UNIVERSIDADE
DE
SAO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
AVALIAçÃO DAS
RESERVAS
DE
pb-Zn-Ag
DO
DEPóSITO DE
CANOAS, MUNICíPIO
DE
ADRIANóPOLIS,
PR
Rita
Parisi
Conde
Orientador:
Prof. Dr.
Jorge
Kazuo
Yamamoto
DISSERTAÇAO
Programa
de
Pós-Graduação
emDE
MESTRADO
Recursos Minerais
e
Hidrogeologia
SÃO PAULO
AVALIAçAO DAS
RESERVAS
DE
Pb'Zn-Ag
DO
DEPÓSITO
DE
CANOAS, MUNICíPIO
DE
ADRIANÓPOI-IS,
PR
Rita
Parisi
Conde
Orientador:
Prof. Dr,
Jorge
Kazuo
Yamamoto
D|SSERTAÇÄO
DE
MESTRADO
COT'IISSÃO
JULGADORA
nomg
Dr.
J.
K. Yamamoto
UNIVERSIDADE
DE SAO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊruCIAS
DEDALUS-Acervo-tGG
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30900004814
Dr.
U.Born
Dr. S.B.Suslick
SAO
PAULO
1994
Presidente:
UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
AVALIAçÃO DAS
RESERVAS
DE
Pb-Zn-Ag
DO
DEPÓSITO
DE
CANOAS,
MUNICíPIO
DE
ADRIANóPOLIS,
PR
Rita
Parisi
Conde
Orientador:
Prof. Dr.
Jorge
Kazuo
Yamamoto
DISSERTAÇAO
DE
MESTRADO
Programa
de
Pós-Graduaçåo
em
Recursos Minerais
e
Hidrogeologia
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(: -r_ . v,SÃO
S[iMÁRIO
T.
TNTRODUçAO
I.I.
OBJETIVOS
2.
CLASSIFICAÇÃO DE RESERVAS E
RECURSOS
MINERAIS
3.
AN,ÄL]SE DOS DADOS
3.r.
coMPOStçÃO
DE AMOSTRAS DE FUROS DE SONDAGEM
3.2.
ANÁLISE
EXPLORATÓRIA
3.3.
ESTATISTICA
CL,Á,SS]CA
3.3.
I.
DISTRIBUIçÃO
DE FREQÜÊNCIAS
3.3.2.
REPRESENTAçÃO GRÁFICA DE
UMA
DISTRIBUIçÃO
DE
FREQUENCTA
3.3.3.
DISTRIBUIçÃO
DE
FREQÛÊNChS
TEÓRICAS
3.3.4.
TESTES DE ADERÉNCIA DE DISTRIBUTçÕES
DE FREQÜÊNCIA
3.3.5.
PARÂN{ETROS ESTATÍSTICOS
3.4.
CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR
4.
MÉTODOS CLÁSSICOS
4.r.
PRINCIPIOS DE TNTERPRETAÇÃO
4.2. MÉTODOS DE C,ÁLCULO
4.2.1.
MÉTODO
DOS BLOCOS GEOLÓGICOS
4.2.2.MÉTODO
DOS
BLOCOS DE
LAVRA
4.2.3.
MÉTODO
DOS
PERFIS
4.2.3.1 .
PERFIS
PADR,ÃO
4.2.3.2. PERFIS LINEARES
4.2.3.3,ISOLINHAS
4.2.4.
MÉTODOS ANALÍTICOS
4.2.4.t.
POLIGONOS
4.2.4.2. TRIÂNGULOS
5.
MÉTODOS COMPUTACIONAIS
s.r.
MÉToDo
DA
PoNDERAÇAo
PELO INVERSO DA
PorÊNCh
DA
DISTANCTA
(IPD)
s.2.
MÉToDos
cEoESTATÍsncos
s.z.
r.
veRrÁrEls
REctoNALtzADAs
5.2.2.
VARIOGRAMA
s.2.3.
MoDELos
reóRlcos
DE
vARIocRAMAS
5.2.4.
KRIGAGEM
o.
onpósrto
DE
cANoAS
6.l.LoctLtzaçÂo
r
vtAS
DE ACESSo
6.2. ASPECToS
nslocR.Anlcos
6.3. GEOLOGIA
REGIONAL
6.4. GEOLOGIA
LOCAL
6.5.
MoDELo coNCEITUAL
no
orpÓslro
T.INVENTÁruO
DOS
DADOS
DA
PESQUISA
MINERAL
7.I.
TRABALIìOS
DE PESQUISA EXECUTADOS
7. I.
I.
LEVANTAMENTO
TOPOGR,A,FICO
?.
I.2. MAPEAMENTO GEOLÓGICO
?.1.3.
cpoeuÍuce
r
ceonislcn
TERRESTRE
?.r.4.
ESCAv,lçÖes
7.I.5.
SONDAGEM
7.2.
DESCRTÇÂo
oos
FURos
DE
SoNDAGEM
z.¡.
rÉcNlcns
DE
AMoSTRAcEM
Dos
FURos
DE
SoNDAGEM
z.¿.
rÉcxlcns
op
¡NÁt-tsr
QuÍvlc¡
7.5.
DETERMIN.IçÃo
oe
DENSIDADE
oo
trlr¡lÉruo
7.6.
cARAcrEnznç.Ao
rrcNolÓclcA
Do lrlrNÉruo
7.?.
ENSAIOS DE
BENEFICIAMENTO
7.8.
PRocESSo
DE
LAVRA
Po urNÉruo
z.s.
ANÁLIsr Dos
DADos
1."-'VENTARIADoS
a.
RNÁt-rsr
Dos
DADos
DA
MNA
DE
cANoAS
2r.r.
oenrNtçÃo
o¡
Án¡e
DE INTERESSE
s.2.
coMPostçÀo
or
AMoSTRAS
DE
FURos
DE
SoNDAGEM
e.¡.
ANÁLts¡
expl-oR¡róru¡.
e.¿.
AN.ÁLlsp
gsr¡rÍsrtca
Dos DADos oRIcINAIS
E COMPOSTOS
8.4.I. CHUMBO
8.4.2.
ZINCO
8.4.3.
PRATA
8.5. TESTES
or
eoeRÊNcn
8.6.
coRRELAÇÃo
e
RrcR¡ssÃo
Dos
ELEMENToS
Pb,Zn E
Ag
8.7.
MAPAS DE CONTORNO DE ISOVALORES
s.
cÁLculo
DE RESERVAS
PELos
trlÉrooos
clÁsstcos
s.r.
vÉrooo
Dos
PERFIS
peonÃo
s.z.
vÉrono
Dos
PERFIS
LINEARES
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p.¿.
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AN.Á.LIs¡
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CoMPUTACIoNAIS
12
coNSTDERAÇÕes
rrNrus
nereR-ËNc¡,cs
slnllocR
ÅFlcns
LTSTA
DE TLUSTRAçÕES
FIGURAS
I
- Categorias de reservas, segundo Hancock et al. (1987).2 - Cálculo da composição por bancådas, segundo Yamamctto
&
Betencourt (1992). 3 - Cálculo da conposição por Iitotogia, segundo Yamamoto&
Baencourt (1992).4 - Cálculo da composição por eleveÉes, segundo Yamamoto
&
Betørcourt (1992). 5 - Representa$o de um desuùo esquemático com os pontos e as regiões conespondentes(Dachs, 1978),
ó - Gráfico da distribuição normal ou Curr"¿ de Gauss.
7 - Curvas de distribuição lognomal com a e C iguais a zero e três valores de b2, segundo Aitchiscn
&
Brown (1957 apud Kock&
Link,
l97l).
E - Teste K-S para testar o ajuste da distribuição observada flrrha fina) em relação ao modelo
teorico (inha grossa). Ambas são plotadas na mesma curva acumulativa (Davis' I9E6) 9 - Desenho mostrando alguns exemplos de arranjos de pontos de dadoe e seus respectivos
coeficientes e correlaçâo (Yamâmdo, 1992).
l0
- Diagramas de dispersão, da esquerda para adireiu,
originalmente com coeficiente decorrelação iguais a -1,0, +1, que foram aherados para -0,5ó, 0,29 e 0,56 com a
ntroduçåo de um único ponto anômâlo (asterisco) aos conjuntos de dâdos originais (mais) (Yamemoto, 1992).
I
I
- Interprstação analític¿ de valores, entre duas eståções adjac€ntes, pelo princípio dasmudanças graduais, segundo
Pçotr
(196ó).l2
- Interprdação de valores, entre dois furos em uma seção, segundo o princípio dos pontos mais próxrmos (Popoff, 1966).l3
- Princþio da generalização, segundo Popofr ( I 966).14 - Esquema mostrando a subdivrsâo em blocos, segundo suas car¿cteristicas geológicas
(Popoff,l96ó),
l5
- Cálculo de reservas em blocos de lavra, delimitados por trabalhos subterrâneos (chamr¡rés egalerias), segundo Popofr (1966).
ló
- Layout dos blocos de acordo com o møtodo dos perfis padrâo, segundo Conde&
Yamamoto (1994).
I 7 - Layout dos blocos de acordo com
o
metodo dos perfis lineares, segundo Cørde&
Yamamco (1994).l8
- Formulário de áreas de polígonos regulares,la
- Formuláno de volumes de sólidos.20 - Regra de Simpsør para d€terminação de áreas, segundo Popotr(19ó6)
2
I
- Cálculo de volumes pelo método dos perfis padrâo para se@s nâo paralelas.(A) Represenuçâo gÉfica de um corpo mineral cortado por seções não paralelas;
(B) Plano de construSo de perpendiculares
hl
e h2 do centro de gnvidade de uma seçâo a outra (Popoff, 196ó).22 - Cáìculo de volumes para seções nâo paralelas pelo metodo dos perfis lineares (Popoff, 196ó)
23 - Maodo das tsolinhas; mapa de iscÉeores (a); cálculo do toor medjo do dePós¡to, através da
ponderação das áreas pelas linhas de isoteores (b), segundo Popotr (19ó6)
24 - Metodo dos poligonos; vista dos poligonos e respectivos pnsmas (Guena, 1988)
25 - A "Divisâo de Dirichlet", segundo Peüinatt (1983 apud Yamamoto
&
Beüe¡rcourt, 1992).2ó -
A
"Triangularização de lÞlaunay", segundo Pettinati (1983 apud Yamamc{o&
Bettencourt, 1992).
27 - Efeito da potência da diståncia na inærpolaçâo de teores enûe dors pontos adjacentes de
amostragem, segundo Bames (1980).
28 - Desenho molrando a seqúência de opera@s para araliaçâo de blocos pelo metodo IQD
aperfeiçoado. Discretização de um bloco em oito sub-blocos e 4 amostras vizinhas
(A)l
cálculo dos pmderadores IQD por sub-bloco @); cálculo dos ponderadores IQD para todos
os sub-blocos (C); composição de teores dos sub-blocos para estrnuçâo do teor medro do bloco, segundo YamamcÊo (1992a).
29 - Esquema de formaSo dos pares de ponto para elaboraçâo do semi-variograma.
iv
30 - Esquema de obtenção de ralores para semi-variqgrama a partir de rede inegular (Landim, 1985)
3l
- Variograma tipico e suas propriedades (Yamamc{o&
Bettencourt, 1992),32 - Anisctropias: (A) geometrica; e (B) zonal, segundo (Yamamclo
&
Bettøcourt, 1992). 33 - Modelos de rariogramas toóricos mais comuns na natureza.34 - Signiñcado dos termos da equação 51, segundo Brooker (1979). 35 - Mapa de localização e vias de ac€sso do Depósito de Canoas.
36 - Distribuição dâs unidades litoestratigráficas nas
por@s
sul paulista e leste paranaense, segundo Çampanhâ €i al. (1987).37 -Mapa geológico da área do Depósito de Canoas, segundo Plumbum
S.A
(1992). 38 - Perfil esquemático do Depósito de Canoas, segundo Prominer(l99la,b).
39 - Perfil SW-NE da Mina de Canoas 2 com destaque para o Pacote de anfibolito encaixado nos xistos e o nivel magnético indicado pela presença de magnetit¿ (Plumbum S.,{., 1992).
40 - Modelo hipdetico de um depósito de sulfeto sedrmøtar exalativo, segundo Large (1981).
4l
- Fluxograma de arnostregem e análise química para Chumbo e Zinco realizado naPlumbum S.A,.
42 - Mapa de localização dos furos de søtdagem da Mina de Canoas 2 e definiSo da área de interesse.
43 - Exemplo esquemático de cálculo de composição de furo de sondagem por litologia
44 - Histogramas das distribuigões de freqüência dos teores de chumbo (a) e de seus logarÍtmos (b)
do conjunto de dados originais; cunas acumulativas em escala de probabilidade aritmética da
distribuição de toores de chumbo (c) e seus logaritmos (d)
pan
o cørjunto de dados ongnais.O desenho esquemático do Pb é represotado em (e) (Pontos cheios - Pcrltos sohos; po,tos
vazios - pontos extemos; x - mediá; lQ traço horizonta¡
-
l0 quartil; 20 traço horizontal-lQ quartil (nediana); 30 t¡aço borizonta¡ - lQ quartilr
45 - Histograma das distribui@s de freqüência dos teores de chumbo (a) e curva acumulatira em escala de probabilidade aritmetica da distribuigâo de teo¡es de chumbo (b), ambos para o
conjunto de dados compostos,
46 - Histogramas das distribui@s de freqüência dos teores de zinco (a) e de seus logarítmos (b)
do conjunto de dados originais; curvas acumulativas em escala de probabilidade aritnética da
distribuição de teores de zinco (c) e seus logarítmos (d) pan o conjunto de dados origrnais
O desenho esquemático do Zn é representado em (e) (Pontos cheios - pontos sohos' pontos vazios - pontos extemo6; x - médra; lQ traço honzo¡lø¡
-
lQ quanil; 29 traço horizontal-l0
quartil (mediana); 3Q traço horizontat - lQ quartil).47 - Histograma das distribui@s de Êeqüências dos teores de ztnco (a) e curva acumulatira em escala de probabilidade aritmetica da distribuiçâo de teores de zurco (b), ambos para o
conjunto de dados compostos.
48 - Histogramas das distribuições de freqùência dos teores de prâta (a) e de seus logaritmos (b)
do conjunto de dados ongrnars; curvas acumulatilas em escala de probabilidade antmetrca da
distribuição de teores de prata (c) e seus logaritmos (d) para o conjunto de dados origrnars.
O desenho esquemritico da Ag é representado em (e) (Pontos cheios - pontos sohos; ponros
vazios - pontos e)ifemos;
*
-.t¿iá;
lQ traço honzonta¡-
l0 quartil; 20 traço honz¡ntal-lQ quartil (mediana); 3Q traço horizonta¡ - lQ quartil).
49 - Histograma das distribui@s de freqüência dos teores de
pnt¿
(a) e curva acumulativa emescala de probabilidade aritmaica da distribuição de teores de prata (b) ambos para o
conjunto de dados compostos.
50 - Diagrama de drspersâo do par Pb x Zn.
5l
- Diagrama de dispersão do par Pb x Ag. 52 - Diagrama de dispersão do par Znx
Ag.53 - Diagrama de dispersâo do par Pb x Ag sem os valores anômalos. 54 - Diagrama de dispenâo do par Zn x Ag sem os r¡alores anômalos.
55 - Reta de regressão para o par Pb x Zn.
5ó - Reta de regressâo para o par Pb x Ag,
57 - Mapa de iscteores de Pb (expresso
emþpalm
a área de interesse da Mina de Canoas 2(Pb+Zn >= 5o/ù.
58 - Mapa de iscÉeores de Zn (expresso em
þ
para a área de interesse da Mina de Canoas 2(Pb+7Ã >= 5o/ù.
59 - Mapa de iscteores de Ag (expresso em ppm) para a área de ir¡teresse da Mina de Canoas 2
(Pb+zn>:5V).
ó0 - Mapa de isopacas (expresso em m) para a ârea de interesse da Mina de Canoas 2
(Pb+Zî>--SYù.
ól
- Sqôes geotogicas e blocos construídos no metodo dos perfis padrâo para a Mina de Canoas 2 para teor de corte Pb+Zn >=lo/o.62 - Exemplo no cálculo da área da Soção S8 para Pb+Zn 7= Jo/6 s Pb+7rt>=lo/o.
ó3 - Seções geologicas e blocos construídos no metodo dos perfis lineares para a Mna de canoas.. ó4 - M*odo dos polígonos. Rede de poligonos construídas através dos fi:ros de scndagem
realizados na Mina de Canoas 2 Parâ teor de corte Pb+Zn>=lo/o
ó5 - Blocos tnangulares gerados pela utilização do metodo dos triângulos para teor de corte
Pb+Zn >=lo/o na Mrna de Canoas 2.
66 - Cunzs das resenas medidas de chumbo (a), zinco (c) e prata (e) e dos teores medios de
chumbo (b), zinco (d) e prata (f) para drferørtes metodos clássicos e teores de corte simulados
dePb+7Ã(Vù.
ó7 - Configuração dos blocos calculados pelos metodos compuøcionais (lQD e krigagem) para a
Mina de Canoas 2 . A fronteira convexa foi estabelecida para teor de co¡te Pb+T-n >=lo/o.
68 - Senuranograma obtido para clumbo, na
diret'o
500 (lanela 200), ajustado pelo modeloteonco esferico.
ó9 - Semrlanograma obtido para zinco, na direção 500 (anela 200), ajustado pelo modelo teorico
esfénco.
70 - Semivariograma obtido para prara, na dire4âo 500 (anela 200¡, ajustado pelo modelo teónco
esfénco.
7l
- Histogramas das variâncias de kngagem (a, b, c) e das vanâncias de interpolação (d, e, f¡, respectivamøte, para os elementos Pb, Zn e Ag, no teor de corte suimulado dePb+Z¡ >:So/opara a Mina de Canoas 2.
72 - ClassificaSo de reservas de chumbo, zinco e prata da Mina de Canoas 2 segundo a variância
de krigagem e a variância de interpolação.
73 - Categorias de reservas para o chumbo, zncn e prata segundo os limites adotados pela ONU utilizando a variância de krigagem para a Mina de Canoas 2 (teor de corte simulado de Pb+Z.n >=5o/ù .
74 - Categonas de reservas para o chumbo, zlftcþ e prata segundo os lim¡tes adotados pela ONU utiliz¿ndo a variância de interpolação para a Mina de Canoas 2 (teor de corte simulado de
Pb+Zn >=5o/o) .
75 - Cunas das resewas medidas de chumbo (a), zinco (c) e prata (e) e dos teores málìos de
chumbo (b), zinco (d) e prata (Ð para IPD e krigagem ordinária segundo diferentes teores de corte simulados de Pb+Zn
(W.
76 - Histogramas das distribuiçöes de fieqüência dos teores de Pb, Zn e Ag calculadas pelo
IPD (a, b, c) e KO (d, e, f) para o teor de corte de Pb+Zn >= 5olo para a Mina de
Canoas 2.
QUADROS
I
- Quadro de Mckelvey para classificaçâo de recursos e reservas (Annels,t99l)
II
- Classiñca$o da USBM/USGS para identificação de recursos minerais e reservasIII
- Classificação AIMIM/AMIC pan identificação de recursos minerais e reservasIV
- Classifica@s geoestatisticas de reservas (extraido de YamamcÊo&
Beüencoutl'1992)-V
- Classificação de reservas minerais baseada em parâmetros geoestatístic¡s e econômicos(Wober
&
Morgan, 1973).M
- Comparação er¡tre os métodos clássicos x métodos cornputåcioflaisvt
TABELAS
I
- Teores médios dos furos de sondagem fora da área de interesse.2 - Teores módios compolos para teor de corte Pb+?¡ >= 5o/o
3 - Representåção de ramo e folhas para o elemento chumbo (o/o) da Mul'a de Canoas 2
4 - Representação de ramo e folhas para o elemento zinco (%) da Mina de Canoas 2.
5 - Representação de ramo e folhas pan o elemento prata (ppm) da Mrna de Canoas 2
ó - Parâmetros estatísticos de Pb, Zn e Ag para a área de interesse da MÙra de Canoas 2. 7 - Parâmetros eståtisticos da distribuiçâo de chumbo no conjunto de dados originais
8 - Disribuigão de fieqüências dos teores de chumbo no conjunto de dados originais. 9 - Parâmaros estatisticos da distribuição de chumbo no conjunto de dados comPostos
I0
- Distribuição de freqüências dos teores de chumbo no conjunto de dados conìPolosI
I
- Paråmetros est¿tilicos da distribuiçåo de zinco no conjunto de dados ongmaisl2
- Distribuição de freqüências dos teores de zinco no conjunto de dados originais.l3
- Parâmstros estatísticos da distribuição de zinco no conjunto de dados corlPostos14 - Distribuição de freqüências dos teores de zinco no conjunto de dados compostos.
l5
- Parâmetros estatísticos da distribuiçâo de prata no conjunto de dados onginais.l6
- Distribui$o de freqüências dos teores de prata nocojunto
de dados originais.I 7 - Parâmetros estatisticos da distribuiSo de prata no conjunto de dâdos comPostos.
l8
- Distribuiçâo de fieqü&rcias dos teores de Pratå no ccnjunto de dados comPostosl9
- K-S eståtístico e K-S crítico para os dados da Mlna de Ca¡oas 2.20 - Resultados obtidos para o teste X2 para os dados da Mina de Canoas 2, a nivel de
significância 7a/o e v=6.
2l
- Medidas de correlação para os pares de vanáveis aleatórias definidas para aMi¡a
deCanoas 2.
22 - Medidas de conelação para os pares de variáveis aleatórias Pb x Ag e Zn x Ag sem os ralores
anômalos, para a Mina de Canoas 2.
23 - Coeficientes a e b das rstas ajustådas as corelâções Pb x Zn e Pb x Ag.
24 - Reserva medida calculada pelo metodo dos perfis padrão segundo diferentes teores de corte
(tCS
- teor de corte simulado).25 - Reserva medida calculada pelo metodo dos perfis lureares segundo diferentes teores de
corte CICS - t€or de corte simulado).
2ó - Reserva medida calculada pelo maodo dos poligonos segundo drferertes teores de corte (TCS - teor de côrte sunulado).
27 - Reserva medida calculada pelo møodo dos triângulos segundo diferentes t€ores de corte (TCS - teor de corte simuledo).
28 - Resenas medidas calculadas pelo IPD de Pb, Zn e Ag segundo diferentes teores de
corte
(ICS
- teor de corte simulado de Pb+Zn;¡'BE
- número de blocos elùnados) 2q - Dados do semivariograma obtido para chumbo (direçâo 590 -.¡¿nela 200)30 - Dados do semirariograma obtido para zmco (di¡eçâo 50u 'janela lOu)
3l
- Dados do semivariograma obtido para prata (direçâo 560 -;anela 200)32 - Parâmetros ob,tidos no modelamento dos
semi
riogramas de Pb, Zn e Ag para adireçâo 500(anela de 200) e mterr¡¿lo (h) 50 m.
33 - Reservas medidas calculadas pela krigagem ordinária de Pb, Zn e Ag segundo diferentes teores de corte (-l'CS - teor de corte simulado de Pb+Zn; NBE - número de blocos
estrmados).
34 - Vanância de kngagem máha dos blocos e variância de interpolaçåo dos blocos para o donrínio do depósito obtidas para o teor de corte sunulado de Pb+Zn >= So/opara a Mu¡ra de Canoas 2. Tm (teor médio)
e Sl
(variância) sâo parâmetros estatisticosobtidos då estâtística de todos os btocos. Os
f
G) max são obtidos dossemilano-gramâs para a distância de busca de 100m.
35 - Teor médio e variância estatistioa calculados para os blocos estùnados por IPD e KO
para teor de corte Pb+Zn >= 5olo na Mina de Canoas 2.
36 - Äreas calculadas em planta para os métodos clássic¡s e computacionais para teor de
cone simulado de Pb+Zn >=5o/o na Mu¡a de Canoas 2.
t0ó 109
lt0
lt0
lt0
ilt
ill
¡ll
il3
r 13I
l4
vlt
37 - Resulødos obtidos na comparação dos mÉtodos clássicos x máodos conputacionais
atrâvés do uso do fator DR e do
ero
relativo (ER) para o elemento chumbo eteor de corte simulado de Pb+Zn >= 5olo. (Mc = metodos clássicos; PP = p'erñs Padrão;
p¡
= perfis lineares; POL. = poligonos; Âs = triângulos; IPD = inverso da pc{ência dadistância; KO = krigagem ordinária; DR = diferença
de
resena; ER = erro relativo) 38 - Resulødos obtidos na comparação dos maodos clássicos x máodos comPutacionaisatravés do uso do fator DR e do erro relativo (ER) para o elemento zinco e
teor de corte simulado de Pb+Zn >= 5%.,(Mc = métodos clássicos; pp = perñs padrâo:
p¡
= perfis line¡res; POL. = poligonos; Ás = triângulos; IPD = inverso da pcdência dadrlância; KO = krigagem ordinária; DR = diferença de reserva; ER = eno relativo).
39 - Result¿dos obtidos na comparação dos metodos clássicos x máodos computacionais
através do uso do fator DR e do erro relativo (ER) pan o elemer¡to pratâ e teor
de corte simulado d€ Pb+Zn >= 5olo..(Mc = melodos clåssicÐs; PP = perfis padrão;
p¡
= perñs lineares; POL. = poligotos; As = triângulos; IPD = u¡verso da potência dadistância; KO = krigagem o¡dinária;
DR:
diferença de resene; ER = erro relativo).FOTOS
I
- Vista geral do vale do Ribeirão Canoas, Adrianópolis (PR).2 - Quartzito supenor (QTZs), principal guia prospectivo regional.
3 - Boc¿ da Mina de Canoas 2. Unidade mais supenor do pac¡te das rochas encaixanæs da
m[reralização (da base para o topo): anfibólio-biotiø-xisto; rntercalação de anfibolito: e
mca-xisto com granada.
4 - Aspecto bandado do minério da pilha de desmonte, intercalaçâo de niveis de metâchert,
barita e lâmlnas monominerálicas de sulfetos
(gt,
sph).5 - Frente de desmonte da Mrna de Canoas 2.
Zun
mine¡alizzda apresørta aspecto bandado:camadas brancas são bariø e camadas mais amarronz¿das sâo mdachert; os sulfetos
estâo dissemlnados nos niveis mais escuros.
ó - Minério da pilha de desmøte, com grande concentração de galøra (sulfeto cinzâ)
7 - Minério da pilha de desmonæ; o sulfeto de cor cinza é a galøa, e o de cor marrom é a
esfalerita; d gñgd é representada por grandes cnstais de piroxênio (diopsidio) de cor verde
8 - Malhas de linhas de amostragem geoquimtca transversais ao vale do Ribeirão Canoas.
9 - Campanha de son.lâgem (sonda Boyles); ao fundo boca da Mina de Canoas 2.
'10 - Anfibólio4uartzo-biotrta-xisto com magnetftâ (rocha magnética) cortado por intrusâo de rocha escura afanitica (fr¡ro FSC-39).
I
ì
- Muscovta4uartzo-biotita-xisto conr granadas de atéI
cn: (furo FSC-39)l2
- Anfibolito de cor verde de textura fanerítica fina (ñrro FSC-39).l3
- Musc¡r¡t¡-biotrtaauartzo-xisto cÐm mâgnetit¿ - trecho magnáico (furo FSC-40).l4
- Arquivo de testemu¡ìos de furos de sondagent da Plumbum S Al5
- Bnødor de mandíbula do setor de amostragem da Plumbum S.Al6
- Estufa do setor de amostragem da Plumbum S.4..l7
- Moinho de Renard (setor de amostragem da Plumbum S.A.)l8
- Processo de flotação sel*iva com dois circuitos em série (à dire¡ta - Zn; à esquerda - Pb)l9
- Concentrado de Pb obtido do beneficiamento do minério de Canoas.20 - Bacia de decanta$o Ao fimdo observa-se uma área recuperada com o plantio de gramíneas,
2l
-virå
geral da boca da M¡na de Canoas 2.22 - Pilares de sustenteção deixados no inænor da Mrna de Canoas
I
pelo metodo de lawa subterânea por câmeras e pilares.ANEXO
I
- Dados de fr¡ros de sondagem da Mina de Canoas 2.viii
ABSTRACT
Ore
reserve estimationis a
technical procedure
which
attempts
to
evaluate
a
mineraldeposit and provide the necessary
information
regarding economicalfeasibility,
planning, and oreprocessing.
Basically, the ore reserve estimation methods are the classical and computational methods
which utilize
different principlesof
interpretation
and mathematicalinlerpolation functions. Both
try to
establish the best estimationofthe
interest variable in pointswhich
werenol
sampled.These
different ore
reserve estimation methods wereapplied
to
the
lead-zincdeposit
of
Canoas, municipality of Adrianopolis, state
of
Paraná, southern Brazil.The Canoas deposit is represented
by
along
lenticularstratiform body;
the mineralizationoccurs
in
sulphide disseminations (galena, sphalerite,pyrile) in
carbonaterocks. This deposit
isdìvided
into
two
parts (CanoasI
and Canoas2)
separated by erosion.The
data set usedfor
orereserve estimation
in
Canoas2
was taken
from the
data inventory
of
mineral exploration
andcharacterized
during
the
data
analysis phase. Classical
methods employing
cross-sections,polygons, and triangles were used,
while
computational
methodsincluded
inverseof
weighting
distance and ordinary kriging.
The
ore
reserveestimation methods
applied
in
this
case
did
not
present
significantdifferences
in
ore reservesor
average grades.The
differencesthat were
observed between thesemethods can be attributed
to
differencesin
the sizeof
the computed areas.This
relative similarityof
the
resultsis a
function
of
deposit
type (stratiform)
andthe
regular
thickness,grade,
andRESUMO
A
avaliação das reservas de um depósito mineral é um procedimento quetem
por
objetivoeslimar
a
quantidadee
qualidade
do
minério, dando
subsídiosaos estudos econômicos,
de planejamento de lavra e beneficiamento.Existem
diversosmélodos
de
avaliaçãode
reservas,que podem
ser divididos em
doisgrupos
principais: métodos clássicose
métodoscomputacionais.
Essesmétodos utilizam-se
de diferentes príncípios de interpretação, e técnicas matemáticas de interpolação, que devempermitir
uma melhor estimativa de valores de variáveis de interesse, em pontos não amostrados da pesquisa
mineral.
Esses diferentes métodos de cálculo foram aplicados no estudo de um caso
no Depósito
de Canoas, município de Adrianópolis (PR)..
o
Depósito
de canoas
é
representadopor
um
corpo lenticular, alongado,
do
tipo
eslratiforme; a mineralização
ocorre
Sob aforma
de disseminações de sulfetos (galena, esfalerita.pirita)
ern rochascarbonáticas. Este depósito
é
compartimentado emdois
corpos
(Canoas
I
eCanoas
2) por
uma erosãona
suaporção média
sendo que, parafins de avaliação
de
reservasforam
utilizados os dados referentesa
Canoas2,
levantados duranteo
inventário dos
dados dapesquisa
mineral
e
caracterizadosdurante
a
etapa
de
análisede
dados.Os
métodos
clássicosutilizados foram perfis padrão, perfis lineares, polígonos e triângulos e, os computacionais, foram
inverso da potência da distância
(IPD)
e krigagem ordinária(KO)
Os
resultadosobtidos
paraa Mina
de
Canoas2
indicam queos métodos
aplicados nãoapresentam diferenças
significativas
na
avaliaçãodas
reservas medidasou
teores
médios.
Asdiferenças obtidas, entre estes
métodos, podem ser
atribuídasàs
diferençasde
áreas entre
osmétodos
considerados,Esta relativa
similaridadedos
resultadose
função
do
tipo
de
depósito(estratifornle). espessura e teores regulares. e amoslra,qem (malha regular)
A
utilização de um método de avaliação de reservas que produza resultados de qualidadedeve ser função dos aspectos geológicos
dos
depósitose
da determìnaçãode nledidas de
errosassociados às estimalivas.
Na
impossibilidade dautilização
daKO
(não
obtenção de variogramassignificativos),
epossivel a ulilização do
IPD
seguido dos métodos clássicos, uma vez que dependendo dotipo
deAGRADECIMENTOS
Nossos mais
sinceros
agradecimentossão dirigidos
ás
pessoas
e
entidades
abaixo relacionadas, pela valiosa colaboração prestada á realização deste trabalhoAo
ProfessorDoutor
JorgeKazuo Yamamoto,
meuamigo
e
orientador, pela
paciência,dedicação e inteligência com que orienlou este trabalho e deu subsidios para meu ingresso na vida profissional.
À
pLfnfSLlM
Mineraçãoe
Metalurgia
S.4.,
pela
acolhida
fornecida durante
nossa permanência naMina
de Canoas, pela cessão de testemunhos, mapas e perfis de sondager4 e pelasimportantes informações transmitidas pelos geólogos
Adalberto
Scortegna, GersonC.
Venusso eNormando
Queiroga
e
engenheirode
minas
Wilson Leite.
Em
especialao
Normando
peloprocessamento e discussão dos dados reproduzidos nesle trabalho
Ao
ProfessorDoutor
João Baptista Moreschi pela atenção e discussões geológicas que semostraram
muilo
proveitosas.À
Nice
F.P.Conde e ao geológoAfonso
C.Ianhez pela revisão e sugestões ao texto.Ao Instiruto
de Geociências da USP, que proporcionou todos os recursos necessários para realização deste trabalho.Á
Fundaçãode
Amparo
à
Pesquisado
Estado
de
São Paulo (FAPESP)
pelo
suporlefinanceiro indispensável à realização desta pesquisa.
À
todos
os
colegasdo
Cursode
Pós-Graduaçãodo IG-USP
(Tarcísio,
Kaú,
Fernando, Paulo,Robeno, funaldo,
Jamile, Fábio, AnaMaria,
Pedro,Lucy,
Mirim,
Annabel) pela amizade ecompanheirismo desmonstrados,
que
fizeram com que
estelrabalho
se lornasse mais
fácil
edivertido.
Finalmente,
à
minha super amigae
também colegade
pós-graduaçãoElizete
D. Salvadorr
TNTRODUçAO
A
avaliaçãode
reservasquantifica
e
qualifica
o
corpo mineral em estudo, além
deconstituir suporle a todos os trabalhos posteriores, com as conseqüências econômicas e técnicas.
A
avaliação
de
reservasé
função
de
vários
fatores,
dentre
os
quais
destacam-seconhecimento
do depósito;
exatidão das
medidasdos atributos
(teor,
espessura, densidade),validade científica das hipóteses adotadas em relação ao compoltamento dos atributos; delineação precisa das interfaces estériVminério; cálculo preciso dos valores médios dos
atributos;
e métodode cálculo. Este
último
ítem é de grande importância evai
ser função da configuração geométricado depósito, do método de lavra e da densidade de
informações
Assim, a escolhado
método decálculo condiciona a exatidão da estimativa de reservas.
Os métodos para avaliação de reservas foram constanlemente aperfeiçoados para gerarem resultados mais precisos e
conñáveis.
Este aperleiçoamento for resultado da crescente escassezde
jazidas
mineraisricas,
ao
grande investimenlo
necessárioà
abertura de novas
minas, bemcomo,
do
aparecimento de computadores que permitiramo
fácil manuseio de grandevolume
dedados, de maneira confiável.
Estes métodos
procuram
determinar,conforme
seuscdtérios,
os
valores dos
atributosque, aplicados às equações básicas
de
reservas, fomecemo
ralor da
reservado
depósito.
Asprincipais equações básicas são:
R=I'.D.'I'=
A
þ.D.7
(l).Onde : R
é a
reserva em peso;V é ovolume;Déadensidadeaparente;Téoteoremporcentagem;
Aéaáreasuperñcial;
Eéa
espessufa.Segundo Yamamoto
&
Bettencourt (1992),
existem diversos métodosde
avaliação dereservas,
que
podem
ser divididos em dois grupos
principars:métodos
clássicose
metodoscomputacionais
Ësses métodosutilizam-se
de diferentesprin:rpios de
interpretaçãoe
lecnicas matemáticas de interpolação. que devenrpermitir
uma melhor estimativa de valores, de variaveis de inleresse. em pontos não amostrados da pesquisa mineral.Os
métodos cìassicos,
baseadosna
geometna
Euclideana.
foram
desenvolvidos
eutilizados desde os primórdios da mineração, e tiveram seu apcgeu na época pré-computacional.
Esses métodos baseam-se, fundamentalmente, nos princípios de interpretação de variáveis entre
dois
ponlos
adjacentesde
amostragem.
SegundoPopoff(19c6),
nesta classe encontram-se ométodo dos blocos geológicos;
o
método dos blocos de lavra; o método dos perfis; e os métodosanalíticos.
Os métodos computacionais, para avaliação de reservas são a ponderação pelo inverso da
potência e os geoestatisticos; esses métodos são assim denominados
por
dependerem da utilização de computadores para a resolução de seus algorilmos.O
método
da
ponderaçãopelo
inverso
da
potência
da
distância
foi,
efetivamente. oprimeiro
a
ser
desenvolvido
para utilização
em
computadores,já
que envolve
operaçòesteores de amostras de furos vizinhos, em relação a un. delerminado ponto ou
bloco
do
depósito,são proporcionais ao inverso das respectivas distâncias elevadas a uma potência das mesmas.
Os métodos geoeslatísticos
foram
desenvolvidos na décadade 70
e
são, genericamente,denominados de
krigagem.
Tais métodos são baseados na Teoria das Variáveis Regionalizadas.As
técnicas geoestatisticasde
estimação são baseadasno
estudoda variabilidade
espacial docorpo
mineral, comoreflexo
deum
variograma,e
permitemo
cálculo deuma medida de
erroassociada com a estimativa, chamada variância de estimação.
A
aplicação da krigagem depende da obtenção satisfatória de variogramas representativos da jazida, quepor
suavez, é função
não sódo comportamento espacial da variável em estudo, mas sobretudo, da quantidade de informações.
I.I,
OBJET]VOSEste
trabalho
tem
por
objetivo
a
avaliaçãodas
reservasde
chumbo-zinco-prata
doDepósito de
Canoas,municipio
de
Adrianópolis,
PR.
Para isso, realizou-seuma
revisão
dos métodos de estimação (métodos clássicos e computacionais), que poderá indicaro
mais adequadopara
a avaliação deteor
e tonelagem de Pb-Zn-Ag do referidodepósito.
Os métodos escolhidosforam então aplicados sobre os dados do inventário mineral do Depósito de Canoas.
comparando-se os resultados.
O
trabalho de avaliação de reservasfoi
feito
com base nomodelo geológico
dodepósito,
obtido a partir
dos
testemunhosde
sondagens, afloramentos,frentes
de lavra,
e
daconsulta a bibiiografia especializada.
Pelo
fato
daMìna
de Canoas2
apresentar dados de pesquisa mais recentes,bem
comouma
melhor
caraclenzação geológìcae
amostragem, procedeu-seao
tratamentode
seus dados, para fins desta dissenação.Assinr.
realizou-seunìa rerisão teórica
das principais metodologias
enrpregadas nos métodos de avaliação de resenas. afim
de indicar. aofinal
do estudo, o(s) melhor(es) método(s)a
ser empregado. considerandoa
qualidadee
quantidade dos dados disponír'eisdo
Depósito
de Canoas. Para atingir o objetivo proposto, as principais etapas desenvolvidas foram.( 1) Revisâo bibliográñca dos seguintes tópicos :
- Classificação de reservas e recursos minerais;
- Estatistica clássica;
-
Métodos clássicos;- Métodos computacionais.
(2)
Análise estatísticâ dos elementos Pb, Zne
Ag,
(3)
Avaliação das
reservas
pelos
métodos
clássicos(perfis padrão,
perfis
lineares, polígonos e triângulos);(3)
Avaliação das reservas pelos métodos computacionaìs(lPD
e krigagem).2,CLASSIFICAÇÃO
DE RESERVAS E RECURSOSMINERAIS
Hancock
et al. (1987)
descrevemos
princípios aplicados pela PancontinentalMining
nadelìnição
de
suas reservas,de
acordo
com
o
estágio
de pesquisa,
segundotrês
calegorias. Reservas Geológicasin
Situ, Reservas Lavráveis e Reservas _Compatibilizadaspor Eslimativa
de Produção.A
divisão das reservas nestaslrês
categorias, segundoHancock
et al. (1987),
satifaz oprincipio de clareza para relatórios públicos e providencia uma prática classificação para geólogos
e engenheiros de minas, baseando-se nos três maiores estágios de cálculo
(Figura
l),
quais sejam..
cálculos iniciais de reservasin
situ
com parâmetros estáticos, mas semlimites
impostospor um especifico plano de lavra, ou estudo econômico (Resen'a Geológica
"ln
Situ");
.
aquela parteda
ReservaGeológica
considerada minerávelcom
um
especifico plano
delawa (Reserva Minerável);
.
Reservas
Mineráveis
julgadas
por
recuperação
antecipada
e
diluição
(ReservaCompatibilizada).
As
Reservas Geológicas/n
J¡fir
englobamtodo
o
minério
potencialmente aproveitável,determinadas a
partir
de interpretações geológicas das informa@es de pesquisae
sem aplicaçãodos parâmetros básicos para planejamento da mina. Segundo Hancock
et
al.
(1987),
as reservasgeológicas
são
determinadasno
estágio
inicial
da
pesquisa,quando
o
conhecimento
damineralização
for
suficiente para fazer uma interpretação razoár'el da geologia, e também que osdados levantados permitam obter estimativas quantitativas.
Reservâs Lavráveis referem-se àquela parte
da
reservageológica que pode
ser exlraidasolr unr plano especifico de lavra, cujas condìçôes econômicas sâo para lavra a céu abeño.
- ângulo final da cava.
- relação márima
estéril/ninério:
- ahura e largura das bancadas;- Iargura das rampas de produção, etc; e, para lavra subterrânea:
-
inclinação das rampas;- distância entre os niveìs principais,
-
ângulo de drenagem, etc;bem
como
o teor
deequilíbrio econômico
(teor
quetoma um
determinadobloco do
depósitoeconomicamente aproveitável) e o
teor
de corte para ambos os casos.A
última categoria, Reserva Comoatibilizada, é a melhor estimativa de reservas,pois foi
ajustada com os parâmetros da
produção,
que sãoo.
ganho pordiluiçào
e perda deminério.
Oganho
por
diluição corresponde aomaterial
estéril,ou
não aproveilável, despachadoà
usina dedespachado
à
pilha
derejeito,
ainda contenhaalgum minério,
ou
quandoo
minério por
algummotivo,
nãofoi
lawado.Enrbora várias tentali\.as tenham sido feitas, na
última
década, para classificar as resenas. nenhuma classificação, aÎé agora.teve
aceitaçãointernacional
O
problenra está na tentati\.a deplanejar
um
sistemaque
seja
aceito para todas
as
partes
referentesà
avaliação,
lavra
efinanciamento
de projetos
mineiros. Além
disso.
é
complicado
criar
classificaçõesque
sejamaplicáveis a todos os tipos de recursos minerais,
incluindo
óleo e gás, minerais industriais, metaise
can,ão. Muito
freqùentemente, uma classificação boa para depósitos de metais não pode serutilizada para
lodo
o espectro listado acima.Segundo
Annels (1991),
nos
últimos
anos
tem
harìdo
uma
grande
relutância,especialmente na América do
Norte,
em usar o termo"ore-resene"
(reserva mineral), a tendênciade que
estas duas palawas devam ser separadase
definidas isoladamente vemaumentando.
Otermo "ore"
(minério) vem sendo usado para descrever um material no solo (rocha) que pode serlavrado por um especifico método, e que é viável economicamente nos presentes custos e preços.
É muito
perigoso tentar definir rigorosamente o termo minério, por ser muito subjetivo e baseadono seu valor econômico, no momenlo da
lawa.
Quanto ao termo "reserve" (reserva). é proposlod4
Pt¡No Dt uvR^
vno00 Dt
uvl
I
- Catque deva
ser usadopara
defìnir
uma
quantidadede material
passívelde
lavra,
com
base emestudos econômicos
e
planejamentomineiro;
entretanto,
por
mais que esta definição
sejaeventualmente aceita, é possível
incluir
em uma categoria de reserva, aquelas estimadas durante afase
de
pesquisade
um
depósito mineral
avaliado. Vale a
pena consideraro
uso
do
lermo
reserva, parâ malerial que possui critérios fisicos e químicos e que é tecnicamente minerável, mas
que não
é,
necessariamente, economicamente minerávelno presente.
Reservas deveriam, então,representar
parte
de
reservas bases,
que
são
economicamentem¡neráveis
sob
específicascondições.
Outra divisão deveria ser então feita com
basena
densidadede
amostragem, ousondagem e na segurança (confiança) de uma reserva estimada (ambos
teor
e tonelagem).São
resumidasabaixo,
algumas destas suposiçõesutilizadas
na
reclassificaçãode
umrecurso mineral, bem como de sua reserva e plano de
lawa
(Annels,l99l
):.
que exista mercado para o produto;o
Çuêo
local do depósito sejatal
queo
custo de transpone não sejaproibitivo
e problemasambientais não devam produzir uma elevada carga financeira;
.
que a composição fisica, metalúrgica e quimicado
depósito sejam tais que a recuperaçãometalúrgica seja aceitável e que o produto encontre as especificações dos usuários,
.
que a amostragem e sondagens sejam suficientes parapermitir,
ao geólogo, calcular suasestimativas
confáveis
ou, no
mínímo,
façam uma estimativa realista, baseadaem
experiênciaspassadas;
.
que a demanda e o preço do metal ou mineral seja constante e que os fatores econômicos,políticos, fiscais e ambientais não mudem drasticamente, antecipando a vida da mina.
Definições de recursos minerais e reservas possíveis para depósilos metalíferos
tem
sidofornecidas por diferentes instituições. dentre as quais .
(a) The Association ofProfessional Engineers
ofProrince
of
Ontario(APEO)
-
1976;(b)
The US Bureau of l\{ines (USBI\4) e US Geological Sun,er'(USGS)-
1980.(c)
The AustralasianInstitution
ofMining
andMetallurgr
(AIN'll\{ ) and AuslralianMining
lndustry
Council(.{\,fIC)
-
1989Estas classificações serão revisadas e comparadas a seguir, incluindo também as definições
utilizadas oficialmente no Brasil pelo
DNPM
e as classificações geoestatisticas.APEO
Em
1976a
APEO
propôs uma
simplificaçãodo
conjunto
de
definições para reservas.Esta reconhece Reservas Geológicas como
o
material ittsitu,
calculado de dados de amostragemque não
levam emconta diluição de lavra
ou
método, Resen'as,/z
5it¡¿, que são aquelas queespecífico,
ou
sob
condições econômicas
especificas;
Reservas
Lavráveis
que
são comprovadamente lawáveis em relação a um plano de lavra.USBMruSGS
Esta
classificaçãoé
amplamente baseadana
propostade
Mckelvey
de
1972, que
estáresumida
no
Quadro
I;
este mostra
como
recursos
e
reservaspodem
ser
categorizâdos,dependendo
do
aumentodo
conhecimento geológico da mineralização eno
aumento possível darecuperação
econômica.
A
classificaçãoda
USBM/USGS (Quadro
II)
tem sido
bem
aceitainternacionalmenle,
mas
a
atual
tendência
é a
utilização
da
classificação
da
AIMIvIAMIC
(Annels, l 99l )
Recursos, na classificação
USBM/USGS,
incluem mineraisque nâo
foram
descobertos, mas considerados provavelmente presentesno
terreno geológico, maisos
minerais que tenham sido localizados e amostrados, mas que, sob condições econômicaVpolíticaV
técnicas presentes,não são
comercialmenleviáveis
no
momento.
Recursospodem ser
subdivididos
em
duascategorias principais,
quais
sejam: recursos
subeconômicosidentificados (materiais
que
nãopodem ser classificados como reservas, mas que poderão tornar-se
com
mudanças econômicas elegais)
e, recursos não descobertos (no
casoda
pesquisaconfirmar
sua existênciaem
boaquantidade e
qualidade,
poderão ser reclassificados como reservasou
recursos subeconômicosidentificados).
Reservas.
por
outro lado,
são minerais
identificados
por
amostragem
e
que
sãopotencialmente econômicos
e
lavráveis; elas
são
subdivididasem três
categorias
principais:medida. indicada e inferida, com base no grau de amostragem e confiança nas toneìagens e teores
estinra dos.
Resen'a medida (Provada)
é minério
com lonelagemcomputada
a
partir
de
dimensõesreveladas
em
afloramentos.trincheiras
ou
furos de
sondagern.
onde
o
teor
e
resuhado deanrostrar¿em detalhada.
os
sitios
de
inspeçãoe
amostragen) sãopouco
espaçadose
o
carátergeológico
é 1ão bemdefinido,
queo
tamanho, forma e conteúdo mineral são bem estabelecidos. Os cálculos de tonelagem e teor possuem precisão com limites que não devemdiferir
de 20 o/o dosvalores reais.
Resen'a
lndicada (Provável)
é
minério onde
tonelagem
e
teor
são
computadosparcialmente
de
medidas específicas,
amostras, dadosde
produção
e,
parcialmente, daprojeção
parauma
distânciarazoâvel
de
uma
evidênciageológica;
os
sítios
disponíveis parainspeção, medida
e
amostragemsão
também amplamente espaçados,para
esboçaro
minériocomplelamente.
Reserva Inferida (Possivel) refere-se às estimativas quantitativas baseadas. largamente, no
estimativas são baseadas na aceitação da continuidade ou na repetiçâc das evidências geológicas, que podem incluir comparação com depósitos similares.
Quadro
I
- Quadro de Mckelvey para classificação de recursos e reservas(Annels,
l99l).
<_ AUMENTO
DA CERTEZA
DA
EXISTÊNCIA (SEGURANÇA
GEOLÓGICA)
ECONÔMìCO ST'BECONÔM]CO
DEPOSITOS
r)ENTTFICADOS DEPOS]TOS DESCORERT(.'S
NÁO-MEDIDOS
IINDICADOS
I
INFERIDOS RECIjRSOS RECUPERAVEISRESERVAS
RECTJRSOS NAO. CONl{FCIDôS
RECI,IRSOS CONDICIONA] S
Quadro
II
-
Classificaçãoda
USBM/USGS para
identificaçãode
recursos
mrnerais ereservas
RECLIRSOS
TOTA]S
<_ AUMENTO
DA CONFIANÇA GEOLOGICA
Quadro ll l -Classificaçào
AIMM/AMIC
para identificaçâo de recursos minerias e resenasRecursos lMinerais Identifi cados Resen'as Minerais
(ln
Situ\
(minerável)Identificados Não-Descobertos
Demonstrada
lnferida
Hipotéticos
(distritos conhec¡dos)
Especulativos
Medida
I
Indicada(distritos
não-descohertosì
Reservas
Paramarginal Recursos
Submarr¡inal
lnferida
Indicada
<f
provávelConsiderando fatores: econômicos, mineiros,
meta-lúrgicos, ambientais, sociais e
governamentais
AIMI\I/AMIC
Segundo esta classificação são considerados dois grupos principais. recursos e reservas. Recurso é uma ocorrência mineral
ir.îiltr,
quantificada com base em dadosgeológicos
enum
teor
de corte geológico. Nestegrupo
são reconhecidas as seguintes categorias:lnferida
-estimativa
inferida
de
evidênciasgeocientificas,
furos
de
sondagem,trincheiras,
ou
outros
processos de amostragem que são suficienles para permitir uma sistemática estimação; Indicada
-estimativa feita a
partir
defuros
de sondagem, trincheiras,ou outros
processosde
amostragemamplamente espaçados, mas suficientemente
próximos,
para assegurarcontinuidade
e dar
uma razoável indicação do depósito, e onde dados geocientificos são conhecidos com razoável nível deconfiabilidade;
Medida
-
estimativa
feita
através
de
processosde
amostragem
espaçados,próximos
o
suficiente para confirmar a continuidade, e onde dados geocientíficos são conhecidosconfiavelmente.
O termo Reserva significa parte de um recurso medido ou indicado, que
pode
ser lavradoincluindo diluição, e na qual
o valor, ou
utilidade mineral, pode ser recuperada economicamentesobre
condições realisticamenle assumidasno lempo. Dentro
destegrupo
estão
as
reservas,Provável
(reservas declaradasem
termos
de
lonelagem/volumeslavráveis,
e
teores onde
ascondições são tantas, que
o
minério provavelmente será confirmado, mas ondeo
recurso ir¡ sl/r¿identificado,
tenhasido
categorizadocomo indicado,
e
não
tenhasido
definido
com
precisão necessária para a categoria medida; reservas de minério provár el incluem minério que tenha sido amostrado em um modelo espaçado o suficiente, para assegurar continuidade); Provado (reservasque
são
declaradasem
termos
de
tonelagem/volumeslavráreis
e
teores
em que
recursosidentificados
ir.ritrl
tenham sido definidos em três dimensôes por escavação ou sondagem. e ondeos lato¡es geoìógicos que limìtanr
o corpo
mineralizado são co;:hecìdosconl
suficiente confìançae é categorizado como um recurso medido)(Quadro
Ill
)Código
deMineraçâo
Brasileiro
Segundo o regulamento do código de mineração brasileiro
(DNPM,
1987) considera-se :I
-
ResenaMedida
:
a tonelagem deminério
computado pelas dimensões reveladas emafloramentos,
trincheiras,
galerias,trabalhos
subterrâneose
sondagens,e
na qual
o
teor
édeterminado pelos resultados
de
amostragem pormenorizada. devendoos
pontos
de
inspeção,amostragem
e
medida estartão
proximadamente espacejados.e
o
caráter geológico
tão
bemdefinido,
que as dimensões,a
forma,
e o teor
da
subslância mineral possamser
perfeitamenteestabelecidos.
A
tonelagem eo
leor
computados devem ser rigorosamente determinados dentrodos limites estabelecidos, os quais não devem apresentar variação superior, ou
inferior
a 20o/o daII
-
ßggç'rvalndicada:
a
lonelageme
o
teor do
nlinério
computados parcialmente de medidase
amostras específicas,ou
de dadosda produção, e
parcialmentepor
extrapolação
até distância razoável com base em evidências geológicas;III -
ReservaInferida
:
estimativafeita com
baseno
conhecimento
dos
caracteresgeológicos
do
depósito
mineral, havendopouco
ou
nenhumtrabalho
de
pesquisa,
ou
seja,proporciona uma idéia da potencialidade do depósito.
Classificações Geoeståtísticas
As principais classificações de reservas adotadas
no
mundo estão baseadas principalmentena confiança geológica
e
viabilidade econômica,tais
classificações usamo
grau de
certeza dereservas
como
fator
discriminante entre asvárias
classes, entretanto, nenhum desses esquemasmostram
claramente
como
se calcula
o
erro
associado
a
uma dada
estimativa.
Comoconseqüência da dificuldade em quantificar o
erro
de estimação. o geólogo iráutilizar
uma área deinfluência
subjetiva
(distância),em
tomo dos fl¡ros
de
sondagem,como
um
critério
paradiscnminação
entre
reservasprovada
e
provavél (Froidevaux, 1982 apud Yamamoto
&
Bettencourt,
1992).Assim, as
classiñcações existentese
aceitas, inclusive
no Brasil,
baseiam-semais
em aspeclos qualitativos que em medidas reais de dispersão dos valores obtidos.Classificações de reservas baseadas
em
medidas reais de dispersão são mais confiáveis.pois refletem a quantidade e qualidade das informações utilizadas na avaliação
de
reservas; taisclassificações
foram
genericamente denominadasde
"classificações geoestatísticasde
reservas", poìs são baseadas na variância de krigagem(\'amamoto
&
Betlelcourt.
1992).O
QuadroI\/
apresenta as propostasde
classificações de reservas atualmente existentes.extraídas de Yamamolo
&
Bettencourt
(1992)Segundo Rot,le
(ì977),
blocos de resen'asde
altas categorias de certeza eslão siluadosdentro do
dominio de amostragem no corpo deminério e
por
isso apresentam baixos valores devariância
de
krigagem.Por outro
lado,
ainda segundo aqueleautor, os blocos
perifericos
aodominio
de amostragem, apresentarão altas variâncias de krigagem, além de apresentaremoutra
fonte de incerteza que é a definição do limite minério/estéril na borda do corpo de minério.Recentemente,
Wober
&
lr{organ (1993) propuseran uma
classificaçãode
reservasl0
Segundo estes aulores,
a
definição
de
várias
classes propostasimplicam nas
seguintescaracterísticas.
.
volume de produção anual¡.
expectativaseconômicas;.
tonelagem para alcançar o investimento do capital;.
margens determinadas geoestatisticamentedos erros
das estimativas paratonelagem
e
teordos volumes da produção anual, a
um
nivel
específico de confiança. Os níveisde
confiançapropostos para a classificação são baseados na suposição de que os
enos
de
estimação sãonormalmente distribuidos, isto é, seguem uma distribuição gaussiana.
As definições propostas para as várias classes de reservas minerais estão no Quadro
V.
É
preciso
ressaltar que as classificações geoestatísticas das reservas se,por um
lado, eliminam a subjetividade das classificações tradicionais,por outro
lado, as variâncias de krigagemcalculadas
em
funçãodo
variogramamédio
dajazida,
podemrefletir
apenas variâncias médias globais dajazida,
e jamais as variações locais, devital
importância parao
planejamento da lavra; em outras palavras, a variância de krigagem não consegue reconhecer blocos de alta variabilidade,daqueles de baixa variabilidade, pois trabalha somente
com
a disposição espacial das amostras ecom um nrodelo de variograma médio
dajazida
(Yamamoto&
Bettencourt,
1992).Quadro
IV
-
Classificações geoestatísticasde
reservas
(extraído
de
Yamamoto
&
Bettencoun.
1992).ProÞosta Provada Provável Possivel lnferida Hinotética Fsncclrl
ONu-Ìr4edida
I
I ndicada InferidaEno.
<
20o/oConf.95ouó
Eno:
20
-
50oto
Conl
950, òErro:
50orô
Conl
959ôDiehl
&
David( r 982)2
A
BCI
C2DI
D2Erro:
l07oConf.>80%
Eno.
2oo/oConi
60-80Eno'.
A0onConf
40-60Eno.
60Vo
Conf
20-40Erro.
Var.Conf
l0-20%
Erro:Var.Conf<10
Wellmer
fi
983)Provada Provável Poss.l Poss.
ll
Não ClassErro:
10%Conf
90%Eno.
2oo/oConf. 907o
Eno:
307ó Conf.9Oo/oEno.
50oÂConf.90o/o
Erro. >
509ôQuadro
V -
Classificação de reservas minerais baseadaem
parâmetros geoestatísticos eeconômicos (Wober
&
Morgan,
1993).Classes
Classes
Unidades
deconvencionais
propostas
estimaçãoSoma de
Nivel
de
Erro
+
?
ExpectativaUnidades
confiança
econômica ProvadaProvavél
Classe
B
Classe C
Classe
D
produção
anual
Volume
produção anual Global
Global
l0
r0-15
l0-15
't5-20
Classe
A
Volumede
Capital
95 o/orestituído
de
Capital
84 o/orestituido
Capital
95 %restituído
Capital
84 %restituido
80 o/o
Satisfeito por baixo
Limite de
erTo
Erro
Dentro
daamplitude do erro Inferida
Potencial
Classe E
Classe F
Estimação
fora
dos
limites
dasClasses
A-D
Estimação - Ordem de magnitude
Dados
amplamente espaçados-continuidade geológica
l2
3.
ANALISE
DOSDADOS
O
primeiro
passoem
qualquer
avaliaçãode
reservasdeve ser
o
estabelecimento de algumas carêcterísticas básicas do conjunto de dados, que podem ser obtidas através da aplicação de uma análise estatistica aos dados disponiveis como
mesmo suporte. Destaforma, é
possivel determinar otipo
de distribuição que melhor representa as variáveis em estudo, ecaracterizar
seucomportamenlo no depósito.
3,I,
COMPOSIÇAO DE AMOSTRAS
DE FUROSDE SONDAGEM
Muitas vezes o
inten'alo
de lrabalho na fase de avaliação de reservas não é o mesmo que ointervalo de amostragem nos furos de sondagem. Além disso, as amostras coletadas nos
furos
dèsondagem podem variar bastante em tamanho, comprimento e peso.
Assim, a
composiçãode
amostraspelo
agrupamento delas parao
intervalo de
trabalho,deñnido
segundoa
característicaque
se
quer
a¡alisar, produzirá dados
mais
homogêneos e,portanto, com maior facilidade de interprelação (Yamamoto
&
Bettencourt, 1992)Segundo Barnes
(1980),
o
objetivo de
sefazer
composiçõesde
amostrasé
de
obteramostras representativas
de
uma unidade mineralógicaparticular,
ou
unidadede
mineração, asquais podem ser aplicadas,
por
meio de alguma função de e)ifensão, para estimaro
teor
ouvalor
de um volume
muito
maior da mesma unidade.O
resultado da composiçãode
amostras defuros de
sondagemé
expressocomo
médiaponderada do
teor
pelas espessuras selecionadas parao
intervalo de trabalho, segundo a equação abaixo.L,,',
. t\
I
=-I¿
/-/ l
onde :
t.
é o teor compdstot;
é oteor
do i-ésimo trechoe¡ é a espessura do i-ésimo trecho
n é o número de trechos para compor o intervalo de trabalho
A
obtençãodos
melhoresintervalos de
composição para avaliaçãode
reservasde
umajazida
irá
dependerdo
tipo
de
depósitomineral
Ostrês tipos
de composições em amostras defuros de sondagem para o intervalo de trabalho são: