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Princípios do Direito Penal

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Academic year: 2022

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Direito Penal Parte Geral do Código Penal Guilherme Rocha

Princípios do Direito Penal

Princípio da Intervenção Mínima

1. Princípio da Intervenção Mínima (ou da Ultima Ratio):

1.1. Princípio da Fragmentariedade;

1.2. Princípio da Subsidiariedade.

Princípio da Legalidade (CF/88, art. 5º, XXXIX; CP, art. 1º)

2. Princípio da Legalidade – Nullum crimen nulla pœna sine lege...

2.1. ... Prævia: Lei anterior ao fato;

2.2. ...Scricta: Lei Formal;

2.3. ...Scripta: Costumes não incriminam;

2.4 ...Certa: Lei clara e objetiva.

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Outros Princípios

3. Princípio da Lesividade / Ofensividade;

4. Princípio da Alteridade;

5. Princípio da Adequação Social (STJ, REsp n.º 30.705/SP, em 14/03/1995);

Outros Princípios

6. Princípio da Culpabilidade (STF, HC n.º 83.554/PR, em 16/08/2005);

7. Princípio da Co-culpabilidade;

8. Princípio da Proporcionalidade;

Outros Princípios

9. Princípio da Humanidade (STF, HC n.º 86.231/DF, em 05/07/2007);

10. Princípio da Personalidade ou Responsabilidade Pessoal (STF, RHC n.º 56.308/SP, em 08/08/1978);

11. Princípio da Individualização da Pena (STF, HC n.º 82.959/SP, em 23/02/2006; STJ, HC n.º 26.808/SP, em 17/06/2003);

Princípio da Insignificância

12. Princípio da Insignificância:

12.1. Generalidades;

12.2. Vetores Simultâneos para a Verificação do Princípio da Insignificância, conforme a Jurisprudência do STF (HC n.º 94.765/RS, em 09/09/2008):

(3)

Princípio da Insignificância

a) Mínima Ofensividade da Conduta do Agente;

b) Nenhuma Periculosidade Social da Ação;

c) Reduzido Grau de Reprovabilidade do Comportamento;

d) Inexpressividade da Lesão Jurídica Provocada.

Princípio da Insignificância

12.3. “A existência de registros criminais pretéritos contra o recorrente obsta por si a aplicação do princípio da insignificância, consoante jurisprudência consolidada da Primeira Turma desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.739/SP, rel. Min.

Cármen Lúcia; HC 110.951, rel. Min. Dias Toffoli; HC 108.696, rel. Min. Dias Toffoli;

e HC 107.674, rel.Min. Cármen Lúcia);

Princípio da Insignificância

12.4. Princípio da Insignificância & Lei n.º 10.522/2002, art. 20,caput:

“Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$

10.000,00 (dez mil reais).”

Princípio da Insignificância

a) Aplicação da Lei n.º 10.522/2002, art. 20, caput, aos Seguintes Delitos:

Apropriação Indébita Previdenciária (CP, art. 168-A) & Sonegação de

Contribuição Social Previdenciária (CP, art. 337-A);

Descaminho (CP, art. 334,caput);

Contra a Ordem Tributária (Lei n.º 8.137/90, arts. 1º e 2º).

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Princípio da Insignificância

b) Jurisprudência do STF:

“EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO. DÉBITO TRIBUTÁRIO INFERIOR AO VALOR PREVISTO NO ART. 20 DA LEI 10.522/02.

ARQUIVAMENTO. CONDUTA

IRRELEVANTE PARA A

ADMINISTRAÇÃO. APLICAÇÃO DO

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.”

[CONTINUA...]

Princípio da Insignificância

[CONTINUA...] “1. Crime de descaminho. O arquivamento das execuções fiscais cujo valor seja igual ou inferior ao previsto no artigo 20 da Lei n. 10.522/02 é dever-poder do Procurador da Fazenda Nacional, independentemente de qualquer juízo de conveniência e oportunidade.”

[CONTINUA...]

Princípio da Insignificância

[CONTINUA...] “2. É inadmissível que a conduta seja irrelevante para a Administração Fazendária e não para o direito penal. O Estado, vinculado pelo princípio de sua intervenção mínima em direito penal, somente deve ocupar-se das condutas que impliquem grave violação ao bem juridicamente tutelado.

Neste caso se impõe a aplicação do princípio da insignificância. Ordem concedida.”

(STF, HC n.º 95.749/PR, julgado em 23/09/2008).”

Aplicação da

Lei Penal no Tempo

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Intertemporalidade da Lei Penal

1. Lex Mitior (CF/88, art. 5º, XXXIX e XL, in fine;

CP, arts. 1º e 2º):

1.1. Princípios:

a) Retroatividade;

b) Ultra-atividade.

Intertemporalidade da Lei Penal

1.2. Espécies de Lex Mitior:

a) Abolitio Criminis (CP, art. 2º, caput);

b) Novatio Legis in Mellius (CP, art.

2º, parágrafo único).

Intertemporalidade da Lei Penal

2. Lex Gravior (CF/88, art. 5º, XL; CP, art. 1º):

2.1. Princípios:

a) Irretroatividade;

b) Não-ultra-atividade.

Intertemporalidade da Lei Penal

2.2. Espécies de Lex Gravior:

a) Novatio Legis Incriminadora;

b) Novatio Legis in Pejus.

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Tempo do Crime (CP, art. 4º)

2. Teorias doTempus Commissi Delicti:

2.1. Conduta, Atividade ou Ação (regra – art. 4º do CP);

2.2. Resultado, Evento ou Efeito (exceção – art. 111 do CP);

2.3. Mista.

Tempo do Crime (CP, art. 4º)

3. Exemplos:

3.1. Crimes Permanentes & Continuados - STF, Súmula 711:

“A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA

VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA

CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA.”

Tempo do Crime (CP, art. 4º)

3.2. Crimes Habituais & Omissivos Impuros;

3.3. Menores de 18 anos.

Questões Especiais

1. Legalidade & Intertemporalidade da Lei Penal às Medidas de Segurança (STF, HC n.º 67.724/SP, julgado em 06/03/90);

2. Lei Penal Intermediária (STF, RE n.º

418.876/MT, julgado em 30/03/2004);

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Questões Especiais

3. Combinação de Leis:Lex Tertia?

3.1. STF, A favor da Combinação: HC n.º 69.033-5/SP, em 17/12/91; HC n.º

95.435/RS, em 21/10/2008;

3.2. STF,Contra a Combinação: HC n.º 68.416/DF, em 08/09/92; Ext n.º 925/PG, em 10/08/2005; HC n.º 107.583/MG). *

Questões Especiais

STJ, Súmula 501:

É cabível a aplicação retroativa da Lei n.

11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

Leis Penais Temporárias &

Excepcionais (art. 3º do CP)

1. Leis Penais Temporárias: Vigoram até a data marcada em sua cláusula de revogação;

2. Leis Penais Excepcionais: Vigoram enquanto subsistir situação anômala (exs.: guerra, congelamento de preços).

Leis Penais Temporárias &

Excepcionais (art. 3º do CP)

3. Aplicação do art. 3º do CP:

3.1. Ultra-atividade da Lei Temporária / Excepcional, mesmo que mais severa;

3.2. Irretroatividade da “Nova” Lei, mesmo que mais benévola.

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Normas Penais em Branco (art. 3º do CP)

1. Conceito: Tipos Penais que só podem ser compreendidos através da dicção de

outras normas, denominadas

“complementares”.

2. Natureza da Norma Complementar:

2.1. Legal:

Normas Penais em Branco (art. 3º do CP)

a) Penal: A Norma Complementar é ou deriva de Lei Penal (exs.: CP, arts. 180, § 2º, e 327);

b) Extrapenal: A Norma Complementar é ou deriva de Lei de ramo do Direito diverso do Penal (exs.: Lei n.º 9.610/98; CTN).

Normas Penais em Branco (art. 3º do CP)

2.2. Infralegal: A Norma Complementar é ou deriva de ato administrativo de índole normativa, como Decreto, Portaria, Resolução e Instrução Normativa de autoridades e de órgãos do Poder Executivo Federal (ex.: Portaria n.º 344/98, do Ministério da Saúde).

Normas Penais em Branco (art. 3º do CP)

3. Normas Penais em Branco em sentido:

3.1. Lato ou Impróprio: Homogeneidade de Fontes Legiferantes;

3.2. Estrito ou Próprio: Heterogeneidade de Fontes Legiferantes.

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Normas Penais em Branco (art. 3º do CP)

4. Intertemporalidade dos Complementos:

4.1. Complemento Não É Temporário, Nem Excepcional (ex.: Lei n.º 11.343/2006, arts. 28 e 33): A Nova Ordem Jurídica obedecerá ao disposto nos arts. 5º, XL, da CF/88, e 2º do Código Penal (STF, HC n.º 68.904/SP, julgado em 17/12/91).

Normas Penais em Branco (art. 3º do CP)

4.2. Complemento É Temporário ou Excepcional: A “Nova” Ordem Jurídica será irretroativa, devendo o fato ser e continuar sendo disciplinado conforme as disposições da norma complementar

vigente à época da conduta, ainda que tal norma afigure-se mais severa ao agente que a “nova” ordem jurídica (STF, RE n.º 80.544/SP, julgado em 29/04/75).

Aplicação da

Lei Penal no Espaço

Territorialidade da Lei Penal (CP, art. 5º)

1. Princípio da Territorialidade (regra):

1.1. Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes cometidos no Brasil;

1.2. Aplica-se a lei penal estrangeira aos

crimes cometidos no estrangeiro.

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Territorialidade da Lei Penal (CP, art. 5º)

2. Território Brasileiro:

2.1. Geográfico ou Físico;

2.2. Jurídico ou por Extensão

(Embarcações e Aeronaves Públicas Brasileiras & a Serviço do Governo Brasileiro).

Territorialidade da Lei Penal (CP, art. 5º)

3. Embarcações & Aeronaves Brasileiras:

3.1. Públicas & a Serviço do Governo

(CP, art. 5º, § 1º, 1ª parte): Territórios Brasileiros, onde quer que se

encontrem;

3.2. Privadas & Mercantes (CP, art. 5º, §§

1º, in fine, e 2º):

Territorialidade da Lei Penal (CP, art. 5º)

a) No Território Brasileiro: Lei Penal Brasileira;

b) Em Território Estrangeiro: Lei Penal Estrangeira;

c) Em Alto-Mar: Princípio / Lei do Pavilhão / da Bandeira.

Extraterritorialidade da Lei Penal (CP, art. 7º)

1. Generalidades:

1.1. Aplicação da lei penal brasileira a determinados crimes cometidos no estrangeiro;

1.2. Aplicação da lei penal estrangeira a determinados crimes cometidos no Brasil.

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Extraterritorialidade da Lei Penal (CP, art. 7º)

2. Princípios de Extraterritorialidade:

2.1. Defesa, Objetivo, Real ou da Proteção (CP, art. 7º, I,a,bec);

2.2. Justiça Penal Universal ou Universalidade do Direito de Punir (CP, art. 7º, I,d, e II,a);

Extraterritorialidade da Lei Penal (CP, art. 7º)

2.3. Nacionalidade ou Personalidade:

a) Ativa (CP, art. 7º, II,b);

b) Passiva (CP, art. 7º, § 3º).

2.4. Representação (CP, art. 7º, II,c).

Extraterritorialidade Incondicionada (CP, art. 7º, I, a)

3. Extraterritorialidade Incondicionada:

3.1. Crimes contra a Vida ou a Liberdade do Presidente da República;

Extraterritorialidade Incondicionada (CP, art. 7º, I, b)

3.2. Crimes contra o patrimônio público ou

contra a fé pública da Administração

Pública Brasileira (seja Direta ou

Indireta; seja Federal, Estadual,

Distrital ou Municipal);

(12)

Extraterritorialidade Incondicionada (CP, art. 7º, I, c e d)

3.3. Crimes contra a administração pública brasileira por quem está a seu serviço;

3.4. Crime de genocídio (Lei n.º 2.889/56), quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

Extraterritorialidade Condicionada (CP, art. 7º, II, a)

4. Extraterritorialidade Condicionada:

4.1. Cabimento (CP, art. 7º, II):

a) Crimes que, por tratado ou

convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

Extraterritorialidade Condicionada (CP, art. 7º, II, b e c)

b) Crimes praticados por brasileiro;

c) Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Extraterritorialidade Condicionada (CP, art. 7º, II, e § 2º, a, b e c)

4.2. Condições (CP, art. 7º, § 2º):

a) entrar o agente no território nacional;

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles

pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

(13)

Extraterritorialidade Condicionada (CP, art. 7º, II, e § 2º, d e e)

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

Extraterritorialidade Condicionada (CP, art. 7º, § 3º, a e b)

4.3. Crime Cometido por Estrangeiro contra Brasileiro (CP, art. 7º, § 3º):

a) todas as condições do § 2º;

b) não foi pedida ou foi negada a extradição;

c) houve requisição do Ministro da Justiça.

Extraterritorialidade da Lei Penal:

Questões Especiais

1. Extraterritorialidade Incondicionada do Crime de Tortura: Princípios da

Nacionalidade Passiva & Justiça Penal Universal (Lei n.º 9.455/97, art. 2º);

2. Não-extraterritorialidade das

Contravenções Penais (LCP, art. 2º).

Lugar do Crime (CP, art. 6º)

1. Teorias doLocus Commissi Delicti:

1.1. Conduta, Ação ou Atividade;

1.2. Resultado, Evento ou Efeito (adotada pelo CPP, art. 70);

1.3. Ubiquidade (adotada pelo Código Penal, art. 6º).

(14)

Interpretação da Lei Penal

Espécies de Interpretação

1. Quanto ao Intérprete:

1.1. Autêntica;

1.2. Jurisprudencial;

1.3. Doutrinária.

Espécies de Interpretação

2. Quanto aos Meios Empregados:

2.1. Gramatical, Literal, Léxica ou Sintática;

2.2. Histórica;

2.3. Progressiva ou Evolutiva;

2.4. Lógica ou Teleológica;

2.5. Sistemática.

Espécies de Interpretação

3. Quanto ao Resultado:

3.1. Declarativa ou Declaratória;

3.2. Extensiva;

3.3. Restritiva ou Restrita;

3.4. Analógica.

(15)

Analogia

1. Conceito;

2. Espécies:

2.1. Analogia in Bonam Partem;

2.2. Analogia in Malam Partem.

Conflitos Aparentes de Normas

1. Conceito;

2. Princípios Solucionadores:

2.1. Especialidade (exs.: CP, arts. 121 e 123, 180 e 334,

§

1º, d, 211 e 347, 155 e 312,

§

1º, 299 e 302, 332 e 357);

Conflitos Aparentes de Normas

2.2. Subsidiariedade (exs: CP, arts. 129 e 214, 146 e 213, 147 e 345, 155 e 157, 158 e 159, 138 e 339);

2.3. Alternatividade (exs.: CP, arts. 122 e 332;

Lei n.º 11.343/2006; Lei n.º 10.826/2003);

Conflitos Aparentes de Normas

2.4. Consunção ou Absorção:

a) Tentativa & Consumação;

b) Participação & Co-Autoria;

c) Crime Progressivo:

AntefactumImpunível;

PostfactumImpunível.

d) Progressão Criminosa.

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Infrações Penais:

Conceito & Espécies

Generalidades

1. Classificação Bipartida das Infrações Penais:

1.1. Crime ou Delito;

1.2. Contravenção (Penal).

2. Crimes versus Contravenções: A distinção reside somente nas penas:

Crime versus Contravenção

2.1. Penas Privativas de Liberdade:

a) Crimes:

— Reclusão;

— Detenção.

b) Contravenções: Prisão Simples.

Crime versus Contravenção

2.2. Pena de Multa:

a) Crimes: Nunca a multa é a única pena cominada;

b) Contravenções: A multa pode ser a

única pena cominada.

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Art. 28 da Lei n.º 11.343/2006

1. Penas Cominadas: Advertência, Prestação de Serviços à Comunidade &

Comparecimento a Programa ou Curso Educativo;

2. Abolitio Criminis, Infração Sui Generis ou Despenalização?: A Posição do STF (RE-QO n.º 430.105/RJ, em 13/02/2007).

Conceito, Sujeitos, Objetos &

Classificações do Crime

Conceito & Objetos do Crime

1. Conceitos Formais Analíticos de Crime:

1.1. Bipartido;

1.2. Tripartido (mais aceito);

1.3. Quadripartido.

Conceito & Objetos do Crime

2. Objetos do Crime:

2.1. Objeto Jurídico (Bem Jurídico);

a) Generalidades;

b) Crimes Pluriofensivos.

2.2. Objeto Material.

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Sujeitos do Crime

3. Sujeito Ativo:

3.1. Conceito:

a) Teoria Formal-Objetiva

(adotada pelo Código Penal);

b) Teoria do Domínio (Final) do Fato (adotada pela Doutrina e pela Jurisprudência).

Sujeitos do Crime

3.2. Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica:

a) Regra: Teoria da Ficção (Societas Delinquere Non Potest);

Sujeitos do Crime

b) Exceção: Teoria da Realidade (Societas Delinquere Potest): Somente para Crimes Ambientais (CF/88, art. 225, § 3º, c/c Lei n.º 9.605/98, arts. 3º e 21 a 24).

Sujeitos do Crime

4. Sujeito Passivo (Vítima):

4.1. Pessoas Físicas & Jurídicas;

4.2. Outras Entidades (Crimes Vagos);

4.3. Seres Inanimados & Irracionais;

4.4. É possível alguém ser sujeito ativo e passivo do próprio crime?

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Classificações dos Crimes

1. Comuns (maioria), Próprios (exs.: CP, arts.

123, 124, 136, 215, 216-A, 312 a 325, 355) &

de Mão Própria (exs.: CP, arts. 213 a 218, 319 e 342);

2. Monossubjetivos ou de Concurso Eventual (maioria) & Plurissubjetivos ou de Concurso Necessário (CP, arts. 137, 200, 288, 354; Lei n.º 11.343/2006, art. 35);

Classificações dos Crimes

3. Dolosos (maioria), Culposos (CP, arts. 121,

§ 3º, 129, § 6º, 250, § 2º, 251, § 3º, 312, § 2º) &

Preterdolosos (CP, arts. 127, 129, § 3º, 223);

4. De Mera Conduta (CP, art. 150), Materiais (maioria) & Formais (CP, arts. 138, 139, 140, 147, 158, 159, 171, § 2º, V, 289, 297, 298, 299, 329, 331, 344, 347, 348, 349);

Classificações dos Crimes

5. Comissivos & Omissivos (CP, arts. 13, § 2º, 135, 168-A, 244, 246, 248, in fine, 269, 320, 359-F);

Classificações dos Crimes

6. Instantâneos (maioria) & Permanentes

(CP, arts. 148 e 159; crimes praticados

mediante as condutas típicas de possuir,

deter, portar, ocultar, guardar, manter,

trazer consigo, transportar, ter em

depósito);

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Classificações dos Crimes

7. Principais (maioria) & Acessórios (CP, arts.

180, 348 e 349; Lei n.º 9.613/98);

8. Simples (maioria) & Complexos (CP, arts. 157 e 159; crimes com resultado lesão grave ou morte);

9. Multitudinários (CP, art. 65, III,e);

Classificações dos Crimes

10. Vagos (exs.: crimes contra a paz e a saúde públicas; Leis ns. 9.605/98, 10.826/2003 & 11.343/2006);

11. Militares (CPM, arts. 9º e 10):

11.1. Próprios / Propriamente Militares;

11.2. Impróprios / Impropriamente Militares.

Classificações dos Crimes

12. Eleitorais (Cód. Eleitoral, arts. 289 a 354);

13. Bagatelar / De Bagatela:

13.1. Próprio (Insignificância);

13.2. Impróprio (Irrelevância Penal do Fato).

Classificações dos Crimes

14. Infrações Penais de Menor Potencial

Ofensivo (Lei n.º 9.099/95, art. 61, c/c Lei n.º 10.259/2001, art. 2º, § único):

14.1. Contravenções & Crimes Apenados

até 2 (dois) anos;

(21)

Classificações dos Crimes

14.2. Competência & Procedimento;

14.3. Benefícios Despenalizadores.

Classificações dos Crimes

15. Concurso de Crimes:

15.1. Concurso Material (CP, art. 69);

Classificações dos Crimes

15.2. Concurso Formal (CP, art. 70):

a) Homogêneo & Heterogêneo;

b) Próprio (ou Perfeito) & Impróprio (ou Imperfeito).

Classificações dos Crimes

16. Crime Continuado (CP, art. 71):

16.1. Geral ou Genérico (caput):

Aumento de Pena de 1/6 a 2/3;

16.2. Especial ou Específico

(parágrafo único): Aumento de Pena até o Triplo.

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Teoria Geral do Crime:

Fato Típico

Fato Típico Doloso

1. Conduta ou Ação (em sentido amplo);

2. Resultado Voluntário ou Consentido;

3. Nexo / Relação Causal / de Causalidade;

4. Tipicidade.

Conduta: Generalidades

1. Elementos da Conduta:

1.1. Cognitivo: Consciência da prática da conduta.

1.2. Volitivo: Vontade de realizar a conduta.

Conduta: Generalidades

2. Espécies de Conduta:

2.1. Ação: Crimes Comissivos (Facere);

2.2. Omissão: Crimes Omissivos (Non

Facere: Nihil Facere e Aliud Facere):

(23)

Conduta: Generalidades

a) Puros ou Próprios:

Omissão, em regra, é expressa no tipo;

Crimes, em geral, Dolosos;

Crimes de Mão Própria;

Crimes de Mera Conduta;

Nunca Admitem a Tentativa;

Exemplos: CP, 135, 168-A, 244, 246, 248,in fine, 269, 320, 359-F.

Conduta: Generalidades

b) Impuros, Impróprios ou Comissivos por Omissão (CP, art. 13, § 2º,a,bec):

Omissão não é expressa no tipo;

Crimes Dolosos & Culposos;

Crimes Próprios de Garantidores;

Crimes Materiais (em geral);

Admitem a Tentativa, quando dolosos;

Garantidores em Crimes Ambientais: Lei n.º 9.605/98, art. 2º,in fine.

Conduta Dolosa

“Art. 18. Diz-se o crime:

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;”

Conduta Dolosa

1. Dolo:

1.1. Dolo Natural ou Psicológico (CP, art.

18, I, e § único):

a) Elemento Cognitivo;

b) Elemento Volitivo.

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Conduta Dolosa

1.2. Dolo Direto (Teoria da Vontade):

a) De Primeiro Grau;

b) De Segundo Grau.

1.3. Dolo Indireto:

a) Dolo Eventual (Teoria do Consentimento);

b) “Dolo Alternativo”.

Conduta Dolosa

1.4. Dolo Normativo:

a) Elemento Cognitivo;

b) Elemento Volitivo;

c) Elemento Normativo: Consciência atual da ilicitude.

Conduta Dolosa

1.5. Dolos Direto & Eventual: Mesma Pena?

a) Pena Cominada;

b) Perna Aplicada.

1.6. Todo Crime Doloso Admite Dolo Eventual?

a) Generalidades;

b) Dolo Eventual & Qualificadoras.

Fato Típico Culposo

1. Conduta: Imprudência, Negligência ou Imperícia;

2. Resultado Involuntário: Os crimes culposos são materiais (raramente de mera conduta);

3. Nexo / Relação Causal / de Causalidade;

4. Previsibilidade (não se confunde com previsão);

5. Tipicidade.

(25)

Conduta Culposa

1. Culpa (CP, art. 18, II):

1.1. Conceito: Violação ao dever de

cuidado objetivo. Não se presume.

Geralmente os crimes culposos são comissivos e materiais; nunca,

porém, admitem a tentativa.

1.2. Espécies de Culpa:

Conduta Culposa

a) Culpa Inconsciente: Sem previsão do resultado;

b) Culpa Consciente: Com previsão do resultado, mas o agente espera

sinceramente que não ocorra.

Conduta Culposa

2. Dolo Eventual versus Culpa Consciente:

2.1. Ponto em Comum: Em ambos existe a previsão do resultado;

Conduta Culposa

2.2. Diferença: Na culpa consciente o agente

espera sinceramente que o resultado não

ocorra (age com leviandade); no dolo

eventual o agente, egoisticamente, não

envida esforço algum para impedir o

resultado (age com indiferença ao bem

jurídico).

(26)

Conduta Preterdolosa

1. Preterdolo (CP, art. 19):

1.1. Conduta Dolosa + Resultado Culposo;

1.2. Crimes Preterdolosos versus Crimes Qualificados pelo Resultado (exs.: CP, arts. 127, 129, § 3º, 135, § único, 157, § 3º).

Excludentes de Conduta

1. Sonambulismo;

2. Hipnose;

3. Atos / Movimentos Reflexos;

4. Coação Física / Material Irresistível (Vis Absoluta);

5. Outros Estados de Inconsciência ou de Involuntariedade.

Resultado

Crimes Previsão Típica do Resultado

Resultado tem de ocorrerpara só assim o

crime se consumar?

Mera Conduta NÃO NÃO

Materiais SIM SIM

Formais SIM NÃO

Nexo Causal (CP, art. 13, caput)

1. Generalidades:

1.1. Conceito & Alcance;

1.2. Teoria da Equivalência dos

Antecedentes Causais (Teoria da

conditio sine qua non) & Processo de Eliminação Hipotética.

(27)

Nexo Causal (CP, art. 13, caput)

2.

Causas

Absolutamente Independentes

Exclusão do Nexo Causal?

Efeito Prático

Preexistentes SIM Crime Tentado

Concomitantes SIM Crime Tentado

Supervenientes SIM Crime Tentado

Nexo Causal (art. 13, caput, e § 1º)

3.

Causas Relativamente Independentes

Exclusão do Nexo Causal?

Efeito Prático

Preexistentes NÃO Crime Consumado

Concomitantes NÃO Crime Consumado

Supervenientes DEPENDE DEPENDE

Tipicidade: Generalidades

1. Tipicidade Penal:

1.1. Tipicidade Formal: Legalidade (Nullum crimen sine typum);

1.2. Tipicidade Material: Lesão ou Ameaça ao Bem Jurídico justificadora da

intervenção penal.

Excludentes de Tipicidade

2. Excludentes de Tipicidade:

2.1. Princípio da Insignificância;

2.2. Princípio da Adequação Social;

2.3. Princípio da Culpabilidade;

(28)

Excludentes de Tipicidade

2.4. Erro de Tipo Essencial (CP, art. 20, caput);

2.5. Crime Impossível (CP, art. 17);

2.6. Desistência Voluntária &

Arrependimento Eficaz (CP, art. 15).

Teoria Geral do Crime:

Antijuridicidade

Causas de Justificação

1. Legais (CP, arts. 23 a 25, 128, 146, § 3º;

Lei n.º 9.605/98, art. 37):

1.1. Estado de Necessidade;

1.2. Legítima Defesa;

Causas de Justificação

1.3. Estrito Cumprimento do Dever Legal;

1.4. Exercício Regular de um Direito.

(29)

Causas de Justificação

2. Consentimento do Ofendido:

2.1. Excludente de Tipicidade;

2.2. Excludente Supralegal de Ilicitude.

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

1. Conceito Legal (CP, art. 24,caput):

“Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.”

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

2. Requisitos:

2.1. Perigo atual;

2.2. Não-provocação dolosa do perigo;

2.3. Inevitabilidade da ofensa a bem jurídico para tutelar outro;

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

2.4. Direito a ser tutelado pode ser próprio ou alheio de quem age em estado de necessidade;

2.5. Inexigibilidade do sacrifício do bem jurídico ameaçado:

a) Generalidades;

(30)

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

b) Teorias do Estado de Necessidade:

— Teoria Unitária (adotada pelo CP):

Bem jur. tutelado ≥ Bem jur. lesado (Estado de Necessidade Justificante)

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

Teoria Diferenciadora (adotada pelo CPM, arts. 39 e 43):

- Bem jur. tutelado > Bem jur. lesado (Estado de Necessidade Justificante) - Bem jur. tutelado ≤ Bem jur. lesado

(Estado de Necessidade Exculpante)

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

2.6. Inexistência de dever legal de arrostar o perigo (CP, art. 24, § 1º):

a) Generalidades;

b) Questões diversas.

2.7. Requisito Subjetivo: Animus Deffendendi (Conhecimento da Situação de Fato Justificante + Intenção de Proteger Bens Jurídicos).

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

3. Estado de Necessidade Justificante &

Estado de Necessidade Exculpante;

4. Estado de Necessidade Real & Estado de

Necessidade Putativo;

(31)

Estado de Necessidade (CP, arts. 23, I, e 24)

5. Estado de Necessidade Defensivo &

Estado de Necessidade Agressivo;

6. Estado de Necessidade & Outras Justificantes.

Legítima Defesa (CP, arts. 23, II, e 25)

“Art. 25. Entende-se em legítima

defesa quem, usando

moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.”

Legítima Defesa (CP, arts. 23, II, e 25)

1. Requisitos:

1.1. Agressão injusta, atual ou iminente;

1.2. Direito a ser tutelado pode ser próprio ou alheio de quem age em legítima defesa;

Legítima Defesa (CP, arts. 23, II, e 25)

1.3. Reação:

a) Meios Necessários;

b) Moderação.

1.4. Requisito Subjetivo: Animus Deffendendi.

(32)

Legítima Defesa (CP, arts. 23, II, e 25)

2. Legítima Defesa Justificante & Legítima Defesa Exculpante;

3. Legítima Defesa Real & Legítima Defesa Putativa;

4. Legítima Defesa & Outras Justificantes.

Estrito Cumprimento do Dever Legal (CP, art. 23, III, 1ª parte)

1. Requisitos Objetivos:

1.1. Dever imposto por Lei;

1.2. Conduta conforme a Lei.

2. Requisito Subjetivo: Animus Deffendendi.

Exercício Regular de um Direito (CP, art. 23, III, in fine)

1. Requisitos Objetivos:

1.1. Direito previsto em Lei ou nos Costumes;

1.2. Conduta conforme Lei / Costume.

2. Requisito Subjetivo: Animus Deffendendi.

Consentimento do Ofendido

1. Generalidades;

2. Natureza Jurídica:

2.1. Excludente de Tipicidade: Dar-se-

á todas as vezes em que o dissenso

do ofendido for elementar do tipo.

(33)

Consentimento do Ofendido

2.2. Excludente de Antijuridicidade:

a) Validade do Consentimento (de acordo com a lei civil);

b) Disponibilidade do bem jurídico (exs.:

honra, patrimônio e integridade física nas lesões leves).

Excesso (CP, art. 23, parágrafo único)

“Art. 23. (...)

Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.”

Excesso (CP, art. 23, parágrafo único)

1. Excesso Doloso;

2. Excesso Culposo;

3. Excesso Escusável (CPM, art. 45, parágrafo único);

4. Excesso Acidental / Fortuito.

Teoria Geral do Crime:

Culpabilidade

(34)

Generalidades

1. Conceito & Localização na Estrutura Jurídica do Crime;

2. Teorias da Culpabilidade:

Generalidades

2.1. Teoria Psicológica: Dolo (Psicológico / Natural) & Culpa;

Generalidades

2.2. Teoria Psicológico-Normativa:

a) Dolo (Normativo) & Culpa;

b) Imputabilidade Penal;

c) Exigibilidade de Conduta Diversa.

Generalidades

2.3. Teoria Normativa (Pura) (Código Penal):

a) Imputabilidade Penal;

b) Consciência Potencial da Ilicitude;

c) Exigibilidade de Conduta Diversa.

(35)

Excludentes de Culpabilidade

1. Inimputabilidade Penal (Exclui a Imputabilidade Penal);

2. Erro de Proibição (Exclui a Consciência Potencial da Ilicitude);

3. Inexigibilidade de Conduta Diversa (Exclui a Exigibilidade de Conduta Diversa).

Inimputabilidade Penal

1. Imputável:

Plena Capacidade para Entender o Caráter Ilícito do Fato;

E

Plena Capacidade para Determinar-se de Acordo com Aquele Entendimento.

Inimputabilidade Penal

2. Sistemas ou Critérios de

Inimputabilidade:

2.1. Biológico (exceção – CF/88, art. 228, c/c CP, art. 27, c/c ECA, art. 104);

2.2. Psicológico (nunca aplicável no Brasil);

Inimputabilidade Penal

2.3. Biopsicológico ou Biopsíquico (regra – CP, arts. 26, caput, e 28, § 1º; Lei n.º 11.343/2006, art. 45):

a) Requisito Circunstancial;

b) Requisito Consequencial;

c) Requisito Temporal / Cronológico.

(36)

Inimputabilidade Penal

3. Requisito Circunstancial:

3.1. Doença Mental (CP, art. 26,caput);

3.2. Desenvolvimento Mental Incompleto (CP, art. 26, caput);

3.3. Desenvolvimento Mental Retardado – Oligofrenia (CP, art. 26,caput);

3.4. Embriaguez Completa Fortuita (CP, art. 28, § 1º, e Lei n.º 11.343/2006, art. 45).

Inimputabilidade Penal

4. Requisito Consequencial:

4.1. Plena Incapacidade para Entender o Caráter Ilícito do Fato;

E / OU

4.2. Plena Incapacidade para Determinar-se de Acordo com Aquele Entendimento.

Inimputabilidade Penal

5. Requisito Temporal / Cronológico:

Presença dos Requisitos Circunstancial e Consequencial no momento da Ação ou Omissão;

6. Sanção Penal Cabível:

Inimputabilidade Penal

6.1. Doentes Mentais & Portadores de Desenvolvimento Mental

Incompleto ou Retardado;

6.2. Menores de 18 anos;

6.3. Ébrios Acidentais Completos.

(37)

Inimputabilidade Penal

7. O Agente é Imputável, mesmo presente o Requisito Consequencial (CP, art. 28):

7.1. Emoção & Paixão (inciso I);

7.2. Ebriezes Voluntária & Culposa (inciso II);

7.3. Ebriez Preordenada: Agravante (art. 61, II, l, do CP).

Semi-Imputabilidade Penal

1. Critério Biopsíquico: Requisitos Circunstancial, Consequencial & Temporal;

2. Hipóteses de Semi-imputabilidade:

2.1. CP, arts. 26, § único, e 28, § 2º;

2.2. Lei n.º 11.343/2006, art. 46.

3. Sanções Penais Cabíveis.

Erro de Proibição (CP, art. 21)

1. Generalidades;

2. Escusabilidade & Inescusabilidade:

2.1. Escusável, Inevitável, Invencível: Exclui a culpabilidade, isentando o agente de pena;

2.2. Inescusável, Evitável, Vencível: Reduz a culpabilidade, reduzindo a pena do

agente, de 1/6 a 1/3.

Inexigibilidade de Conduta Diversa

1. Causas Legais (CP, art. 22):

1.1.Coação Moral Irresistível (Vis ompulsiva):

a) Envolvidos;

b) Responsabilidade Penal do Coator;

c) Coações Moral & Física.

(38)

Inexigibilidade de Conduta Diversa

1.2. Obediência Hierárquica:

a) Hierarquia de Direito Público;

b) Competência do Superior e do Inferior Hierárquicos;

c) Forma legal;

d) Ordem é ilegal, mas não pode ser manifestamente ilegal.

Inexigibilidade de Conduta Diversa

2. Causas Supralegais:

2.1. Estado de Necessidade Exculpante;

2.2. Excesso Escusável;

2.3. Outras Exculpantes.

Teoria Geral do Crime:

Erro de Tipo &

Erro de Proibição

Essencial de Tipo

Erro Acidental

de Proibição

(39)

Erro de Tipo Essencial (CP, art. 20, caput)

1. Escusável, Inevitável, Invencível, Inculpável:

Exclui a Culpa;

2. Inescusável, Evitável, Vencível, Culpável:

Não exclui a Culpa, o que não significa que o agente necessariamente responderá por delito culposo.

Erro de Tipo Acidental (CP, arts. 20, § 3º, 73 e 74)

1. Erro sobre a Pessoa (Error in Persona– CP, art. 20, § 3º): Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime;

2. Erro sobre o Objeto (Error in Objecto);

Erro de Tipo Acidental (CP, arts. 20, § 3º, 73 e 74)

3. Aberratio Ictus (CP, art. 73 c/c o art.

20, § 3º);

4. Aberratio Delicti ou Criminis (CP, art.

74 c/c o art. 70);

5. Aberratio Causæ.

Erro de Proibição (CP, art. 21)

1. Generalidades;

2. Escusabilidade & Inescusabilidade:

2.1. Escusável, Inevitável, Invencível:

Exclui a consciência potencial da

ilicitude e, logo, exclui a culpabilidade, isentando o agente de pena;

(40)

Erro de Proibição (CP, art. 21)

2.2. Inescusável, Evitável, Vencível:

Reduz a consciência potencial da ilicitude e, logo, reduz a culpabilidade, reduzindo a pena do agente, de 1/6 a 1/3.

Descriminantes Putativas

1. Teoria Extrema(da) da Culpabilidade:

1.1. Toda Descriminante Putativa é por Erro de Proibição;

1.2. Doutrina Minoritária.

Descriminantes Putativas

2. Teoria Limitada da Culpabilidade (adotada pelo CP):

2.1. A depender do caso concreto, poderá ocorrer Descriminante Putativa por Erro de Tipo Permissivo (art. 20, § 1º) ou por Erro de Proibição (art. 21);

2.2. Doutrina Majoritária.

Descriminantes Putativas

3. Descriminantes Putativas por Erro de Tipo Permissivo (art. 20, § 1º):

3.1. Escusáveis, Invencíveis, Inevitáveis:

Isenção de pena;

3.2. Inescusáveis, Vencíveis, Evitáveis:

Responsabilidade pela pena do crime culposo, se prevista em lei a modalidade culposa. Se não prevista: isenção de pena.

(41)

Crime / Delito Putativo

1. Delito Putativo por Erro de Tipo:

Determinada conduta está tipificada

penalmente; o agente supõe falsamente que pratica a conduta tipificada, porém, no caso concreto, está ausente alguma elementar.

Crime / Delito Putativo

2. Delito Putativo por Erro de Proibição:

O agente supõe falsamente que sua conduta é criminosa, porém nem sequer existe tipo penal prevendo tal conduta.

Teoria Geral do Crime:

Iter Criminis

Generalidades

1. Fases do Iter Criminis:

1.1. Cogitação (sempre atípica):

a) Ideação / Idealização;

b) Decisão / Determinação.

(42)

Generalidades

1.2. Preparação:

a) Regra: Preparação é atípica;

b) Exceção: Fato típico (exs.: CP, arts. 288, 291, 294; Lei n.º 11.343/2006, arts. 33 a 35).

Generalidades

1.3. Execução (fato típico: tentativa);

1.4. Consumação (CP, art. 14, I): Reunião de todos os elementos típicos. Fato típico.

Tentativa ou Conatus

(CP, art. 14, II, e parágrafo único)

“Art. 14. Diz-se o crime:

(...)

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.”

Tentativa ou Conatus

(CP, art. 14, II, e parágrafo único)

1. Teoria Objetiva & Requisitos:

1.1 Início de Execução;

1.2. Dolo;

1.3. Não-consumação (por circunstâncias alheias à vontade do agente).

(43)

Tentativa ou Conatus

(CP, art. 14, II, e parágrafo único)

2. Espécies de Tentativa:

2.1. Imperfeita ou Inacabada;

2.2. Perfeita ou Acabada (Crime Falho);

2.3. Branca;

2.4. Cruenta ou Vermelha;

2.5. Inidônea;

2.6. Abandonada.

Tentativa ou Conatus

(CP, art. 14, II, e parágrafo único)

3. Infrações que Inadmitem a Tentativa:

3.1. Crimes Unissubsistentes;

3.2. Crimes Omissivos Puros;

3.3. Crimes Habituais;

3.4. Crimes de Atentado;

3.5. Crimes Culposos & Preterdolosos;

3.6. Contravenções Penais (LCP, art. 4º).

Desistência Voluntária &

Arrependimento Eficaz (CP, art. 15)

“Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.”

Desistência Voluntária &

Arrependimento Eficaz (CP, art. 15)

1. Desistência Voluntária versus Tentativa Imperfeita / Inacabada;

2. Arrependimento Eficaz versus Tentativa

Perfeita / Acabada;

(44)

Desistência Voluntária &

Arrependimento Eficaz (CP, art. 15)

3. Desistência Voluntária versus Arrependimento Eficaz;

4. E se, apesar da Desistência / do Arrependimento, o crime se consumar?

Crime Impossível (CP, art. 17)

“Art. 17. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.”

Crime Impossível (CP, art. 17)

1. Teoria Objetiva Temperada;

2. “Ineficácia Absoluta do Meio”:

2.1. Generalidades;

2.2. Meio Relativamente Ineficaz & Súmula 145 do STF;

2.3. E se a vítima neutralizar o meio?

Crime Impossível (CP, art. 17)

3. “Impropriedade Absoluta do Objeto”:

3.1. Generalidades;

3.2. Crime Impossível & Delito Putativo por Erro de Tipo.

(45)

Teoria Geral do Crime:

Concurso de Pessoas

Generalidades

1. Concurso de Pessoas / Agentes;

2. Crimes de Concurso:

2.1. Eventual: Crimes Monossubjetivos;

2.2. Necessário: Crimes Plurissubjetivos (exs: CP, arts. 137, 200, 288, 354).

Generalidades

3. Teorias do Concurso de Pessoas:

3.1. Monista (regra – CP, art. 29, caput);

3.2. Pluralista (exceção – CP, arts. 124 e 126, 317 e 333, 318 e 334, 342 e 343).

Autoria (CP, art. 29, caput)

1. Teoria Extensiva;

2. Teoria Restritiva (Formal-Objetiva);

3. Teoria do Domínio (Final) do Fato.

(46)

Autoria (CP, art. 29, caput)

“Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.”

Coautoria (CP, art. 29, caput)

1. Generalidades;

2. Requisitos:

2.1. Pluralidade de Pessoas;

2.2. Pluralidade de Condutas;

2.3. Nexo Causal entre as Condutas;

2.4. Liame Subjetivo;

2.5. Identidade de Infração Penal.

Formas Especiais de Autoria

1. Autoria Intelectual;

2. Autoria Mediata;

3. Autoria Colateral:

3.1. Generalidades;

3.2. Autoria Incerta.

Participação (CP, art. 29, § 1º)

“Art. 29. (...) (...)

§ 1º. Se a participação for de menor

importância, a pena pode ser diminuída

de um sexto a um terço.”

(47)

Participação (CP, art. 29, § 1º)

1. Conceito & Minorante;

2. Teoria da Acessoriedade Limitada;

3. Formas de Participação:

3.1. Moral: Induzimento & Instigação;

3.2. Material: Auxílio.

Cooperação Dolosamente Distinta (CP, art. 29, § 2º)

“Art. 29. (...) (...)

§ 2º. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.”

Cooperação Dolosamente Distinta (CP, art. 29, § 2º)

1. Os concorrentes que não consentiram na prática do crime mais grave jamais se responsabilizam pelo mesmo, e...

1.1. Se o crime mais grave lhes era

imprevisível, sujeitar-se-ão apenas à pena do crime menos grave;

1.2. Se o crime mais grave lhes era previsível, sujeitar-se-ão à pena do crime menos grave aumentada de metade.

Incomunicabilidade &

Comunicabilidade (CP, art. 30)

“Art. 30. Não se comunicam as

circunstâncias e as condições de

caráter pessoal, salvo quando

elementares do crime.”

(48)

Incomunicabilidade &

Comunicabilidade (CP, art. 30)

1. Incomunicabilidade das Circunstâncias & das Condições de Caráter Pessoal;

2. Comunicabilidade das Elementares de Caráter Pessoal.

Impunibilidade (art. 31)

“Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.”

Teoria Geral da Pena:

Sanções Penais

Conceito & Espécies

1. Conceito & Espécies:

Penas Medidas de Segurança Culpabilidade Periculosidade Duração Limitada Sem Limite de Tempo Imputáveis e Semi-

imputáveis

Inimputáveis e Semi-imputáveis

(49)

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

1. Reclusão – Regimes:

1.1. Fechado: Penitenciária;

1.2. Semi-aberto: Colônia Agrícola, Industrial ou Similar;

1.3. Aberto: Casa de Albergado.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

1.2. Detenção & Prisão Simples – Regimes:

a) Semi-aberto;

b) Aberto.

1.3. Limite de Cumprimento (CP, art. 75; STF, Súmula 715):

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

“A PENA UNIFICADA PARA ATENDER AO

LIMITE DE TRINTA ANOS DE

CUMPRIMENTO, DETERMINADO PELO ART. 75 DO CÓDIGO PENAL, NÃO É CONSIDERADA PARA A CONCESSÃO DE OUTROS BENEFÍCIOS, COMO O LIVRAMENTO CONDICIONAL OU REGIME MAIS FAVORÁVEL DE EXECUÇÃO.”

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

2. Cominação, Aplicação & Execução;

3. Aplicação da Pena Privativa de Liberdade - Sistema Trifásico (CP, art.

68):

(50)

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

3.1. Pena-Base: Circunstâncias Judiciais (CP, art. 59);

3.2. Pena Provisória: Agravantes &

Atenuantes (CP, arts. 61 a 66);

3.3. Pena Definitiva: Majorantes & Minorantes.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

STJ, Súmula 444:

É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

Agravantes & Atenuantes Majorantes & Minorantes

Previstas apenasna Parte Geral do CP (arts. 61 a 66)

Previstas nas Partes Geral e Especial do CP Não têm quantumdefinido Têm quantumdefinido

Limitadas às penas mínima e máxima cominadas

Não se sujeitam a limitações de cominação

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

STJ, Súmula 231:

A incidência da circunstância atenuante

não pode conduzir à redução da pena

abaixo do mínimo legal.

(51)

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

4. Regimes da Reclusão (CP, art. 33,

§§ 1º e 2º):

4.1. Pena > 8 anos, réu primário ou reincidente: FECHADO;

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

4.2. 4 anos < Pena ≤ 8 anos, réu primário:

SEMI-ABERTO;

4.3. Pena ≤ 4 anos, réu reincidente de prognose favorável: SEMI-ABERTO (STJ, Súmula 269);

4.4. Pena ≤ 4 anos, réu primário: ABERTO.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

STJ, Súmula 269:

É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

5. Regimes da Detenção (CP, art. 33, § 2º):

5.1. Pena > 4 anos, réu primário ou

reincidente: SEMI-ABERTO;

(52)

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

5.2. Pena 4 anos, se o réu for reincidente: SEMI-ABERTO;

5.3. Pena ≤ 4 anos, se o réu for primário:

ABERTO.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

STJ, Súmula 440:

Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

6. Progressão de Regime:

6.1. Generalidades;

6.2. Regra Geral (LEP, art. 112): 1/6 (um sexto) da pena;

6.3. Condenados Hediondos (Lei n.º 8.072/90, art. 2º, § 2º):

Penas Privativas de Liberdade (CP, art. 32, I)

a) Primários: 2/5 (dois quintos) da pena, sendo que se o crime ocorreu antes de 29 de março de 2007 (data da publicação da Lei n.º 11.464/2007), aplica-se a regra do 1/6 (um sexto);

b) Reincidentes: 3/5 (três quintos) da pena, sendo que se o crime ocorreu antes de 29 de março de 2007 (data da publicação da Lei n.º 11.464/2007), aplica-se a regra do 1/6 (um sexto).

Referências

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