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ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

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ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E MEIO AMBIENTE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

NATÁLIA FERNANDES RODRIGUES

USO DE CONDICIONADORES DE SOLO PARA MELHORIA DA RETENÇÃO DE ÁGUA E NUTRIENTES EM SOLOS ARENOSOS

Niterói - RJ 2021

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NATÁLIA FERNANDES RODRIGUES

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Orientador Interno:

Prof. D.Sc. Leonardo da Silva Hamacher, UFF

Orientador Externo:

D. Sc. Silvio Roberto de Lucena Tavares, Embrapa Solos

Niterói – RJ 2021

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NATÁLIA FERNANDES RODRIGUES

USO DE CONDICIONADORES DE SOLO PARA MELHORIA DA RETENÇÃO DE ÁGUA E NUTRIENTES EM SOLOS ARENOSOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Aprovada em 10 de Maio de 2021 .

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________ Prof. Leonardo da Silva Hamacher, D. Sc., Orientador, UFF

___________________________________________________________________ Silvio Roberto de Lucena Tavares, D. Sc., Orientador Externo – Embrapa

___________________________________________________________________ Prof. Flávio Castro da Silva, D. Sc. – UFF

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DEDICATÓRIA

A todos que colaboraram direta ou indiretamente ao longo da minha formação.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por todo o amor, luz, proteção e ensinamentos que recebo diariamente.

A Meishu-Sama por me mostrar através de seu caminho as maneiras de alcançar a percepção verdadeira e concretização da missão neste plano.

À minha mãe Rosa e irmãos Júlio e Maíra, pelo amor incondicional e apoio durante toda a minha trajetória, sem vocês nada disso seria possível.

A Lucas por estar sempre ao meu lado e ser um alicerce para a concretização de meus objetivos.

Aos meus orientadores Silvio Tavares e Leonardo Hamacher por todo o conhecimento adquirido, amizade e parceria. Vocês são grandes exemplos para minha vida.

Agradeço aos meus maiores tesouros, irmãos de outras vidas, Amanda, Beatriz, Eduardo, Flávia, Mariana, Matheus e Nina, não há palavras que traduzam a minha gratidão.

Agradeço em especial a todos os amigos e professores que foram presentes na minha formação, Professor Flávio, Professora Cristina, Caroline, Isabela, Daniela, Jéssica, Jóice e Larissa, por tornarem essa jornada mais leve e prazerosa.

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”Para os que souberem desfrutar da alegria de viver, extasiar-se com as verdades, conseguir vida longa e o meio de serem verdadeiramente felizes, o mundo será, sem dúvida, um paraíso digno de ser vivido.”

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RESUMO

Visto a crescente demanda por áreas agricultáveis, a utilização de solos de textura arenosa se torna atrativa para a ampliação da atividade agrícola. Portanto, é importante investir na melhoria dos parâmetros físicos e químicos através da utilização de condicionadores de solo. A respeito disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as respostas fisiológicas do milho submetido a diferentes doses de composição de condicionadores quando aplicados a solos de textura arenosa. Para isso, o experimento consistiu em um delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos (T0 a T5), compostos por níveis de Biocarvão (0; 2; 4; 6; 8 e 10 t ha-1), Resíduo de Cerâmica Vermelha (0; 4; 8; 12; 16 e 20 t ha-1) e

Solo de Textura Argilosa (0; 27; 53; 79; 50; 106 e 132,5 t ha-1) na matriz de solo

arenosa, com quatro repetições. O experimento foi realizado em vasos de 4 dm³, em ambiente protegido, de setembro de 2019 a janeiro de 2020. Foram coletados os seguintes dados: parâmetros de altura e índice SPAD ao longo do ciclo da cultura; e os parâmetros fisiológicos de matéria fresca, matéria seca, matéria seca das espigas e o número de espigas por planta. O tratamento T5, composto pelas maiores doses de cada condicionador, apresentou os melhores resultados; porém o T3, composto por valores médios, foi similar e pode apresentar melhor razão de custo-benefício. Assim, faz-se necessária a condução de mais estudos avaliando os parâmetros físicos e químicos dos perfis de solos construídos, a verificação individual de cada condicionador e a avaliação dos recursos financeiros para a implantação do projeto em larga escala.

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ABSTRACT

Considering the growing demand for arable land, the usage of sandy-texture soil becomes attractive to the enlargement of agricultural activity. Thus, it is important to invest in enhancing the physical and chemical parameters through the use of soil conditioners. In regards to this, the present work aimed to evaluate the physiological responses of corn submitted to different doses of a composition of conditioners when applied to sandy-textured soils. For this purpose, the experiment consisted in an entirely randomized outlining, with six treatments (T0 to T5) composed by levels of Biochar (0; 2; 4; 6; 8 and 10 t ha-1), Red Ceramic Residue (0; 4; 8; 12; 16 and 20 t ha -1), and Clay-texture Soil (0; 27; 53; 79; 50; 106 and 132,5 t ha-1) in the sandy soil

matrix, with four repetitions. The experiment was done in 4 dm³ vessels, in a protected environment, from September 2019 to January 2020. The data collected regarded: the parameters of height and SPAD index throughout the culture cycle; and the physiological parameters of fresh matter, dry matter, dry corn cob matter, and the number of corn cob by the plant. The T5 treatment, composed of higher doses of each conditioner, presented the best results; although, the T3, composed by medium doses, was similar and may present a better cost-benefit ratio. Ergo, it becomes necessary the conduction more studies evaluating the physical and chemical parameters of the profiles of constructed soils, the individual assessment of each conditioner, and the estimation of the financial resources for the implantation of the project on a large scale.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Pontos de coleta de solos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ... 20 Figura 2: Amostras de solos secas, destorroadas e passadas em peneiras com malha de 2 mm. Planossolo Háplico (A); Argissolo Vermelho-Amarelo (B). ... 22 Figura 3: Condicionadores durante o preparo da amostra. Carvão vegetal (A); Tijolo de cerâmica vermelha (B). ... 23 Figura 4: Evapotranspiração de referência (ET0) e temperatura máxima, mínima e média do ar diárias da cidade de Niterói entre 18 de setembro de 2019 e 27 de janeiro de 2020 ... 26 Figura 5: Estágios a 101 DAP de T0 a T5 da esquerda para a direita (A); Espiga de milho em estágio reprodutivo R2 (B); Espiga de milho em estágio reprodutivo R1 (C). ... 27 Figura 6: Parâmetros de altura mensurados de 17 e 101 DAP (dias após o plantio) para todos os tratamentos ... 29 Figura 7: Índice SPAD mensurados de 17 a 101 DAP (dias após o plantio) para todos os tratamentos ... 31

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LISTA DE QUADROS OU TABELAS

Tabela 1: Descrição em percentual (p/p), de solo de textura arenosa, solo de textura argilosa, biocarvão e resíduo de cerâmica para cada tratamento do experimento realizado em casa de vegetação com vasos de 5 kg. ... 21 Tabela 2: Descrição das doses, em t ha-1, de solo de textura argilosa, biocarvão e

resíduo de cerâmica para cada tratamento do experimento realizado em casa de vegetação. ... 22 Tabela 3: Parâmetros vegetativos em 101 DAP (dias após o plantio) para os diferentes tratamentos ... 28 Tabela 4: Equação da regressão e seu respectivo coeficiente de determinação para os dados de altura de todos os tratamentos ... 29 Tabela 5: Parâmetro altura para os diferentes tratamentos de 17 a 101 DAP ... 30 Tabela 6: Equação da regressão e seu respectivo coeficiente de determinação (R²) para os dados de índice SPAD para todos os tratamentos ... 32 Tabela 7: Parâmetro altura para os diferentes tratamentos de 17 a 101 DAP (Dias após o plantio) ... 33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Al Alumínio

Al2O3 Óxido de alumínio DAP Dias após o plantio Fe2O3 Óxido de ferro

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

Pb Chumbo

pH Potencial hidrogeniônico SiO2 Dióxido de silício

SPAD Soil plant analysis development TPI Terra Preta de Índio

UFF Universidade Federal Fluminense

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. OBJETIVOS ... 14

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DA LITERATURA ... 15

3.1CONDICIONADORES DE SOLO ... 15 3.2CULTURA DO MILHO ... 17 3.3CLOROFILÔMETRO ... 18 4. MATERIAL E MÉTODOS ... 20 4.1 LOCALIZAÇÃO ... 20 4.2 CONDUÇÃO EXPERIMENTAL ... 20

4.3 CORREÇÃO E ADUBAÇÃO DO SOLO ... 23

4.4 PLANTIO DA CULTURA ... 23

4.5 ADUBAÇÃO ADICIONAL ... 24

4.6 MANEJO DE IRRIGAÇÃO ... 24

4.7 VARIÁVEIS COLETADAS AO LONGO DO EXPERIMENTO ... 24

4.8 VARIÁVEIS COLETADAS AO FINAL DO EXPERIMENTO ... 24

4.9 CONTROLE DE PRAGAS ... 25

4.10 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ... 25

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 26

6. CONCLUSÕES ... 35

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1. INTRODUÇÃO

O setor agropecuário tem se desenvolvido amplamente ao logo da história brasileira. Sendo a disponibilidade de solos férteis e a água em abundância os recursos mais procurados pelos produtores que visam obter altas lucratividades e fartas colheitas. No entanto, através de atividades de exploração intensa, os recursos se tornaram escassos e a necessidade de adequação do manejo do sistema solo, planta e água se tornaram fundamentais para manutenção da atividade. Com isso, a situação considerada ideal para produção se torna altamente disputada e com grande valor agregado.

Em contrapartida, devido à grande extensão territorial brasileira, grandes áreas com predominância de solos arenosos mantiveram-se marginalizadas e/ou subdesenvolvidas para o uso agrícola devido à possíveis situações de escassez hídrica, salinidade e/ou baixa fertilidade. Nestas áreas, devido sua baixa aptidão agrícola, o valor financeiro das terras é bastante baixo quando comparadas as terras mais aptas. Desta maneira, essas áreas se tornam atrativas quando se utilizam técnicas para melhoria da estrutura e fertilidade do solo, aliada a um manejo de irrigação adequado em áreas que apresentem déficit hídrico acentuado.

A escassez de recurso financeiro, hídrico e técnico se tornam fatores limitantes para o desenvolvimento de tais regiões e, dessa forma, incontáveis estudos buscam soluções para viabilizar e incentivar o progresso delas de maneira sustentável, aliada a melhoria dos setores sociais, econômicos e ambientais.

O presente trabalho possui, portanto, como objetivo verificar se incorporação de condicionadores de solo possuem capacidade de alterar parâmetros físicos e químicos do solo considerando as respostas fisiológicas da cultura do milho.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar as respostas fisiológicas do milho cultivado em diferentes perfis de solos construídos em vaso com níveis crescentes de condicionadores de solo em solo arenoso.

2.2 Objetivos específicos

- Avaliar o desempenho das plantas através da determinação da intensidade de fotossíntese e produção de biomassa ao longo do crescimento da cultura;

-Comparar o crescimento e desenvolvimento do milho sob diferentes perfis de solo ao longo do crescimento da cultura;

- Analisar as respostas fisiológicas do milho sob diferentes tratamentos após a coleta do experimento

- Relacionar as possíveis diferentes respostas com propriedades estruturais dos perfis de solo;

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Condicionadores de Solo

O uso e manejo inadequado do solo, sem propriamente levar em consideração suas características limitantes e potenciais, ocasiona a degradação deste recurso natural (GIONGO; CUNHA, 2010). Esta situação foi observada por Vieira et al. (2015) no semiárido nordestino brasileiro, uma área com grande potencial a desertificação e degradação, que tem sua situação intensificada devido à técnicas de manejo impróprias em solos bastante vulneráveis. Recomendando-se, portanto, a gestão do recurso de forma a mitigar tal situação. Inúmeros estudos apontam, dessa forma, que o uso de condicionadores orgânicos e inorgânicos promovem a melhoria física, química e biológica do solo.

A utilização de condicionadores de solos é recorrente na história pretérita do desenvolvimento da agricultura no mundo e na América do Sul, um dos melhores exemplos visando (mesmo que não intencionalmente) á melhorias das propriedades físico-hídricas e nutricionais dos solos são chamadas Terras Preta de Índio (TPI) que ocorrem no bioma amazônico, caracterizadas por manchas de solo de coloração escura, alta fertilidade, retenção de nutrientes, presença de cerâmica e artefatos líticos nos horizontes superficiais (NEVES JUNIOR, 2008) e constituída de 35% a 45% de carbono pirogênico ou carvão (GLASER et al., 2000).

Silva et al. (2020) observaram que mesmo após anos de plantio de culturas como milho, feijão, melancia e pecuária a densidade do solo na TPI era inferior quando comparada a outras áreas, demonstrando que a utilização de condicionadores pode ter efeito significativo em atributos do solo. No entanto, o uso de condicionadores não se restringe apenas a TPI, muitos estudos mostram que sua utilização em regiões áridas e semiáridas como na Arábia Saudita (ZEINELDIN et

al., 2021), Estados Unidos (NOVAK et al., 2012), Mongólia (LI et al., 2018)

apresentam resultados positivos.

Dentre os condicionadores, destaca-se o uso de biocarvão, ou biochar em inglês, definido como um produto rico em carbono proveniente do processo de pirólise de materiais orgânicos (LEHMANN; JOSEPH, 2015) que apresenta inúmeras propriedades diferentes visto que o produto base e as condições da pirólise variam bastante. (MUKHERJEE; ZUMMERMAN, 2013).

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Sua utilização para promover melhoria nos parâmetros físicos e químicos do solo tem sido demonstrada de maneira controversa, uma vez que pesquisas apontam resultados positivos como sua capacidade de mobilização de Pb, sequestro de carbono (GURWICK et al., 2013; IGALAVITHANA et al., 2019), influência nos parâmetros hidráulicos e retenção de água no solo (RAZZAGHI; OBOUR; ARTHUR, 2020), disponibilização de nutrientes (HUSSAIN et al., 2020), aumento do pH (XU et al., 2014), redução dos níveis de Al3+ (FALCÃO et al., 2013) melhoria da estabilidade dos agregados (YANG; LU, 2021), redução de elementos traços em solos contaminados (RIEDEL et al., 2015) e resultados negativos como redução da produtividade e aumento de emissão de gases de efeito estufa (MUKHERJEE, A.; LAL, 2014) ou até indiferentes, sem efeitos significativos, para solos arenosos (JEFFERY et al. 2015).

Em meio a tanta incerteza sobre os efeitos a longo prazo e reação com cada tipo de solo, a escolha do biocarvão deve, portanto, levar em consideração as características únicas de cada solo (MUKHERJEE; ZIMMERMAN, 2013). Em regiões com solos áridos, Novak et al. (2012) sugerem que o biocarvão proveniente da madeira de lei apresenta resultados positivos na melhoria das qualidades da mistura de solo, o que não ocorreu para outros tipos de produtos base.

Outro condicionador também observado na TPI é a cerâmica que, atualmente a geração de resíduos de cerâmica é um problema frequente em olarias devido a inúmeras falhas no processo de produção e não adequação aos padrões exigidos. Estima-se que no Rio Grande do Norte cerca de 20% das telhas de cerâmicas vermelha (Melo, 2006) e no município de Crato-CE cerca de 10% da produção de tijolos (RODRIGUES et al., 2021) são descartados e se tornam passivos ambientais.

No entanto, poucas são as pesquisas que associam sua destinação como condicionador de solo e utilização agrícola de modo geral, suas aplicações mais usuais podem ser verificadas na indústria civil como agregado de cimento e argamassa. Sua composição completa varia de acordo com a região, mas de maneira geral contém sílica (SiO2) como componente majoritário, seguido da alumina (Al2O3) e hematita (Fe2O3) (RODRIGUES et al., 2021). Dentre as poucas propriedades estudadas quando aplicada em solo pode-se citar baixos conteúdos tóxicos, tendência a aumentar o pH do solo, potencial utilização como condicionador de solo (RAMALHO; PIRES, 2009) e fonte de potássio (NOBRE, et al., 2011; NOBRE, et al., 2012).

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A argila, matéria prima da cerâmica, possui características edáficas junto a matéria orgânica e promove, portanto, qualidades já conhecidas de solos mais argilosos (TAHIR; MARSCHNER, 2017). Dessa forma, a adição de argila em solos arenosos, segundo Hall et al. (2010), pode ocasionar em um aumento da produção agrícola. Isto pode ocorrer devido a alteração da estabilidade e formação de novos agregados (SILVA et al., 2014). Dessa forma, a presença de argila modifica a textura e sua relação com a quantidade de água retida, além de fatores como orientação e forma dos grãos (DONAGEMMA et al., 2016).

Dessa maneira, o uso de argila como condicionador, vem sendo estudado para aumentar a expressão de suas características através da sua incorporação em solos mais arenosos. As pesquisas apontam que se torna um importante aliado do sequestro de C (SHI; MARSCHNER, 2013), maior retenção de nutrientes como Nitrogênio e Potássio e diminuição da lixiviação natural de solos arenosos (TAHIR; MARSCHNER, 2017).

Assim, o uso de condicionadores orgânicos e inorgânicos de forma individual ou composta são práticas pouco estudadas na dinâmica de resposta desses condicionadores em solos com a predominância de textura areia em sua classificação textural.

3.2 Cultura do milho

O milho (Zea mays L.) é um importante cereal cultivado em praticamente todo o território nacional, adaptando-se a diferentes ambientes e sistemas de cultivos. Segundo CONAB (2020), a safra de 2019/2020 produziu cerca de 102,515 milhões de toneladas de grãos em uma área de aproximadamente 18,53 milhões de hectares e estima-se que a safra 2020/2021 bata todos os recordes de produção. A notável produção deste grão é decorrente dos seus múltiplos usos que contemplam tanto a alimentação humana e animal, como indústrias de polímeros, bebidas, combustíveis e inúmeras outras (MIRANDA, 2018).

O milho pertence à família Poaceae (Gramineae), sendo uma planta domesticada pelo homem de metabolismo C4 com alta eficiência fotossintética e grande potencial para produção de carboidratos (apud GARCIA-LARA e SERNA-SALDIVAR, 2019). Em se tratando do solo, segundo Bastos et al. (2010),

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características de baixa fertilidade se tornam um obstáculo para atingir altas produtividades visto que se trata de uma cultura de ciclo curto e alta exigência nutricional.

A disponibilidade de água, dessa forma, também se torna um importante fator limitante do desenvolvimento da cultura, visto sua grande influência no processo de fertilização dos óvulos e, consequentemente, no número de grãos por espiga (DANTAS JUNIOR et al., 2016). Dessa forma, regiões com períodos irregulares de precipitação devem buscar a complementação através do manejo de irrigação para controle de situações de estresse hídrico nas plantas.

O metabolismo da cultura determina maior exigência em nutrientes como o Nitrogênio (N) para crescimento da massa fresca aérea e das espigas, devido a sua relação direta com processos fotossintéticos (FERNANDES et al., 2019). A uréia é um fertilizante nitrogenado amplamente utilizado devido a sua alta concentração de nitrogênio e menor custo, no entanto ocorrem perdas significativas por lixiviação e volatilização. Além da utilização da uréia pode-se, portanto, realizar a prática da fertirrigação que, em situação de manejo adequado, podem proporcionar aumento na produtividade em regiões com disponibilidade hídrica baixa e, também, em solos arenoso com pouca fertilidade (MARQUELLI e SOUSA,2011).

Além do nitrogênio, outros nutrientes possuem papel importante como o potássio (K) que, segundo Rodrigues et al. (2013), influência de maneira positiva na altura de inserção da espiga e número de grãos por espiga. Esses parâmetros são importantes para a comercialização do produto, uma vez que o milho é comercializado com e sem a palha e sua qualidade e uniformidade se tornam fatores relevantes na escolha do consumidor.

3.3 Clorofilômetro

A quantificação do teor de clorofila é um importante fator para verificar a nutrição das culturas, como também as técnicas de manejo empregadas. As metodologias mais tradicionais utilizam o método da maceração com acetona com posterior leitura em espectrofotômetro (Arnon, 1949). No entanto, este método requer destruição do tecido vegetal e procedimentos mais trabalhosos. Assim, a utilização de clorofilômetros portáteis promovem resultados instantâneos e não destrutivos deste pigmento (ARGENTA et al., 2001a), possibilitando processos de

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tomada de decisão mais rápidos quanto ao manejo da cultura.

O clorofilômetro SPAD (Soil Plant Analysis Development) estima o teor de clorofila nos tecidos foliares medindo a transmitância de luz através da folha nos comprimentos de onda de 650 nm (luz vermelha, absorvida pela clorofila) e 940 nm (luz infravermelha, sem absorção de clorofila) (FERREIRA et al., 2006). Segundo Argenta et al. (2001b), o clorofilômetro SPAD-502 demonstra boa correlação com as clorofilas a e b presentes na folha do milho.

Este equipamento demonstra resultados positivos na quantificação de Nitrogênio em diversas culturas como milho (ARGENTA et al., 2001a), Tomate (FERREIRA et al., 2006), Trigo (RAHMAN et al., 2020), Arroz e Feijão (CARVALHO

et al., 2012). Além disso, seus índices podem ser relacionados com estresses

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4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Localização

O presente trabalho foi realizado no período de setembro de 2019 à janeiro de 2020, no campus do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, em casa de vegetação do Programa Farmácia Viva, localizado na cidade de Niterói-RJ, latitude 22°54’00’ Sul, longitude 43°08’00’’ Oeste e altitude de 8 metros com clima Aw, segundo a classificação de Köppen, ou seja, clima tropical com inverno seco e verão chuvoso, com temperatura média anual de 23ºC e precipitação média anual de 1200 mm.

4.2 Condução experimental

O experimento foi conduzido em vasos plásticos de 4dm³, sem sistema de drenagem (furos), adotando-se o peso de 5 Kg de solo por vaso. Foi utilizando como base o solo classificado como Planossolo Háplico distrófico (EMBRAPA, 2018), coletado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em Seropédica- RJ, latitude 22°46’11’ Sul, longitude 43°42’28’’ Oeste e altitude de 26 metros (figura 2). Acrescentou-se após em níveis o Solo classificado como Argissolo Vermelho-Amarelo coletado igualmente na UFRRJ, latitude 22°46’16’ Sul, longitude 43°42’23’’ Oeste e altitude de 30 metros (figura 1).

Figura 1: Pontos de coleta de solos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

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O experimento apresentou o delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos que consistiram na aplicação em níveis crescentes de biocarvão (B), solo de textura argilosa (A) e resíduo de cerâmica (RC) na matriz de solo arenosa, Planossolo, e 4 repetições, totalizando 24 unidades experimentais.

Por se tratar de um experimento em níveis, as quantidades foram delimitadas de acordo a densidade de cada condicionador de solo, visto que condicionadores de baixa densidade ocupam maior volume. Assim, a dose de biocarvão (densidade: 0,422 g cm-3) foi utilizada com peso mínimo de 1% (T1) e máximo de 5% (T5) do

peso total, para que em volume não ocorresse o transbordamento do perfil construído no vaso. O mesmo ocorreu para o resíduo de cerâmica (densidade: 1,022 g cm-3) que respeitou o percentual (p/p) mínimo de 2% e máximo de 10%. Segue

abaixo a determinação de percentual em peso por cada componente no experimento (tabela 1).

Tabela 1: Descrição em percentual (p/p), de solo de textura arenosa, solo de textura argilosa, biocarvão e resíduo de cerâmica para cada tratamento do experimento realizado em casa de vegetação com vasos de 5 kg.

Tratamento Solo de textura

arenosa Solo de textura argilosa Biocarvão Resíduo de cerâmica --- % (p/p) --- T0 100 0,00 0,00 0,00 T1 83,50 13,50 1,00 2,00 T2 67,50 26,50 2,00 4,00 T3 51,25 39,75 3,00 6,00 T4 35,00 53,00 4,00 8,00 T5 18,75 66,25 5,00 10,00

As doses incorporadas, em t ha-1, foram estabelecidas de acordo com a

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Tabela 2: Descrição das doses, em t ha-1, de solo de textura argilosa, biocarvão e

resíduo de cerâmica para cada tratamento do experimento realizado em casa de vegetação.

Tratamento Solo de textura argilosa Biocarvão Resíduo de cerâmica

--- t ha-1 --- T0 0 0 0 T1 27 2 4 T2 53 4 8 T3 79,5 6 12 T4 106 8 16 T5 132,5 10 20

O preparo de cada componente passou por etapas onde as amostras de solo coletadas, foram secas ao ar e passadas em peneira com malha de 2 mm (figura 2) para utilizar na construção do perfil. Já o biocarvão utilizado foi o carvão vegetal, triturado com marreta até se tornar pó com pequenos pedaços que passam, igualmente, em peneira com malha de 2mm. Enquanto isso, o resíduo de cerâmica foi proveniente de tijolo de cerâmica vermelha, triturados com marreta até atingir uma mistura composta de pó e pedaços pequenos (figura 3).

Figura 2: Amostras de solos secas, destorroadas e passadas em peneiras com malha de 2 mm. Planossolo Háplico (A); Argissolo Vermelho-Amarelo (B).

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Figura 3: Condicionadores durante o preparo da amostra. Carvão vegetal (A); Tijolo de cerâmica vermelha (B).

4.3 Correção e adubação do solo

A correção e adubação do solo foi realizada respeitando o tratamento T0, com base nas necessidades do Planossolo para a implantação de culturas, segundo Manual de calagem e adubação do Estado do Rio de Janeiro (Freire et. al., 2013). Assim, foram incorporadas a adubação orgânica com material vegetal triturado (615 kg ha-1), a calagem com Calcário Dolomítico (2 t ha-1), e adubação de plantio

composta por 287 kg ha-1 de uréia, 182 kg ha-1 de superfosfato simples, bem como

164 kg ha-1 de K2O, cloreto de potássio.

A construção do perfil em vaso foi conduzida visando homogeneizar a mistura dos componentes previamente citados com o solo arenoso. A operação foi realizada utilizando sacos plásticos individuais agitados sob aeração para cada tratamento, para posteriormente acomodar a mistura solo em seu respectivo vaso. Iniciou-se, portanto, o período de incubação dos produtos com a irrigação dos tratamentos.

4.4 Plantio da cultura

Após o preparo dos vasos e incubação de 30 dias, realizou-se o plantio da cultivar escolhida. A cultura utilizada foi o milho obtido através de sementes comerciais do tipo Milho-Verde Híbrido. As sementes foram colocadas em formação triangular com três sementes por vaso em outubro de 2019 e, decorridos 15 dias da

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semeadura, realizou-se o desbaste das plântulas visando o completo desenvolvimento de apenas uma por vaso.

4.5 Adubação adicional

Além da adubação em semeadura, foi realizada a adubação através de fertirrigação durante o ciclo do milho, objetivando melhor desenvolvimento da cultura. Assim, a aplicação do fertilizante de composição 15-30-15 ocorreu em cada irrigação, com dosagem de 35g/100L, em todos os vasos igualitariamente.

4.6 Manejo de Irrigação

A irrigação ocorreu, de maneira geral, duas vezes na semana com intervalos de 3 e 4 dias, variando de acordo com a necessidade apresentada pela cultura. Utilizou-se o método gravimétrico para mensuração da quantidade de água aplicada nos vasos, no qual se estabeleceu um valor médio de evapotranspiração dos vasos através da pesagem deles. A reposição de água foi realizada manualmente em cada unidade experimental, de acordo com o valor determinado.

4.7 Variáveis coletadas ao longo do experimento

Ao longo da condução do experimento foram avaliadas as variáveis altura de planta e leitura SPAD. A altura total foi obtida com intervalo de sete dias, iniciando-se no desbaste, medindo-iniciando-se a altura da planta com auxílio de régua e trena utilizando como base a superfície do solo até a inserção da última folha.

Já a leitura SPAD foi realizada com auxílio do clorofilômetro portátil de modelo Minolta SPAD-502 e suas medições foram feitas em três folhas diferentes por vaso, nos dois terços inferiores da folha. Dessa forma, o índice médio SPAD de cada unidade experimental foi dado pelo próprio equipamento e sua mensuração respeitou, tal qual a altura, o intervalo de 7 dias corridos até o corte.

4.8 Variáveis coletadas ao final do experimento

Além das variáveis coletadas ao longo do ciclo, após a coleta foram avaliados os parâmetros de matéria fresca aérea, matéria seca aérea, número de espigas por planta e peso das espigas. No entanto, devido à má formação das espigas não se

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obteve a produtividade de grãos, um importante parâmetro relacionado à cultura. O experimento se encerrou 101 dias após emergência do milho, no dia 28 de janeiro de 2020. A coleta do material foi realizada com auxílio de tesouras de poda, cortando-se o caule próximo à superfície do solo. A fitomassa das folhas, caule e espigas frescas foram colocadas em sacos de papel devidamente identificadas e imediatamente pesadas. Em seguida, as amostras foram direcionadas para secagem em estufa com ventilação forçada à 65ºC por 72h ou até que o material se encontrasse totalmente seco. Após a secagem, as amostras foram novamente pesadas, identificadas e guardadas.

4.9 Controle de pragas

No decorrer do período experimental, a presença de Spodoptera frugiperda, conhecida como lagarta-do-cartucho ou lagarta militar, foi notada prematuramente em algumas plantas. Devido a sua inserção de maneira não desejável no experimento, o controle foi realizado através da aplicação de inseticida com princípio ativo deltamethrin com posologia segundo análise agronômica e aplicação realizada com os devidos equipamentos de proteção individuais.

4.10 Análises estatísticas

Todas as variáveis respostas de todas as fases do experimento, foram submetidos ao Teste de Shapiro-Wilk para verificar se os dados provêm de uma população com distribuição normal. Posteriormente, os dados originais ou transformados (quando necessários), foram submetidos à análise de variância.

Após a determinação da significância dos dados pela ANAVA, para os fatores qualitativos, foi realizado o teste de comparação de médias usando o modelo de Tukey a 5% de probabilidade com o software SISVAR®, e para os fatores

quantitativos, os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão.

(27)

26

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados climatológicos para o período experimental estão demonstrados na Figura 4 com evapotranspiração de referência (ET0) e temperatura máxima, mínima e média diários. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Ev ap o tr an sp ir ão R ef er en cia l ( m m /d ia ) Te m pe ra tura ( ºC )

Evapotranspiração (ET0) Temperatura Média

Temperatura Mínima Temperatura Máxima

Figura 4: Evapotranspiração de referência (ET0) e temperatura máxima, mínima e média do ar diárias da cidade de Niterói entre 18 de setembro de 2019 e 27 de

janeiro de 2020

Fonte: INMET (2020)

A temperatura média diária variou entre 21,5ºC a 33,2ºC desde o plantio até a coleta do experimento. Essa oscilação ultrapassa o intervalo considerado ideal para a cultura de 10ºC a 30ºC e pode, portanto, ter ocasionado oscilação metabólica com consequente baixo rendimento dos grãos e senescência precoce das folhas (MANTOVANI et al., 2015).

Ao final do experimento, as unidades experimentais se encontravam em estágios distintos, não havendo uniformidade, sendo o último estágio atingido o R2 com grãos bolha d’água (figura 5). Tal resultado pode estar relacionado com os estresses bióticos e abióticos na cultura, como a temperatura, taxa

(28)

27

evapotranspiratória, ataque de pragas e disponibilidade hídrica e nutricional.

Os resultados apresentados neste presente trabalho não possuem dados de comparação de maneira completa, visto que os estudos na literatura verificam apenas a utilização de cada condicionador de maneira individual ou com outros compostos. Dessa forma, se faz necessário analisar as variáveis tentando relacionar de maneira mais próxima com tais estudos.

Figura 5: Estágios a 101 DAP de T0 a T5 da esquerda para a direita (A); Espiga de milho em estágio reprodutivo R2 (B); Espiga de milho em estágio reprodutivo R1 (C).

A massa fresca e seca da parte aérea apresentaram diferença estatística entre os tratamentos, sendo o tratamento T5 com o melhor resultado em ambos os parâmetros, ressalta-se o acréscimo de até 723% em matéria fresca em relação ao tratamento controle (T0). Visto que o tratamento T3 apresentou resultados similares, a utilização de uma composição de nível médio pode conter uma boa relação custo-benefício para a produção do milho, pois mesmo não sendo a melhor resposta, o tratamento possui um aumento de 400% de matéria fresca e seca em relação ao tratamento T0. Para Zhu et al. (2014), o biochar utilizado como condicionador em conjunto com os nutrientes NPK também apresentou maior produção de biomassa do milho.

A produção de espigas, foi muito afetada pela lagarta do cartucho que, de modo geral, atacou os tratamentos sem preferências e mesmo após o controle com inseticida, o estresse pode ter afetado negativamente a produtividade do milho, como observado por (CRUZ et al., 2012). Assim, os resultados tanto para massa seca das espigas quanto para o número de espigas formadas não apresentaram diferença estatística (Tabela 3).

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28

Tabela 3: Parâmetros vegetativos em 101 DAP (dias após o plantio) para os diferentes tratamentos

Tratamento Massa Fresca

Total (**) Massa Seca Total (**) Massa Seca da espiga (ns) Número de espigas (ns) --- (g) --- ---- un.---- T0 10,50 B 2,78 B 0,16 A 0,50 A T1 35,50 B 9,92 B 2,10 A 1,00 A T2 33,00 B 9,17 B 1,11 A 0,50 A T3 42,50 AB 10,80 AB 2,25 A 1,50 A T4 41,00 AB 9,81 B 1,68 A 1,25 A T5 76,00 A 20,11 A 2,55 A 1,00 A CV (%) 42,10 40,57 110,97 67,58

Observação: As médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si

; (**) Significativo a ,01).

De maneira geral, a incorporação dos condicionadores e construção de perfis de solo pode ter promovido mudanças químicas e físicas, quando se observa diferentes respostas fisiológicas no milho. Em relação aos dados de altura coletados ao longo do ciclo, pode-se observar que os tratamentos com condicionadores promoveram efeito positivo na altura, sendo mais evidente a partir de 40 dias após o plantio (Figura 6). As curvas polinomiais descritas pelos tratamentos (tabela 4) obtiveram comportamento crescente demonstrando o desenvolvimento vegetal com os tratamentos T1 a T5 apresentando comportamento muito similar.

0 20 40 60 80 100 120 140 0 20 40 60 80 100 120 Al tu ra ( cm )

Dias após plantio

Polinomial (T0 ) Polinomial (T1) Polinomial (T2) Polinomial (T3) Polinomial (T4) Polinomial (T5)

(30)

29

Figura 6: Parâmetros de altura mensurados de 17 e 101 DAP (dias após o plantio) para todos os tratamentos

Tabela 4: Equação da regressão e seu respectivo coeficiente de determinação para os dados de altura de todos os tratamentos

Tratamento Equação da Regressão R²

T0 y = -0,0055x2 + 0,9615x + 3,6875 0,7607 T1 y = -0,0026x2 + 1,1467x + 6,3684 0,9237 T2 y = 0,0019x2 + 0,6298x + 12,884 0,6400 T3 y = 0,0026x2 + 0,6790x + 11,228 0,8796 T4 y = 0,0105x2 + 0,0047x + 17,159 0,9129 T5 y = -0,0055x2 + 1,8417x - 12,297 0,8728

O comportamento de T0 foi inferior aos outros com tendência a estabilização do parâmetro altura entre 40-50 cm. Tal fato, pode ter ocorrido devido a pouca disponibilidade de nutrientes no solo, caracterizando estresse nutricional.

Abbas et al. (2021) verificaram que a altura do milho foi afetada de acordo com a quantidade e forma de disponibilização de nutrientes como Zinco e Fósforo em solos arenosos e argilosos, podendo inferir que em solos argilosos a quantidade era superior. Portanto, existe a possibilidade de durante a adubação adicional tais nutrientes tenham sido disponibilizados para a cultura nos tratamentos com maior quantidade de argila.

Isto também foi observado por Molin & Rabello (2011) quando observaram que a quantidade crescente de argila presente no solo está positivamente relacionada com o aumento da condutividade elétrica, um importante parâmetro relacionado à concentração de nutrientes que, consequentemente, determina o crescimento e desenvolvimento do milho (Carmo; Silva, 2016). No entanto, tal diferenciação não se mostrou nítida nos tratamentos T1 a T5, visto que não ocorreu acréscimo gradual de altura com o aumento dos níveis de argila para um mesmo dia de medição. Assim, o milho não demonstrou diferença significativa entre os tratamentos com condicionadores incorporados (Tabela 5).

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30

Tabela 5: Parâmetro altura para os diferentes tratamentos de 17 a 101 DAP

Observação: ,10); (*) Significativo a

0,5); (**) Significativo a ,01).

Tratamento

Dias após o plantio (DAP)

17 (**) 24 (ns) 31 (ns) 38 (**) 45 (**) 52 (**) 59 (**) 66 (**) 74 (**) 80 (**) 88 (**) 95 (**) 101 (**) T0 20,37 B 22,37 A 31,80 A 24,75 C 35,80 B 38,35 B 44,35 C 43,55 C 44,30 D 48,32 B 46,00 C 41,20 B 46,00 B T1 27,07 A 29,27 A 40,37 A 49,10 A 51,60 A 56,00 AB 63,92 AB 72,10 AB 76,42 BC 82,72 A 89,17 AB 92,32 A 92,50 A T2 27,07 A 30,42 A 35,70 A 36,72 B 42,02 AB 45,90 AB 54,12 BC 63,37 BC 69,32 C 87,05 A 88,30 B 91,22 A 92,25 A T3 28,20 A 30,65 A 34,82 A 39,37 B 40,65 AB 44,50 AB 55,52 BC 67,25 ABC 88,12 AB 92,05 A 97,30 AB 96,12 A 97,62 A T4 25,47 AB 26,62 A 28,92 A 21,47 C 36,42 B 38,37 B 53,76 BC 62,20 BC 75,36 BC 96,23 A 117,16 A 110,66 A 110,46 A T5 29,15 A 32,00 A 37,97 A 25,92 C 54,22 A 67,82 A 78,55 A 89,47 A 104,75 A 108,90 A 113,62 AB 110,87 A 106,72 A CV (%) 10,14 16,92 15,59 12,01 16,11 13,95 14,45 19,11 11,54 16,15 15,76 16,82 16,89

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31

O índice SPAD apresentou comportamentos polinomial quadrática (Figura 7) com as equações que regem as curvas presentes na tabela 6. Seus valores podem ser indiretamente relacionados com a quantidade de Nitrogênio presente nas folhas (ARGENTA et al., 2004).

Observa-se que para os tratamentos de menor índice SPAD reportados, T0 e T1 também se obteve os valores mais baixos de matéria fresca e seca como observado por Hurtado et al. (2010), que pode estar relacionado com a disponibilidade de Nitrogênio no solo. Já os tratamentos T3 e T4 apresentaram um maior número de espigas por planta, que apesar de não possuir diferença estatística significativa, pode ter impulsionado maiores necessidades fotossintéticas e consequente índice SPAD ao final do ciclo do experimento, corroborando com o encontrado por Argenta et al. (2003). Já o tratamento T2 e T5 obtiveram comportamento quase constante ao longo do ciclo da cultura, também com grande possibilidade de ser em decorrência da quantidade de espigas produzidas por planta.

De maneira geral, os índices SPAD aumentaram no final do ciclo da cultura, sendo uma resposta também observada por Argenta et al. (2003) devido a passagem para o estágio reprodutivo.

Figura 7: Índice SPAD mensurados de 17 a 101 DAP (dias após o plantio) para todos os tratamentos

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32

Tabela 6: Equação da regressão e seu respectivo coeficiente de determinação (R²) para os dados de índice SPAD para todos os tratamentos

Tratamento Equação da Regressão R²

T0 y = 0,0061x2 - 0,8904x + 47,152 0,7908 T1 y = 0,0049x2 - 0,5852x + 33,739 0,6820 T2 y = 0,0023x2 - 0,2960x + 33,332 0,4838 T3 y = 0,0033x2 - 0,2808x + 31,264 0,8962 T4 y = 0,0033x2 - 0,2818x + 30,179 0,8091 T5 y = 0,0012x2 - 0,1455x + 31,981 0,5309

Quando observados a cada dia de medição, os tratamentos T2 a T5 não apresentaram diferença significativa (Tabela 7).

A ação dos condicionadores em conjunto obteve resultados significativos, não podendo averiguar com maiores certezas sobre a ação de cada um em particular demonstrando suas influências positivas e negativas. Estima-se que o biocarvão tenha obtido papel relevante pois, segundo Hussain et al (2020), a sua utilização promove concentrações maiores de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), e em conjunto com outros condicionadores promove maior produtividade, absorção de nutrientes e crescimento para o milho. Juntamente a isto apresenta tendência a diminuir a densidade aparente, aumentar a porosidade do perfil, melhorar a capacidade de aeração e possibilidade de reter mais água no solo (Githinji, 2014; Schulz et al., 2014), o que forneceria parâmetros mais adequados para a produção de uma cultura muito exigente tal qual demonstrado nas variáveis de matéria fresca, seca e altura supracitadas.

No entanto, comparado com a literatura as doses aplicadas de biocarvão foram muito inferiores, visto que Liu et al. (2020) observaram pouca significância entre doses de 20 t ha-1 e 40 t ha-1 , mas comparando-se com o tratamento controle

(0 t ha-1) foram obtidos resultados de até 20% a mais na produção e maior

desenvolvimento radicular na cultura do milho. Tal resultado, tende a demonstrar que a quantidade utilizada neste experimento poderia ser insuficiente utilizada de maneira individual, mas em conjunto com outros condicionadores promoveu bons resultados.

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33

Tabela 7: Parâmetro altura para os diferentes tratamentos de 17 a 101 DAP (Dias após o plantio)

Observação: ;

(*) Significativo a ,05); (**) Significativo a ,01).

Tratamento

Dias após o plantio

17 (*) 24 (**) 31 (**) 38 (**) 45 (**) 52 (**) 59 (**) 66 (**) 74 (**) 80 (**) 88 (**) 95 (**) 101 (**) T0 29,04 AB 29,19 A 29,62 A 25,26 AB 22,48 B 17,65 B 14,43 B 12,10 C 10,72 B 11,32 B 19,22 C 20,33 B 18,97 C T1 22,52 B 21,60 B 22,95 C 21,62 B 20,22 B 14,92 B 14,45 B 14,85 C 16,00 B 15,90 B 21,50 C 24,30 AB 23,97 BC T2 30,85 A 27,42 A 25,37 BC 23,07 AB 24,47 AB 24,77 A 24,42 A 23,80 B 23,32 A 25,95 A 26,07 BC 28,72 AB 23,70 BC T3 28,75 AB 26,67 A 24,10 C 24,57 AB 25,10 AB 25,67 A 26,95 A 25,17 AB 29,65 A 30,35 A 34,27 A 33,92 A 34,85 A T4 27,52 AB 26,25 A 24,40 C 21,47 B 22,62 B 25,00 A 26,15 A 25,00 AB 27,12 A 29,95 A 34,4 A 33,67 A 32,27 A T5 29,47 AB 30,02 A 28,47 AB 27,77 A 28,57 A 26,75 A 28,27 A 28,50 A 26,87 A 27,80 A 30,02 AB 29,42 AB 29,47 AB CV (%) 11,13 7,22 6,04 8,82 10,10 8,57 9,81 9,46 13,19 12,31 13,03 15,15 11,93

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34

Quanto aos condicionadores que promoveram maior inclusão de argila, Hall et

al. (2010) observaram que a melhor dose de incorporação de solo de textura

argilosa para a produção de canola foi de 100 t ha-1, e que tal fato pode ter ocorrido

por também haver grande quantidade de potássio disponível para a cultura. Espera-se que a mesma situação também possa ter ocorrido no preEspera-sente experimento, visto a possibilidade de liberação de potássio através do resíduo da cerâmica como observado por Nobre et al. (2012). Assim, os tratamentos T4 e T5 possuem quantidades próximas da utilizada pela literatura e demonstram resultados positivos parâmetros fisiológicos do milho.

Todos os componentes demonstram na literatura aumento do pH, fornecimento de diferentes nutrientes e maior quantidade de água disponível para as plantas. Assim, mais estudos se tornam necessários para verificar os efeitos de cada condicionador de forma separada, juntamente com as verificações dos parâmetros físicos e químicos dos perfis de solo construídos para determinar a melhor composição de construção do perfil de solos arenosos com biocarvão, resíduo de cerâmica e argila proveniente de solos de textura argilosa.

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6. CONCLUSÕES

O uso de condicionadores mostrou-se relevante em melhorar qualidades do solo de maneira a apresentar melhores resultados para a cultura do milho, apresentando como o melhor tratamento aquele com maiores níveis de condicionadores de solo (T5). Devido a pouca diferença significativa entre este e os tratamentos T4 e T3, verifica-se que a viabilidade econômica deve ser levada em consideração para escolha do tratamento que trará melhor custo-benefício ao produtor.

Recomenda-se para estudos futuros, averiguar as propriedades e ação de cada condicionador em solo arenoso, além de verificar os parâmetros físicos e químicos dos perfis construídos de solo, juntamente com análises químicas na cultura.

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