UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO INSTITUTODE
GEOCIÊNCIASASPECTOS
MINERALOGICOS,
GEOLOGI-cos
E
EcoNôvrcos
DA
ESMERALDA
DE
sANTA
TEREZTNHA
DE
ao¡Ás
Júlio César Mendes
Orientador: Prof. Dr. Darcy P. Svisero
DISSERTAÇAO DE MESTRADO
Área de Concentração: Mineralogia e Petrologia
SÃO PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIASDEDALUS-Acervo-lGC
I ilil iltil ililt ilil ililt ililt illll lill lllll llil llll llll llll
309000051 93
ASPECTOS MINERATÓGICOS, GEOIÓGIC(}S
E
E(ONOMrcOS DAESMERAI.DA DE SANTA TEREZINI|A DE GOúS
Júlio César Mendes
Orientador: Prof. Dr. Darcy P. Svisero
DISSERTAçÄO DE MESTRADO
COMISSAO
nome
Dn. D.P.Sviseno
EXAMINADORA
Presidente:
Examinadores: Dn. R.R.Fnanco
Dn. A.P.Banboun
Säo Paulo
Univers idade
Instituto de
de São Paulo
Geo ci ências
ASPECTOS MINERAIdGICOS, GEOLOGICOS E ECONOMICOS
ESI{ERALDA DE SANTA TEREZINHN DE GOI.ÁS
JÚLIO CÉSAR MENDES
ORIENTADOR: PROF. DR. DARCY P. SVISERO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
São Paulo 1989
fNDICE
LISTA DI]
FIGURAS
'ii
LISTA DE
TABELAS
VLIS'I'A DE FOTOS
,
...
VIILISTA DE FOTOI,TICROGRAFIAS
.
...VIII
ABSTRACT
XRESUMO
..XTII1
-
TNTRODUÇÃO..
I
2
-
LOCALTZAÇÃo DA ÃREA E VrAS DEACESSOS
33
-
MÉTODOS DE ESTUDO E A,IUOSTRAGET,Í....
...,
53,1
-
Trabalho de Canpo,
53.2
-
Amostragem.
73.3
-
Trabalho deLaboratório
9
i3. 3. 1
-
MétodosÕpticos
9
i3.3,2
-
Difração de Raios X....
93,3.3
-
AnálisesQuírnicas
104
-
GEOLOGIAREGIONAT
124.1
-
0 Grupo Araxá (Grupo Serra da Mesa).
154.1.1.-
0 Segmento Setentrional..
194.1.1.1
- Estratigrafia
244,I.LZ -
Ilagmatisno..
254.1
.1.3
-
Metamorfismo.
275
-
OS GARITÍPOS DE ESMERALDA DË SANTA TEREZINHA DEGOIÃS
295.1
-
AspectosFisiogrãficos
...
305.2
-
Aspectos Econômicos dosGarimpos
305.3
-
Geologia da Região dos Garinpos....
345.3,1
-
Complexo GnáissicoAnfibolítico ...
365.3.2
-
Dono Granito Gnáissico da Serra de SantaCtuz
.
365,3.3
-
Seqüência Santa Terezinha.
...
385,3.3.1
-
Clorita-quartzoxistos ...
385.3.3.2
-
T.alfcoxistos
385.3.3.3
- Sericita
quartzitos
...,
395.3.3.4
-
lr4agnetita-noscovitaxistos ..,
395.3.5 - Granito São Jos6 do Alegre 40
5.4 - Geologia da Ãrea Legal de Garinpagem ... 40
5.4.1 - Rochas Mineralizadas em Esmeraldas ... 42
5.4.I.1 -
Quartzo-carbonato-ta1coxis-tos (1)
425.4.1.2
- Biotita/flogopita xistos ...
455.4.2
-
Rochas Isentas de Es¡neraldas...
47 5.4.2.1 -
Biotita / flogopi.ta- carbonatoxistos
conquartzo
475.4.2.2
-
Quartzo-carbonato-ta1co xistos(2) ...
sl5. 4.2.3
-
Moscovita-clorita-carbonato-quartzo xistos
5 .4 .2
.4 -
Blastonilonitos5.5
-
Estágio Atual da Lavra5.ó
-
Controle dos Depósitos 5. 7 - I,létodos de ExtraçãoDADOS MINERALÕGICOS DA ESMERALDA DE SANTA TEREZINHA DE
GOIÃS
.
7I6.1
- Generalidades
736.2
-
Modo de Ocorrência...
,....,.
746.3
-
Conposição Química...
78ó.4
- Densidade.
826.5
-
Cor e Pleoc¡oismo,..
856.6
-
lndice de Refração...
87INCLUSÕES CRISTALINAS E
FLUIDAS
907.1
-
Inclusões tr{inerais...
..,...,
957
.I.7 - Crornita
967.L2 - Carbonatos
....
1007.I.3 -
Talco.
..
1057.7.4
- Flogopita
...
1147.1.5
- Pirita
,.
I207.I.6 - Patronita
I2I
7.I.7 - Quartzo
..,...,.
1267.1,8
- Barita
L267.I.9 - Berilo
...
1307.1.10- Ferîopargasita
.
1307.I.II
- OutrasInclusões
....
130 5356 57
64
64
7-III
7.2
-
Inc-tusões Fluidas....
1337.3
-
Significado Geolõgico das Inclusões..,
I348
-
GÊNESE DAJAZIDA
1409
- AGRADECIMENTOS
I53pag
1
-
LOCALIZAÇÃO DoS cARrMpOS DE SANTA TEREZTNHA DE GOIÃS..
42
-
LOCALIZAÇÃO DA Ã,REA LEGAL DE GARI},IPAGEM...
63
-
COLUNA ESTRATIGRÃFICA DE UM POÇO DEPESQUISA
84
-
UNIDADES GEOTECTONICAS DA REGIÃO CENTRO-OESTE BRASILEIRA
...
165
-
}ÍODELO TECTONICO DA REGIÃO CENTRAL DEGOIÃS
776
-
COLUNA L]TO-ESTRATIGR.4FICA DA REGIÃO CENTRAL DEGOIÃS
227
-
MAPA GEOLÓGICO SIMPLIFICA]JO DA REGIÃO DOS GAR]MPOS . ...
23I -
ESB0Ç0 GEOLoGrC0 DA REGrÃO DE CRrX.4S-prLAR-MARA ROSA-PORANGATU
269
-
MAPA GEOLÕGICO DA ÃREA DOS GARTì\4POS....
35IO
-
COLUNA ESTRAT]GRÄFICA DA ÃREA DOSGARIMPOS
3711
-
MAPA GÈOIOGICO DA ÃREA LEGAL DEGARIMPAGEM
4112
-
LOCALTZAÇÃO DAS ÃREAS NOSGARTMPOS
..... ..
s913
-
DrREÇÃO DE MTNERALTZAÇÃo N0 TRECHO VELHO.
...
ó114
-
DrREÇÃO DE MINERALIZAÇÃO NO TRECHO NOVO.
6215
-
CONTROIES DE MINERALIZAÇOES NA JAZIDA DE SANTA TEREZINHA 65]ó - LOCALIZAçÃO DAS JAZIDAS DE ESMERALDA NO
BRASIL
7217 - ESPECTRO DE RAIOS X DISPERSIVOS DA ESI¡IERALDA. . ..
... ...
81 18 -ESPECTRO DE RAIOS X DISPERSIVOS DA CRO}4ITA TIPO1...
98 19 - ESPECTRO DE RAIOS X DISPERSIVOS DA CROMITA TTPO2 .,,..
gg 20 - ESPECTRO DE RAIOS X DISPERSIVOS DOS CARBONATOS..
I. 1021 - ESPECTRO DE RAIOS X DISPERSIVOS DO
TALCO
....,..
11622 -ESPECTRO DE RAIOS X DISPERSIVOS DA FLOGOPITA
,
...
119LTSTA DE TABELAS
pag
1 -
ANÃLISES PARCIAIS DA ESMERALDA DE SANTA TEREZINHA DEGOIÃS OBTIDAS POR T,IEIO DE T,ÍICROSSONDA ELETRÔNICA . . .
.
802 -
MEDIDAS DE DENSIDADE DA ESMERALDA DE SANTA TEREZINHADE
GOIÃS
833 -
DENSIDADE DA ESMERALDA DE SANTA TEREZINHA DE GOI,ÁSCOMPARADA COM OUTROS
LOCAIS
844 -
INDICE DE REFRAÇÃO DA ESMERALDA DE SANTA TEREZINHADE
GoIÃs
BB5 -
ÍNDICE DE REFRAÇÃO DA ESMERALDA DE SANTA TEREZINHADE GOIÃS C0MPARADA CoM oUTRoS
LOCAIS
89Ó -
QUADRO COMPARATIVO DAS INCLUSOES EX,I ESMERALDAS BRASILEIRAS
917 -
AS INCLUSOES DA ES¡,IERALDA DE SANTA TEREZINHA DE GOIÃSCoMPARADAS coM ourRos
LocArs
928 -
TÉCNICAS ANALfTICAS UTII,IZADAS NA DETERMINAÇÃO DASINCLUSOES
CRISTALINAS
949 -
DIAGRAMA DE PÓ DA INCLUSÃO DE CROMITA E DO SEURES-PECTIVO PADRÃ.o JCPDS
.
9710
-
ANÃLISES OUÍMICAS DE TNCLUS,{O DE CROMITA DOTIPO
IOBTIDAS POR MËIO DA MICROSSONDA ELETRONICA
..
IOlT1
-
AN,4LISES QUÍMICAS DE INCLUSÃo DE CROMITA DoTIPO
2OBTIDAS POR MEIO DA MICROSSONDA ELETRÕNICA
..
TO2]2 -
DIAGRAMA DE PÓ DA INCLUSÃO DE DOLOMITA E DO SEURES-PEcrIVo pADR(o JcpDS
.
10613
-
DIAGRAMA DE PÕ DA INCLUS.ÃO DE MAGNÊSITA E DO SEU RESPECTIVO pADRÃo JcpDS
.
ro714
-
AN,4LISES QUÍMICAS DE INCLUSOES DE CARBONATO OB'I.IDASPOR MEIO DE MICROSSONDA ELËTRONICA
..
11115
-
DIAGRAMA DE PÕ DA INCLUSÃO DE TALCO E Do SEURESPEC-T
IVo
pADR.Ão JCpDS.
1 1 S16
-
ANÃLISES QUÍMICAS DE INCLUSOES DE TALCO OBTIDAS PoRMEIO DA N,IICROSSONDA
ELETRONICA
71 717.
DIAGRAMA DE PÕ DA INCLUSÃO DE FLOGOPITA EDO
sEURESpECTTvo pADR.Ão JCpDS
.
tt8
- PIRITA E SEU
TIVO PADRÃO JCPDS . I23
20 - ANÃLISES QUIIIICAS DA IÌIICLUSÃO DE PIRITA 0BTIDAS pOR
T4EIO DA MICROSSONDA ELETRONICA I25
21 - DIAGRAMA DE PÕ DA INCLUSÃO DE PATRONITA E DO SEU RES
PECTIVO PADR.ÃO JCPDS . 727
22 - DIAGRAMA DE PÓ DA INCLUSÃO DE FERROPARGASITA E DO
SEU RESPECTIVO PADR.ÃO JCPDS . I3Z
23 - CLASSIFICAÇÃO GENETICA DAS OCORRÊNCTAS DE ESN,ÍERALDAS
PROPOSTAS POR SCHWARZ (1987) 142
24 - ANÃLISE DAS ROCHAS DA SEOUÊNCIA DE SANTA TEREZINHA
1-
2-
3-
4-
5-
6-8
9
10
11
LZ
pag
66
66
68
68 LISTA DE FOTOS
VTSTA GERAL DA PARTE ANTIGA DOS GARIMPOS ,...
VTSTA I]E UM GARIMPO EM IJMA ÃREA DEI.{ARCADA ..
vrsTA DA BOCA DE UM P0ç0 EXPLoRATÓRIO ....
TALCO XISTO MINERALIZADO
GALERIA SEGUINDO A MINERALTZAÇÃO
.
70CRIANÇA CATANDO EST,IERALDAS NOS
XISTOS
70CRISTAIS DE ESMERALDA PRISMÁTICOS REPRESENTATIVOS DA
JAZIDA DE SANTA TEREZINHA DE GOIÃS ESMERALDA EM NIVEL CARBONATADO
TALCO XISTO CORTADO POR NIVE]S
OUARTZOSOS
76TALCO XISTO CARBONATADO COIVI ESMERALDAS
..
76BIOTITITO COM NIVEL
CARBO}.NATADO
77BIOTITITO CARBONATADO CO},I CRISTAIS DE
PIRITA
777S
t-
2-
4-
5- ó-
7-LISTA DE FOTOMICROGRAFIAS
pag
VISTA GERAL D0 QUARTZO-CARBONATO-TALCO XISTo 44
CRISTAL DE. BERILO COM INCLUSÃO DE TALCO 44
PORFIROBLASTO DE BERILO (ESMERALDA) NA ENCATXANTE . ... 46
CARBONATO, TALCO E CROMITA N0 QUARTZO-CARBONATO-TALCO XISTO. ... 46
PORFIROBLASTOS DE TURI\IALINA VERDE NO BIOTITA/FLOGOPìTA XISTO . ... 48
DETALHE DE UM PORFIROBLASTO DE TURMALINA .. .. 48
VISTA GERAL I]O BIOTITA/FLOGOPITA-CARBONATO X]STO COM
QUARTZO
s0 8-
CRISTAL DB RUTILO SOBRE UI{,{ RIPA DE BIOTITA/FLOGOPITA.,
509
-
DETALHE D0 QUARTZO-CARBONATO-TALCO XISTO(2)
....
....
5210
-
CARBONATO I,ÍOSTRANDO LAMELAS DE GEMINAÇÃO . . ..
5211
-
VISTA GERAL DO MOSCOVITA-CLORITA-CARBONATO-QUARTZO XISTO 55 12 -.CRENULAÇÃo DoS MINERAIS I,tICÃCEOS N0 I,IOSCOVITA-CLORITA-CARBoNATO-QUARTZO XrSTo.
55 13-
VI STA GERAL DO BLASTOT,I] LON ITO,
COIVI ASPECTO DE QUARTZITO
5 8 14- DETALHE DOBLASTOMILONITO
58 15- VISTA GERAL DE U¡4 AGLOMERA]]O DE INCLUSÃO DE CROMITA SET,I ORIENTAÇÃO N0CRISTAL
....
10316- INCLUSÃO DE CROMrrA DE COLoRAÇÃO AVERMELHADA
.
....
10317- DUAS GERAÇOES DE CRO},ÍITA (T]PO 1 E
2)
INCLUSASNA
ES-RALDA.
...
10418- CROMITA OBSERVADA SOBRE GRANDE
AUMENTO
...
10519- AGLOT{ERADO PROTOGENETICO DE INCLUSOES DE CARtsONATO
...
10820- ROMBOEDROS DE
CARBONATO
...
10821
-
DETALHE DE UM ROMBOEDRO DE CARBONATO OR-IENTADO NAESN{E-DA...
..
10922- ROMBOEDROS DE CARSONATO EPIGËNETICO PREENCHENDO FRATURA NA ESMERALDA
,.,.
...
10923- LAMELAS FINAS DE TALCO DISPERSAS NA
ESMERALDA ....I12
24- TALCO OBSERVADO SOB LUZREFLETIDA
..
IIZ
25- CRISTAL DE TALCO PROTOGENETICO SOB LUZ REFLETIDA,...
11326- INCLUSAO DE FLOGOPT'I'A DE NATURÊZA PROTOGENÉTICA,...,, 1I-3
IX
28 - INCLUSÃO pR0T0 0U SINGENÉTICA DE QUARTZO 128
29 - INCLUSÃO EPIGENÉTICA DE QUARTZO PREENCHÊNDO FRATURA .. 128
30 - CRISTAIS DE SERILO TNCLUSOS NA ESMERALDA . ... 131
31 - VISTA GERAL DAS INCTUSOES FLUIDAS ,135
32 - INCLUSÃO FLUIDA DO TTPO LÍQUIDO + LfQUIDO I35
33 - INCLUS.ÃO FLUIDA D0 TIPO LIQUIDO + SOLrDO 136
34 - INCLUSÃ.O FLUIDA SECUNDÃRIA 136
35 - INCLUSÃO FLUIDA D0 TIPO LIQUIDO + GÃS . 137
36 - CAVIDADE COM PREENCHIMENTO TRIFÃSICO SdLIDO + LÍQUIDO
+ GÃS . L37
37 - PORFIROBLASTO DE ESI,IERALDA NA ENCAIXANTE . 150
The enerald gd,Timpos (prospects) of Santa Tere-zinha oe Goiás are located in the west-central part of the state of
Goiás, about 23 kn to the northeast of the town of Santa
Tere-z inha .
The gar,ínpos of this region constitute the nost
inportant active production area for eneralds in Brazil-current production surpasses that of the fanous Colonbian rnÍnes, and
is estimated to be in the range of US$ 2 billion per year.
Regionally, three distinct tectonic terranes can be distinguished : 1) a sequence of 1ow netanorphic grade
rocks, cornposed of chlorite-schist, talc-schist and biotite-schist,
in which the erneralds occur; 2) a gneissic-anphibolite terrane (which lies to the southwest of the e¡nerald-bearing schist) and
3) a granitíc batholith which intrudes a sequences of gneissic
Tocks located northh¡est the emerald-bearing schist terrane. The geological mErping of the áz'ea LegaL de ga-ximpagem (1ega1 zone where prospecting is allowed by a federal
law), within
the above regíon proved the existence of th¡olithologically distinct
groups, represented bythe
gneissic-granitecomplex and by the Santa Terezinha sequence, coflposed by the lithologies
referred to
above.Petrographical descriptions
of
rocks exposed in a 117 deepshaft,
showthat
within the
schist
terrane
emerald-mineralized
rocks
are,
morespecifically,
qvartz-carbonate-talcschists
(1)
andoiotite/phlogopite schists,
while the no enerald-bearingrocks
are biotite/phlogopite-carbonateschists with
alittle
qúartz, the quârtz-carbonate-talcschists
(2),
muscovite-chlorite-carbonate-qual:tz schists
and blastonvlonites. In
therocks
belongingto
thenineralized levels,
turrnaline, beryl(emerald)
and
carbonates have anonalousbiaxiality,
when viewedin thin
section, suggestingthat
the host rocksof
emerald \^¡eresubjected
to tectonic
defornationafter enerald
forrnation.The emeralds
of
Santa Terezinha deGoiás
arecharacterized by
their
intense green co1or, byrefractive
indicesXI
birefringence between 0.001 and 0.010 and by specific gravity
which varies ftom 2,673 to 2.774 with average values of 2.7IT. Scanning nicroprobe analyses in these erneralds have shown that,
anong the main oxides, the weight percent of Si02 varies between
62.33 and 65. 30% , the A1ZO3 between 12,05 and 13.13e", the lt'fgo
between 2.48 and 2.77"." , and the NaZO between 1.31 and 2.91"'"
The amount of Ct2O3 varies between 0.08 and 7.34"d: an increase
CrZO3 corresponds to an increase in intensity of the green color
of the emeralds, The weight Dercent of FeO varies from 1.23 to
2.66e"', there is no correlatíon between FeO concentration and
color.
Optical , X-ray diffraction and s cannlng microprobe analyses have shown that the emel'alds fron Santa Tere
zinha de Goiás contains a large variety of crystalline inclusíons
such as chronite, carbonates (dolomite and magnesite), ta1c, phlogopite,
pyrite, patronite,
qúartz,barite,
beryl and f-erropargas ite.There
are tr,rro compositionallydistinct chronite
generationshaving
2.0 and 10.0%of
41r0, respectively, The carbonates (dolomite and magnesite) display chemical zoning with cores cont ain j.ngapproxirnatel.y I.6% FeO and edges
with
8.5% FeO.Fluid
inclusionsare present
in
alnostall
sanples studied. They have one,tl4¡o
orthree distinct
phases.
F1uid
inclusions havevariety
of shapes.Based on the data obtained
in field and
labh¡ork, it
waspossible to
understand soneof
the various problemstypical of
theorigin of
the Santa Terezinha de Goiãs depositHowever, the
source
of
berylliumin this deposit
is highlvcontroversial
. In contrast to
the greatnajority of
Brazilianand world
emerald deposit, the emeraldsof this
regionare
not associatedwith
a pegnatite berylliurnsouïce.
Theberylliun
rnayhave been added.
to
the rock during hig,h grade metarnorphisn whichaffected
the region
during the lvfi<l
Proterozoicin
the UruaÇuanoPeriod. Another source of bery11iun may be solutions derived
fron
the
theSão José do Alegre
granite,
located 5 kn from the garimpos,
andanother
possible source might be acid flows within to the greesntonebelt
sequenceof
Crixás-Guarinos-Hidrolina-Pi1ar deGoiás.
Theelements
that
cause thecolor
of
the ernerald come from rnetaultramaficrocks as the
talc-schists
andbiotitites
presentin
the gaz,'ímpos , Two basicfactors
controlled the mineralizationstructurally controled (they occur in hinge areas of monoclinic
XI I I
RTSTJMO
Os garinpos de esmeraldas de Santa Terezinha de
Goiás estão situados no centro-oeste goiano,
aproxinadanente
a 23 km a nordeste da cidade de Santa Terezinha de Goiás.Regionalmente, nesses
garirnpos
distinguern-setrês
conjuntos tectônicosdistintos:
1) una seqüênciade
rochas debaixo
grau metamórfico constituída declorita xistos,
talcoxistos
ebiotita xistos,
portadora da mineralização esneraldífera;2)
una associação gnáissico-anfibolítica a SE; e3)
urn
conjuntogranito-gnáissico
cortado
por um bató1ito granítíco a NW.Através dos trabalhos de rnapeanento geolõgico na ã.rea LegaL de garímpagen, inserida no contexto regional anterior
nente
descrito,
detectou-se a existência de dois conjuntos 1ito16-gicosdistintos,
representados pelo cornplexo granitognáissico
epela Seqüência Santa Terezinha, cornposta pelas
litologias referi
-das.
As descrições petrográficas referentes
ao
per-fil
de un poço de 117n
de profundidade revelararn que as rochas mineralizadas en esmeraldas são representadas por
quartzo-carbonato-talco
xistos
(1)
ebiotita/flogopita
xistos,, ao passo queas
ro-chas
isentas de esneraldas são conpostas porbiotita/flogopita
-carbonato
xistos (2),
noscovita-clorita-carbonato- quartzoxis-tos
eblastonilonitos.
Essaslitologias
pertencen ãsrochas
debaixo grau da Seqüência Santa Terezinha. Nas rochas pertencentes aos níveis nine¡alizados, a turmalina, o
berilo
(esneralda)e
os carbonatos exiben biaxialidade anôrnala, sugerindo que asencaixan-tes
da esmeralda foram submetidas a esforços tectônicos após a for nação da esneralda.As esneraldas de Santa Terezinha de Goiãs carac teriza¡n-se principalrnente pela sua cor verde-intensa,
por
Índices de refração con valoresde rô
= 1,580-
1,597, no = 1,586-
1,599,birrefringência
entre 0,001 e 0,010 e por urna densidaderelativa
variando de 2,673 a 2,774 com valores nédios de
2,71I.
Análises dernicrossonda eletrônica nessas esmeraldas revelaran que
entre
osõxidos
principais,
o Si02varia
de 62,33 a 65,30?,o
A1203 depeso, sendo que
o
BeOfoi
tonado comovalor
constanteigual
aT2,5e", Com relação aos crornõforos Cr e Fe, essas Inesnas aná1ises
revelaram que
nas
esneraldas há umteor
de Cr203 variando entre0,08 e 1,340.", havendo uma relação entre o aunento da cor e
o
au-nento desse cron6foro, Por sua vez, o teor de FeO varia entre 1,23 e 2,66 e"
em peso, não havendo correlação con o aunento da intensidade de cor'
Estudos ópticos, de difração de
raios
X e de nicrossonda eletrônica revelaran que a esmeralda de Santa Terezinha de Goiás contérn una grande variedade de inclusões cristalinas
destacando-se, por ordern de abundância, a cromita,
os
carbonatos (dolomita e magnetita), o ta1co, aflogopita,
apirita,
apatroni-ta,
o quartzo, aba'rita,
oberiloeaferropargasita. A
crornita aparece em duas gerações conposicionaisdistintas,
as quais apre -sentan 2,0e
10,0e" de A1Z0S, respectivamente.
0s cal:bonatos (dolornita e nagnetita) exibern zoneamento químico com
núcleos
contendo aproxinadarnente
1,6e" ðe FeO e bordas con 8,5% de FeO. As inclusõesfluidas
constituen
urna feição notável dessa esmeralda, especial-rnente quando observadas sob aunentos maiores, podendo-se afirnar que estão presentes praticanente en todos os espécimes estudados . Essas inclusões possuen una, duas outrês
fasesdistintas,
mostrando urna grande variedade de fornas e uma certa variação nos
conteú-dos presentes nas cavidades.
Com base nos dados obtidos nos
trabalhos
decampo e de
laboratório,
foi
possíve1 cornpreender alguns dosinúne-ros problemas inerentes ã gênese da iazída de Santa
Terezinha
deGoiás,
Entretanto perrnanece ainda cono una questão controvertida a fonte doberí1io
nessa j azida, havendo possibilidadeda
mesmanão ser
pegrnatítica,
cono nanaioria
dos depõsitosbra¡ileíros
eestrangeiros.
Tudo indica que elapode
estar relacionadaa
umarenobilização
durante
o netanorfisrno dealto
grau queafetou
aregião
durante o Proterozóico M6dio no Ciclo Uruaçuano. Areferi
da fontepode estar
tanbém ligada a soluções provenientes dogra-nito
São José do Alegre, locaLizadaa
5 kn dos garirnpos, ouain-da a derrames ácidos ligados ã Seqüência Gvee nÊto re BeLt
de
Cri-xás-Guarinos-Hidrolina-Pilar de
Goiás.
0s elenentos crornóforos sãoderivados de rochas rnetau ltrarnãficas
tititos existentes nos garimpos.
do
tipos
talco xistos
eXV
fatores básicos controlaram a mineralização de esrneralda ern
San-ta Terezinha de Goiás: un de calã,ter estrutural e o outro de cará
ter lito1ógico. O controle estrutural é representado por dobras em monoclinais, sendo o controle litolõgico, por sua vez, Tepresen
tado por camadas de talco xistos e lentes de biotititos.
Os garirnpos de Santa Terezinha de Goiás cons
tituem a nais importante área de Droclução de esmeralda na
atuali-dacle, suplantando a produção das minas fanosas de Muzo, Cosquez e
Chivor, na Colônbia. Apesar das dificuldades de controle da produ
ção, cá1culos efetuados na boca da mirn indicam que o montante
Voltando um pouco na histõria da descoberta e
explotacão de genas coradas no Brasil, iremos deparar-nos com as
fantásticas imaginações dos portugueses sobre essas riquezas en
nosso territõrio. Desde o descobrinento clo país clue Portugal
a-tentou a esperança de encontrar minas de esneraldas nessas novas
terras, No século XVIII, os bandeirantes desbravaram terras des-conhecidas, sonhando con os tesouros que brilhariam a sua frente .
Nessa procura incessante, descobriram turmalina, ãgua-narinha e
outras pedras, nas a tão sonhada esmeralda não foi encontrada.
Sonente na década de 60, o Brasil tornou-se un
importante produtor mundial de esmeraldas, graças ã descobert_a de
uma série de jazidas notáveis, A primeira delas ocor¡eu en 1964 ,
nas proxinidades de Carnaíba,
BA.
Em I977, descobriu-sea
minaBelmont, a 15 kn da cidade de
ltabira,
MG. Finalnente, en 1981 ,foi
descoberto onaior
dep6sito conhecido no nundo,localizado
a23 k¡n da cidade de Santa Terezinha de Goíás
e,
em 1983, descobri-ran-se
osgarinpos
de Socotó, distantes 40 kn da iazída de C æ¡raÍba.
A
partir
da década de 80, oBrasil
tornou-se
onaior prod.rrtor de esrneralda do mundo. No nomento, Santa Terezinha de Goiás é o garimpo que possui a maior produção dessas gemas no
país.
Neste garinpo são produzidas pedras de excelente qualidade (Sauer 1982).Este trabalho procura contribuiT para
um
rnaiorconhecimento da j azida de Santa Terezinha de Goiás. Inicialrnente é
apresentado uma interpretação dos conhecimentos geológicos ð,a 6.1^ea,
destacando-se o
problena
da continuidade do Grupo Araxá (Barbosa1955) en direção ao norte do Estado de
Goiás,
Sendo oestudo
dajazída
ensi
o objetivoprincipal
deste trabalho, e1eaborda
asquestões a
e1a
referente sob diversos pontos devista.
Assinsen-do,
não se estudan os garirnpos apenas do ponto devista
geológico, nas também faz-se uma abordagen que leva em consideração o contexto social,
econôrnico eninerário.
No tocante ãesneralda,
sãoapresentadas infornações quínicas e mineralógicas, bern cono con-parações com esneraldas das
principais
jazidas conhecidas,2
de geologia da jazída de Santa Terezinha de Goiás. Com essa
finali
dadefoi
efetuado un napeanento da á.rea Legal deganímpagem,
apartir
de aerofotointerpretação conjugado con verificaçãosistená-tica
no campo. Foranfeitas
descrições detalhadas devários
po-ços de exploração coma
finalidade de se conpreendera
distribui
-ção espacial e a gênese dos níveisnineralizados.
Tanbén foran efe tuadas análises tanto da rocha encaixante quanto da es¡neralda. Bus cou-seidentificar
a gênese da esneralda, otipo de
íon corante esua
fonte,
ben como dasinclusões e
sua correlação com o ambientede fornação da
gena,
Paralefanente esses dados forarn correlaciona dos co¡n os dasprincioais
jazidas
doBrasil
e do nundo, o que noslevou a concluir que a gênese da esneralda de Santa
Terezinha
de Goiás não pode ser explicada apartir
dos modelos usados na atualidade,
Vários problemas Derrnanecem em aberto.
Un
de-1es, por exenplo,seria
o de que emboraa
fonte dos crornóforosse-ja
dadapelas
rochas metaultramáficas existentes najazida,
aori
gern do
berÍlio
ainda é desconhecida, Levanta-se,assin,
a hipó-tese de que oberílio ter-se-ia
originado apartir
clo granito São José doAlegre,
que é un plúton existente aproxinadanente a 5 kma oeste dos garirnpos ou, então, a
partir
derenobilização
doCom-plexo Basal Goiano ou ainda a
partir
de soluçõeshidroternais
de orígern desconhecida,taI
co¡no severifica
nas jazidas colonbianas. Alguns dados sobre esta questão apontan tanbém para una possíve1origern
sinilar
ãs das jazidas daColônbia.
Por exemplo,a
pre -sença daba¡ita
entTe asinclusões
nonaterial
de Santa Terezi -nha de Goiás sugere unaorigen
hidroternal,
tal
cono na Colô¡n-bia,
Ta¡nbén não se conhece ainda a extensãoreal
dos depósitos mas tem sido notado que quase todas as atividades exploratórias íni ciadasfora
dos núc1eosoriginaís
de garinpagem en geraltêm
Os garinpos de esmeraldas de Santa Terezinha de
Goiás estão situados no centro-oeste goiano, aproxirnadament
e
a23 kn a nordeste da cidade de Santa Terezinha de Goiãs (Figura 1) .
O loca1
dista
apr ox irnadamente 300 km da capital do estado e pode ser alcançado facilnente por váriasestradas
ensua naior parte pavinentadas. Partindo de Goiânia, toma-se
a
es-trada estadual GO-080, que passa pelas cidades de Nerópol-is
e
SãoFrancisco de Goiás, chegando-se, então, ã rodovia Be1ém-Brasí1ia
(BR-153)
Apartir
desse entroncamento, toma-se a direção norte emun percurso de 200 km, aproxinadarnente, até a
prineira
entrada, pa: sando pela cidade deltapaci
ePilar
deGoiás,
Existeun
segundoacesso, mais ao
norte.
Entra-se em umavia
que sedirige a
umlugarejo denorninado São Luís do Norte passando pela cidade de
Hi-drolina.
Existeainda
nais ao norte unaterceira
opção, apartir
da cidade de Carnpinorte. De Santa Terezinha de Goiás até os garimpos, são mais 23 kn pela GO-154,
estrada
intermunicipal nãopavi-mentada.
Tanto
a cidade como osgarinpos
dispõern
depistas
de pouso encascalhadas, com capacidade para receber aviões de pequenoporte.
Santa Terezinha 6 umacidade
que cresceu comos trabalhos de garinpagern. Seu conércio nais intenso dã-se atra-vés de bares, Testaurantes,
hotéis, lojas
de equipamentopara
ga-rirnpoe,
éclaro, através
da compra e venda de esmeraldas nafol
clõrica
Feív'a dos Ra.tos.
Naregião
do garimpo, surgiu um lugarejo
denominado Carnpos Verdes, que noinício
era umaglornerado
decasebres de garimpeiros. Hoje, Campos Verdes
já
apresentao
do-bro
da população de Santa Terezinha de Goiáse
foi
elevado à cateMAPA DE SIT U AQAO
,""' .*) """^""\
-TT-
i\\
it
iì:
\ \, ¡
M
,'Jrde
coiós[
'*ítr"^'t
à-.-",'"o.,"J\)/l:i
%
G
orÁs
/ o
<n
v)
o q (t,
-
Estrodo osfottodo
- - Eslrodo com
revesfimen-lo solto
lî-l
¡ir"o do so rimpoDurante os trabalhos de canpo para esta tese foram reali zadas vârías viagens aos garirnDos de Santa Terezinha de
Goiás. Paralelanente ao napeamento da ã.yea Legal de garimpagem ,
foram elaborados vários perfis em poços explorat6rios, fazendo-se um acornpanhamento das frentes de lavras subterrâneas, com a
fina-lidade de observar o posicionarnento das camadas e dos veios
nine-ralizados, sendo tanbén feita urna anostragen das litologias da
ja-ztda, 0 naterial coletado foi devidanente selecionado para os
es-tudos de laboratório, c¡ue abrangerarn deterrninações cluínicas e mi
neral6gicas da esmeralda e das rochas encaixantes.
3.1
-irregular
Vértice
01
02
03 04
05
06 07 08 09 10
Latitude S
14011'53" 14011'ss"
r4o13, rz,, r40 13, rz" r4o 16' z B"
14o16 ' 2 8"
14ots'19"
14015,19,'
r4o13'zo" t4o13' zo"
Latitude W
49o38's9" 46o36's8" 49os6 '3 8" 49os8'49', 49o38'4s" 49046 , 5 3"
49046 , 5 3"
49040'06',
49040'06" 49o38 ' 59''
TRABALHOS DE CÂI,IPO
A área rnapeada neste trabalho é un polÍgono de 2932 ha, definido pelas seguintes coordenadas (Figu
A área estudada é uma áyea LegaL de gaz,impagen
definida pela Portaria do Presidente da Repúb1ica de núnero 442 datada de 30 de narço de 1984. Esta Portaria deternina que na
área só podern ser executados trabalhos de garimpagern, faiscação ou
cata, Durante os trabalhos de mapeanento, foram utilizados
490 39'59"
r¡ol'sg"
[-4904o'o6"
14o t3'zo"
N
I
t-490 38'45"
tt
X
t-
2-a_
4-
5-ESCALA
ot2
ÈKmíreo de gorimpogom
Tracho Ve lho
Trocho Novo
Trecho Lotoo do
Trecho do Nct¡nho
Trocho do3 Borbu dog
Localização da ár'ea Teqal
das de Sânta Tcrezinha de
d.e oo.rínpal c,z dc esmeral Goiãs.
140t6'29"
pode observar na Figura
2,
os garimpos estão situadosna
partesul
da áz,ea Legal de garimpagem, De um ¡nodogeral,
aregião
écoberta por uma espessa carnada de so1o, o qual é proveniente da a]
teração de rochas ¡netaultrabásicas e de rochas do enbasarnento nascarando a presença de afloramentos,
dificultando
a anostragen Assim sendo, a naior parte das informações geológicas constantes deste trabalho foran obtidas nos poços exploratórios abertos na região pelos garimpeiros.
3.2
-
AMOSTRAGEMCono
foi dito
anteriorlnente, a existência de poços de pesquisa e de extração de esmeralda
foi
fundamental paraa execução deste
trabalho.
Devido ã alteraçãosuperficial,
as ro chas analisadas foran coletadas de um poço depesquisa
abertopela Enpresa Nossa Senhora Aparecida
Ltda
(ËNSA),poço
que
al-cançou 117 m de profundidade.E
pertinente informar que os poçosabertos pelos garinpeiros não oferecian segurança para o nosso tra ba1ho,. tendo em
vista
as profundidades que eles alcançan, chegan-do alguns a até 300rn.
0
sistena de escora¡nento dessespoços
éprecário e não existem sistemas adequados de ventilação e de ilurni
nação. A1ém
disso,
existenuita infiltração
de água, o quedifi
-culta
a loconoção dentrode1es.
Emvirtude
dessesfatos,
aprovei-tamos a anostragem efetuada pela ENSA durante a abertura dorefe-rido
poço que alcançou 117 m de profundidade. A Figura 3 apresenta
a seqüêncialitológica
arnostrada, queserviu
de basepara
osestudos mineralógicos e petrográficos,
No tocante ã esneralda, a anostragem
variou
emfunção dos progressos dos
trabalhos.
Algunas anostTas foramcole-tadas in situ,
'no
interior
dos poços, sendo que outTas foranad-quiridas
posteriornente dosgarinpeiros.
En geral, existe
urnagrande
disponibilidade
de material na ârea dogarinpo,
devidoao
enorrne volume derejeíto
produzido na exploração. A esmeralda pode ser
adcluirida facilnente,
pois senpreexisten
vendedoresno
loca1
co¡nlotes
de qualidadeas
nais variáveis e de procedência
conhecida. Assim sendo, boa parte das esneraldas utilizadas nodecorrer
dostrabalhos foi
adquirida dessa forma, tendo emI
m
35
40
67
71
60
62
90
108
'',+..-'¿,"'..'.L
V -V
.'. .: -'. '. 1'
' ! .'-".'
V,\.V
.' ;. ",
: íl
Solo orgiloso ove rmelhodo
Biotilo / Flogopito - corbonoto xistos com quorlzo
Bloslom¡lonilos
Quorlzo- corbonolo- tolco xislos (2)
Quorlzo- corbonolo - lolco xislos ( t )
Moscovito- clorito - corbonoto- quorlzo xislos
Blostomilonilos
Quortzo- corbonolo- lolco xistos (2)
Quortzo- corbonoto- lolco xislos (l )
Ouortzo- corbonolo- lolco xistos (2)
Quortzo - corbonolo- tolco xistos(1)
Moscovilo - clorito- corbonoto- quortzo xistos
PlC. 3 - Co 1un a estrotifirãf ica dc un poç o de pesquisa nerfurado pe 1a ernpresa ENSA, no 'lrecho Norro ¿a ãrea dr¡s "arimpos dô
3.5
-
TRABALHOS DE L.A,BORATORIO0s trabalhos de laboratõrio constararn de micros copia
óptica,
difração deraios X,
análise química porvia
ú¡nidae absorção
atômica,
análise por dispersão de energia e por microssonda
eletrônica.
Esses métodostiveram
porfinalidade
caracte'rízar
a esneralda do ponto devista
nineralógico eas
inclusõesfluidas
ecfistalinas,,
e deterninar a natureza do íon corante e oquinismo da seqüência nineralizada. 3.3.1
-
ÌdTODOS oPTICOSDiversos métodos
ópticos
foran usadospara
arealização de pesquisas para este
trabalho.
A seleçãodos
cris-tais
de esrneraldafoi feita
en una lupa estereoscõpicaZeiss
doDepartanento de Geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (DE
GEO/UFOP). Nessa fase, procuranos selecionar
cristais que
contivessem
inclusões
representativas da jazida, ben cono outrasfei-ções
típicas
para essas es¡neraldas. As encaixantes foran estudadas
porrneio
de secções delgadas e/ou polidas utilizando-se unfotomicrosc6pio Zeiss, modelo M-55, pertencente tambén
ao
nesmoDepartamento. Nesse nesno aparelho, foram obtidas as fotomicro
-grafias
das rochas e das inclusões contidas nas esmeraldasestuda-das. 0s Índices
de refração da es¡neralda foram medidos por meio de urnrefratônetro
para só1iclos, nodelo TOPCON, da nesna Universidade.
3.3.2
-
DrFRAçÃO DE RArOS XA difração de
raios
Xfoi utilizada no
presente
trabalho com o propósito deidentificar
as inclusõescristali-nas singenéticas, epigenéticas e protogenéticas das esneraldas de
Santa Terezinha de Goiás.
vâ-10
rios nilínetros,
oque facilíta
a sua identificação.Através da fragnentação dos
cristais
em unmor-teiro
deAbich,
conseguiu-sea
liberação das inclusõesdo
interior
da esrneralda. Uma vez fragrnentados oscristais,
as diversasfases das
inclusões
forarn isoladas nanualnente doberilo,
atra-vés de uma operaçãofeita
con lupa binocular. Atravésde
nonta -gens cuidadosas, as fasespuras
foran identifícadas pormeio
dediagranas de pó em cânara de Gandotfi no Departanento de Mineralo
gia
e Petrologia do IG/USP e no Centro de Pesquisada
CompanhiaVale do Rio Doce (CVRD), en Belo
Horizonte,
A naior parte das in clusões ocorrem intinarnente rnisturadas entTesi, tornando
quaseirnpossÍve1 a separação entTe os
vários constituintes.
Nessesca-sos, foram
feitos
difratogranas dessas nlsturas en urn difratônetroauto¡natizado da Rigaku, nodelo Geigerflex D/max-B em operação no
DEGEO/UFOP,
3,3.3
-
ANÃLTSES QUfMICA,SPara
essetrabalho,
foramefetuadas
algunasanálises c¡uímicas da esmeralda, das
suas
respectivas encaixantes, be¡n cono de certas inclusões contidas en seuinterior.
A esneralda
(berilo) foi
analisada por absor -ção atônica (DEGEO-UFOP) e por nicrossondaeletrônica
(CVRD). Emurna das amostras foran dosados os óxidos
principais
(exceto o Be0)e
vários
conponentes nenores; em duas outTas, forarn dosadosape-nas os cromóforos
Cr,
V e Fe.As rochas foran
trituradas
em unbritador
demandÍbu1a e noídas nun
gral
de sintercoríndon nuna granulação menor que 0,063
mn.
Destematerial,
foi
fundido aproximadarnente I
gpara
a
deterrninação deSi02
porgravimetria.
Paraa
dosagendos demaís conponentes,
foi
Tealizado um ataq.ue con solução de HF e HN033:I.
0
FeO e Fe203 forarn deterninados portitulorne
-tria;
o Mg, Ca, Mn,V,
Cr,Ni
e Co foran deterninados por absor-ção
atõmi ca.Aná1ises na microssonda
eletrônica
(sistema dispersivo
de energia e aná1isequantitativas)
foramefetuadas
noslaboratórios da CVRD, tanto da esneralda cono das
suas
inclusõescristalinas
maisfreqüêntes.
As aná1ises pelo sistema de energiade 0 a 10 KeV. Essas análises foram realízadas em um aparelho
JEOL, modelo JCXA-733. 0s õxidos, carbonatos e silicatos foram
analisados sob condições de 1skv e 1,500x10-8 A; os sulfetos sob 25 kV e 2,500x10-8 A. Ut ilizaram-se como padrões, óxidos puros e
vidros para os óxidos e os silicatos, sulfetos e metais puros pa
ra os sulfetos. No caso cla esmer"alda, como o Be não foi analisado )
introduziu-se na correção um valor teórico e fixo de L2,seo de
BeO. Nas correções de efeito matriz, foi utilízado o programa
I2
4 - GEOLOGIA REGIONAL
O primeiro pesquisador a apresentar descrições
de rochas que hoje se sabe pertencerem ao Grupo Araxá foi Hussak (1987 , ln Leonartlos 1938), que teria observado camadas de
qnais-ses granitóides e de fuchsita xisto que se intercalariam en mos
covita xistos, encontrados na região entre Catalão e Pirenópolis.
Leonardos (1938) ao descrever a geologia do centro e sul de
Goiás reconheceu uma zona de transição entre biotita-gnaisses
ar-queanos e os quartzitos, e entre quartzitos sericíticos e filitos
algonquianos , Fez uma descrição da intercalação de biotita xistos
com gnaisses, gnaisses básicos com gnaisses graníticos,
estudan-do os contatos tïansicionais entre os gnaisses e as seqüências xis tosas. Erichsen & lvliranda (1939) , em sua campanha no su1 de GOiás, entre os anos de 1935 e 1936, descreveram micaxistos ,
quartzitos, calcários, itacolomitos e gnaisses, e relacionaram es
sas litologias ao Algonquiano.
0 termo Araxá surgiu com o trabalho de Barbosa
(1955), que distinguiu no Triângu1o Mineiro, na região do
P1anal-to Araxaense, "rochas muito antigas, que constituiriam um
Comple-xo Metamórfico Pré-Cambriano. Este complexo seria formado de mica
xistos, xistos-verdes, filitos, migmatitos e quartzitos",
dividi-dos provisoriamente nas Formações Araxá e CanastTa, separadas
es-tas por provãve1 discordância angular. O Grupo Araxá, "mais anti go, seria constituÍdo por xistos-verdes, micaxistos e migmatitos rt
e o Grupo CanastTa, "menos antigo, seria formado por
salientes no relevo, associados a fi1itos". quartzitos
Segundo dados do Projeto RADAM, Folha SD-22-Goi
âs (1981), trabalhos realizados pela Prospec em 1961 permitiran
indivj-dualízar na ãrea do Distrito Federal e adjacências as
Só-ries Av,aæã. e Canastv,a. No tocante ã Série Araxá, "nela ocorre
riam micaxistos freqüentemente granatíferos. Estes micaxÌstos seriam intercalados por lentes de quartzitos micáceos e calcários,
e os rnaciços quartzíticos constituiriam as serras dos Pirineus ,
Jaraguâ, Dourada, etc. Entre as duas unidades, a Série Araxá
se-ria mais antiga por estar metamorf.izada en grau mais alto".
Barbosa et aL. (19ó6), tomando por base
ran três
unidades no CompLeæo BasaLBz'as'iLeíno'
denominando amais antiga
de Pré-CambrianoIndiferenciado.
Esta unÍdade,se-gundo os
autores,
está representada naparte
sudeste do projeto por paragnaisses con intercalaçõesfinas
de netabasitos,rnigrnati-tos, granítos
e mílonitos.Segundo
Alneida
(1967a),
"a
â'teacentral
deGoiás,
separando as duas faixas geossinclinais, Blasí1iae
Pa-raguai-Araguaia, caracterj.za-se pela presença de urn conplexo anti
go
deectinitos
e migrnatitos, pertencentes pelo rnenos aun
Ci-clo
Tecto-OrogênicoPré-Baicaliano,
correspondente ao GrupoAra-xá".
As rochas desseciclo são
micaxistos, gnaisses, quartzitos, nárnores, metabasitos,anfibolitos
e outras, defácies
geralmenteanfibolítica.
Associan-se-lhes nigmatitos e granitos anatexíticos.Alneida
(1967b) reconhece naregião
centralde Goiãs pelo menos quatro
ciclos
tecto-orogênicos, acornpanhadosde evolução
netanórfica.
O GrupoAraxá recobriria
discordante-mente o Conplexo
Basal,
iniciando-se conun
quartzito
deespes-sura
reduzida.
Ainda
segundo esteautor,
no Pré -Canbriano $¡pe-rior,
apartir
de 1.200M.a,
processou-se, na áreado interior
deGoiás,
irnportante fraturamento da crosta, o qualseparou
asplataformas do São Francisco e Guaporé. Tal
fato
propiciou o sur-gimento de condições eugeossinclinais de sedirnentação e ascençãode grandes volurnes de rnagma básico e
ultrabásico,
constituindo-se,assim,
o Sez,pez,tíne BeLt Goiano.Para
Alneida (1968),durante
o Proterozóico Superior,
sucederan-se episódios tecto-orogênicos acoûlpanhados de netanorfisno
regional,
en uma ampla fa.ixa de regeneração de estrutu ras rnuito antigas, que, no centro-oestebrasileiro,
separa aspla-taformas do Guaporé e
do
SãoFrancisco.
Taisepisódios
inclu-en-se
en dois eventos naiores de rnetamorfisno e defornação, dosquais
resultaramas
estruturas denorninadas Araxaídes eBrasili-des.
A chanada Séz,ie Az,aæãinicia-se
freqiientenente por quartzitos que recobren ern clara discordância o Complexo
Basal.
Essa série
consiste nun conjunto de mais de 1500 netros de espessura dernetassedimentos de
carãter
eugeossinclinal,
cornpredonínio
debiotita xistos,
conunente granatíferos, que se alternan com cana das de quartzitos,e,
localnente, de gnaisses, nármores calcíticos ou dolomÍticos,anfibolitos
e metabasitos. Tais rochas apresentananfiboli-14
to,
pois que nuitas delas possuemcianita, sillinanita,
estaurolita, etc.
O GrupoAraxá
é penetrado porsienitos
e por grande nú-mero de intrusões de rochas básj.cas e ultrabásicas, cuja composi-ção
varia
desdediorito
e gabros aperidotitos
e dunitos.Para
Angeiras
(1968), o Grupo Araxáseria
umaseqüência Ìnetassedinentar,
típica
de anbiente eugeossinclinal corn predominância de granada-biotitaxistos,
ãs vezes con cianitae
sillirnanita.
Subordinadanente ocorren quartzitos cinzas,paran-fibolitos,
nárrnores e nárnoresdolonÍticos.
Váriasdezenas
deconplexo
ultrabásicos
com gabros associados achan-se intrusivosno
Grupo Araxá,constituindo
umafaixa
de serpentinitosorigina-da pelo nagnatismo
ofiolítico
precoce da tecto-orogênese clueafe-tou
o EugeossinclínioAraxá.
Essafaixa
deserpentinitos
acha-se
intrusiva
nos micaxistos do Grupo Araxá, pelo menosnos
casosconprovados até o rnonento.
Barbosa
et
aL. (1970),
ao reaTízar trabalhosna
região
do TriânguloMineiro,
reconheceu o Araxá como un grupode netarnorfitos de
fácies epídoto-anfibolito,
consistindo essencial mente de nicaxistos equartzitos,
con intercalações de anfibolitos. Localnente os micaxistos se tornannuito
granatÍferose
possuemtanbém
cianita
e estaurolita,Schobbenhaus .
Filho et aL,
(1975) introduzirana denoninação Sísterna de Dobrarnentos Araxá, nele incluindo os
Gru-pos Araxá e
Araí,
bern como a Fornação CanastTa. Para essesauto-res,
a Unidade Canastra é uma forrnação relacionada ao Grupo Ara<á,e o Grupo
Araí
representa una fácies narginal do Sisternade
Do-branento
Araxá.
Descrevern rochasanfibolíticas,
de Mara Rosapa-ra
sul,
nas cabeceiras dosrios
dos Bois, Peixe e Crixás-Açu, nu rna extensão superior a 100 kn.Fuck &
Marini
(1981) dividen o Sistenade
Do-bTamento Araxá (schobbenhausFilho
¿¿aL.
7975) em dois segmentos,separados
pela Inflexão
dos Pirineus (AraújoFilho
1978); o seg-nentosetentTional
cornpreende a partecentral
enordeste
deGoiás, sendo constituído pelos Grupos Serra da Mesa, AraÍ e
Nati-vidade; o
segmentoneridional
abrange o su1 de Goiás e o Triân-guloMineiro
e nele são encontrados o Grupo Araxá e Canastra.Marini et aL.
(1984) apresentam as principaisque engloban o Maciço Mediano de Goiás, a Faixa de Dobrarnentos Uru
açu e a Faixa de Dobranento
BrasÍlia
(Alneidaet
aL. 1976).
Umadas
principais feições tectônicas
regionais é abrusca
nudançadas
direções estruturais
que ocorre naaltura
do paralelo deBra-sí1ia
(Figura4), a
qual AraújoFilho
(1978) denominou deInfle
xão
dos Pirineus.Drago
(1984)divide
asrochas
granito-gnáis-sicas
aflorantes emterritório
goiano
emtrês grandes
unidadesgeotectônicas (Figura
5):
1)
Cornplexo Central Goiano, concarac-terÍsticas
de naciçonediano,
contendo em seu bojo sequenc 1as gz,eenstorebeLts e
gtanitízações arqueanas e proteroz6icas; 2) Complexo Caraíba-Paranirin! con restos de seclüência gree nsto re beLt ;
3)
Conplexo Goiano Meridional,
emterrit6rio
goiano parcialnente recoberto
pelos sedinentos paleoz6icos da Bacia do Paraná,
Poroutro
lado a estruturação desses grandes cinturões nostraque
osmetassedinentos a norte da Megainflexão dos Pirineus estão condi-cionados diferentenente do Grupo Araxá, chamado por
Marini et
aL.(L977) de Grupo Serra da Mesa.
4.I -
O GRUÐARAX-Á (GRUPO SERRA DA MESA)Na
definiçãooriginal
de Barbosa (1955) , oAra-xâ
seria
constituído
de "rochasnuito
antigas queformariam
unComplexo Metamórfico Pré-Canbriano fornado por
nicaxistos,
migrna-titos, quartzitos,
xistos-verdes efi1itos",
divididos provisoriamente nas Formações Araxã e Canastra, separadas por
una
prováve1discordância
angular.
A Formação Araxá, maisantiga,
comxistos
-verdes,
nicaxistos e migrnatitos, ocupa a bacia dorio
Quebra--Anzol,e se estende daí para
norte,
seguindo Goiásadentro.
Já a Forna-ção Canastra é nais nova, sendo constituída de quartzitos efili-tos prateados ou
cinzentos,
Essa noçãofoi
estendidaãs
vastasáreas
de nicaxistos equartzitos
senelhantes encontrados em Goiáse nesmo no
sul
do Pará(Silva et a7,.1974),
0
conceitofoÍ
sen-do,
entretanto,
gradativarnente rnodificado.
Já sob a denoninaçãode Grupo Araxá, Barbosa
et aL,
(1970) alterararn seulinite
inferior,
dele retirando as rochas granito-gnáissicas contendo intetca1ações de
anfibolitos,
devido a diversas discordânciasentre
os'tlr
(
I
bll'l::
i''ti
; t/,/
l/r' ll
rt,/¡l
,l
'\)(
,'_2J::
\
t'\,=J'-¡3t'^,'
\-V::
) tr'rt
\l--:
t i
,t1 1l-6-\
.r '-.2 \ [lj\..\
r
t'-,
L-.-\1r:_
rr
r,r
ìl-ï
i\i."ìr\
\rr
"'rr
$i
\'\
!\
üt
..'/-- -;,-Ío
i '.
CRATON S. FR ANCISCO
EÞ_
Hl Lmbosomenio
c:=l
Lljl Cobert uro Brositiono
MACIÇOS MEDIANOS
@
@
B
@
m
@l suoesre
coBERTURAS r¡¡lenozórc¡s
fl
s"di*"nto. FonerozóicosL imite de crólons e
--- mociços medionos Limites oDrorimodos
en-* lre os <irèos de oltoromeÊ
lo uruoçuonos e
brosilio-. nos
' Conlotos entre se qüëncj
0s motoÍ e 5
: Folhùs t)rinciÞois do
lnflexõo dos Pirineu s
-I- Ali¡homenlos êstrutu
-rots
* Vergê n c ios
llc. 4 - Distribui.cão das principai,s unidades geotectônicas da Ra-gião Centro-Oestc brasileir¿, dcstacando a brusca .mudança
das direções estruturais das Faixas de Dobrarnentos UruaÇu
e Brasí1ia, sequndo ttarini er a1. (19g4).
Guoxupe'
Goiono
FAIXAS DE DOBRAMENTOS
Dobromenlos Uruoçuonos U ruoç u
Dobromenlos Br osilionos
,,
l
-. *--¡-'= =
ã-r->\
Tufos- Lovos
-sedim€nlo5 tuf os sedime ntogTufos
- --+ - t- +
SuÞer GruPo Boixo Arogu oio GrAllo Poroguo¡ Cinturõo poroguor Aroguoio
--.---f¡r.ì?,1írÍg-ffiEiffi
oxe' ttxau ',.--/-
) /1"*g '" Greensrones Belts de
C ri rós
Fl G. 5 - !1ode1o evol ut ivo par a a regíão ccn tr a1 de coiás segundo Drap.o (1984).
Sedim?nlos
18
Na porção not'te, que é a área de interesse
des-te
trabalho, a evolução dos conhecinentos levou a substanciaismo-dificações
na conceituação do GrupoAraxá.
Emprineiro 1ugar,
aUnidade Xisto-Quartzítica, de
Silva
et aL.
(I974),
passou a ser de noninada de Grupo Estrondo porHasui
et aL. (1975),
consíderando que"o
chamado Grupo Araxá do norte de Goiás não pode ser correla* cionado con o Grupo Araxá, definido no oeste mineiroe
estendidoaté a região de
Peixe
(G0),
pois as vergências sãoopostas,
ograu de metamorfisrno do
prineiro
decresce gradualmente para oestee existe urna
faixa
de Complexo Basal Goiano separandoas
duasunidades
Araxá".
En seguida, na região das serras da Mesa eDou-rada, no centïo de Goiás, corn base e¡n evidências
estratigráficas
,1itolõgicas e
tectônicas,
Mariniet
aL.
(1'977) propuseram adeno-minação de Grupo Serra <la Mesa para o pacote de
netanorfitos
anteriornente
consideradosAraxá.
Finalnente, extensas áreas de ocorrências de
anfibolitos,
alén de outras rochas netaígneas e netas-sedimentares em Goiás Velho, Crixás, Hidrolinae Pilar
de Goiás ,foram individualizadas cono
GTee rÊtô reBeLts
Arqueanos ereti-radas
do Grupo Araxá (Sabóia 1979).
Quanto aosxistos
ocorren-tes nas imediações de
Pilar
de Goiás, Crixás,Hidrolina,
etc'
eque
teriam
sido relacionados em trabalhos anteriores ao Grupo Arax'a,
esteautor
enurnera umasérie
de características quetorna-rian
sua posiçãoestÌatigráfíca
duvidosa, podendo, inclusive, tais rochas serenpaïte
da unidade de topodos
g?ee nsto rebeLts.
E¡ncontrapartida,
o
cinturão foi
ampliado paraleste,
corn a inclusão nãosó
dos MetanorfitosAraí,
representando urnafácies
marginal do Siste¡na de Dobrarnento Araxá; como tanbén do Grupo Natividadeestudado por Moore
(1963, in
Fuck & Marini 1981). 0 GrupoNati-vidade
tanbémseria
depositado ern bordas de plataforma, sendo1o-calizado na
região
nordeste do Estado de Goiás, próximo da cidadede Nat ividade .
Una das
principaís
feições tectônicas regionais do Grupo Araxá, de Barbosa (1955), é a brusca nudança das direçõesestruturais que ocorre na
altura
do paralelo de Brasí1ia,a
qualAraújo Filho
(1978)
denorninou de Inflexão dos Pirineus ( Figura 4),Essa inportante estTutura divide os dobrarnentos
proteroz6icos
eseu
enbasarnento ern duas porçõesdistintas,
con caracterÍsticas tectônicas,
estratigráficas,
nagnátícas e metalogen6ticas diferentesin-cerca
flexão são duas falhas regionais paralelas e espaçadas de
de uma dezena de quilômetros, con direção
geral
WNW-ESE, estendendo-se do
rio
Araguaia, naaltura
do paralelo LSo,até o
Distl:itoFederal,
pouco a norte do paralelolóo.
Segundo Fuck&
Marini(1981), esta
inflexão dívide afaixa
de dobramento endois
seg-nentos
distintos:
o Segnento Setentrional,
clue compreendea
partecentral e o
nordeste
de Goiás, eé
constituído pelo Grupos Serra da Mesa,AraÍ
e Natividade, e o Segnento Meridional,que
abran-ge o su1 de Goiás e o Triângulo
Mineiro,
e ondesão
encontradosos Grupos Araxá e Canastra. No
sul
de Goiás e no TriânguloMinei-ro, estão
associados a nicaxistos vários corposgraníticos,
nunerosos corpos de rochas nãficas e ultra¡náficas metanoÌfizadas e ex-tensas carnadas
gnáissicas,
sendo escassos os quartzitos e as ro-chas carbonáticas. Na porçãosul
dainflexão,
as direções tectônicas
preferenciais são NW-SE. Já no segnento a norte da inflexão,inexisten
gnaísses,granitos
intrusivos,
exceto pequenos corpospegnatõides e netaultramáficas associadas ã Seqüência Serra da
Me-sa,
sendonuito
freqüentes os quartzitose
calcoxistos con márnores
associados. Asdireções
gerais do¡ninantes dessa inflexão sãoNE-Shr e as feições de encurtanento
crustal
são representadas porsuperfícies de cavalganento de ângu1o moderado
a
alto. Na
regiãoda Inflexão dos
Pirineus
parecemter
vigorado condições especiais de sedinentação, cono também de deforrnação, una vezque
ocorremna
região
seqüências anôma1as, tanto en relação ao SegmentoSe-tentrional,
cono en relação ao Segmento Meridional.4.1.1
-
O SEGMENTO SETENTRTONALA porção norte do Grupo Araxá se estende desde
a Inflexão dos Pirineus até
a leste
de Cavalcante e nordeste de Natividade.
Nessaregião
foram definidos os Grupos Natividade, Araíe
Araxá,
esteúltino
redenorninado Serra da Mesa por Mariniet
aL,(re77).
Na porção
leste
do Grupo Araxá (GrupoSerra
daMesa),
as rochas vulcânlcas encontradas na base doAraí
são inter rnediárias a ácidas, enquanto no â¡nbitoda
Serra da Mesa dornina unvulcanismo de natureza
básica.
As defornações crescen de intensiInetanor-20
fismo de intensidade crescente, do
tipo
barroviano.
Assin, de 1este
para oeste passa-se c1e rochas não netamórficas anuito
pouco metamorfizadas para metamorfitos de fácies xisto-verde eanfiboli-tos
dealta
tenperatura.
A porçãoleste
da baciaassenta-se
so-bre ernbasamento
siálico,
em sua maior parte constituídopor
ro-chas
granito-gnáissica de natureza granodiorÍtica etonalítica
localmente com gz,ee ræto ne
belt,
cono enNatividade.
Na
porcãonédia
da bacia aparecem embutidos os Conplexos de Barro Alto Niquelândia e CanaBrava,
representativos do Cinturão GranulíticoArclueano (Fuck a Marini
1981).
Nolinite
oeste da nesna bacia, oembasanento é tanbén
siã1ico,
dominantementegranito-gnáissico
,con
gz,eerstorebeLts
locais
como os de Crixás,Pilar
deGoiás
eHidrolina.
A â'rea onde ocorrern os jazinentos
de
esneral-das de Santa Terezinha de Goiásjá foi
estudada anteriormente entrabalhos regionais de
geologia.
Barbosaet aL,
(1969, 4n Souza & Leão Neto1984)
incluíran
en seus estudosa
'area ondeatualrnen-te
se situam os garinpos de esmeraldas no GrupoAraxá.
Segundo estes
autores, o Araxã apresentaria una seqüência basal conposta denicaxistos intercalados de
quartzitos,
xistos
eanfibolitos e
unaseqüência
superior
decalcoxistos
con intercalaçõesde
calcâ-rios.
Par^a Sab6ia (1979), os
xistos
definidos
conoAraxá,
naregião
de Crixãs,Pilar
de Goiás eHidrolina!
parecemter
uma posicãoestratigráfica
duviclosa,pois
algunstipos
1ito1ó-gicos da seqüência gvee nsto rc
beLl;
são sirnilares aosXistos
Araxá,
Este autor sugere que essesxistos
sejam incluídos na unidadede topo do gnee nsto re beLl; ,
Drago
et
aL.
(798I) usalarn o terno Conplexo Goi ano para as rochasatribuídas
ao Pré-Cambriano måntendo adenomi-nação de Grupo Araxá para a seqüência metassedimentar da região
Neste
trabalhoreferido,
ressaltan clue "na região de Santa Terezinha de
Goiás,
entre esta cidade ea
Fazenda Alegre, o GrupoAra-xá encontra-se ïepÏesentado por quar:tzo-moscovita-granada xisto
mignatitos ou gnaisses e entre aquela cidade e a Fazenda
Rio
doPeixe ocorrern afloramentos de micaxistos corn quartzitos
finos,
quese intercalarn tamb6n ern gnaisses
e,
en poucos lugares,
ocorremclorita xistos.
Nessa ú1tima seção,ocorren serpentinitos
noramais da estrada
principal
nota-se que a sucessão deintercalados
aquartzitos
é comurn".rnicaxistos
Para Machado (1981), os
xistos
ocorrentesime-diatanente a
norte
de Crixás, posicionados por Sabõia(f979)
no GrupoAraxá,
fariarn parte clos terrenos dotipo
gree nsto nebelt
,que se estenderiam de Crixás-Pilar para
norte
atéa
regiáo deMa-ra
Rosa-Porangatu, sendo a unidade basal representada,hoje,
êflCrixãs-Pi.lar e as unidades m6<1ia e de tôpo a norte <lesta, na
re-gião
de Santa Terezinha, lvlara Rosa e Porangatu (Figura 6)'Ribeiro &
Sã
(1983)
consideran a â¡ea cono urnaseqüência vulcano-sedinentaï, provavelrnente do
Proterozóico
In-ferior
a Médio, emcontato
conbiotita
gnaisses do ernbasarnento sendo o termo ácido representaclo por metavulcânicasde
conposiçãodacítica
e os ternos ultrabásicos pelos seus equivalentes retronetarnorfizados,
tais
comotalco-clorita xisto
carbonático,
biotita
xisto
carbonático(biotitito)
etrenolita-clorita xisto.
Subordi-nadamente ocorrem
leitos de
metachez'tfe¡ríferos
e manganesífe-ros e
quartzitos
ferruginosos
e netamargas.Souza & Leão Neto (1984)
,
que realizaran um ma-pearnento geo16gico da âtea do garinrro de esrneralda, denoninararnde Seqüência Santa Terezinha
o
conjunto vulcano-sedinentar debai-xo
grau metarnórfico corstituÍdo dexistos cloríticos,
talcÕ xistose
sericita-qvartzo xisto,
Segundo esses autores, a sudoeste ocorre
o domo granito-gnáissico da Serra de SantaCruz,
constituídopor gnaisses grosseiros; a
sudeste,
un conplexognáissico-anfibo-1Ítico,
recoberto por uma espessa canada desolo
e
cangalaterí-tica;
e anoroeste,
urn conplexo granito-gnáissico e um corpogra-nítico intrusivo,
aoqual
denominararn de granito SãoJosé
doAlegre (Figura 7).
Devido ãs características
Iitológicas,
netarnórficas,
estruturais e
de plutonisrno associado da Seqüência Santa Terezinha, Costa
(1986)
correlacionou-a corn osterrenos
gz'ee nsto nebeLts
deCrixãs.
Segundo esteautor,
as rochas netaultlanáficasmenos transfornadas dessa seqüência mostram