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SEGURANÇA DO TRABALHO

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Academic year: 2021

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (AEDI)

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

FACULDADE DE GEOLOGIA

CURSODEESPECIALIZAÇÃOEMGEOLOGIADEMINASETÉCNICASDELAVRAÀ

CÉUABERTO

(GEOMINAS)

SEGURANÇA DO TRABALHO

Profa. Fatima Leal

Belém /PA

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SEGURANÇA DO TRABALHO

1. HISTÓRICO DA SEGURANÇA DO TRABALHO

A relação ambiente de trabalho e saúde/doença do trabalhador vem sendo reconhecida há centenas de anos. Evidências mostram que tanto os romanos como os egípcios tinham conhecimento dessa inter-relação e, por causa disso, as tarefas conhecidas como prejudiciais eram realizadas por escravos e prisioneiros.

Historicamente, a segurança do trabalho tem evoluído de forma crescente, englobando um número cada vez maior de fatores e atividades provocadoras de lesões e doenças ocupacionais buscando a prevenção de todas as situações geradoras de efeitos indesejáveis para o trabalho.

A primeira legislação a que se em notícia é a do Código de Hamurabi. No ano 2.000 a. C., Hamurabi, um legislador da Babilônia, revisou as leis locais e escreveu um código contendo em torno de 280 parágrafos. Esse código versava sobre as lesões físicas e as taxas médicas de indenização. Na época era uma reparação semelhante ao pagamento do adicional de insalubridade, hoje.

Hipócatres, 400 A.C, recomendava aos mineiros o uso de banhos a fim de evitar a saturação do chumbo. Platão e Aristóteles estudaram certas deformações físicas produzidas por algumas atividades ocupacionais evidenciando a necessidades da prevenção.

Em 1500, George Bauer Agrícola, famoso geólogo, alquimista e metalurgista alemão, em sua obra De Re Metallica, publicada quatro meses após a morte do autor, descreveu as doenças comuns entre os trabalhadores que extraiam minérios metálicos, em especial ouro e prata, e as medidas preventivas para evitar as doenças dos mineiros como a “dificuldade em respirar” e a “destruição dos pulmões”. A publicação enfatizava a necessidade de ventilação nas minas, além de mostrar vários equipamentos de proteção, como luvas, perneiras e máscaras. Bernardino Ramazzini, “Pai da Medicina Industrial”, em 1700, produziu a obra De

Morbis Artificium Diabrita (Doenças dos Artífices), na qual propôs o termo “higiene” e

descreveu detalhadamente os riscos de 54 profissões distintas. Foi a partir da obra de Ramazzini que se iniciaram os primeiros estudos relacionando ambiente de trabalho e saúde, uma vez que introduziu na ficha de anamnese médica a pergunta: Qual é a sua ocupação? Na obra há uma associação clara entre certas doenças e a ocupação ou atividade profissional da época.

A Revolução Industrial marcou o início da segurança industrial como consequência do aparecimento da força do vapor e a mecanização da indústria que produziu o aumento de acidentes e de enfermidades laborais. Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra um grande êxodo, transferindo o trabalho do campo para o trabalho nas fábricas, o que causou profundas modificações na sociedade e entre grupos de pessoas. Essas mudanças ocorreram principalmente nos processos produtivos e na organização do trabalho, incluindo a substituição da força animal pela força da máquina; substituição do trabalho manual pelo trabalho mecanizado; invenção de novos métodos de transformação de matéria-prima em produtos acabados e a organização do trabalho em unidades maiores como fábricas, fundições e moinhos.

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Todas essas mudanças criaram ambientes propícios a acidentes e doenças do trabalho já que não existia, à época, um estudo voltado para os diferentes processos introduzidos no mundo do trabalho. Além disso, a utilização da mão-de-obra era indiscriminada, uma vez que as mesmas atividades poderiam ser realizadas por homens, mulheres e crianças, e a jornada de trabalho não era definida, levando os trabalhadores à exaustão e caracterizando uma exploração desumana e perversa por parte das indústrias nascentes.

Fig. 1 – Mães e filhos no mesmo local de trabalho

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=504

Antes da Revolução Industrial, os acidentes e as doenças do trabalho não eram percebidos como problemas sociais, pois as atividades laborais eram realizadas de forma isolada. Entretanto, a concentração dos trabalhadores nas fábricas tornou notório o problema, fazendo com que a ocorrência de elevado número de acidentes e agravos à saúde, especialmente em mulheres e crianças, desse origem a um movimento social criado por políticos e legisladores para a introdução de medidas legais que controlassem o ambiente de trabalho.

Foram realizadas inspeções governamentais nas fábricas e durante essas inspeções eram solicitadas providências para a melhoria das condições de trabalho. Assim, em 1802, foi aprovada a lei da Saúde Moral no Trabalho que estabelecia o limite de 12 horas para a jornada laboral e proibia o trabalho noturno.

Em 1833, o parlamento inglês criou a Lei das Fábricas, onde era estabelecido o limite de nove anos de idade para o trabalho, bem como a proibição de trabalho noturno para menores de 18 anos. Entretanto, apesar do estabelecimento de legislação, em 1871, os riscos

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acumulavam uma estatística assustadora. Na época, 50% dos trabalhadores morriam antes de 20 anos de idade devido a acidentes e às péssimas condições de trabalho.

A Igreja teve sua participação na proteção da saúde do trabalhador. No final do século XIX, a encíclica do Papa Leão XIII, De Rerum Novarum, publicada em 15 de maio de 1891, teve como tema “Sobre as condições dos operários”. No item “Obrigações dos operários e dos patrões” há referências a ambos.

Em relação aos deveres dos operários:

Entre estes deveres, eis os que dizem respeito ao pobre e ao operário: deve fornecer integral e fielmente todo o trabalho a que se comprometeu por contrato livre e conforme à equidade; não deve lesar o seu patrão, nem nos seus bens, nem na sua pessoa; as suas reivindicações devem ser isentas de violências e nunca revestirem a forma de sedições; deve fugir dos homens perversos que, nos seus discursos artificiosos, lhe sugerem esperanças exageradas e lhe fazem grandes promessas, as quais só conduzem a estéreis pesares e à ruína das fortunas. (Carta Encíclica

Rerum Novarum)

Em continuação, a encíclica refere-se aos patrões da seguinte maneira:

Quanto aos ricos e aos patrões, não devem tratar o operário como escravo, mas respeitar nele a dignidade do homem, realçada ainda pela do Cristão.... O que é vergonhoso e desumano é usar dos homens como de vis instrumentos de lucro, e não os estimar senão na proporção do vigor dos seus braços... Proíbe também aos patrões que imponham aos seus subordinados um trabalho superior às suas forças ou em desarmonia com a sua idade ou o seu sexo. (Carta Encíclica Rerum Novarum)

A primeira lei de acidentes de trabalho foi elaborada na Alemanha em 1884, que se estendeu por vários países da Europa e pelo mundo. Consequentemente, cada país adaptou sua legislação de acordo com a sua evolução tecnológica e o desenvolvimento da saúde pública. Atualmente, verifica-se que apesar de cada país ter sua própria legislação existe um esforço no sentido de direcionar as ações de proteção à saúde do trabalhador por meio de órgãos oficiais como a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS (Organização Mundial de Saúde).

No Brasil, a mão-de-obra escarva foi utilizada durante mais de três séculos. As epidemias que ocorriam na época eram atribuídas à inter-relações comerciais, principalmente nas cidades cuja economia era centrada nos engenhos de açúcar. No final do século XIX, as condições de trabalho no Brasil eram semelhantes àquelas observadas no período da Revolução Industrial na Inglaterra. O uso indiscriminado da mão-de-obra infantil e feminina, aliados a longas jornadas de trabalho tinham como consequência um alto índice de acidentes deixando as vítimas em condições difíceis, já que não existia nenhuma legislação que protegesse o trabalhador.

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Fonte:http://www.abes-dn.org.br

A pressão dos países capitalistas sobre os periféricos no sentido de que todos enfrentassem o problema social e trabalhista com um tratamento uniforme fundamentado na justiça social, ensejou a assinatura do Tratado de Versalhes criando a Organização Internacional do Trabalho, em 1919.

Nesse ano, no Brasil, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública do Ministério do Interior e Justiça, cujo objetivo era o de regulamentar, pela primeira vez, o trabalho com a elaboração da 1ª. Lei de Acidentes do Trabalho. Essa lei se baseava no conceito de risco profissional, legitimando-0 como sendo natural à atividade profissional. A definição de acidentes do trabalho era extremamente restrita, pois aceitava somente os acidentes provocados pela atividade laboral.

Correspondia ao acidente do trabalho apenas a doença profissional adquirida

exclusivamente pelo exercício do trabalho sendo o pagamento da indenização ao operário ou à

sua família calculada de acordo com a gravidade das sequelas do acidente. A comunicação do acidente do trabalho, desde que obrigasse o operário a suspender o serviço ou a se ausentar, tinha de ser feita à autoridade policial do lugar pelo empregador, pelo próprio operário ou por terceiros. A autoridade policial era quem instruía o processo ao juiz competente para assegurar os direitos garantidos por lei.

Foram elaboradas aproximadamente sete leis de acidentes do trabalho até chegar à legislação atual. À medida que surgia nova legislação os direitos e garantias do trabalhador eram melhorados. Na 2ª. Lei, por exemplo, a doença profissional só era considerada aquelas que fossem inerentes a determinados ramos ou atividades ou resultantes das condições especiais em que eram realizadas. A 3ª. Lei ampliava a definição de acidentes do trabalho para as doenças resultantes das condições em que o trabalho era realizado, independente da atividade profissional.

A 4ª. Leis de acidentes do trabalho equiparava ao acidente do trabalho as doenças profissionais e as doenças do trabalho, sendo esta última resultante das atividades em características especiais. A 5ª. Lei, em 1967, incluía como acidente do trabalho aquele ocorrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. A situação ligada ao trabalho, que levasse à morte ou incapacidade, mesmo não sendo causa única era tratada como acidente de trabalho, de acordo com a 6ª. Lei de acidentes do trabalho. A 7ª. Lei de acidentes do trabalho estabeleceu os conceitos de empresa, doença do trabalho e doença profissional e como acidente “aquele que ocorre no exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou

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perturbação funcional que cause morte, perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade do trabalho”.

Atualmente, a saúde e segurança do trabalho é regida pela Lei No. 6.514 de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II da Consolidação da Leis do Trabalho (CLT), relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Em complementação à Lei a Portaria 3214 de 8 de junho de 1978 aprova as Normas Regulamentadoras desse capítulo da CLT relativas à segurança e medicina do trabalho.

2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES PRINCIPAIS 2.1 Acidente do trabalho

2.1.1 Conceito prevencionista

O conceito prevencionista considera como acidente de trabalho todo acidente que interrompe o andamento normal do trabalho, havendo ou não lesão ou perda material.

2.1.2 Conceito legal (jurídico)

O conceito legal tem por base a Lei n.º 8.213 e seus artigos 19, 20 e 21. a) Art. 19

“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”

§ 1.º . A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde de trabalhador.

§ 2.º . Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir a normas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3.º . É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

b) Art. 20

Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior as seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante na respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função das condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

c) Art. 21.

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I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos Fortuitos ou decorrentes de força maior;

III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV – O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiado por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou desde para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado;

§ 1.º Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

2.2 Normas Regulamentadoras (NR)

É um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos cujos objetivos é o de orientar atividades e procedimentos nas empresas a fim de minimizar ou eliminar riscos e, consequentemente, garantir a integridade física e psicológica do trabalhador. Existem 37 NRs, das quais três foram revogadas.

Qual a diferença fundamental entre o acidente sob o ponto de vista prevencionista e o acidente sob o ponto de vista legal?

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2.3 Prevenção de acidentes

Corresponde a toda e qualquer medida que contribuam para a não ocorrência de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho. As medidas de prevenção devem considerar além dos riscos das atividades e dos processos, o treinamento e as condições físicas e intelectuais do trabalhador. O Anexo N.o1 da Norma Regulamentadora 01 estabelece que

prevenção é o conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as fases da atividade da organização, visando evitar, eliminar, minimizar ou controlar os riscos ocupacionais.

2.4. Segurança do trabalho

É o grau de ausência de riscos e perigos em qualquer ambiente. No caso do ambiente laboral a segurança do trabalho é constituída por um conjunto de leis e normas e ações que visam eliminar a ocorrência de acidentes ou de quase-acidentes.

2.5. Higiene do trabalho

De acordo com a American Industrial Hygienist Associaton (AIHA), a higiene do trabalho “É a ciência e arte dedicada ao reconhecimento ao reconhecimento, avaliação e controle dos fatores ambientais ou tensões emanadas ou provocados pelo lugar de trabalho e que podem ocasionar enfermidades, destruir a saúde e o bem-estar ou criar algum mal estar significativo entre os trabalhadores e os cidadãos da comunidade”

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Higiene do Trabalho é “A ciência e a arte dedicada à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração e proteção do meio ambiente e dos recursos naturais”

Em ambos as instituições o fundamento é o mesmo. Ou seja, a Higiene do Trabalho consiste na antecipação, no reconhecimento, na avaliação e no controle do riscos. Observa-se, portanto, que há uma hierarquia de atividades: não se pode controlar um risco que não foi avaliado. Da mesma forma, para avaliar um risco há necessidade de reconhecer qual é esse risco e para reconhece-lo é preciso que se conheça o processo que o produz.

2.6. Limites de tolerância

Os limites de tolerância, na legislação brasileira, estão descritos na NR-15 (Atividades e Operações Insalubres). O item 15.1.5. diz: “Entende-se por “Limites de Tolerância”, para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.”

Portanto, há um limite técnico para a exposição do trabalhador, aos agentes ambientais para que haja garantia da sua integridade física. Os valores dos limites de tolerância podem ser encontrados nos anexos da NR-15, a saber:

Anexo no. 1: Limites de tolerância ao ruído contínuo ou intermitente Anexo no. 2: Limites de tolerância para ruído de impacto

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Anexo no. 3: Limites de tolerância para exposição ao calor

Anexo no. 4: Revogado pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 Anexo no. 5: Radiações ionizantes

Anexo no. 6: Trabalho sob condições hiperbáricas Anexo no. 7: Radiações não ionizantes

Anexo no. 8: Vibração Anexo no. 9: Frio Anexo no. 10: Umidade

Anexo no. 11: Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho

Anexo no. 12: Limites de tolerância para poeiras minerais

Anexo no. 13: Agentes químicos Anexo no. 14: Agentes biológicos

De acordo com a NR 9 (Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos) em casos, de “ausência de limites de tolerância previstos na NR-15 e seus anexos, devem ser utilizados como referência para a adoção de medidas de prevenção aqueles previstos pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists – ACGIH” (9.6.1.1).

2.7. Insalubridade

A NR-15 (Atividades e Operações Insalubres) estabelece que as atividades ou operações insalubres ocorrem quando o trabalhador fica exposto a agentes acima dos limites previstos nos anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12; nas atividades mencionadas nos anexos 6, 13 e 14 e nas atividades comprovadas por meio de laudo de inspeção no local de trabalho e constantes nos anexos 7, 8,9 e 10.

Independente da metodologia de avaliação, com aparelho de medição direta ou pela inspeção no local de trabalho, os valores incidem sobre o salário mínimo e correspondem a:

- 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo - 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio - 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

2.8. Periculosidade

De acordo com a NR-16 (Atividades e Operações Perigosas) são consideradas atividades e operações perigosas aquelas constantes em seus anexos:

Anexo I - Atividades e operações perigosas com explosivos Anexo II - Atividades e operações perigosas com inflamáveis

Anexo III - Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial

Anexo IV - Atividades e operações perigosas com energia elétrica Anexo V - Atividades perigosas em motocicleta

Anexo (*) - Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas

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(*) As atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas, embora não possua número em seu Anexo, foram acrescentadas à NR-15, pela Portaria n.º 3.393, de 17-12-1987

A NR-16, estabelece que “o exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa”.(16.2)

2.9. Conforto e segurança

O conforto e a segurança devem estar presentes nos postos de trabalho, nas atividades e nos processos produtivos. Mas, nem sempre conseguimos assegurar a presença de ambas as condições na atividades do local de trabalho. Portanto, muitas vezes, há necessidade de adaptação, por meio de ações ergonômicas que são asseguradas pela NR – 17 (Ergonomia) que estabelece parâmetros para que haja “adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente“. (NR-17.1).

Assim, por meio de ações ergonômicas pode-se proporcionar aos trabalhadores bem estar e segurança e, consequentemente o aumento da produtividade e a garantia da qualidade de seu trabalho, fatores esses que ajudam nos lucros, diretos ou indiretos, das empresas, além de garantir a saúde do trabalhador.

2.10 Perigos

O perigo é a fonte dos riscos. Ou seja é a “fonte com o potencial para causar lesão ou problemas de saúde” (Anexo N.1, NR-01)

2.11 Riscos

O Risco relacionado ao trabalho ou risco ocupacional é combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas a agentes nocivos relacionados aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo evento ou exposição. (Anexo N.1, NR-01) .

Posso receber insalubridade e periculosidade ao mesmo tempo?

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2.12 Doenças ocupacionais

As doenças ocupacionais aquelas nas quais o trabalho pode ser um fator de risco para o aparecimento da doença ou para o agravamento de uma situação já existente. Ou seja, o ambiente e as condições ambientais podem contribuir para agravamento de uma situação latente.

3. RISCOS AMBIENTAIS E SEUS AGENTES

Para a preservação da saúde e segurança do trabalhador é necessário o controle dos riscos ambientais e dos riscos situacionais. Os riscos ambientais são aqueles riscos inerentes do processo produtivo: não se pode produzir sem a presença desses riscos. Não se pode cozinhar sem a presença do calor do fogo. Os riscos situacionais estão relacionados com as condições em que as tarefas são realizadas. Nesse caso, os riscos são gerados pelo ambiente ou pelo posto de trabalho. Esses riscos necessitam, muitas vezes, de intervenção ergonômica.

Se já tenho pressão alta, por exemplo, e ao trabalhar minha pressão aumentar, posso afirmar que é uma doença ocupacional?

Ao conferir peças em uma sala silenciosa pode existir algum risco?

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3.1 Agentes físicos

Qualquer forma de energia que, em função de sua natureza, intensidade e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes.(Anexo I/ NR 01)

3.1.1 Ruido

Som é qualquer variação de pressão no ar que possa ser detectada pelo ouvido humano. Existem sons agradáveis ou reconhecíveis como os sons da natureza ou os sons musicais e, portanto, são chamados de sons desejáveis ou simplesmente sons. Os indesejáveis são aqueles que o ouvido interpreta como desagradáveis e são reconhecidos como ruído.

O ruído apresenta como características principais a frequência e o nível sonoro. A frequência sonora é o número de oscilações da pressão por segundo que é medido em Hertz (Hz). Se predominam as frequências altas temos um som agudo, as frequências baixas dão origem a um som grave.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Som

A faixa de audição humana vai de 20 a 20000 Hz. Assim, a escala de frequência é divida em três grupos: infra-sons, frequência audível e ultrasons.

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O nível sonoro, ou intensidade das vibrações sonoras, é medido em Pascal (N/m2) e é denominada por “Pressão Sonora” ou “Nível de Pressão Sonora – NPS”. O NPS é calculado por

NPS = 20 log P/P0

Onde: P - pressão sonora em Pascal Po – pressão de referência (2 x 10-5 Pa)

Para a utilização da unidade Pascal, o valores a serem manipulados dificultam os cálculos, por isso foi criada uma escala logarítmica, em decibel, que além de simplificar a avaliação da pressão sonora, corresponde à situação real de resposta auditiva uma vez que o ouvido humano não responde de forma linear aos estímulos, mas sim, de forma logarítmica.

Fonte: Google imagens

Exemplo:

Qual o valor em dB para uma situação em que o NPS é 200 Pa? NPS = 20 log (P/P0) NPS = 20 log (200 / 2 x 10-5) NPS = 20 log (200/2x10-5) NPS = 20 log (10000000) NPS = 20 x (7) NPS = 140 dB

A pressão sonora é avaliada com um medidor de leitura direta que é o medidor de pressão sonora, cujo resultado de leitura é em dB. Os limites de tolerância para ruido estão na NR-15 (Atividades e operações insalubres) e para oito horas de trabalho o limite máximo é de 85 dB.

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A legislação brasileira, em seu ANEXO N.º 1 (Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente) evidencia que o fator de duplicação de dose é igual a cinco. Isso significa que a cada aumento de cindo dB o tempo de exposição cai pela metade. Logo, por exemplo, se em vez de 85 dB, o trabalhador estiver exposto a 90 dB, o tempo de exposição diminui para 4 horas.

Como a medição de ruído é logarítmica, no caso da presença de mais de uma máquina ou equipamento no mesmo ambiente o ruído total não é a soma dos ruídos, mas, leva em consideração a diferença entre os níveis de pressão sonora.

Diferença de NPS (dB)

Valor a adicionar ao maior nível (dB)

0 – 1 3

2 – 3 2

4 – 9 1

10 e acima 0

Fonte: Plog & Quinlan, 2002, p.214

Estou trabalhando em uma sala que tem uma máquina com o NPS de 80 dB. O meu chefe falou que vai colocar outra máquina com o mesmo nível de ruído. Será que vou ficar surdo?

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3.1.2 Vibrações

Vibrações são movimentos regulares em um determinado período de tempo. No caso de exposição ocupacional, em geral, a vibração e o ruído andam juntos. As vibrações são transmitidas pela parte do corpo que estiver em contato com o elemento vibratório. Por isso, a resposta do corpo humano às vibrações depende de sua posição (em pé, sentado ou deitado) e do ponto de aplicação das forças vibratórias.

A legislação brasileira considera, para efeitos de Higiene Ocupacional, considera a vibração sob dois aspectos: a vibração localizada e vibração de corpo inteiro estabelecendo os limites de tolerância diferenciados para cada situação. As vibrações localizadas corresponde aquelas que ocorrem quando a atividade é realizada com a utilização de ferramentas portáteis. Em geral atingem, principalmente, mãos e braços, por isso, a legislação denomina de VMB (Vibração de Mãos e Braços). A vibração de corpo inteiro está presente em trabalhos com máquinas pesadas e denomina-se VCI (Vibração de Corpo Inteiro).

3.1.3 Pressões anormais

A legislação brasileira estabelece limites e controles para trabalhos sob pressões superiores à atmosférica (condições hiperbáricas), nas seguintes situações:

a) Trabalhos sob ar comprimido b) Trabalhos submersos

Em tais situações os riscos são considerados em três fases: - fase de compressão

- fase de pressão constantes - fase de descompressão

3.1.4 Temperaturas extremas

Tanto o calor como o frio excessivos interferem nas atividades laborais e, ao mesmo, tempo na saúde do trabalhador. O homem é um animal de sangue quente que mantém sua temperatura interna em torno de 37oC e, possui um sistema de termorregulação que mantém a temperatura constante, mesmo com as variações climáticas e energéticas relacionadas ao trabalho.

Existe, portanto, uma troca constante de calor entre o corpo e o ambiente que, em parte, depende do mecanismo fisiológico de adaptação resultante da homeotermia que é a manutenção da temperatura interna do corpo assegurada quando o fluxo de calor produzido pelo corpo é igual ao fluxo de calor cedido ao ambiente e em parte também depende da forma de troca de calor entre o corpo e o ambiente que pode se dar por condução, convecção e radiação.

Na condução a transferência de calor se dá pelo contato entre os corpos submetidos a diferentes temperaturas. O corpo de maior temperatura transfere calor para o de menor temperatura.

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A convecção consiste no processo de transferência de calor entre fluidos. À medida que o fluido aquece, a sua densidade é diminuída e tende a subir. O fluido de menor temperatura apresenta uma densidade maior e tende a descer.

A troca de calor por radiação não requer nenhum tipo de contato e o calor é transferido por meio do ar ou de ondas eletromagnéticas.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/propagacao-de-calor/

Para avaliação do calor ocupacional deve ser levado em consideração as temperaturas do processo ou do ambiente e, também o gasto calórico da atividade tendo como parâmetro para a determinação do limite de tolerância, o valor do IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Temperatura de Globo). A avaliação quantitativa do calor deve ser feita de acordo com a NHO 06 da FUNDACENTRO, 2ª. Edição (2017).

O frio intenso não apresenta limites de tolerância na legislação brasileira. Entretanto atende aos requisitos da American Conference of Governmental Industrial Higyenists – ACGIH, que leva em consideração a velocidade do ar e a temperatura de bulbo seco.

3.1.5 Radiações ionizantes

São aquelas que possuem energia capaz de ionizar átomos e células e consequentemente danificar órgãos, tecidos e material genético provocando doenças e, muitas vezes, causando a morte. As radiações ionizantes podem ser:

a) Raios x

É uma radiação eletromagnética, produzida em aparelhos de raios-x, que tem alta capacidade de penetração no corpo humano.

b) Raios gama

Radiação eletromagnética de maior frequência. É emitida por radioisótopos e também por reatores nucleares. Extremamente penetrante, é capaz de atravessar alguns centímetros de chumbo e concreto.

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c) Nêutrons

São partículas que não apresentam carga elétrica e que, de acordo com a sua velocidade, podem danificar as células. São geralmente obtidos em reatores nucleares e aceleradores de partículas.

d) Partículas beta

Elétrons livres emitidos em altas velocidades. Esse tipo de radiação não é capaz de atravessar longas distâncias e é absorvido facilmente pelas roupas, mas pode causar mutações em células.

e) Ultravioleta

É a radiação eletromagnética de menor frequência capaz de ionizar os átomos. Esse tipo de radiação é abundante na luz solar e pode causar câncer de pele.

FONTE: https://radioprotecaonapratica.com.br/efeitos-da-radiacao-no-corpo-humano/

Aplicação da radiação ionizante se dá em diversos campos, especialmente na medicina, na indústria e na agricultura.

a) Na medicina

As radiações ionizantes são empregadas na medicina em radiografias, tomografias, exames de densitometria óssea, mamografias e esterilização de instrumentos médicos.

b) Na agricultura

As radiações ionizantes têm a capacidade de eliminar micro-organismos que podem fazer mal à saúde, e por isso são utilizados na conservação dos alimentos.

c) Na indústria

Ensaios não destrutivos e, no caso de controle de qualidade de textura e soldas de tubulações, chapas metálicas e peças fundidas é realizado com frequência o raio X de alta energia ou radiação gama de média e alta energia.

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Fonte: Google imagens

Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica", de março de 2014, aprovada pela Resolução CNEN N.º 164/2014, ou daquela que venha a substituí-la. (NR-15, Anexo N.o5)

3.1.6 Radiações não ionizantes

O anexo no. 7 da NR-15 estabelece o seguinte:

1. Para os efeitos desta norma, são radiações não-ionizantes as microondas, ultravioletas e laser. 2. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não-ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

3. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa - 400- 320 nanômetros) não serão consideradas insalubres.

A radiação ultravioleta não é ionizante. Posso ficar exposto sem proteção?

(19)

3.2. Agente químico

Substância química, por si só ou em misturas, quer seja em seu estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada no processo de trabalho, que em função de sua natureza, concentração e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: fumos de cádmio, poeira mineral contendo sílica cristalina, vapores de tolueno, névoas de ácido sulfúrico. (Anexo I, NR 01).

Aa vias de penetração no organismo, pelo agentes químicos, podem ser: a) dermal

b) digestiva c) respiratória d) parental

Os agentes químicos dispersos no ar são chamados de aerodispersóides. 3.2.1. Classificação quanto à forma

a) poeiras

São partículas sólidas em suspensão no ar provenientes de processos ruptura mecânica e que sedimentam, por ação da gravidade. As fibras são também aerodispersóides cujo comprimento é de 3 a 5 vezes maior que o seu diâmetro. Ex: processos de moagem ou tecelagem de lã ou algodão.

b) Fumos

São partículas sólidas metálicas, em suspensão no ar, provenientes de uma combustão incompleta ou de condensação de vapores. Ex: processos de soldagem.

c) Névoas

São partículas líquidas produzidas por ruptura mecânica de líquidos ou por condensação de vapores de substâncias líquidas em temperatura normal. As névoas possuem diâmetro > 0,5µ. d) Neblinas

São partículas líquida, em suspensão no ar, produzidas pela condensação de vapores cujos diâmetros são < 0,5 µ.

Gases

São fluidos amorfos que ocupam o espaço de onde estão contidos e que podem mudar de estado físico pela combinação de temperatura e pressão.

Vapores

É a fase gasosa de uma substância originalmente sólida ou líquida em condições normais de temperatura e pressão.

(20)

3.2.2 Classificação à ação no organismo a) Irritantes

Possuem uma ação corrosiva no organismo causando inflamações nos tecidos com os quais entram em contato. Os tecidos mais atingidos são os de revestimento epiteliais como a pele, as mucosas das vias respiratórias e a conjuntiva ocular.

b) Asfixiantes

Os asfixiantes podem ser simples ou químicos. Os asfixiantes simples não interferem nas funções do organismo, mas podem provocar asfixia pela redução de concentração de oxigênio no ar. Ex: acetileno. Os asfixiantes químicos interferem no processo de absorção do oxigênio no sangue. Ex: monóxido de carbono.

c) Narcóticos

Atingem o sistema nervoso central produzindo uma ação depressiva com efeito anestésico após a absorção pelo sangue. Ex: éter etílico

d) Intoxicantes

Os intoxicantes podem causar lesões em vários órgãos, entre os quais, o fígado e os rins. Ex: tricloroetileno (hidrocarboneto utilizado como desengordurante)

e) Pneumoconióticos

Se encontram sob a forma de poeira ou de fibra e se depositam nos pulmões produzindo o endurecimento dos tecidos e causando doenças como: bissinose (fibras do algoão), antracose (pó de carvão) e asbestose (fibras de asbestos)

Os limites de tolerância para agentes químicos estão na previstos na NR-15 e seus anexos, mas na ausência desses valores, devem ser utilizados como referência para a adoção de medidas de prevenção aqueles previstos pela ACGIH.(9.6.1.1)

3.3 Agente Biológico

São microrganismos, parasitas ou materiais originados de organismos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição, são capazes de acarretar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: bactéria Bacillus anthracis, vírus linfotrópico da célula T humana, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, fungo Coccidioides immitis. (Anexo I da NR 01) a) Bactérias

As bactérias são seres muito pequenos que, em sua maior parte, não podem ser vistos a olho nu. Apesar de seu tamanho, elas se multiplicam em grande velocidade, e, muitas delas, conhecidas como germes, são prejudiciais a saúde do homem, pois podem causar inúmeras doenças.

(21)

Fonte: Google imagens

b) Bacilos

É um tipo de bactéria em forma de bastonetes. Ex: bacilo da tuberculose e antraz (Bacillus anthracis)

c) Vírus

Os vírus são organismos extremamente simples, diferindo dos demais seres vivos por não possuírem organização celular, metabolismo próprio e por não serem capazes de se multiplicar sem auxílio de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios. Os vírus são os menores seres vivos conhecidos, visíveis apenas ao microscópio eletrônico.

Fonte: Google imagens

d) Fungos

São organismos microscópicos que formam tecidos tais como bolores, cogumelos, leveduras e mofos, por exemplo.

(22)

O Anexo no. 14 da NR-15 estabelece uma relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa

3.4. Riscos ergonômicos

Os riscos ergonômicos, são riscos situacionais e estão contemplados na NR 17 que trata de ergonomia cujo objetivo é o de estabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho considerando os aspectos físicos e psicológicos do trabalhador a fim de garantir conforto, segurança e desempenho eficiente. (17.1.).

Os riscos ergonômicos devem ser avaliados em todos os setores e, portanto, estão inseridos, direta ou indiretamente, em todas as Normas Regulamentadoras. Entretanto, algumas normas destacam em seus subitens, ou nos anexos, a necessidade de atender exigências específicas de ergonomia, conforme o quadro a seguir.

Normas que especificam itens da NR-17

Norma Itens referentes à ergonomia

NR 01 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais

1.5.7.3.2 NR 10 - Segurança em instalações e serviços em

eletricidade

10.3.10 10.4.5 NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e

Equipamentos

12.9.1 NR 18 - Condições e meio de trabalho na indústria da

construção

18.4.11 18.14.22.3 18.15.51 NR 22 - Segurança e saúde ocupacional na mineração 22.3.7 NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e

Saúde no Trabalho Portuário

29.3.14.1 NR 31 - Segurança e saúde no trabalho na agricultura,

pecuária silvicultura, exploração florestal e aquicultura

31.7.20.1 31.10 NR 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na

indústria da construção, reparação e desmonte naval

34.16.8 NR 36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas

de abate e processamento de carnes e derivados

36.2.6.1 36.5.7 36.14.7.3 NR 37 - Segurança e saúde em plataformas de petróleo 37.14.6.1

Fonte: elaboração própria

3.5 Riscos em mineração

Os riscos na atividade de mineração podem ser genéricos ou específicos levando-se em consideração se o trabalho é a céu aberto ou subterrâneo.

(23)

3.5.1 Riscos genéricos

São os riscos inerentes à determinadas áreas mas podem ser relativas ao ambiente, ao trabalhador e ao sistema de gestão e podem ser:

- qualidade do ar

- riscos em tarefas manuais - ruido - gestão inadequada - poeira - calor - quedas e escorregões - fadiga - problemas fisiológicos

- compleição física inadequada para a atividade - iluminação inadequada

- radiação - vibração - riscos químicos

3.5.2 Riscos em mineração subterrâneas - cegueira noturna - riscos elétricos - presença de gases - estrutura da mina - mistura de explosivos - ventilação inadequada - uso de explosivos - serviços de comunicação

3.5.3 Riscos em mineração a céu aberto - explosões - empilhamento de materiais - temperaturas extremas - equipamentos pesados - barragem de rejeitos 4. PREVENÇÃO DE RISCOS

A prevenção de riscos conta com algumas metodologias que, se bem empregadas, podem auxiliar no controle dos riscos e, consequentemente, na eliminação ou redução de acidentes e doenças ocupacionais. Entre os métodos de prevenção de riscos e, portanto, de acidentes incluem:

(24)

- Investigação de acidentes - Inspeções de segurança

- Comissões mistas de segurança e higiene do trabalho - Procedimentos de segurança

4.1. Investigação de acidentes

Todas as vezes que ocorre um acidente, deve ser feita uma investigação a fim de determinar as causas e estabelecer parâmetros evitem a ocorrência de situações semelhantes. O objetivo principal desse tipo de investigação é determinar as causas diretas e indiretas do acidente. Deve ficar claro que em um acidente não existe culpados, mas sim fatores que podem estar relacionados com o processo, com a matéria-prima, com a forma administrativa da empresa e com as condições físicas e psicológicas do trabalhador.

4.1.1 Etapas

Para que uma investigação de acidentes tenha êxito não basta apenas entrevistar ou anotar os fatores que contribuíram ao acidente apenas para fins de registros. É necessário que sejam cumpridas etapas que culminem com a tomada de decisão que busque evitar novas ocorrências.

1. Identificação das causas 2. Relatório detalhado

3. Elaboração de um plano de ação corretiva 4. Implementação do plano

5. Avaliação da eficácia do plano 6. Mudanças necessárias

Ontem eu estava com dor na cabeça e causei um acidente. Será que sou culpado?

(25)

4.1.1.1 Identificação das causas

A identificação das causas deve abranger os seguintes itens: * tarefa * material * ambiente * pessoal * gerenciamento 4.1.1.2 Relatório detalhado

Independente da documentação formal e oficial, a empresa deve contemplar em seu sistema de gerenciamento de segurança e saúde, o relatório detalhado sobre os acidentes e incidentes com o objetivo de estudar os fatores que contribuíram para a ocorrência de acidentes. Portanto, um relatório com detalhes tipo: hora, local, envolvidos, dia da semana, mês, época do ano, sexo, idade do acidentado, entre outros, são informações que contribuem para a formação de um banco de dados que contribuirá para a elaboração de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

4.1.1.3 Elaboração de um plano de ação corretiva

O plano de ação deve estar estrategicamente alinhado com as causas diretas do acidente. Ou seja, se o acidente ocorreu por problemas de projeto de máquinas, tal projeto deve ser estudado e analisado com o objetivo de solucionar possíveis defeitos que venham contribuir para novos acidentes. Ou seja, o foco principal do plano de ação deve contemplar as principais causas do acidente.

4..1.1.4 Implementação do plano

De nada adianta realizar nenhum dos passos anteriores se a situação continuar sendo a mesma de antes do acidente. O sistema de gestão deve implementar o plano de ação, caso contrário todos os esforços das etapas anteriores terão sido em vão. Se o relatório indicar a necessidade de treinamento, os responsáveis devem estabelecer horários adequados para a realização do treinamento.

4.1.1.5 Avaliação da eficácia do plano

A implementação de um plano de ação corretivo não garante a sua eficácia. É preciso um trabalho de observação que assegure que as mudanças efetuadas previnem a ocorrência de acidentes futuros. Tal observação deve contemplar, inclusive, os incidentes, uma vez que, estes podem se tornar, futuramente, acidentes de grandes proporções. Na avaliação da eficácia não é suficiente ter a informação da não ocorrência de acidentes. É necessário verificar se, mesmo não ocorrendo acidentes, ainda existem pontos que mereçam atenção.

(26)

4.1.1.6 Mudanças necessárias

Nem sempre um plano de ação corretiva resolve a situação insegura de forma plenamente e adequada. Portanto, a empresa deve estar acessível a qualquer mudança que se fizer necessária, desde o treinamento do trabalhador até a troca de máquinas ou, ainda, mudanças de horários de trabalho.

4.2 Inspeções de segurança

As inspeções de segurança devem ser feita conforme as necessidades locais e organizacionais de cada empresa.

- Inspeções periódicas - Inspeções intermitentes - Inspeções contínuas - Inspeções especiais 4.2.1 Inspeções periódicas

São aquelas realizadas em períodos regulares. Podem ocorrer: por turno, diariamente, semanalmente, mensalmente, anualmente. Ex: inspeção em extintores de incêndio.

4.2.2. Inspeções intermitentes

São realizadas em intervalos irregulares e não são anunciadas previamente. Podem envolver alguns grupos de maquinas, alguns setores ou até mesmo alguns procedimentos. Ex: Inspeções em EPI.

4.2.3 Inspeções contínuas

São consideradas como parte das atividades diárias. O nível de eficiência dessas inspeções, em geral, depende do treinamento em segurança e da motivação do funcionário. Ex: Inspeções no processo produtivo.

4.2.4 Inspeções especiais

Ocorrem em situações especiais de risco ou nos casos em que requerem atenção extrema. Ex: após a ocorrência de um acidente; durante a montagem ou o manuseio de um novo equipamento.

15 minutos após uma inspeção de segurança, cujo

resultado foi de 100% de aprovação, ocorreu um acidente no meu setor. O que será que houve?

(27)

Uma Inspeção de Segurança deve abranger o maior número de áreas possíveis. Entretanto basicamente deve contemplar:

a) Processamento: recebimento, transporte e estocagem: equipamento, layout, desníveis, cargas, manuseio e áreas de estocagem.

b) Condições das instalações: pisos, paredes, tetos, saídas, degraus, rampas, plataformas, áreas de circulação.

c) Limpeza e conservação: resíduos, ferramentas, materiais, métodos de limpeza, áreas de trabalho, áreas livres, áreas de estoque.

d) Eletricidade: equipamentos, chaves, transformadores, circuitos, isolamentos, ferramentas, motores aterramentos.

e) Iluminação: tipo, intensidade, controle, condições, localização, controle de ofuscamento e de sombras.

f) Temperatura e ventilação: tipo, eficácia umidade controles, ventilação natural e artificial, exaustores.

g) Maquinário: pontos de operação, partes giratórias, eixos, polias, correias, acoplamentos correias, controles polias, correias, acoplamentos correias, controles, aterramentos, localização. h) Pessoal: treinamento, experiência, métodos de trabalho, tipo de vestuário, equipamento de proteção individual métodos de limpeza e ajuste da máquina.

i) Ferramentas portáteis: tipos, manutenção, aterramento, uso e guarda adequados.

j) Produtos químicos: armazenagem, manuseio, transporte, descarte, efeitos nocivos, treinamento, rotulagem de segurança.

k) Prevenção contra incêndios: extintores, alarmes sptinklers, saídas de emergência, material inflamável

l) Manutenção: periodicidade, materiais e equipamentos usados, métodos de reparos nas máquinas.

4.3 Comissões mistas de segurança e higiene do trabalho

As comissões mistas de segurança e higiene do trabalho são formada por trabalhadores que fazem parte da administração e dos que fazem parte do processo produtivo e independem da legislação. São formadas com o objetivo de garantir a saúde e segurança do trabalho, como parte da cultura da empresa.

Tais comissões promovem a saúde do trabalhador e exercem as atividades de segurança no sentido de dentro para fora, ou seja, não esperam pela legislação para melhorar as condições de trabalho.

(28)

4.4 Procedimentos de segurança

Os procedimentos de segurança são aqueles procedimentos que contribuem para a existência de um ambiente de trabalho seguro e saudável. A ocorrência de procedimentos de segurança deve não apenas depender da legislação vigente, mas, também, de ações organizacionais que promovam um comportamento seguro baseado no conhecimento e na gestão adequada dos programas de saúde e segurança da empresa.

5. MEDIDAS DE CONTROLE

Todo e qualquer risco deve ser controlado. Muitos acidentes ocorrem pelo hábito da convivência com o risco. A prática nos mostra que não existe “100% de segurança” e, muito menos “risco zero”. Muitas vezes, as pessoas são as próprias fontes de seus riscos pessoais ou profissionais. As teorias sobre as causas de acidentes evidenciam fatores que, muitas vezes, não são visíveis no ambiente laboral.

5.1. Causas de Acidente

Algumas teorias atribuem as causas de acidentes a fatores específicos ou genéricos, conforme a abrangência da teoria.

5.1.1. Teoria do dominó

Foi desenvolvida por Heinrich (1931) que atribuiu aos acidentes o “efeito dominó” 88% dos acidentes são provocados por falha humana

10% dos acidentes são provocados por condições inseguras 2% dos acidentes são provocados por ações da natureza Pela teoria os acidentes são agrupados em sequência: 1. Entorno social

2. Falha do trabalhador

3. Ato inseguro associado a um risco

Qual a diferença entre promoção da saúde e proteção da saúde?

(29)

4. Acidente 5. Dano ou lesão

Para Heinrich a eliminação do ato inseguro evitaria a ocorrência de acidentes, ou seja, retirando-se o terceiro dominó da fila, os demais não cairiam em cima dos outros.

5.1.2. Teoria da múltipla causalidade:

Esta teoria defende que para cada acidente podem existir numerosos fatores, causas e sub causas que contribuem para sua ocorrência e que determinadas combinações desses fatores provocam o acidente.

a) Fatores comportamentais

Fatores relacionados com o trabalhador: - atitudes incorretas;

- falta de conhecimento;

- condições físicas e mentais inadequadas - outras

b) Fatores ambientais

Fatores relacionados ao ambiente de trabalho: - falta de proteção nas máquinas e equipamentos - condições inseguras

- falhas organizacionais

5.1.3 Teoria da pura causalidade

Qualquer sistema de trabalho expõe os grupos de trabalhadores às mesmas probabilidades de sofrerem acidentes.

- Não se pode “atribuir” causas de provoquem o Acidente. Não existem intervenções para evitar a ocorrência de acidentes.

5.1.4. Teoria da probabilidade tendenciosa

Todas as vezes que um trabalhador se envolve em um acidente a probabilidade de que seja envolvido em outros acidentes no futuro, aumenta ou diminui em relação aos demais trabalhadores

5.1.5 Teoria da propensão ao acidente

Em um grupo de trabalhadores existe sempre um subgrupo que possui propensão de maior risco de acidentes.

(30)

5.1.6 Teoria da transferência de energia

As lesões sofridas pelos trabalhadores e os danos nos equipamentos são consequências da variação de energia e sempre existe uma fonte, uma trajetória e um receptor dessa energia. O controle dessa energia poderia ser feito na fonte, na trajetória e no receptor.

5.2. Classificação das medidas de controle 5.1.1 Quanto à aplicabilidade

- medidas de controle relativas ao homem - medidas de controle relativas ao ambiente

5.1.2 Quanto à forma de aplicação

- medidas técnicas - medidas legais - medidas administrativas - medidas médicas 5.1.2.1 Medidas técnicas a) Projeto adequado

As medidas técnicas realizadas no projeto, eliminam grande parte dos problemas que possam ocorrer futuramente. Nos projetos devem ser levados em consideração fatores como: layout, iluminação, ventilação, processos produtivos, etc.

b) Substituição de produto

A substituição de produtos deve considerar além do processo produtivo, as consequências do produto substituto. Torna-se necessário, portanto, um estudo detalhado do produto a fim de que seja evitado o uso de produtos com toxidade desconhecida cujos efeitos podem ser fatais. São levadas em consideração, ainda, as formas de controle do novo produto.

Só sei escrever com a mão esquerda (sou canhoto). Será que sou um fator de risco?

(31)

c) Mudanças de processos

A mudança de processo, em geral, oferece uma oportunidade para a melhoria das condições de trabalho. São exemplos de mudanças de processo:

- mecanização da atividade em lugar do trabalho manual

- utilização por pintura de imersão em lugar da pintura a pistola d) Segregação

A segregação consiste na separação dos processos que tenham dificuldades em ser controlados através de outros métodos disponíveis. A segregação pode ser no tempo ou no espaço. Na segregação no tempo, a atividade de risco deve ser realizada em horários fora do horário normal de trabalho. Na segregação no espaço as atividades devem ser realizadas em locais distantes para evitar que os riscos prejudiquem os demais por meio da exposição secundária.

e) Enclausuramento

Consiste em isolar o processo evitando o contato com o meio exterior, por exemplo, a instalação de proteção em partes móveis, de máquinas e equipamentos tais como correias ou volantes.

f) Ventilação geral diluidora

Consiste em insuflar ar no ambiente a fim de promover uma redução da concentração dos poluentes nocivos. Nesse tipo de ventilação deve ser observado o seguinte:

- o volume de ar deve ser maior do que o volume do poluente gerado - o poluente não teve ser apresentar toxidade prejudicial aos trabalhadores

- a distância entre os trabalhadores e a fonte de geração dos poluentes deve ser tal que garanta que a sua proteção está dentro dos limites de tolerância aceitáveis.

g) Ventilação exaustora

Tem por objetivo a captação dos poluentes evitando que os mesmos se dispersem no ambiente de trabalho. O dimensionamento da exaustão deve ser adequado a fim de evitar uma falsa proteção.

h) Ordem e limpeza

A ordem e a limpeza são medidas de controle básicas que tanto podem ser direcionadas para no ambiente como para os trabalhadores. A empresa pode utilizar recursos programas específicos como os 5’S ou, ainda, criar programas próprios como, por exemplo, SOL (Segurança, Ordem e Limpeza).

5.1.2.2 Medidas legais

As medidas legais estão relacionadas com as leis, normas, e regulamentos específicos de cada empresa ou de cada Setor. As medidas legais podem ser estabelecidas por meio de:

(32)

- Estabelecimento de normas de segurança específicas para a empresa. - Estabelecimento de responsabilidades

5.1.2.3 Medidas administrativas

As medidas administrativas dependem da decisão de cada empresa, bem como do tipo de exposição do trabalhador e do tipo e intensidade do agente. Entretanto, podem ser realizadas, por meio de:

- Inspeções periódicas nos postos de trabalho

- Instalação de dispositivos automáticos de segurança - Limitação do tempo de exposição

- Disponibilidade de um sistema de informação eficaz.

- Educação e treinamento, incluindo quando há mudança de função.

5.1.2.4 – Medidas médicas

As medidas médicas são representadas pelos exames médicos que constituem medidas de controle fundamentais e de caráter permanente. Os exames médicos periódicos possibilitam, além do controle da saúde dos trabalhadores, a detecção de fatores que podem levar a uma doença profissional, assim como, servir para avaliar a eficiência dos métodos de controle empregados. A periodicidade dos exames devem atender ao disposto na NR-7 (Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional).

6. NORMAS REGULAMENTADORAS

NR-01 - DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS Atualizada em 2020

O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas a segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho (1.1.1)

Sumário

1.1 Objetivo

1.2 Campo de aplicação 1.3 Competências e estrutura 1.4 Direitos e deveres

1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais

1.6 Da prestação de informação digital e digitalização de documentos 1.7 Capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho

1.8 Tratamento diferenciado ao Microempreendedor Individual - MEI, à Microempresa - ME e à Empresa de Pequeno Porte - EPP

(33)

Anexo I - Termos e definições

Anexo II - Diretrizes e requisitos mínimos para utilização da modalidade de ensino a distância e semipresencial.

NR 02 - INSPEÇÃO PRÉVIA

Revogada pela Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019, publicada no DOU de 31/07/2019

NR 03 – EMBARGO E INTERDIÇÃO Atualizada em 2019

Esta norma estabelece as diretrizes para caracterização do grave e iminente risco e os requisitos técnicos objetivos de embargo e interdição. (3.1.1)

Sumário

3.1 Objetivo 3.2 Definições

3.3 Caracterização do Grave e Iminente Risco 3.4 Requisitos de embargo e interdição 3.5 Disposições Finais.

NR 04 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO

Atualizada em 2016

As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. (4.1)

NR 05 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) Atualizada em 2019

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. (5.1)

(34)

NR 06 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) Atualizada em 2018

Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúdAe no trabalho. (6.1)

As atualizações foram referentes à adequação do EPI para pessoas com deficiência e a validade do CA já emitido antes da adequação.

NR 07 - PROGRAMAS DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL: Atualizada em 2020

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes e requisitos para o desenvolvimento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas organizações, com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de Risco - PGR da organização.(7.1.1) Sumário 7.1 Objetivo 7.2 Campo de Aplicação 7.3 Diretrizes 7.4 Responsabilidades 7.5 Planejamento 7.6 Documentação

7.7 Microempreendedor Individual - MEI, Microempresa - ME e Empresa de Pequeno Porte - EPP

ANEXO I - Monitoração da exposição ocupacional a agentes químicos

ANEXO II - Controle médico ocupacional da exposição a níveis de pressão sonora elevados ANEXO III - Controle radiológico e espirométrico da exposição a agentes químicos

ANEXO IV - Controle médico ocupacional de exposição a condições hiperbáricas

ANEXO V - Controle médico ocupacional da exposição a substâncias químicas cancerígenas e a radiações ionizantes

Glossário

NR 08 – EDIFICAÇÕES Atualizada em 2011

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.(8.1)

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NR 09 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS

Atualizada em 2019 e 2020

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.(9.1.1)

Sumário

9.1 Objetivo

9.2 Campo de Aplicação

9.3 Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.4 Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos 9.5 Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e Biológicos

9.6 Disposições Transitórias

NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE Atualizada em 2019

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.(10.1.1.)

Foram revogados os itens 10.13.1, 10.14.1 e 10.14.5

NR - 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

Atualizada em 2016

Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras.(11.1)

(36)

NR - 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Atualizada: 2019

Esta Norma Regulamentadora - NR e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais NRs aprovadas pela Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais ou nas normas internacionais aplicáveis e, na ausência ou omissão destas, opcionalmente, nas normas Europeias tipo “C” harmonizadas.(12.1.1)

Sumário

12.1 Princípios gerais

12.2 Arranjo físico e instalações.

12.3 Instalações e dispositivos elétricos.

12.4 Dispositivos de partida, acionamento e parada. 12.5 Sistemas de segurança

12.6 Dispositivos de parada de emergência. 12.7 Componentes pressurizados.

12.8 Transportadores de materiais. 12.9 Aspectos ergonômicos

12.10 Riscos adicionais.

12.11 Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza 12.12 Sinalização.

12.13 Manuais

12.14 Procedimentos de trabalho e segurança.

12.15 Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão a qualquer título e exposição.

12.16 Capacitação.

12.17 Outros requisitos específicos de segurança. 12.18 Disposições finais.

Anexo I - Requisitos para o uso de detectores de presença optoeletrônicos. Anexo II - Conteúdo programático da capacitação.

Anexo III - Meios de acesso a máquinas e equipamentos. Anexo IV - Glossário.

Anexo V - Motosserras.

Anexo VI - Máquinas para panificação e confeitaria.

Anexo VII - Máquinas para açougue, mercearia, bares e restaurantes. Anexo VIII - Prensas e similares.

Anexo IX - Injetora de materiais plásticos.

Anexo X - Máquinas para fabricação de calçados e afins.

Anexo XI - Máquinas e implementos para uso agrícola e florestal. Anexo

(37)

NR 13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

Atualizada em 2019

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão, suas tubulações de interligação e tanques metálicos de armazenamento nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores.(13.1.1)

Sumário 13.1 Introdução 13.2 Campo de Aplicação 13.3 Disposições Gerais 13.4 Caldeiras 13.5 Vasos de Pressão 13.6 Tubulações

13.7 Tanques Metálicos de Armazenamento 13.8 Glossário

Anexo I - Capacitação de Pessoal

Anexo II - Requisitos para Certificação de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos. Anexo III - Certificação Voluntária de Competências do Profissional Habilitado da NR-1

NR-14 FORNOS Atualizada: 1983

Os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente, revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora – NR 15.(14.1)

NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES Atualizada em 2020

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990) 15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;

15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.

Anexo 1- Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Anexo 2- Limites de tolerância para ruídos de impacto

Anexo 3 - Limites de tolerância para exposição ao calor Anexo 4 - Revogado

Referências

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