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RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2016

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Academic year: 2022

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RELATÓRIO DE EXECUÇÃO 2016 1

www. FESTIVALDOCHOCOLATE .com

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ÍNDICE

BALANÇO O FESTIVAL ATRAÇÕES REPERCUSSÃO DESENVOLVIMENTO FRASES EM DESTAQUE ABERTURA

SHOW DE ABERTURA FEIRA DO CHOCOLATE PLANTA

ECONOMIA CRIATIVA FORUM BRASILEIRO CHOCODAY

COZINHA SHOW EXPOSIÇÃO DE BOLOS CURSO INTENSIVO ATELIÊ DO CHOCOLATE PALCO CACAU

COZINHA KIDS

OFICINAS TECNOLÓGICAS CACAU RUNNING

EXPOSIÇÃO DE ARTES IMPRENSA

VISITAS ÀS FAZENDAS AUTORIDADES

SINALIZAÇÃO

MÍDIA EXTERNA

MATÉRIAS VINCULADAS BANNER ELETRÔNICO SITE

FACEBOOK INSTAGRAM

MATERIAL GRÁFICO SECRETARIA

EQUIPE SERVIÇOS CLIPPING SITE ATÉ 2017

4 5 6 7 8 9 10

11 12 18 19 20 23

25 26 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38

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BALANÇO

PÚBLICO VISITANTE

EXPOSITORES

MARCAS DE CHOCOLATE

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

2009 6.000 2010 8.000 2011 18.000 2012 25.000 2013 30.000 2014 25.000 2015 30.000

2009 13 2010 26 2011 46 2012 50 2013 68 2014 59 2015 75

2009 03 2010 05 2011 10 2012 15 2013 19 2014 21 2015 25

80% da Bahia

2016 86

2016 26 2016 50.000

Presença de visitantes de vários estados;

Apresentação de palestrantes nacionais e internacionais;

Comparecimento de grandes veículos de várias partes do país, e inclusive de uma agência internacional de notícias, de diferentes segmentos: turismo, economia, agronegócio e gastronomia;

Avaliação positiva dos roteiros turísticos por especialistas e jornalistas;

Excepcional exposição na mídia estadual e nacional de um evento realizado no interior;

70% dos stands com vendas de 100% dos produtos em exposição;

Incremento no perfil dos expositores;

Mais de 90% de ocupação nos principais hotéis e pousadas consultados;

Mais de 22 mil opções de “curti” na página oficial do Facebook, com média de alcance semanal de 114.225 mil pessoas.

Só durante o mês de julho, houve quase meio milhão de alcance;

Posição de destaque no Google quando pesquisado.

“Festival do Chocolate Bahia”, com mais 401.000 resultados de pesquisa;

Satisfação de frequentadores e expositores, apontando para 90% entre excelente e muito bom;

Negociações promissoras para compra / venda de cacau fino e de chocolates de origem;

Melhores resultados de comercialização, movimentando mais de meio milhão de reais só nos standes;

Nenhuma ocorrência policial registrada durante o período do evento;

Somente no sábado cerca de 20.000 pessoas compareceram ao evento;

Programação gratuita para todas as atividades, exceto Curso Intensivo e show do cantor Djavan.

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Em seu oitavo ano consecutivo, o Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, realizado entre 21 e 24 de julho em Ilhéus, superou em quase 70% o público da edição anterior. Durante os quatro dias de evento, 50 mil pessoas circularam pelo Centro de Convenções do município, visitando os mais de 60 estandes, dentre os quais cerca de 30 de marcas de chocolate de origem.

Em relação ao ano anterior, o volume de negócios gerados pelo Festival aumentou 50%, saltando de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões.

PÚBLICO DE 50 MIL PESSOAS CONSAGRA

FESTIVAL INTERNACIONAL DO CHOCOLATE E CACAU DA BAHIA

Pela segunda vez visitando o evento, a empresária e chocolatier carioca Karla Leal, ressaltou o grande avanço do evento. “Novos palestrantes se juntando a antigos e experientes parceiros; a ampliação do espaço das palestras, proporcionando maior conforto aos visitantes; cursos de grande importância para o mercado do cacau e do chocolate com nomes internacionais são alguns exemplos do amadurecimento que o evento demonstrou esse ano. Do outro lado, é bonito ver o empenho e o trabalho árduo dos produtores e donos de marcas de chocolate para

mostrar ao mundo a qualidade de algo que é feito com tanta paixão e comprometimento dentro do nosso país. Foi muito interessante presenciar o lançamento de novos produtos e ver o tanto que foi feito nesse intervalo entre um festival e outro”, pontua.

Chocólatra, a professora gaúcha Ana Schilling é moradora de Ilhéus e não perde uma edição do evento. “Esse foi o ano em que havia mais opções de chocolates. No entanto, o Festival parece ter crescido tanto que não cabe mais no Centro de Convenções de Ilhéus. Estava bem apertado para conseguir andar pelos corredores, principalmente no salão dos estandes de marcas de chocolate. Dava pra ver que o local estava cheio desde a Avenida

Soares Lopes, pela quantidade de carros estacionados, em comparação aos anos anteriores. Claro que isso é ótimo para a cidade”, comenta.

Além do público visitante, os expositores também ficaram bastante satisfeitos com o resultado do evento. “Foi fantástico! Fizemos muitos contatos importantes e as vendas triplicaram em relação ao ano anterior”, garante o empresário e chocolatier Henrique Almeida, dono da marca Fazenda Sagarana.

Já a bióloga Ana Paula Uetanabaro,

participou do Festival pela primeira vez como empresária, dona do Meu Querido Spa, inaugurado este ano em Ilhéus. “Em 2015 fui como palestrante e este ano entrei como expositora. Claro que os resultados devo colher nos próximos meses, mas asseguro que o estande no Festival do Chocolate deu muita visibilidade ao meu negócio”, revela.

Produtor de cacau e chocolate e dono da Fazenda Yrerê, destino turístico comum de quem visita Ilhéus, Gerson Marques avalia como um dos principais saldos positivos do Festival, a formação de uma cultura de chocolataria na comunidade regional. “Isto é fundamental para a consolidação de uma estratégia de desenvolvimento sustentável desta indústria. Nosso objetivo agora é nos tornamos uma referência internacional na produção de chocolates de alta qualidade, com sabores intensos e muito valor agregado, sem modéstia, os melhores do mundo. Estamos todos de parabéns, chocolateiros, instituições, pesquisadores, cacauicultores, governantes e empresários, em especial Marco Lessa pela capacidade organizacional, persistência e visão de futuro”, elogia.

Evento movimentou R$ 15 milhões em negócios

envolvendo gastronomia, turismo e cacauicultura.

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6

O 8° Festival Internacional do Chocolate e Cacau contou com vasta programação envolvendo workshops gratuitos de receitas à base de chocolate com renomados chefs do país. Entre eles, destaque para Lucas Corazza, aclamado confeiteiro e jurado do reality show Que Seja Doce, do canal GNT, e Abner Ivan, finalista da Copa Mundial de Pâtisserie, a ser realizada em 2017, na França. O evento agregou ainda espaço de recreação e minicursos de confeitaria para

crianças; exposição de bolos confeitados e esculturas de chocolate; passeios por fazendas de cacau e fábricas de chocolate;

rodadas de negócios; palestras e debates com especialistas sobre o tema, além de atrações culturais nacionais. Um show do cantor Djavan marcou a abertura do evento, na noite do dia 21 de julho.

Oficinas Tecnológicas sobre produção de chocolate a partir da amêndoa do cacau foram promovidas gratuitamente

pelo Instituto Federal, através do sistema Rede e-Tec. As atividades eram destinadas principalmente à capacitação de representantes de associações, cooperativas, estudantes, produtores e profissionais da área. Uma das grandes atrações desta oitava edição do evento foi o curso intensivo de avaliação de cacau e chocolate fino ministrado pela antropóloga norte-americana doutora Carla Martin, professora

da Universidade de Harvard, e pelo chocolatier também norte- americano Colin Gasko. “O curso valeu muito a pena para mim como empresária. O conteúdo foi muito bom. A parte sobre o chocolate superou todas as expectativas. A abordagem sensorial foi excelente, nunca vi nada parecido”, comenta Cecília Costa, expositora no evento e sócia da marca de chocolates Amado Cacau.

ACONTECIMENTOS

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Outra novidade foi o primeiro concurso de chocolate de origem do Brasil. Promovido por uma das maiores autoridades do mundo em degustação de chocolates, a consultora francesa Chloé Doutre-Roussel, autora do livro The Chocolate Connoisseur, veio ao Brasil especialmente para proferir palestras durante o Festival e também para a realização do concurso. “O Festival Internacional de Cacau e Chocolate da Bahia está mais bem sucedido a cada ano que

passa – mais produtores de cacau e marcas de chocolate participam e a qualidade continua a evoluir.

Em meio a este crescimento, nós lançamos esse concurso para todos, profissionais e consumidores, com categorias específicas desenhadas para educar, nos vários modelos de produção de chocolate existentes, e também para permitir que as marcas se posicionem bem no contexto nacional e internacional do mercado de chocolate”, aponta Chloé.

Na categoria Barras de Chocolate Puro (sem ingredientes além do cacau, açúcar e manteiga de cacau), a marca Countle, de Curitiba (PR), ficou em primeiro lugar com o Intenso Fazenda Santo Onofre 74% Cacau, feito com amêndoas de cacau selecionado da Amazônia. Levou o prêmio de melhor na categoria Barras de Chocolate Puro (contendo apenas os ingredientes permitidos na primeira categoria e com adição de baunilha e/ou lecitina de soja) o Chocolate Fino Intenso 56% Cacau, da NAYAH Sabores da Amazônia.

O Festival Internacional do Chocolate e Cacau é uma iniciativa da Associação de Turismo de Ilhéus (Atil) em parceria com o Governo do Estado da Bahia através das secretarias de Turismo, de Desenvolvimento Rural e de

Agricultura, Prefeitura Municipal de Ilhéus, SENAR, Instituto Arapyaú, Sebrae, Bahiagás, FIEB, Instituto Biofábrica de Cacau, Costa do Cacau Convention Bureau, Sindicato Rural de Camacan, entre outros. O ex- secretário estadual do Turismo, Nelson Pellegrino, celebrou a oitava edição do evento e visitou a exposição. “Ilhéus mais uma vez se tornou a capital internacional do chocolate e cacau. A oitava edição do Festival voltou os olhos do mundo para a cidade e a região que, outrora imortalizada pela obra de Jorge Amado, agora produz o melhor chocolate do Brasil e um dos melhores do mundo. Foram quatro dias de celebração das melhores amêndoas de cacau e muitas opções do que fazer com o mais saboroso chocolate”, resume.

NOVIDADES

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Durante o VII Festival Internacional do Chocolate e Cacau, o vice- governador da Bahia, João

Leão, diretor-presidente da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial da Bahia (Sudic), Jairo Vaz e o prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, assinaram termos de cooperação técnica que favorecem a produção e indústria cacaueira no município. Um dos termos permitiu a reserva de uma área de cerca de 12 mil², localizada no

distrito industrial de Ilhéus, para instalação da fábrica de chocolates finos da Associação de Produtores de Cacau (APC Cooperativa). O terreno é de propriedade da Sudic.

A unidade processadora deve beneficiar cerca de 250 pequenos produtores da região, de acordo com o superintendente do órgão, Jairo Vaz.

Para o vice-governador da Bahia, João Leão, a reserva do terreno para instalação da fábrica de cacau representa o encurtamento

do processo de fabricação desse produto. Ele enfatizou que, hoje, para se ter chocolate fino na região, os produtores da APC, por exemplo, precisam terceirizar a produção em Salvador. “Agora, vamos diminuir esse caminho, cedendo o terreno e também abrindo as portas para um possível financiamento para da instalação dessa fábrica”, garantiu Leão.

O outro termo de cooperação assinado promete requalificar o polo industrial para viabilizar a instalação de indústrias de processamento de cacau e produção de chocolate.

“Neste sentido, o estado e o município também estão

concentrando esforços para prospectar novos investimentos em outros segmentos da indústria. Ilhéus possui condições logísticas favoráveis e nós estamos empenhados em consolidar o distrito como polo industrial da região Sul”, destacou.

Para o organizador do Festival, Marco Lessa, a requalificação do distrito é fundamental para alavancar novos negócios para a região. “Com esta promoção da cadeia produtiva do cacau e a construção de políticas de atração de investimentos teremos novas empresas interessadas em instalar unidades aqui”, assegurou.

DESENVOLVIMENTO

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FRASES DE DESTAQUE

“Nosso objetivo agora é nos tornarmos uma referência internacional

na produção de chocolates de alta qualidade, com sabores intensos e muito valor agregado, sem modéstia, os melhores do mundo”.

Gerson Marques,

produtor de cacau e chocolate, dono da Fazenda Yrerê

Ilhéus mais uma vez se tornou a capital internacional do chocolate e cacau.

A oitava edição do Festival voltou os olhos do mundo para a cidade e a região que, outrora imortalizada pela obra de Jorge Amado, agora produz o melhor chocolate do Brasil e um dos melhores do mundo”.

Nelson Pellegrino,

ex-secretário estadual de Turismo

“O Festival Internacional de Cacau e Chocolate da Bahia está mais bem sucedido a cada ano que passa – mais produtores de cacau e marcas de chocolate participam e a qualidade continua a evoluir”.

Chloé Doutre-Roussel, consultora francesa especialista em chocolate

“É bonito ver o empenho e o trabalho árduo dos produtores e donos de marcas de chocolate para

mostrar ao mundo a qualidade de algo que é feito com tanta paixão e comprometimento dentro do nosso país”.

Karla Leal,

empresária e chocolatier carioca

“Foi fantástico! Fizemos muitos contatos

importantes e as vendas triplicaram em relação ao ano anterior”.

Henrique Almeida,

produtor de cacau e chocolate, dono da marca Fazenda Sagarana

“O Festival parece ter crescido tanto que não cabe mais no Centro de Convenções de Ilhéus.

Estava bem apertado para conseguir andar pelos corredores, principalmente no salão dos estandes de marcas de chocolate. Dava pra ver que o local estava cheio desde a Avenida Soares Lopes, pela quantidade de carros estacionados, em comparação aos anos anteriores. Claro que isso é ótimo para a cidade”!

Ana Schilling,

professora universitária e chocólatra

“Devo colher nos próximos meses, mas asseguro que o estande no Festival do Chocolate deu muita

visibilidade ao meu negócio”.

Ana Paula Uetanabaro,

bióloga e dona do Meu Querido Spa

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ABERTURA

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SHOW DE ABERTURA

DJAVAN

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FEIRA DO CHOCOLATE

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FEIRA DO CHOCOLATE

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FEIRA DO CHOCOLATE

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FEIRA DO CHOCOLATE

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FEIRA DO CHOCOLATE

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FEIRA DO CHOCOLATE

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PLANTA

32 31

49 50 51 52 53

33 34 35 36

45 46 47 48

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37 40 42 43

41 44 55

56 57 59 60 61 62 58

11 12 13 14

1

2 71 4 5

X 7

10 72 17

18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28 9

6 6 8

15 16

COORDENAÇÃO SECRETARIA IMPRENSA

INTERNO

EXTERNO

PALCO

APOIO MVU

VERDE ÁREA

COZINHA SHOW

ATELIÊ DO CHOCOLATE

54

73 74 75

STANDS

CHOCOLATE CASEIRO CHOCOLATE CASEIRO BAHIA CACAU AMMA MODAKA MENDOÁ MENDOÁ MENDOÁ MENDOÁ MENDOÁ CHOR CHOR COSTA NEGRO REPÚBLICA CACAU SABORES DO CACAU CHÃO DE CACAU

MALTEZ AMADO CACAU SAGARANA ACARÁ DECAHI BRAITT SAN JUAN MESTIÇO CHOCOLATES JUPARÁ

DEL ORO COUNTLE COUNTLE CACAUATI LANCHONETE LANCHONETE BIOFÁBRICA BIOFÁBRICA

GOV. BAHIA GOV. BAHIA GOV. BAHIA GOV. BAHIA CEPLAC CEPLAC CEPLAC CEPLAC SEDAP MEU SPA ICB ICB ICB AeB - ICB SENAR LATAM GOV. CACAU

ATIL DETOX30 UNOPOAR THIAGO BOLOS D’CHEFS CORES DA TERRA CORES DA TERRA VONIN VONIN CHOCOFRUTAS CHOCOFRUTAS TENDINHA SABOR ATITOCOU DAMATA JEQUITIBA BOMBOM GELADOS CHOC. PREMIUM COOFASULBA SEBRAE 1

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 17

18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 71 72 73 74 75 76

ESCADA

E-TEC BRASIL

BOLOS 76

RESTAURANTE ECONOMIA CRIATIVA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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FEIRA ECONOMIA CRIATIVA

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IV FORUM BRASILEIRO DO CACAU E CHOCOLATE

PAINEL I

INOVAÇÃO NA LAVOURA CACAUEIRA

PAINEL II

FAZ. SANT’ANA:

UM MODELO DE PRODUÇÃO ASSOCIADA AO TURISMO

DR. ÂNGELO

CALMON DR. EDGAR

MORBECK

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IV FORUM BRASILEIRO DO CACAU E CHOCOLATE

CRISTIANO DE

SOUZA SANT’ANA GERSON

MARQUES CRISTIANO

VILLELA DIAS DRª. ANA PAULA

TROVATTI

PAINEL III: NOVAS OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO PARA A CADEIA DO CACAU

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IV FORUM BRASILEIRO DO CACAU E CHOCOLATE

FAEB GUILHERME CALMON GOV. BAHIA

JEANDRO RIBEIRO INST. BIOFÁBRICA

LANNS ALMEIDA CEPLAC

ANTÔNIO ZUGAIB

PAINEL IV: CACAU: DIFICULDADES E OPORTUNIDADES

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CHOCODAY

PALESTRAS E PAINÉIS COM ESPECIALISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO CHOCOLATE

CHEF LUISA ABRAM CHEF

ABNER IVAN CHLOÉ

DOUTRE-ROUSSEL / FRANÇA

CHEF LUCAS CORAZZA

O BRASIL DESCOBRE O CHOCOLATE DE ORIGEM O QUE É UM CHOCOLATE DE VERDADE

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CHOCODAY

PALESTRAS E PAINÉIS COM ESPECIALISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO CHOCOLATE

MARIA FERNANDA

VENEZUELA

CARLA D. MARTIN

EUA

COLIN GASKO

EUA

A VENEZUELA, O CACAU E O CHOCOLATE

MERCADO DO CACAU E CHOCOLATE FINO:

TAMANHO E O QUE É IMPORTANTE

ROGUE CHOCOLATIER–

O QUE UM CHOCOLATIER

BUSCA NO CACAU

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COZINHA SHOW

UM ESPAÇO ESPECIAL PARA APRENDER NA PRÁTICA AS RECEITAS DOS MELHORES CHEFS DO BRASIL

CHEF ABNER IVAN

CHEF ANDRÉ BISPO

CHEF LUCAS CORAZZA

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COZINHA SHOW

UM ESPAÇO ESPECIAL PARA APRENDER NA PRÁTICA AS RECEITAS DOS MELHORES CHEFS DO BRASIL

CHEF PAULINHO MARTINS

CHEF OLÍVIA FERNANDES

INSTRUTORA

CIDA MENDES

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EXPOSIÇÃO DE BOLOS

OS MAIS BELOS BOLOS DECORADOS POR PROFISSIONAIS DA REGIÃO

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CURSO INTENSIVO DE AVALIAÇÃO DE CACAU E CHOCOLATE FINO

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ATELIÊ DO CHOCOLATE

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PALCO CACAU

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COZINHA KIDS

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OFICINAS TECNOLÓGICAS

INCLUSÃO DIGITAL

REDE E-TEC

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CACAU RUNNING

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EXPOSIÇÃO DE ARTES

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TV ARATU/SBT: Matheus Boa Sorte SITE ALÔ ALÔ BAHIA: Marcelo Fontes

JORNAL A TARDE/REVISTA MUITO: Ronaldo Jacobina JORNAL CORREIO* (BAHIA): Victor Villarpando PORTAL R7: Andrea Miramontes

REVISTA VIP: Marjorie Masson PORTAL METRÓPOLES: Kelly Almeida REVISTA GLOBO RURAL: Carla Aranha

DROPS MAGAZINE/ REVISTA AVIANCA: Rozze Angel REVISTA PAÍS ECONÔMICO (PORTUGAL): Jorge Alegria REVISTA GULA: Pedro Landim

CANAL RURAL ONLINE: Caroline Kleinubing CANAL RURAL TV: Manaíra Lacerda REVISTA VIAJE MAIS: Tales Azzi SITE PANROTAS: Iuri Barreto UOL VIAGENS: Denise de Almeida

JORNAL O POVO (CEARÁ): Aldamir Amaral REVISTA MENU: Cintia Oliveira

REVISTA CHOC: Lailson Santos e Danielle Rodrigues

IMPRENSA

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VISITAS ÀS FAZENDAS

UMA EXPEDIÇÃO ÚNICA CONHECENDO DESDE A PLANTAÇÃO DO CACAU, SUA COLHEITA E TODO O PROCESSO ATÉ VIRAR CHOCOLATE

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AUTORIDADES

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SINALIZAÇÃO

ENTRADA PRINCIPAL

PORTAL AVENIDA

ACESSO EXTERNO

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SINALIZAÇÃO

HALL DE ACESSO

ENTRADA EXTERNA

PALESTRAS

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SINALIZAÇÃO

PLACAS SALAS

PLACA EXTERNAS

COZINHA KIDS

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MÍDIA EXTERNA

ESTEIRA AEROPORTO FACHADA BATACLAN

OUTDOOR DIGITAL

SHOPPING JEQUITIBÁ

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MÍDIA MATÉRIAS VEICULADAS

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MÍDIA MATÉRIAS VEICULADAS

Agosto 2016 | PAÍS €CONÓMICO › 1

Mercado Imobiliário bem avaliado

Jorge Ferreira Mendes e Jorge Pedro Ferreira Mendes, administradores da Mencovaz, líder da avaliação imobiliária em Portugal, com sede no Tagusparque, avaliam como positiva as alterações na lei que regula a atividade do setor e defendem que a avaliação imobiliária está no presente mais avançada e qualificada.

Nº 167 › Mensal › Agosto 2016 › 2.20# (IVA incluído)

Henrique Guerreiro

Administrador da Smile Bath

Marco Lessa

Diretor do Festival de Chocolate da Bahia

Agostinho Moreira

Presidente da Jetclass

REPÚBLICA DOMINICANA QUER DINAMIZAR RELAÇÕES COM PORTUGAL

Agosto 2016 | PAÍS €CONÓMICO › 9

8 › PAÍS €CONÓMICO | Agosto 2016

› GRANDE PLANO Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia

Chocolate de origem à conquista do Mundo

A cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, acolheu entre os dias 21 e 24 de julho a oitava edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia. Idealizado por Marco Lessa, o festival recebeu mais de 50 mil visitantes que aproveitaram para degustar e comprar o novo chocolate de origem que emergiu nos últimos anos com o impulsionar de um novo ciclo da indústria cacauzeira daquela região do sul do estado brasileiro da Bahia. Contando com a presença de várias autoridades estaduais e municipais durante os quatro dias do evento, o festival constituiu a consagração do cacau enquanto produto agrícola que traz riqueza e renda à região, e mostrou que o chocolate da Bahia já estará entre os melhores do mundo, pela sua qualidade, originalidade e singularidade. As mais de 30 marcas de chocolate produzidas na região e que estiveram expostas no certame realizado no Centro de Convenções de Ilhéus, são uma amostra significativa e exemplar do novo tempo que a indústria chocolateira atravessa e que se prepara para conquistar o Brasil e os mercados internacionais onde vai apostar em força, incluindo Portugal.

TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › CEDIDAS PELO FESTIVAL DO CHOCOLATE DA BAHIA

D

epois de uma década de 90 do século passado vivido com as dificuldades inerentes à chegada da “Vassoura da Bruxa”, a praga que assolou, e ainda assola, embora já devidamente controlada, as plantações de cacau de toda a região do sul da Bahia, cujo maior símbolo é a cidade de Ilhéus, imorta- lizada em vários romances de Jorge Amado, as fazendas do cacau emergiram novamente nos últimos anos, com o apuramento da qualidade das suas produções, vista cada vez menos como uma commoditie, e mais como um elemento que deve chegar ao mer- cado valorizado.

Desde há oito anos que o empresário Marco Lessa resolveu avan- çar com o projeto de realizar um festival dedicado ao chocolate e ao cacau. E se bem o idealizou, melhor o concretizou. Nasceu em 2009 o Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, na certeza de que essas almas gémeas que são o cacau produzido na terra e o chocolate como seu sucedâneo, precisavam de um novo tempo para se afirmarem no Brasil e no Mundo, tanto no que respeita ao apuramento da qualidade na produção originária do cacau, bem como no novo impulso à produção do chocolate de origem que na região possui condições ímpares para se transfor- mar num dos melhores produtos que os consumidores poderão encontrar à escala planetária.

Na oitava edição do festival que ocorreu em Ilhéus, e no qual a País Económico foi o único órgão de comunicação social interna- cional convidado, mais de 30 marcas de chocolate do sul da Bahia

mostraram as suas qualidades e sujeitaram-se às degustações, mas também às apreciações positivas ou menos positivas das mais de 50 mil pessoas que passaram nos quatro dias do certame pelo Centro de Convenções de Ilhéus.

Especialistas internacionais avalizam chocolate de origem baiano Pelo festival passaram vários especialistas na confeção de chocola- te, destacando-se naturalmente Lucas Corazza, o aclamado confei- teiro que participa como jurado no programa Que Seja Doce, do canal televisivo GNT, ou ainda do chocolateiro norte-americano Colin Gasko, que possui uma fábrica de chocolate artesanal no Massachusetts, e que já recebeu vários prémios nos EUA. Igual- mente, um forte destaque para a presença da consultora francesa Chloé Doutre-Roussel, que proferiu uma palestra e promoveu o primeiro concurso de chocolate de origem da Bahia. Ainda a este respeito, merece especial relevância o concurso denominado “Ca- cau de Excelência”, promovido pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e que foi especialmente voltado para os produtores, tendo por objetivo fomentar a produção de cacau de elevada qualidade.

Para o leitor compreender melhor a importância do festival de chocolate e cacau da Bahia, é importante lembrar que assim como no vinho, azeite e café, por exemplo, o lugar de origem do cacau tem características que se revelam no produto final. O chocolate Autoridades estaduais, municipais e da organização do Festival do Chocolate da Bahia.

Agosto 2016 | PAÍS €CONÓMICO › 11

10 › PAÍS €CONÓMICO | Agosto 2016

› GRANDE PLANO

de origem precisa ser feito com frutos da mesma região, culti- vados sob rígidas normas de manejo e beneficiamento. A maior parte do chocolate produzido na Bahia é feito com alto teor de cacau, chegando em alguns casos, aos 88% de cacau numa barra de chocolate, a partir de amêndoas seleciondas e livre de conser- vantes, sabores sintéticos e aromatizantes.

Deste modo, a colheita, seleção, higienização, fermentação, seca- gem, análises físico-químicas, microbiológicas e de degustação, compõem o ciclo realizado em cerca de 20 dias para a obtenção de amêndoas de cacau fino nas fazendas do sul da Bahia. Aliás, a

já referida consultora francesa Chloé Doutre-Roussel sublinhou que «há algum tempo produtores da Bahia estão fazendo um tra- balho de qualidade na manutenção da fazenda, na secagem e no tostado, e conseguindo um cacau de boa qualidade».

Novo ciclo virtuoso do cacau ao chocolate A partir deste ciclo virtuoso na terra e depois no tratamento e manuseamento do produto extraído do cacau (amêndoa), várias fazendas da região, assim como outros empreendedores - embora não produtores de cacau - decidiram empreender o passo seguin-

te, que consistiu na produção de chocolate de origem. «No início eramos poucos», lembra Marco Lessa, que além de responsável pelo Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, é tam- bém um produtor de chocolate com a marca ChOr, embora não seja produtor de cacau. «Realizámos parcerias com produtores que produzem amêndoas de qualidade excepcional para produ- zirmos as nossas próprias marcas. Existem fazendas que produ- zem cacau e depois evoluiram para a produção das suas próprias marcas de chocolate, e outros empresários, como aconteceu comi- go, que embora não possuindo produção de cacau, nos aliámos a produtores de qualidade para depois podermos produzir um chocolate singular e que leva este produto extremamente apurado não apenas a todo o território baiano, como a todo o Brasil, e vá- rios de nós já estamos também a entrar no mercado internacional, incluindo em Portugal, país que tem condições para elevar o seu nível de consumo Per Capita de chocolate e que poderá igualmen- te constituir no futuro uma plataforma para a produção de cho- colate a partir do cacau de qualidade que produzimos atualmente na Bahia», salientou Marco Lessa.

Muitas das cerca de 40 marcas produtoras de chocolate do sul da Bahia estiveram presentes no certame ocorrido em Ilhéus. Não querendo ser exaustivo, marcas como a Amma, Amado Cacau, ChOr - Chocolate de Origem, Mendoá, Amado Cacau, Fazenda Sagarana, Maltez, Costa Negro, Chocolate Caseiro de Ilhéus, entre

vários outros, destacaram-se pela grande qualidade apresentada e pelas referências muito positivas da generalidade dos muitos apreciadores de chocolate que passaram pelo grande salão de eventos junto à orla marítima de Ilhéus.

Aliás, a evolução da criação e presença das marcas de chocolate durante as várias edições do festival é demonstrativo do cresci- mento do setor. Marco Lessa, dá-nos mais uma vez o seu teste- munho e visão privilegiada enquanto fundador e organizador:

«quando começámos o projeto, em 2009, havia apenas uma mar- ca: o Chocolate Caseiro de Ilhéus.

No segundo ano tínhamos três marcas de chocolate, no terceiro mais seis, depois mais13... E hoje são mais de 40 iniciativas cora- josas que fazem chocolate com alto teor de cacau, chocolate de origem no Sul da Bahia. O chocolate definitivamente não estava na pauta do produto de origem, mas hoje temos marcas regionais nas melhores casas de São Paulo, em Portugal e na França. Quem diria que estaríamos em lojas de Paris fornecendo cacau, nibs e chocolate?», remata Marco Lessa, num misto de admiração, or- gulho e prazer por ver reconhecida a sua aposta, não apenas do ponto de vista pessoal, mas, antes, para ajudar a promover toda uma cultura, uma economia e uma sociedade que precisava de se reinventar e de procurar um novo lugar no mundo do cacau e do chocolate. A partir do Sul da Bahia, o sonho concretizado foi possível e é já uma realidade. ‹ Indicação de Procedência –

Região Sul da Bahia

O

Certificado de Procedência é um património dos pro- dutores, que além de comprovar a origem e a qualida- de do produto, leva confiança ao consumidor, criando valor e reputação diferenciados no seleto mercado dos produ- tos de origem controlada.

A Associação Cacau Sul Bahia é a entidade responsável por fazer a ponte entre os produtores organizados, as instituições e o mercado, promovendo produtos, levando capacitação ao campo, controlando os critérios de qualidade e vaibilizando programas para agregar valor à região através dos seus inúme- ros atrativos naturais, culturais e gastronómicos.

Para o efeito, poderá ser atribuídas a Indicação de Procedência - IP (nome geográfico de um país, cidade, região ou localidade do seu território), Indicação Geográfica - IG (forma de proteger e assegurar origem de um produto elaborado em uma deter- minada região) e Denominação de Origem - DO (caraterizado pelo nome geográfico de um país, cidade, região ou localidade do seu território).

A Região Sul da Bahia é uma Indicação de Procedência, re- conhecida historicamente como produtora de cacau de alta qualidade. ‹

Jornalistas que fizeram a cobertura do Festival do Chocolate da Bahia.

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› GRANDE PLANO Marcas de chocolate do Sul Bahia inovam e expandem-se

40 marcas partem à conquista do mercado global

Mendoá Criada em 2013, em Ilhéus (Bahia), a Men- doá é considerado por muitos a principal marca de chocolate tropical Premium no Brasil, com elevado percentual de cacau.

Reconhecida no mercado nacional e euro- peu, a empresa conta a partir da Fazenda Riachuelo, localizada em plena Floresta Atlântica brasileira, com uma infraestru- tura de vanguarda, composta por equi- pamentos de ponta e processos com alta eficiência, além de que toda a cadeia de

produção ser realizada na própria pro- priedade, eliminando a influência de in- tempéries do transporte e manuseio das amêndoas mantendo a sua qualidade e integridade.

Protagonizada pela estratégia dos dois sócios, o empresário Leandro Almeida e o especialista em amêndoas de cacau fino, Raimundo Mororó, a Mendoá começou por produzir um chocolate de alta quali- dade para atender ao mercado local. Mas, entretanto, ambos decidiram mudar a estratégia e a empresa adotou um novo

posicionamento no mercado, sendo atual- mente a única marca brasileira que parti- cipa com stand próprio no Salon du Cho- colat de Paris. Segundo Leando Almeida,

«a novidade deste é que o nosso cacau foi o produto brasileiro selecionado para concorrer ao Prémio Cacau de Excelência, no Salon. Estamos entre os 50 finalistas mundiais», salienta o empresário baiano.

No Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, que decorreu em Ilhéus, a Mendoá apresentou como grande novida- de a Linha Brasilis, assente em bom- bons com recheios bem regionais, feitos à base de ta- pioca com coco, ca- puaçu, maracujá e paçoca. «Não temos dúvidas de que o Brasil já faz o me- lhor chocolate tro- pical do mundo», sublinha Leandro Almeida.

A Mendoá possui pontos de venda em 16 estados bra- sileiros, destacando as as cidades de São Paulo, Salvador, Brasília, Curitiba, São Luís e em Santa Catarina. Segundo informou Júlio César Magalhães, gestor de marketing que representa a Mendoá, a marca pretende estar brevemente em Portugal, de onde já recebeu contatos a manifestar um forte interesse em ver os chocolates da marca na terra de Pedro Ál- vares Cabral.

ChOr - Chocolate de Origem A ChOr - Chocolate de Origem foi criada por Marco e Luana Lessa, sócios da em- presa originária de Ilhéus. Desde 2013

que a marca produz um chocolate a partir de amêndoas rigorosamente seleciona- das de cacau fino oriundo de produtores locais. Com uma loja mesmo junto ao famoso Bar Vesúvio, imortalizado pelo ro- mance Gabriela Cravo e Canela, da autoria de Jorge Amado, além de pontos de venda nos aeroportos de Ilhéus e de Salvador, a marca ChOr apresenta-se ao mercado com uma triologia chocolateira de alta qualida- de. O Terra de Santa Cruz, intenso com 70% de cacau, representa no desenho da sua capa o descobrimento e a terra fértil da Bahia. O ao leite São Jorge dos Ilhéus,

retrata a procedência da marca e tam- bém a descoberta do cacau como “fruto de ouro”, como era chamado no ápice do ciclo da cacaucicultura no sul do estado.

Já o chocolate Bahia de Todos os Santosm traduz a intensidade da cultura baiana em sabor, com altíssimo teor de cacau, 88%.

Como sublinha Luana Lessa, « quanta mais alta a percentagem do chocolate, me- nos açúcar leva a receita e mais saudável o produto será».

Casada com Marco Lessa, Luana Lessa é neta de produtor de cacau. Como funda- dora da ChOr - Chocolate de Origem, a empresária e chocolatier pontua que «a origem vem do lugar, pois é um privilégio podermos produzir nosso chocolate na mesma terra de onde tiramos a matéria- -prima. Mas também criarmos o conceito de origem por ser original e verdadeiro.

Fazemos chocolate de verdade na terra do cacau», conclui.

Avatim Durante o 8º Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, a Avatim apresentou os seus novos sabonetes em barra com aroma de chocolate, sob a de- nominação de Cacao Brasilis. A Avatim procurou amêndoas selecionadas do mais fino cacau produzido na sua própria ter- ra, Ilhéus, para elaborar estes sabonetes

tão especiais. O kit com três sabonetes em barra proporciona sensações que re- metem ao prazer do chocolate em três diferenciados aromas: ao leite, amargo e branco.

Pioneira no mercado de aromatização de ambientes, a Avatim combina suas essên- cias exclusivas com um grande leque de produtos para cuidados pessoais e com a casa voltados para o bem-estar. Com fá- brica em Ilhéus há 14 anos a empresa de cosméticos e higiéne pessoal busca inspi- ração na natureza, sobretudo nos aromas da Mata Atlântica, para desenvolver mais de 380 produtos do seu portfólio. No pre- sente, a Avatim tem mais de 60 lojas em 17 estados brasileiros e mil revendedores porta a porta e distribuidores em todo o país.

Fazenda Yrerê - Turismo Rural Combinação perfeita do cacau com o turismo na natureza

Em plena rodovia Ilhéus-Itabuna, a apenas 11 quilómetros de Ilhéus, encontra-se a Fa- zenda Yrerê, propriedade de Gerson Marques, uma típica propriedade produtora de ca- cau do sul da Bahia, mas que decidiu há pouco tempo inovar e aderir ao turismo rural, justamente no aproveitamento do potencial agrícola cacaueira do lugar, acrescentando a possibilidade para o visitante poder degustar as próprias amêndoas frescas extraídas diretamente do cacau, ou depois já na casa que recebe todos os que demandam a Yrerê poderem apreciar o mais fino chocolate produzido em toda a região.

Gerson Marques foi o anfitrião que conduziu os jornalistas presentes em Ilhéus para fazer a cobertura do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia à sua pro- priedade, onde numa trilha muito bem cuidada explicou paulatinamente o processo de plantação, crescimento e recolha do cacau produzido nesta exuberante terra sob a Mata Atlântica, predominante nesta zona do estado da Bahia.

Depois, já na residência que recebe e pode hospedar os visitantes, que são cada vez mais, sublinha, o empresário mostra as acomodações e aponta para a decoração típica de uma fazenda desta região, onde se poderá sentir o espírito e o ambiente local com o conforto da vida moderna. Em volta da casa adaptada para o turismo rural, Gerson Marques subli- nha que os turistas poderão visitar várias áreas da Fazenda Yrerê, incluindo a já referida trilha bem como um orquidário com centenas de flores.

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14 › PAÍS €CONÓMICO | Agosto 2016

› GRANDE PLANO

Claudiana Figueiredo, Gerente Regional Ilhéus do Sebrae-BA

Contribuimos para a melhoria do cacau e do chocolate do sul da Bahia

Os últimos anos foram marcados por uma mudança muito significativa na cultura da produção de cacau no sul da Bahia, e por uma aposta na produção de chocolate, circunstância que parecia estar fora do alcance da região. Claudiana Figueiredo, é a Gerente Regional de Ilhéus do Sebrae-Bahia, e em entrevista concedida à País Económico, enunciou as ações que têm sido desenvolvidas pelo organismo que dirige, na sua maioria em parceria com outras instituições e organizações, mas sempre direcionadas para melhorar a intervenção de todos os atores que intervêm no processo de produção de cacau e de chocolate na vasta região da designada Rota do Cacau e do Chocolate. A internacionalização das empresas do setor também tem merecido um apoio significativo do Sebrae-BA, sobretudo a presença no Salão do Chocolate de Paris e no Festival do Chocolate de Óbidos, em Portugal.

TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › CEDIDAS PELO SEBRAE-BA/ILHÉUS

Qual tem sido o papel desempenhado pelo Sebrae no renascer da atividade da produção de cacau no sul da Bahia?

Existem apoios de natureza técnica, de capacitação, de gestão e de ordem fi- nanceira, ao reforço da produção de ca- cau nessa região?

Sim, em parceria com outras instituições a exemplo dos Sindicatos Rurais, FAEB/

SENAR, Instituto Arapyaú na realização de estudos de posicionamento de merca- do, a formação de redes, incluindo o pro- cesso de Indicação de Origem - IG Cacau Sul da Bahia, parceria com a ATIL, Con- vention e Secretarias Municipal de Turis- mo para a formatação da Rota do Cacau e Chocolate com vistas a dinamização do turismo aproveitando-se desses elemen- tos como grande difentecial competitivo da região, o que permitirá aos turistas o conhecimento de todo o processo que en- volve o chocolate, da plantação ao fruto até ao chocolate gourmet, dentre outros.

A instituição Sebrae vem realizando uma série de ações no sentido de ampliar aten-

dimentos que permitam a ampliação da produtividade e a produção de amêndoas de qualidade que permitam agregação de valor, na produção de uma amêndoa de qualidade. Também como fruto de par- cerias com outras instituições tem sido disponibilizadas capacitações de gestão e acesso a novas tecnologias.

A produção de chocolate está a renascer no sul da Bahia. As indústrias de pro- dução de chocolate tem contado com o apoio do Sebrae? De que modo?

Sim, temos um projeto específico para tra- tar da oferta de soluções específicas para o segmento de Cacau e Chocolate, apoian- do em diversas soluções educacionais, focadas na gestão dos negócios, além de inovação e tecnologia e acesso a mercado.

Como é que o desenvolvimento da ativi- dade econômica do cacau e do chocolate está a ter impacto na melhoria de em- prego e de renda dos agricultores e dos industriais envolvidos?

O impacto para os produtores está na ampliação do faturamento considerando que as amêndoas deixam de ser comer- cializadas como commodities e passam a ser comercializadas como chocolate, o que amplia em muito o valor praticado. Na ge- ração de emprego e ampliação de renda já pode se verificar a oferta de empregos mais qualificados, o que redundou na im- plantação de uma escola de chocolate para maior qualificação na oferta de talentos na área, bem como uma pós graduação específica em chocolate.

A internacionalziação dos produtores de chocolate do sul da Bahia também pode- rá ser apoiada pelo Sebrae? Existem pro- gramas concretos para apoiar empresas baianas que pretendam chegar aos mer- cados internacionais? Já apoiaram algu- mas ações em concreto?

Sim. Em parceria com a FIEB temos de- senvolvido ações focadas na internaciona- lização. Dentre as muitas ações já foram viabilizadas participação em Feiras Inter- nacionais, a exemplo da SIAL/Paris e do Saloom de paris, além de ter intermedia- do o contato para a participação no Festi- val de Óbidos, em Portugal. Escola Chocolate

da Floresta

Na orla de Ilhéus, pouco depois da Catedral da cidade imortalizada por Jorge Ama- do em diversos romances, localiza-se o edifício onde funciona desde dezembro de 2015 a Escola Chocolate da Floresta, uma iniciativa do Instituto Cabruca, e que tem por missão principal conciliar a produção agroflorestal de cacau, o combate à pobreza e a conservação da biodiviersidade, minimizando os efeitos das mudanças climáticas.

Segundo Durval Libano, diretor da Escola, «o Instituto Cabruca percebeu a neces- sidade de maior valor agregado ao cacau enquanto alimento, seus valores, cultura, história e importância do mesmo na elaboração de um chocolate de qualidade, identidade, sustentabilidade e origem».

Para o efeito, desde o final do ano passado a Escola Chocolate da Floresta tem desenvolvido cursos para os interessados em aprender a arte de confecionar choco- late a partir da amêndoa que sai dar árvores do cacau que a Mata Atlântica protege de forma exemplar e possivelmente única no mundo como acontece na região sul da Bahia. Lembrando que o Brasil é o terceiro maior consumidor de chocolate do mundo, Durval Libano destaca o «apoio fundamental do Sebrae que garante um contributo muito importante para a sustentabilidade dos cursos que empreen- demos e que transmitimos de forma sustentada às pessoas que passam por esta escola, e depois daqui saem para aplicarem os seus conhecimentos de forma mais profissional nos seus locais de trabalho».

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João Leão, Vice-Governador da Bahia, faz ponto da situação sobre investimento e projetos estruturantes na Bahia

Vamos lançar o edital para a construção da Ponte Salvador-Itaparica

Quatro meses depois de nos ter concedido uma importante entrevista em Lisboa, o Vice-Governador da Bahia, João Leão, recebeu a País Económico no seu gabinete na Secretaria do Planejamento, em Salvador da Bahia. Nesta ocasião, a 25 de julho, o segundo principal responsável do governo da Bahia faz o ponto da situação sobre alguns importantes investimentos estrangeiros na Bahia e fala com intensa paixão de algumas infraestruturas que o Governo do estado pretende realizar, acima de todas a construção da ponte Salvador-Itaparica, na extensão de 12 quilómetros, e que «vai revolucionar todo o desenvolvimento do sul da região metropolitana de Salvador e de todo o sul do estado», enfatiza o Vice-Governador, adiantando que dentro de dois meses deverá lançar o edital para a construção da obra. A respeito do investimento da portuguesa Euroeste para a criação de suínos na Bahia, o governante mostra-se entusiasmado e diz que o projeto está a avançar de forme célere. Menos célere, mas fazendo questão de que possa vir a acontecer, João Leão volta a reafirmar o completo apoio do Governo da Bahia para que várias indústrias têxteis portuguesas, particularmente oriundas da zona de Barcelos, se possam vir a instalar no oeste do estado da Bahia.

TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › ARQUIVO

› GRANDE PLANO

J

oão Leão é Vice-Governador da Bahia, cargo que acumula com o de Secretário do Pla- nejamento no Governo liderado pelo Governador Rui Costa. En- trevistámos o número dois do go- verno baiano há quatro meses em Lisboa, Agora, de passagem por Salvador, a capital do estado, o reporter foi ao encontro do Vice- -Governador para fazer um ponto da situação sobre algumas matérias de interesse empresarial dos dois lados do Atlântico, bem como para receber informação sobre algumas importantes infraestruturas que prometem revolucionar o desenvolvimento económico do principal estado do nordeste brasileiro e que ocupa um espaço territorial superior ao da França.

O investimento agroindustrial da Euroeste na Bahia está em ple- no desenvolvimento assegura João Leão. Aliás, recorda a visita que Pedro Garcia de Matos, administrador da Euroeste fez em maio uma visita à Bahia, onde se deu a concretização do investi- mento na aquisição da Fazenda Saudável, no município da Barra, estando neste momento o projeto (ver caixa nesta página) a ser implementado.

Segundo o governante baiano, numa primeira fase está prevista a produção anual de 100 mil suinos para comercializar internamen- te, e numa segunda fase com o aumento da produção com a ex- portação. Para João Leão, «esta carne será altamente competitiva na Europa, uma vez que os suínos criados na Europa são alimen- tados com rações oriundas do oeste da Bahia. Produzindo aqui, mantém-se a qualidade e diminui-se os custos de produção, logo, aumenta-se a competitividade da carne produzida na Bahia».

Conseguir excelentes produtos agrícolas na Bahia é também o que motivará o empresário português Fernando Tavares Pereira, presidente do Grupo Tavfer, que terá mostrado ao Governo da

bahia o seu interesse em inves- tir numa área agrícola no estado para produzir vinho de elevada qualidade, o que estudos reali- zados por entidades francesas especializadas já demonstraram ser não apenas possível, mas cer- tamente uma certeza, dispondo a região da Chapada Diaman- tina excelentes condições para a produção de uvas e de vinho.

«Espero que esse empresário português venha concretizar esse investimento na Bahia, que é de todo o nosso interesse e daremos naturalmente o necessário apoio à sua viabilização e concretiza- ção», acentua João Leão.

No entanto, não deixando de sublinhar que o Governo da Bahia continuará a dar todo o apoio para que venha a concretizar a ins- talação futura de empresas têxteis portuguesas no oeste da Bahia, zona com forte produção de matérias-primas essenciais a essa indústria, João Leão destaca o seu grande entusiasmo e interesse pela aposta do estado na construção da ponte Salvador-Itaparica,

«infraestrutura que vai revolucionar não apenas o desenvolvi- mente da zona sul da área metropolitana de Salvador, mas fun- damentalmente todo o sul do estado da Bahia. Espero lançar o edital para a construção dessa ponte dentro de dois meses, e devo realçar que já temos interesse de investidores chineses na sua construção. Mas, gostava de ver associados empresas nacionais e internacionais, entre as quais obviamente as portuguesas, até porque não esqueço o seu papel na construção da Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, aliás um infraestrutura que nos serviu de mo- delo para a ponte Salvador-Itaparica», realçou o Vice-Governador da Bahia. Refira-se que o projeto de Impacto Ambiental da ponte Salvador-Itaparica foi desenvolvido pelo consórcio formada pela empresa portuguesa Nemus, e pela empresa baiana N&S. ‹ Euroeste na Bahia

A Euroeste comprou a Fazenda Saudável, no município da Barra, no interior do estado da Bahia. Segundo Pedro Garcia de Matos, administrador da Euroeste, empresa com sede no município português de Rio Maior, numa primeira fase, o pro- jeto abrangerá cerca de 800 hectares regados com pivot e uma zona industrial composta por um secador de cereais e cilos de armazenamento, com capacidade total para 7.500 toneladas.

Com 800 hectares de regadio, duas culturas por ano e atingin- do a produção expectável de 12 toneladas de milho e 4 tonela- das de soja, o potencial de produção anual desta primeira fase será de 9.600 toneladas de milho e 3.200 toneladas de soja.

A segunda fase consiste num projeto de produção de suínos, com uma unidade de 1.400 porcas, de produção integrada de

suínos em ciclo fechado. Nesta fase, o pólo agroindustrial da Fazenda Saudável será aumentado com a criação de linhas de extrusão de soja, de fabrico de fuba e de produção de rações.

A terceira fase implicará a instalação de mais 700 hectares de regadio e a duplicação da capacidade da exploração suinícola, através de uma economia de escala que beneficia da capacida- de instalada do secador, extrusor de soja, fábrica de fufa e fá- brica de rações. Finalmente, a quarta fase do projeto consistirá na implementação de 100 hectares de culturas hortícolas com sistema de rega gota-a-gota, para possibilitar a produção de melão, meloa, tomate, pimento ou beringela. O investimento global durante as quatro fases atingirá os 95 milhões de reais (cerca de 26 milhões de euros). ‹

Agosto 2016 | PAÍS €CONÓMICO › 7

6 › PAÍS €CONÓMICO | Agosto 2016

› GRANDE PLANO

Marco Lessa e Guilherme Moura, empresários da Bahia que preparam um investimento industrial para o fabrico de chocolate em Óbidos

Em Óbidos nascerá um verdadeiro chocolate luso-brasileiro

Os empresários brasileiros Marco Lessa e Guilherme Moura, em parceria com entidades portuguesas, vão avançar com a construção de uma primeira fábrica de chocolate na vila portuguesa de Óbidos. A ideia surgiu em abril deste ano quando ambos estiveram pela primeira vez no Festival do Chocolate de Óbidos. Viram e gostaram do potencial de Óbidos para receber um investimento da nova visão brasileira para produzir chocolate de origem a partir de cacau brasileiro de alta qualidade produzido no Sul da Bahia. Marco Lessa, empresário proprietário das marcas de chocolate ChOr e Chocolate, e Guilherme Moura, igualmente empresário que detém a marca Costanegro, e que é também Vice- Presidente de Desenvolvimento Agropecuário da FAEB e Presidente da Câmara Setorial do Cacau do MAPA (Ministério da Agricultura), explicaram em entrevista exclusiva à País Económica as razões e os fundamentos da aposta em Portugal, que até poderá ter um segundo investimento posterior, de maior dimensão e amplitude comercial.

TEXTO › JORGE ALEGRIA | FOTOGRAFIA › ARQUIVO É do nosso conhecimento que existe um interessa da vossa parte em investir na instalação de uma unidade industrial para a produção de chocolate em na vila de Óbidos (Portugal). Que projeto será esse?

Marco Lessa (ML) - Quando estivemos em abril deste ano no Festival do Chocolate de Óbidos, onde pela primeira vez esteve representado o setor produtivo brasileiro do cacau e do chocolate, manifestámos às auto- ridades e empresários locais, o nosso potencial interesse em poder vir a construir em Óbidos uma unidade indus- trial para a produção de chocolate, natural- mente aproveitando a matéria-prima (cacau) brasileira. Essa unidade de produção de chocola- te, a instalar em Óbidos, poderá também cons- tituir um complemen- to muito interessante para o próprio festival do chocolate de Óbidos, podendo assim mostrar diretamente aos milha- res de pessoas que o

visitam de como se faz o chocolate industrialmente e poderem verificar com os seus próprios olhos a qualidade da matéria-prima e a forma extremamente delicada como é manuseada.

A concretização de uma unidade desse género constituirá, pois, um upgrade para o próprio festival de Óbidos e para a economia local e regional. Pensamos que brevemente poderemos deslocar- -nos novamente a Óbidos para então já apresentar estudos de via- bilidade técnica e económica e discutir de forma mais aprofunda- da as condições objetivas para a concretização de um projeto em que muito acreditamos.

O processo já evoluiu então de uma ideia para algo mais subs- tancial?

ML - Nós já realizámos um conjunto de estudos, incluíndo quanto ao levantamento dos investimentos necessários em equipamen- tos, visitámos na altura da nossa estada em abril alguns edifícios possíveis para a instalação da futura unidade que nos foram apre- sentados pela prefeitura (n.d.r - câmara municipal na tradicão portuguesa) local. Devo aproveitar este momento para realçar o forte interesse e emprenho do Prefeito de Óbidos, Humberto, em criar as melhores condições para que possamos vira a concretizar um investimento que acreditamos ser importante para acrescen- tar valor à indústria do chocolate em Portugal, mas que agregará valor também para o cacau produzido no Brasil e que suportará a produção da fábrica portuguesa.

A matéria-prima (cacau) será pois de origem brasileira, particu- larmente aqui da Bahia?

Guilherme Moura (GM) - Perfeito. A fábrica trabalhará natural- mente com cacau brasileiro de primeira qualidade, como aliás já

mostrámos em abril último quando estivémos em Óbidos, onde apresentámos pela primeira vez o chocolate brasileiro de origem, chocolate produzido na Bahia e no Pará. Esse mesmo conceito de produção de chocolate de origem será levado para Portugal, e a nossa aposta é que os visitantes do festival do chocolate de Óbidos possam também visitar a fábrica e ver com os seus próprios olhos como o produto que estão a consumir é elaborado e produzido.

Acabaram de anunciar a construção de uma nova fábrica de cho- colate aqui em Ilhéus. Será que esta região do Brasil possui capaci- dade de produção de cacau de qualidade suficiente para abastecer esta nova e acrescida procura de matéria-prima de elevada quali- dade para produzir mais chocolate?

GM - As empresas produtoras de cacau, e várias delas também já de chocolate, no Brasil, apostaram na verticalização da sua pro- dução, e estarão certamente em condições de responderem quali- ficadamente à maior procura de cacau de elevada qualidade que o mercado venha a exigir, seja aqui mesmo na Bahia e no Brasil, seja em Portugal ou noutro qualquer lugar. Não tenho dúvidas de que saberemos responder à altura do que o mercado solicitar.

Qual será a estratégia comer- cial da futura fábrica de Óbi- dos? Apostará apenas em pro- duzir para o mercado português ou também quererá exportar para outros países, principal- mente europeus?

ML - Segundo dados que reco- lhemos, Portugal ainda possui

um consumo de chocolate Per Capita muito baixo, pelo que tem todas as condições para aumentar esse consumo interno. Acredito que se a fábrica de Óbidos fizer um bom chocolate e um bom tra- balho de divulgação e promoção, até junto das próprias crianças portuguesas, além de poder acolher durante todo o ano visitas de profissionais do chocolate europeus, então acreditamos que essa unidade poderá ter no mercado português, incluindo durante o próprio festival de Óbidos, um bom desempenho e um retorno muito interessante para a sua produção.

Acreditamos, aliás, que poderemos vir numa segunda fase a evo- luir para a construção de uma segunda unidade produtiva de cho- colate em Portugal, de maior dimensão, que poderá até ser cons- truída noutro local do vosso país que não em Óbidos.

Quando é que a fábrica do chocolate de Óbidos poderá começar a funcionar?

ML - Implementar uma unidade industrial como a que pretende- mos erigir em òbidos não demo- rará muito tempo depois do pro- jeto estar aprovado. Pensamos mesmo que voltaremos a con- versar com as diversas autorida- des e parceiros agora em final de outubro ou início de novembro, dependendo dessa visita acon- tecer antes ou depois da nossa presença no Salon du Chocolat de Paris, para definirmos exata- mente os próximos passos. Mas, acreditamos na possibilidade de até ao final do primeiro semestre de 2017, a fábrica de Óbidos co- meçar a funcionar.

Nova fábrica de chocolate em Ilhéus

A cidade de Ilhéus vai ganhar ainda este ano uma nova uni- dade fabril de produção de chocolate. Anunciada com pompa e circunstância durante o Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia, com a presença do Vice-Governador João Leão, vai ser inaugurada ainda no final deste ano a Indústria de Chocolate da Bahia (ICB), unidade que atenderá a mais de 30 produtores de cacau e chocolate fino da região Sul da Bahia.

A futura unidade está a ser construída no Distrito Industrial de Ilhéus e terá a capacidade para produzir 150 toneladas por ano. O investimento de 3 milhões de reais (cerca de 820 mil euros) será da responsabilidade dos empresários Marco Lessa, dono das marcas ChOr e Chocolat, Henrique Almeida, produ- tor de cacau e proprietário da marca Fazenda Sagarana, e de Alexandre Reis, também produtor de cacau na região.

Todo o chocolate produzido na ICB será feito com amêndoas oriundas da produção baiana de cacau fino e superior. Segun- do Marco Lessa, um dos investidores, «o consumidor tem valo- rizado cada vez mais o chocolate gourmet, feito com alto teor de cacau de boa qualidade, o que tem contribuído para movi- mentar o mercado e fomentar a expansão das marcas». Aliás, atualmente, as 40 marcas de chocolate de origem da região terciariza a produção em fábricas fora da região. Para Henri- que Almeida, outro dos investidores da nova fábrica de Ilhéus,

«agora teremos um sonho realizado, que é a total verticaliza- ção da cadeia do cacau e do chocolate.

Vamos colher o produto do pé, processar a amêndoa e gerar o mais puro e fino chocolate ques e pode ter sem terciarizar nenhuma etapa», concluiu.

Marco Lessa Guilherme Moura

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MÍDIA BANNER ELETRÔNICO

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SITE www.FESTIVALDOCHOCOLATE.com

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FACEBOOK

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INSTAGRAM

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MATERIAL GRÁFICO

FOLDER A3 PRAGUINHAS CADERNO CANETA

BLOCO DE NOTAS

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EQUIPE

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SERVIÇOS

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CLIPPING SITES

REVISTA VIP

http://vip.abril.com.br/blogs/ta-na-mesa/2016/07/29/seu-chocolate-tem-certificado-de-origem/

GLOBO RURAL

http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2016/07/ilheus-devera-receber-primeira-fabrica-de-chocolate-para-produtores-locais-de-ca- cau.html

UOL

http://comidasebebidas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/07/29/de-geleia-a-tempero-salgado-festival-mostra-do-que-o-cacau-e-capaz.htm R7

http://entretenimento.r7.com/viagens/festival-internacional-do-chocolate-agita-ilheus-ba-21072016 G1

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/07/festival-internacional-do-chocolate-e-cacau-acontece-no-sul-da-bahia.html ALÔ ALÔ BAHIA

http://www.aloalobahia.com/tags/carla-martin RÁDIO CBN

http://www.cbnsalvador.com.br/noticias/single-noticias/noticia/iuri-barreto-fala-sobre-o-festival-internacional-do-chocolate-e-cacau-da-bahia/?cHash=e- f798bd0c7652e64f45945e863127697

BAHIA DE VALOR

http://www.bahiadevalor.com.br/2016/07/distrito-industrial-de-ilheus-ganhara-nova-fabrica-de-chocolate/#utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_cam- paign=distrito-industrial-de-ilheus-ganhara-nova-fabrica-de-chocolate

PANROTAS

http://blog.panrotas.com.br/diretodabahia/index.php/2016/07/26/festivaldochocolate-a-pousada-mais-charmosa-do-pontal/

http://blog.panrotas.com.br/diretodabahia/index.php/2016/07/31/festivaldochocolate-o-sitio-do-cacau-amarelo/

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Até 2017!

Referências

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