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CLASSE Qualea paraensis Erisma uncinatum

Classe A 45,28 45,63

Classe B 47,62 45,51

Classe C 52,24 54,59

MÉDIA GERAL 48,38 48,58

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de significância.

Observa-se na Tabela 4 que o rendimento total para as duas espécies foi semelhante. Para a espécie Qualea paraensis o rendimento médio total foi de 48,38% e para a espécie da Erisma uncinatum o rendimento médio total foi de 48,58%.

O rendimento total em madeira serrada da classe C para as duas espécies foi maior do que as classes A e B, demonstrando que

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apesar de não haver diferença significativa para os resultados, o rendimento total foi maior para a classe com toras de maior diâmetro (Classe C).

FIGURA 2 - VALORES MÉDIOS DOS RENDIMENTOS TOTAIS POR CLASSE DIAMÉTRICA PARA AS ESPÉCIES Q. paraensis (A) e E. uncinatum.(B)

Conforme apresentado nas figuras 2A e 2B, o incremento no rendimento total das espécies avaliadas deve-se a motivos diferentes. Para a espécie Q. paraensis os valores médios do rendimento total foi devido à maior produtividade do desdobro primário quando comparado à E. uncinatum. No entanto, o rendimento total para a E. uncinatum

0 10 20 30 40 50 60

Classe A Classe B Classe C

Rend imen to t o tal (% )

RENDIMENTO PRIMARIO APROVEITAMENTO

0 10 20 30 40 50 60

Classe A Classe B Classe C

Rend imen to t o tal (% )

RENDIMENTO PRIMARIO APROVEITAMENTO

B A

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alcançou praticamente os mesmos valores de rendimentos totais que a Q. paraensis em função do melhor aproveitamento dos resíduos advindos do desdobro primário.

Apesar das duas espécies apresentarem valores de rendimento total semelhante, os produtos advindos do desdobro primário agregam maior valor econômico por serem mais valorizadas pelo mercado consumidor, ou seja, a Q. paraensis quando comparada a E. uncinatum proporciona maior lucratividade.

No entanto, a utilização dos resíduos como forma alternativa de rendimento pode aumentar as receitas das indústrias. O aproveitamento de resíduos contribui também com o incentivo da economia local, a geração de empregos e conservação do meio ambiente em virtude do uso do resíduo de maneira adequada (GIOVANETTI, 2014).

Existem ainda, várias outras maneiras de aproveitar os resíduos madeireiros para aumentar a produtividade e as receitas da indústria madeireira, como alternativa para a melhor destinação desses resíduos. Delmiro (2015) cita como exemplo, a fabricação de pequenos objetos de madeira, produção de compósitos (painéis madeira-cimento, tijolos cerâmicos), uso como adubo orgânico através da compostagem ou uso direto, usos em camas de frango, dentre outros.

25 6. CONCLUSÕES

 O rendimento volumétrico do desdobro primário em madeira serrada para as duas espécies não apresentou diferença estatística entre as três classes diamétricas estudadas, no entanto os maiores rendimentos foram encontrados na maior classe diamétrica;

 As duas espécies apresentaram rendimentos em madeira serrada numericamente superior ao aceito pela legislação vigente;

A espécie Qualea paraensis apresentou maior rendimento do desdobro primário em madeira serrada;

A espécie Erisma uncinatum apresentou melhor porcentagem de aproveitamento dos resíduos provenientes do desdobro primário;

 Os rendimentos totais das duas espécies apresentaram resultados semelhantes.

26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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