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CAFÉ CONILLON, NO SERTÃO DA BAHIA J.B. Matiello, Eng Agr Fundação Procafé e G. Brito, Eng Agr Consultor em cafeicultura

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Academic year: 2022

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CAFÉ CONILLON, NO SERTÃO DA BAHIA

J.B. Matiello, Eng Agr Fundação Procafé e G. Brito, Eng Agr Consultor em cafeicultura

È bem conhecida a grande expansão verificada na produção de café robusta a nível mundial, hoje o produto dessa espécie já ocupando cerca de 40% do mercado.

No Brasil, igualmente, o cultivo e a produção de café robusta, no caso o conillon, também vem crescendo, com uma safra média anual na faixa de 10-12 milhões, ou seja, o equivalente a 20-25% da safra brasileira de café.

A continuar com a situação atual, de preços baixos, com pequeno diferencial entre os cafés arábica e o robusta, tudo indica que a produção de conillon vai crescer mais. Prova disso é o interesse que a cultura vem despertando, inclusive, nos próprios produtores de arábica, os quais estão pensando em trocar para o conillon.

O presente trabalho objetiva relatar os resultados animadores obtidos com a cultura do café conillon em uma nova região, em área cem condições de extremo calor e seca, na Bahia. Trata-se da região de Coribe, próximo a Santa Maria da Vitória, no quase sertão da Bahia.

Alí existe um Pólo de irrigação, implantado pelo DNOCS (Dpto Nac de Obras contra a seca, do Governo Federal). Os lotes do projeto são, normalmente, de 10 ha, todos tendo água canalizada pelo projeto. As culturas mais comuns ali são as frutas- banana, mamão e manga.

Agora surgem áreas pioneiras de café conillon, inicialmente em fazendas de agricultores capixabas e, também, de baianos.

Uma área de 20 ha que acompanhamos desde o inicio, já entrou em produção e , na primeira safra alcançou a produtividade de mais de 100 scs/ha. Trata-se de um lote em altitude de cerca de 500 m, em solos bem férteis, muito argilosos e de clima muito quente e seco. Antes esta área era ocupada com a cultura de manga.

Para aproveitar o sistema de irrigação pré-existente, de micro-aspersão, foi adaptado para o café, um espaçamento em linhas duplas, mais juntas, distantes de 2,5 m, seguida de uma rua mais larga, de 4 m. Entre plantas usou-se 1 m e foram conduzidas 4-5 hastes por planta. Isto resultou em cerca de 3080 plantas e cerca de 12-15000 hastes por ha.

A mangueira de irrigação, com micro-aspersores a cada 4 m, fica no meio da rua estreita e molha, assim, 2 linhas laterais com uma só mangueira, visando economia.

A alta produtividade foi obtida mesmo sendo o plantio com mudas oriundas de sementes, por facilidade no local.

A plantação tem chamado a atenção dos agricultores da região, pelo seu bom aspecto e alta produção, saltando aos olhos, numa região extremamente quente e seca.

Verifica-se, assim, que o cafeeiro conillon se adapta facilmente a diferentes condições ambientais, mesmo extremas, com alguns cuidados e, na situação atual, com melhor retorno.

Referências

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