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organiza almo~o de Natal para pessoas carentes

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Academic year: 2021

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F d a

Lemes

organiza almo~o

de Natal para

(2)

H i

16 anos, cerca

de

30

pessoas

trabalham em pro1

do evento no

Parque S-Bernardo

Y A M FERRAZ yaraferraz@dga bc.com. br

No Parque Siio Bernardo, todos os moradores sabem in- dicar onde C a casa da familia Lemes, na Rua Paula Souza. A residhcia esta sempre de portas abertas, de mod0 que qualquer um que chegue C

bem recebido.

AlCm disso, os integran- tes da familia. coordenam escola de samba e grupo de Congada (festa folclorica) tradicional no bairro. Po- rCm, o evento mais aguar- dado pela comunidade C o almoqo de Natal.

Realizado h i 16 anos Pe- 10s Lemes, que chegaram h i , 40 anos de Cordislindia, pe- quena cidade de ,Minas Ge- rais, o projeto surgiu com o intuit0 de ajudar as pessoas mais necessitadas. De acordo com a dona de casa Maria Aparecida do Ros6rio Lemes, 53 anos, o evento foi crescen- do com o passar dos anos. "No primeiro almoqo eram poucas pessoas, mas agora te- mos que fazer em uma escola para comportar todo mundo. No ano passado acho que compareceram umas 7.000 pessoas. Neste ano espera- mos mais", afirmou.

' No card6pio tem arroz, fei-

j20, frango, came assada, ma-

,'

carriio e farofa. AlCm disso,

I

h i um bolo especial, distribui-

'

qiio de frutas, como melan- cia, e panetones. "Lembro que quando comeqou a gente fazia so com arroz, feijiio e frango. Foi crescendo e at6 o cardhpio melhorou", contou Maria Aparecida.

Para que tudo fiqu,e pron- to a tempo, as doaq6es come- qam a chegar em outubro. Nada C pedido, mas os mora- dores sabem onde levar e o que C necessirio. A dispensa j6 est6 cheia.

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0 s 30 intekantes da fami- lia enfrentam uma dura v6s- pera de Natal para que tudo esteja impec6vel no almoqo. "Desde que comeqamos a fa- zer isso, niio temos mais ceia. Passamos a noite inteira tra- balhando para que tudo este- ja pronto", disse Maria Apare- cida, que 6 uma das irm& da segunda geraqiio da familia.

A dona de casa Marinalda Souza Oliveira, 43, 6 casada com um dos irmiios Lemes. Ela 6 a responshvel pelos pre- sentes que as crianqas rece- bem no almoqo. "Aceitamos brinquedos novos e usados. Quando siio usados, vejo se tudo est6 certo, lavo, arrumo alguma coisa e embalo. A 61ti- ma semana passei fazendo is-

SO todos os dias", contou.

0 s presentes siio entre- gues por dois Papais No& que se revezam para atender todas as crianqas. A familia ainda est6 aceitando doa- @es, principalmente de brin- quedos. Quem vai at6 16 e dei- xa uma sacolinha 6 recebido com um sorriso e um abraqo. A motivaqiio para tanto tra- balho 6 simples: ajudar. "Na- da paga quando vemos as fa- milias comendo e confraterni- zando essa data especial co- mo 6 o Natal, o nascimento

3e Cristo. Tudo vem reverti- lo para n6s em b@nqiios dos

611s. Temos sadde e, enquan- tivermos forqa, vamos fa- Ir questgo de realizar o al-

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Dona Cotinha alimenta moradores

A generosidade est6 no sangue da familia. A matriar- ca Maria do Carmo Ribeiro Lemes, 87 anos, conhecida como Dona Cotinha, niio s6 participa do almoqo natalino como oferece alimentaqiio para os moradores de rua to- dos os dias.

A iniciativa ocorre h6 quase o mesmo tempo do almoqo de Natal: 14 anos. "0s moradores de rua v@m at6 em casa com potes e eu encho todos com co-

mida. Hoje j6 niio sei quantos aparecem, acho que uns 50, mas eles trazem mais de uma marmita para poder levar a re- feigo aos amigos."

Segundo dona Cotinha, o pr6prio semblante dos necessi- tados mudtidepois que eles co- meqam a buscar almoqo na re- sidhcia. "Siio pessoas muito mstes, que passam por dificul- dades, mas aqui elas encon- tram aliment0 e uma palavra

de carinho", afirmou.

A aqiio comeqou como uma terapia para a pr6pria dona de casa. Conforme contou a filha, Maria Aparecida do Ros6rio Lemes, a miie estava triste com a morte de uma h i i e de seu marido, Antonio da Silva Lemes. "Ela s6 ficava na jane- la, olhando em direqiio ao ce- mitkrio e pensando neles. A sa6de dela comeqou a ficar ruim e a press50 subir. Ela teve essa ideia e ai comeqou a cozi- nhar todos os dias para quem precisa", disse.

ApQ o inicio do almoqo, do- na Cotinha nunca mais teve problemas de pressiio. Atual- mente, prestes a completar 88 anos, tem sa6de de ferro.

Para comeqar a fazer as re- feiq6es, ela levanta gs 7h. 0 card6pio tambkm k montado com doaqks e varia dia a dia.

A tradiqiio mineira k manti- ' da na refeigo. Nada de fog50

a g6s, o preparo 6 todo no fo- gio a lenha, em grades pane- las. "Fico muito contente com as pessoas que ajudb. 0 impor- tante 6 ter amor ao prbximo, como Jesus Cristo nos ensi- nou", disse Cotinha.

Questionada se pensa em parar de fazer isso, ela niio quer nem ouvir falar no assun- to. "Enquanto vida e sa6de Deus me der, vou continuar."

Animada para o almqo de Natal, ela tambkm nZio fica Qe fora do grande evento do ano. Ajuda na preparaqiio de todos os pratos e conversa diaria- mente com a irm5 que ficou em Minas, dona Maria J6lia, que tambkm manda doaq6es.

Para justificar o que faz, ela usou uma frase da ora- qiio de Siio Francisco de As- sis. "E dando que se recebe,

k perdoando que se k perdoa- do. Sabe, cada quilo de comi- da vem em benqiio." YF

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Benzedeira garante forqa

aos vizinhos. por meio da

f i

A

A fila na porta da sala de do- na Ana Maria Lemes, 59 anos, 6 grande. Na maioria dos dias, cinco grandes bancos de madeira niio diio conta do n6- mero de pessoas que viio at6

1zi receber uma b@nqiio. Dona Ana 6 benzedeira por vocaqiio, oficio que aprendeu com o pai, Antonio da Silva Lemes. "Tinha 12 anos quan- do comecei a benzer 1A em Mi- nas. Foi meu pai que me ensi- nou, mas voce tem que nas- cer com o dom."

E o dom que a mantern, de segunda-feira a szibado, aten- dendo pessoas de todo lugar de Siio Paulo que v@m relatar problemas e buscar fortaleci- mento na fC. Ela comeqa a benzer pela nfanhii e vai ate a 6ltima pessoa.

"Eu benzo mCdia de 500 pessoas por dia. 0 que me fortalece para ajudar todo mundo C a minha fC e con- fianqa. Enquanto eu viver, 6 isso que vou fazer, 6 a minha missiio."

Catblica, todos os dias ela vai a missa para se fortalecer a fim de enfrentar a semana. "Estou a disposiqiio de todos, minha vida C essa", justifica.

Uma das fieis que 1zi esta- vam C a desempregada Ivanir de Oliveira Santos, 51, mora- dora do Jardim Calux. "Esta- va com uma dor nas costas hzi muito tempo. Me falaram da dona Ana, ela me benzeu e es- tou bem. Hoje (ontem) vim uazer mais alimentos e tam- bCm pedir uma benqiio para conseguir um emprego."

Jzi ~eiseane Mattos, 24, mo- radora do bairro, vem sempre

se fortalecer. "Ela 6 maravilho- sa, me trata bem. Aqui C um lugar que voc@ se sente bek. Eu tambCm vim pedir ajuda para conseguir uabalho."

Questionada se tem lem- branqa de algum caso em es- pecial, dona Ana nega. "Cada um que passa por aqui C espe- cial para mim. E por todos vo- c@s que rezo todos os dias e

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