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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE TRABALHADORES DA INDÚSTRIA TÊXTIL DO RN, A

PARTIR DOS GRUPOS ALIMENTARES DO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA

NOEME VIANA

NATAL/RN 2021

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NOEME VIANA

CLASSIFICAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE TRABALHADORES DA INDÚSTRIA TÊXTIL DO RN, A

PARTIR DOS GRUPOS ALIMENTARES DO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de Nutricionista.

Orientador: Profª Ingrid Wilza Leal Bezerra Co-orientadora: Anissa Melo de Souza

NATAL/RN 2021

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NOEME VIANA

CLASSIFICAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE TRABALHADORES DA INDÚSTRIA TÊXTIL DO RN, A PARTIR DOS GRUPOS ALIMENTARES DO GUIA

ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de

Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof. Dra. Ingrid Wilza Leal Bezerra

__________________________________________________________

Msc. Anissa Melo de Souza

_____________________________________________________________

Prof. Dra. Liana Galvão Bacurau Pinheiro

Natal, 15 de Abril de 2021.

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DEDICATÓRIA

À minha família, especialmente aos meus pais e irmão, que sempre estiveram ao meu lado me apoiando e contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional. Serei eternamente grata à vocês.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por todas as bençãos em minha vida e pela oportunidade de ter cursado Nutrição na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Por ter me dado forças para chegar até aqui com muita sabedoria e dedicação.

Aos meus pais Rita de Cássia e Luiz Carlos Lima, ao meu irmão André Viana e minha avó Noemi Lima, por sempre apoiarem minhas escolhas e decisões, torcendo pelo meu crescimento pessoal e profissional, me fortalecendo com muito amor e união e mostrando que sou capaz de alcançar todos os meus objetivos. Essa conquista também é de vocês.

À minha Orientadora Profa. Dra. Ingrid Bezerra, que me acolheu e orientou tão bem durante o desenvolvimento deste trabalho, contribuindo grandemente para o meu aprendizado e amadurecimento como pessoa e futura profissional Nutricionista.

À minha co-orientadora Anissa Melo, por toda a disponibilidade e ajuda quando precisei, contribuindo para que este trabalho fosse desenvolvido da melhor forma possível. Às mestrandas, Raiane Medeiros, Gabriela Pereira e Karina Torres, por todos os momentos e aprendizados compartilhados durante a pesquisa.

Aos amigos especiais Isabel Muniz e Rodrigo Santos, que a UFRN me presenteou e que levarei para a vida, que juntos enfrentamos e vencemos diversas etapas para chegar até aqui, sempre apoiando e incentivando um ao outro em todos os momentos. Vocês tornaram tudo mais leve e feliz.

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VIANA, N. Classificação do Consumo Alimentar de Trabalhadores da Indústria Têxtil do RN, a Partir dos Grupos Alimentares do Guia Alimentar para a População Brasileira.

Trabalho de Conclusão de Curso [TCC]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021.

RESUMO

O consumo alimentar do brasileiro ainda mantém um perfil tradicional, caracterizado pelo consumo de arroz e feijão, principalmente por indivíduos de baixa renda. O presente estudo teve como objetivo classificar o consumo alimentar dos trabalhadores de indústrias do setor têxtil vinculadas ao PAT, a partir dos grupos alimentares do Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), a fim de identificar a prevalência do consumo de grupos de alimentos, além de descrever o perfil socioeconômico, biodemográfico e antropométrico. Para tanto, foi desenvolvido um estudo descritivo, transversal e retrospectivo, envolvendo 169 trabalhadores de 6 indústrias. A análise dos dados foi realizada no programa Microsoft Excel, utilizando-se medidas de tendência central e dispersão. Os resultados demonstraram maior prevalência de trabalhadores do sexo feminino, com idade entre 40 e 50 anos, casadas, com renda média de 1 salário mínimo e com estado nutricional de sobrepeso, de acordo com a avaliação do IMC. Os grupos alimentares mais consumidos foram café, legumes, feijão, arroz e os grupos dos ingredientes utilizados no preparo de pratos mistos (sal, açúcar, especiarias naturais, óleos e gorduras). Os alimentos que mais contribuíram na ingestão calórica destes trabalhadores foram aqueles dos grupos da carne branca, tubérculos e raízes, carne vermelha e pães. Os grupos que se destacaram por terem as maiores médias de consumo per capita diário foram carne branca, tubérculos e raízes, a combinação “arroz e feijão”, café, suco de frutas e bebidas açucaradas. Conclui-se a partir dos resultados obtidos, que os trabalhadores do estudo ainda mantêm uma dieta à base de alimentos considerados “tradicionais”, apesar disso, observa-se uma prevalência de excesso de peso entre eles. Nesse sentido, faz-se necessário um melhor aprimoramento das ações empregadas pelo PAT, além de um maior aprofundamento nos estudos de caracterização do consumo alimentar, com vistas ao desenvolvimento de ações educativas que impactem positivamente no estado nutricional desta população.

Palavras chave: Consumo de alimentos. Guias alimentares. Saúde do trabalhador.

(8)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 8

2 OBJETIVOS ... 10

2.1. OBJETIVO GERAL ... 10

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 10

3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 11

3.1. CONSUMO ALIMENTAR ... 11

3.2 INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS, BIODEMOGRÁFICAS E ANTROPOMÉTRICAS NO CONSUMO ALIMENTAR.. ... 13

3.2.1. Características Socioeconômicas e Biodemográficas... 13

3.2.2. Características Antropométricas ... 14

3.3. TRABALHADORES DA INDÚSTRIA ... 15

4 METODOLOGIA ... 17

4.1 TIPO DE ESTUDO ... 17

4.2 POPULAÇÃO DO ESTUDO ... 17

4.3 PROCEDIMENTO DO ESTUDO ... 17

4.4 ANÁLISE DOS DADOS ... 18

5 RESULTADOS ... 19

6 DISCUSSÃO ... 24

7 CONCLUSÃO ... 27

REFERÊNCIAS ... 28

(9)

1 INTRODUÇÃO

O consumo alimentar sofreu mudanças significativas nos últimos tempos devido a fatores como a urbanização, globalização, renda e demanda. Com isso, a qualidade e a quantidade dos alimentos disponíveis consumidos desenfreadamente pela população nos dias atuais, se caracterizam em alto valor calórico, que, aliado a outros hábitos de vida, como o sedentarismo, está produzindo uma geração com sobrepeso (MORATOYA, 2013).

Em decorrência desse desequilíbrio, caracterizado pelo aumento do consumo de alimentos de elevada densidade energética, fonte de carboidratos simples e gorduras saturadas, impactos negativos foram ocasionados na saúde da população, como a maior prevalência de sobrepeso e obesidade e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) associadas, destacando-se entre as principais causas de mortalidade e incapacidade de adultos e idosos no Brasil. De acordo com Vigitel (2018), 54% da população adulta brasileira apresentava excesso de peso (IMC ≥ 25kg/m²) e 18,9% obesidade (IMC ≥ 30kg/m²) no ano de 2017 (WHO, 2018;

CEMBRANEL 2017; PAULO et al., 2014; VIGITEL, 2018).

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 – atualizado em 2020 – o consumo alimentar do brasileiro ainda mantém hábitos tradicionais, visto que 24 horas anteriores à entrevista, as maiores frequências de consumo alimentar foram café (78,1%), arroz (76,1%) e feijão (60%), estando mais presentes na mesa das pessoas com renda mais baixa do que na daqueles com renda mais alta. O padrão alimentar mais tradicional, caracterizado pelo consumo de arroz e feijão, além de possuir a vantagem de serem alimentos de baixo custo e acessíveis a todas as classes de renda, exercem o poder de proteção contra o sobrepeso, por se tratar de uma combinação rica nutricionalmente, in natura, de baixa densidade energética e baixo teor de gordura (SICHIERI, 2002; FERREIRA et al., 2018).

Diante desta realidade, faz-se necessária a implantação de estratégias nutricionais, locais e regionais efetivas para redução da morbimortalidade relacionada à má alimentação e sedentarismo, com recomendações adaptadas frente às realidades da população, visando a promoção de melhores hábitos de vida com relação à alimentação e atividade física. O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), tem como objetivo melhorar o estado nutricional dos trabalhadores e promover uma alimentação saudável e balanceada e, as empresas são locais fundamentais para a execução dessas ações, considerando que é um ambiente reconhecido como importante espaço de promoção

(10)

9 à saúde integral dos trabalhadores (BRASIL, 2013; BORJES; LIMA, 2014; HYEDA; COSTA, 2017).

Embora seja reconhecida a importância da caracterização do consumo alimentar dos grupos populacionais, poucos estudos têm apresentado informações sobre o consumo alimentar de trabalhadores, especialmente em se tratando da classificação dos alimentos consumidos. Por isso, o presente estudo se propõe a realizar uma classificação do consumo alimentar de trabalhadores a partir dos grupos alimentares do Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), observando quais são os grupos mais consumidos e que consequências esse consumo pode vir a ter sobre o estado nutricional e a saúde dessa população.

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2 OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Classificar o consumo alimentar de trabalhadores a partir dos grupos alimentares do Guia Alimentar para a População Brasileira.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever o perfil socioeconômico, biodemográfico e antropométrico dos trabalhadores da indústria têxtil do RN;

Identificar os grupos alimentares mais consumidos pelos trabalhadores, bem como sua contribuição calórica e sua média per capita.

(12)

11 3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1. CONSUMO ALIMENTAR

A alimentação e a nutrição desempenham um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento humano e, quando associados a hábitos e estilo de vida mais saudáveis, são capazes de promover e proteger a saúde, viabilizando qualidade de vida e melhor estado nutricional (BRASIL, 2013). Nesse sentido, o consumo alimentar influencia diretamente no estado de saúde a longo prazo de um indivíduo e as escolhas alimentares, por sua vez, envolvem uma complexidade de conflitos, pois abrangem diversas motivações psicossociais (SILVA, 2018).

É sabido que o ato de ingerir alimentos vai além das nossas necessidades fisiológicas e o consumo alimentar não depende apenas da fome e da saciedade. Segundo Poulain e Proença (2003), a alimentação é um fenômeno que envolve crenças e identidades. Os hábitos alimentares são formados por diversos fatores que envolvem uma complexa mistura de influências, determinadas por aspectos fisiológicos, culturais e sociais, fatores cognitivo-afetivos, familiares, genéticos e epigenéticos que interferem na escolha dos alimentos. Fatores que influenciam o consumo alimentar dos indivíduos e grupos devem ser compreendidos para que estratégias de melhoria de hábitos e comportamentos alimentares sejam eficazes (LENG, 2017; SOUZA et al., 2020).

Com o intuito de estimular a criação de refeições baseadas em combinações de alimentos, o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) descreve os principais grupos de alimentos que fazem parte da alimentação brasileira, sendo eles, o grupo dos feijões, cereais, raízes e tubérculos, legumes e verduras, frutas, castanhas e nozes, leite e queijos, carnes e ovos. O consumo desses grupos, quando combinados, além de diversificar as refeições, promovem uma alimentação nutricionalmente balanceada e culturalmente apropriada e sustentável, podendo contribuir positivamente para a saúde.

Entretanto, o perfil do consumo alimentar da população sofreu alterações significativas nas últimas décadas em decorrência das modificações sociais, econômicas e culturais no país e, alguns fatores foram determinantes para esses novos hábitos, tais como o aumento da frequência de se alimentar fora de casa, o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados e a substituição de refeições tradicionais por alimentos que possuem elevado teor energético e que são ricos em gorduras, açúcares e sódio. Esse processo é chamado de transição nutricional e está

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associado ao consumo e disponibilidade de alimentos de baixa qualidade nutricional e maior densidade energética (SOUZA et al., 2013; VALE et al., 2019).

A transição nutricional, portanto, decorrente das transformações no estilo de vida da população, é caracterizada pela modificação do consumo alimentar de tal maneira que alimentos tradicionais e naturais foram substituídos por uma ingestão excessiva de alimentos e bebidas processadas e ultraprocessadas e que, associadas a falta da prática de atividade física, contribuem para o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade. Devido a sua alta e rápida ascensão, a obesidade atualmente é considerada uma epidemia global e é reconhecida como um importante problema de saúde pública (SIMÕES et al., 2018; CUNHA et al., 2018; SANTOS, 2017).

Dados extraídos do Inquérito Nacional de Alimentação sobre o consumo alimentar da população brasileira constatam que a dieta básica no país é caracterizada pelo consumo de café, pão de sal, arroz e feijão, além da presença de sucos, refrescos, refrigerantes, e pouco consumo de frutas e hortaliças (SOUZA et al., 2013). Nesse sentido, embora os resultados indiquem que hábitos alimentares tradicionais como arroz e feijão ainda sejam mantidos pelos brasileiros, o consumo bastante frequente de processados e ultraprocessados, pode contribuir para o excesso de peso e obesidade na população, os quais têm sido positivamente associados ao risco para o desenvolvimento de doenças crônicas (BARROSO et al., 2017).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como DCNT as doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, câncer e diabetes mellitus, e são responsáveis por 71% das mortes em todo o mundo, sendo mais de 3/4 desses óbitos em países de baixa e média renda. No Brasil, as doenças crônicas são as principais fontes da carga de doenças. Entre os índices mais altos de mortalidade no ano de 2016, correspondente a 31% de todas as mortes globais, tem-se as doenças respiratórias, o câncer e o diabetes responsáveis por 1,6 milhões de mortes e as doenças cardiovasculares por 17,9 milhões (WHO, 2018; SCHIMIDT et al., 2011; WHO, 2017).

As mortes por DCNT afetam predominantemente países em desenvolvimento, porém, acometem indivíduos de todas as camadas socioeconômicas, dada a maior prevalência em grupos mais vulneráveis como os de baixa escolaridade e renda. Além disso, pessoas com doenças crônicas possuem gastos elevados devido a procura de serviços de saúde, comprometendo ainda mais sua renda socioeconômica, resultando em consequências negativas para o indivíduo e família (MALTA et al., 2017; 2019; SCHIMIDT et al., 2011).

(14)

13 Tendo em vista a complexidade dos fatores associados ao consumo alimentar, é importante compreende-los e avaliá-los para que o desenvolvimento de estratégias seja mais eficaz, com o intuito de estimular hábitos alimentares saudáveis, visando reduzir os riscos de doenças relacionadas à dieta, e quando associadas a mudança no estilo de vida, se tornem aliados na prevenção de doenças (MARKOVINA et al., 2015).

3.2 INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS, BIODEMOGRÁFICAS E ANTROPOMÉTRICAS NO CONSUMO ALIMENTAR

3.2.1. Características Socioeconômicas e Biodemográficas

É sabido que o que ingerimos e consumimos reflete no nosso estado de saúde a longo prazo e, como já citado, uma má alimentação aliada a outros hábitos de vida considerados não saudáveis, podem estar entre as principais causas do desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e mortalidade. Por essa razão, é importante compreender que o consumo alimentar pode ser determinado por características individuais, como fatores sociais e culturais e são interessantes fatores a serem discutidos (WHO, 2018; SOROKOWSKA et al., 2017).

Diversos estudos já comprovaram a existência da relação entre saúde e determinantes socioeconômicos e, quando associados à alimentação, fatores como renda, escolaridade e preço dos alimentos apresentam um papel significativo na capacidade de interferência que induzem as motivações e escolhas alimentares. Dessa forma, ao considerarmos a incidência de doenças crônicas e acesso aos tratamentos, é vista maior desvantagem social em grupos socioeconômicos desfavorecidos da sociedade (WHO, 2018; MORAES, 2017).

Em relação à renda de um indivíduo ou grupo, quando restrita, pode influenciar na qualidade da sua dieta, visto que afeta diretamente o acesso e a disponibilidade dos alimentos, resultando em uma alimentação menos variada. Alimentos processados e com elevados teores energéticos tendem a ser mais baratos que alimentos naturais, sendo assim, o preço desses alimentos pode interferir em escolhas saudáveis ou não. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o consumo de frutas e verduras aumentam com a renda, mas por outro lado, o consumo de fast food e refrigerantes também aumentam nessa condição (CLARO et al., 2016;

IBGE, 2011).

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Muitas famílias vivem em condições de vulnerabilidade social e possuem dificuldade de sobrevivência nas questões básicas da vida incluindo o direito fundamental a alimentação. Nessa perspectiva, se o acesso aos alimentos se dá de acordo com fatores financeiros, os alimentos baratos, prontos para consumo e disponíveis em larga escala se tornam à base da alimentação desses indivíduos, tendo em vista que são mais acessíveis (OLIVEIRA et al., 2018).

A escolaridade também está entre os fatores que influenciam as motivações e as escolhas dos alimentos a serem consumidos, pois está relacionada ao acesso à informação e ao mínimo entendimento sobre aspectos como benefícios ou malefícios do consumo. A maior compreensão sobre aspectos nutricionais e dietéticos da alimentação possibilitam escolhas mais variadas e saudáveis que refletem uma alimentação de melhor qualidade. Além disso, paralelo ao acesso à informação, geralmente os indivíduos que apresentam renda mais elevada, também possuem maior poder de compra de alimentos (FREITAS et. al 2017).

3.2.2. Características Antropométricas

A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo de um indivíduo e, essas medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência da cintura e quadril, são utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional e avaliação dos riscos para algumas doenças em crianças, adultos, gestantes e idosos. O Índice de Massa Corporal (IMC) é o método de avaliação para rastreamento de alterações no estado nutricional mais utilizado entre adultos e idosos, possuindo boa correlação com as medidas da gordura corporal. Os índices de IMC apresentam associação aos fatores de risco para doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, dislipidemias e diabetes (IBGE, 2013; MALTA et al., 2016; ROSSI et al., 2015).

O cálculo do IMC é realizado a partir das medidas de peso e altura, utilizando-se a fórmula IMC = Peso (kg) / Estatura2 (m), e possui as seguintes classificações: abaixo do peso, peso normal, sobrepeso ou obesidade. A categorização dos indivíduos segundo o IMC foi baseada nos pontos de corte apresentados no quadro 1 (WHO, 1998):

Quadro 1. Pontos de corte adotados para a classificação dos indivíduos de acordo com IMC.

IMC CLASSIFICAÇÃO

Menor que 18,5 Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,9 Peso normal

(16)

15 Entre 25 e 29,9 Sobrepeso (acima do peso desejado)

Igual ou acima de 30 Obesidade

Vale salientar que um fator limitante a aplicação do IMC é a não capacidade de fornecer informações relacionadas à composição corporal, visto que pessoas com quantidade de massa muscular elevada podem apresentar IMC elevado, mesmo que a gordura corporal não seja excessiva. Nesse sentido, visando contribuir para a avaliação de risco do indivíduo e diminuir limitações de avaliações isoladas, além do valor de IMC, ressalta-se a importância de avaliar também a circunferência da cintura (WITT; BUSH, 2005; ABESO, 2016).

Como citado anteriormente, apenas com a medida de Índice de Massa Corporal (IMC) não é possível avaliar a composição corporal de um indivíduo, logo, quando os valores da circunferência da cintura apresentam elevados (quanto maior o valor, maior o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e mortalidade por essas causas), o indivíduo apresenta risco de complicações metabólicas e é considerado obeso visceral mesmo, que seu IMC esteja na classificação normal (ABESO, 2016).

Visto que existem diversas motivações que envolvem a complexidade das escolhas alimentares dos indivíduos, é importante que tais fatores sejam compreendidos e contemplados em intervenções de saúde com o objetivo de melhorar os padrões das escolhas alimentares e, consequentemente o estado de saúde da população (MORAES, 2017).

3.3. TRABALHADORES DA INDÚSTRIA

Na vida cotidiana dos trabalhadores há um aumento significativo pela busca por melhores condições de vida, porém, o excesso de trabalho, entre outros fatores, parece comprometer essas necessidades na vida em sociedade. As atividades desenvolvidas no dia a dia, associados à falta de tempo para realizar refeições de qualidade para suprir as necessidades adequadas, levam ao consumo de alimentos pobres em nutrientes, com altos índices de sódio, gorduras e açúcares, os quais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão entre outros (CECAGNO et al., 2002; SANTOS et al., 2013).

Fatores como alimentação adequada, estilo de vida e boas relações sociais estão relacionadas a uma boa qualidade de vida em geral e, consequentemente, no ambiente de trabalho do indivíduo, contribuindo para a sua produtividade. Sendo assim, o estado de saúde dos

(17)

trabalhadores influencia diretamente na sua capacidade de trabalho e vice-versa. Estudos são amplamente discutidos que as condições de trabalho podem contribuir para o surgimento de doenças, como obesidade, logo, interferindo na execução das funções produtivas de um indivíduo em seu ambiente de trabalho (FRANCO; CASTRO WOLKOFF, 2013; SEBASTIÃO et al., 2015).

Sabendo que o ambiente de trabalho possui influência considerável na saúde e nos hábitos de vida de seus funcionários, o documento “Estratégia Global sobre Alimentação, Atividade Física e Saúde” da OMS declara que empresas que oferecem alimentação coletiva contribuem na promoção de uma alimentação adequada e balanceada. Para isso, é primordial a execução responsável do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) na empresa que deseja efetivá-la (FREITAS et al., 2015; OLINTO et al., 2014; WAXMAN, 2004).

O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, tem como intuito promover qualidade de vida e produtividade do trabalhador, visando o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente, o aumento da produtividade e a redução de acidentes e taxa de absenteísmo dos trabalhadores. O programa é apoiado pelo Governo, empresa e trabalhador e o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da Secretaria de Inspeção do Trabalho (BRASIL, 2018; TAVARES; LEAL, 2012).

Diversas indústrias já compreenderam a importância da qualidade de vida no trabalho. Visto isso, a promoção de saúde nesse ambiente é definida como uma estratégia, com o objetivo de prevenir doenças e desenvolver saúde e bem-estar para os trabalhadores no local de serviço. Pelo fato de o excesso de atividades laborais contribuírem para o estresse e aumento do índice de desenvolvimento de doenças, programas que influenciam na qualidade de vida com o intuito de promover a saúde dos trabalhadores de uma indústria, têm sido adotadas por empresas (KASHIWABARA, 2019).

(18)

17 4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

O presente estudo caracteriza-se como transversal, descritivo, retrospectivo e de natureza quantitativa, a partir da base de dados do projeto de pesquisa intitulado “Escolhas Alimentares:

determinantes e consequências sobre a saúde do trabalhador da indústria de transformação do Rio Grande do Norte”, aprovado pelo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP-HUOL), sob o parecer Nº 2.198.545, de 2 de agosto de 2017.

4.2 POPULAÇÃO DO ESTUDO

A população do estudo correspondeu a trabalhadores da indústria de transformação do subsetor têxtil do estado do Rio Grande do Norte, onde foram elegíveis os maiores de 18 anos, com contrato efetivo há mais de dois anos e que aceitaram participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídas as mulheres grávidas, devido à impossibilidade de mensuração dos dados antropométricos, funcionários temporários, estagiários, e trabalhadores em período de experiência.

4.3 PROCEDIMENTO DO ESTUDO

A coleta de dados da pesquisa à qual este projeto está vinculado ocorreu durante setembro de 2017 a Julho de 2018, em dias e horários previamente agendados junto às empresas selecionadas, para realização das entrevistas.

Foram utilizados dois questionários semiestruturados: o primeiro, que visava obter os dados socioeconômicos, biodemográficos, antropométricos e de saúde; e o segundo, o Recordatório de 24h, cuja finalidade era registrar o consumo alimentar do trabalhador no dia anterior à realização da entrevista.

As informações dos dois questionários foram organizadas em planilhas no Microsoft Excel®. Referente ao consumo alimentar, as informações descritas em medidas caseiras foram convertidas aos seus correspondentes em gramas e mililitros, e, dessa maneira, foi possível fazer a análise nutricional com o apoio das tabelas de composição de alimentos de referência (TACO, 2011; IBGE, 2011; UNITED STATES DEPARTAMENT OF AGRICULTURE, 2014; PHILIPPI,

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2002) ou a partir das informações disponíveis nos rótulos dos alimentos, a fim de determinar a ingestão de macronutrientes e o teor calórico total do consumo alimentar.

A partir dessas informações estabelecidas no banco da pesquisa, foi realizada uma nova tabulação para classificação dos alimentos referidos no recordatório de 24h a partir do estudo de Souza (2020), que tomou como base os grupos descritos no Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) mas que, para observações mais detalhadas sobre determinados grupos, considerou separar alguns alimentos dos grupos base para uma melhor apuração de dados, resultando em 44 grupos. Além disso, houve uma determinação das quantidades per capita médias consumidas de cada grupo. Em seguida, todas as informações quantificadas foram transferidas para o banco de dados antropométricos de forma que foi possível confrontar o valor calórico da alimentação consumida com as quantidades por grupo e o estado nutricional antropométrico dos trabalhadores.

4.4 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram organizados e analisados no programa Microsoft Excel®, utilizando-se medidas de estatística descritiva de distribuição e de tendência central. Todos os resultados foram analisados criticamente e confrontados com a literatura da área.

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19 5 RESULTADOS

Os resultados obtidos no presente estudo foram referentes à amostra de 6 indústrias do setor têxtil do estado do Rio Grande do Norte, vinculadas ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), totalizando informações de 169 trabalhadores. Observou-se que a maioria dos trabalhadores da amostra era do sexo feminino (61,5%) e com média de idade entre 40 e 50 anos (36,7%). Além disso, foi possível observar que a maioria da população cursou até o ensino médio completo (59,8%), é casada (68,6%), e possui renda salarial de um salário mínimo (68%), de acordo com a tabela 1, a seguir:

Tabela 1. Perfil biodemográfico e socioeconômico de trabalhadores de indústrias têxteis vinculadas ao PAT no Rio Grande do Norte vinculadas ao PAT.

Variáveis n %

Sexo

Feminino 104 61,5

Masculino 65 38,5

TOTAL 169 100

Faixa etária

<20 3 1,8

20-30 24 14,2

30-40 53 31,4

40-50 62 36,7

50-60 26 15,4

>60 1 0,6

TOTAL 169 100

Estado civil

Solteiro 44 26,0

Casado 116 68,6

(21)

Viúvo 2 1,2

Divorciado 7 4,1

TOTAL 169 100

Escolaridade

Sem escolaridade 1 0,6

Ensino fundamental I 15 8,9

Ensino fundamental II 41 24,3

Ensino médio 101 59,8

Graduação 11 6,5

TOTAL 169 100

Renda mensal

1 SM 115 68,0

> 1 até 2 SM 47 27,8

>2 até 3 SM 6 3,6

>3 SM 1 0,6

TOTAL 169 100

(22)

21 Ao avaliar o estado nutricional antropométrico dos trabalhadores através do Índice de Massa Corporal (IMC), verificou-se que grande parte da amostra apresentou excesso de peso, entre eles, 43,8% estavam com sobrepeso e 18,9%, 4,1% e 1,2% com obesidade grau I, II e III respectivamente. Enquanto isso, 32% da amostra apresentava peso adequado e nenhum indivíduo apresentou baixo peso.

Gráfico 1. Estado Nutricional antropométrico de trabalhadores de indústrias têxteis vinculadas ao PAT no Rio Grande do Norte vinculadas ao PAT.

A tabela 2, apresenta a descrição de cada grupo de alimentos consumidos, o percentual de consumidores, a contribuição calórica diária e o per capita médio consumido pela amostra em gramas de cada grupo.

Nesse sentido, os grupos alimentares mais consumidos pelos trabalhadores foram café (92,90%), legumes (94,08%), feijão (88,76%) e arroz (85,80%). Os grupos de alimentos que representam ingredientes de preparações culinárias como sal (100%), especiarias naturais (98,82%), óleos vegetais (89,35%) e açúcar (88,17%) também foram consumidos por grande parte da amostra.

(23)

Em relação a contribuição calórica, os grupos que apresentaram maior influência para o total de calorias consumidas ao dia, em média, foram: carne branca (10,32%), tubérculos e raízes (10,27%), carne vermelha (7,46%) e pães (7,08%). Já os grupos com as maiores médias de consumo diário per capita foram: tubérculos e raízes (123,61 g/dia), feijão (118,96 g/dia), carne branca (101,57 g/dia) e arroz (92,21%). Referente as bebidas, o café (260,80 ml/dia) apresentou maior per capita, seguido de suco de frutas (116,58 ml/dia) e bebidas açucaradas (100,89 ml/dia).

Tabela 2. Descrição dos grupos de alimentos, seus componentes, porcentagem de consumidores, contribuição calórica e per capita médio dos grupos de alimentos consumidos por 5% ou mais dos trabalhadores de indústrias têxteis do estado do RN.

Grupos de alimentos

Componentes Consumidores % Contribuição de kcal diário

%

Per capita médio (g ou

ml)

Carne branca Aves, perus, peixes e frutos do mar

71,60 10,32 101,57

Tubérculos e raízes Batata, batata doce, inhame, sem incluir formas

industrializadas

68,05 10,27 123,61

Carne vermelha Carne de boi, porco, costela, carne seca, cordeiro e preparações à base de carne,

etc

48,52 7,46 58,43

Pães Pães brancos, torrados, doces e de queijo

49,70 7,08 42,33

Arroz Arroz branco e preparações à base de arroz

85,80 6,36 92,21

Leite e laticínios Queijos, leite integral e desnatado, manteiga, bebidas

lácteas e iogurtes

69,23 6,10 86,84

Milho Farinha de milho, pipoca e preparações à base de milho

55,62 5,81 87,92

Biscoitos Biscoitos salgados e doces 48,52 5,34 23,04

Feijões Feijão preto, marrom e ‘verde’ 88,76 5,01 118,96

Açúcar Açúcar adicionado, branco ou marrom

88,17 4,37 20,17

Ovos Omeletes, ovos cozidos, fritos e mexidos

39,64 4,16 38,48

Frutas Frutas frescas e salada de frutas

51,48 3,30 86,90

Óleos vegetais Óleo de soja 89,35 3,19 8,74

Massas Espaguete, rávioli, lasanha e massas com ou sem molho

20,71 2,63 33,03

Carnes processadas Presunto, salame, mortadela, salsicha e hambúrguer

30,18 2,46 16,74

Sobremesas Doces, sobremesas à base de frutas, chocolate e sorvete

24,26 2,30 18,89

Grãos integrais Arroz integral, aveia, macarrão e pão integral

13,02 1,60 13,17

Salgados fritos e assados Esfiha, coxinha, empada, croissant, pastel e torta salgada

7,69 1,58 10,12

Legumes Cenoura, tomate, brócolis, pepino, cebola, pimentão, etc

94,08 1,48 62,86

Café e chá Café, capuccino, chá e bebidas à base de café

92,90 1,46 260,80

Bolos Bolos caseiros 10,06 1,30 7,22

(24)

23

Margarina Margarina ou óleos

hidrogenados

33,14 0,91 2,54

Sucos de frutas Sucos de frutas naturais, com ou sem açúcar

38,46 0,75 116,58

Bebidas açúcaradas Refrigerantes, sucos prontos para beber, sucos em pó, chás

gelados

20,40 0,65 100,89

Especiarias naturais Alho, açafrão, cebolinha, orégano, pimenta, tomate,

cebola e pimentão

98,82 0,37 13,21

Condimentos industrializados

Mostarda, ketchup, molho de soja, molhos industrializados

66,27 0,29 5,46

Leguminosas Ervilha, lentilha, grão-de-bico, etc

13,61 0,16 2,30

Vegetais folhosos Alface, repolho, couve, espinafre, acelga, etc

33,14 0,06 6,47

Adoçantes artificiais Adoçantes sem açúcar 16,57 0,00 1,12

Sal Sal adicionado 100 0,00 4,91

Os grupos alimentares a seguir foram consumidos por menos de 5% dos trabalhadores e foram excluídos da análise:

granola, sopas, oleaginosas, bebidas alcóolicas, cereais infantis, fast-foods, salgadinhos, biscoitos recheados, rapadura, chocolate em pó, azeite de oliva, feijoada, suplementos, vísceras.

(25)

6 DISCUSSÃO

Este trabalho buscou analisar o consumo alimentar de trabalhadores da indústria têxtil do RN beneficiados pelo PAT, não só sob a ótica do perfil nutricional, mas com vistas a identificar as prevalências no consumo de diferentes grupos de alimentos na alimentação deste público.

Os resultados demográficos e socioeconômicos do nosso estudo apresentaram concordância com o perfil de entrevistados de outros estudos semelhantes com empresas. Um estudo realizado por Mesquita e Mesquita (2013), em uma indústria de confecção, em Fortaleza/CE, também observou uma prevalência de mulheres no setor, estado civil “casado” e ensino médio completo. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada em 2017, demonstrou que mulheres possuem maior grau de escolaridade comparado aos homens (IBGE, 2018). Tal informação pode estar relacionada ao resultado encontrado no presente estudo, em que a maioria dos indivíduos pertencem ao sexo feminino e possuem o ensino médio completo.

Em outra abordagem, Silva et. al (2017) com o intuito de analisar a evolução da participação feminina na indústria têxtil nos anos de 2000, 2007 e 2014, no Ceará, observou uma prevalência significativa de mulheres nesse setor, comparado aos homens. No que concerne a renda mensal, o mesmo estudo apresentou que a maioria dos indivíduos ganhavam de um a dois salários mínimos.

Em um estudo conduzido com trabalhadores da Bahia, Veloso, Santana e Oliveira (2007) observaram que trabalhadores de empresas vinculadas ao PAT, tinham idade acima de 36 anos.

O diagnóstico do estado nutricional dos trabalhadores foi avaliado utilizando-se o método de classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) e, o perfil encontrado, indicou que 68% dos funcionários estão com excesso de peso, sendo 43,8% com sobrepeso e 24,2% com obesidade grau I, II e III. Enquanto isso, apenas 32% se encontram na classificação eutrófica. O sedentarismo e a má alimentação, fazem parte de um estilo de vida que podem estar associados aos resultados encontrados (BRASIL, 2018).

Bezerra et. al (2017), com o intuito de avaliar mudanças no estado nutricional de trabalhadores da indústria de transformação beneficiárias e não beneficiárias pelo PAT, incluindo o setor têxtil, encontrou maiores valores para IMC médio e circunferência abdominal em empresas vinculadas ao programa, indicando prevalência de excesso de peso e risco cardiovascular aumentado. Ao analisar as possíveis causas, a qualidade dos alimentos ofertados nessas empresas indica um possível fator responsável para essa realidade. Dessa forma, é possível perceber que a literatura aponta uma relação, não rara, entre a presença do programa e o aumento dos índices de

(26)

25 excesso de peso na população trabalhadora, demonstrando uma desconformidade entre os objetivos e sua operacionalização (ARAÚJO; COSTA-SOUZA; TRAD, 2010).

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), a proporção da população adulta com excesso de peso no ano de 2019 era de 61,7%, representando quase dois terços dos brasileiros.

Quando se observa o grupo da faixa de idade entre 40 e 59 anos, semelhante a faixa etária predominante encontrada no presente estudo, a prevalência é de 70,3%, o que representa 39,5 milhões de pessoas (IBGE, 2020). Essa informação se torna alarmante uma vez que o excesso de peso e a obesidade são considerados fatores de risco predominantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e hipertensão (ABESO, 2016).

Na análise dos dados referentes ao que foi consumido pelos trabalhadores nas 24h anteriores a entrevista, foi observado que os grupos café, legumes, arroz e feijão, foram aqueles com as maiores prevalências de consumo. Esse resultado é confirmado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que analisou o consumo alimentar pessoal no Brasil e afirma que o brasileiro ainda mantém dieta à base de arroz e feijão, principalmente por indivíduos de renda mais baixa, comparado aos de renda mais alta. Dentre os dados encontrados pela POF, o consumo do café aparece com 78,1%, o arroz com 76,1% e o feijão com 60%. Foi visto também que o consumo de legumes foi maior entre mulheres que entre homens (IBGE, 2020), o que indica uma possível relação desse grupo ser um dos mais consumidos pelos trabalhadores entrevistados, visto que a maioria pertence ao sexo feminino.

Além dos grupos já citados, os ingredientes utilizados no preparo de refeições mistas como o sal, especiarias naturais, óleos vegetais e açúcar também se destacaram como os grupos mais consumidos pelos trabalhadores entrevistados. Ainda segundo os resultados obtidos pela POF 2017-2018, ingredientes culinários utilizados em preparações culinárias tais como o sal, açúcar de mesa, óleos vegetais e vinagres predominam o padrão alimentar nacional (IBGE, 2020).

A maior contribuição média na ingestão calórica da alimentação consumida pelos trabalhadores foi proveniente dos alimentos parte dos grupos da carne branca, tubérculos e raízes, carne vermelha e pães e, ao se tratar dos grupos com maiores médias de consumo per capita, se repetem tubérculos e raízes e carne branca, e combinação “arroz e feijão”, além de bebidas como café, suco de frutas e bebidas açucaradas. Souza et al., (2020) ao avaliar o consumo alimentar de trabalhadores de 33 empresas do setor de transformação do RN, observou, assim como nesse

(27)

estudo, que os grupos de carne branca (9,42%), pães (8,59%) e carne vermelha (7,77%) respondem pela maior porcentagem de contribuição para o consumo total de energia.

Portanto, os resultados obtidos no presente estudo, juntamente com os resultados encontrados em diferentes literaturas afirmaram que, fatores como renda, sexo, escolaridade, o fato das empresas serem ou não vinculadas ao PAT, possivelmente influenciam no consumo de determinados grupos de alimentos e no perfil antropométrico desses trabalhadores. Nessa perspectiva, uma vez que o PAT tem como objetivo melhorar o estado nutricional a partir da oferta de uma alimentação saudável dentro das empresas vinculadas e diante dos resultados obtidos nesse estudo, se faz necessário uma melhor fiscalização e aprimoramento das ações empregadas pelo Programa.

(28)

27 7 CONCLUSÃO

O estudo demonstrou que os trabalhadores de 6 indústrias do setor têxtil vinculadas ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do estado do Rio Grande do Norte, pertenciam, em sua maioria, ao sexo feminino, com faixa etária entre 40 e 50 anos, ensino médio completo, estado civil casado e renda salarial de um salário mínimo, apresentando um perfil antropométrico predominante para sobrepeso.

Os grupos de alimentos mais consumidos pelos trabalhadores foram “café”, “legumes”,

“feijão” e “arroz”. Além disso, grupos de alimentos que representam ingredientes de preparações culinárias como “sal”, “especiarias naturais”, “óleos vegetais” e “açúcar” também foram consumidos por grande parte da amostra de estudo. Em relação a ingestão calórica consumida, a maior parte, em média, foi proveniente dos grupos “carne branca”, “tubérculos e raízes”, “carne vermelha” e “pães”. Por fim, destacaram-se como grupos com maiores médias de consumo diário per capita “tubérculos e raízes”, “carne branca”, “feijão” e “arroz”, além de bebidas como “café”,

“suco de frutas” e “bebidas açucaradas”.

Esses resultados indicam que os trabalhadores das indústrias do setor têxtil vinculadas ao PAT, em sua maioria, mantêm uma dieta à base de alimentos considerados “tradicionais” como arroz e feijão, tubérculos e raízes e carnes e, apesar disso, ainda se observa uma prevalência de excesso de peso entre eles. Nesse sentido, faz-se necessário um melhor aprimoramento das ações empregadas pelo PAT, além de um maior aprofundamento nos estudos de caracterização do consumo alimentar, com vistas ao desenvolvimento de ações educativas que impactem positivamente no estado nutricional desta população.

(29)

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