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Língua Portuguesa AULA?? Aula. Prof. Diegho Cajaraville

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Academic year: 2021

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AULA ??

Língua

Portuguesa

Prof. Diegho Cajaraville

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01 01

(2)

AULA 1

1. APRESENTAÇÃO... 5

1.1 Considerações Iniciais... 5

1.2 Desenvolvimento da Matéria... 6

2 FLEXÕES DOS VESBOS... 8

2.1 Modo... 8

2.2 Tempo... 8

2.3 Número... 10

2.4 Pessoa... 10

3 O QUE SÃO FORMAS NOMINAIS?... 10

4 É IMPORTANTE SABERMOS A ESTRUTURA DO VERBO?... 11

5. UMA DAS DESINÊNCIAS APONTA O MODO VERBAL. MAS O QUE É MODO VERBAL?... 12

6. OS TEMPOS DO MODO INDICATIVO... 13

6.1 Reconhecimento do tempo PRESENTE DO INDICATIVO... 13 6.1.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 14

6.2 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO... 15

6.2.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 15

6.3 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO... 16

6.3.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 17

6.4 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO MAIS-QUEPERFEITO DO INDICATIVO... 17

(3)

6.4.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 17

6.5 Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO... 18

6.5.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 19

6.6 Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO... 20

6.6.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 21

7. OS TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO... 22

7.1 Reconhecimento do Tempo PRESENTE DO SUBJUNTIVO... 22

7.1.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 23

7.2 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO... 23

7.2.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 24

7.3 Reconhecimento do Tempo FUTURO DO SUBJUNTIVO... 25

7.3.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?... 26

7.4 Modo Imperativo... 27

7.4.1 Reconhecimento do Modo Verbal... 27

7.4.2 Correlação... 27

8. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS... 30

8.1 Regulares... 30

8.2 Irregulares... 30

8.3 Anômalos... 31

8.4 Defectivos... 31

8.5 Abuntantes... 31

8.6 Pronominais... 32

(4)

8.7 Reflexivos... 32

8.8 Vicários... 32

9. QUESTÕES COMENTADAS... 39

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 84

11. RESUMO DA AULA... 84

12. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS... 91

13. GABARITO... 114

NOTA: Neste material, usaremos a fonte ecológica. Durante a impressão, a fonte faz buracos nas letras que escreveu! Isso é fascinante por si só, e ainda mais quando nós percebemos que isso não afeta a legibilidade e geralmente permite poupar 33% de tinta ou toner.

(5)

1. Apresentação

Olá pessoal, muito prazer!

Meu nome é Diegho Cajaraville, estarei com você nesta empreitada,ajudando-o a conquistar a sua tão sonhada vaga no serviço público. Sou formado em letras (Português / Literatura) atuante em concursos públicos, pré-técnicos e pré-militares há vários anos. Atualmente sou servidor público federal e ministro aulas de Língua Portuguesa, Redação e Redação Oficial, para diversos concursos, e é claro, sempre ajudando os concurseiros a desvendar os mistérios da Língua Portuguesa e com isso a conquistar a tão sonhada no serviço público.

Nosso curso é 100% focado TRE - Rio Grande do Norte, enquanto o edital não sai iremos focar o nosso estudo para a banca FCC, banca esta muita conhecida no mundo dos concurseiros. Vou levar para você, os tópicos mais cobrados e as famosas “pegadinhas” que esta banca adora. Ao meu ver não é nenhum bicho de sete cabeças, comparado a outras bancas . A FCC adora a parte de MORFOLOGIA, principalmente, VERBO, mas também, gosta das conjunções, acentuação gráfica. Enfim, não devemos subestimar nenhum tópico.

Ao longo deste curso irei apontando as partes cobradas com mais ênfase por esta banca em suas provas e também alertarei você querido concurseiro, quanto algumas “maldades” ou

“pegadinhas” que a banca tentará lhe induzir, mas é claro, que você estará ligadíssimo quanto a isso.

Meu amigo concurseiro e futuro servidor do Ministério Público, pronto para ir em busca de seu salário:

Cargo Expectativa de Remuneração

Nível Superior R$ 8.813,97

Nível Médio R$ 5.365,92

Lembrem-se essa é uma expectativa de remuneração, mas com certeza a remuneração é muito maior, além é claro de seus benefícios!!!

Estarei sempre à disposição para qualquer esclarecimento. Não tenha inibição em expor suas dúvidas, pois só as tem quem estuda, não é mesmo?

Nos exercícios, o concurseiro será apresentado às questões da referida banca, porém se achar necessário e interessante irei colocar questões de outras bancas para a fixação.

Neste curso teórico também trataremos das novas regras ortográficas, e, em relação isso, cabe o seguinte aviso. O acordo já está em vigor e, por isso, nada impede que a banca exija do candidato conhecimento sobre o assunto. Além disso, as bancas já adaptaram suas provas à nova grafia.

(6)

Com a minha vasta experiência em concursos, sendo como concurseiro ou como professor, costumo citar aos meus alunos que dois elementos são fundamentais para a preparação de qualquer candidato são eles: DEDICAÇÃO e HUMILDADE.

Pois aquele que acha que sabe muito, e que não é preciso estudar, uma matéria ou outra, certamente será aquele que terá bastante dificuldade para conseguir a sua tão sonhada aprovação.

Nosso objetivo não é tornar-lhes especialistas em Língua Portuguesa, nosso objetivo é auxiliar os que aqui estão em busca de um melhor desempenho nas provas desta disciplina.

Nosso curso será baseado em teoria e muitas questões comentas. Estudei centenas de provas de modo a lhe proporcionar o melhor em termos de didática.

Não estude Língua Portuguesa só na última hora e estude pouco. Nossa disciplina tem sido o diferencial entre aprovação e não aprovação em concursos públicos. As bancas estão pegando cada vez mais pesado, por isso, estude com afinco e entusiasmo.

Meu querido aluno, leia atentamente a frase motivacional logo abaixo:

― Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado‖

Abraham Lincoln

Abaixo verão como nossas aulas serão distribuídas!

Aula Data Assunto

01 30/07/2015 Verbo, Flexão Verbal e Nominal 02 06/08/2015 Emprego de Classes de Palavras

03 13/08/2015 Tipos de Sujeito, Vozes Verbais e Concordância 04 20/08/2015 Sintaxe de Oração (Coordenativas e Subordinativas)

05 21/08/2015 Pontuação

06 27/08/2015 Regência e Crase

07 03/09/2015 Tipologia textual, compreensão e interpretação de texto 08 10/09/2015 Ortografia, Acentuação Gráfica

09 17/09/2015 Colocação Pronominal

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É isso que você deve fazer, agora, futuro SERVIDOR ! Veja a imagem abaixo e sonhe com seu futuro emprego.

1.1 Considerações Iniciais

Caros concurseiros, então ao longo do curso iremos focar questões da FCC, mas sempre que puder irei disponibilizar questões da Cespe, FGV ou de outra Banca..

Estarei sempre à disposição para qualquer esclarecimento. Não tenha inibição em expor suas dúvidas, pois só as tem, quem estuda, não é mesmo?

O meu objetivo é auxiliar os que aqui estão em busca de ajudá-los a gabaritar a prova de Língua Portuguesa.

Leia, interprete e mentalize a frase seguinte.

Faça uma reflexão !

(8)

É vamos logo ao que interessa: que é a nossa matéria!

Vamos lá, futuros servidores do TRE-RN ! 1.2 Desenvolvimento da Matéria

O material desta aula será baseado na teoria e nas questões apresentadas pela referida banca. A banca Fundação Carlos Chagas tem uma forma bem característica de cobrar o fundamento gramatical. As provas são muito bem arquitetadas e vale lembrar que a AGILIDADE do candidato faz a diferença na aprovação. Por isso nosso curso vai lhe dar toda a base necessária para o bom aproveitamento. Observe pelo nosso cronograma que as aulas são voltadas ao tipo de questão. Sempre haverá a teoria seguida de exercícios, que são na realidade as questões de provas anteriores da FCC. Além disso, a cada aula, você terá um grupo de questões dos assuntos anteriores que vão se somando como uma revisão, além de alguns esquemas e resumos. Por isso, não se assuste com a quantidade de material, pois QUEM ESTÁ NA CHUVA É PARA SE MOLHAR!!!

Então, mãos à obra.

VERBO

Chegou a hora da verdade ! Esta aula na minha concepção é uma das mais importantes, além de ser uma matéria que vem caindo continuamente nos concursos. Então estude com muito afinco, pois o bom entendimento dela lhe trará bons resultados nas provas.

(9)

Este tópico é característico da banca Fundação Carlos Chagas e, numa prova de Língua Portuguesa de 20 questões (quantidade média de questões desta banca), encontramos duas ou três questões que envolvem este tema. A FCC cobra praticamente de quatro formas o assunto “verbo”:

a) o reconhecimento dos tempos e modos verbais;

b) o emprego desses tempos e modos verbais;

c) a flexão (saber conjugar os verbos) e d) a articulação de tempo e modo verbal.

Do ponto de vista semântico, o verbo normalmente indica ação ou um processo, mas pode indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural. Pode indicar também noção de existência, volição (desejo), necessidade etc.

Do ponto de vista morfológico, o verbo varia em modo, tempo, número e pessoa. As quatro flexões combinadas formam o que chamamos de conjugação verbal, ou seja, para atender às necessidades dos falantes, o verbo muda de forma à medida que variamos a ideia de modo, tempo, número e pessoa.

Do ponto de vista sintático, o verbo tem um papel importantíssimo dentro da frase; sem ele (explícito ou implícito) não há orações na língua portuguesa, pois o verbo é o núcleo do predicado. O único caso em que o verbo não é o núcleo do predicado, segundo a gramática tradicional, é quando há predicado nominal, mas mesmo assim ele está presente

Para entedermos as definições, vamos ao quadro:

Toda vez que eu penso em você, sinto uma coisa diferente.

Os verbos em destaque:

1) indicam uma ideia de ação e percepção ( sensação ou experimentação)

2) variaram em modo, tempo, número, pessoa “saindo” de sua forma nominal (pensar e sentir),(R – desinência de infinitivo); ambos os verbos estão em primeira pessoa do singular do presente do indicativo.

3) funcionam como núcleo do predicado verbal, núcleo das orações.

(10)

.

O verbo é uma palavra que termina em -ar(cantar), -er(beber), -ir(cair) e que pode ser conjugada, normalmente por meio dos pronomes pessoais do caso reto: Eu, Tu, Ele(1ª,2ª e 3ª do singular) e Nós, Vós, Eles (1ª,2ª,3ª do plural)

Se você acha que identificar verbo é mole, não subestime a conjugação de alguns verbos, asunto que cai muito em prova, principalmente nas provas da FCC.

2 Flexões dos Verbos

As flexões são: Modo, Tempo, Número e Pessoa

2.1 Modo

É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou.

Por exemplo: Nossa! Como isso está bom.

Perceba que o verbo estar se encontra em uma determinada forma indicando certeza, afirmação, convicção, constatação. Então, dizemos que este “modo” como o verbo se apresenta indica que o falante põe certeza, verdade no que diz. Este é o famoso modo INDICATIVO, o modo da certeza, do fato, da verdade!

Os verbos se apresentam nos seguintes MODOS: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo Ex: Nossa! Como isso está bom. (INDICATIVO: Exprime certeza, fato, verdade) Espero que esteja gostoso mesmo. (SUBJUNTIVO: Exprime incerteza, dúvida) Coma este hambúrguer! (IMPERATIVO: Exprime ordem, pedido, sugestão)

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2.2 Tempo

É a maneira, como o verbo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo.

Aprenda como o quadro abaixo:

MODO TEMPO Exemplos DICA

INDICATIVO Presente Eu estou bem Conjugue como HOJE

Pretérito Perfeito Eu estive bem Conjugue como

ONTEM

Pretérito Imperfeito Eu estava bem Terminação em -va

Pretérito Mais-que- Perfeito

Eu estivera bem Terminação em -ra

Futuro de Presente Eu estarei bem Terminação em -rei

Futuro do Pretérito Eu estaria bem Terminação em -ria

SUBJUNTIVO Presente Que eu esteja bem Conjugue colocando o

“QUE” na frente

Pretérito Imperfeito Se eu estivesse bem Conjugue colocando o

“SE” na frente e sua terminação “sse”

Futuro Quando eu estiver bem Conjugue colocando o

“QUANDO” na frente

IMPERATIVO Afirmativo Está tu Não possui a 1ª pessoa

do singular e

conjugação é na pessoa TU e VÓS retirada do presente do indicativo sem o “s”

e o resto do presente do subjuntivo

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Negativo Estejas tu Não possui a 1ª pessoa do singular e o resto da conjugação é a mesma

do presente do

subjuntivo

2.3 Número

Este é fácil: singular e plural

Ex: Eu amo ( 1ª pessoa do singular) Nós amamos ( 2ª pessoa do plural)

2.4 Pessoa

Fácil também: 1ª pessoa ( EU, NÓS) 2ª pessoa ( TU, VÓS) 3ª pessoa ( ELE, ELES)

3 O que são Formas Nominais?

Muita gente se pergunta por que o infinitivo, o gerúndio e o particípio são chamados de formas nominais, se eles são verbos. Bom, o motivo disso é porque muitas vezes se comportam como nomes (substantivo, advérbio e adjetivo). Veja:

Infinitivo: termina em “r” (cantar, saber, partir). Algumas vezes se comporta como substantivo em construções do tipo “Amar é viver” (Amor é vida);

“Estudar é bom” (Estudo é bom).

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Gerúndio: normalmente termina em “ndo” (cantando, sabendo, partindo). Algumas vezes se comporta como advérbio em construções do tipo “Amanhecendo, vou a sua casa” (valor adverbial de tempo: quando amanhecer);

“Estudando, passarei no concurso” (valor adverbial de condição: se estudar).

Particípio: (normalmente termina em “ado” ou “ido”: cantado, sabido, partido).

Algumas vezes ocupa valor de adjetivo, em construções do tipo:

“Ele é abençoado”; “Janaína foi demitida”.

4 É Importante Sabermos a Estrutura do Verbo?

Olha, entender a estrutura da palavra nos ajuda a saber seu sentido, sua flexão etc. No caso dos verbos, entender a sua estrutura nos ajuda a entender a conjugação, que fará diferença no sentido do verbo no texto. Então, vamos à estrutura do verbo. (NÃO DECORE, procure apenas entender)

Estrutura das formas verbais:

Há três tipos de morfemas (partes da palavra) que participam da estrutura das formas verbais: o radical, a vogal temática e as desinências.

radical – é o morfema que concentra o significado essencial do verbo:

estud-ar vend-er permit-ir am-ar beb-er art-ir cant-ar escond-er proib-ir

Vogal temática – é o morfema que permite a ligação entre o radical e as desinências. Há três vogais temáticas:

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-a- caracteriza os verbos da primeira conjugação: solt-a-r, cant-a-r -e- caracteriza os verbos da segunda conjugação: viv-e-r, esquec-e-r

O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor, etc) pertencem à segunda conjugação, pois sua vogal temática é –e–, obtida da forma portuguesa arcaica poer, do latim poere.

-i- caracteriza os verbos da terceira conjugação: assist-i-r, decid-i-r

O conjunto formado pelo radical e pela vogal temática recebe o nome de tema. Assim:

cantar vender partir (1ª conjugação) ( 2ª conjugação) (3ª conjugação)

Desinências – são morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexões do verbo. Há desinências número-pessoais e desinências modotemporais:

Cant-á-sse-mos can -> radical

á-> vogal temática

sse -> Desinência modo-temporal mos -> Desinência número-pessoal

Radical: É a base de sentido do verbo

Vogal temática: Indica a conjugação (1ª, 2ª, 3ª)

Desinência número-pessoal : Indica a pessoa do discurso (1ª, 2ª, 3ª) e número (singular ou plural). É a base de sentido do verbo.

Desinência modo-temporal : Indica o modo (indicativo e subjuntivo) e o tempo verbal (presente, passado, futuro).

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Essas desinências serão fundamentais para notarmos em que modos e tempos os verbos estão e com isso sabermos empregá-los. Mais à frente em nossa aula, faremos a conjugação do verbo e você terá discriminado cada morfema para entender melhor o processo de conjugação. Como dissemos, sem decoreba.

5 Uma das Desinências Aponta o Modo Verbal. Mas o que é MODO VERBAL?

Podemos entender os modos verbais como os divisores dos tempos verbais. Cada modo possui tempos verbais peculiares. Os modos verbais são: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Entendê-los é importante para sabermos seu emprego no texto. Veja:

Indicativo: transmite certeza, convicção:

Ex: Eu estudo todos os dias.

Subjuntivo: transmite dúvida, incerteza, possibilidade:

Ex: Talvez eu estude ainda hoje.

Imperativo: transmite ordem, pedido, solicitação, conselho:

Ex: Estude, pois esta matéria é importante para a prova.

Então vejamos a flexão dos verbos em cada tempo e em seguida o emprego do tempo verbal.

Para fins didáticos, vamos notar algumas letras com contornos diferentes para chamar sua atenção quanto à estrutura do verbo. Isso é apenas para facilitar seu entendimento da conjugação.

As letras marcadas em negrito são vogais temáticas, as sublinhadas são desinências número-pessoais. O morfema entre a vogal temática e a desinência número-pessoal é a desinência modo-temporal, marcada com itálico.

Estud a sse s (radical) (vogal temática) (desinência modo-temporal) (desinência número-pessoal)

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6 Os Tempos de Modo INDICATIVO

Agora, em cada modo verbal, vamos inserir os tempos. O trabalho será o seguinte: cada tempo será explorado de forma a você simplesmente reconhecê-lo, identificá-lo (isso é alvo da prova) e em seguida você conhecerá seu emprego (também alvo de muitas provas).

Você vai ver várias questões de prova depois de cada tópico, com o subtítulo “Veja como caiu nas provas da FCC”. Também vai perceber que em determinado tempo verbal é rotina a banca cobrar o reconhecimento, noutro é cobrado o emprego. Mas em alguns tempos verbais a banca não cobra nem o reconhecimento, nem o emprego, por isso você não vai encontrar questões da FCC em todos os tempos. Isso já nos vai mostrando a que tempo temos de dar mais atenção no nosso estudo.

6.1 Reconhecimento do tempo PRESENTE DO INDICATIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estudo vendo permito

Tu estudas vendes permites

Ele estuda vende permite

Nós estudamos vendemos permitimos

Vós estudais vendeis permitis

Eles estudam vendem permitem

6.1.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

 Geralmente se diz que o presente do indicativo é o tempo que indica processos verbais que se desenvolvem simultaneamente ao momento em que se fala ou escreve:

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Estou em São Paulo. Não confio nele.

Na verdade, o presente do indicativo vai muito além. Pode também expressar processos habituais, regulares, ou aquilo que tem validade permanente:

Tomo banho todos os dias.

Durmo pouco.

Todos os cidadãos são iguais perante a lei.

A Terra gira em torno do Sol.

 Pode também ser empregado para narrar fatos passados, conferindo-lhes atualidade.

É o chamado presente histórico:

No dia 17 de dezembro de 1989, pela primeira vez em quase trinta anos, o povo brasileiro elege diretamente o presidente da República. Iludida pelos meios de comunicação, a população não percebe que está diante de um farsante. Mas a verdade não demora a chegar. O presidente-atleta logo mostra quem é. Seu braço direito, PC Farias, saqueia o país. Forma-se uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga as atividades ilícitas da dupla. Em alguns meses, os escândalos apurados são tantos, que só resta ao aventureiro renunciar.

 O presente também pode ser usado para indicar um fato futuro próximo e de realização tida como certa:

Daqui a pouco, a gente volta.

Embarco no próximo sábado.

Utilizado com valor imperativo, o presente constitui uma forma delicada e familiar de pedir ou ordenar alguma coisa:

Artur, agora você se comporta direitinho.

Depois, vocês resolvem esse problema para mim.

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6.2 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estudava vendia permitia

Tu estudavas vendias permitias

Ele estudava vendia permitia

Nós estudávamos vendíamos permitíamos

Vós estudáveis vendíeis permitíeis

Eles estudavam vendiam permitiam

Perceba as desinências modo-temporais “-va” (primeira conjugação) e “-ia”

(segunda conjugação).

6.2.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

Esse tempo tem várias aplicações. Pode transmitir uma ideia de continuidade, de processo que no passado era constante ou frequente:

Estavam todos muito satisfeitos com o desempenho da equipe.

Entre os índios, as mulheres plantavam e colhiam; os homens caçavam e pescavam.

Naquela época, eu almoçava lá todos os dias.

 Ao nos transportarmos mentalmente para o passado e procurarmos falar do que então era presente, também empregamos o pretérito imperfeito do indicativo:

Eu admirava a paisagem. A vida passava devagar. Quase nada se movia.

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Uma pessoa aparecia aqui, um cão latia ali, mas, no geral, tudo era muito quieto.

 É usado para exprimir o processo que estava em desenvolvimento quando da ocorrência de outro:

O Sol já despontava quando a escola entrou na passarela.

A torcida ainda acreditava no empate quando o time levou o segundo gol.

Pode substituir o futuro do pretérito, tanto na linguagem coloquial como na literária:

Se ele pudesse, largava tudo e ficava com ela.

“Se eu fosse você, eu voltava pra mim.”

 Pode relacionar-se com verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo (o qual será visto adiante) em orações substantivas.

Esperava-se que o artista cantasse e dançasse.

6.3 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estudei vendi permiti

Tu estudaste vendeste permitiste

Ele estudou vendeu permitiu

Nós estudamos vendemos permitimos

Vós estudastes vendestes permitistes

Eles estudaram venderam permitiram

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6.3.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

 O pretérito perfeito simples exprime os processos verbais concluídos e localizados num momento ou período definido do passado:

Em 1983, o campeão brasileiro da Segunda Divisão foi o Juventus.

Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao Brasil no século antepassado.

 O pretérito perfeito composto exprime processos que se repetem ou prolongam até o presente:

Tenho visto coisas em que ninguém acredita.

Os professores não têm conseguido melhores condições de trabalho.

6.4 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO MAIS-QUEPERFEITO DO INDICATIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estudara vendera permitira

Tu estudaras venderas permitiras

Ele estudara vendera permitira

Nós estudáramos vendêramos permitíramos

Vós estudáreis vendêreis permitíreis

Eles estudarem venderam permitiram

Perceba a desinência modo-temporal “-ra” átona. Note que essa desinência, na segunda pessoa do plural, varia para “-re”.

6.4.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

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O pretérito-mais-que-perfeito exprime um processo que ocorreu antes de outro processo passado:

Era tarde demais quando ela percebeu que ele se envenenara.

O fato de ele ter-se envenenado é anterior ao fato de ela ter percebido. Envenenara é, por isso, mais-que-perfeito, ou seja, mais velho que o perfeito (percebeu).

Na linguagem do dia-a-dia, usa-se muito pouco a forma simples do pretérito mais-que- perfeito; é comum, entretanto, na linguagem formal, bem como em algumas expressões cristalizadas (―Quem me dera!‖, ―Quisera eu...‖).

Prefere-se na linguagem cotidiana o pretérito mais-que-perfeito do indicativo composto. Ele é constituído do verbo “ter” ou “haver” empregados no tempo pretérito imperfeito do indicativo (tinha ou havia), seguidos do particípio. Veja:

Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara)

Quando usado no lugar do futuro do pretérito do indicativo ou do pretérito imperfeito do subjuntivo, o mais-que-perfeito simples confere solenidade à expressão:

―E, se mais mundo houvera, lá chegara.‖ (Camões) Compare com:

E, se mais mundo houvesse, lá chegaria.

6.5 Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

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Eu estudarei venderei permitirei

Tu estudarás venderás permitirás

Ele estudará venderá permitirá

Nós estudaremos venderemos permitiremos

Vós estudareis vendereis permitireis

Eles estudarão venderão permitirão

Perceba a desinência modo-temporal “-ra” tônica. Note que essa desinência em algumas pessoas do discurso varia para “-re”.

6.5.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

 O futuro do presente simples expressa basicamente processos tidos como certos ou prováveis, mas que ainda não se realizaram no momento em que se fala ou escreve:

Estarei lá no próximo ano. Jamais a terei a meu lado.

 Pode-se usar esse tempo com valor imperativo, com tom enfático e categórico:

―Não furtarás!‖ Você ficará aqui a noite toda.

 Em outros casos,essa forma imperativa parece mais branda e sugere a necessidade de que se adote certa conduta:

Você compreenderá a minha atitude. Pagarás quando puderes.

 O futuro do presente simples também pode expressar dúvida ou incerteza em relação a fatos do presente:

Ela terá atualmente trinta e cinco anos.

Será Cristina quem está lá fora?

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 Quando expressa circunstância de condição, o futuro do presente se relaciona com o futuro do subjuntivo para indicar processos cuja realização é tida como possível:

Se tiver dinheiro, pagarei à vista.

Se houver pressão popular, as reformas sociais virão.

 Quando este tempo for composto, isto é, o verbo auxiliar for “ter” ou “haver” no tempo futuro, seguido de outro verbo no particípio, por exemplo (terei estudado), ele expressa um fato ainda não realizado no momento presente, mas já passado em relação a outro fato futuro. Isso acontece por influência da forma nominal particípio:

Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido.

Quando eu voltar ao trabalho, você já terá entrado em férias.

 O futuro do presente simples é muito pouco usado na linguagem cotidiana. Em seu lugar, é normal o emprego de locuções verbais com o infinitivo, principalmente as formadas pelo verbo ir:

Vou chegar daqui a pouco.

Estes processos vão ser analisados pelo promotor.

6.6 Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estudaria venderia permitiria

Tu estudarias venderias permitirias

Ele estudaria venderia permitiria

Nós estudaríamos venderíamos permitiríamos

Vós estudaríeis venderíeis permitiríeis

Eles estudariam venderiam permitiriam

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Perceba a desinência modo-temporal “-ria”. Note que essa desinência, na segunda pessoa do plural, varia para “-rie”.

6.6.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

 O futuro do pretérito simples expressa processos posteriores ao momento passado a que nos estamos referindo:

Concluí que não seria feliz ao lado dela.

Muito tempo depois, chegaria a sensação de fracasso.

 Também se emprega esse tempo para expressar dúvida, incerteza ou hipótese em relação a um fato passado:

Estariam lá mais de vinte mil pessoas.

Ela teria vinte anos quando gravou o primeiro disco.

Se ela conversasse menos, teria facilidade na matéria.

 Usado no lugar do presente do indicativo, o pretérito imperfeito denota cortesia:

Queria pedir-lhe uma gentileza.

 Esse tempo também expressa dúvida sobre fatos passados:

Teria sido ele o mentor da fraude?

 O futuro do pretérito simples expressa processos posteriores ao momento passado a que nos estamos referindo:

Concluí que não seria feliz ao lado dela.

Muito tempo depois, chegaria a sensação de fracasso.

 Quando expressa circunstância de condição, o futuro do pretérito se relaciona com o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar processos tidos como de difícil concretização:

Se ele quisesse, tudo seria diferente.

(25)

Viveria em outro lugar se pudesse.

 O futuro do pretérito composto expressa um processo encerrado posteriormente a uma época passada que mencionamos no presente:

Partiu-se do pressuposto de que às cinco horas da tarde o comício já teria sido encerrado.

Anunciou-se que no dia anterior o jogador já teria assinado contrato com outro clube.

 Quando expressa circunstância de condição, o futuro do pretérito composto se relaciona com o pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo, exprimindo processos hipotéticos ou de realização desejada, mas já impossível:

Se ele me tivesse procurado antes, eu o teria ajudado.

O país teria melhorado muito se tivessem sido feitos investimentos na educação e na saúde.

7 Os tempos do modo SUBJUNTIVO

7.1 Reconhecimento do Tempo PRESENTE DO SUBJUNTIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estude venda permita

Tu estudes vendas permitas

Ele estude venda permita

Nós estudemos vendamos permitamos

Vós estudeis vendais permitais

Eles estudem vendam permitam

(26)
(27)

Dica: insira o advérbio “talvez” antes deste tempo verbal (talvez eu estude). Isso sempre ajuda.

É importante lembrar que a vogal temática “a” se transforma em desinência modo-temporal

“e” no presente do subjuntivo. Se houver vogal temática “e” ou “i”, naturalmente teremos desinência modo-temporal “a” no presente do subjuntivo. Veja:

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

Nós estudamos Talvez nós estudemos Nós vendemos Talvez nós vendamos Nós partimos... Talvez nós partamos (vogal temática) (desinência modo-temporal)

Não importa o nome, mas sim a modificação destas vogais!!!!!

7.1.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

O presente do subjuntivo normalmente expressa processos hipotéticos, que muitas vezes estão ligados ao desejo, à suposição:

―Quero que tudo vá para o inferno!‖

Suponho que ela esteja em Roma.

Caso você vá, não deixem que o explorem.

Talvez ela não o ame mais.

7.2 Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO

(28)

Dica : insira

a conjunção “se” antes deste tempo verbal (se eu estudasse). Isso sempre ajuda. Perceba a desinência modo-temporal “-sse”.

7.2.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

 O imperfeito do subjuntivo expressa processo de limites imprecisos, anteriores ao momento em que se fala ou escreve:

Fizesse sol ou chovesse, não dispensava uma volta no parque.

Os baixos salários que o pai e a mãe ganhavam não permitiam que ele estudasse.

 O imperfeito do subjuntivo é o tempo que se associa ao futuro do pretérito do indicativo quando se expressa circunstância de condição ou concessão:

Se ele fosse politizado, não votaria naquele farsante.

Embora se esforçasse, não conseguiria a simpatia dos colegas.

 Também se relaciona com os pretéritos perfeito e imperfeito do indicativo:

Sugeri-lhe que não vendesse a casa.

Esperava-se que todos aderissem à causa.

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

Eu estudasse vendesse permitisse

Tu estudasses vendesses permitisses

Ele estudasse vendesse permitisse

Nós estudássemos vendêssemos Permitíssemos

Vós estudásseis vendêsseis permitísseis

Eles estudassem vendessem permitissem

(29)

 Também é importante observarmos o verbo auxiliar neste tempo verbal, juntando-se a um verbo no particípio, formando um tempo composto (pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo). Ele expressa um processo anterior a outro processo passado:

Esperei que tivesse exposto completamente sua tese para contrapor meus argumentos.

 Esse tempo pode associar-se ao futuro do pretérito simples ou composto do indicativo quando são expressos fatos irreais e hipotéticos do passado:

Se me tivesse apresentado na data combinada, já seria funcionário da empresa.

Mesmo que ela o tivesse procurado, ele não a teria recebido.

Veja como caiu na prova da FCC!!!

MPE - SE 2010 Superior

Ao girar uma manivela, o movimento era multiplicado, pelo que o helicóptero se levantava e só se detinha quando o braço da gente cansava.

Reescrevendo-se a frase acima, reiniciando-a com o segmento Se eu girasse uma manivela, as outras formas verbais deverão ser na ordem dada:

(A) seria - levantara - detera - cansara (B) fosse - levantasse - deteria - cansara (C) seria - levantasse - detesse - cansasse (D) fora - levantara - detivesse - cansar (E) seria - levantaria - deteria - cansasse

7.3 Reconhecimento do tempo FUTURO DO SUBJUNTIVO

Pronomes Pessoais

do Caso Reto Verbo Estudar Verbo Vender Verbo Permitir

(30)

Dica: insira a conjunção “quando” antes deste tempo verbal (quando eu estudar). Isso sempre ajuda. Perceba a desinência modo-temporal “-r”.

7.3.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?

 Na forma simples, indica fatos possíveis, mas ainda não concretizados no momento em que se fala ou escreve:

Quando comprovar sua situação, será inscrito.

Quem obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral.

Se ela for a Siena, não quererá mais sair de lá.

 Esse tempo normalmente se associa ao futuro do presente do indicativo quando se expressa circunstância de condição:

Se fizer o regime, emagrecerá rapidamente.

Eu estudar vender permitir

Tu estudares venderes permitires

Ele estudar vender permitir

Nós estudarmos vendermos permitirmos

Vós Estudardes venderdes permitirdes

Eles estudar vender permitir

(31)

 O futuro do subjuntivo composto expressa um processo futuro que estará terminado antes de outro, também futuro:

Quando tiverem concluído os estudos, receberão o diploma.

Iremos embora depois que ela tiver adormecido.

 Na forma simples, indica fatos possíveis, mas ainda não concretizados no momento em que se fala ou escreve:

Quando comprovar sua situação, será inscrito.

Quem obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral.

Se ela for a Siena, não quererá mais sair de lá.

 Esse tempo normalmente se associa ao futuro do presente do indicativo quando se expressa circunstância de condição:

Se fizer o regime, emagrecerá rapidamente.

 O futuro do subjuntivo composto expressa um processo futuro que estará terminado antes de outro, também futuro:

Quando tiverem concluído os estudos, receberão o diploma.

Iremos embora depois que ela tiver adormecido.

7.4 Modo Imperativo

7.4.1 Reconhecimento do Modo Verbal

Imperativo Afirmativo: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural são retiradas diretamente do presente do indicativo, suprimindo-se o –s final: tu estudas – estuda tu; vós estudais – estudai vós. As formas das demais pessoas são exatamente as mesmas do presente do subjuntivo.

(32)

Lembre-se de que não se conjuga a primeira pessoa do singular no modo imperativo;

Imperativo Negativo: todas as pessoas são idênticas às pessoas correspondentes do presente do subjuntivo, excluindo-se a primeira pessoa do singular.

7.4.2 Correlação

A correlação entre tempos e modos verbais, ou uniformidade modo-temporal, se dá por meio dá ligação semântica entre os verbos de um período composto por subordinação de modo que haja uma harmonia de sentido na frase em que os verbos se encontram.

Ex: “Caso eu tivesse dinheiro, faço um curso.”

No exemplo acima há uma boa relação de sentido entre os verbos? O verbo ter está no pretérito imperfeito do subjuntivo (tivesse), indicando hipótese, certo? O outro verbo, fazer está no presente do indicativo, indicando certeza e ação atual, certo? Podemos misturar hipótese e certeza na mesma frase? Faz sentido? CLARO QUE NÃO!

Acho que você já começou a entender. É preciso que determinados tempos e modos verbais se complementem na frase para que ela tenha um sentido harmônico, e isso se deve muito à correlação entre tempos e modos verbais. Veja como o exemplo acima deveria ficar para ter o sentido desejado:

Ex: Caso eu tivesse dinheiro, faria um curso.

Tivesse: hipótese. Faria: hipótese. Opa!!! Diegho. Agora eu estou começando a entender !!!

Assim eu espero!! Rs!!

Existem três modos verbais: INDICATIVO, SUBJUNTIVO, IMPERATIVO. Existem três noções temporais: PASSADO, PRESENTE E FUTURO.

Diegho, além de dois verbos de mesmo tempo e modo poderem se combinar, existe m outras combinações possíveis? Sim é claro. Logo a seguir vou colocar uma tabela com as correlações. Não decore essa tabela, mas sim perceba a relação entre os sentidos, acho muito mais fácil desse jeito, mas cada um de seu jeito de estudo.

(33)

Esse assunto é bem frequente em provas, principalmente provas da FCC!!!

Iniciando, na oração principal, com o tempo PRESENTE.

 presente do indicativo + presente do indicativo

Ex: Hoje eu sei que tenho chances com aquela mulher.

 presente do indicativo + pretérito perfeito

Ex: Hoje eu sei que tive chances com aquela mulheres.

 presente do indicativo + pretérito perfeito composto do indicativo EX: Hoje ela sabe que tenho lutado por nosso amor

Iniciando, normalmente na oração principal, com o tempo PRETÉRITO.

 pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo Ex: Notei que você ia me apresentar àquela mulher.

 pretérito perfeito + pretérito mais-que-perfeito-do indicativo Ex: Notei que você o apresentara àquela mulher.

 pretérito perfeito + pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo Ex: Notei que você o havia apresentado àquela mulher.

 Pretérito perfeito + futuro do pretérito

Ex: Disseram que ela seria apresentada a mim.

 pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo Ex: Se eu passasse por ela, apresentaria a você.****

(34)

Iniciando, na oração principal, com o tempo FUTURO

 Futuro do pretérito + pretérito imperfeito do subjuntivo Ex: Desejaria que me apresentasse àquela mulher.

 Futuro do pretérito do indicativo+ pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Ex: Gostaria que você tivesse visto àquela mulher.

 Futuro do presente do indicativo+pretérito perfeito Ex: Nós obteremos aquilo que nos propuseram.

Correlações que mais aparecem em provas, principalmente da FCC!

 presente do indicativo + presente do subjuntivo Ex: Não é certo que você assedie as pessoas.

 pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo Ex: Esperei durante horas que você ligasse.

 futuro do subjuntivo + futuro do presente

Ex: Quando os governantes resolverem ser honestos, serei o primeiro a elevá-los

 pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo Ex: Se fôssemos pessoas bonitas, cometeríamos erros?

DICA: Estude a correspondência entre os tempos simples e compostos !

(35)

8. Classificação dos Verbos

A classificação dos verbos depende de suas características morfossintáticas.

8.1 Regulares

O radical e as desinências permanecem inalterados Ex: Verbo amar

Eu amo Tu amas Ele ama Nós amamos Vós amais Eles amam

8.2 Irregulares

Tenham muito cuidado com estes aqui! Percebe-se a irregularidade normalmente na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, pois o radical ou as desinências são alteradas.

Ex: Verbo caber

Eu caibo ( olha a mudança no radical) Tu cabes

(36)

Ele cabe Nós cabemos Vós cabeis Eles cabem

8.3 Anômalos

Estes Apresentam mais de um radical diferente, existem dois apenas Ir e ser. O verbo ser tem origem nos verbos latinos e por isso apresenta radicais diferentes

Ex: Eu sou Tu és

8.4 Defectivos

São verbos que não apresentam conjugação completa. Tal defeito ocorre no presente do indicativo e do subjuntivo e no imperativo

8.5 Abundantes

(37)

São verbos que possuem duas ou mais formas na mesma parte da conjugação. Geralmente isso ocorre no particípio.

Ex: Havemos ou hemos; haveis ou heis ; construis ou constróis

8.6 Pronominais

São verbos pronominais aqueles que estão sempre acompanhados de um pronome, o qual pode apresentar valor reflexivo, valor recíproco em voz verbal. Já essencialmente pronominais são verbos que não podem ser conjugados sem a presença do pronome oblíquo átono, o famoso POA, com função de parte integrante do verbo. É como se esse pronome fizesse parte do radical. Entende?

Ex: Ele queixou-se do patrão

8.7 Reflexivos

Os verbos reflexivos são um subtipo dos verbos pronominais, pois são conjugados com um pronome oblíquo átono. No entanto, com são transitivos diretos e transitivos diretos e indireto, sempre acompanhados de pronomes reflexivos, os quais exercem obrigatoriamente função sintática de objeto direto ou indireto.

8.8 Vicários

(38)

São aqueles que substituem outros verbos, evitando a repetição. Normalmente são vicários os verbos ser e fazer. Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o.

Ex: João vinha muito aqui, mas há anos que não o faz. ( o faz = vem aqui)

9. Questões Comentadas

Questão 1 - TRF 2ª R 2007 - Analista

Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões “científicas”. Considerada a frase acima, em seu contexto, é correto afirmar que a forma verbal desafiando expressa noção de “tempo”.

Comentário: O gerúndio é uma forma nominal que, em determinado contexto, pode transmitir valor adverbial. A noção de tempo é adverbial, porém o contexto mostra uma circunstância de modo. A liberdade teima em aparecer como? Assim, o gerúndio

“desafiando” transmite circunstância adverbial de modo e não de tempo, como pedia a questão.

Gabarito: ERRADO

Questão 2 - Prova: TRF 2ª R 2007 - Analista

Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana. A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: Vencer constitui emprego do infinitivo como substantivo, emprego também exemplificado por “Recordar é viver”, que equivale a “A recordação é vida”.

Comentário: O infinitivo é uma forma nominal que, em determinado contexto, pode transmitir valor substantivo. É o caso do infinitivo empregado nesta questão. Podemos entender o substantivo aí empregado como “O vencimento de limitações tem sido...”.

Gabarito: CERTO

(39)

Questão 3 - Defensoria Pública SP 2010 - Superior

A memória ajuda a definir quem somos. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontram os grifados acima está também grifado na frase:

(A) ... para que possa interpretar...

(B) Cientistas brasileiros e americanos demonstraram ser possível apagar ...

(C) ... tornou-se uma preocupação central nas sociedades modernas ...

(D) ... que as células do cérebro não se regeneravam.

(E) O experimento indica que ....

Comentário: Os verbos “ajuda” e “somos” encontram-se no tempo presente do indicativo.

Na alternativa (A), “possa” está no presente do subjuntivo, o qual será visto adiante.

Na alternativa (B), o verbo “demonstraram” encontra-se no pretérito perfeito do indicativo, o qual será visto posteriormente.

Na alternativa (C), o verbo “tornou-se” também se encontra no pretérito perfeito do indicativo.

Na alternativa (D), o verbo “regeneravam” encontra-se no pretérito imperfeito do indicativo, o qual será visto adiante.

A alternativa (E) é a correta, pois “indica” também se encontra no presente do indicativo.

Gabarito: E

Questão 4 - TRT 12ª R 2010 Técnico

Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ... . O verbo flexionado nos mesmos tempos e modos em que se encontra o grifado acima está em:

(A) ... explicava ela ...

(B) Novelas vivem de conflitos.

(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...

(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –

(40)

(E) Mas eles são bons só na vida privada.

Comentário: O verbo “dizia” possui a desinência modo-temporal “-ia” (segunda conjugação), a qual indica o tempo pretérito imperfeito do indicativo.

A alternativa (A) é a correta, pois “explicava” também se encontra no tempo pretérito imperfeito do indicativo. Perceba que a desinência modo-temporal de 1ª conjugação é “-va”;

já a da segunda e da terceira é “-ia”.

Na alternativa (B), o verbo “vivem” encontra-se no presente do indicativo.

Na alternativa (C), o verbo “empolgue” encontra-se no presente do subjuntivo, o qual será visto adiante.

Na alternativa (D), o verbo “deveriam” encontra-se no futuro do pretérito do indicativo, o qual será visto adiante.

Na alternativa (E), o verbo “são” encontra-se no presente do indicativo.

Gabarito: A

Questão 5 - TRT 20ª R 2006 Técnico

Considere as formas verbais saem e saía. A mesma relação existente entre ambas, quanto à flexão, está no par

(A) vão e foi.

(B) estão e estava.

(C) fogem e fugiu.

(D) dirigem e dirigira.

(E) trabalham e trabalharia.

Comentário: O verbo “saem” encontra-se no tempo presente do indicativo e “saía”, no pretérito imperfeito do indicativo. Perceba a desinência modo-temporal (-ia) nos ajudando no reconhecimento do tempo pretérito imperfeito do indicativo.

Na alternativa (A), “vão” (presente do indicativo) e “foi” (pretérito perfeito do indicativo).

O pretérito perfeito será visto adiante.

A alternativa (B) é a correta, pois os verbos “estão” e “estava” encontram-se respectivamente nos tempos presente do indicativo e pretérito imperfeito do indicativo, respectivamente.

(41)

Na alternativa (C), “fogem” (presente do indicativo) e “fugiu” (pretérito perfeito do indicativo).

Na alternativa (D), “dirigem” (presente do indicativo) e “dirigira” (pretérito mais-que- perfeito do indicativo). Este tempo será visto adiante.

Na alternativa (E), “trabalham” (presente do indicativo) e “trabalharia” (futuro do pretérito do indicativo. Este tempo será visto adiante.

Gabarito: B

Questão 6 - Metrô SP 2008 Técnico

Na estrutura “... onde se expandia ...”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que os do grifado acima está também grifado na frase:

(A) ... que revolucionou os transportes...

(B) ... a era ferroviária teve início em 1854...

(C) ... cuja construção causou maior comoção...

(D) ... a Noroeste deveria constituir o trecho brasileiro de uma transcontinental...

(E) ... o que se buscava...

Comentário: O verbo “expandia” é da terceira conjugação e por isso a desinência modo- temporal “-ia” nos mostra que o verbo está no pretérito imperfeito do indicativo, assim como a alternativa (E): “buscava”; porém este verbo é da primeira conjugação, por isso a desinência modo-temporal é “-va”. Veja o tempo dos outros verbos: “revolucionou”, “teve”

e “causou” estão no pretérito perfeito do indicativo, já o verbo “deveria” encontra-se no futuro do pretérito do indicativo.

Gabarito: E

Comentário: O verbo “fazia” possui a desinência modo-temporal de segunda conjugação “- ia” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “aguardava”

encontra-se com a desinência modo-temporal de primeira conjugação “-va”, por isso também está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ouvir”

(infinitivo), “embarcou” (pretérito perfeito do indicativo), “passara” (pretérito mais-que- perfeito do indicativo), “bastaram” (pretérito perfeito do indicativo).

Gabarito: E

(42)

Questão 8 - TJ PI Analista 2010

Enquanto isso, Karzai falava que os serviços de inteligência... . A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima é:

(A) Não sabia o coronel Vician que, imediatamente, Stada...

(B) Durante oito dias, os funcionários da Emergency ficaram incomunicáveis.

(C) O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala da administração...

(D) O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007...

(E) A ligação completou-se com um soldado britânico...

Comentário: O verbo “falava” possui a desinência modo-temporal de primeira conjugação

“-va” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “sabia”

encontra-se com a desinência modo-temporal de segunda conjugação “-ia”, por isso também está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ficaram”, “consistiu” e

“completou” (pretérito perfeito do indicativo) e “remonta” (presente do indicativo).

Gabarito: A

Questão 9 - MPE - SE 2010 Superior

Nas antigas aristocracias, o que se ... da imagem pública de um indivíduo ... que ela ... aos parâmetros de honra e decoro que ... a vida da corte. Haverá correta articulação entre os tempos verbais caso se preencham as lacunas da frase acima, na ordem dada, com as seguintes formas verbais:

(A) esperava - era - correspondesse - regiam (B) esperava - era - correspondia - regessem (C) esperou - é - correspondia - regem (D) esperara - seria - corresponda - regiam (E) espera - é - correspondesse - regeram

Comentário: Este tipo de questão naturalmente é resolvida por eliminação das alternativas.

Logo de cara se vê que não combinam os verbos “esperou” / “é”; “esperara”/ “seria”. Por isso se eliminam as alternativas (C) e (D). Note também que os verbos no presente “espera”

e “é” não combinam com “correspondesse”, que se encontra no pretérito imperfeito do subjuntivo.

(43)

Assim, eliminamos a alternativa (E). Perceba que a expressão “Nas antigas aristocracias”

posiciona o momento no passado em que os processos verbais “esperar”, “ser”,

“corresponder” e “reger” transmitem ação continuada no passado, por isso o tempo pretérito imperfeito do indicativo vai predominar. Assim:

Nas antigas aristocracias, o que se esperava da imagem pública de um indivíduo era que ela correspondesse aos parâmetros de honra e decoro que regiam a vida da corte.

Os verbos “esperava”, “era” e “regiam” transmitem certeza, por isso estão no pretérito imperfeito do indicativo. Já o verbo “correspondesse” transmite incerteza, por isso está no pretérito imperfeito do subjuntivo, o qual será visto adiante.

Gabarito: A

(44)

Questão 10 - SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas

1 Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:

— Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.

— Quem?

— Me esqueceu o nome dele.

Leitor obtuso, se não percebeste que ―esse homem que briga lá fora‖ é nada menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é ―esse homem que briga lá fora‖. A celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no quarto em que residirem.

(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)

Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:

(A) (linha 1) Estava comprando indica, entre ações simultâneas, a que se estava processando quando sobrevieram as demais.

(B) (linha 12) dera exprime ação ocorrida simultaneamente a disseram (linha 11).

(C) (linha 16) acabará por entrar expressa um desejo.

(D) (linha 17) levava designa fato passado concebido como permanente.

(E) (linha 18) residirem exprime fato possível, mas improvável.

Comentário: Percebemos que um dos empregos do tempo pretérito imperfeito do indicativo é para exprimir o processo que estava em desenvolvimento quando da ocorrência de outro.

Justamente isso foi cobrado nesta prova. Houve ocorrência de ações simultaneamente no passado (“vi”, “chegar” e “dizer”), enquanto outra estava em desenvolvimento (estava comprando). A ação continuada do pretérito imperfeito (estava) foi ampliada pelo uso do gerúndio (comprando). Note, assim, que a alternativa (A) é a correta.

(45)

Na alternativa (B), o verbo “dera” marca ação que ocorreu antes de “disseram”. Ações simultâneas são aquelas que ocorrem ao mesmo tempo. Por isso, há erro nesta questão.

Na alternativa (C), “acabará por entrar” não expressa um desejo, mas sim uma possível consequência.

Na alternativa (D), perceba que o pretérito imperfeito do indicativo transmite processo em desenvolvimento no passado, mas não como permanente.

Na alternativa (E), há fato possível e provável.

Gabarito: A

Questão 11 - SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas

Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao vendedor, a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao padrão culto escrito é:

(A) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá fora.

(B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora.

(C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.

(D) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá fora.

(E) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria lá fora.

Comentário: Note que a fala da personagem (“uma mulher simples”) encontra-se no presente do indicativo. Os verbos estão sendo usados nesse tempo para retratar o que está em desenvolvimento naquele momento. Este é o chamado discurso direto.

Porém, o pedido da questão faz com que a fala da personagem seja contada pelas próprias palavras do narrador. Perceba que o que ele vai contar ocorreu no dia anterior (Conheci ontem). Então aquilo que era presente para o personagem (a mulher), para o narrador será passado, pois o fato ocorreu um dia antes.

Assim, no lugar do presente do indicativo (utilizado pelo personagem), o narrador deve usar o pretérito imperfeito do indicativo, pois o emprego deste verbo marca aquilo que se encontrava em desenvolvimento em determinado momento do passado (ontem). Então a reconstrução correta é a da alternativa (B), com os verbos “trazia” e “ brigava” no pretérito imperfeito do indicativo (marca certeza no passado), e o verbo “desse” no pretérito imperfeito do subjuntivo, o qual marca incerteza, pois foi feito um pedido que pode ser negado (“pedir ao vendedor” ...).

Gabarito: B

(46)

Questão 12 - TJ PE 2007 Técnico

Na frase “... a aceleração é uma escolha que fizemos.”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima, está em:

(A) E quem disse que ...

(B) ... queremos mais velocidade.

(C) ... deixam as coisas mais rápidas.

(D) ... cujos sintomas seriam a alta ansiedade ...

(E) Os primeiros modelos se moviam a vinte centímetros ...

Comentário: O verbo “fizemos” encontra-se no tempo pretérito perfeito do indicativo.

A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “disse” está também no pretérito perfeito do indicativo.

Vejamos os tempos e modos de cada verbo das alternativas: “queremos” (presente do indicativo); “deixam” (presente do indicativo); “seriam” (futuro do pretérito do indicativo);

“moviam” (pretérito imperfeito do indicativo).

Gabarito: A

Questão 13 - TRT 20ª R 2002 Analista

A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década.

O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica, no contexto, (A) uma incerteza em relação a um fato hipotético.

(B) um fato consumado dentro de um tempo determinado.

(C) a repetição de um fato até o momento da fala.

(D) uma ação passada anterior a outra, também passada.

(E) uma ação que acontece habitualmente.

Comentário: Perceba que a alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal “haviam projetado” encontra-se no tempo pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. Por

(47)

isso, entende-se que esta locução verbal é o passado de outro tempo passado, marcado pelo verbo “foi”.

Na alternativa (A), caberia qualquer tempo do modo subjuntivo.

Na alternativa (B), fala-se do tempo pretérito perfeito do indicativo.

Na alternativa (C), fala-se do tempo pretérito perfeito composto (tenho estudado) e da locução verbal “vir” + gerúndio (venho estudando).

Na alternativa (E), fala-se do tempo presente do indicativo.

Gabarito: D Questão 14

Prova: TRE TO 2011 Analista

Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta. O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção originais, e o modo verbal, por:

(A) escolheria.

(B) havia escolhido.

(C) houvera escolhido.

(D) escolhesse.

(E) teria escolhido.

Comentário: Vimos que o verbo no tempo pretérito mais-que-perfeito simples é pouco usado na linguagem cotidiana e muitas vezes preferimos usar este tempo em sua forma composta. A estrutura da forma composta é “tinha ou havia + particípio”. Assim, a alternativa (B) é a correta, pois “havia escolhido” é o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, por isso pode substituir o verbo “escolhera”, o qual também se encontra no mesmo tempo verbal.

Gabarito: B

(48)

Questão 15 - TRT 2ª R 2008 técnico

Considere a flexão verbal em viviam -vivem -viverão. A mesma sequência está corretamente reproduzida nas formas:

(A) queriam - querem - quiserão.

(B) davam - dão - dariam.

(C) exigiram - exigem - exigerão.

(D) punham - põem - porão.

(E) criam - criavam - criarão.

Comentário: A sequência dada no pedido da questão é a dos tempos pretérito imperfeito do indicativo, presente do indicativo e futuro do presente do indicativo, respectivamente. Na alternativa (A), “queriam” (pretérito imperfeito do indicativo), “querem” (presente do indicativo) e “quererão” (futuro do presente do indicativo). A forma “quiserão” não existe.

Na alternativa (B), “davam” (pretérito imperfeito do indicativo), “dão” (presente do indicativo) e “dariam” (futuro do pretérito do indicativo).

Na alternativa (C), “exigiram” (pretérito perfeito do indicativo), “exigem” (presente do indicativo) e “exigirão” (futuro do presente do indicativo). A forma “exigerão” não existe.

A alternativa (D) é a correta, pois os verbos “punham”, “põem” e “porão” mantêm, respectivamente, os mesmos tempos verbais que os mencionados no pedido da questão.

Na alternativa (E), “criam” (presente do indicativo), “criavam” (pretérito imperfeito do indicativo) e “criarão” (futuro do presente do indicativo).

Gabarito: D

Referências

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