Daniel Donadio de Mello
• Psicólogo Clínico formado pelaUniversidade Presbiteriana Mackenzie
• Extensão em Práticas Clínica Contemporâneas.
• Diversos trabalhos clínicos e seminários em Treinamento de Habilidades Sociais e
Sexualidade e suas disfunções.
• Seminários e parceria com Sites de Relacionamentos
• Psicólogo Esportivo formado pelo CEPPE
• Formado em TCC
• Professor CETCC e CEPPE
• Doutorando pela EEFE - USP
• Formado em Biofeedback pela Fundação de Medicina Comportamental dos EUA • Certificado em Psicomotricidade pela
Atena
• Certificado em Neurofeedback pelo Sina-Psi
• Certificado em Neuro-engenharia pela UFMG
• Certificado em Neurofisiologia do Controle Motor pela UFMG
Intr. Psicologia Evolucionista Transtornos Sexuais
Fisiologia e Sexo
Why women have sex?
• Pesquisas Universidade do Texas
• Por que as pessoas fazem sexo?
• “Quais foram os motivos que você já fez sexo?” • - Why humans have sex
Why women have sex?
• 237 motivos diferentes
Estava com tédio
Queria punir meu marido por ter me traído
Queria ficar mais próxima de Deus
Queria que ele se sentisse bem
Queria terminar o relacionamento de uma rival, então transei com o namorado dela
Queria transmitir uma doença Por tesão
Psicologia Evolucionista?
• Compreender as origens sexuais humanas • Entender as teorias de seleção sexual
• Levar em conta aspectos sócio-biológicos e não apenas psíquicos. • Aprimorar o conhecimento para melhor instruir pacientes
Psicologia Evolucionista
Sexo é responsável por criar adaptações
Se um de nossos antepassados tivesse falhado em selecionar um parceiro
apropriado ou tivesse falhado em atrair um parceiro ou de mantê-lo tempo suficiente pra se reproduzirem, nós não estaríamos aqui
Descendentes de pessoas de sucesso.
“...o sexo está no coração do processo evolutivo...” David Buss
1. Seleção de um parceiro fértil
2. Ganhar a competição de atração dos rivais do mesmo sexo 3. Bloquear aqueles que querem roubar seu parceiro
4. Não deixar o parceiro ir embora
manter todos os comportamentos sexuais e sociais necessários para a
concepção , nascimento e crescimento do bebê.
Teoria da seleção sexual – competição, geralmente entre machos. O vitorioso ganha a preferência sexual das fêmeas.
Os perdedores não conseguem se acasalar, então a qualidade que leva o
vencedor ao sucesso é passada para a próxima geração e as qualidades do perdedor não.
Essas competições não são sempre combate direto. Machos competem por
hierarquia, status, dominância, território.
Teoria do Investimento Parental (Trivers, 1972):
O sexo que investe mais nos filhos que o outro é mais exigente na escolha
do que o que investe menos.
Em espécies onde há gestação interna feminina, quanto maior o período
de gestação, maior a exigência.
Uma gestação de 9 meses é o investimento mínimo necessário para a
mulher para produzir uma criança, enquanto no homem o investimento mínimo é de uma ejaculação.
Não temos apenas uma estratégia de acasalamento:
Uma delas é o compromisso a longo prazo, em muitas vezes assumindo
um compromisso público (casamento).
Os dois sexos investem pesado em qualquer filho que vier, o que, pela
teoria do investimento parental, torna os dois muito seletivos na escolha
de seus parceiros de longo prazo.
Psicologia Evolucionista
Pássaros arquitetos caramanchões de 2m de diâmetro com objetos
construídos para seduzir as fêmeas.
As fêmeas inspecionam em grupos cada
caramanchão antes de escolher o parceiro.
Escolhem pela:
Qualidade do caramanchão Decorações
Psicologia Evolucionista
PÁSSAROS ATRAEM FÊMEAS EXIBINDO O CORPO COLORIDO, OFERECENDO COMIDA INDICADORES DE BONS GENES.
Psicologia Evolucionista
Decoram ninhos com pedaços de pele de cobra, giz, tampinhas objetos decorativos
“inúteis” bons genes se forem difíceis de obter e conservar
Gazela saltitante melhores genes, corra atrás das outras
Diamantes? não se pode comê-los
O homem que pode comprar anel de diamentes e não se prejudica com isso pode sustentar mulher e
filhos e possui bons genes (inteligêcia, persistência, energia, etc) para conservar ou obter o dinheiro necessário.
Psicologia Evolucionista
Pontos atuais:
Mulher diferente papel frente a sociedade e ao sexo.
Mais competitiva e assertiva.
Homem confusão e conflitos de seus papéis incerteza quanto a assertividade ou passividade
DSM-IV
Uma Disfunção Sexual caracteriza-se por uma
perturbação nos processos que caracterizam o ciclo de
resposta sexual ou por dor associada com o intercurso
sexual. O ciclo de resposta sexual pode ser dividido nas
seguintes fases:
Transtornos Sexuais
Fantasias acerca da atividade sexual e desejo de ter atividade sexual.
Pode ser dividido:
Impulso - componente biológico, hormonal. Há necessidade e saciação.
Motivação – ‘Apetite’ despertado por imagem, comportamento,
situação, etc.
Querer – Outros motivos (ex: contentar parceiro, dever)
Parafilia - anseios, fantasias ou comportamentos sexuais
recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns. Exibicionismo Fetichismo Pedofilia Masoquismo Sadismo Fetichismo Transvéstico Voyeurismo (…) 1) objetos não-humanos;
2) sofrimento ou humilhação, próprios ou do parceiro, ou
3) crianças ou outras pessoas sem o seu consentimento, tudo isso ocorrendo durante um período mínimo de 6 meses (Critério A).
Transtornos Sexuais
Transtornos da Identidade de Gênero - identificação sexual com o
gênero oposto, acompanhada por desconforto persistente com o próprio sexo atribuído.
Transtorno do desejo sexual hipoativo - deficiência ou ausência
de fantasias sexuais e desejo de ter atividade sexual
Transtorno de Aversão Sexual - sensações de desagrado, de
medo, de "nojo", de repulsa e de perigo iminente.
Transtornos Sexuais
Transtorno da Excitação Sexual Feminina
Incapacidade persistente ou recorrente de adquirir ou manter uma resposta de excitação sexual adequada de
lubrificação-turgescência até a conclusão da atividade sexual (Critério A). A resposta de excitação consiste de vasocongestão da pelve,
lubrificação e expansão vaginal e turgescência da genitália externa. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B).
Transtorno Erétil Masculino
Incapacidade persistente ou recorrente de obter ou manter uma
ereção adequada até a conclusão da atividade sexual (Critério A). A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade
interpessoal (Critério B).
Transtornos Sexuais
Transtorno Orgásmico Masculino / Feminino
Atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual. Ao julgar se o orgasmo é atrasado, o clínico deve levar em consideração a idade do indivíduo e se a estimulação é adequada em termos de foco, intensidade e duração (Critério A). A perturbação deve causar
acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B).
Ejaculação Precoce
Início persistente ou recorrente de orgasmo e ejaculação com estimulação mínima antes, durante ou logo após a penetração e antes que o indivíduo o deseje (Critério A). O clínico deve levar em consideração fatores que afetam a duração da fase de excitação, tais como idade, novidade da parceira sexual ou situação e freqüência recente da atividade sexual. (...)(Critério B).
Transtornos Sexuais
Dispareunia - Dor genital associada com o intercurso sexual
O transtorno pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres. Em mulheres, a dor pode ser descrita como superficial, durante a penetração, ou profunda, durante as investidas do pênis. A intensidade dos sintomas pode variar desde um leve desconforto até uma dor aguda.
A perturbação deve provocar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B).
Vaginismo
Contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina, quando é tentada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou espéculo (Critério A).
A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B).
Transtornos Sexuais
Transtornos Sexuais
Todos os transtornos tem como critério exclusivo se
ele for melhor explicado por outro transtorno do
Eixo I (pânico, agorafobia, depressivo recorrente,
etc) ou se deve a algum efeito fisiológico ou
medicamentoso.
Para as disfunções sexuais existem subtipos como:
ao longo da vida, adquirido, etc. Consulte o
DSM-IV.
Comportamento Sexual
Compulsivo
DSM – IV
comportamentos hipersexuais = transtornos sexuais não especificados.CID – 10
Apetite Sexual Excessivo (F-52)Satiríase e Ninfomania, para homens e mulheres respectivamente.
De qualquer forma, alguns autores requerem que esse transtorno seja classificado como uma das parafilias ou relacionado a elas.
Black e cols:
92% - estava realmente preocupada com seus desejos exacerbados e/ou com suas persistentes fantasias sexuais.
72% - tentava resistir ao comportamento sexualizado (s/ sucesso
Grande parte delas experimentava remorso pelas atividades sexuais exageradas, impulsivas, não resistidas e, muitas vezes, inconseqüentes
75% - também preenchia os requisitos para diagnóstico de abuso de substâncias psicoativas
Critérios de diagnóstico propostos para os transtornos hipersexuais
1. A existência de fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos ou comportamentos sexuais que persistam durante um período de pelo menos seis meses e se encaixem na definição de parafilias.
2. As fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais causam desconforto ou comprometimento clinicamente significativo na área social,
ocupacional ou outras áreas importantes.
3. Os sintomas não encontram causa em outros transtornos, como por exemplo, no Episódio Maníaco.
4. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma
ALGUMAS CAUSAS PSICOLÓGICAS:
•SITUAÇÕES TRAUMÁTICAS DE ABUSO SEXUAL •INSEGURANÇA QUANTO AO PAPEL SEXUAL •MENSAGENS ANTI-SEXUAIS DURANTE A INFÂNCIA
•INFORMAÇÃO SEXUAL INADEQUADA
•COMPORTAMENTO SEDUTOR POR PARTE DOS PAIS
•DIFICULDADE EM UNIR AMOR COM SEXO NA MESMA PESSOA (ESPOSA X
PROSTITUTA)
•CULPA, RAIVA ENTRE O CASAL •REPRESSÃO RELIGIOSA
A fisiologia do sexo
A ereção e o viagra
Como as drogas influenciam na vida sexual
Como acontece a reprodução
Disfunções sexuais
Resumo parte 1
Excitação
Transtorno da Excitação Sexual Feminina Transtorno Erétil Masculino
Desejo
Transtornos da Identidade de Gênero Parafilias
Transtorno de Aversão Sexual Transtorno do desejo sexual hipoativo
Orgasmo
Transtorno Orgásmico Masculino / Feminino
O tratamento pela TCC
1. Exame Psicossexual
2. Instrução e Educação Sexual
3. Trabalho Cognitivo
Exame Psicossexual
O que aproxima um do outro? O que afasta um do outro?
Quais são as fantasias, desejos e temores de cada um? A sexualidade se desenvolveu normalmente?
Quando e como teve a primeira vez sensações eróticas? A sexualidade infantil foi reprimida?
Esteve ou foi associada a contingências negativas? Qual foi atitude da família a respeito da masturbação? Como foi a primeira experiência?
Excitante? Culpa?
Como ele e ela experimentam o orgasmo? Fantasias
Sensações/estimulação do clitóris/sexo oral (...)
Educação Sexual
Além de minimizar a ansiedade, instrui o indivíduo sobre as práticas sexuais.
-Qual é a questão do indivíduo? E o nível de instrução sexual?
Focar na experiência, prazer. Não no resultado.
Tirar o foco do ato (ou ereção) em sí.
Educação Sexual
Rotina sexual – Que momento em que ocorre o sexo (cansaço, etc)
Drogas (álcool, remédios, drogas ilícitas, anabolizantes, viagra) instruir sobre os efeitos que causa no desejo ou excitação do indivíduo
Ressaltar a Importância das preliminares.
Reestruturação Cognitiva
RPD
Seta Descendente
Questionamento Socrático
Identificar os pensamentos automáticos disfuncionais que possam influenciar nos transtornos sexuais.
Treinamento de respiração e relaxamento muscular progressivo – para os casos em que há ansiedade envolvida.
Treinamento Comportamental
Técnicas Eróticas:
Foco sensível I – Pleasuring
Recomendações principais: ejaculação precoce, mulher anorgástica e vaginismo. Normalmente no início do tratamento.
“Em primeiro lugar, eu quero que vocês não tenham relação sexual nem tenham orgasmo durante um certo tempo. Como se sentem a esse respeito?”(Kaplan, 1978)
Explicar que eles terão um contato físico de um tipo muito especial. A noite, depois do jantar, depois de liberados de todas as responsabilidades. Após o banho, ambos vão a cama completamente nus. Primeiro o homem fica deitado de bruços e a mulher o acaricia suavemente, começando na parte de trás da cabeça até os pés, passando pelo pescoço, costas, interior das coxas.
O homem somente se concentra em suas sensações e dar feedback (muito rápido, muito devagar, mais forte, mais fraco, etc). Quando for suficiente, o homem virará de frente e se repete o
procedimento. Após finalizar, se inverte o exercício. O casal tem que evitar os mamilos da mulher, a vagina e o pênis.
Foco sensível II
Estimulação do corpo como no Foco Sensível I
+ área genital – sem estimulação rítmica. Não direcionado ao orgasmo
Coito Não-exigente
Pede-se que o casal se acaricie até o homem ter uma boa ereção e a mulher alguma lubrificação (ao contrário pedir o uso de lubrificante). Posição: Mulher em cima e coloca o pênis do companheiro dentro da vagina. Deixa-o alí até senti-lo completamente. Contrai os músculos pubococcígeos contra o pênis para se inteirar das sensações.
Após isso, a mulher realiza movimentos de forma que sinta prazer, ignorando temporariamente o prazer do companheiro. Pode-se
Exercícios do músculo Pubococcígeo
Mulheres – desuso do músculo pode
dificultar o orgasmo.
Homens – o seu treinamento auxilia
no retardamento da ejaculação
Para tomar consciência do músculo: Iniciar e parar de urinar.
Exercício:
Exercícios para Impotência:
Causas Diádicas – lutas por poder, decepções, entre outras.
Fatores emocionais – ansiedade de desempenho, medo de rejeição, antecipação da impotência,
preocupação exagerada com o prazer da mulher, culpa.
- Foco Sensível I e II
- Ereção sem orgasmo
- Orgasmo Extravaginal (estimulação manual ou oral) - Coito
Estrangulamento – pode reobter uma ereção ‘perdida’
Mulher estrangula o pênis logo abaixo da glande até retrair a ereção. Faz isso repetidas vezes.
Exercícios para mulheres anorgásticas:
1. Observar órgão sexual no espelho 2. Tocar-se
3. Tocar-se com literatura erótica
4. Orgasmo sozinha (pela masturbação)
5. Orgasmo com parceiro – estimulação do clitóris 6. Orgasmo no coito (ou manobra da ponte)
O que pensam que acontecerá quando chegarem ao orgasmo? Fantasias?
Medos comuns: “ficarei louca”, “perderei o controle”, “vou me
machucar”, “vou me tornar promíscua”, “preciso estar apaixonada”
Caso Mona e Harry (Leiblum, 2012)
1. Mona 46, Harry 56
2. Queixa: Relações Sexuais Infrequentes = 1x por mês. 3. s/ preliminares – Mona pensa em trabalho
4. Pede para marido não fazer barulho para filho (10anos) não ouvir 5. Comunicação boa, exceto com relação a sexo
6. Mona não tem fantasias sexuais
Tratamento
1. RPD=Pensamentos automáticos: filho vai ouvir, não pode se masturbar, não pode ser tocada
no orgão sexual.
2. Explorar uva-passa
3. Prestar atenção na toalha no corpo
4. Exploração corporal + respiração diafragmática 5. Se observar no espelho / toque com dedos
6. Fantasias: filmes / livros / vibrador
BIBLIOGRAFIA
BUSS, D. THE EVOLUTION OF DESIRE, 2003 DSM – IV
MASTERS E JOHNSON. HUMAN SEXUAL INADEQUACY. 1970
KAPLAN, HELEN S. MANUAL ILUSTRADO DE TERAPIA
SEXUAL. EDITORA MANOLE, 1978.
LEIBLUM. TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DO DESEJO SEXUAL, 2012
Daniel Donadio de Mello
daniel@neuroway.com.br (11) 98266-5693
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