GRAÇA
Litoral Oeste / Ibiapaba
PESQUISA DE CAMPO, ANÁLISE DE DADOS E PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Equipe Macrorregional do Litoral Oeste / Ibiapaba
C387l Ceará. Secretaria das Cidades
Levantamento de Arranjos Produtivos: Graça / Secretaria das Cidades. – Florianópolis: Foco Opinião e Mercado, 2014.
26 p. : il.
Levantamento realizado no Municipio de Graça (CE)
1. Pesquisa Socioeconômica. 2. Planejamento Econômico. I. Título CDU: 338
Michel Temer – Vice-Presidente
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior – MDIC
Mauro Borges Lemos – Ministro de Estado
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
Cid Ferreira Gomes – Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho – Vice-governador
Secretaria de Estado das Cidades
Carlo Ferrentini Sampaio – Secretário Mário Fracalossi Junior – Secretário Adjunto
Magno Silva Coelho – Secretário Executivo
Carolina Gondim Rocha – Coordenadora de Desenvolvimento Urbano e Territorial Pedro Capibaribe – Gerente da CEAFE
Georgiana Mont'Alverne – Analista de Projetos Gilber Costa – Gestão de Convênios
INSTITUTO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO VALE DO ACARAÚ (IVA) – TIANGUÁ
Rogeane Morais Ribeiro – Diretora
Samara da Ponte Silva – Coordenadora Macrorregional do Projeto Keila Costa de Oliveira – Coordenadora Adjunta Macrorregional do Projeto
Gerlane Magalhães Portela – Articulador Local Cleidiane Fernandes Moura – Pesquisadora Estagiária Raimundo Ribeiro Pires Júnior – Pesquisador Estagiário Rodolfo Pinheiro do Nascimento – Pesquisador Estagiário
FOCO OPINIÃO E MERCADO Direção da Instituição
Cleisimara Salvador – Diretora Executiva Welinton Lucas dos Santos – Diretor Comercial
Cinthia Fraga – Diretora Administrativa
Equipe Envolvida no Projeto
Cleisimara Salvador / Élvio J. Bornhausen – Coordenadores Executivos Rejane Roecker – Coordenadora Técnica Institucional
Laércio de Matos Ferreira – Coordenador Técnico Local Kélen Gonçalves de Abreu – Especialista em Gestão de Projetos Masanao Ohira – Especialista em Elaboração de Projetos de Pesquisa Juliana Radatz Kickhöfel – Especialista em Elaboração de Projetos de Pesquisa
Edimarta Steckert Paladini – Especialista em Aplicação de Pesquisa de Campo Ulisses Karl – Especialista em Aplicação de Pesquisa de Campo
Felipe Ercílio Martins – Administrador do Projeto Kelli Pierini da Silva – Supervisão de Pesquisadores Estagiários
Rodolpho Rodrigues de Souza – Assessoria Técnica em Tecnologia da Informação Bruno de Lima – Especialista em Sistematização de Dados
governo e da sociedade é criar oportunidades para reduzir as disparidades econômicas e sociais entre a capital e o interior do estado.
O Governo do Estado, através da Secretaria das Cidades, implementa uma política de desenvolvimento local e regional que incentiva o crescimento das atividades produtivas endógenas. A estratégia de ação está centrada no fortalecimento da governança local e no apoio ao desenvolvimento produtivo dos territórios, incentivando a vocação da região e o empreendedorismo local, inclusive de suas aglomerações produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APL).
A opção estratégica pela atuação em aglomerações produtivas e APLs decorre, fundamentalmente, do reconhecimento de que políticas de fomento são mais efetivas quando direcionadas a grupos de empresas e não a empresas individualizadas. O tamanho da empresa passa a ser secundário, pois o seu potencial competitivo advém não de ganhos em escala individual, mas sim de ganhos decorrentes de uma maior cooperação entre essas organizações.
Além disso, vem ao encontro da Política Nacional de APLs do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Plano Brasil Maior e a nova política industrial brasileira do governo federal, as quais, entre outros aspectos, visam à promoção do desenvolvimento local e regional, ao estímulo à inovação e a modernização tecnológica nos processos de gestão no âmbito das organizações, associações e cooperativas de produtores, à melhoria da infraestrutura dos espaços de produção e à ampliação à comercialização de produtos e serviços.
No entanto, a atual falta de informações sobre a configuração destas aglomerações no interior do Ceará cria obstáculos à efetividade das ações a elas direcionadas. É fundamental conhecer quais são os setores com potencial de crescimento nas localidades e os entraves ao seu desenvolvimento.
Como resposta a este cenário, o Governo do Estado e a Secretaria das Cidades está implantando o projeto Observatórios Econômicos Sociais, que tem por objetivo mapear as aglomerações produtivas, bem como os APLs das macrorregiões de Sertão dos Inhamuns / Crateús, Litoral Oeste / Ibiapaba, Baturité e Sertão Central. Realizado em parceria com Instituições de Ensino Superior de cada região, abrangem 67 (sessenta e sete) municípios, levantando informações que subsidiarão ações futuras dos próprios Observatórios e do Governo.
O estudo “Levantamento de Arranjos Produtivas em Graça”, ora apresentado, traz um panorama do município, a percepção da comunidade local sobre o desenvolvimento econômico da cidade, suas forças atuais e sua vocação, além das aglomerações produtivas ali identificadas. Dessa forma será possível conhecer o cenário de atuação que se deseja transformar, contribuindo com todos os agentes indutores de desenvolvimento local interessados em investir no município de Graça.
CARLO FERRENTINI SAMPAIO
1. OBSERVATÓRIOS ECONÔMICOS SOCIAIS DO CEARÁ ... 6
2. NOTAS METODOLÓGICAS ... 7
2.1. Conceito de Aglomerações Produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APL) ... 7
2.2. Coleta de Dados ... 8
2.3. Análise de Dados e Resultados ... 9
3. ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO ... 10
3.1. Localização... 10
3.2. População... 11
3.3. Desenvolvimento Humano e Social ... 12
4. MERCADO LOCAL ... 14
5. ARRANJOS PRODUTIVOS IDENTIFICADOS ... 19
6. PERFIL DOS ENTREVISTADOS ... 20
6.1. Sexo ... 20 6.2. Faixa Etária ... 20 6.3. Escolaridade ... 21 6.4. Setor de Atuação ... 21 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 22 Lista de Tabelas... 23 Lista de Figuras ... 24 Lista de Gráficos ... 25
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 6
1. OBSERVATÓRIOS ECONÔMICOS SOCIAIS DO CEARÁ
Os Observatórios Econômicos Sociais do Ceará são fruto da parceria entre o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria das Cidades, que visa o desenvolvimento das aglomerações produtivas do interior do estado. O projeto compreende a instalação de quatro Observatórios, em parceria com instituições de ensino superior nas macrorregiões de Sertão dos Inhamuns / Crateús, Litoral Oeste / Ibiapaba, Baturité e Sertão Central, totalizando 67 (sessenta e sete municípios) cearenses.
Os Observatórios Econômicos Sociais se configuram em centros de informação que envolvem a oferta de dados econômico-financeiros, mercados, cenários, clientes, fornecedores, transformados em “informação com valor agregado” para a tomada de decisão.
Para alimentar e direcionar as ações a serem desenvolvidas pelos Observatórios Econômicos Sociais e pelo próprio Governo do Estado nestes municípios, foi realizado o estudo “Levantamento de Arranjos Produtivos”, do qual trata este documento.
O objetivo geral do “Levantamento de Arranjos Produtivos” é auxiliar no direcionamento de possíveis investimentos no território, através da leitura e da análise dos seus aspectos potenciais e limitativos e pela identificação de suas aglomerações produtivas, organizadas em APLs ou não.
Nesse contexto, os objetivos específicos são os seguintes:
Apresentar um panorama das condições demográficas, sociais, empresariais e econômicas do município;
Identificar os pontos fortes da economia do município e sua vocação na visão da comunidade;
Avaliar as principais demandas e gargalos produtivos;
Propor indicadores de acompanhamento das aglomerações produtivas, estabelecendo parâmetros para investigações e mensurações futuras.
Desenvolvida como primeira iniciativa do Observatório Econômico Social da Macrorregião do Litoral Oeste / Ibiapaba, este documento apresenta o “Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça.”
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 7
2. NOTAS METODOLÓGICAS
Este capítulo, inicialmente, apresenta os conceitos adotados neste estudo para caracterizar aglomerações produtivas e APLs. A seguir descreve a forma de coleta e análise dos dados.
2.1. Conceito de Aglomerações Produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APL)
Genericamente, aglomerações produtivas podem ser definidas como uma concentração setorial e espacial de empresas (Schmitz e Nadvi, 1999). Já um Arranjo Produtivo Local (APL), segundo o MDIC, caracteriza-se por “aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.”
Conforme Cassiolato, Lastres & Szafiro (2000), as principais peculiaridades de um APL são:
a dimensão territorial (os atores do APL estão localizados em certa área onde ocorre interação);
a diversidade das atividades e dos atores (empresários, sindicatos, governo, instituições de ensino, instituições de pesquisa e desenvolvimento, ONGs, instituições financeiras e de apoio);
o conhecimento tácito (conhecimento adquirido e repassado através da interação, conhecimento não codificado);
as inovações e aprendizados interativos (inovações e aprendizados que surgem a partir da interação dos atores) e
a governança (liderança do APL, geralmente exercida por empresários ou pelo seu conjunto representativo – sindicatos, associações).
A abordagem de Arranjos Produtivos, nesse sentido, valoriza a cooperação, o aprendizado coletivo, o conhecimento tácito e a capacidade inovativa das empresas e instituições locais como questões centrais e como funções interdependentes para o aumento da competitividade sustentável, fortalecendo os mecanismos de governança.
Este estudo tem por objetivo identificar os principais Arranjos Produtivos do município e aglomerações de empresas que configurem potenciais APLs, independentemente do seu grau de
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 8
organização. Desta forma, considera a concentração de empresas e/ou trabalhadores em determinada atividade, segundo dados secundários do IPECE, RAIS e IBGE. Além disso, verifica através da sistematização de dados coletados em entrevistas com lideranças e empresários locais, indicativos não contemplados na primeira leitura para atividades consideradas expressivas ou promissoras nos municípios, que devam ser monitoradas pelos Observatórios Econômicos Sociais.
2.2. Coleta de Dados
O estudo foi realizado através do levantamento de dados primários e secundários. Os dados secundários são oriundos da sistematização de informações disponibilizadas por fontes fidedignas e de acesso público junto a órgãos especializados, como IBGE, IPECE, RAIS, MTE. Já os dados primários foram obtidos por “pesquisa de caráter qualitativo”, realizada por levantamento amostral, sendo a coleta executada através de entrevistas pessoais.
A amostra foi integrada por representantes de diferentes segmentos da população ou áreas de atuação no município, isto é, pelo poder público municipal, por empresas privadas (indústria, comércio, serviços), por representantes do setor de agronegócios e por associações ou entidades organizadas.
Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, que visa reduzir a incerteza a respeito dos seus objetivos, foi de fundamental importância que os entrevistados selecionados se caracterizassem como essenciais para o esclarecimento do assunto. Por conta disto, para a realização deste estudo, adotou-se uma amostragem não probabilística e a seleção dos sujeitos levou em consideração os critérios de acessibilidade e intencionalidade (neste caso consideradas as lideranças dos segmentos supracitados). Além disso, a escolha dos mesmos utilizou o estudo dos dados secundários, que apontou quais os setores têm maior representatividade local, totalizando assim, 20 (vinte) entrevistados.
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 9
2.3. Análise de Dados e Resultados
Os percentuais referentes às respostas da pesquisa não podem ser inferidos para o município de Graça, visto o levantamento adotar uma amostra não probabilística, com pequeno número de respondentes e intencional. Trata-se de pesquisa qualitativa e as distribuições de frequência representam as respostas, apenas, dos entrevistados na pesquisa.
Os dados oficiais do município, apresentados nos capítulos 3 e 4 deste documento estão baseados em fontes oficiais e referem-se a dados formais, de modo que empresas, empregos, atividades econômicas e outras informações de natureza informal não são contabilizadas.
Os resultados da pesquisa estão dispostos em 3 (três) capítulos, são eles:
Aspectos gerais do município;
Mercado local;
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 10
3. ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO
Este capítulo apresenta um panorama populacional, social e econômico do município, baseado em dados secundários extraídos de fontes de consulta pública.
3.1. Localização
O município de Graça está localizado na Macrorregião do Litoral Oeste / Ibiapaba, distante 255 km da capital. Possui área de 281,89 km2 e altitude de 174,80 m acima do nível do mar.
Figura 1: Localização do município, em 2013
Fonte: Mapa político-administrativo do Ceará - IPECE, 2014 Figura 2: Mapa do município, em 2014
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 11
3.2. População
Fundado em 1987, o município de Graça totalizou 15.049 habitantes no ano de 2010, segundo dados do Censo do IBGE. O crescimento populacional registrou taxa positiva de 0,16% desde o último censo (ano 2000), e a densidade demográfica era de 53,40 habitantes/km2 em 2010.
Tabela 1: População e taxa de crescimento, em Graça, no período 1991 a 2010
Ano População crescimento Taxa de anual* Densidade demográfica 2010 15.049 0,16 53,40 2000 14.813 0,34 56,95 1991 14.365 -0,44 55,04
Fonte: Anuário Estatístico do Ceará – IPECE, 2013
*Taxas nos períodos 1980/91 e 1991/00 para os anos de 1991, 2000 e 2010, respectivamente
Na distribuição populacional por gênero, segundo dados do IPECE extraídos do Censo Populacional do IBGE 2010, os homens totalizavam 49,43% e as mulheres somavam 50,57%. A maioria da população é rural, representando 61,36% do total.
Tabela 2: Participação relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Graça (1991 a 2010)
Ano Gênero Localidade
Homens Mulheres Urbana Rural
2010 7.439 7.610 5.815 9.234
2000 7.272 7.541 4.838 9.975
1991 6.991 7.374 2.012 12.353
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 12
3.3. Desenvolvimento Humano e Social
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é uma medida resumida do progresso em longo prazo, em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O IDH Municipal (IDH-M) de Graça, no ano de 2010, era de 0,570, posicionando o município na 175ª colocação em relação ao estado, valor 16,42% menor que o índice do Ceará, e 21,60% menor que o índice brasileiro no mesmo ano.
Tabela 3: Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1991 a 2010
Ano Educação Longevidade Renda IDH Municipal IDH Estadual IDH Nacional
2010 0,477 0,755 0,514 0,570 0,682 0,727
2000 0,644 0,700 0,434 0,593 0,699 0,766
1991 0,352 0,572 0,347 0,424 0,597 0,742
Evolução
1991/2010 35,51% 31,99% 48,13% 34,43% 68,40% -2,02%
Fonte: Anuário Estatístico do Ceará – IPECE, 2013
Segundo o IPEA, o Índice de GINI é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um, no qual o valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, restando o valor um no extremo oposto, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.
O município de Graça registrou coeficiente de Gini de 0,53 em 2010, indicando renda menos concentrada do que a do Estado do Ceará (Coeficiente de Gini do Ceará era igual a 0,61 no mesmo ano), e também menos concentrada quando verificada em níveis nacionais (Coeficiente de Gini do Brasil era igual a 0,60 em 2010).
Gráfico 1: Coeficiente de Gini
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013
Graça Ceará Brasil
0,55
0,61
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 13
Segundo os dados do IPECE, o município de Graça possuía, em 2010, 42,58% das famílias possuíam renda mensal de até ½ salário mínimo. A figura a seguir demonstra um panorama dos municípios cearenses frente à incidência da extrema pobreza, ou seja, com renda familiar per capita de até R$ 70,00.
Figura 3: Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios cearenses, em 2010
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 14
4. MERCADO LOCAL
Este capítulo apresenta um panorama do mercado local baseado em dados secundários a respeito das empresas, empregos e atividades econômicas desenvolvidas no município.
Além disso, apresenta os pontos fortes da economia local, a vocação do município e o humor do empresário baseado nos resultados apurados das entrevistas realizadas com o empresariado e lideranças locais.
O PIB cearense atingiu o montante de R$ 87,982 bilhões em 2011, de acordo com os dados do IBGE. No mesmo ano, Graça aparece na 142ª posição do ranking estadual,respondendo por 0,069% da composição do PIB cearense. O município de Graça, em 2011, possuía um PIB per capita da ordem de R$ 4.005,72, colocando-o na 173ª posição do ranking estadual. No período de 2007 a 2011, o PIB do município apresentou evolução de 60,71% acima dos 43,4% da média cearense para o mesmo período.
Tabela 4: Produto interno bruto de Graça e PIB per capita no período de 2007 a 2011
Período PIB (em mil reais) de Graça Posição Estadual PIB per capita (R$) Graça Posição Estadual
2011 60.358,22 142ª 4.005,72 173ª 2010 55.261,29 137ª 3.170,49 159ª 2009 48.740,88 135ª 3.044,73 167ª 2008 43.498,32 140ª 2.739,24 173ª 2007 37.557,45 134ª 2.454,81 159ª Evolução
2007/2011 60,71% Desceu 08 posições 63,18% Desceu 14 posições
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 15
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2012, o Ceará possuía um total de 219.773 empresas formalmente estabelecidas. Estas empresas, tomando como referência o mês de dezembro de 2012, foram responsáveis por 1.423.648 empregos formais.
Em Graça, existiam no mesmo ano 132 empresas formais, as quais geraram 806 postos de trabalho com carteira assinada. Considerando a evolução ao longo do período de 2010 a 2012, entretanto, a taxa absoluta de criação de empresas no município foi positiva em 13,79% e a de empregos negativa em 4,5%.
Gráfico 2: Número de empregos e empresas formais em Graça entre 2010 e 2012
Número EM PR ESA S EM PR EG O S
Fonte: Ceará em números, 2013
2010 2011 2012 116 117 132 2010 2011 2012 844 835 806
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 16
No que se refere ao recorte setorial em 2011, o setor terciário (comércio) era o mais representativo em número de empresas, mas o setor secundário gerou mais empregos.
Gráfico 3: Número de empresas e empregos formais de Graça, segundo o setor, em 2012
Fonte: Ceará em Números, 2013.
A tabela a seguir apresenta o número de empresas e empregos de Graça, organizadas segundo seções da CNAE e o seu respectivo porte, tomando por referência o ano de 2012.
Tabela 5: Número de empresas e empregos de Graça, em 2012
Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE – versão 2.0 Empresas Empregos
Número Part. (%) Número Part. (%)
Seção A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura - - - -
Seção B Indústrias extrativas 6 4,55% - -
Seção C Indústrias da transformação - - - -
Seção D Eletricidade e gás - - - -
Seção E Água, esgoto, atividades de descontaminação de resíduos - - - -
Seção F Construção - - - -
Seção G Comércio; reparação de veículos automotores e bicicletas 72 54,55% 12 1,49%
Seção H Transporte, armazenagem e correio 2 1,52% 3 0,37%
Seção I Hospedagem e alimentação 5 3,79% 3 0,37%
Seção J Informação e comunicação 2 1,52% 3 0,37%
Seção K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 1 0,76% 2 0,25%
Seção L Atividades imobiliárias - - - -
Seção M Atividades profissionais, científicas e técnicas 2 1,52% - -
Seção N Atividades administrativas e serviços complementares 1 0,76% - -
Seção O Administração pública, defesa e seguridade social 4 3,03% 780 96,77%
Seção P Educação 3 2,27% - -
Seção Q Saúde humana e serviços sociais 1 0,76% - -
Seção R Artes, cultura, esporte e recreação 33 25,00% 3 0,37%
Seção S Outras atividades de serviços 2 1,52% - -
Seção T Serviços domésticos - - - -
Seção U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais - - - -
Total 132 100% 806 100%
Fonte: Resultados elaborados pela Foco Opinião e Mercado com base nos dados da RAIS e CAGED, 2012
Primário Secundário Terciário
(comércio) (serviços) Terciário
0 6
72
54
Empresas
Primário Secundário Terciário
(comércio) (serviços) Terciário
0 0 12
794
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 17 Tabela 6: Número de empresas e empregos por atividade de Graça, em 2012
Seção de Atividade Econômica segundo classificação CNAE – versão 2.0 Empresas Empregos Salário Médio
Nº % Nº %
C 1091101 Fabricação de produtos de panificação 1 0,76% - - -
C 1091102 Fabricação de produtos de panificação 1 0,76% - - -
C 2512800 Fabricação de esquadrias de metal 1 0,76% - - -
C 2740602 Fabricação de luminárias e outros equipamentos de iluminação 1 0,76% - - -
C 3101200 Fabricação de móveis com predominância de madeira 1 0,76% - - -
C 3250706 Serviços de prótese dentária 1 0,76% - - -
G 4530703 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 2 1,52% - - -
G 4712100 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 27 20,45% - - -
G 4721102 Padaria e confeitaria com predominância de revenda 1 0,76% - - -
G 4723700 Comércio varejista de bebidas 1 0,76% - - -
G 4729699 Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados
anteriormente 1 0,76% - - -
G 4731800 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores 3 2,27% 3 0,37% R$ 847,78
G 4744001 Comércio varejista de ferragens e ferramentas 1 0,76% - - -
G 4744005 Comércio varejista de materiais de construção não especificados anteriormente 2 1,52% - - -
G 4744099 Comércio varejista de materiais de construção em geral 11 8,33% 1 0,12% R$ 700,00
G 4753900 Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo 1 0,76% - - -
G 4754701 Comércio varejista de móveis 8 6,06% - - -
G 4759899 Comércio varejista de outros artigos de uso doméstico não especificados anteriormente 1 0,76% - - -
G 4761003 Comércio varejista de artigos de papelaria 2 1,52% 4 0,50% R$ 717,31
G 4771701 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas 5 3,79% 3 0,37% R$ 1.292,46
G 4781400 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 1 0,76% - - -
G 4782201 Comércio varejista de calçados 1 0,76% - - -
G 4784900 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP) 3 2,27% 1 0,12% R$ 697,13
G 4789099 Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 1 0,76% - - -
H 4921302 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal em região metropolitana 1 0,76% - - -
H 5310501 Atividades do Correio Nacional 1 0,76% 3 0,37% R$ 2.320,71
I 5611201 Restaurantes e similares 3 2,27% 3 0,37% R$ 630,00
I 5611202 Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 1 0,76% - - -
I 5611203 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 1 0,76% - - -
J 6190601 Provedores de acesso às redes de comunicações 1 0,76% 3 0,37% R$ 783,10
J 6209100 Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação 1 0,76% - - -
K 6422100 Bancos múltiplos, com carteira comercial 1 0,76% 2 0,25% R$ 3.981,65
M 6911701 Serviços advocatícios 1 0,76% - - -
M 7119799 Atividades técnicas relacionadas à engenharia e arquitetura não especificadas anteriormente 1 0,76% - - -
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 18
O 8411600 Administração pública em geral 4 3,03% 780 96,77% R$ 992,43
P 8513900 Ensino fundamental 1 0,76% - - -
P 8599603 Treinamento em informática 2 1,52% - - -
R 9001999 Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares não especificados anteriormente 1 0,76% - - -
S 9420100 Atividades de organizações sindicais 1 0,76% - - -
S 9430800 Atividades de associações de defesa de direitos sociais 28 21,21% - - -
S 9491000 Atividades de organizações religiosas 1 0,76% 3 0,37% R$ 535,61
S 9492800 Atividades de organizações políticas 1 0,76% - - -
S 9499500 Atividades associativas não especificadas anteriormente 1 0,76% - - -
S 9603304 Serviços de funerárias 1 0,76% - - -
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 19
5. ARRANJOS PRODUTIVOS IDENTIFICADOS
Este capítulo apresenta as aglomerações produtivas identificadas no município, baseadas nos pontos fortes da economia local, na vocação e especialidades produtivas identificadas, informações baseadas nas opiniões dos entrevistados. Além disso, apresenta o número de empresas relacionadas a cada atividade, informados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A tabela a seguir apresenta as aglomerações produtivas identificadas neste estudo, de acordo com a análise de dados secundários e informações prestadas pelas lideranças locais em entrevistas. Incialmente, este setores serão os monitorados pelos Observatórios e, posteriormente, estudados sob a ótica de APLs.
Tabela 7: Aglomerações produtivas identificadas
Atividade referência Ano de Número de empresas formais identificadas empregos formais Número de
Não foram identificadas aglomerações produtivas
Levantamento de Arranjos Produtivos de Graça 20
6. PERFIL DOS ENTREVISTADOS
O perfil dos entrevistados em cada município está apresentado a seguir, nos quesitos sexo, faixa
etária, escolaridade e setor de atuação.
6.1. Sexo
A maioria dos entrevistados é do sexo masculino (60,0%).
Tabela 8: Sexo
Opções Ocorrências Percentual
Masculino 12 60,0%
Feminino 8 40,0%
Total 20 100,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
6.2. Faixa Etária
A maioria dos entrevistados possui em média 34,6 anos.
Gráfico 4: Faixa Etária
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
20,0% 40,0% 20,0% 15,0% 5,0% 0,0% 0,0% De 18 a 24 anos De 25 a 34 anos De 35 a 44 anos De 45 a 54 anos De 55 a 64 anos 65 anos ou mais Não informou
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6.3. Escolaridade
A escolaridade dos entrevistados é elevada, sendo que 45,0% possuem nível superior completo, incompleto ou pós-graduação.
Tabela 9: Escolaridade
Opções Ocorrências Percentual
Sem instrução 1 5,0% Fundamental incompleto 2 10,0% Fundamental completo 1 5,0% Médio incompleto - - Médio completo 7 35,0% Superior incompleto 1 5,0% Superior completo 8 40,0% Pós-graduação - - Total 20 100,0%
Fonte: Pesquisa Foco Opinião e Mercado
6.4. Setor de Atuação
Em relação ao setor de atuação, os entrevistados atuam no setor do comércio e dos serviços, predominantemente, conforme tabela a seguir.
Tabela 10: Setor de Atuação
Opções Ocorrências Percentual
Indústria - - Comércio 12 60,0% Serviços 8 40,0% Agronegócio - - Entidades de classe - - Total 20 100,0%
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASSIOLATO, J., LASTRES H. E SZAPIRO, M. Arranjos e sistemas produtivos locais e proposições de políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico. NT 27 - Projeto de pesquisa arranjos e sistemas
produtivos locais e as novas políticas. Rio de Janeiro, 2000.
IBGE. Dados cartográficos, Google. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acessado em Julho/2014.
IBGE. Dados do PIB Municipal 2007 a 2011. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acessado em Julho/2014. IPECE. Anuário Estatístico do Ceará. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014. IPECE. Ceará em Mapas. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014.
IPECE. Ceará em Números. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014.
IPECE. Mapa político-administrativo do Ceará. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br. Acessado em Julho/2014.
MTE. Dados da RAIS e CAGED. Disponível em: www.mte.gov.br. Acessado em Julho/2014.
PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: www.atlasbrasil.org.br. Acessado em Julho/2014.
SCHMITZ, Hubert; NADVI, Khalid. Clustering and industrialization: introduction. World Development, Oxford, v. 27, n. 9, p. 1503-1514, 1999.
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Lista de Tabelas
Tabela 1: População e taxa de crescimento, em Graça, no período 1991 a 2010 ... 11
Tabela 2: Participação relativa da população residente por localização do domicílio e gênero, em Graça (1991 a 2010) ... 11
Tabela 3: Índice de Desenvolvimento Humano no período de 1991 a 2010 ... 12
Tabela 4: Produto interno bruto de Graça e PIB per capita no período de 2007 a 2011 ... 14
Tabela 5: Número de empresas e empregos de Graça, em 2012 ... 16
Tabela 6: Número de empresas e empregos por atividade de Graça, em 2012 ... 17
Tabela 7: Aglomerações produtivas identificadas ... 19
Tabela 8: Sexo ... 20
Tabela 9: Escolaridade ... 21
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Lista de Figuras
Figura 1: Localização do município, em 2013 ... 10 Figura 2: Mapa do município, em 2014 ... 10 Figura 3: Mapa de extrema pobreza e desigualdade dos municípios cearenses, em 2010 ... 13
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Lista de Gráficos
Gráfico 1: Coeficiente de Gini ... 12
Gráfico 2: Número de empregos e empresas formais em Graça entre 2010 e 2012 ... 15
Gráfico 3: Número de empresas e empregos formais de Graça, segundo o setor, em 2012 ... 16