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População livre e pobre na sociedade escravista

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Academic year: 2021

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População livre e pobre na sociedade escravista

Jessica Suzano Luzes*

A presente comunicação tem como objetivo apresentar de forma resumida como a historiografia abordou a questão da população livre e pobre na sociedade escravista.

Dividiremos esta análise em dois momentos. No primeiro abordaremos algumas interpretações desenvolvidas até as décadas de 1970-80, que muita das vezes estavam associados a um modelo predominante de produção agrícola no Brasil e o uso de mão-de-obra escrava. No segundo destacaremos como alguns historiadores têm revisto estas análises, propondo novas formas de organização agrícola e de organização do trabalho.

Caio Pardo Júnior (2004) defendia um modelo explicativo da economia colonial brasileira, no qual a estrutura econômica e social da colônia teria relação direta com o contexto da expansão marítimo e comercial européia.

Assim, Caio Prado acreditava que todo o desenvolvimento da colônia estava necessariamente atrelado às necessidades da metrópole portuguesa. Este era o pacto colonial, no qual a estrutura econômica da colônia estava assentada na contínua produção e transferência de excedentes para a metrópole.

Tal relação entre a colônia e a metrópole ocasionou a formação de três elementos que marcaram todo o período colonial: grande propriedade, monocultivo e a mão-de-obra escrava.

Dentro desta mesma lógica, Fernando Novais (1980) destacou de forma incisiva a relação entre o antigo sistema colonial mercantil e a acumulação primitiva de capital. Segundo, ele o pacto colonial fora uma das bases para o acúmulo primitivo de capital das nações européias, estrutura inserida no capitalismo mercantil europeu.

Novais enfocou, principalmente, a escravidão brasileira. Para ele, esta era uma força de trabalho que se enquadrava no modelo de pacto colonial, pois o trabalho compulsório levaria a uma menor dispersão financeira do que a verificada no trabalho livre. A economia colonial estaria dividida em dois setores básicos: a plantation, com mão-de-obra escrava, e a de subsistência, fundamentada em mão-de-obra livre.

Para o autor, a produção de subsistência ficaria reduzida devido à lógica de funcionamento do setor mais dinâmico da Colônia, a agroexportação, e conseqüentemente, temos

* Aluna de graduação em História na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

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a impossibilidade do desenvolvimento de um mercado interno próspero, e de acumulações endógenas coloniais.

Jacob Gorender (1985) rompeu com modelo explicativo existente, no qual a Colônia existiria apenas como local de transferência de excedente colonial, que inibia a acumulação endógena.

Para ele, o Brasil teria sim um processo de produção, que lhe era peculiar, o modo de produção escravista-colonial, ao invés de ser apenas como um local de simples circulação de mercadorias. Tal acumulação endógena era obtida, em grande parte, pelo escravismo colonial, sendo que seus lucros permaneciam nas mãos de senhores de escravos, não sendo transferidos na íntegra para a Metrópole.

Na perspectiva de Manolo Florentino (1997:27), a historiografia tradicional

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, considerava a escravidão como uma empresa, e conseqüentemente o escravo como uma coisa-mercadoria

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, uma vez que privilegiava apenas a natureza das economias escravocratas, e o papel do patriarcado

3 .

Florentino alertava que tal concepção reduzia a possibilidade da existência de famílias escravas, uma vez que no modo de produção escravista-colonial, os cativos eram impedidos de constituírem relações sociais estáveis. Na explicação de Jacob Gorender

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, a empresa escravista privilegiava o sexo masculino e a idade adulta. As duras jornadas de trabalho dificultam a procriação dos cativos, e aumentavam as taxas de mortalidade, agravada pelos altos índices de desequilibro entre os sexos, comprometendo totalmente a reprodução endógena.

Desta forma, a historiografia considerava os escravos como meros instrumentos nas mãos

1Nas décadas de 1950-60, temos o surgimento de um grupo de acadêmicos que ficaram conhecidos como Escola Paulista, críticos a Gilberto Freyre, e que estavam pouco “preocupados com o fenômeno da escravidão em si, mas sim na repercussão do escravismo no desenvolvimento geral da economia brasileira e, em alguns casos, no sistema subseqüente de relações raciais” (SCHWARTZ, 2001, p. 25-26). Stuart Schwartz menciona estudos regionais pormenorizados que são grandes referências da Escola Paulista nesta época: CARDOSO, Fernando Henrique Cardoso. Capitalismo e escravidão no Brasil Meridional. São Paulo: Paz e Terra, 1962; IANNI, Octávio. As metamorfoses de escravo. Apogeu e crise da escravatura no Brasil Meridional. São Paulo: UCITEC, 1962; COSTA, Emília Viotti da. Da Senzala à Colônia. São Paulo: UNESP, 1966; FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1972.

2Sidney Chalhoub (1991) rebateu a teoria do escravo-coisa presentes nas obras de Cardoso (1977) e Gorender (1978). Esta teoria pressupunha que a sociedade escravista não permitia nenhum tipo de negociação entre senhor e escravo. Chalhoub constata através da investigação de fontes como processos crimes e jornais, que o escravo tinha a possibilidade de negociar a alforria, podendo até, recorrer a ações judiciais, para defender seus argumentos.

3 Nesse sentido temos Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, como o grande marco dessa corrente; embora seja

inegável sua importância para inovação da interpretação histórica do Brasil.

4GORENDER, Jacob apud FLORENTINO, Manolo, op.cit, p. 28-29.

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dos seus senhores, só lhes restando algum grau de autonomia, quando se revoltavam e (ou) se refugiavam em algum quilombo.

O grande modelo de sociedade rural que prevaleceu nos estudos sobre Brasil escravista teve como base a obra Casa Grande Senzala, de Gilberto Freyre. Esta moldou as concepções e percepções de diversas gerações dentro e fora do Brasil. Sendo citado por diversos intelectuais como estudo clássico sobre “a vida das grandes plantações e das relações raciais na América Portuguesa”.(RUSSELL-WOOD, 2005: 34-35)

Russell-Wood apresentou algumas limitações desta obra, como por exemplo, o perigo da generalização desta pesquisa para todo o território brasileiro, já que este restringia seu campo investigativo à apenas uma região, o Nordeste. Além disto seus estudos compreendiam a colônia de forma polarizada e estática, enfocando a existência de duas classes: “a classe de proprietários de terras e donos de escravos; do outro, uma massa de escravos”.(RUSSELL-WOOD, 2005: 34- 35) Desta forma, não se enfocavam os grupos intermediários que foram “abandonados como um punhado de ' pequenos-burgueses'“.(RUSSELL-WOOD, 2005: 35)

Novas pesquisas vêm revendo estas interpretações, e embora não neguem a violência da escravidão, nem seu aspecto econômico, esses estudos – utilizando-se de novas fontes, tais como, registros paroquiais, documentação judicial, inventários post-mortem etc – mostram as estratégias de atuação daqueles grupos tidos antes como marginais ou insignificantes, como escravos e as populações de livres pobres, mostrando que eram freqüentes a formação de unidades familiares, e a construção por estes, de redes de solidariedade.

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Nas décadas de 1970-80, os estudos sobre demografia da escravidão

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se acentuaram, e estes tiveram, em sua maioria, destinados as famílias escravas, havendo pouco investimento nas famílias de forros e seus descendentes. É necessário ressaltar que pesquisas sobre relações familiares entre cativos representam um avanço para a historiografia, pois revelaram novas perspectivas em relação à vida no cativeiro, bem como em relação ao próprio sistema escravista.

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5 Cf. SCHWARTZ, Stuart. B..Op. cit. Cap. 1

6 O autor Stuart Schwartz (2001, 34-35) revela que certos pesquisadores da demografia da escravidão, a partir da década de 1980, passaram a investir num novo tema: as famílias escravas. Para Schwartz, isto é influência de pesquisas norte-americanas, como a obra de Hebert Gutman: The Black Family in the Slavery and Freedom.

7 Schwartz menciona a importância do trabalho dos historiadores Manolo Florentino e João Fragoso, publicado num número especial de Estudos Econômicos (v.17:2 1987), pois estes indicavam a complexidade da questão da família escrava. Atentavam que os estudos sobre a família brasileira deveriam ir além dos modelos europeus de família.

Como referência cita: GUDEMAN, Stephen; SCHWARTZ, Stuart B. “Cleansing Original Sin: Godparentage and the Baptism of Slaves in Eighteenth Century Bahia”. IN: SMITH, Raymond T. (Ed.). Kiship ideology ande Pratice in Latin America. Chapel Hill, N.C: University of North Carolina Press, 1984, sobre compadrio, e GOLDSCHMIDT,

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Este trabalho pretende mostrar algumas das produções acadêmicas que investigam populações livres, em especial os descendentes de forros e ex-escravos, considerados durante muito tempo pela historiografia, como mão-de-obra marginalizada. Tal perspectiva advinha da convicção acadêmica da existência de um modelo “dominante” de produção agrícola, que era fundamentado na mão-de-obra escrava e na monocultura. Como os pequenos produtores rurais livres não se enquadravam neste modelo plantacionista e exportador, tido como relevante, estes passam a ser desconsiderados como objetos de estudo.

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Nas décadas 1980-90, novas investigações

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apresentaram diferenças regionais que permitiram uma melhor compreensão da complexidade do mundo agrário escravista, e uma releitura dos modelos explicativos não fundamentados em bases empíricas. (FARIA, 1998: 47) Como não cabe aqui mencionar todas as perspectivas teóricas, destacamos as principais pesquisas especializadas em populações livres na sociedade escravocrata.

O conceito de liberdade está sendo revisto pelos historiadores. Hebe Maria Mattos de Castro (1995) faz uma reflexão sobre os significados da liberdade

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no sudeste escravista no século XIX, afirmando que a idéia de liberdade tem sido comumente associada ao não trabalho, isto porque temos “a profunda convicção que fora das nossas elites, a liberdade não tenha nenhum significado. (p. 15)

A autora averiguou as possibilidades de se exercer a liberdade, principalmente para as populações de pobres e livres, analisando como era possível a reinserção destes na sociedade, haja vista que a maior parte deste grupo de livres era descendente de ex-cativos, e estavam saindo do estatuto jurídico de escravos e se inserindo num novo estatuto de livres. A partir desta obra, podemos fazer relevantes apontamentos, fundamentais para a compreensão do nosso objeto de estudo.

Castro revela que os processos de empobrecimento e a alforria, não foram incomuns nesta

Eliana. “A motivação matrimonial nos casamentos mistos de escravos.”. Revista da SBPH, e, p. 1-16, 1986-87.

8Hebe Mattos (1987) questionou este modelo de produção agrícola presente em duas obras Celso Furtado (1969) e Caio Prado Júnior (1979). A autora teve como um de seus objetivos desmistificar a “plantation escravista”, buscando compreender a lacuna existente na historiografia sobre a população livre, a definição de pobreza e a produção de subsistência.

9Sheila de Castro Faria apresenta como exemplo Mattos de Castro (1987) e Fragoso (1983).

10Sidney Chalhoub (1991)apresentou os diferentes significados da liberdade para os escravos e homens livres na Corte do Rio de Janeiro, nas últimas décadas da escravidão. Segundo ele, a sociedade escravista era naturalmente desigual, mas existiam espaços de negociação, nos quais os escravos poderiam expor as suas vontades, e garantir aquilo que ele concebia como liberdade, como por exemplo, viver só, longe do senhor, conseguir acumular o seu pecúlio, permanecer com a sua família, continuar a exercer suas tarefas rotineiras.

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época, e estes ocasionaram o surgimento de homens livres, que adquiriam a mobilidade espacial

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, tido pela autora, como a primeira e fundamental marca para o exercício da liberdade, representando uma importante oportunidade para a inserção social

Segundo ela, estes homens buscavam construir novos laços através de vínculos familiares, e para que isto ocorresse era necessária a permanência em algum território, convivência e aceitação por parte de outras famílias da região, formando uma rede de relações que deveriam se ampliar, através do batismo de filhos e das relações de parentesco espiritual (compadrio) que deveriam se efetuar.

A inexistência de estudos sobre famílias de escravos e livres se deu, principalmente, pela interpretação que associava de forma direta a família patriarcal e a família extensa, “entendida como morada comum de mais de uma geração da mesma família e seus agregados”, havendo a predominância de família numerosa, em oposição a famílias nucleares. Estudos passaram a repensar esta perspectiva, alertando que o conceito de família patriarcal deveria ir além da concepção de família extensa. A autora revela que para Ronaldo Vainfas, o conceito de família patriarcal iria além da concepção de família extensa,

“Forma específica de organização de poder e das funções familiares dentro dos grupos da elite. Iria além da concepção de escravos e dependentes livres construiriam sua identidade familiar em relação à “casa grande”. Estes seriam incapazes de formar e reproduzir culturalmente suas próprias famílias.”(MATTOS DE CASTRO, 1995, p. 61)

Diante desta formulação teórica, temos a eliminação da família escrava ou dos dependentes livres como objetos de estudo, já que estes são absorvidos pela “família patriarcal”.

Pesquisas demográficas têm apontado para a existência de inúmeras famílias nucleares ou matrifocais, ou seja, uma pluralidade de modelos familiares e de atitudes femininas, que não estavam inseridos no modelo da casa-grande, marcado pelo patriarcalismo, família extensa e mulher enclausurada. (FARIA, 1998:47, MATTOS DE CASTRO, 1995:61-77, BRÜGGER, 2007: 25-63)

11A questão da mobilidade espacial também tem sido objeto de discussão entre os pesquisadores. Para Laura de Mello e Souza (1986), tal mobilidade tanto “no espaço geográfico como no social” representaria uma desclassificação social, já nas análises de Hebe Mattos de Castro (1995) e Sheila de Castro (1998) a mobilidade pressupunha, para forros e descendentes, a tentativa de estabilidade e a afirmação do “exercício da liberdade”.

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Em sua pesquisa, Mattos de Castro questionou o significado da liberdade contestando a concepção clássica, na qual a liberdade está unicamente atrelada a possibilidade de não-trabalho, haja vista que concebemos a liberdade apenas entre as elites. Ao investigar o significado da liberdade para as populações pobres e livres do sudeste escravista, a autora se propõe a analisar a

“influência das ações e motivações humanas na história, bem como de seus limites e condicionamentos”.(MATTOS DE CASTRO, 1992, p. 15)

As últimas décadas da escravidão se constituem para a autora um período importante, pois possibilita discutir a dicotomia senhor/escravo, já que este é neste momento que temos uma

“profunda mudança dos referenciais culturais, que até então norteavam a as relações econômicas, a convivência social e as relações de poder, nas Áreas escravistas da América” (MATTOS DE CASTRO, 1992, p. 16)

A autora revela que no sudeste escravista existiam processos que poderiam gerar homens livres, como o empobrecimento e a carta de alforria, sendo assim o surgimento de indivíduos despossuídos não se constituíam em uma anômia social, mas em uma circunstância comum.

O processo de desenraizamento era algo inevitável, e assim as relações sociais tinham papéis estruturais importantes. Nesse sentido, o acesso a relações familiares eram de extrema relevância, não podendo ser considerado como um dado natural. Para a autora, estabelecer relações com uma família na região garantia ao migrante, ao despossuído, a possibilidade de reingressar a sociedade, retirando o sentido provisório, e o estabelecendo na terra, uma pré- condição para uma produção independente.

Mattos de Castro entende que a concepção da liberdade deve ser analisada com cautela, pois ele está intimamente ligado à diversidade regional da sociedade escravista durante o século XIX, podendo ter significados comuns, como também, particularidades fundamentais. No caso da região do sudeste escravista, nas últimas décadas da escravidão, a experiência da liberdade para estes homens livres está intimamente ligada à “mobilidade espacial, a família nuclear e a rede de relações pessoais e familiares”.

Roberto Guedes Ferreira alerta sobre as poucas produções acadêmicas direcionadas às

populações descendentes de escravos. Ferreira explica que a justificativa desta ausência estaria

nas interpretações econômicas que tendem a caracterizar a sociedade em colonial/imperial, com a

uma demasiada bipolarização sócio-econômica.

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Esta teve como conseqüência a ênfase dada ao trabalho escravo, forma de trabalho dominante na época, em detrimento do trabalho livre. Ferreira revela que os pesquisadores que se dedicaram a tal temática

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, definiam as populações descendentes de escravos e de forros como

“vadios, marginais, e desclassificados sociais”, existindo poucas chances de mobilidade social ascendente para os egressos do cativeiro.

Nesta interpretação, na qual temos a quase inexistência de formas de mobilidade social, o trabalho realizado por forros e seus descendentes era tido como um objeto de estudo secundário.

Ferreira acredita que o trabalho também poderia proporcionar algum tipo de mobilidade social para os egressos do cativeiro, que fossem portadores de habilidades artesanais, e ou mediante atividades agrárias, que poderiam ser realizadas ao mesmo tempo ou não.

É preciso ressaltar que sua análise não se trata de uma “democracia sócio-econômica”, e sim de uma investigação que tenta compreender “até onde e como foi possível a reinserção de forros e seus descendentes apesar da predominância do trabalho escravo”.(Ferreira, 2005: III)

Ferreira mostra que a mobilidade social englobava não só o trabalho, mas também “a estabilidade familiar e inserção em redes de sociabilidade, notadamente em relações pessoais, entre seus pares e principalmente entre as elites”, e explica como cada item deste poderia intervir para a mobilidade,

O trabalho propiciava a forros e descendentes margens de autonomia e de reputação social, o que sugere que nem sempre vigia a idéia pejorativa de trabalho, quer oriunda do defeito mecânico ou da escravidão. A estabilidade familiar, em sentido amplo, era a garantia de sobrevivência mediante a cooperação no trabalho. A aliança com seus iguais e com as elites locais potencializava recursos e outras alianças políticas num mundo de incertezas. (Ferreira, 2005: II)

A escolha deste grupo específico, população livre e pobre, descendentes de ex-escravos, é também importante porque chama a atenção para uma maior compreensão de um grupo social pouco estudado, o trabalhador livre. Este fora considerado pela historiografia tradicional como grupo insignificante para a sociedade escravista. Desta forma, buscamos repensar a contradição

12 Destaco alguns autores mencionados por Roberto Guedes Ferreira na sua dissertação de doutorado que representam esta corrente interpretativa: Caio Prado Júnior (1983: 281, 200-201), Florestan Fernandes (1978: 52- 57,152-154), Maria S. Carvalho Franco (1997: 21-63), Laura de Mello E Souza (1986: 141-213; 1999: 83-107, 99, 219).

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existente entre trabalhador livre nacional e a organização escravista, tidos como sistemas

historicamente incompatíveis.

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Bibliografia

CASTRO, Hebe Maria Mattos de. Ao sul da história. São Paulo: Brasiliense. 1987

____________________________ Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional. 1995

CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade. Uma História das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras. 1990.

FARIA, Sheila de Castro. A colônia em movimento. Fortuna e família no cotidiano colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1998

FLORENTINO, Manolo e GOÉS, José Roberto: A paz nas senzalas: famílias escravas e o tráfico atlântico. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.

GORENDER, Jacob. “A sociedade portuguesa e a expansão ultramarina”.In: O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1985.

FERREIRA, Roberto Guedes. “Introdução”. In: Pardos: trabalho, família, aliança e mobilidade social Porto Feliz, São Paulo, c. 1798 – c. 1850. Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Departamento de História. Programa de Pós-Graduação em História. 2005.

NOVAIS, Fernando. “O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial”.In: MOTTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. 11 a. ed., São Paulo: Difel, 1980.

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REIS, João José e SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras. 1989

RUSSEL-WOOD. A. J. R. "Africanos e europeus: historiografia e percepções da

realidade". In: Escravos e libertos no Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2005. pp. 17-50.

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