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Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações do Município de Curitiba - PURAE

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Academic year: 2021

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(1)

Programa de Conservação e Uso

Racional da Água nas Edificações do

Município de Curitiba - PURAE

Profº Dr. Roberto Fendrich

DHS – Departamento de Hidráulica e Saneamento/UFPR

crafen@uol.com.br e fendrich.dhs@ufpr.br

(2)

1. RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

V = Volume do Reservatório de Detenção (m3)

Vr= Volume Unitário de Detenção (mm/m2)

Ac = Área de Coleta das Águas Pluviais (m2)

1.1 JAPÃO (1995): Em Todo o País: Vr = 100 mm/m2 = 100 l /m2 Para: Ac = 100 m2 V = 10.000 l = 10 m3

1.2 GUARULHOS (2000): Lei Nº 5.617 (Independe da Aimpdo Lote)

Para:

ALOTE = 125 m2 (V = 0,5 m3) Até A

LOTE = 600 m2 (V = 3,5 m3)

ALOTE > 600 m2 Adotar: V

r = 6,0 mm/m2 = 6,0 l/m2

1.3 CURITIBA (2002): (FENDRICH) – Detenção Distribuída das Águas Pluviais em Todas as Bacias Hidrográficas em Função das AIMP Vr = 20,5 mm/m2 = 20,5 l/m2 Para: A

c = 100 m2 V = 2.050 l = 2,05 m3

(3)

1.4 SÃO PAULO (2002): Lei Nº 13.276 - Micro-reservatórios de Detenção Para Ai > 500 m2

V = Volume do Reservatório de Detenção (m3)

Ai = Área Impermeabilizada do Lote (m2)

IP = Intensidade Pluviométrica = 0,06 m/h = 60 mm/h (?) t = Tempo de Duração da Chuva = 1 h (?)

Substituindo: V = 0,009 x Ai Portanto: Vr = 9 mm/m2 = 9 l /m2

Para: Ai = 100 m2 V = 900 l = 0,90 m3

1.5 RIO DE JANEIRO (2004): Decreto Nº 23.940 – Para Ai > 500 m2

V = Volume do Reservatório de Detenção (m3)

k = Coef. de Abatimento (= 0,15) (Igual de São Paulo ?) Ai = Área Impermeabilizada do Lote (m2)

h = Altura de Chuva

(= 0,06 m nas áreas 1, 2 e 4) (Igual de São Paulo ?)

(= 0,07 m nas áreas 3 e 5) (Chove mais nestas áreas ?)

Substituindo e Para: Ai = 100 m2

- Áreas de Planejamento 1, 2 e 4: V = 900 l = 0,90 m3

- Áreas de Planejamento 3 e 5: V = 1.050 l = 1,05 m3

V = 0,15 x Ai x IP x t

(4)

1.6 CURITIBA (2007):

Decreto Nº 176 – Sec. Municipal de Obras Públicas/Sec. Municipal de Urbanismo/ Sec. Municipal do Meio Ambiente de Curitiba

V = Vol. do Reserv. de Retenção (?) ou de Detenção (?)

I = 0,080 m/h (Intensidade da Chuva ?) A = Área Impermeabilizada do Lote (m2)

Para Lote: A = 100 m2 Vol. do Reserv. de Retenção ou de Detenção (?)

V = 0,20 x 0,080 x 100 = 1,60 m3/h = 27 l /min = 0,45 l /s

- Resultou em VAZÃO (?) Não é VOLUME ! - Qual o Tempo de Duração da Chuva ?

OBJETIVO DO DECRETO: Orientação aos Projetistas de Drenagem Superficial dos Critérios para Dimensionamento e Implantação dos Mecanismos de Contenção de Cheias (?)

(5)

2. INSTRUMENTOS LEGAIS DE NORMATIZAÇÃO NO BRASIL

2.1 UTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

03/2000 – Comitê Brasileiro de Construção Civil – CB2, da ABNT, PNBR 02:144.07-005 “Captação e Uso Local de Águas Pluviais”

>

Dimensionamento de Reservatórios de Detenção Pelo Método de

Rippl ? >

Comitê Desativado em 12/2000.

06/2006 – Comissão de Estudo Especial Temporária de

Aproveitamento de Água de Chuva, da ABNT, PNBR 00.001.77-001 “Aproveitamento de Água de Chuva em Áreas Urbanas Para Fins Não Potáveis – Requisitos”. > Atendimento de Consumo Médio, Não Utilizando Índices Pluviométricos e

>

Regularização de Vazões pelo Método de Rippl ?

(6)

2.2 ÁGUAS CINZAS

03/2006 - Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH

Resolução Nº 54/2005

ARTIGO 1º: Critérios Gerais, Modalidades e Diretrizes.

ARTIGO 2º: Definições Adequadas do Reúso de Água.

ARTIGO 3º: Indica Cinco Modalidades do Reúso de Água, em Nenhuma Delas o Reúso em Bacias Sanitárias, Atendendo ao

Princípio Básico da Preservação da Saúde Pública dos Habitantes das Edificações.

(7)

3. LEGISLAÇÃO EM CURITIBA

> LEI Nº 10.785/2003: PURAE – CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA <

(Racionalização dos Usos da Água Potável + Utilização de Fontes Alternativas: Águas Pluviais e Águas Servidas)

O Prefeito Municipal de Curitiba, em 18/09/2003, sancionou a Lei Nº 10.785, elaborada pelo Presidente da Câmara Municipal e aprovada por unanimidade dos vereadores, “Cria no Município de Curitiba o Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações – PURAE”.

> DECRETO Nº 293/2006 – PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA<

(Regulamentou a Lei Nº 10.785/2003: PURAE)

Em 22/03/2006, a Secretaria de Urbanismo/P.M.C., apresentou o Decreto Nº 293: “Regulamenta a Lei Nº 10.785/03 - PURAE e dispõe sobre os critérios do uso e conservação racional da água nas edificações e dá outras

(8)

A demora na regulamentação da Lei PURAE, de acordo com o Secretário Municipal do Urbanismo, foi devida aos ajustes feitos

depois de uma ampla discussão com a Sociedade Civil.

Em 22 de Março, Dia Mundial da Água, concomitantemente à realização da 8ª Conferência Mundial da ONU Sobre Biodiversidade e Meio Ambiente nas Cidades, com a presença e participação de representantes de muitos países dos cinco continentes e ainda, presença de toda a cúpula do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, o Prefeito Municipal de Curitiba, sancionou nesse dia, o Decreto Nº 293/2006.

(9)

A. SIMULAÇÃO com o Art. 5º § 1º:

1º)

Edifício Residencial com Área Projetada da Cobertura = 190 m

2

;

2º)

Edifício com 15 Pavimentos e 1 Ud. Habitacional / Pavimento;

3º)

Unidade Habitacional com 3 Quartos.

(+) No Art. 5º § 1º Edificações Residenciais:

O Volume é do Reservatório de Detenção das ÁGUAS

PLUVIAIS ou é do Reservatório das ÁGUAS CINZAS DE

REÚSO?

V = Volume do reservatório (l);

N = Número de unidades habitacionais;

C = Consumo diário (l/dia) = f (Nº de quartos);

d = Número de dias de reserva = 2 dias

V = N . C . d . 0,25

d = 2 dias de reserva é estabelecido pelas

concessionárias para Água Potável.

(10)



Se for para Águas Cinzas de Reúso, o Decreto

não

fornece nenhum parâmetro de qualidade que estas

águas deverão ter, colocando em perigo a saúde dos

usuários.

V = 15 x 800 x 2 x 0,25

V = 6.000l

1º)

Se o reservatório for destinado ao armazenamento

das

Águas

Cinzas

para

Reúso: Onde

estão

especificados os Parâmetros de Qualidade dessas

águas no Decreto, ou na Própria Lei Nº 10.785 ?

2º)

Se o reservatório for destinado a Detenção das

Águas Pluviais para Utilização em fins não-potáveis:



Onde estão as especificações do dimensionamento

do reservatório de auto-limpeza para sedimentação

das impurezas presentes no telhado?

(11)



De acordo com a Expressão dos Volumes de Detenção

Distribuída das Águas Pluviais para o Município de

Curitiba (2002):

V = Volume do reservatório de detenção das águas pluviais (m3);

A = Área de coleta das águas pluviais (m2).

Como a área de captação das águas pluviais do

edifício é A = 190 m

2

:

V = 20,5 x 190

V = 3.895 l

(O reservatório de detenção das águas pluviais

deve ter

apenas 65 % do volume

calculado pela

Expressão do Decreto Nº 293/06).

(12)

(+) No Art 5º § 2º Edificações Comerciais: Persiste a mesma dúvida do §

1º: É Reservatório de Detenção e Utilização das Águas Pluviais ou é Reservatório de Reúso das Águas Cinzas?

V = Volume do reservatório (l);

Ac = Área total computável da edificação (m2).

B. SIMULAÇÃO com o Art. 5º

§

2º :

Edifício Comercial: - Área total computável Ac = 3.000 m2; - Área do telhado A = 2.000 m2 V = 3.000 x 0,75 = 2.250 l

O volume do Reservatório de Detenção das Águas Pluviais:

V = 20,5 x 2.000 = 41.000 l

(+) No Art. 5º § 3º : Reservatório mínimo de 500 l.

Esse reservatório é destinado ao armazenamento das Águas Cinzas de Reúso? Ou é destinado a detenção das Águas Pluviais?

(Águas Cinzas de Reúso? ou Águas Pluviais para Utilização?)

(Águas Cinzas de Reúso? ou Águas Pluviais para Utilização?)

V = Ac . 0,75

(18,2X Maior do que o Reservatório de Reúso!)

(13)

Com relação a Regulamentação da

Lei Nº 10.785/03 –

PURAE

, sempre me posicionei para que a mesma fosse

regulamentada, a luz de critérios e parâmetros

técnico-científicos, via 3 decretos municipais distintos:

- 1º Decreto:

Para regulamentar a Racionalização dos

Usos da Água Potável;

- 2º Decreto:

Para regulamentar a

Detenção Distribuída das

Águas Pluviais e a Utilização para Fins Não-Potáveis

;

- 3º Decreto:

Para regulamentar o

Reúso das Águas

Cinzas

, somente após o desenvolvimento de estudos e

pesquisas, para fornecer aos usuários os critérios e os

parâmetros de qualidade das águas cinzas de reúso nas

instalações prediais, para não colocar em risco a saúde

dos habitantes das edificações.

(14)

19/09/2003: Reunião no SINDUSCON – PR (Presenças do Prefeito Municipal Cassio Taniguchi, do Presidente da Câmara Municipal João Cláudio Derosso, e do Secretário Municipal de Urbanismo Luiz Fernando de Souza Jamur).

01/07/2005: Reunião na Secretaria Municipal de Urbanismo (Presenças do Secretário de Urbanismo Luiz Fernando de Souza Jamur e do Engenheiro Civil Volmir Selig, Vice-Presidente do SINDUSCON – PR).

27/09/2005: No Debate da SEPEC/2005 “Reúso de Águas Servidas e Aproveitamento das Águas Pluviais nas Edificações (Análise da Lei Municipal Nº 10.785/2003 de Curitiba)”, no Auditório da UTFPR (Presença do Secretário Municipal de Urbanismo Luiz Fernando de Souza Jamur).

14/10/2005: Ano XXXII, Nº 607, Página 7: Boletim do Instituto de Engenharia do Paraná:- IEP: Box na Cor Verde, o posicionamento externado no Debate da SEPEC/2005 (UTFPR).

ESTE POSICIONAMENTO AOS RESPONSÁVEIS PELA REGULAMENTAÇÃO DA LEI MUNICIPAL Nº 10.785/03 – PURAE, FOI REGISTRADO EM:

(15)

18/11/2005:

Seminário

“Racionalização e Reúso da Água no

Município de Curitiba”

, Câmara Municipal de Curitiba,

Coordenação dos Vereadores João Cláudio Derosso,

Presidente, Felipe Braga Côrtes, da Comissão de

Urbanismo e Obras Públicas, e Paulo Salamuni, da

Comissão de Legislação, Justiça e Redação.

No Debate da Lei Nº 10.785/2003 – PURAE

, foi entregue

para todos os participantes, o meu posicionamento:

“Exposição de Motivos Para Postergar a Regulamentação

do Reúso das Águas Cinzas nas Edificações de Curitiba”

.

(Consta dos Anais do Legislativo Municipal).

Me parece que não só os meus posicionamentos, assim

como de outros

Profissionais altamente qualificados, das

áreas da Construção Civil, do Saneamento Básico, da

Arquitetura e Urbanismo, da Hidrologia e Drenagem

Urbana

, entre outros, foram totalmente inócuos e, foi

feita a Regulamentação da Lei Nº 10.785/2003 – PURAE,

mediante o Decreto Nº 293/2006, a qual ao meu ver,

misturou os três temas envolvidos, todos de alta

relevância para a preservação e conservação dos

recursos hídricos de Curitiba e sua Região Metropolitana.

(16)



Me recordo a pergunta feita pelo Engenheiro Civil

Volmir Selig, na

Reunião de 19/09/2003

, no

SINDUSCON – PR, aos participantes do Legislativo e

Executivo Municipais:

“De quem será a responsabilidade e a culpa de uma

ligação indevida e cruzada das Águas Cinzas de Reúso

com a Água Potável de Consumo

e, a filha pequena do

seu melhor Amigo, ingerindo-a com vírus infeccioso,

contrair hepatite crônica e/ou mesmo ocasionar a sua

morte?”



A Resposta à pergunta está contida no Parágrafo

Único do Art. 2º do Decreto Nº293/2006:

“A EXECUÇÃO DOS MECANISMOS PREVISTOS NO

PROJETO CITADO NO “CAPUT” DESTE ARTIGO,

É DE

RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO E DO

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DA

OBRA,

DEVENDO A MESMA SER CONCLUÍDA ANTES

DE OCORRER A HABITAÇÃO DA EDIFICAÇÃO.”

(17)



Pela

resposta,

os

Responsáveis

pela

Elaboração da Lei Nº 10.785/03 – PURAE, o

LEGISLATIVO MUNICIPAL DE CURITIBA, e,

os Responsáveis pela sua Regulamentação

e Implementação, o EXECUTIVO MUNICIPAL

DE CURITIBA, se eximem de todas e

quaisquer responsabilidades e/ou imputação

de culpabilidade.



Os

Responsáveis,

facilmente,

serão

encontrados

na

ART

Anotação

de

Responsabilidade Técnica do CREA-PR, o

PROPRIETÁRIO,

o

PROJETISTA

e

o

EXECUTOR DA OBRA.

(18)

COM OS POSICIONAMENTOS:

 CREA-PR (Câmaras Especializadas de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo)

 SENGE-PR – Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná  SINDUSCON-PR – Sindicato da Indústria da Construção Civil do

Paraná

 ABENC-PR – Associação Brasileira de Engenheiros Civis – Dep. do PR

 I.E.P – Instituto de Engenharia do Paraná

 Coordenadores dos Cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e

Urbanismo: UFPR; UTFPR; UEL; UEM; UEPG; UNIOESTE;

PUCPR; UNICENP; UTP; FAG; UDC

(19)

5. CONCLUSÕES



Num intervalo de três anos,

foi excluída a possibilidade de

utilização da água cinza em edificações residenciais

, fato

esse devido a participação intensa do meio técnico e

científico Local, onde cabe destacar, a participação de

Pesquisadores do DHS – UFPR.



A racionalização dos usos da água potável, a preservação

e conservação dos recursos hídricos pela utilização de

fontes alternativas tais como águas pluviais e águas cinzas

para fins não-potáveis, é de suma importância não só para

o Brasil, mas também para toda a Humanidade, tendo em

vista as

perspectivas sombrias da escassez de água,

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