilda encontra uma professora que se preocupava com seus alunos dando atenção a eles os tratando com respeito. A atitude dessa professora vai ao encontro aos pressupostos de Wallon que diz: “É contra a natureza tratar a criança fragmentariamente. Em cada idade, ela constitui um conjunto indissociável e original. Na sucessão de suas idades, ela é um único e mesmo ser em curso de metamorfoses. Feita de contrastes e de conflitos, a sua unidade será por isso ainda mais susceptível de desenvolvimento e de novidade.”

(WALLON, 2007, p. 198). Pode-se dizer que a professora não via seus alunos como adultos em miniaturas.

Percebe-se que a escola de Matilda teve um papel fundamental para o desenvolvimento completo da menina. A diretora da escola em que Matilda estudava era uma pessoa muito rígida e causava medo nos alunos. Era uma diretora autoritária. A postura da diretora vai ao encontro a tendência liberal tradicional onde os alunos eram meros receptores de conteúdos. No entanto, a atitude da professora Honey, muda a vida de Matilda e dos demais alunos. Essa professora demonstra que mesmo em meio as dificuldades e estímulo negativos é possível superar os desafios com a afetividade, respeito às diferenças e compreensão, vendo as situações a partir de vários pontos de vistas. Esses elementos fizeram com que Matilda aprimorasse toda a sua capacidade de forma sadia.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se por meio desse trabalho que alguns questionamentos sobre a importância da escola no que tange os aspectos antropológicos tenham sido abordados e refletidos. Assim como mostrado no filme Matilda, na sociedade existe muita intolerância ao diferente e tal atitude se deve a falta de compreensão de que não existe apenas uma cultura, pois as várias formas de pensar vêm de fatores nada naturais com bem exemplifica Laplantine, (2003)

A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência) leva- nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos “evidente”. Aos poucos, notamos que o menor dos nossos comportamentos (gestos, mímicas, posturas, reações afetivas) não tem realmente nada de “natural”.

Começamos, então, a nos surpreender com aquilo que diz respeito a nós mesmos, a nos espiar. O conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas;

e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única. (LAPLANTINE, 2003, p.4.)

Nesse sentido, percebeu-se que o principal problema do filme e que também é um problema existente na escola e na sociedade em geral é a intolerância com o que é diferente. Para solucionar tal problema, é preciso que as escolas juntamente com os professores repensem suas práticas pedagógicas levando em consideração os alunos como um todo, em seus aspectos psicológicos, biológicos e culturais. A família, por sua vez, deve romper com o olhar de preconceito e aceitar mais a diferença por meio de diálogos com os filhos. E a sociedade, como um todo, precisa ter mais alteridade. Logo, levar em consideração os estudos antropológicos é fundamental, pois a antropologia auxilia no desenvolvimento da alteridade.

REFERÊNCIAS

BOFF, LEONARDO. A ÁGUIA E A GALINHA: A METÁFORA DA CONDIÇÃO HUMANA. 40.ED. PETRÓPOLIS: VOZES, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

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LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. 1. ed. 15º reimpressão. São Paulo: Brasiliense, 2003.

Matilda. Direção de Danny DeVito. EUA: 1996. 1 DVD. 102 min.

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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