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Agenda Junho/2017 Defesa de Mestrado 07/06/ h Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP 2º andar Aluna Orientador Título RESUMO

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Agenda Junho/2017

Defesa de Mestrado – 07/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar

Aluna: Léa Pintor de Arruda Oliveira Orientador: Heraclito Barbosa de Carvalho

Título: Estimativa de prevalência de estresse emocional em uma amostra de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo

RESUMO

No Brasil, o amplo escopo de responsabilidades e também a diversidade de situações que demandam ações da Polícia Rodoviária Federal contribuem para que agentes/eventos estressores façam parte da rotina diária de centenas de policiais. Contudo, ainda existem poucos estudos dedicados a identificar o estresse nesta população. Assim, o objetivo principal do presente estudo é identificar a prevalência do estresse neste grupo, além de identificar as prevalências de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), de estresse ocupacional e, finalmente, a prevalência dos sintomas de Síndrome de Burnout. Para tanto foi utilizado um desenho de estudo transversal com amostra probabilística (n = 202) de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo. Os instrumentos para obtenção dos dados da amostra foram: i) Questionário Geral (QG), para a caracterização da amostra e obtenção de dados sociodemográficos e profissionais; ii) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), para sintomas de estresse; iii) Escala de Impacto do Evento - Revisada (IES-R), para sintomas de TEPT; iv) Escala de Vulnerabilidade do Estresse no Trabalho (EVENT), para estresse ocupacional; v) Inventário de Burnout de Maslach, versão HSS (MBI-HSS), para identificação dos sintomas pertinentes à Síndrome de Burnout. Os dados foram armazenados em planilhas excel e analisados com a utilização dos softwares Stata 8.0 for Windows e R3.3.2. A medida de associação escolhida foi o Odds Ratio (OR) e o seu intervalo de confiança (IC). Para testar a significância estatística foram utilizados o teste de qui quadrado o teste Exato de Fisher, para as variáveis nominais e, o teste Mann-Whitney-Wilcoxon foi utilizado para as variáveis com distribuição não paramétrica: idade (faixa etária) e tempo de carreira. O nível de significância adotado foi de 5%. A prevalência de sintomas de estresse na amostra representou 43,1% (IC95% = 36,2–50,0) com a seguinte distribuição por fase: 2,3% (IC95% = 0,2–8,0) em “Alerta”; 82,7% (IC95% = 73,2–90,0) em “Resistência”; 11,5% (IC95% = 5,7–20,1) em

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“Quase Exaustão”; e 3,5% (IC95% = 0,7–9,7) em “Exaustão”. Ainda, 60,9% da amostra apresentaram sintomas psicológicos de estresse, 33,3% sintomas físicos e 5,8% ambos. A prevalência de TEPT ocorreu em 25,4% (IC95% = 19,3–31,4) da amostra, sem a predominância entre as subescalas. A prevalência de sintomas de estresse ocupacional afetou 35,2% (IC95% = 28,5–41,8) dos policiais participantes do presente estudo. Não houve registro na amostra referente à Síndrome de Burnout. As prevalências de estresse encontradas neste estudo apresentaram valores compatíveis com os valores de pesquisas semelhantes – elaboradas em outras categorias de policiais –, tanto no contexto nacional como no internacional. Há indícios que o tempo para práticas de lazer pode exercer influência como fator de proteção contra os sintomas de estresse; por outro lado, há indícios que processos penais e o longo tempo de carreira podem exercer influência como fatores de risco. Em última análise, a combinação dos resultados aqui apresentados sugerem indícios do adoecimento – em curso – desta população em função dos elevados índices de prevalência dos sintomas de estresse, sintomas de TEPT e estresse ocupacional.

Descritores: Estresse psicológico; Estresse fisiológico; Esgotamento profissional; Transtornos de estresse pós-traumáticos (TEPT); Riscos ocupacionais; Saúde ocupacional.

Exame de Qualificação – Doutorado – 09/06/2017 – 14h – CETEC FMUSP – 2º andar – sala 2307

Aluna: Liza Yurie Teruya Uchimura Orientadora: Ana Luiza d´Ávila Viana

Título: Atenção primária e rede de urgência e emergência: interfaces no âmbito de regiões de saúde no Brasil e Canadá

RESUMO

Introdução: A interface da atenção primária e a rede de urgências e emergências possui muitos fatores a serem identificados e fluxos a serem estabelecidos. Comparar diferentes sistemas de saúde com processos de políticas de saúde baseados na regionalização poderá agregar novos instrumentos de planejamento em saúde. Neste sentido, conhecer os arranjos e as dinâmicas regionais do sistema de saúde canadense auxiliará no estudo comparativo com a realidade brasileira e possibilitará a implementação de estratégias para o desenvolvimento de inovações e planejamento da gestão em saúde no Brasil. Amenizar este “health gap” é um desafio para melhorias nos

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sistemas de saúde e um desafio para todos os profissionais de saúde e seus usuários. Objetivo: Identificar os fatores que interferem no estabelecimento das interfaces da Atenção Primária e a Rede de Urgências e Emergências em distintas realidades socioespaciais (regiões) e em distintos sistemas de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo com utilização de métodos mistos, por empregar métodos quantitativos, com avaliação de magnitude e construção de frequências, e métodos qualitativos que exploram o significado e a compreensão de construções. Foi utilizado estratégia de coleta de dados paralelo convergente e aproximação entre os dados pela abordagem de comparação side-by-side. Este estudo é um desdobramento da pesquisa “Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil – Região e Redes”. O estudo consiste em entrevistas com informantes-chave e análise de dados secundários das regiões de Norte-Barretos (São Paulo, Brasil), Sul-Barretos (São Paulo, Brasil), Mississauga Halton Local Health Integration Network (LHIN) e Toronto Central Local Health Integration Network (LHIN) (Ontário, Canadá). Os dados dos questionários estruturados foram tabulados usando o software PHP Line Survey - Open Source. Cálculos estatísticos foram realizados usando SPSS Statistics para Windows, Versão 22.0. A análise de conteúdo dos dados qualitativos (entrevistas com questões abertas, atas de reuniões e documentos) será realizada utilizando-se o software Atlas-ti. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com o número de processo 045/16, e de acordo com a norma do Conselho Nacional de Saúde 466/12. Resultados preliminares: Os aspectos políticos, estruturais e organizacionais interferem em diferentes níveis entre a atenção primária e a rede de urgência e emergência nas regiões selecionadas para o estudo. A regionalização tem apresentado como política de saúde relevante para o planejamento, tomada de decisões e na gestão de recursos focadas nas necessidades em saúde.

Defesa de Mestrado – 12/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar

Aluno: Yuri Nishijima Azeredo Orientadora: Lilia Blima Schraiber

Título: Saúde Coletiva e Filosofia: contribuições de Hannah Arendt para o debate de humanização

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O tema da humanização dos serviços e das práticas de saúde vem sendo objeto atualmente de várias elaborações e publicações no campo da saúde coletiva em virtude da sua importância para constituição de práticas e serviços fundamentados no cuidado. Esse estudo teve como objetivo a análise do conceito de humanização, sua utilização e referentes, dentro da produção do campo da saúde coletiva. Optou-se pela metodologia de vertente qualitativa, sendo que o empírico se constituiu de 98 artigos publicados e selecionados a partir de levantamento nas bases de dados LILACS e SCIELO, por meio do unitermo ‘serviço de saúde’ em cruzamento com ‘violência’, ‘humanização’ e ‘desumanização’; e do unitermo ‘trabalho em saúde’ igualmente com ‘violência’, ‘humanização’ e ‘desumanização’. Além desses, buscou-se o unitermo ‘encontro clínico’ em separado. Esse levantamento mostrou uma grande polissemia do conceito de humanização dentro do campo da saúde coletiva bem como uma grande diversidade de referentes. Levamos em consideração as transformações pelas quais passam o trabalho médico e, por conseguinte, o trabalho em saúde na Modernidade, assim como a reflexão política de Hannah Arendt, principalmente acerca dos conceitos de ‘autoridade’, ‘crise’, ‘natalidade’, ‘poder’, ‘tradição’ e ‘violência’. A partir disso, buscou-se enriquecer o debate e trazer aportes dos conceitos arendtianos apresentando-se novas distinções conceituais e possibilidades de abordagem ainda pouco exploradas no campo da saúde coletiva.

Defesa de Mestrado – 14/06/2017 – 9h – Anfiteatro da Farmacologia FMUSP – 3º andar – 3104

Aluna: Vivian Salles Alvarez

Orientadora: Márcia Thereza Couto Falcão

Título: Masculinidade e prevenção: a relação entre prática sexual dos homens e a profilaxia pós-exposição sexual (PEP)

RESUMO

Com a ampliação dos estudos de gênero e saúde, especialmente na linha das masculinidades, emergiram questões a respeito da prevenção do HIV/aids que foram incorporadas às discussões sobre construtos socioculturais promotores de vulnerabilidades para as populações masculinas frente à epidemia. No atual cenário da epidemia, duas questões chamam atenção em relação aos homens: o fato da epidemia se mostrar concentrada na população entre homens que fazem sexo com homem (HSH) e da principal via de transmissão do vírus ser heterossexual. Os esforços para o controle

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da epidemia de HIV/aids no Brasil têm se concentrado no diagnóstico precoce da infecção e no tratamento das pessoas vivendo com HIV/aids, bem como na implementação de intervenções de prevenção combinada. Esta última pode ser descrita como a possibilidade de manejo entre estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais que se colocam como alternativas ao discurso preventivo centrado preponderantemente no preservativo masculino. Entre as abordagens biomédicas, a profilaxia pós-exposição sexual consentida (PEPSexual) se coloca como uma estratégia fundamental para este trabalho, de caráter qualitativo, cujo objetivo mais amplo foi compreender como os homens constroem aproximações e distanciamentos quanto às configurações identitárias em termos da sexualidade, de representações sociais quanto ao HIV/aids, de motivações a procurar a PEPSexual, caracterizando o uso que fazem de um serviço especializado em DST/HIV no município de São Paulo. A técnica de entrevista semiestruturada foi aplicada na realização de 15 entrevistas com homens que buscaram PEPSexual no ambiente do serviço. Os resultados e análises foram organizados em categorias que expressaram as representações sociais dos entrevistados, a respeito de: 1) vivência sexual masculina, 2) percepção sobre o risco e prevenção ao HIV e 3) conhecimento e busca pela PEP. O estudo permitiu compreender como as construções a respeito das masculinidades influenciam o modo pelo qual os homens acionam recursos e estratégias para a busca de prevenção ao HIV/aids.

Descritores: HIV; síndrome de imunodeficiência adquirida; profilaxia pós-exposição; masculinidade; identidade de gênero; pesquisa qualitativa

Defesa de Mestrado – 14/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Farmacologia FMUSP – 3º andar – 3104

Aluna: Thais Fonseca Lima

Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres

Título: Exposição à violência comunitária durante o trabalho e seus efeitos na prática profissional na Estratégia de Saúde de Família: um estudo de corte transversal no Município de São Paulo

RESUMO

Ainda são incipientes os estudos que abordam os obstáculos enfrentados pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para executar suas atribuições no cotidiano do trabalho, porém, a violência comunitária já tem sido apontada como um desafio por alguns estudos, principalmente nos grandes centros urbanos. Este estudo

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tem como objetivo estimar a prevalência da exposição à violência no local de trabalho e investigar a sua associação com as alterações na prática profissional (deixar de realizar visitas, circular pelo território, notificar casos de violência, seguir pacientes agendados e abordar temas em saúde), em uma amostra representativa dos trabalhadores das equipes da ESF do município de São Paulo. Foi realizado um estudo transversal, que utilizou os dados do estudo PANDORA-SP (Panorama of Primary Health Care Workers in São Paulo, Brazil: Depression, Organizational Justice, Violence at Work, and Burnout Assessments), que avaliou 2.940 trabalhadores da ESF. A exposição à violência nos últimos doze meses (vitimização direta, indireta ou ambas) e as alterações na prática profissional foram avaliadas por meio de dois questionários estruturados. Após análise descritiva e bivariada, analisamos a associação entre exposição à violência e alteração na prática profissional por meio de modelos de Regressão de Poisson brutos e ajustados com cálculo da Razão de Prevalência e Intervalos de 95% de confiança. A prevalência de exposição à violência no trabalho foi de 57,8%(n=1.699), sendo que 17,11%(n=503) dos trabalhadores relataram ter sido vítimas direta e indireta de violência nos últimos doze meses. Referiram alteração na prática profissional 34,9% dos trabalhadores entrevistados. Ser exposto à violência no local de trabalho mostrou-se associado à alteração na prática profissional, sendo que a magnitude da associação aumentou com o acúmulo de exposição. Profissionais expostos à violência direta e indireta deixaram de notificar casos de violência (RPaj= 3,00; IC95%:2,22-4,04), de realizar visita domiciliar (RPaj=2,98;IC95%: 2,40-3,69), de circular pelo território (RPaj=4,23;IC95%: 3,15-5,67), de abordar temas em saúde (RPaj=2,66;IC95%: 1,99-3,55) e de seguir a sequência de pacientes agendados (RPaj=4,73;IC95%: 2,78-8,05) mais frequentemente do que os não expostos. Para “qualquer alteração na prática”, a RP ajustada foi de 2,56 (IC95%: 2,20-2,98) quando expostos a ambos os tipos de vitimização. As elevadas razões de prevalência encontradas em cada um dos desfechos revelam o impacto da exposição à violência no processo de trabalho dos profissionais da APS. As alterações na prática profissional diminuem a qualidade da assistência prestada à comunidade e, por fim, podem ser um obstáculo para a consolidação dos princípios do SUS.

Descritores: Atenção primária em saúde; Violência no trabalho; Pessoal de saúde; Prática profissional; Violência; Estudos transversais.

Defesa de Doutorado – 19/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar (videoconferência)

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Aluna: Ana Tereza Costa Galvanese

Orientadora: Ana Flávia Pires Lucas d’Oliveira

Título: Corporeidade nos grupos de práticas integrativas corporais e meditativas na rede pública de atenção primária à saúde da região oeste do município de São Paulo

RESUMO

As práticas integrativas e complementares fazem parte dos cuidados em saúde adotados pela população; e sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) é objeto da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Suas modalidades mais numerosas nos serviços de saúde e, também, menos incluídas nessa política são as práticas corporais e meditativas. Os objetivos da pesquisa foram descrever essas práticas: por que, de quem, com quem e como é produzido esse cuidado; e identificar suas contribuições à integralidade do cuidado. O método de pesquisa foi qualitativo e a produção dos dados foi realizada em duas regiões administrativas de uma Coordenadoria Regional de Saúde do município de São Paulo. Participaram da pesquisa 16 serviços, sendo 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS), sete das quais vinculadas a Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF); dois Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO); um Centro de Saúde Escola (CSE); e um Centro de Testagem e Aconselhamento/ Serviço de Assistência Especializada em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (CTA/ SAE DST/Aids). A produção dos dados foi realizada de outubro/2013 a setembro/2014, através de entrevistas semiestruturadas com 29 profissionais e 36 usuários praticantes; e de observação participante de 31 práticas corporais e meditativas em grupo, entre Tai Chi, Lian Gong, Qi Gong, Yoga, Capoeira, Danças, Meditação, Relaxamento, Consciência e Percepção Corporal, limitada a uma sessão por prática. A análise foi inspirada no referencial fenomenológico existencial, na abordagem denominada Analítica do Sentido. As práticas foram investigadas em sua dimensão de trabalho em saúde, independentemente das abordagens empregadas. A corporeidade foi identificada como tema subjacente, traço definidor dos recursos dos profissionais e dos modos de cuidado em todas as práticas. Em relação à promoção da saúde, foram identificadas convergências em relação ao conceito positivo e ampliado de saúde, bem como contribuições ao protagonismo dos praticantes e ao seu acesso a bens e recursos culturais do território, através do apoio ao exercício da agência e da produção das práticas não somente nos serviços de saúde, mas também em espaços públicos do entorno. As contribuições à construção da Integralidade foram relativas à união entre promoção e cuidado terapêutico nessas práticas; enquanto os desafios se mostraram

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ligados à necessidade de informar e aprofundar o diálogo com os demais profissionais de saúde e de produzir conjuntamente o cuidado, de modo a contribuir mais significativamente na elaboração dos projetos terapêuticos singulares. Foram também apontados os diferenciais dessas práticas em relação àquelas desenvolvidas sob a lógica do mercado, quanto às formas de sociabilidade e ao risco de autonomização do cuidado com o corpo. A título de conclusão, é apresentada uma definição que abarca o conjunto das práticas analisadas e a sugestão da organização de uma rede de informações e experiências dessas práticas no SUS.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Política de Saúde. Saúde Holística. Terapias Complementares. Promoção da Saúde. Integralidade em Saúde. Pesquisa Qualitativa.

Defesa de Mestrado – 22/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Farmacologia FMUSP – 3º andar – 3104

Aluno: Gustavo Fogolin Rosal

Orientador: Moacyr Roberto Cuce Nobre

Título: Qualidade de vida e capacidade funcional de pacientes com artrite reumatoide tratados com biológicos: overview de revisões sistemáticas

RESUMO

INTRODUÇÃO: Diversos ensaios clínicos randomizados (ECR) foram realizados nos últimos anos sobre a eficácia dos agentes biológicos no tratamento da artrite reumatóide (AR). Porém, as revisões sistemáticas sobre o tema ainda geram dúvidas sobre a real eficácia relacionada à capacidade funcional e qualidade de vida. MÉTODOS: O presente estudo sintetizou as evidências geradas pelas revisões sistemáticas que compararam o tratamento realizado com a utilização dos agentes biológicos e o tratamento convencional com a utilização das drogas anti-reumáticas modificadoras da doença de síntese química (DARMDq), considerando a capacidade funcional e qualidade de vida dos pacientes com AR, além de avaliar a qualidade metodológica das revisões sistemáticas recuperadas. Utilizamos as bases de dados PubMed (Medline), EMBASE e Cochrane para realizar o levantamento de revisões sistemáticas com ou sem meta-análises de ECR. Dois pesquisadores de maneira independente realizaram a seleção das revisões sistemáticas, avaliaram a qualidade metodológica utilizando a ferramenta AMSTAR e classificaram a qualidade das evidências pelo GRADE. RESULTADOS: Esta overview incluiu 10 revisões sistemáticas e meta-análises de

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ECR que avaliaram a capacidade funcional mensurada pelo HAQ e a qualidade de vida mensurada pelo SF-36 (PCF e PCM) em pacientes com AR que utilizaram a terapia com os agentes biológicos comparada a terapia convencional com a utilização das DARMDq. A maioria da revisões sistemáticas apresentaram alta qualidade metodológica avaliada pela ferramenta AMSTAR e a qualidade da evidência variou entre baixa a alta qualidade pelo GRADE. A melhora da capacidade funcional e qualidade de vida observada no período inicial do tratamento (24 semanas) com a terapia biológica, foi de pequena relevância clínica. Esta diferença entre os tratamentos não foi observada no longo prazo (52 semanas), principalmente com os agentes biológicos na forma de monoterapia. CONCLUSÃO: Evidências que variam entre baixa a alta qualidade mostraram que os agentes biológicos apresentaram melhora de baixa relevância clínica na capacidade funcional e qualidade de vida no período inicial do tratamento em comparação à terapia convencional com as DARMDq. Entretanto, não há diferenças entre a utilização da terapia biológica e da terapia convencional a longo prazo.

Descritores: artrite reumatóide; terapia biológica; biológicos; antirreumáticos; capacidade funcional; qualidade de vida; inquéritos e questionários; HAQ; SF-36; overview

Defesa de Mestrado – 23/06/2017 – 9h – Sala 2372 – 2º andar Aluno: Max Felipe Vianna Gasparini

Orientador: Juarez Pereira Furtado

Título: Longitudinalidade e integralidade no Programa Mais Médicos: avaliação a partir de um estudo de caso

RESUMO

Investigamos possíveis influências do programa Mais Médicos sobre os atributos de longitudinalidade e integralidade, considerando a estratégia de provimento de médicos nas equipes de Saúde da Família. Foi realizado um estudo de caso em dois municípios paulistas, a partir de abordagem etnográfica, entrevistas e grupos focais. Os resultados indicam efeitos positivos em relação ao atributo de longitudinalidade, com destaque para a boa relação dos médicos com usuários de saúde, acolhimento humanizado, criação de vínculo terapêutico, disponibilidade para realizar visitas domiciliares e apoiar a equipe no acompanhamento dos casos. A despeito dos médicos do programa reconhecerem a importância do princípio da integralidade, é restrita a contribuição dos

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mesmos ao alcance deste atributo, dado o excesso de atendimentos diários, conflitos de perspectivas com outros trabalhadores e limites da estrutura e modo de funcionamento da rede de saúde. Conclui-se que o provimento de médicos nas unidades de saúde contribui para o alcance da longitudinalidade, mas não garante atenção com integralidade, sendo necessário investir na formação contínua das equipes e na reorganização do trabalho.

Descritores: avaliação de programas; programa Mais Médicos; integralidade em saúde; continuidade da assistência ao paciente; atenção primária a saúde; estudos de casos.

Exame de Qualificação – Doutorado – 27/06/2017 – 14h – Anatomia FDS Sala 2 – 1º andar – FMUSP

Aluna: Carolina La Maison

Orientadora: Alicia Matijasevich

Título: Prevalência, continuidade e fatores de risco dos transtornos psiquiátricos na adolescência

RESUMO

Os transtornos psiquiátricos frequentemente têm início na infância e adolescência, podendo persistir até a idade adulta. O objetivo da pesquisa será estudar a prevalência, continuidade e fatores de risco dos transtornos psiquiátricos no início da adolescência (11 anos) na Coorte de Nascimentos do município de Pelotas-RS de 2004. Métodos: Estudo 1: Será estimada a prevalência de transtornos psiquiátricos e avaliada a ocorrência de comorbidades psiquiátricas em adolescentes pertencentes à coorte de Pelotas-RS, 2004. Serão utilizados os dados provenientes do sexto acompanhamento da coorte. Os transtornos psiquiátricos serão avaliados usando o instrumento Development and Well-Being Assessment (DAWBA). Estudo 2: Será avaliada a continuidade dos transtornos psiquiátricos entre os 6 e 11 anos, agrupados em quatro grandes grupos de diagnóstico: transtornos de ansiedade, transtornos depressivos, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDHA), transtorno conduta e oposição. Serão investigados fatores preditores da continuidade dos transtornos psiquiátricos no período do estudo. Estudo 3: Serão avaliados os principais fatores de risco dos transtornos psiquiátricos na adolescência entre os 6 e 11 anos. Pretende-se analisar diversas exposições precoces e discutir qual a relação dessas variáveis com o desenvolvimento dos transtornos psiquiátricos em adolescentes. Serão utilizados os dados proveniente do sexto acompanhamento da coorte e de acompanhamentos prévios.

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Palavras-chave: prevalência; continuidade; fatores de risco; adolescentes; transtornos mentais.

Defesa de Mestrado – 28/06/2017 – 14h – CETEC FMUSP – 2º andar – sala 2307 Aluna: Giovanna Calixto Andrade

Orientadora: Renata Bertazzi Levy

Título: Consumo de alimentos ultraprocessados fora de domicílio no Brasi RESUMO

Introdução: Comer fora de casa tem sido relacionado com o aumento no consumo de alimentos caracterizados pelo alto grau de processamento, tal como refrigerantes, doces e fast-food. Embora indiquem uma associação entre alimentação fora do domicilio e o consumo de alimentos ultraprocessados, estudos realizados até o momento não consideram o grau e extensão de processamento industrial dos alimentos na avaliação da dieta fora de casa. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos fora de casa e verificar sua associação com características socioeconômicas e indicadores nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados de acordo com a extensão e propósito do processamento industrial. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sóciodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Adicionalmente, o percentual de participação de alimentos ultraprocessados dentro e fora de casa foi descrito segundo características sociodemográficas. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Análise fatorial foi conduzida para identificar padrões de alimentação fora de casa e modelos de regressão linear foram utilizados para explorar associação entre os padrões encontrados e indicadores nutricionais. Resultados: Observa-se uma maior contribuição de alimentos ultraprocessados fora de casa, destacando a participação de itens alimentares como refrigerantes e refeições prontas. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise de componentes principais, no

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entanto, monstra que existem padrões de alimentação fora de casa que podem ter ou não um impacto negativo na dieta. Foram encontrados três padrões de alimentação na população que explicam conjuntamente 13,6% da variância. O primeiro padrão, denominado refeição tradicional, inclui em sua composição arroz, feijão, legumes e verduras, raízes e tubérculos, macarrão e outras massas, carne bovina, aves e ovos. O segundo padrão, nomeado lanche, é composto por manteiga, leite, café e chás, pão francês, queijos processados e margarina. O terceiro padrão, denominado alimentos de conveniência por ser composto exclusivamente por alimentos ultraprocessados, inclui doces, refeições prontas (tais como fast food, salgados, pizza, entre outras) e refrigerantes. De maneira geral, observou-se uma associação direta entre o padrão de refeições tradicionais e nutrientes saudáveis na dieta, enquanto o padrão lanches e alimentos de conveniência foram associados diretamente com nutrientes não saudáveis. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que no Brasil, comer fora de casa está associado ao aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Existem, porém, padrões de alimentação fora de casa. Quando baseada em lanches e alimentos de conveniência, comer fora de casa acarreta em um impacto negativo na dieta. É, no entanto, possível manter uma alimentação saudável fora de casa quando se adere a padrões tradicionais da culinária brasileira.

Descritores: Alimentação fora de casa; Alimentos ultraprocessados; Análise multinível; Padrões alimentares; Análise fatorial, Pesquisa de orçamento familiar.

Defesa de Mestrado – 29/06/2017 – 14h – CETEC FMUSP – 2º andar – sala 2307 Aluna: Camila Zancheta Ricardo

Orientadora: Renata Bertazzi Levy

Título: Padrões de comportamentos de risco e proteção relacionados a doenças crônicas não transmissíveis entre adolescentes brasileiros

Introdução: Um pequeno grupo de fatores de risco modificáveis é responsável por grande parte da mortalidade e morbidade devidas a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Esses comportamentos de risco, frequentemente, se originam na adolescência e se mantêm na vida adulta, com consequências a curto, médio e longo prazo. Atualmente, além de determinar a prevalência de cada um dos fatores de risco, destaca-se a importância de avaliar como eles destaca-se agrupam na população, pois alguns desdestaca-ses comportamentos podem interagir entre si, produzindo um risco ainda maior do que a soma de riscos individuais. Objetivos: Identificar padrões de comportamentos de risco

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e proteção relacionados a doenças crônicas entre adolescentes brasileiros e verificar sua associação com características socioeconômicas e demográficas; avaliar a coocorrência de múltiplos fatores de risco entre os adolescentes, identificar agrupamentos e verificar a associação do acúmulo de riscos com características da população. Método: A fonte de dados utilizada foi a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2012, que coletou informações sobre saúde de adolescentes por meio de questionário autoaplicável em amostra representativa de alunos matriculados no 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas brasileiras. Foram utilizadas informações sobre alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e características socioeconômicas e demográficas. A análise fatorial foi usada para identificar padrões de comportamento a partir de uma lista de fatores de risco e proteção para DCNT.

A associação entre os padrões encontrados e as características dos estudantes foi avaliada com modelos de regressão linear. A coocorrência de múltiplos fatores de risco foi avaliada com um escore correspondente à soma de cinco comportamentos: 1) Consumo infrequente de frutas e hortaliças, 2) Consumo frequente de alimentos ultraprocessados; 3) Atividade física insuficiente; 4) Fumo; e 5) Consumo abusivo de álcool. Os agrupamentos foram identificados utilizando a razão entre a prevalência observada e a prevalência esperada (O/E) para cada uma das 32 combinações de fatores de risco possíveis. As razões de prevalência O/E maiores que um foram indicativas de um agrupamento (ou cluster). A associação entre o acúmulo de quatro ou cinco dos fatores de risco e as variáveis socioeconômicas e demográficas foi avaliada com a utilização de modelo de regressão logística. Resultados: Foram encontrados quatro padrões de comportamentos: “alimentação não saudável”, “alimentação saudável”, “atividade física” e “álcool e cigarro”. De forma geral, os grupos que apresentaram pior perfil de adesão aos padrões comportamentais encontrados foram: meninas, adolescentes mais velhos, e aqueles que não viviam com a mãe e o pai. Em relação à ocorrência simultânea dos fatores de risco definidos, apenas 2,5% dos adolescentes não apresentou nenhum dos comportamentos, enquanto 38,1% acumulou dois, 34,2%, três, 8,9%, quatro e 1,5%, os cinco fatores de risco estudados. As combinações de comportamentos mais comuns nos adolescentes foram aquelas em que estavam presentes os fatores de risco relacionados a alimentação e atividade física, ainda que as razões O/E fossem próximas a um. As maiores razões O/E foram encontradas para as combinações em que estavam presentes o cigarro e o álcool, indicando a forte correlação entre o uso das duas substâncias, ainda que a prevalência seja baixa nessa

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faixa etária. As características associadas ao acúmulo de quatro ou cinco fatores de risco foram: sexo feminino, ter mais de 16 anos, não viver com a mãe e o pai, menor escolaridade da mãe, ser aluno de escola pública, viver em municípios que sejam capitais de estado e nas regiões mais desenvolvidas do país. Conclusão: Os comportamentos de risco relacionados a alimentação e atividade física são os mais frequentes e se distribuem de forma independente nessa faixa etária. Por outro lado, o uso de cigarro e álcool é bastante correlacionado, apesar da baixa prevalência. A presença de múltiplos fatores de risco é comum nessa população e a identificação de grupos mais vulneráveis pode auxiliar no direcionamento de estratégias de promoção à saúde e prevenção de agravos relacionadas ao controle de DCNT ainda durante a adolescência.

Descritores: padrões de comportamento; coocorrência; fatores de risco; adolescente; doenças crônicas não transmissíveis; vigilância epidemiológica.

Referências

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