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ISSN CADERNOS DA ESTEF. Revista Semestral N /1 ESTEF: 25 ANOS DE CAMINHO ESTEF

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ISSN 1806-7328

CADERNOS DA ESTEF

Revista Semestral

N° 46 – 2011/1

ESTEF: 25 ANOS DE CAMINHO

ESTEF

Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana Porto Alegre (RS) – Brasil

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SUMÁRIO

Hora de tomar pé ... 3

O caminhar dos 25 anos Adelino Gabriel Pilonetto ... 5

Estef: 25 anos de produção acadêmica José Bernardi ... 25

Estef: uma Escola que se faz em “círculo” Luiz Carlos Susin ... 37

Mulheres na caminhada teológica dos 25 anos da Estef Lúcia Weiler ... 43

Os princípios pedagógicos da Estef José Bernardi ... 53

Estef, para onde vais? Aldir Crocoli ... 57

Depoimentos sobre a Estef Por ex-alunos ... 63

As perguntas pelo sofrimento no livro de Jó katia Rejane Sassi ... 77

O sofrer de Deus em nosso sofrer: uma leitura a partir da Teologia de Jürgen Moltmann Marcelo Monti Bica ... 89

Instâncias de educação das juventudes na pós-modernidade Vitor Edízio Tittoni Borges ... 111

A missão cristã a partir da Eucaristia Giocemar N. Corrêa ...119

Teologia feminista Tatiane Vidal dos Reis ... 137

Experiência Assis, encontro com o ponto de partida Rubens Nunes da Mota ... 143

Crônicas Jubileu de Ouro do primeiro Diretor da Estef ...161

V Congresso Teológico Gaúcho - Karynne Fernandes ... 162

Recordando um amigo [D, Luigi Padovese] – Fr. Mauro Jöhri ... 164

Homenagem aos coordenadores e professores da Pós - M. Cristiano ... 168

Recensões P. Martinelli e L Bianchi. In CaritateVeritas (A. Pilonetto) ...171

W. Alison. Fé além do ressentimento (M. Monti Bica) ... 174

W. P. Young. A Cabana (A. Crocoli) ... 177

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PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS:

NOSSO JEITO DE CAMINHAR

José Bernardi _________________

)

_________________

5HVXPR: Breve explicação dos três princípios pedagógicos adotados pela Estef: articulação

teoria e prática, prioridade do método sobre o conteúdo e discipulado mútuo.

3DODUDVFKDYH: Discipulado mútuo, método, conteúdo, teoria, prática.

5HVXPHQPequeña explicación de los principios pedagógicos que son adoptados en la Estef:

articulación entre teoría e práctica, prioridad del método sobre el contenido e discipulado mutuo.

3DODEUDVFODYHVdiscipulado mutuo, método, teoría, práctica.

A caminhada da Estef, inicia-da há 25 anos, orienta-se por um con-junto de balizas que vale a pena reto-mar ao ensejo de seu jubileu. Quando acalentamos, nos anos 80, a ideia de criar a Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana, sonha-mos com uma comunidade WHROyJLFD, isto é, uma comunidade que vivesse, experimentasse a sua fé cristã e, a partir dessa experiência, fosse capaz de produzir teologia, ou seja, refletir crítica e sistematicamente sobre os dados da fé e a realidade do mundo.

. O processo continuado de

re-flexão e avaliação da própria prática

acadêmica e pastoral permitiu, nestes anos, que estudantes e professores/ as estabelecessem princípios pedagó-gicos para a construção do conheci-mento teológico. São três: prioridade do método sobre o conteúdo, disci-pulado mútuo, relação entre teoria e prática. Vejamos cada um.

RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA

Este princípio se fundamenta na afirmação cristã de que a Teologia é um ato segundo, sendo que o pri-meiro é a própria experiência de fé em

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sua vivência pessoal e comunitária. A Teologia, que é reflexão a partir dessa vivência, leva as marcas do lugar so-cial e eclesial onde as pessoas se en-contram. Por isso se diz que “a cabeça pensa a partir de onde estão os pés”.

Os elementos trazidos para a sala de aula como material de refle-xão vêm marcados pelos condiciona-mentos sociais, eclesiais etc. Tê-los claros é fundamental para uma teolo-gia realista, com os pés no chão. Por outro lado, a elaboração teológica tem incidência sobre a prática eclesial e social de estudantes e professores/as: é a reflexão iluminando a ação.

Há, na verdade, uma interação entre teoria e prática: a teoria ilumina a ação e recebe da prática um influxo vivificador. A prática é o terreno onde a semente é plantada. Distanciada da prática, a Teologia se aliena. Distan-ciada da teoria, a teologia ficará sem cabeça, andando às voltas, sem rumo, nem horizonte.

Neste ponto é importante re-cordar a marca franciscana da Teo-logia. Francisco de Assis justificou o estudo da Teologia da parte dos frades como meio de tornar mais autêntica a prática cristã, uma concepção que ficou marcada no slogan da Estef: “Por uma teologia que nos torne melhores”1.

Sim, o OXJDUe o HQJDMDPHQ

WRsocial e eclesialsão decisivos no

1 Frei Adelino Pilonetto explicitou esta característica em seu artigo 2FDPLQKDUGRVDQRV, neste Caderno.

processo de aprendizagem teológi-ca. Por isso, a Estef se deixa orientar pelas opções preferenciais da Igreja latino-americana e incentiva a pro-ximidade com os pobres, preferidos de Jesus.

PRIORIDADE DO MÉTODO SOBRE O CONTEÚDO

Adiantamos logo que este prin-cípio não está fazendo pouco caso do conteúdo, mas dando especial atenção ao método, por duas razões de fundo: a primeira é que o mundo, a história es-tão sempre em evolução, e hoje mais do que nunca; a segunda é que Deus não se esgota jamais e, menos ainda, se deixa prender em esquemas e conceitos, é no-vidade total. Uma nono-vidade, porém, que se tornou histórica e palpável em Jesus de Nazaré e todo seu mistério. Não é possível, pois, um conhecimento teoló-gico pré-elaborado para cada situação. As situações mudam qual um rio que escorre sem parar: permanece o rio, mas as águas são outras. A Teologia é um balbuciar sobre Deus, cuja revelação não se faz de uma vez por todas, mas continua aberta ao futuro de forma inau-dita. Assim, a Teologia deve estar aberta a novas e surpreendentes aprendizagens.

Por isso, apropriar-se do PRGR como se teologiza é mais importante do que a simples transmissão ou a

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aquisi-ção de conteúdos e informações teoló-gicas feitas. A Escola está comprome-tida com aDUWHGHWHRORJL]DU, ou seja com o exercício da reflexão a partir da experiência pessoal e comunitária da fé cristã, formando e desenvolvendo o KD

ELWXVWKHRORJLFXV. O exercício do

mé-todo teológico acompanhará as pessoas mesmo além da escola.

Mas não pretendemos ter in-ventado o mundo, apenas queremos participar de sua evolução, de pé, com sentido de Deus e da humani-zação. Os conteúdos teológicos já elaborados são um contributo ines-timável e imprescindível, desde que não se os esterilize arrancando-os da história em que foram produzidos.

DISCIPULADO MÚTUO

Este princípio nos provoca à escuta do outro em suas circunstâncias específicas, nos desafia ao exercício do ouvido mais que o da fala. Enfatiza que o conhecimento teológico tem uma base experiencial, uma vez que cada um conhece as verdades da fé a partir de sua história pessoal, eclesial, social, cultural, de gênero... A experiência, por exemplo, que a mulher tem de Deus não é, certamente, a mesma do homem. Aliás, tal experiência nunca se repete em ninguém, tem sempre originalidade própria. Por isso, a abertura discipular recíproca enriquece a todos.

O discipulado mútuo nos abre aos outros, que também têm sua ver-dade a nos comunicar. É um princí-pio que envolve mais o nosso ouvido que a nossa fala. A própria Palavra de Deus pede ouvidos de escuta. E o ouvido mal atento à escuta do seme-lhante dificilmente estará preparado para a escuta de Deus.

Acrescente-se a isso o fato de que ninguém é teologicamente WDEXOD

UDVD. Todo aquele/a que se propõe

estu-dar teologia já tem um certo nível de ex-periência cristã reflexa, ou seja, acumula um certo conhecimento teológico.

O discipulado mútuo aconte-ce na disposição de aprender uns dos outros, sob o olhar de Cristo nosso Mestre comum. Tanto professores/as quanto estudantes, em última instância, são discípulos desse Mestre vindo de Nazaré. Todos a caminho e todos po-dendo, comunitariamente, se ajudar no seguimento de Jesus.

Fruto da sensibilidade con-temporânea que superou a pedagogia bancária e privilegia relações hori-zontais, democráticas, participativas, o GLVFLSXODGR P~WXR também se re-flete na estrutura da escola2, na forma

de organizar os programas das disci-plinas e no cotidiano acadêmico.

(QGHUHoRGR$XWRU

josebernardi@estef.edu.br

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