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Academic year: 2018

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DataGramaZero - Revista de Informação - v.12 n.5 out/11 ARTIGO 05

Interatividade na TV digital aberta:como entender o que o usuário pensa, precisa e quer Interactivity on open digital TV:how to understand what a user thinks, needs and wants

por Maria Elizabeth Horn Pepulim e Francisco Antonio Pereira Fialho

Resumo: Este artigo trata do usuário da TV digital, da importância de entendê-lo e respeitá-lo para então incluí-lo no processo de implementação da interatividade na TV digital aberta brasileira. Apresenta, alguns dados relativos a TV aberta no Brasil , uma reflexão sobre o modelo de negócios mais interessante para esta proposta de mudança de comportamento de populações e algumas reações adversas decorrentes da interatividade, já presente e utilizada através de muitas tecnologias. Coloca algumas considerações sobre o usuário, para então, entrar na problemática da importância da pesquisa de opinião vista sobre um novo paradigma, o de compreender realmente o usuário antes de qualquer direcionamento pretendido que diga respeito à construção de conteúdo interativo para TV digital aberta. A ideia apresentada para tentar viabilizar o alcance deste objetivo, é o uso do método hermenêutico apoiado em técnicas de psicanálise como apoio e complemento a pesquisa de opinião relacionada ao futuro usuário da interatividade na TV digital aberta.

Palavras-chave: TV Digital aberta; Interatividade; Usuário; Pesquisa de opinião; Hermenêutica.

Abstract: This article is about digital TV users, the importance of understanding, respecting and then including them in the process of establishing interactivity on brazilian open digital TV. It shows some facts related to open TV in Brazil, a reflection on the most interesting business model for this proposal for a populations behavior change in some adverse reactions

originated in interactivity, already present and used for many technologies. It first establishes some considerations about users and after it approaches the problematic of the importance of opinion poll from a new paradigm in order to really understand the users before any intended directive concerned with the interactive context of open digital TV.The idea here presented to reach this goal in order to assess the full extent of the objective feasibility, is the use of the hermeneutic method supported by psychoanalytic techniques such a support and complement of the opinion poll related to the future users of open digital TV interactivity.

Keywords: Open Digital TV; Interactivity, users; Opinion poll; Hermeneutic .

Introdução

Determinados temas pelo caráter inovador, quando analisados sistematicamente sob vários aspectos, acabam se apresentando mais complexos do que o esperado, o uso do recurso de interatividade na TV digital aberta brasileira é um deles. Partindo do pressuposto de que é uma proposta de um novo modelo de comunicação voltado para as massas, muitas questões ainda precisam ser arroladas.

O objetivo deste artigo é levantar determinados aspectos de algumas destas questões, mais especificamente aqueles relativos a que tipo de ferramentas podem ser utilizadas para identificar melhor as expectativas e resistências do futuro usuário da interatividade via TV digital aberta. A ideia é sugerir a inserção de uma ferramenta de avaliação qualitativa como método de apoio a usual

pesquisa de opinião, objetivando tentar captar de forma mais aprofundada quem é o futuro usuário da TV digital aberta, o que ele tem a sua disposição e usa no que diz respeito a tecnologia, o que ele sofre e pode vir a sofrer em decorrência do uso da tecnologia que dispõe e poderá vir a dispor, e o que ele gostaria de usufruir em relação a ela. Enfatizando a necessidade premente de ouvi-lo e entendê-lo antes de realizar qualquer ação no sentido de impor a ele novos padrões de comportamento. Padrões estes que serão sim, “impostos” uma vez concluída a implementação da TV digital aberta brasileira.A estrutura deste artigo foi pensada de forma a criar uma cadeia de informações que permitam ao leitor entender a problemática relativa à importância do uso de uma ferramenta mais específica para auxiliar na compreensão e no entendimento adequado do futuro usuário da interatividade da TV digital aberta.

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interessante para a implantação da interatividade na TV digital aberta brasileira. Na sequência são descritas algumas reações adversas decorrentes da interatividade, já presente e utilizada através de muitas tecnologias , e feitas algumas considerações sobre o usuário. O ultimo ponto tratado, refere-se à importância de encarar a pesquisa de opinião através de um novo paradigma, o de tentar compreender o âmago do usuário antes de qualquer direcionamento pretendido que diga respeito a construção, neste caso, de conteúdo interativo para TV digital aberta. A ferramenta qualitativa proposta para tentar chegar o mais perto deste objetivo é o uso do método hermenêutico apoiado em técnicas de psicanálise como apoio a usual pesquisa de opinião.

O sistema brasileiro de televisão digital

Instituído através do Decreto 4.901, de 26.11.2003, o Sistema Brasileiro de Televisão Digital visa

proporcionar o desenvolvimento de novas aplicações que não ofereçam apenas entretenimento mas também promovam a educação, a cultura e o exercício da cidadania. A opção do Governo Federal foi a de não aceitar um padrão totalmente desenvolvido no exterior, e investir em mobilizar cientistas, pesquisadores e empresas brasileiras em busca do que seria um sistema mais adequado às

características da televisão aberta brasileira. Foi realizado um grande investimento financeiro em 22 consórcios, envolvendo 106 universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas. Os estudos, originados desta tarefa de busca, resultaram em um sistema original, nipo-brasileiro, baseado no sistema de modulação japonês, o Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial (ISDB-T )1. (Barbosa Filho,2007)

A razão da opção do Governo brasileiro foi baseada em premissas tecnológicas que envolveram resultados dos testes de robustez do sinal emitido, pela flexibilidade do sistema de modulação, e por sua mobilidade. Estrategicamente, a escolha pode ser justificada pela oportunidade de compartilhar com o Japão o sistema mais evoluído de televisão digital aberta, já que este foi uma evolução dos dois sistemas anteriores, tanto o norte americano Advanced Television System Committee (ATSC), o primeiro padrão, como o europeu Digital Video Broadcasting (DVB) (Barbosa Filho,2007).O decreto

presidencial nº 5820 de 26.07.2006, que estabelece as regras de implementação da TV digital no Brasil, dá

um prazo de sete anos para que o sinal digital cubra todo o território nacional e de dez anos para que toda transmissão terrestre no Brasil passe a ser digital. Ao final desse período, as concessões de canais analógicos terão que ser devolvidas pelos operadores privados à União. Em vista desta realidade iminente é imprescindível que seja dispensada uma atenção especial ao futuro usuário deste sistema de TV aberta. Tentar ouvi-lo alicerçado em um novo paradigma de pesquisa pode conceder a ele o status de participante neste processo ao invés de mero coadjuvante.

A TV aberta no Brasil

Há muitos anos com o surgimento da TV o homem foi contemplado com a graça de um entretenimento a mais, que podia até ser informativo e/ou educacional, dentro da própria casa. Segundo um artigo comemorativo publicado em 14 de agosto de 1989, na Folha da Tarde 2 , o primeiro programa da televisão brasileira começou com um discurso de Assis Chateaubriand, fundador dos Diários Associados na noite de 18 de setembro de 1950. Foi dirigido por Cassiano Gabus Mendes e levou imagens daqueles que faziam o rádio, como Lia de Aguiar e Walter Forster interpretando uma cena romântica, da Hebe Camargo cantando, assim com o Frei José Mojica, interpretando seus sucessos. Houve até comentário político e esportivo. Durante cinco horas, os brasileiros ficaram encantados com as imagens que aquele enorme aparelho transmitia.

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existem discussões em torno da qualidade da programação oferecida por muitos canais, mas o fato é que se não fossem interessantes para alguém a televisão não seria atualmente a campeã de penetração (97,03%), entre equipamentos de tecnologia de informação e comunicação (TIC), nos domicílios

brasileiros (NIC.br, 2008). No Brasil, que é o país focado neste artigo, dificilmente alguém se entristece quando fica sem TV, pelo aparelho em si. O que as pessoas não querem é perder suas novelas, seus jogos, suas séries, enfim, seu entretenimento, seu lazer.

Winck (2007) utiliza uma colocação da jornalista Léa Tiriba para ponderar sobre as críticas relacionadas a qualidade da programação oferecida.

"Soma-se aos conceitos e preconceitos sobre o mundo da TV outro agravante para a implantação da TV interativa em larga escala: a tradicional consideração de que a cultura popular tem qualidade duvidosa, mesmo sabendo-se, todavia, que grande parte dos conteúdos da indústria da comunicação são fruto da apropriação dos conteúdos da cultura popular, adaptados ao “gosto” do público médio"

(Tiriba apud Winck, 2004). A maior parte do povo brasileiro, da mesma forma que há cinquenta e oito anos atrás continua encantado com as imagens que a TV transmite, ele usa a programação veiculada por ela para se informar e relaxar, e de forma geral gosta do que vê. É um direito conquistado que ele usufrui com prazer. Estimulá-lo a interagir nestes momentos pode ser interessante como modelo de negócio, mas será bom para ele?

A interatividade na TV digital aberta

A interatividade na TV digital aberta brasileira é um tema complexo, que se encontra entre dois conceitos não excludentes entre si: modelo de negócio e/ou modelo de gestão. Embora

complementares, a escolha de um destes conceitos acabará norteando linhas de ação distintas, que refletirão no público alvo, no usuário. Com relação a modelo de negócios, Reis, Proença e Junior (2003, p.1), citam Joan Magretta 3 , uma discípula de Peter Drucker , 4 que limita-se a constatar “que um bom modelo de negócios busca responder às ‘velhas’ questões colocadas por ele, isto é, identificar quem são os clientes, ao que dão valor, como lucrar nos negócios e como entregar valor para os clientes a um custo apropriado”. Por sua vez, a interatividade na TV digital aberta dirigida para agir, principalmente, como elemento de gestão teria que além de responder a estas questões, cumprir o objetivo de, disseminar, compartilhar e transferir conhecimento para, também, contribuir com a construção da memória ou codificação do conhecimento, direcionada para a solidificação da

identidade do povo brasileiro. O que indicaria a necessidade de um modelo de negócio diferenciado, que priorize a natureza humana antes de tudo.

Seguindo esta linha de raciocínio, a seguinte colocação de Arie De Geus 5 (1998) torna-se complementar:

“O sucesso das empresas e a receita para sua longevidade não dependem da luta excessiva por lucros. Alguns outros fatores, que embora de mensuração mais complexas , impactam profundamente no sucesso e longevidade da organização. A sensibilidade ao ambiente de negócios é um item primordial. Uma empresa que tem a sensibilidade como valor, é capaz de aprender a se adaptar com os atores que as cercam. São geralmente mais flexíveis e

inovadoras. Define ainda, que a sensibilidade é a alma para a aprendizagem organizacional e para a gestão de mudanças. A coesão interna, em torno de um sentido de identidade, de objetivos comuns e de comunidade, são

características que podem vir a tornar um grupo bastante sólido, embora possa levar anos para acontecer.”

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desta magnitude. Para que haja um melhor entendimento da colocação, “zelar pela integridade física e emocional” a seguir serão descritos alguns reflexos, não exatamente positivos, mas existentes,

relacionados ao uso frequente de alguns recursos das tecnologias de informação e comunicação. Como complemento ao que foi narrado neste capítulo esta citação de Sacrini (2004, p.5) é relevante por evidenciar de forma sucinta, em termos de uso, o que é a referida interatividade na TV digital:

"Na verdade, trata-se da televisão como a conhecemos com os processos de produção,

encapsulamento, envio e recepção de sinais totalmente digitalizados. Dependendo do sistema adotado, poderão ser incorporadas algumas possibilidades de interação do usuário com o sistema, com o conteúdo ou com seus provedores. Assim, como com o surgimento da internet, a implementação da TV digital interativa deve transformar o meio de comunicação original que lhe serviu como suporte, se configurando num novo ambiente de comunicação que soma características e possibilidades de vários meios e aparatos pre-existentes" (Sacrini, 2004.p.5)

Reações adversas relacionadas à interatividade proporcionada pelas tecnologias de informação e comunicação

A interatividade proporcionada por várias tecnologias de informação e comunicação (TICs) até o

momento, e agora também, objetivo da TV digital aberta brasileira, é mais uma opção de

compartilhamento para o público usuário e talvez mais um motivo de stress. A questão levantada aqui é que sua disseminação necessita ser estudada uma vez que a pretensão não deve ser que a população adquira um novo padrão comportamental a qualquer custo.

Segundo Ferreira (1999), “interagir diz-se, entre outros, do meio de comunicação que permite ao destinatário interagir, de forma dinâmica, com a fonte ou o emissor”. Hoje esta interação acontece a todo momento, amparada pela web.

Sabe-se que a força da tecnologia aliada à propagação da internet, mudou a vida de muita gente a começar pelo formato das organizações. Sabe-se também que esta sociedade plugada, nunca deu tanto valor a comunicação e a informação, e que esta mesma sociedade paga um preço, também, em termos de saúde por isto. A ansiedade, por exemplo, não é mais restrita a uma determinada faixa etária, hoje existem crianças sofrendo deste mal e de Lesão por Esforço Repetitivo (L.E.R.), além de adultos

envelhecendo profissionalmente mais cedo em determinadas áreas, por não acompanhar os avanços tecnológicos. São estresses em cima de estresses. Freud (1976, p.98), em 1907, conjeturando sobre a doença nervosa moderna, já colocava que a simples enumeração de uma série de fatos gerais

demonstrava claramente proposição da relação entre doença nervosa e a civilização moderna. ”Cresceram as exigências impostas à eficiência do indivíduo, e só reunindo todos os seus poderes mentais ele pode atendê-las "A vida urbana torna-se cada vez mais sofisticada e intranquila”(Freud, 1976, p.98).

Já na atualidade, Wurman (2005, p.14) discorre sobre este assunto colocando que “a ansiedade de informação é causada pela distância cada vez maior entre o que compreendemos e o que achamos que deveríamos compreender. É o buraco negro existente entre os dados e o conhecimento, que aparece quando a informação não diz o que queremos saber”. Para ilustrar alguns destes estresses, pode-se mencionar o computador, equipamento inovador e popular no que diz respeito a interatividade e um reconhecido agente produtor de estresse. Amaral (1997) expôs há algum tempo que: "O vício no uso do computador pode levar a certa impaciência, o usuário começa a não suportar mais aquela demora numa conexão à internet, ou mesmo é dominado pelo nervosismo quando acontece um bug em

determinado programa. Sintomas incontestáveis de vício, que podem levar a situações de stress."

Psicólogos do mundo inteiro têm, cada vez mais, dado importância às causas e consequências do vício por computadores, e a internet tem sido a sua maior fonte de estudos.

E Fernandes e Santos (2002.p.14), trazem a tona algumas considerações não muito positivas sobre a relação das pessoas com a TV:

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pessoas na sala de estar. Propôs interações por telefone, correio eletrônico, cartas, e incentivou a participação em seus programas, estamos lá de alguma forma e lá queremos estar sempre, pois, de algum modo, temos a convicção de que seremos convidados a retornar; não dominamos o espetáculo, mas dele fazemos parte. Participamos, enfim, de um emocionante e recorrente círculo vicioso de comunicação. Essa TV não divide apenas o espaço físico em casa ou nos centros de lazer; ela divide as pessoas, multiplica o

isolacionismo egoísta, instala-se no centro da casa, senhora dos valores e das verdades."

Estas são algumas reações adversas que, em tese, vem ocorrendo e afetando usuários a partir da popularização do uso de determinadas tecnologias. Neste contexto, não menos importante, existe, ainda, a questão do acesso, que nada mais é que inclusão digital. A exclusão digital, sem duvida, é um mais um gerador de estresse em uma sociedade que vem informatizando tudo e, consequentemente, modificando suas rotinas sociais e culturais.

"As organizações básicas da vida social são essenciais para o estabelecimento de normas e padrões comuns, para a promoção de confiança social e interpessoal e, no final, para o crescimento do engajamento cívico ... .No contexto brasileiro, em que os novos processos e dinâmicas da sociedade em rede ... convivem com padrões tradicionais da vida social e econômica e em que prevalecem fortes tendências de exclusão social e digital, o surgimento da sociedade em rede parece reforçar ainda mais a exclusão social, política e econômica, afrouxando os laços sociais no nível comunitário e colocando em risco a própria democracia" (Frey, 2003).

Virgil (2008.p.13) cita Bauman para embasar, que: "Se é possível afirmar que uma sociedade pode adquirir tecnologias e utilizá-las de formas variadas e múltiplas, deve-se atentar para a possibilidade de que nem todos os indivíduos dessa sociedade possam ter acesso a ela ou ser capazes de manipulá-la, principalmente no que se refere às tecnologias de informação e comunicação. Assim, “a sociedade pós moderna de consumo é uma sociedade estratificada e “a era ... da ilimitada transferência de informação e da comunicação instantânea ...é também a era de uma quase total quebra de comunicação entre as elites instruídas e o populus”.

O mesmo autor conclui que desta forma o problema pode aparecer em duas dimensões (Virgil, 2008, p.13): "a) apenas parte dos indivíduos tem acesso à tecnologia utilizada; b) os indivíduos, mesmo tendo acesso à tecnologia utilizada, são incapazes de manipulá-la satisfatoriamente." Estas questões referentes a integridade física e mental do usuário não são exatamente solucionáveis por fazerem parte de um macro processo “evolutivo”que vem em andamento a algum tempo. O que não quer dizer que não devam ser observadas e pesadas na hora da concepção de conteúdo interativo para TV digital aberta.

A concepção de conteúdos interativos para TV digital aberta.

Um dos aspectos que, aparentemente, torna a proposta de televisão interativa interessante é a

possibilidade de convergência entre mídias que acena a possibilidade de inclusão digital.Para Teixeira e Casella (2008.p.5), "O modo mais aceito e simples de se entender a tevê interativa se resume em três aspectos gerais: TV expandida- quando o aplicativo interativo está vinculado ao programa de tevê (ex: reality shows, enquetes, merchandising, etc.); Serviços interativos- quando o televisor passa a servir como um terminal de acesso a conteúdos que não possuem vínculos diretos com a programação de tevê (ex: tv-mail, tv-banking, previsão do tempo, etc.); e Infraestrutura- são interfaces e mapas de navegação que dão acesso ao conteúdo, mas que não são o conteúdo em si (guias de programação, menus, etc.)." A concepção de novos programas com conteúdo adequado para interatividade e para conquistar o público brasileiro, provavelmente, enfrentará ainda diversos obstáculos.

Viabilizar a relação entre os telespectadores e os conteúdos televisivos, de forma a atender aos

interesses das emissoras, dos anunciantes e do próprio público, é o grande desafio. Ouvir com o intuito de compreender, e não de apenas tabular o usuário brasileiro, parece ser a única forma possível de se chegar a este objetivo.

A transformação do telespectador em usuário

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telespectador. Para Ferreira (1999), “o telespectador é o espectador de televisão. O espectador por sua vez é aquele que vê qualquer ato; testemunha, aquele que assiste a qualquer espetáculo”. A

metamorfose do telespectador contemporâneo seria uma proposta de fazê-lo querer enxergar além da televisão como ele a conhece, o que já vem acontecendo a algum tempo, mesmo sem que ele perceba. Machado(1996,p.145), afirma que: "O zapping 6 surgiu, originalmente, como uma resposta do

telespectador à mediocridade instalada na televisão, um gesto de resistência contra o rolo compressor da uniformidade audiovisual, na tentativa, nem sempre bem-sucedida, de escapar ao contágio

anestesiante da economia televisual."

É fácil supor que foi a partir de atitudes como esta que o telespectador tenha se tornado um usuário, que de acordo com Ferreira (1999) “é aquele que possui ou desfruta alguma coisa pelo direito de uso. Cada um daqueles que usam ou desfrutam alguma coisa coletiva, ligada a um serviço público ou particular."

Na literatura hoje é possível, encontrar algumas teorias sobre perfis de usuários de TV digital

interativa. Valdestilhas e Almeida (2005), por exemplo, afirmam que existem “os curiosos entusiastas, curiosos reticentes, medrosos com orientação e medrosos desmotivados,” e os descrevem. E Barros (2006), aponta e descreve o “torcedor antenado, a mãe ocupada, meia idade com ajuda e torcedor com baixa alfabetização”. Estas descrições vem acompanhadas de particularidades que podem ou não repercutir na disseminação da interatividade da TV digital aberta. Com certeza com o passar do tempo surgirão mais descrições de outros tipos de usuários de TV, o que é importante para que estudos possam ser desenvolvidos. Mas será que com tantos pormenores não se perderá o foco? Afinal são todos usuários. De qualquer forma com tantas definições, o mais provável é que não seja possível fazer programas específicos para cada tipo de usuário, e que a programação continue a ser criada para

determinadas faixas etárias, que levam em conta sexo, e alguns perfis mais generalistas (profissionais e sociais). Mas a questão determinante aqui é tentar entender o diferencial do povo brasileiro, e não apenas segmentá-lo. Já é possível saber quem são, como são, e até o que determinados grupos necessitam em termos de interfaces, como por exemplo, os portadores de deficiências visuais e auditivas. Mas e o restante da população usuária, o que ela quer e o que ela não quer? A resposta a esta pergunta, sugerida através deste artigo, é a pesquisa de opinião sob um novo enfoque, assunto que será colocado no próximo capítulo.

O uso pesquisa de opinião para construção de conteúdos para TV digital

Como podemos constatar, nunca foi tão importante conhecer a opinião da população usuária de TV, seu grau de satisfação, suas expectativas e resistências sobre o que existe e o que pode vir a existir em termos de programação de TV digital aberta interativa no país. Este conhecimento pode ser possível através da pesquisa de opinião. "Hoje em dia, as pesquisas políticas e de opinião pública têm se convertido numa característica central ao processo de democratização da América Latina,

desvendando suas múltiplas funções. A forma como elas interagem com outros agentes chaves deste processo (tais como a mídia, as elites locais) já não pode ser ignorada, nem serve como desculpa para a falta de atenção dada ao assunto (Echegaray, 2001, p.15). Além disto, de acordo com Valdestilhas e Almeida (2005.p.2), "O processo de desenvolvimento de um produto deve começar pelo usuário e por suas necessidades, em vez de começar pela tecnologia, antes de desenvolver todo um aparato tecnológico de redes, processadores e aplicativos, deve-se perguntar ao usuário sobre sua intenção de transformar o mais comum instrumento de diversão, entretenimento e cultura em um dispositivo que possivelmente, não será operado em sua total funcionalidade sem a intervenção humana. "

Durante muito tempo quando mencionada a pesquisa em TV, naturalmente vinha a lembrança o grupo

Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE )7 , multinacional brasileira especializada em pesquisas de mídia (mercado e opinião presente em 14 países), que para apoiar a tomada de decisões de seus clientes, realizava e realiza pesquisas sobre os mais variados temas: mídia, opinião pública, política, consumo, comportamento, mercado, marca, propaganda e internet entre outros. Sabe-se que atualmente, investidores, políticos, governos, empreendedores, agências de publicidade,

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porque chama a atenção para toda uma gama de artefatos incríveis que agora devem ser repensados em prol de viabilizar a interatividade na TV digital aberta, que tem na pesquisa de opinião sua real

possibilidade de norte. O elemento opinião pública pode impactar de forma imediata neste caso se este tipo de pesquisa conseguir adequar-se ao novo paradigma necessário a criação de conteúdo interativo para a TV digital aberta. O entendimento sistematizado em lugar de apenas uma usual tabulação.

Hermenêutica e psicanálise e a pesquisa de opinião

“Para compreender as pessoas devo tentar escutar o que elas não estão dizendo, o que talvez elas nunca venham a dizer” John Powell.

A Hermenêutica é a ciência da interpretação, e é provavelmente o elemento próprio e necessário ao atual novo paradigma da pesquisa de opinião.

Para utilizá-la com eficiência direcionada a este tipo de pesquisa, é importante estar ciente, do valor de traçar paralelos entre palavras, ideias e perfis para obter uma boa interpretação, e da necessidade desta interpretação. Em relação a sua aplicação, simplificando , no caso de um texto, por exemplo, pode-se concluir que o objetivo dela é entender o que o autor quer realmente transmitir, partindo da premissa que algumas palavras têm mais de um significado. Apoiada pelas técnicas de interpretação da

psicanálise a hermenêutica é um método de apoio muito útil para a pesquisa, uma vez que se apresenta como ferramenta para a compreensão do objeto em si. "Os novos conhecimentos, advindos pela pesquisa e reflexão, alterariam paradigmas pré estabelecidos e chegariam a uma maior quantidade de pessoas, bastante transformados na dialética entre os emissores, os problemas nos canais de

transmissão e os da recepção. Isto ocorreria como derivação do fato de estarem presentes em sua comunicação os interesses, nem sempre revelados, que presidiriam a primeira ruptura" (Lopes, 2002, p.6-7). A concepção de conteúdo interativo para TV digital aberta, é um assunto sério. Como trata de pessoas, envolve uma série de variáveis. Por isto é preciso estar atento a todas as técnicas e propostas de pesquisa disponíveis para compor o arsenal de operação e referência, necessários a este movimento.

É importante lembrar que este processo de comunicação não termina com o alcance de um resultado, ele é intermitente. É necessário a partir deste resultado, um processo minucioso de monitoramento de repercussão, avaliação de impacto obtido e pós-testes junto a públicos alvos. Para auxiliar no

entendimento da relevância desta proposta, é essencial pontuar que uma das mais árduas tarefas de qualquer projeto é a definição do público-alvo, que neste caso é quase toda a população brasileira. No que se refere especificamente a TV, pode-se afirmar que ele é a razão que tem sustentado os elevados

custos da publicidade em televisão, um meio massificado que, aparentemente, contem todos os públicos-alvo. Esta máxima corre o risco de mudar pelo menos durante o tempo de implantação da interatividade na TV aberta, em função de diversas variáveis, entre elas o analfabetismo digital que é uma realidade brasileira e que pode acabar dificultando e alongando muito o processo de implantação.

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descobrir a essência dos seres e dos fenômenos e as leis que os regem com o fim de aproveitar as propriedades das coisas e dos processos naturais em benefício do homem “.A postura hermenêutica é uma das maneiras de ver e dizer a realidade. Na hermenêutica eu compreendo o fenômeno e o interpreto, assim ele se apresenta a minha consciência. O fenômeno vai se modificando durante o processo de pesquisa e é aprofundado durante o trabalho de análise....A análise de dados implica a compreensão da maneira como o fenômeno se insere no contexto do qual faz parte. Este inclui interrupções, clima emocional, imprevistos e a introdução de novos elementos." (Silveira e Guiggi, 2008)

Considerações finais

A TV digital é uma realidade, a forma como a sua implantação for gerenciada na medida em que for se tornando popular, estabelecerá a sua condução. A demanda será estabelecida não pela quantidade ou qualidade de recursos disponíveis, mais pelo grau de proximidade que eles tiverem com a maioria dos usuários. "Observou-se que a implementação da TV interativa no Brasil, poderá gerar um fator crítico, pois mudar a forma de pensar de uma pessoa pode ser muito mais complexo do que

desenvolver aplicações para computadores (PC). Um usuário pode até ter boa vontade de incluir-se digitalmente, mas se um nível alto de complexidade chegar até o ele, isso não permitirá que o mesmo faça uso da tecnologia de forma apropriada" (Valdestilhas e Almeida, 2005, p.2).

Respeito e cuidado com uma nação saudável é mais importante neste momento para um modelo de negócios do que propriamente um modelo de negócios. "Não se trata de uma questão meramente tecnológica ou reduzida à pauta de discussão política ou econômica convencionais. Estamos tratando de um fenômeno existencial profundo. Trata-se de um modo de vida novo, em gestação enquanto fenômeno gnosiológico mais amplo. Nesse aspecto, a necessidade de expressão por meios

audiovisuais e a inclusão política para realizá-la devem ser pautadas como necessidade básica do ser humano, tal como foi (e é) considerada a alfabetização "(Winck, 2007, p.7).

A pesquisa de opinião é uma vantagem corporativa estratégica para qualquer tipo de organização. É fundamental que haja ciência disto e que os esforços sejam dirigidos não no sentido de criar colegiados de elite, mas de ouvir realmente as pessoas. Não se cria um produto de comunicação consistente sem priorizar o entendimento daquele que deverá ser comunicado. A construção do sentido da

interatividade na TV digital aberta necessita da participação do cidadão na sua construção e no seu entendimento. Ele é o protagonista e o receptor de todo este movimento, mas para chegar realmente ao seu âmago, que é o ponto que realmente interessa neste caso, deverá ser absorvida também uma nova forma de ver e fazer pesquisa de opinião. O uso da hermenêutica e da psicanálise como método de apoio neste caso, é coerente e interessante uma vez que contribui para um entendimento mais amplo da problemática ligada a transformação do telespectador brasileiro em usuário de uma TV digital aberta, em toda a amplitude do que ela pode vir a oferecer em termos de serviços e negócios através da interatividade que propõe disponibilizar. Entender para respeitar e incluir parece ser a síntese de uma proposta viável para o tema abordado aqui.

Notas:

[1] ISDB-T é o acrônimo de "Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial" (Serviço Integrado de

Transmissão Digital Terrestre),que é o padrão japonês de TV digital, apontado como o mais flexível de todos por responder melhor a necessidades de mobilidade e portabilidade.

[2] O Jornal Folha da Tarde foi fundado em 1921. Tornou-se na década de 80 o jornal mais vendido no país.

[3] Joan Magretta é investigadora associada sênior no Instituto para a Competitividade e Estratégia (Institute for Strategy and Competitiveness) da Harvard Business School.

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Gestão moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenomeno dos efeitos da Globalização na economia em geral e em particular nas organizações.

[5] Arie de Geus, consultor de empresas em diversos países, é autor do livro “A Empresa Viva: como as organizações podem aprender a prosperar e se perpetuar”, foi executivo do Royal Dutch/Schell Group por 38 anos, inclusive sendo presidente da empresa no Brasil na década de 70.

[6] Zapping consiste em mudar de canal de televisão constantemente, fazendo uso do telecomando e/ou controle remoto.Tem origem no verbo inglês zap.

[7] Nas referências bibliográficas foi disponibilizado o endereço eletrônico do IBOPE somente no

intuito de possibilitar ao leitor a oportunidade de saber mais sobre ele, uma vez que ele é mencionado no presente artigo.

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Sobre os autores / About the Author:

Maria Elizabeth Horn Pepulim betitahorn@gmail.com

Mestranda em Mídia e Conhecimento no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina.

Francisco Antônio Pereira Fialho fapfialho@gmail.com

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