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RENDIMENTO VOLUMÉTRICO DO DESDOBRO DE CAMBARÁ (Qualea paraensis Ducke) E CEDRINHO (Erisma uncinatum Warm)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

RENDIMENTO VOLUMÉTRICO DO DESDOBRO DE

CAMBARÁ (Qualea paraensis Ducke) E CEDRINHO

(Erisma uncinatum Warm)

MICHELLY CASAGRANDE STRAGLIOTTO

CUIABÁ – MT 2017

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MICHELLY CASAGRANDE STRAGLIOTTO

RENDIMENTO VOLUMÉTRICO DO DESDOBRO DE CAMBARÁ (Qualea paraensis Ducke) E CEDRINHO (Erisma uncinatum Warm)

Orientador: Prof. Dr. Aylson Costa Oliveira

Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, da Faculdade de Engenharia Florestal – Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal.

CUIABÁ – MT 2017

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Marlei e Jaime que sempre apoiaram minhas escolhas, pelo amor, carinho e incentivo durante toda minha vida. Mãe você é meu exemplo de força e coragem. Aos meus irmãos Victória, Jonas Eduardo e Luiz Guilherme, que sempre acreditaram nos meus sonhos.

Aos meus avós, José e Ocila, a quem tenho muito amor e enorme gratidão, por serem meus segundos pais sempre me incentivando a continuar buscando meus sonhos.

À Tuany por toda a dedicação, companheirismo, amor e paciência, por sempre me incentivar e apoiar em minhas decisões, por compartilhar comigo as alegrias e tristezas, a quem eu tenho um imenso amor.

À Universidade Federal de Mato Grosso e ao Departamento de Engenharia Florestal, por meio dos servidores e professores, pela oportunidade de realizar o curso de graduação.

Aos professores Aylson e Bárbara, pela orientação, amizade, apoio, dedicação, paciência e por todos os conselhos e ensinamentos durante a graduação. Agradeço também à todos оs professores qυе de alguma forma me ensinaram e me acompanharam durante a graduação. Agradeço à Martha por aceitar o convite para participar da banca examinadora, pela paciência e compreensão.

Agradeço ao Sr. Claudinei por abrir as portas de sua empresa MADFREITAS para a realização deste trabalho.

Ao meu amigo, meu irmão de coração Jefferson que foi fundamental para a realização deste trabalho e para que eu chegasse até aqui. Obrigada por me presentear com esta amizade linda que carregarei por toda minha vida.

Obrigada às minhas amigas Naiara, Annalissa, Cleuciele pela amizade durante todos estes anos e por todos os conselhos e dedicação. Obrigada à minha amiga Theonizi pela amizade, por todas as risadas, por sempre me acalmar nos momentos de desespero e pelos ensinamentos. Ao Alan por sua amizade e auxilio nos momentos difíceis da graduação.

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À todos os amigos que foram e são tão especiais em minha vida.

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SUMÁRIO Página RESUMO ... iv 1. INTRODUÇÃO ... 1 2. OBJETIVOS ... 4 2.1.OBJETIVO GERAL ... 4 2.2.OBJETIVOS ESPECIFICOS ... 4 3. REVISÃO DE LITERATURA ... 5

3.1.SETOR MADEIREIRO NA FLORESTA AMAZÔNICA ... 5

3.2.ESPÉCIES PRODUTORAS DE MADEIRA SERRADA ... 8

3.2.1.Erisma uncinatum Warm ... 8

3.2.2.Qualea paraensis Ducke ... 9

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 13

4.2.RENDIMENTO VOLUMÉTRICO EM MADEIRA SERRADA ... 14

4.3.ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 16

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 17

5.1.DESDOBRO PRIMÁRIO ... 17

5.1.1.Qualea paraensis Ducke ... 17

5.1.2.Erisma uncinatum Warm ... 19

5.2.APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS E RENDIMENTO TOTAL EM MADEIRA SERRADA ... 21

6. CONCLUSÕES ... 25

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iv RESUMO

STRAGLIOTTO, Michelly Casagrande. Rendimento volumétrico do desdobro de cambará (Qualea paraensis Ducke) e cedrinho (Erisma uncinatum Warm). 2017. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Orientador: Prof. Dr. Aylson Costa Oliveira.

A floresta amazônica é considerada uma das maiores reservas de madeiras tropicais do mundo. Entretanto, o baixo aproveitamento da matéria prima madeireira proveniente desta floresta é um dos principais problemas enfrentados pela indústria madeireira. Desta forma, o rendimento volumétrico em madeira serrada é um parâmetro importante para a determinação da eficiência destas indústrias. O objetivo principal do trabalho foi avaliar o rendimento em madeira serrada no desdobro da espécie Erisma uncinatum e Qualea paraensis. O estudo foi desenvolvido no município de Nova Maringá – MT, na indústria madeireira MADFREITAS. Foram avaliadas as espécies Erisma uncinatum e Qualea paraensis em 3 classes diamétricas: Classe A – 40,0 a 49,9 cm; Classe B – 50,0 a 59,9 cm; Classe C – 60,0 a 69,9 cm, com quatro repetições dentro de cada classe, totalizando 12 toras por espécie de comprimentos variados. Inicialmente foi determinado o volume das toras, em seguida determinou-se o rendimento em madeira serrada, o aproveitamento de resíduos do desdobro primário e o rendimento total de cada tora. Para a análise estatística utilizou-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade. O rendimento em madeira serrada não apresentou diferença estatística entre classes diamétricas para as duas espécies, sendo que o rendimento médio em madeira serrada para a Erisma uncinatum foi igual à 42,05% e para a Qualea paraensis foi igual a 43,97%. O rendimento com o aproveitamento dos resíduos para a Erisma uncinatum e a Qualea paraensis foi de 48,58% e 48,38%, respectivamente. Conclui-se que o rendimento para as duas espécies foi superior ao proposto pela legislação vigente.

Palavras-chave: Indústria madeireira, madeira serrada, aproveitamento de resíduos.

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1 1. INTRODUÇÃO

A produção brasileira de toras de madeira de florestas nativas no ano de 2015 foi de 12.308.702 m³, registrando um decréscimo de 3,2% na produção nacional em relação a 2014 (IBGE, 2015a). Os principais estados produtores foram o Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Amapá, todos localizados na Amazônia Legal somando cerca de 85% da produção nacional (IBGE, 2015a).

A atividade madeireira no Mato Grosso contribui expressivamente parte para o desenvolvimento econômico de vários municípios (IAREMA et al., 2011), por meio da geração de empregos diretos e indiretos, desenvolvimento de indústrias complementares ao atrair novos investidores para as cidades, além de contribuir para o Produto Interno Bruto (PIB).

As dez principais espécies comercializadas em Mato Grosso no período de 2004 a 2010 em termos de volume foram: Qualea sp, Goupia glabra, Erisma uncinatum, Mezilaurus itauba, Hymenolobium sp, Apuleia sp, Manilkara sp, Cordia goeldiana, Dipteryx sp, Trattinickia sp, sendo que estas responderam por 88% do total comercializado (RIBEIRO, 2013).

O setor madeireiro é mais expressivo na região Noroeste e Central do estado, cujos principais pólos madeireiros são as cidades de Aripuanã, Colniza, Feliz Natal, Tabaporã e Juína (IBGE, 2015a). O município de Nova Maringá, localizado na região Médio Norte, vem se destacando no cenário florestal, sendo sua economia baseada no extrativismo vegetal e na atividade madeireira, por meio da produção e comercialização de madeira serrada, com produção de 65.860 m³ de madeira em toras no ano de 2015 (IBGE, 2015b), entretanto este volume de madeira não é aproveitado na totalidade.

O coeficiente de rendimento volumétrico (CRV) é descrito por Biasi (2005) como sendo a relação entre o volume de madeira serrada e o volume de madeira em tora, dado em porcentagem. Este coeficiente sofre influência de vários fatores como o diâmetro, a conicidade e qualidade da

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tora, a espécie utilizada, os tipos de produtos serrados, a qualidade dos equipamentos, a tomada de decisão do operador, o tipo de desdobro, a serra utilizada, entre outros (STEELE, 1984).

O baixo aproveitamento da matéria-prima madeireira ocasiona grande geração de resíduos e aumento no custo do produto final, sendo um dos maiores problemas enfrentados pelas indústrias madeireiras (BIASI e ROCHA, 2007). O CRV é um importante parâmetro para a determinação da eficiência destas indústrias madeireiras, possibilitando a tomada de decisões visando o aumento da produção de madeira serrada da empresa, tornando-se um indicador determinante para a rentabilidade econômica na indústria.

Estudos realizados por Biasi e Rocha (2007), Garcia (2012) e Araújo et a.l (2014), avaliaram o rendimento de madeiras tropicais brasileiras, no entanto o assunto continua sendo pauta de estudo dentre outros autores. Contudo, a diversidade nos rendimentos não permite estabelecer um valor padrão para as espécies tropicais em diferentes indústrias madeireiras.

Assim, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) observou que na maioria dos casos o rendimento volumétrico fica em torno de 35% (IBAMA, 2015). Diante disso, propôs a revisão do coeficiente de rendimento volumétrico para desdobro de tora em madeira serrada na Resolução 411 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) (BRASIL, 2009), isso porque, o excesso de credito liberado, igual a 45%, poderia acobertar madeiras ilegais, como também não incentivar as indústrias madeireiras a aumentarem seus rendimentos, fato que prejudica as indústrias que buscam maior eficiência, com maiores rendimentos.

Desta forma, o CONAMA alterou a Resolução 411, publicando a Resolução nº 474, de 6 de abril de 2016, em que o rendimento volumétrico é reduzido de 45% para 35% (BRASIL, 2016). No entanto, é permitido que as indústrias madeireiras realizem o estudo técnico do rendimento volumétrico, que sendo aprovado pelo órgão competente, podem adotar este novo valor para comercialização da madeira serrada.

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Conforme descrito por Biasi e Rocha (2007) a indústria madeireira que não estiver preocupada em melhorar seus rendimentos, torna-se vulnerável para competir com outras empresas do setor e paralisar as suas atividades. Em Mato Grosso, verifica-se um esforço de diversas indústrias madeireiras em se consolidar e buscar aperfeiçoamento da produção, assim várias destas indústrias apresentam valores médios de coeficiente de rendimento volumétrico superiores ao adotado pela legislação vigente, para as diferentes espécies exploradas no estado.

Considerando que a quantidade de resíduos que são gerados durante o desdobro das toras representa mais da metade do seu volume inicial, manejar estes resíduos agregando valor aos mesmos, representa um caminho importante para um diferencial financeiro dentro da indústria florestal.

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4 2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Este trabalho teve como objetivo geral determinar o rendimento volumétrico da madeira serrada no desdobro das espécies Cambará (Qualea paraensis Ducke) e Cedrinho (Erisma uncinatum Warm).

2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Determinar o coeficiente de rendimento volumétrico em madeira serrada das espécies Erisma uncinatum e Qualea paraensis em três classes diamétricas;

 Comparar a conformidade do Coeficiente Rendimento Volumétrico médio encontrado em relação à legislação vigente;

 Determinar o incremento no rendimento da madeira em função do aproveitamento dos resíduos advindos do desdobro primário.

 Determinar o rendimento total da madeira após o desdobro primário e aproveitamento dos resíduos.

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5 3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. SETOR MADEIREIRO NA FLORESTA AMAZÔNICA

O bioma Amazônia representa cerca de 30% de todas as florestas tropicais remanescentes do mundo (SFB, 2013), sendo que a Amazônia brasileira abrange uma área de aproximadamente 500 milhões de hectares (SFB e IPAM, 2011). A vegetação se caracteriza por apresentar floresta ombrófila densa e a floresta ombrófila aberta. Além de dessas florestas, são encontradas tipologias vegetacionais típicas de savana, campinaranas, formações pioneiras e de refúgio vegetacional (IBGE, 2004).

O Brasil é o segundo país com maior cobertura florestal do mundo, ficando atrás da Rússia (FAO, 2010), destacando-se mundialmente no cenário florestal por ser detentor da maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. A Amazônia Legal representa cerca de 5 milhões de km² ou aproximadamente 59% do território nacional (IBGE, 2017a).

A partir da década de 1960 com o avanço da fronteira agrícola, com incentivos fiscais concedidos pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), o desmatamento na Amazônia se intensificou, devastando áreas de florestas, principalmente nos estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão (REMADE, 2007). Segundo Marta (2007), a exploração madeireira no Mato Grosso iniciou-se ainda nos anos sessenta, sendo que nesta época não havia qualquer racionalidade econômica ou ambiental que considerasse a preservação ou conservação das espécies.

Entretanto a exploração madeireira se expandiu a partir da década de 1970, quando em consequência do esgotamento dos recursos florestais do sul e do sudeste, houve incentivos fiscais por parte do governo federal para o desenvolvimento da atividade madeireira (REMADE, 2007). E a partir de então tornou-se uma atividade de grande importância econômica na região amazônica (SFB e IMAZON, 2010).

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No período de 2012 a 2014 segundo dados da Organizácion Internacional de lãs Maderas Tropicales (OIMT, 2014), o Brasil foi o terceiro maior produtor e consumidor mundial de madeira tropical em toras, ficando somente atrás da Indonésia e Índia. Cerca de 90% da produção de madeira serrada de origem tropical foi representada pelos países membros da OIMT, sendo o Brasil o principal produtor e consumidor, consumindo em média 15,8 milhões de m³ por ano, mantendo um nível relativamente elevado comparado aos outros países (OIMT, 2014).

Segundo o Serviço Florestal Brasileiro e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (SFB e IPAM) em 2011, 12,9 milhões de metros cúbicos de madeira em tora foram retirados das florestas nativas da Amazônia Legal, deste total 89% foram oriundos dos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia, estados que concentram a produção nacional de toras de madeira tropical. Neste mesmo ano foram produzidos 5,9 milhões de m³ de madeira serrada que movimentaram em torno de 4,3 bilhões de reais (SFB, 2013). No ano de 2015, os principais municípios produtores de madeira em tora no Brasil foram Portel (PA), Porto Velho (RO), e Aripuanã (MT) (IBGE, 2015a).

Nos últimos 30 anos, o Brasil desenvolveu um sistema de manejo florestal para a produção de madeira em florestas da Amazônia que concilia o uso e a conservação dos recursos florestais (SFB, 2013). Entretanto a exploração e comercio ilegal de madeira ainda persistem. Apesar disto, progressos expressivos no manejo florestal sustentável da Amazônia brasileira vêm sendo realizados, exemplo disto é que desde 2005 dobraram-se as áreas de florestas naturais certificadas e as taxas de desmatamento reduziram drasticamente nos últimos cinco anos (OIMT, 2014).

No estado de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), é o órgão que fiscaliza e libera as autorizações específicas dos Planos de Manejo Florestal Sustentável e Planos de Exploração Florestal, que só são liberados após os mesmos estarem em conformidade com os princípios técnicos, ambientais, econômicos e

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sociais, resultando na emissão da Autorização para Exploração Florestal (AEF/AUTEX) e/ou Autorização para Desmatamento (AD) (SEMA, 2016).

De acordo com Barbosa et al. (2001) o setor de indústrias madeireiras de florestas tropicais está preocupado, ainda que de maneira incipiente, em desenvolver a exploração de seus recursos naturais de forma racional e sustentável através de um plano de manejo adequado às espécies florestais da região, levando em consideração aspectos ecológicos, econômicos e sociais.

Entretanto, no Brasil a maior parte das industrias madeireiras utiliza o sistema de desdobro convencional, onde as toras são desdobradas conforme a escolha do operador, isto ocasiona elevadas perdas em matéria-prima, em função da ausência de tecnologias apropriadas para o desdobro, encarecendo o processo em função da necessidade de se consumir maior volume de matéria-prima para produzir a mesma quantidade de produto serrado (MURARA JUNIOR et al., 2005).

A indústria madeireira é a quarta economia do Mato Grosso com Produto Interno Bruto de R$ 57.294.192,00, ou seja, 15% do PIB industrial do Estado (CIPEM, 2012). Visando permanecer no mercado, o setor vem buscando a diversidade na produção de produtos advindos da madeira, sendo os principais produtos florestais comercializados pelo estado a madeira in natura (toras), madeira serrada (bloco de filé, pranchas, tabuas, vigas, caibros, ripas, sarrafo, ripão, réguas, pontaletes, barra de cama não beneficiada, aproveitamento pré-cortado, balancis para cerca, lascas mourão palanque, poste e outros) e madeira beneficiada (portas, janelas, casas pré-fabricadas, cabos de vassoura, cabos para ferramentas torneados, assoalhos, deck, forro, parede, lambril, barra de cama beneficiada, jogos de batentes e portais, cruzetas, cantoneira, rodapé, molduras, taco liso, palets, pré-cortados, dormentes, madeira laminada faqueada ou torneada, madeira compensada e laminada, entre outros) (SEFAZ, 2015).

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3.2. ESPÉCIES PRODUTORAS DE MADEIRA SERRADA

Cerca de três mil espécies madeireiras já foram identificadas na Amazônia Legal, sendo que deste total há aproveitamento industrial de cerca de 230 espécies. Porém 80% da produção se concentram em aproximadamente 50 espécies (BARBOSA, et al., 2001).

De acordo com Ribeiro (2013) as espécies que mais geraram receita em Mato Grosso nos anos entre 2004 a 2010 foram a Qualea sp (Cambará), Goupia glabra (Cupiúba), Mezilaurus itauba (Itaúba), e Erisma uncinatum (Cedrinho), que foram responsáveis por 63,04% da receita obtida pelos produtores. Demonstrando que ainda que exista uma grande diversidade de espécies com potencial comercial na Amazônia, a exploração de um número reduzido de espécies é mais aceita pelo mercado madeireiro.

3.2.1. Erisma uncinatum Warm

A Erisma uncinatum é um dos representantes da família Vochysiaceae, sendo conhecido por alguns nomes populares como bruteiro, cachimbo-de-jabuti, cambará-rosa, cedrilho, jaboti, jaboti-da-terra-firme, quaruba-vermelha, quarubarana, quarubatinga, verga-de-jabuti (IPT, 2017).

Sua ocorrência é comum na floresta Amazônica de terra firme (LORENZI, 1998). No Brasil se concentra nos estados da Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, sendo também encontrado em países como Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela (IPT, 2017).

É uma árvore de 7 a 18 metros de altura, com copa globosa ampla, com ramos novos angulosos e revestidos por um tomento de cor cinza. Possui tronco ereto e muito ramificado desde a base. A casca é rugosa fissurada e descamando através de placas estreitas e compridas (LORENZI, 1998).

Árvore ornamental quando em flor, possuindo potencial para uso na arborização paisagística. Indicada para reflorestamentos

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heterogêneos destinados a recuperação ou enriquecimento da vegetação de áreas degradadas (LORENZI, 1998)

Sua madeira apresenta características como baixa densidade aparente, em torno de 0,59 g/cm³, cerne e alburno distintos pela cor, cerne castanho avermelhado, não apresenta brilho, cheiro ou gosto perceptível, é moderadamente fácil de preservar em processos sob pressão (IPT, 2017). A secagem ao ar é fácil e sem ocorrência de defeitos, quanto à trabalhabilidade a E. uncinatum é fácil de aplainar, serrar e lixar, porém, apresenta superfície de acabamento felpuda. Sua durabilidade ao ataque de organismos xilófagos é baixa (IPT, 2017).

A madeira apresenta vários usos. Na construção civil, é utilizada em esquadrias de portas, venezianas e caixilhos. Na parte estrutural em forma de ripas ou caibros. Também é utilizada como lambris, painéis, molduras, guarnições, forros, andaimes, fôrmas para concreto, pontaletes, partes internas de móveis, laminados, compensados, embalagens e caixas (IPT, 2003).

A E. uncinatum é uma das principais espécies exploradas em Mato Grosso visando à obtenção de madeira serrada, segundo dados do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras do Estado de Mato Grosso (CIPEM, 2014).

3.2.2. Qualea paraensis Ducke

A Qualea paraensis é uma árvore de médio a grande porte, podendo chegar até 35 metros de altura, possui copa arredondada e rala. Seu tronco possui características de ser ereto e cilíndrico com casca acizentada e bastante rugosa, descamando através de placas irregulares e grandes. (LORENZI, 1998).

Floresce durante os meses de agosto a outubro e os frutos amadurecem em fevereiro e março. O fruto se caracteriza por apresentar cápsula lenhosa deiscente de superfície suavemente vernicosa e glabra de aproximadamente 3,5 cm de diâmetro. A árvore de Qualea paraensis ocorre em toda a região amazônica de terra firme (LORENZI, 1998).

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A madeira é pesada, com densidade de 0,78 g /cm³, dura, de textura grosseira, grã irregular, de cerne distinto do alburno, de média resistência mecânica e muito sujeita ao ataque de organismos xilófagos (LORENZI, 1998).

É amplamente utilizada na fabricação de compensados, caixotaria, para uso interno na construção civil como caibros, vigas, assoalhos, etc., para a confecção de remos, canoas, esquadrias, cabo de ferramentas e instrumentos agrícolas, bem como para lenha e carvão. A árvore pode ser empregada em reflorestamentos heterogêneos (LORENZI, 1998).

A Qualea paraensis assim como a Erisma uncinatum é uma das principais espécies exploradas no estado de Mato Grosso, segundo dados do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras do Estado de Mato Grosso (CIPEM, 2014).

3.3. COEFICIENTE DE RENDIMENTO VOLUMÉTRICO E RESÍDUO

O rendimento em madeira serrada ou coeficiente de rendimento volumétrico (CRV) é a relação entre o volume de madeira serrada produzido e o volume da tora utilizada como matéria prima para o desdobro, em porcentagem.

O CRV sofre influência pela interação de diversos fatores, sendo os mais importantes o diâmetro, o comprimento, a conicidade e a qualidade das toras, o número de produtos alternativos, a qualidade e condição dos equipamentos, o tipo de serra utilizada, a tomada de decisão do operador e método de desdobro (STEELE, 1984). Em seu trabalho Murara Junior et al. (2005) descrevem que além destes fatores o rendimento é influenciado pelas características da espécie e do tratamento dado as toras ainda no pátio da serraria, sendo que todos estes fatores são fundamentais para que se atinjam bons níveis de rendimento volumétrico dentro de uma serraria.

Em estudo realizado nas indústrias madeireiras de Rondônia, Fontes (1989) relata que o índice de aproveitamento da madeira no

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processamento industrial sofre variações em função do tipo e tamanho das indústrias, equipamentos e espécies utilizadas.

Na literatura encontram-se diferentes valores de rendimento volumétrico para espécies nativas de diferentes regiões, os quais representam a realidade para aquela determinada serraria ou região. Analisando as industrias madeireiras do estado do Amazonas, Santos (1986) constatou que o rendimento médio do estado foi igual a 52,8% e 53,7%, valores estes referentes a 1981 e 1983, respectivamente.

Biasi e Rocha (2007) avaliando o rendimento e a eficiência de uma serraria localizada em Sinop, Mato Grosso, trabalhando com as espécies de cedrinho (Erisma uncinatum), cambará (Qualea albiflora) e itaúba (Mezilaurus itauba), obteve o rendimento médio de 59,83%, 62,63% e 53,90%, respectivamente.

Ao avaliar as espécies amazônicas Muiracatiará (Astronium lecointei), Maçaranduba (Manilkara huberi) e Guajará (Pouteria sp), em uma industria madeireira localizada no Pará, Dutra (2005) encontrou rendimentos iguais a 32,3%, 41,2%, 35,2%, respectivamente.

Nascimento (2006) avaliou o processo de beneficiamento de madeira desde a tora até o produto acabado em uma indústria madeireira na cidade de Itacoatiara – AM, onde as madeiras serradas são encaminhadas para exportação. A coleta de dados foi por meio do inventário de produção anual, sendo avaliadas 43 espécies, que apresentaram rendimento médio de 38,43%, sendo o baixo rendimento devido a qualidade superior exigida nos produtos que seguem para o mercado externo.

Dentro das indústrias madeireiras, a geração de resíduos é uma consequência natural do processo de transformação da madeira, e quando não tratada corretamente, em proporções médias ou elevadas pode comprometer os ecossistemas locais e regionais, causando grande impacto ao meio com danos de difícil reparação (VALÉRIO et al., 2007).

A utilização de equipamentos em condições precárias causa a diminuição da produtividade e da eficiência no rendimento em uma indústria madeireira, gerando grande quantidade de resíduos, o que afeta economicamente a cadeia produtiva. A melhoria do nível tecnológico

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industrial é condição essencial para o aproveitamento máximo da matéria-prima e está diretamente relacionada com a conservação dos recursos florestais (BIASI e ROCHA, 2007).

Cerca de 50 a 70% do volume de madeira em tora consumido nas indústrias florestais são transformados em resíduos durante o processamento da madeira (FONTES, 1994). As principais perdas são as costaneiras e o pó-de-serra, podendo representar de 25 a 70 % do volume da tora. Além do pó de serra e das costaneiras, também são produzidos aparas, cavacos e/ou maravalhas (FONTES, 1989).

Quando não levado somente em consideração a matéria-prima que pode ser obtida da floresta, mas principalmente os resíduos provenientes a partir da transformação das toras, estes quando bem aproveitados podem gerar renda e agir como um facilitador financeiro para a empresa (SILVA, 2003).

De acordo com Fagundes (2003), programas de financiamento com o objetivo de incentivar e facilitar a instalação de linhas de aproveitamento de resíduos são justificados tanto do ponto de vista econômico como ambiental, visando à obtenção de produtos com agregação de valor ou mesmo, a geração de energia através da biomassa.

Mendonza et al. (2010), relatam que a melhor forma de realizar o manejo dos resíduos é aproveitar ao máximo os resíduos em todo o processo produtivo. Valério et al. (2007) citam em seus estudos que quando aproveitado o resíduo garante a redução de custos da matéria-prima, agrega maior valor aos multiprodutos gerados pela utilização alternativa dos resíduos, como também contribui para a conservação ambiental.

Infelizmente, os resíduos florestais em sua maior parte não são empregados de maneira consciente, acarretando em danos ao meio ambiente. Segundo Barbosa et al. (2001) o potencial de uso da enorme quantidade de resíduos é subestimado pela indústria madeireira regional.

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13 4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. LOCAL

O estudo foi realizado na indústria madeireira MADFREITAS, localizada na cidade de Nova Maringá, na região Médio Norte do estado de Mato Grosso (Figura 1), sendo esta indústria classificada como de médio porte, com processamento médio entre 500 a 1.000 m³/mês (BORGES, 1993, citado por VITAL, 2008 ).

FIGURA 1 - LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO EM EMPRESA MADEIREIRA NO MUNICÍPIO DE NOVA MARINGÁ, MATO GROSSO.

As principais espécies processadas na empresa são: Erisma uncinatum, Qualea paraensis, Dinizia excelsa, Hymenaea courbaril, Ocotea spp e Trattinnickia burserifolia.

Por apresentar grande importância econômica na Região Amazônica, foram utilizadas para o estudo toras de madeira da espécie Erisma uncinatum e Qualea paraensis, provenientes de plano de manejo sustentável localizado na região.

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4.2. RENDIMENTO VOLUMÉTRICO EM MADEIRA SERRADA

No pátio da indústria madeireira foram selecionadas aleatoriamente 12 toras de cada espécie estudada com comprimento variável, classificadas e separadas em 3 classes diamétricas com 4 toras dentro de cada classe:

Classe A: Diâmetros de 40 cm a 49,9cm; Classe B: Diâmetros de 50 cm a 59,9 cm; Classe C: Diâmetros de 60 a 69,9 cm.

Com o auxilio de uma trena mediu-se o comprimento e o diâmetro médio de cada tora, sendo que para a determinação do diâmetro médio realizou-se duas medições em linhas perpendiculares nas duas extremidades de cada tora. O diâmetro médio de cada tora foi tomado como referência, tanto para classificação diamétrica quanto para o cálculo do volume.

Para a obtenção do volume da tora (Equação 1) foi utilizada a equação de Smalian:

Onde, Vt: Volume da Tora (m³); D: Diâmetro médio (cm); L: Comprimento da tora (m).

O sistema de desdobro utilizado foi o convencional com alimentação manual das máquinas realizado pelo mesmo operador. As toras foram desdobradas, passando por uma serra-fita vertical simples de comprimento total de lâmina de 7,60 m e potência do motor de 425 rpm, com a qual foi realizado o desdobro principal.

Em seguida, as pranchas foram encaminhadas para uma serra circular simples com disco de 40 cm de diâmetro, 3,5 mm de espessura para o refilo. Para o destopo foi utilizada uma destopadeira com disco de 45 cm de diâmetro.

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As peças obtidas foram separadas e identificadas por lotes de toras individuais. Sendo os produtos do desdobro primário: pranchas, pranchão, tabuas, vigas, vigotas, caibros e ripas.

Para o cálculo do volume de madeira serrada obtida de cada tora amostrada foi realizado uma medida para o comprimento (C), duas medidas para a largura (L) e espessura (E) em cada extremidade de cada peça, com o auxílio de uma trena e um paquímetro digital, respectivamente. Desta maneira obteve-se a largura e a espessura média de cada peça. Sendo então possível calcular o volume da madeira serrada (Equação 2) determinado pela seguinte equação:

Onde, Vpeça: volume da peça (m³); L: largura média da peça (m); C: comprimento da peça (m); E: espessura média da peça (m).

Após obter o volume das toras e posteriormente o volume de madeira serrada, foi determinado o Coeficiente de Rendimento Volumétrico do desdobro primário (Equação 3) de cada amostra.

Onde, CRV: Coeficiente de Rendimento Volumétrico (%); ΣVpeça: somatório dos volumes de todas as peças serradas de uma tora (m³); Vt: volume da tora (m³).

As costaneiras e aparas provenientes do desdobro primário foram identificadas e separadas conforme a tora e classe que pertenciam e em seguida encaminhadas para o setor de reaproveitamento destes resíduos, obtendo-se pequenos objetos madeireiros (grades de cama e suportes para colchão), como forma alternativa de gerar lucros.

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16

Para estimar a volumetria de resíduos aproveitados de cada tora ao final do processo foram medidas a largura a espessura e o comprimento de cada peça fabricada.

Para cálculo da porcentagem de aproveitamento dos resíduos foi utilizada a mesma metodologia descrita anteriormente, ou seja, a relação entre o volume das peças reaproveitadas pelo volume da tora inicial (Equação 4).

Onde: Ap: Aproveitamento dos resíduos (%); ΣVpom: Somatório do volume de todas as peças de pequenos objetos madeireiros por tora (m³); Vt: volume da tora (m³).

Para o cálculo do rendimento total de cada tora foi realizado o somatório do CRV do desdobro primário e da porcentagem de aproveitamento dos resíduos referentes a cada tora.

4.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os tratamentos foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos (classes diamétricas) e quatro repetições (toras) por tratamento em cada espécie estudada.

Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) para verificação das diferenças existentes entre as classes diamétricas avaliadas. Quando estabelecidas diferenças significativas entre elas foi aplicado o teste de Tukey a 5% de probabilidade, através do programa estatístico Assistat.

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17 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. DESDOBRO PRIMÁRIO 5.1.1. Qualea paraensis Ducke

Na Tabela 1 são apresentados valores os mínimos, máximos e médios dos rendimentos volumétricos do desdobro primário para as três classes diamétricas da espécie Qualea paraensis, assim como os coeficientes de variação.

TABELA 1- RENDIMENTO MÉDIO DO DESDOBRO PRIMÁRIO DE Qualea paraensis CLASSE RENDIMENTO MINIMO (%) RENDIMENTO MÁXIMO (%) COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (%) RENDIMENTO MÉDIO (%) A 34,13 44,84 11,42 41,49 a B 30,10 49,64 21,34 41,55 a C 40,29 54,00 14,03 48,86 a MÉDIA GERAL 43,97

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância.

Observa-se na Tabela 1 que não houve diferença estatística entre as médias das classes diamétricas estudadas e que a média geral do rendimento em madeira serrada para a espécie Qualea paraensis foi igual a 43,97%. Biasi e Rocha (2007) ao realizarem o estudo de rendimento em madeira serrada da espécie Qualea albiflora em Sinop, no estado de Mato Grosso, encontraram o valor de rendimento volumétrico médio igual a 62,63%, não verificando efeito significativo entre as classes diamétricas, como neste trabalho. Entretanto, o rendimento encontrado por Biasi e Rocha (2007) foi superior ao da serraria avaliada neste estudo. Em estudo realizado na cidade de Sorriso, Mato Grosso, Melo et al. (2016) encontraram o rendimento médio para Qualea sp. de

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18

52,18%. Já Garcia (2013) ao estudar a espécie Qualea albiflora em uma serraria da Região Norte de Mato Grosso encontrou rendimento médio de 48,9%, valor superior ao encontrado neste trabalho. O autor ainda destaca que o rendimento da espécie poderia ser maior se houvesse o aproveitamento das costaneiras e bordaneiras resultantes do desdobro.

Apesar de não haver diferença significativa no rendimento médio entre as três classes diamétricas avaliadas, observa-se na Tabela 1, que o rendimento médio da Classe C foi superior ao das Classes A e B. Encontrou-se diferenças em torno de 7% de aumento da Classe em relação as Classes A e B. Tal diferença quando considerada no processo produtivo de uma industria é expressiva, gerando maiores lucros para a empresa e diminuindo a geração de resíduos.

Segundo Wade et al (1992) o rendimento em madeira serrada aumenta conforme o aumento do incremento do diâmetro das toras, devido ao volume de madeira perdido com costaneiras e aparas representar menor porcentagem em relação ao volume da tora.

Observa-se, portanto, que durante o desdobro primário das toras, mais da metade do seu volume não foi aproveitado na produção de madeira serrada, ou seja, resultando na geração de resíduos. Os principais resíduos formados no processo de desdobro foram costaneiras, refilos, pó de serra e maravalhas, contudo, não foi realizada a sua quantificação.

O baixo rendimento encontrado na Classe B e maior coeficiente de variação (Tabela 1) foi, provavelmente, devido a presença de toras tortuosas avaliadas neste estudo. Segundo Manhiça (2010), a tortuosidade presente nas toras afeta a produção da madeira serrada, pois limita o comprimento das peças produzidas.

O rendimento médio igual a 43,97% verificado para a espécie Qualea paraensis verificado no presente estudo foi superior ao determinado pela resolução do CONAMA Nº 474/2016, para indústrias madeireiras que trabalham com madeiras de florestas nativas (BRASIL, 2016).

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19 5.1.2. Erisma uncinatum Warm

Na Tabela 2 são apresentados os valores mínimos, máximos e médios dos rendimentos volumétricos do desdobro primário para as três classes diamétricas da espécie Erisma uncinatum, além dos coeficientes de variação.

TABELA 2 - RENDIMENTO MÉDIO DO DESDOBRO PRIMÁRIO DE Erisma uncinatum. CLASSE RENDIMENTO MÍNIMO (%) RENDIMENTO MÁXIMO (%) COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (%) MÉDIA (%) A 19,87 53,16 37,44 38,03 a B 31,49 47,32 21,72 39,48 a C 42,86 61,60 18,18 48,65 a MÉDIA TOTAL 42,05

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância.

O rendimento médio em madeira serrada do desdobro primário para a espécie de E. uncinatum foi igual a 42,05%. Ao estudar o rendimento volumétrico em madeira serrada de uma espécie tropical em uma serraria do estado de Roraima, Danielli (2013) encontrou o rendimento médio igual a 30,1%. Araújo et al. (2014) ao avaliar o rendimento em madeira serrada para a espécie tropical faveira (Parkia multijuga) encontrou o rendimento médio de 44,12%.

Não houve diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para o rendimento volumétrico das diferentes classes diamétricas de E. uncinatum. No entanto, observa-se uma tendência em aumentar o rendimento conforme o aumento das classes de diâmetro, sendo verificadas diferenças em torno de 9% de aumento da Classe C para a Classe B (Tabela 2).

Biasi e Rocha (2007) ao estudarem a espécie Erisma uncinatum quatro classes diametricas, com diâmetros variando entre 31 a 70 cm, numa indústria madeireira em Mato Grosso, encontraram que o

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valor do rendimento volumétrico médio foi de aproximadamente 60%. Constataram também, que não houve diferença significativa entre os rendimentos das classes diametricas avaliadas.

Ao comparar o rendimento encontrado entre as espécies de avaliadas no presente estudo, percebe-se semelhança entre os resultados obtidos, no entanto a E. uncinatum obteve menor rendimento médio, resultando em menor produtividade e maior geração de resíduos.

Ressalta-se que o baixo rendimento volumétrico observado nas Classes A e B devem-se às toras da E. uncinatum apresentarem tortuosidade. Observou-se também que uma tora da Classe A, cujo rendimento encontrado foi igual a 19,87%, além de apresentar o fuste tortuoso, encontrava-se atacada por xilófagos. Desta maneira, enfatizando-se que a qualidade das toras interfere no rendimento volumétrico da madeira serrada.

Garcia et al (2012) estudando o rendimento volumétrico em madeira serrada de espécies tropicais, relatam que a qualidade da tora influenciou nos resultados de rendimento volumétrico obtidos e afirmam que ao desdobrar toras de boa qualidade, aumenta-se o rendimento em madeira serrada, desta forma, obtendo maior lucratividade para um mesmo volume de toras como também há redução da quantidade de árvores exploradas.

As duas classes de menores diâmetros, Classes A e B, foram as que apresentaram menor rendimento. Entretanto, considerando as três classes diamétricas avaliadas, a quantidade de resíduos florestais ultrapassou mais da metade do volume da tora. Dutra et al. (2005) ao estudarem três espécies amazônicas observaram que a quantidade de resíduos gerados durante o desdobro das toras foi igual á 63,5%. Apesar da menor geração de resíduos neste trabalho, a quantidade gerada ainda, é considerada elevada.

Assim como para a espécie Q. paraensis, o rendimento do desdobro primário da espécie E. uncinatum foi superior ao valor de 35% de rendimento em madeira serrada, proposto pela resolução 474/2016 do CONAMA (BRASIL, 2016). Deste modo, ressalta-se que a indústria onde

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21

foi realizado o estudo apresenta maior eficiência e produtividade do que prevê a resolução.

Dentro deste panorama o estado de Mato Grosso permite que as serrarias façam um trabalho para avaliar o Coeficiente de Rendimento Volumétrico, admitindo que esta diferença seja comercializada.

5.2. APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS E RENDIMENTO TOTAL EM MADEIRA SERRADA

Na Tabela 3 são apresentados os valores de incremento no rendimento em madeira serrada pelo aproveitamento dos resíduos do desdobro primário para as três classes diamétricas das espécies Qualea paraenses e Erisma uncinatum.

TABELA 3 - VALORES MÉDIOS DE APROVEITAMENTO DOS RESIDUOS POR CLASSE DIAMÉTRICA PARA AS

ESPÉCIES Qualea paraensis e Erisma uncinatum.

CLASSE DIAMÉTRICA

APROVEITAMENTO DO DESDOBRO PRIMÁRIO (%)

Qualea paraensis Erisma uncinatum

A 3,78 a 7,60 a

B 6,06 a 6,02 a

C 3,37 a 5,94 a

MÉDIA GERAL 4,41 6,52

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância.

Na indústria onde foi realizado o presente estudo, há o aproveitamento dos resíduos gerados durante o desdobro primário por meio da fabricação de pequenos objetos madeireiros (grades de cama e suportes para colchão) para a confecção de colchões. Tal aproveitamento é fundamental para o melhor aproveitamento da matéria prima.

Conforme observado na Tabela 3, o aproveitamento médio dos resíduos provenientes do desdobro primário para a espécie de Q.

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paraensis foi de 4,41%, sendo que para a Classe B observou-se o melhor aproveitamento dos resíduos (6,52%).

Observa-se na Tabela 3, que para a E. uncinatum o aproveitamento médio dos resíduos florestais foi igual a 6,52%, valor superior ao aproveitamento para a Q. paraensis. Tal resultado pode ser explicado pelos menores valores de rendimento médio para as Classes A e B da espécie E. uncinatum apresentados na Tabela 2, resultando portanto em maior volume de resíduos a serem encaminhados para a etapa de aproveitamento.

O aproveitamento dos resíduos florestais realizado na empresa estudada é fundamental para a melhor utilização da matéria prima proveniente da floresta.

Na Tabela 4 são apresentados os valores de rendimento total para as três classes diamétricas das espécies Qualea paraenses e Erisma uncinatum.

TABELA 4 - VALORES MÉDIOS DO RENDIMENTO TOTAL POR CLASSE DIAMÉTRICA PARA AS ESPÉCIES Qualea paraensis e Erisma uncinatum.

RENDIMENTO TOTAL (%)

CLASSE Qualea paraensis Erisma uncinatum

Classe A 45,28 45,63

Classe B 47,62 45,51

Classe C 52,24 54,59

MÉDIA GERAL 48,38 48,58

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância.

Observa-se na Tabela 4 que o rendimento total para as duas espécies foi semelhante. Para a espécie Qualea paraensis o rendimento médio total foi de 48,38% e para a espécie da Erisma uncinatum o rendimento médio total foi de 48,58%.

O rendimento total em madeira serrada da classe C para as duas espécies foi maior do que as classes A e B, demonstrando que

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23

apesar de não haver diferença significativa para os resultados, o rendimento total foi maior para a classe com toras de maior diâmetro (Classe C).

FIGURA 2 - VALORES MÉDIOS DOS RENDIMENTOS TOTAIS POR CLASSE DIAMÉTRICA PARA AS ESPÉCIES Q. paraensis (A) e E. uncinatum.(B)

Conforme apresentado nas figuras 2A e 2B, o incremento no rendimento total das espécies avaliadas deve-se a motivos diferentes. Para a espécie Q. paraensis os valores médios do rendimento total foi devido à maior produtividade do desdobro primário quando comparado à E. uncinatum. No entanto, o rendimento total para a E. uncinatum

0 10 20 30 40 50 60

Classe A Classe B Classe C

Rend imen to t o tal (% )

RENDIMENTO PRIMARIO APROVEITAMENTO

0 10 20 30 40 50 60

Classe A Classe B Classe C

Rend imen to t o tal (% )

RENDIMENTO PRIMARIO APROVEITAMENTO

B A

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alcançou praticamente os mesmos valores de rendimentos totais que a Q. paraensis em função do melhor aproveitamento dos resíduos advindos do desdobro primário.

Apesar das duas espécies apresentarem valores de rendimento total semelhante, os produtos advindos do desdobro primário agregam maior valor econômico por serem mais valorizadas pelo mercado consumidor, ou seja, a Q. paraensis quando comparada a E. uncinatum proporciona maior lucratividade.

No entanto, a utilização dos resíduos como forma alternativa de rendimento pode aumentar as receitas das indústrias. O aproveitamento de resíduos contribui também com o incentivo da economia local, a geração de empregos e conservação do meio ambiente em virtude do uso do resíduo de maneira adequada (GIOVANETTI, 2014).

Existem ainda, várias outras maneiras de aproveitar os resíduos madeireiros para aumentar a produtividade e as receitas da indústria madeireira, como alternativa para a melhor destinação desses resíduos. Delmiro (2015) cita como exemplo, a fabricação de pequenos objetos de madeira, produção de compósitos (painéis madeira-cimento, tijolos cerâmicos), uso como adubo orgânico através da compostagem ou uso direto, usos em camas de frango, dentre outros.

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25 6. CONCLUSÕES

 O rendimento volumétrico do desdobro primário em madeira serrada para as duas espécies não apresentou diferença estatística entre as três classes diamétricas estudadas, no entanto os maiores rendimentos foram encontrados na maior classe diamétrica;

 As duas espécies apresentaram rendimentos em madeira serrada numericamente superior ao aceito pela legislação vigente;

A espécie Qualea paraensis apresentou maior rendimento do desdobro primário em madeira serrada;

A espécie Erisma uncinatum apresentou melhor porcentagem de aproveitamento dos resíduos provenientes do desdobro primário;

 Os rendimentos totais das duas espécies apresentaram resultados semelhantes.

(33)

26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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