• Nenhum resultado encontrado

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo da Polícia Federal Aula 01 Prof.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo da Polícia Federal Aula 01 Prof."

Copied!
50
0
0

Texto

(1)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

1

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Prezado(a) amigo(a),

É chegada a hora iniciarmos nossos esforços com vistas a um excelente desempenho na disciplina Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, no concurso para Agente Administrativo da Polícia Federal.

Eis o conteúdo que abordaremos nessa aula inicial:

AULA CONTEÚDO

1

Introdução. 1. Classificação de materiais. 1.1 Atributos para

classificação de materiais. 1.2 Tipos de classificação. 1.3. Metodologia de cálculo da curva ABC

Além da aula e do simulado que a acompanha, optei pela elaboração de um conteúdo singular: uma sumarização dos entendimentos da provável banca do concurso, ou, em outras palavras, a “

Jurisprudência” da

banca sobre a classificação de materiais

, disponível ao final do arquivo do simulado.

Tudo pronto? Vamos então dar mais um passo rumo a seus objetivos.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(2)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

2

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br I. CONCEITOS INICIAIS

Em uma organização, podemos identificar cinco tipos de recursos disponíveis, conforme disposto abaixo:

O foco de nossa disciplina é apenas o estudo dos recursos materiais,

em sentido amplo.

Nosso primeiro passo é entender a distinção entre recursos materiais e patrimoniais.

Podemos dizer que o termo “recurso material” pode assumir dois sentidos.

Em um sentido amplo, recurso material engloba todos os meios físicos de que dispõe uma organização, indo desde aqueles relacionados à sua infraestrutura (um prédio, por exemplo) até mesmo aos materiais auxiliares (papel A4, por exemplo).

Em sentido estrito, é possível separar as definições de recurso material de recurso patrimonial:

Recurso material = refere-se aos elementos físicos empregados por

uma organização que concorrem para a constituição de seu produto final, podendo este “produto final” ser um material processado ou um serviço. A

RECURSOS MATERIAIS ASSOCIADOS AO MERCADO HUMANOS TECNOLÓGICOS FINANCEIROS

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(3)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

3

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

natureza do recurso material não é permanente. Além disso, é geralmente possível armazená-lo em estoques.

Na Contabilidade, recursos materiais podem ser aproximados do conceito de bens de venda (mercadorias, matérias-primas, produtos em fabricação e produtos prontos), carecendo apenas dos materiais auxiliares (por exemplo, material de expediente).

Recurso patrimonial = refere-se aos elementos físicos empregados

por uma organização que são destinados à manutenção das atividades de uma organização. A natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre é possível armazená-lo em estoques.

Na Contabilidade, os recursos patrimoniais referem-se ao conceito de

bens de uso, ou ativo imobilizado de uma organização (imóveis, terrenos,

móveis e utensílios, veículos, máquinas e equipamentos, computadores e terminais, instalações etc), tomados em conjunto com seus ativos

intangíveis.

Uma vez esclarecido o que se entende por Recurso Material, estamos aptos a partir para a definição de Administração de Materiais:

O conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando a maximizar a utilização dos recursos da empresa.

Veja que o principal objetivo da Administração de Materiais é maximizar

a utilização dos recursos da empresa. Em outras palavras: evitar o

desperdício, que pode se manifestar das mais diversas maneiras: excesso de estoque, aquisição de materiais desnecessários ou de baixa qualidade etc.

Inúmeras são as variáveis envolvidas na Administração de Materiais. Um bom exemplo de organização na qual a Administração de Materiais tem de ser muito bem executada é um restaurante, dada a perecibilidade dos alimentos. Há de se considerar não só a quantidade de insumos a ser adquirida, mas também sua qualidade, o momento de entrega, o armazenamento, a minimização de estoques (já que, como veremos, estoques geram custos) e a busca por preços econômicos.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(4)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

4

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Nesse enfoque, a fim de atingir o objetivo principal da Administração de Materiais (maximizar a utilização dos recursos da empresa),podemos estabelecer os objetivos secundários da Administração de Materiais:

Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando estoques.

Para cumprir estes objetivos, a Administração de Materiais divide-se em atividades (ou funções) específicas e complementares entre si, assim agrupadas por Gonçalves (2007):

Gestão de estoques – objetiva adequar os níveis de estoque às necessidades e à política de gestão de materiais da organização. Para tanto, utiliza técnicas de previsão de consumo, gerando sinais para a área de compras a fim de iniciar processos de aquisição. Gestão de compras – objetiva efetuar as aquisições /

contratações demandadas pelos diversos órgãos componentes da empresa, bem como atender às solicitações da área gestora de estoques.

Gestão dos centros de distribuição – responsável pelo controle físico dos materiais, bem como pelo seu recebimento na organização, movimentação, armazenagem e distribuição interna. Vejamos como o este conteúdo é cobrado em concursos:

1. (CESPE / SEAD FUNESA / 2008) É objetivo da administração de materiais maximizar a utilização dos recursos da empresa.

Uma administração de materiais eficiente implica a minimização de desperdícios pela organização. Em outras palavras, maximiza-se o uso dos recursos disponíveis, através de uma gestão de materiais eficiente.

O enunciado está certo.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(5)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

5

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

2. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência.

Esta questão apresenta uma “pegadinha” da banca. Ao minimizarmos o uso dos recursos, estamos dando um passo rumo ao desperdício. O administrador de materiais deve buscar a maximização do uso dos recursos, sempre.

Assim, a questão está errada.

3. (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de materiais visa a colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa.

A afirmativa apresenta alguns dos objetivos secundários da Administração de Recursos Materiais.

Logicamente, a assertiva está voltada à Gestão de Materiais aplicada no processo produtivo de uma empresa. Não podemos esquecer que a Gestão de Materiais também contempla os materiais auxiliares, especialmente em órgãos públicos.

De qualquer forma, a questão está certa.

Após esta familiarização inicial com a definição de Recursos Materiais e Patrimoniais e com os objetivos da Administração de Materiais, estamos prontos a dar um passo adiante na disciplina. Em se tratando dos recursos materiais, eles podem ser classificados de diversas maneiras, seja com relação à sua aplicação dentro da organização, à sua importância em termos financeiros, ao seu tempo de duração ou a outro critério desejado. É o que veremos a seguir.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(6)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

6

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br II. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A classificação dos itens de material é um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque.

Trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por

características semelhantes, servindo de informação gerencial ao

administrador de materiais, que se torna capaz de voltar sua atenção a determinada(s) categoria(s) de material(is), ao invés de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais.

Sem uma classificação de materiais bem definida, seria quase impossível ao gestor de materiais administrar seus estoques.

 Atributos e Etapas da Classificação de Materiais

Um sistema de classificação deve possuir determinadas qualidades (ou atributos) que o torne satisfatório. Para Viana (2000), são três os atributos

de um bom sistema de classificação1:

 Abrangência = a classificação deve abordar uma série de características dos materiais, caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros, contábeis...são todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente.

 Flexibilidade = Segundo Viana (2000), um sistema de classificação flexível é aquele que permite interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com as características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os tipos de classificação, bem como à possibilidade de adaptar e melhorar o sistema de classificação sempre que desejável.

 Praticidade = a classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos.

1 Há inúmeras questões sobre esse conteúdo. Não basta saber o nome dos atributos, mas também as suas definições,

ok?

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(7)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

7

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

4. (IFC / UFSC / 2009) Em relação aos atributos para a classificação de materiais, assinale a alternativa CORRETA.

a) Criatividade, inovação e flexibilidade. b) Mudança, adaptação e estratégia. c) Abrangência, criatividade e inovação. d) Abrangência, flexibilidade e praticidade. e) Praticidade, estratégia e reorganização.

Esta questão foi apresentada apenas para fixarmos o conteúdo exposto anteriormente.

Apesar de algumas das alternativas apresentarem algumas iniciativas que são comuns a quase todas as atividades administrativas (busca pela inovação e criatividade, por exemplo), os atributos inerentes à classificação de materiais são os 3 mencionados anteriormente: abrangência, flexibilidade e praticidade.

Assim, a alternativa D está correta.

Além dos atributos de um sistema de classificação, há de se abordar os

etapas (ou princípios, ou, como o CESPE já cobrou, os “objetivos”2) que regem

a classificação de materiais, conforme listados a seguir:

 Catalogação = arrolamento dos itens de material que irão compor o catálogo final da organização;

 Simplificação = redução da diversidade de itens de material que se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que são empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão no catálogo de materiais de apenas um deles. A simplificação é uma etapa que antecede – e que facilita – a normalização e a padronização;

 Identificação (Especificação) = descrição minuciosa do material, possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao mercado;

2 Dias (1993) é o autor que denomina essas etapas como “objetivos”.

Catalogação Simplificação Especificação Normalização Padronização Codificação

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(8)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

8

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

 Normalização = estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, ou para seu emprego com segurança. Pode-se dizer, da mesma forma, que a normalização de itens de material é necessária para a consecução da padronização em sua completude. A entidade oficial de normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

 Padronização = uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.);  Codificação = atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as características do item. Cada item terá, assim, um único código.

Dessa maneira, é através da classificação que os itens em estoque são agrupados segundo determinados critérios, sejam eles peso, forma, dimensões, tipo, uso etc. O resultado é a otimização dos controles de estoque, dos procedimentos de armazenagem e da operacionalização dos almoxarifados (= locais de armazenagem dos itens de material, na organização).

Importante salientar que, ao final da classificação dos materiais, o produto obtido é um catálogo, devidamente simplificado, cujos materiais apresentam-se especificados, normalizados (apresentam-se for o caso), padronizados (apresentam-se for o caso) e codificados. Este produto final é, assim, uma ferramenta de trabalho, ou seja, não necessariamente os itens lá constantes existem fisicamente na organização. Imagine que, em 2014, você comprou um scanner para a Polícia Federal dos Deputados. Naquele ano, você inseriu o item no catálogo, seguindo as etapas para a classificação. Contudo, em 2015, o scanner foi doado. Em 2016, ante a necessidade de se adquirir novamente o scanner, não há a necessidade de se proceder novamente às etapas, já que as informações do item já constam do catálogo da Polícia Federal, ok?

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(9)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

9

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

5. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação e normalização são etapas da classificação de materiais.

A assertiva acima está de acordo com o que vimos, no que diz respeito às etapas da classificação de materiais. Faltou apenas a menção à padronização, o que não compromete o enunciado.

A questão, portanto, está certa.

6. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de uma oficina mecânica, haja vários parafusos de diferentes tipos. Nessa situação, no controle de estoque, todos os parafusos devem ser considerados um mesmo item de consumo, atribuindo-se a esse item uma única codificação.

Parafusos de diferentes tipos usualmente têm aplicações distintas. Assim, não há de se falar de simplificação, mas sim de uma especificação apropriada para cada parafuso.

A assertiva está errada.

Iremos, por ora, abordar com maior profundidade a etapa de

especificação de materiais.

Nesta etapa, há de se descrever o material, listando todas as suas características. A especificação é uma das informações mais importantes de um processo licitatório: ela servirá de base para que os fornecedores encaminhem suas propostas, bem como norteará a aceitação (ou não) do material entregue ao órgão público.

Uma especificação mal feita (ou incompleta) pode condicionar a Administração Pública efetuar uma despesa na aquisição de um material de má qualidade, ou que simplesmente não prestará à aplicação desejada. Nas palavras do Manual de Licitações e Contratos do TCU:

Especificação incompleta do bem, obra ou serviço a ser contratado impede o licitante de fazer boa cotação e de apresentar a melhor proposta.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(10)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

10

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Os atributos de uma especificação podem ser os mais variados. Em especial, podemos citar: características gerais, acondicionamento, cores, dimensões, voltagem etc. Um exemplo de especificação3 é assim apresentada: CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL

MARCA(S) DE REFERÊNCIA: BIC; COMPACTOR; MOLIN. DESCRIÇÃO: caneta esferográfica ponta média.

MEDIDAS: 140 mm x 7 mm (comprimento x diâmetro), respectivamente. CARACTERÍSTICAS: resina termoplástica, tinta a base de corantes orgânicos e solventes, ponta de latão, esfera de tungstênio de 1 mm, corpo em poliestireno totalmente transparente, tampas fixadas sob pressão, tampa clip ventilada, capacidade mínima de 1.500 metros de escrita.

PRAZO MÍNIMO DE VALIDADE: 12 (doze) meses, contados da data do recebimento definitivo.

ACONDICIONAMENTO: caixa de papelão com 50 (cinquenta) unidades, com identificação e quantidade do material.

Unidade: UNIDADE

Fazer constar, em processos licitatórios, a especificação completa do bem a ser adquirido é exigido pelo § 7º do art. 15 da Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos):

Art. 15, § 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda:

I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca;

A proibição de indicação de marca nas especificações não é absoluta. Vejamos o que normatiza o §5º do art. 7º da Lei de Licitações e Contratos:

Art. 7º, § 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e

serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de

administração contratada4, previsto e discriminado no ato convocatório.

3Especificação constante do catálogo de materiais da Câmara dos Deputados.

4 O chamado “regime de administração contratada” recebeu veto presidencial. A menção a

este regime, pelo §5º do art. 7º da Lei de Licitações e Contratos não detém significado prático.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(11)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

11

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

A Lei de Licitações e contratos veda a indicação arbitrária ou

subjetiva da marca do bem a ser adquirido. Esta indicação “arbitrária e

subjetiva” é referida, pela Lei de Licitações, como “preferência de marca” Assim, por exemplo, não se pode, ao especificar um aparelho de televisão, indicar apenas a marca “SONY”, sem que uma justificativa técnica robusta acompanhe esta ação.

No entanto, são 3 (três) as hipóteses nas quais a indicação de marca é permitida:

 como parâmetro de qualidade (critérios de comparação) = a indicação de marca como parâmetro de qualidade pode ser admitida para facilitar a descrição do objeto a ser licitado, desde que seguidas das expressões “ou equivalente”, “ou similar” e “ou da melhor qualidade”, que representam a aceitação, pela Administração, de produtos similares aos indicados pela marca consignada;

 para atender ao princípio da padronização = a padronização de marca só é possível em casos excepcionais, quando ficar incontestavelmente comprovado que apenas aquele produto, de marca certa, atende aos interesses da Administração. Neste caso, a indicação de marca ainda não padronizada passa, em geral, por um processo de homologação, que consiste na criação de grupo para pesquisarem no mercado as diversas marcas passíveis de atendimento da necessidade, estabelecendo parâmetros comparativos entre elas e homologando, com justificativas técnicas, aquela que melhor se amolde às necessidades do órgão público. O resultado do procedimento de homologação é um relatório, que deverá ser anexado ao processo de contratação;

 o quando for tecnicamente justificável = um exemplo seria a necessidade de pintar apenas uma parede em um salão cujas demais paredes tenham sido pintadas com um tinta específica (branca Coral Plus). Neste caso, poder-se-ia proceder à aquisição com a indicação específica desta marca, com a justificativa de que a compra de outra tinta iria implicar a falta de uniformização das cores no salão.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(12)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

12

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

 Sistemas de codificação de materiais

Os códigos atribuídos aos itens de material, após efetuadas as etapas de sua classificação, podem ser de três tipos, a saber:

• Alfabético = conjunto de letras que permite identificar o item de material. Devido à limitação de letras e à dificuldade de

memorização, está caindo em desuso;

• Alfanumérico = mescla números e letras para representar o material; • Numérico = apenas números são utilizados na identificação do item.

Possui aplicação mais simples, generalizada e ilimitada. É o mais

indicado para a classificação de materiais.

Em adição, um bom sistema de codificação de materiais deve apresentar alguns requisitos, assim discriminados:

• expansividade = deve suportar um aumento no rol de sua classificação, esperado com o crescimento da organização;

• unicidade = o código é a “chave primária” do item de material. Isso significa que há apenas um código para cada item;

• simplicidade = facilidade de compreensão e de uso; • concisão = refere-se à objetividade do sistema;

• operacionalidade = o uso do sistema de codificação deve ser “prático e robusto no campo”;

• confiabilidade = o sistema de codificação deve assegurar a qualidade que dele se espera;

• versatilidade = possibilidade de adequação às mais variadas aplicações; e

• padronização = existência de regras estruturadas na codificação do item.

Vejamos como este conteúdo foi cobrado em concursos:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(13)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

13

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

7. (CESPE / IPOJUCA / 2009) Para que uma codificação se torne uma ferramenta efetiva de controle e facilitadora da gestão de materiais, é necessário que a estrutura estabelecida para ela atenda a requisitos como expansividade (o sistema de codificação deve aceitar ou comportar um aumento no rol de sua classificação), unicidade (possibilita identificar ou indicar características do material) e operacionalidade (facilidade de aplicação a processos manuais, mecânicos ou eletrônicos).

A unicidade não tem a ver com a identificação das características do material, mas sim com a existência de apenas um código para cada item.

A questão está errada.

Há três Sistemas de Codificação de Material que merecem nossa atenção. São eles:

 Sistema de Codificação Decimal;

 Sistema FSC (Federal Supply Classification), e

 Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française).

Por meio das próximas questões, veremos as principais particularidades de cada um deles.

8. (CESPE / MS / 2008) A codificação de materiais consiste em ordená-los de forma sistemática e seguindo um plano metódico, visando dar a cada um dos materiais um número para permitir sua identificação rápida, fácil e segura. O sistema mais simples de codificação de materiais é o decimal. Nesse sistema os materiais são classificados em grupos, numerando-os de 1 a 99.

O sistema numérico decimal teve sua origem na organização de bibliotecas, que empregava, originalmente, a Classificação Decimal Universal, a mais simples das classificações, constituída de uma concatenação de grupos (ou chaves aglutinadoras), numerados de 1 a 99.

A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a seguir:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(14)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

14

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Há três componentes do código: grupo – classe – identificação.

O grupo é referente à distinção mais “macro” entre os materiais. Refere-se, por exemplo, a categorias do tipo “material de informática” ou “material hidráulico”. Sua numeração é compreendida entre 1 e 99.

A classe distingue materiais pertencentes a um mesmo grupo. Impressora, computador, HD externo...são todos pertencentes ao grupo “material” de informática, mas apresentam classes distintas.

Por fim, a identificação é alusiva a uma especificação mais individualizada do item de material

Retornando à análise da questão proposta, vemos que a assertiva está certa.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(15)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

15

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

9. (CESPE / MS / 2008) A codificação do FSC (Federal Supply Classification) divide os materiais em normalizados e específicos.

O Federal Supply Classification (FSC) é um sistema desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos

para classificar todos os materiais

movimentados pelos diversos

departamentos do governo americano.

O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é denominado Federal

Stock Number (FSN). É composto de 11

algarismos, sendo estruturado em quatro partes: grupo, subgrupo, classe e número de identificação.

A assertiva está errada.

10. (Inédita) A codificação CSSF divide os materiais em normalizados e específicos.

O CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française) é um sistema francês de codificação (8 algarismos), que classifica os materiais em normalizados e específicos:

 Normalizados: materiais de ampla aplicação, não sendo específicos a determinada máquina ou equipamento (ex: parafusos, lâmpadas, conectores etc.);

 Específicos: materiais com aplicabilidade restrita a determinado equipamento (ex: compressor para geladeira Brastemp).

A assertiva está certa.

 Tipos (ou Critérios) de Classificação de Materiais

Vários são os tipos de classificação de materiais, determinados em função das informações gerenciais desejadas pelo Gestor de Materiais.

Veremos, a seguir os principais tipos de classificação:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(16)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

16

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br a) Possibilidade de fazer ou comprar

Esta classificação tem por objetivo prover a informação de quais materiais poderão ser produzidos internamente pela organização, e quais deverão ser adquiridos no mercado. As categorias de classificação podem ser assim listadas:

 materiais a serem produzidos internamente;  materiais a serem adquiridos;

 materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente;

 materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso-a-caso pela organização).

A decisão sobre produzir ou adquirir um item de material no mercado é tomada pela cúpula da organização, considerando os custos e a estrutura envolvida. Nesse contexto, há duas estratégias possíveis: a verticalização e a horizontalização:

 Verticalização→ Produz-se (ou tenta-se produzir) internamente tudo o que puder. Essa estratégia foi dominante nas grandes empresas, até o final do século passado, no intuito de assegurar a independência de terceiros (ex: General Motors). Mais raramente, há empresas que ainda se esforçam na verticalização de seus negócios (um exemplo seria a Faber-Castell que, na última década, esforçou-se na conquista da autossuficiência no plantio de madeira, matéria-prima na confecção de lápis). No entanto, verticalizar mostrou-se um negócio arriscado, já que se corre o risco da empresa ficar “engessada”, ou seja, a imobilização de recursos pode tornar o negócio pouco flexível.

 Horizontalização → Compra-se de terceiros o máximo de itens que irão compor o produto final. Esta estratégia é a grande tendência das empresas modernas. De modo geral, apenas os processos fundamentais (chamados core processes) não são terceirizados, por razões de segredos tecnológicos. A estrutura horizontalizada é típica do Sistema

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(17)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

17

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Toyota de Produção, que remete a terceiros cerca de 75% do processo produtivo5.

O quadro a seguir sumariza as vantagens e desvantagens dessas estratégias: VANTAGENS DESVANTAGENS Verticalização  Independência de terceiros;  Maiores lucros;  Manutenção de segredo sobre tecnologias próprias.  Perda de flexibilidade (a empresa fica “engessada”);  Maior investimento (maiores custos). Horizontalização  Garantia de flexibilidade à empresa;

 Menores custos (não há despesa na criação de estruturas internas).  Perda de controle tecnológico;  Dependência de terceiros;  Lucros menores.

5 Segundo ANTUNES, R. O Toyotismo, as novas formas de acumulação de capital e as formas de (alienação). Cadernos CRH, 2002.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(18)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

18

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br b) Por demanda:

No caso de materiais não-de-estoque, quando verificada sua necessidade, inicia-se um processo de aquisição.

11. (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda, os materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque.

Esta questão foi inserida na aula apenas para reforçar a assimilação do conteúdo anterior.

O enunciado, como vimos, está certo.

Em órgãos públicos, a aquisição dos materiais não-de-estoque, nos quais a demanda é imprevisível, é feita, preferencialmente, mediante o chamado Sistema de Registro de Preços, que será abordado em nossa aula sobre compras nas organizações.

Observação: As demais classificações (apresentadas a seguir) são

atinentes exclusivamente aos materiais de estoque, que são mantidos nos almoxarifados das organizações.

Materiais de Estoque

•São os materiais que, dada a previsibilidade da demanda pela organização, devem ser mantidos em estoque.

Materiais Não-de-Estoque

•São os materiais que, dada a imprevisibilidade da demanda pela organização, não tem necessidade de estarem em estoque. (lembre-se: estoque gera custos à organização!!)

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(19)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

19

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br c) Por aplicação na organização:

TIPO DEFINIÇÃO EXEMPLO

MATÉRIA-PRIMA

Substância que toma parte no processo de produção, incorporando fisicamente o produto final. Madeira, na indústria de móveis PRODUTO INTERMEDIÁRIO OU EM PROCESSO

É o produto que tomará parte no produto final, sem que haja alteração em suas propriedades químicas ou físicas. Podem ser adquiridas

de outra organização, ou

fabricadas internamente. Bancos de carro, na indústria automotiva PRODUTO FINAL

OU ACABADO

É aquele que representa o objetivo final da organização,

estando pronto para comercialização.

MATERIAL AUXILIAR

É utilizado no processo de produção/fabricação, sem que se incorpore ao produto

final.

Vai desde o material de expediente utilizado (papel,

caneta), até ferramentas, além dos materiais por ventura consumidos como

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(20)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

20

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

TIPO DEFINIÇÃO EXEMPLO

combustíveis (óleo diesel, gasolina, carvão etc).

Chiavenato (2008) adota uma classificação alternativa, inserindo duas categorias adicionais: materiais em processamento e materiais semiacabados. Trata-se, de fato, da taxonomia mais utilizada, quando se fala em classificação por aplicação. Ainda, para o autor, material acabado é o mesmo que produto intermediário, visto na classificação anterior. Eis os exemplos providos pelo autor6:

6 Se cair uma questão na prova, alusiva à classificação de Chiavenato, entendo que será uma cobrança literal do

quadro. Há uma questão assim no simulado, ok?

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(21)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

21

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

12. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão público adquirir 50 cartuchos de toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser considerados como produtos acabados para o referido órgão.

Conforme visto na tabela acima, produto acabado ou final é aquele referente à atividade fim da organização.

Em se tratando de órgãos públicos, o mais comum é que a atividade fim seja um serviço, como a fiscalização de tributos ou da aplicação de leis, por exemplo. Dessa forma, o uso de material de expediente, de informática, gráfico, ferramentas, entre outros, não só não se constitui no produto final, como também não são incorporados no produto final. São os chamados materiais auxiliares, como o mencionado toner do enunciado da questão.

A questão está, assim, errada.

d) Por periculosidade

Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em especial durante as atividades de manuseio e transporte.

Nesta categoria, estão inseridos os explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, oxidantes etc.

e) Por perecibilidade

Trata-se de uma classificação que leva em conta o desaparecimento das propriedades físico-químicas do material.

Gêneros alimentícios, vacinas, materiais para testes laboratoriais, entre outros, são considerados perecíveis, já que estão sujeitos à deterioração e à decomposição.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(22)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

22

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

f) Por importância operacional - criticidade (Classificação XYZ)

A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de imprescindibilidade do item de material nas atividades desempenhadas pela organização. As classes são assim definidas, conforme Mendes e Castilho (2009):

Classificação por importância operacional

Classe Definição

Classe X

Materiais de baixa criticidade, cuja falta não implica paralisações da produção, nem riscos à segurança pessoal, ambiental e patrimonial. Ainda, há facilidade de sua obtenção no mercado.

Classe Y

Materiais que apresentam grau de criticidade intermediário, podendo, ainda, ser substituídos por outros com relativa facilidade.

Classe Z

Materiais de máxima criticidade, não podendo ser substituídos por outros equivalentes em tempo hábil sem acarretar prejuízos significativos. A falta desses materiais provoca a paralisação da produção, ou coloca em risco as pessoas, o ambiente ou o patrimônio da empresa.

Relevante, para fins de sedimentação do conteúdo, é a noção dos critérios que Viana (2011) emprega para a distinção dos itens de material nas classes X, Y e Z. São três perguntas, representadas no quadro a aseguir:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(23)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

23

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

13. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar a

classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques.

A vantagem da utilização da classificação do tipo importância operacional é a obtenção da informação dos itens de material em estoque considerados vitais para a organização, seja em termos de continuidade da produção ou de segurança às pessoas, ao ambiente e ao patrimônio.

Contudo, com base apenas nesse tipo de classificação, o Gestor de Materiais não conseguirá saber quais os itens em estoque responsáveis pelo maior valor financeiro, por exemplo. Este tipo de informação é dada pela Classificação ABC (ou de Pareto), que veremos mais adiante nesta aula.

A questão está certa.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(24)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

24

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

14. (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital.

Na classificação XYZ, são os itens Z os detentores de alta criticidade para a organização.

A afirmativa está, assim, errada.

15. (CESPE / CNPQ / 2011) O

profissional que atua na administração de

materiais deve dedicar atenção ao controle dos materiais críticos, os quais devem ser submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e periódica.

Em Administração de Materiais, há o conceito de materiais críticos, entendidos como aqueles que são merecedores de atenção especial do gestor, por diversos motivos – sejam eles financeiros, operacionais, de segurança, entre outros.

Preliminarmente, vejamos o conceito que Viana (2000) adota para

materiais críticos:

“São materiais de reposição especificas cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem com base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamento produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não

estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência”7.

Com base nesta transcrição, a questão está errada.

Contudo, cabe uma discussão adicional. O próprio Viana (2000), em momento posterior de sua obra, acaba por estender o conceito de material

7 Trata-se de uma definição que considera um material crítico como diretamente relacionado a determinado processo

produtivo.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(25)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

25

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

crítico, elencando outras razões para a consideração de materiais como críticos que não a vitalidade para equipamentos produtivos:

 razões econômicas = materiais de alto valor, ou de custos significativos de transporte e armazenagem;

 razões de armazenagem, manuseio e transporte = materiais de alta periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda, de elevados peso e dimensão.  razões de planejamento = materiais de difícil previsão de consumo, pela

organização.

Com relação ao enunciado da questão, devemos, preliminarmente o que é a obsolescência.

Obsolescência é o fenômeno que acarreta a inutilidade de determinado item de material (ele se torna obsoleto), seja devido a inovações tecnológicas (lembra dos disquetes?) ou por razões econômicas (quando o uso sobressalentes, seguido da manutenção tornam-se mais caro do que a aquisição de um novo produto).

Como vimos, materiais críticos podem assumir diferentes aspectos, a depender da razão em pauta pelo Gestor de Materiais. Se a razão for econômica, entendo que haja realmente a necessidade de um controle de obsolescência (já imaginou uma turbina de avião – material de alto custo – tornar-se obsoleta?). No entanto, um material de alta periculosidade, ou de elevado peso, não tem a necessidade diferenciada de controle de obsolescência.

Uma forma de corrigirmos a assertiva seria a exposta abaixo:

O profissional que atua na administração de materiais deve dedicar atenção ao controle dos materiais de alto valor financeiro, os quais devem ser submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e permanente.

Com esse entendimento, o enunciado também está errado.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(26)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

26

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

16. (CESPE / CNPq / 2011) O profissional que atua na administração de materiais deve classificar como materiais críticos aqueles que possuem demanda previsível, os quais devem ser estocados com base no risco.

Um material é considerado crítico, por razões de planejamento, caso sua demanda seja imprevisível (ou, pelo menos, difícil de prever).

A assertiva está errada.

g) Por valor econômico (Curva ABC)

O Método da Curva ABC ou Princípio de Pareto (ou, ainda, Curva

80-20), é uma ferramenta segundo a qual os itens de material em estoque

são classificados de acordo com sua importância, geralmente financeira. Para Gonçalves (2007), o principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada, especialmente por representarem altos valores de investimentos e, muitas vezes, com impactos estratégicos para a sobrevivência da organização.

Devemos frisar que, na sistemática da Curva ABC, os itens de material em estoque são usualmente classificados de acordo com seu valor

financeiro, mas existe a possibilidade de adoção de outros critérios, como,

por exemplo, impacto na linha de produção, ou, itens mais requisitados pelos setores da organização.

No método da Curva ABC, os itens em estoque são classificados em três classes:

Classe A: itens de maior relevância

Classe B: itens de importância intermediária Classe C: itens de menor relevância em estoque

Os percentuais aproximados (e não fixos) são os relacionados a seguir:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(27)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

27

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

CLASSE % do critério selecionado

(geralmente é o valor (R$) em estoque) % Quantidade aproximada em estoque A 80 % 20 % B 15 % 30 % C 5 % 50 %

A representação gráfica da curva ABC é apresentada a seguir, adotando-se, como critério, o valor dos itens em estoque:

Este tópico é muito cobrado em concursos – inclusive no que diz respeito aos procedimentos de cálculo. Dessa forma, iremos nos aprofundar nesse assunto, por meio de uma série de exercícios.

17. (FCC / METRÔ SP / 2008) No processo de gestão de materiais, a classificação ABC é uma ordenação dos itens consumidos em função de um valor financeiro. São considerados itens A os itens de estoque com as características de:

a) muitos itens em estoque e baixo valor de consumo acumulado. b) poucos itens em estoque e baixo valor de consumo acumulado. c) muitos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado. d) poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado.

0; 0 20; 80 50; 95 100; 100 0 20 40 60 80 100 120 0 20 40 60 80 100 120 V al o r fi n an ce ir o e m e sto q u e ( %) Itens em estoque (%)

Curva ABC

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(28)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

28

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

e) número médio de itens em estoque e alto valor acumulado.

Como vimos, de forma geral, os itens A correpondem a apenas 20% do quantitativo de materiais em estoque. No entanto, apesar dos poucos itens em estoque, esses itens somam aproximadamente 80% do valor acumulado nos almoxarifados.

Assim, concluímos que os itens A possuem as características de “poucos

itens em estoque e alto valor de consumo acumulado”.

A alternativa D, portanto, está correta.

**a seguinte figura é válida para as questões 18 a 21**

(CESPE / ABIN / 2010) Com base na figura acima, representativa de uma curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes.

18. Para a classificação dos itens de estoque nas seções I, II ou III da figura, considera-se o valor unitário de cada um desses itens.

Esta questão gerou dúvidas em vários fóruns de concursos após a prova da ABIN. Creio que o melhor modo de abordá-la é através de um exemplo prático. Tomemos o consumo de determinado almoxarifado, no mês de outubro de 2011:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(29)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

29

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Item Descrição Consumo Valor unitário

(R$) consumo Valor do (R$) % do consumo acumulado % 1 Impressora 1 1.300,00 1.300,00 65% 65% 2 Borracha 300 1,00 300,00 15% 80% 3 Lapiseira 20 10,00 200,00 10% 90% 4 Lápis 1.000 0,20 200,00 10% 100%

Imagine que você é o gestor do almoxarifado acima, e deseja saber quais os itens que podem ser classificados como A, no mês de outubro de 2011. O critério é o valor total consumido. Por meio da coluna mais a direita da tabela, vemos que os itens 1 (impressora) e 2 (borracha) foram responsáveis por 80% do consumo no mês considerado.

Note que o que nos interessa é o total consumido, e não o valor unitário do item. No exemplo acima, uma lapiseira (item 3) é mais cara que uma borracha (item 2), mas não podemos considerar a lapiseira como item A, já que o valor de seu consumo total foi menor que o da borracha, e, como vimos, os itens 1 e 2 já respondem por 80% do valor de consumo no mês.

Observação: o exemplo acima, por ser extremamente simplificado, não traz

consigo a distinção entre itens B e C.

Em síntese, o que vale para fins de classificação de um item dentre as categorias A, B ou C é o valor total do consumo.

O enunciado está errado.

19. Os itens pertencentes à seção III da figura exigem controle mais apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário.

À seção III da figura acima correspondem os itens classificados na categoria C. São itens mais numerosos, com menor valor de demanda, dispensando, assim, menor controle por parte dos gestores de estoque.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(30)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

30

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Os itens que exigem controle mais apurado são os pertencentes à seção I – os chamados itens A, geralmente menos numerosos, mas com alto valor relativo de demanda.

A questão está errada.

20. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados na seção I da figura.

Esta é a típica questão que exige a compreensão do conceito por parte do candidato.

Devemos entender que os itens A – inseridos na seção I da figura – respondem por grande parte do comportamento do estoque. Assim, caso o gestor queira minimizar os gastos em itens em estoque, não haverá resultados significativos ao focar-se nos itens C, por exemplo. Estes itens, apesar de geralmente numerosos, são pouco onerosos à organização.

Fazendo uma analogia com nosso dia-a-dia: ao tentarmos reduzir nossos gastos nas compras semanais de supermercado, surtirá mais efeito deixarmos de comprar um azeite importado de R$ 30,00 do que economizarmos em sabonetes de R$ 0,60. O azeite é o típico item A, ao passo que o sabonete, o C.

A questão, portanto, está certa.

21. Os itens alocados na seção identificada por I, na figura, são chamados itens A da curva ABC.

É exatamente isso. Veja que a um pequeno percentual dos itens (eixo X) corresponde um valor significativo da demanda (eixo Y). As seções II e III são atinentes aos itens B e C, respectivamente.

A questão está certa.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(31)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

31

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

**a seguinte tabela é válida para as questões 22 a 24**

(CESPE / SESA ES / 2011) A tabela acima refere-se ao consumo médio mensal e ao custo unitário de dez itens farmacêuticos no hospital Boa Saúde, que utiliza o sistema ABC para gestão de seu estoque de medicamentos e trabalha com os seguintes parâmetros:

 classe A – equivale a 10% dos itens em estoque, o que

corresponde a 70% do valor financeiro do consumo;

 classe C – equivale a 70% dos itens em estoque, o que

corresponde a 10% do valor financeiro do consumo.

Considerando a tabela e as informações acima, julgue os itens que se seguem.

22. Os itens III e IX são de classe B na curva ABC desse hospital.8

8 O intuito dessa questão, na preparação para Agente Administrativo da Polícia Federal, refere-se ao aprendizado acerca

das etapas necessárias para a identificação dos itens A, B e C. Os cálculos, muito trabalhosos, não detêm relevância específica para a preparação.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(32)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

32

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Para análise da situação dada, o primeiro passo é verificarmos qual o valor total de consumo relativo a cada um dos itens. Isso é feito multiplicando-se o consumo pelo valor unitário, conforme tabela abaixo:

Item Consumo Valor unitário

(R$) consumo (R$) Valor do I 25 52,09 1.302,25 II 108.110 1,30 140.543,00 III 93.000 0,12 11.160,00 IV 9 613,00 5.517,00 V 110 15,07 1.657,70 VI 90 23,30 2.097,00 VII 45 96,00 4.320,00 VIII 240 5,20 1.248,00 IX 18.200 1,59 28.938,00 X 80 45,23 3.618,40

De posse dos valores totais de consumo, podemos dispor os itens de maneira decrescente, com relação a esse valor:

Item Consumo Valor unitário

(R$) consumo (R$) Valor do II 108.110 1,30 140.543,00 IX 18.200 1,59 28.938,00 III 93.000 0,12 11.160,00 IV 9 613,00 5.517,00 VII 45 96,00 4.320,00 X 80 45,23 3.618,40 VI 90 23,30 2.097,00 V 110 15,07 1.657,70 I 25 52,09 1.302,25 VIII 240 5,20 1.248,00 Valor Total 200.401,35

Finalmente, podemos verificar o percentual do valor de consumo que é relativo a cada um dos itens. Este valor é obtido dividindo-se cada um dos

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(33)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

33

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

valores de consumo (por item) pelo valor total (R$ 200.401,35), multiplicando-se, em seguida, por 100%. É o representado na tabela abaixo:

Item Consumo Valor unitário

(R$) consumo (R$) Valor do % do consumo (=Valor do consumo/200.401,35 * 100%) % acumulado II 108.110 1,30 140.543,00 70,13 70,13 IX 18.200 1,59 28.938,00 14,44 84,57 III 93.000 0,12 11.160,00 5,57 90,14 IV 9 613,00 5.517,00 2,75 92,89 VII 45 96,00 4.320,00 2,16 95,05 X 80 45,23 3.618,40 1,81 96,86 VI 90 23,30 2.097,00 1,05 97,91 V 110 15,07 1.657,70 0,83 98,74 I 25 52,09 1.302,25 0,65 99,39 VIII 240 5,20 1.248,00 0,61 100,00

Este é o procedimento de cálculo que devemos fazer todas as vezes que a questão exigir que façamos uma classificação ABC.

De acordo com os parâmetros adotados pelo Hospital Boa Saúde, constantes do enunciado da questão, podemos concluir que:

 classe A –70% do valor financeiro do consumo, correspondente,

conforme tabela acima, ao item II

 classe C – 10% do valor financeiro do consumo, representados pelos itens de menor valor de consumo. Para determinar quais são os itens “classe C”, basta somarmos, de baixo para cima, na penúltima coluna, os percentuais de consumo, até obtermos um índice próximo a 10%:

𝐶𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝐶 (10%) = 0,61 + 0,65 + 0,83 + 1,05 + 1,81 + 2,16 + 2,75 = 9,86% Assim, os itens VIII, I, V, VI, X, VII e IV pertencem à classe C. Por exclusão, concluímos que os itens III e IX pertencem à classe B. Dessa maneira, a questão está certa.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(34)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

34

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

23. Segundo o sistema ABC, o item IV é aquele que merece controle mais acirrado por apresentar custo unitário mais elevado, R$ 613,00.

O critério para a classificação de um item nas classes A, B ou C é o valor total de consumo – e não o seu custo unitário. Há de se considerar, pois, a demanda efetiva (números de unidades consumidas) do item de material.

A questão está errada.

24. No sistema ABC, o estoque de segurança projetado para os itens de classe A deve ser inferior, em meses de consumo, ao estoque de segurança dos itens de classe B.

Estoque de segurança é um conceito que abordaremos com maior profundidade na próxima aula. Por ora, é suficiente entendermos o estoque de segurança como um estoque “adicional”, capaz de cobrir eventuais situações que fujam do alcance do Gestor de Materiais.

Na classificação ABC, como os itens de classe A são mais onerosos (mais caros), e como estoque significa, grosso modo, desperdício de dinheiro, o ideal é mantermos o mínimo de estoque de segurança dos itens da classe A.

Imagine o tamanho do capital imobilizado de um hospital que mantém níveis elevados de estoque de segurança para tomógrafos ou aparelhos de raio X, por exemplo – os custos para tanto podem se tornar insuportáveis.

Assim, a questão está certa.

** o seguinte enunciado é válido para as questões 25 e 26** (CESPE / MCT / 2008) Em obras de grande porte, ou indústrias de pré-moldados, é recomendável controlar o estoque do almoxarifado mediante a aplicação da curva ABC, representada com os seguintes valores estimativos. Na curva ABC, os itens de baixo custo representam 5% do valor e 50% do estoque (C) e os itens de alto valor representam 80% do valor e 20% do estoque (A) e os itens médios (B) representam 15% do valor e 30% da quantidade.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(35)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

35

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

Tendo em vista essas informações, julgue os itens que se seguem. 25. O gestor do almoxarifado acertou ao classificar uma partida de

pregos como sendo parte dos itens A.

O valor financeiro relativo a pregos não é significativo em um estoque. Além disso, geralmente seu quantitativo (em número de itens) não é pouco significativo. Logicamente, uma análise mais acurada demandaria a análise do número de itens, mas muito dificilmente isso “elevaria” a classe de pregos para “A”.

Itens dessa natureza (pregos, parafusos, porcas) são típicos itens classificados como C. São itens numerosos e baratos.

A questão está, assim, errada.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(36)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

36

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

26. O cimento, a areia e o ferro não devem ser considerados na curva ABC, pois são de alto consumo em qualquer obra, exigindo constante reposição.

Todos os itens em estoque podem (e devem) ser considerados na curva ABC, independentemente de seu consumo ou da periodicidade de sua reposição. Como vimos, o objetivo da classificação ABC é identificar os itens em estoque de maior valor de demanda e exercer uma gestão mais acurada sobre eles.

A assertiva está errada.

27. (CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoque com base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupo A deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro vezes por ano, e os itens C, uma vez por mês. Há, em estoque, 250 itens do grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C.

A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando definiu um controle mais rigoroso para os itens C do estoque.

Os itens C são os mais numerosos e menos importantes, do ponto de vista financeiro. Assim, carecem de menor controle.

Já os itens A, por serem os que mais oneram a organização, dado o montante de capital imobilizado, necessitam de maior controle. Imagine uma empresa “perdendo” uma turbina de avião...haja prejuízo.

Dessa maneira, vemos que a afirmativa acima está errada.

28. (CESGRANRIO / FINEP / 2011) A classificação de materiais é de fundamental importância para uma boa gestão dos estoques de qualquer empresa. Como exemplos de critérios de classificação, tem-se o valor anual de consumo, a importância operacional, a perecibilidade, entre outros.

Dentre os métodos abaixo, o único que representa um tipo de classificação de estoques é:

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(37)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

37

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br a) Lead Time

b) LEC – Lote Econômico de Compras c) SWOT

d) Curva ABC

e) Ponto de Ressuprimento

A questão pede que identifiquemos um método que representa um tipo (ou critério) de classificação de estoques (ou, em outras palavras, de um conjunto de itens de material). Vejamos os comentários a cada uma das alternativas:

a) Lead Time –também conhecido como Tempo de Reposição, é o interstício (= intervalo de tempo) entre o pedido do material e sua efetiva entrega no almoxarifado. Não é um método de classificação de material.

b) LEC – o Lote Econômico de Compra é a quantidade de material que devemos adquirir a fim de minimizarmos os custos de estoque. Veremos esse conteúdo com maior detalhe em nosso curso. De qualquer maneira, não diz respeito a um método de classificação de material.

c) SWOT – A análise SWOT é uma ferramenta de análise estratégica da organização. Visa a identificar os pontos fortes (Strengths) e fracos (Weaknesses) internos, bem como as oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) do ambiente. Não é um método de classificação de material.

d) A Curva ABC, como vimos, é um método segundo o qual os itens de material em estoque são classificados de acordo com sua importância, geralmente financeira. A alternativa está correta.

e) Ponto de ressuprimento – também conhecido como Ponto de Pedido (PP), refere-se à quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve provocar um novo pedido de compra. Também veremos esse conteúdo com maior detalhe nas próximas aulas.

Resposta: D.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

(38)

Administração de Recursos Materiais

Agente Administrativo da Polícia Federal

Aula 01 Prof. Renato Fenili

38

Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br

 Atributos para a Classificação de Materiais Permanentes e de

Consumo

O último tópico desta aula merece atenção especial, ante a facilidade de se elaborarem questões sobre o assunto.

A classificação de um bem como permanente ou de consumo é, predominantemente, uma classificação contábil, pois é referente à Natureza de Despesa, no âmbito do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). De modo geral, podemos traçar as seguintes definições:

29. (CESPE / TJ ES / 2011) Pertencem ao inventário de material permanente os itens patrimoniais de durabilidade superior a um ano e(ou) os que não percam a sua identidade física.

Inventário é uma rotina de controle, durante a qual são contabilizados os itens de material (veremos este tópico durante o nosso curso).

Na questão proposta, devemos nos ater ao prazo normativo previsto para a durabilidade de um material permanente. Como vimos, o prazo é de 2

(dois) anos, o que compromete a questão.

Material de Consumo

É aquele que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos.

Material Permanente

É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superior a dois anos.

Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet

Referências

Documentos relacionados

A primeira leitura realizada no local, logo após o término do teste de estanqueidade (07:50), mostrando o local com pequenas áreas secas (em amarelo) e em

PLAST floor PLAST wall PLAST piso PLAST table PLAST deck PLAST sport PLAST paver PLAST pot Catálogo de Podutos.. PLAST

Com base neste projeto, a classificação curva ABC na administração de materiais traz como benefícios para a organização o levantamento de materiais mais

Sustentado nas teorias do serviço social, nas ciências sociais, nas humanidades e nos conhecimentos indígenas , o serviço social relaciona as pessoas com as

Aliando teoria e prática, os estudantes tiveram que desenvolver um software tutorial com o objetivo de auxiliar novos estudantes no entendimento da matéria (Estatística), bem como,

Periodicamente a empresa deve efetuar contagens de seus itens de estoque e produtos em processo para verificar:. • Discrepâncias em valor, entre o estoque físico

O pedido de reapreciação é acompanhado de alegação justificativa, a apresentar no Modelo 10/JNE (eventualmente também em folhas de continuação de Modelo 10-A/JNE), a qual

ART. 34° - O Compromissário Comprador, depois de notificado por via postal, com prazo de cinco dias, outorga desde já poderes especiais e irrevogáveis aos Jockeys Clubes Brasileiro,