•
FI NANÇAS
MERCADO
IMOBILIÁRIO -
Continua
,
em
recesso
•
No ano transato as decisões de interessados em investimentos imo-biliários foram influenciadas por numerosos fatôres, uns agindo no sentido de atrair os prospectivos inversores do mercado, outro no de
afastá-los. A progressiva desvalorização da moeda conservou os bens de raiz no centro da atenção de todos aquêles que, à medida que se processam alterações conjunturais, estudam as inversões mais conve-nientes, assim como - particularmente - dos que vlsam, antes de tudo, proteger as suas poupanças contra os efeitos da inflação, aplicando-as, salvo melhor juizo, em valores reais. Ao mesmo tempo, a rápida perda de poder aquisitivo do cruzeiro e a lentidão do reajustamento dos ven-cimentos de muitas classes aumentaram a dificuldade, principalmente para os assalariados e os pequenos capitalistas, de reunir fundos su-ficientes para cobrir, ao menos, o pagamento inicial correspondente à aquisição de um prédio, terreno ou apartamento.
Por outro lado, em face da per-manência da lei de inquilinato 21 anos após a eclosão da segunda guerra mundial, que deu origem à
proteção unilateral dos locatários,
a tradicional forma de aplicação de
economias individuais em nosso meio não mais incentiva
capitalis-tas a comprarem propriedades imo-biliárias em grande escala para au_ ferir renda contínua. A incerteza quanto ao valor real dos futuros aluguéis em época inflacionária, não pode ser compensada, mes-mo pela majoração dos aluguéis no
início do contrato de locação, como é comum entre nós.
A obtenção de financiamentos tem-se revelado extremamente di -fícil para uns e
extraordinàriamen-te fácil para outros, seja em virtude
das flutuações dos recursos desti-nados pelos investidores a essas operações, seja no que se refere às
condições de juros ou prazo de amortização, seja, finalmente, por fôrça da si tuação ocupacional do
prospectivo devedor.
Outros tipos de inversão, como por exemplo a compra de ações de
I _ PROMESSAS DE COMPRA E VENDA DE lWÓVEI~ NO RIO DE JANEIRO - JANEIRO A NOVEMBRO DE 1960 -(llilhõos do Cr$' 1 9 60 19S9 1 9 S8 1960 sôbre
"
19S9 CATECORIA N' Valor N' Ápartam ontos •..•• 3 381 2 679•
52. Prédios • • • • • • • • • • 1 906 1441 2 481 Terrono 8 • • • • • • ••• 1 '76 261 874 T O T A L • • • • • • • 6 763•
381 1 884,.
nte: Cartónos.sociedades, atraíram ultimamente
grande número de inversores,
gra-ças à satisfatória rentabilidade, à
conservação do valor real mediante
distribuição de ações gratuitas re-sultantes da reavaliação do ativo,
e à facilidade de realização, desde que se trate de papéis selecionados
devidamente . Muitas economias
modestas, que, em outros tempos,
teriam sido empregadas na compra
de terrenos com perspectivas de fu-tura valorização efetiva, foram assim aplicadas.
Nem sempre particulares e
en-tidades (comércio, indústria etc.)
seguem a mesma política
imobiliá-ria . Estas últimas, geralmente, to_
mam como base para os seus cá
l-culos de valorização períodos maio
-res do que os escolhidos pelos primeiros (deixandO assim de
sen-tir os efeitos de oscilações apenas passageiras de preços) ; dependem
em menor escala de financiamen.
tos para poder levar a têrmo as aquisições planejadas, e, muitas vêzes, contam com capital próprio ,
Valor N' Valor N' Valor
2 82. 5 452 3 041 _ 2S
-
S 1 238 2 758 1 768 - 23 +l6 l6S 1 190 23S + 69 • S8.•
271 9 400 5 044-
14 +•
suficiente até para conceder
cre-dito na revenda de suas proprieda-des . No caso de certos grupos de compradores (por exemplo,
indús-tria e comércio), a conveniência
de investimentos em bens de raiz, imobilizando substanciais recursos, faz parte de uma previsão, em têr-mos mais generalizados, da
conjun-tura do seu próprio setor. Conside.
rações dessa natureza devem ter
conduzido pessoas jurídicas das
mais variadas atividades, màrmen-te firmas industriais ou comerciais e instituições beneficentes, a inten. sificarem, em contraste com os in-divíduos, as compras de prédios. terrenos e apartamentos.
DECRESCE O MOVIMENTO
FtSICO
Mais urna vêz, tal como já vinha acontecendo desde 1957, com uma
só exceção. o número de imóveis
negociados, de tôdas as categorias, declinou em 1960 (ver QUADRO I). Nos 11 meses do período em exame
CONJUNTURA ECQNOl\UCA
-foram transacionados 6,8 mil
pré-dios, terrenos e apartamentos, con.
tra 7,9 mil em igual época do ano
anterior e 9,4 mil em 1958. Voltou
assim o movimento ao nível de
1957.
Simultâneamente com o recuo
de cêrca de 25 % do número de
pré-dios e apartamentos transferidos
de propriedade, o movimento de
vendas de terrenos aumentou
so-bremaneira. Embora o apartamen_
to represente a moradia preferida,
as compras decresceram
sucessiva-mente de 5,5 mil unidades em 1958
para 3.4 mil no último período.
Essa queda foi determinada pela alta cada vez maior dos preços, que
cresceram de 11,6 % em 1958/ 59
(11 meses) e até de 26,9'70 em
1959/ 60 (também 11 meses),
quan-do a construção civil apenas enca·
receu de 22,6 % em 1958/ 59 e de 11,5 % em 1959/ 60 e quando os
alu-guéis acompanharam a tendência
do custo de edificação, apresentan.
do um acréscimo de 18,2 % entre
dezembro 1958 e novembro 1959 e
de 16,3 7<- entre dezembro 1959 e novembro 1960.
O elevado nível atual dos preços
de apartamentos não encontra
compensação nos aluguéis e apenas pode ser justificado com eventual
valorização futura. Nessas
condi-ções, numerosos prospectivos
com-pradores desinteressaram-se iIlti-mamente pela inversão em aparta_
mentos destinados a renda. Ao mesmo tempo, porém, os eventuais
adquirentes de moradia própria fo-ram incentivados pela progressiva desvalorização monetária a
consti-tuir um patrimônio imobiliário.
Como a maioria dêstes depende,
para a realização de seus planos,
da obtenção de crédito a prazo
mé-dio ou longo, a procura de
emprés-timos hipotecários aumentou
subs-tancialmente, como veremos adian.
te.
MAIORES INVESTIMENTOS DE PESSOAS JURtDICAS
A importância global aplicada em bens de raiz, seja na compra,
sE"Ja na concessão de financiamen
-tos (deduzidos os débitos
contraÍ-Numerosas emprêsas privadas ou
estatais em nosso pais se valem de informações e dad(ls de CONJ UN-TURA ECONôMICA em seus ba-lanços e relatórios anuais.
MIN
E
RAÇÃO
G
ERAL DO BR
A
S
IL LTDA
.
,
FERROS LAMINADOS EM GERAL
Redondos _ Quadrados - Chatos - Cantoneiras _ Arames Vergalhões de tôdas as bitolas para construção
T UBOS COM E SEM COSTURA
FERRO-LIGAS EM GERAL ,
"Ferro-Manganês" "Ferro-Silício" "Ferro-Silício-Manganês" "Ferro-Cromo"
dos), por pessoas fisicas (ver QUA
-DRO li), foi em 1960, até
novem-bro, de CrS 2,8 bilhões, contra CrS 3,0 bilhões no ano anterior
(-8%). Ao mesmo tempo, as
di-versas entidades (bancos, indús-tria, comércio etc.) inverteram CrS 1,6 bilhão, contra CrS 1,2 bi-lhão (+32 % ). Desta maneira, o
ca-pital empregado por indivíduos
continuou a decrescer, tal como já se observara no intervalo anual an_
terior, e os fundos aplicados por entidades voltaram, nominalmente,
ao padrão de 1958.
Para podermos formar melhor juízo a respeito dessa diversidade de
orientação, vamos analisar o inves-timento bruto dos dois grupos . As pessoas físicas preferiram em 1960, como aliás nos anos precedentes,
empregar os seus recursos obtendo uma rentabilidade variável ou in
-certa, pois 92% daquele total são
constituidos (ver QUADRO II)
pe-la aquisição de bens de raiz (o
alu-guel eventual bem como o valor
ve-nal do imóvel permanecem sujeitos
às variações do mercado) .
Em contraste com os CrS 3,5 bi-lhões assim aplicados, sómente 8%,
ou seja, CrS 0,3 bilhão do mesmo total, corresponderarn a financia-mentos concedidos . As compras imobiliárias por pessoas jurídicas,
entretanto, perfazendo Cr$ 0,9
bi-lhão, equivaleram apenas a 52% dos investimentos brutos, e os
cré-ditos a terceiros, a 48%. AS
inver-sões daquelas entidades, cuja fina. lidade precípua é o emprêgo de ca·
pital mediante rendimento fixo
(por exemplo, bancos). quase igua-laram, portanto, as aplicações das
organizações que operam com
maior flexibilidade institucional
(por exemplo, emprêsas imobiliá· rias) .
Todavia, um confronto entre os resultados dos últimos dois anos mostra que o investimento bruto de pessoas físicas decresceu entre
1959 e 1960 sómen te de Cr$ 69 mi-lhões (2 7t ). em virtude de uma di~
II _ APLICAÇÃO 0& CAPITAL EM IWÓVEIS NO RIO DE JANEIRO JANEIRO A NOv&WBBO DE 1960
IMll hões de Cr$)
PESSOAS FÍSICAS PESSOAS JURÍDICAS
FINALIDADE DA APLICACÃO 19 6 O 1959 19 58 1960 19 59 1 9 S8 1. Aq\llsição do imóveis . •••.••••. S 494 3 646 • 1011 887 581 9Ç3 2 • Concsssão de hipotecas . . . . . .. . 32' 241 155 833
'" '"
,
.
Investimento bruto 11+2) .... 3 818 3 887 4 296 1 720 1 249 1 662 •••
D6bitos hipotecários . .••..••.. 1 OIS 8S3 80. 142 56 110S. Investimonto lIquido (3 _ 4) •. 2 803 3 034 3 492 1 S78 1 193 1 552
Fonte: Cartórios.
1M CONJ UNTURA ECON()MICA
-111 - COMPRAS E \~NDAS DE INOVEIS NO RIO DE JANEIRO JANEIRO A NOV&~BRO DE 1960
(Milhõ08 de Cr$)
COMPRAS COYl'IlAS VE NDAS MENOS
CO~B.ADOR OU VENDEDOR 1 960 Indús t.ria . ... . . .. . . 242 Comércio . . . . ... . . . 148 Eaprê8as Imobiliárias . . . . . .. 118 Banco8 . . . • . • . . . 109
In8tit.uições Bene!ieent.es . . . 1S9
-elas. d, Seguro8,
Capit.alização . o Previdência Sooia] . .. . . . O Ou tros .. . . . .. ... . . 39• TOTAL _ PESSOAS JURIDICAS . .. . . . . . 887
•
PESSOAS FISlCAS . . . 3 494
Fonte: Cartório8.
minuição da ordem de Cr$ 152 mi-lhões das aquisições de bens de
raiz (4%) ter sido compensada, em
grande parte, pelo maior vulto das hipotecas concedidas (+ Cr$ 83 mi-lhões, equivalentes a
+
34%). Ocrescimento das inversões brutas
de pessoas juridicas (+ Cr$ 471 mi-lhões ou
+
38% ) resultou, aocon-trário do acima verificado, princi_
palmente da intensificação das
compras de imóveis (+ Cr$ 306
mi-lhões, ou seja,
+
53 %), embora osfinanciamentos concedidos tenham igualmente aumentado (+ Cr$ 165
milhões =
+
25 %).Uma análise das compras e ven-das de bens de raiz efetuadas pelos
diversos grupos (ver QUADRO IlI)
revela formação mais lenta do
patrimônio imobiliá!-io inn~vidual e
tendência crescente das pessoas
ju-VE ND.AS • 1 959 I 9 58 19 60 19 S9 19 58 1960 1959 3 137 198 179 56 118 + 63 + 81 102 85 159 134 88
-
11-
32 91 1<7 412 428 471 - 294 - 337 4S 137 19 33 53 + ISO + 12 56 59 34 33 21 + l2S + 23 73"
2S 63 55-
19 + 10 21 99 123 18 127-
117 - 57 56 142 34 31"
+,
+ 2S 581 903 985 850 1 076-
98-
275 640 4 141 3 390 3 371 3 968 + 98 + 275rídicas no sentido de ampliarem as suas propriedades. Enquanto os in-divíduos realizam numerosas
ven-das em comparação com o nível de
suas aquisições, as entidades desfa-zem-se de poucos bens relativamen-te às suas compras. Segundo se de-preende do QUADRO lII, as aquisi-ções por particulares superaram em
1960 as vendas de sómente CrS 98 milhões, isto é, 2,8
%
do valor glo -bal das respectivas compras (7,5%
em 1959). As vendas de imóveis pertencentes a entidades ultrapas-saram as aquisições, entretanto, de
11
%
(47,3 % em 1959).Destacam-se nesse particular dois grupos de inversores: as insti-tuições beneficentes, que compra-ram em 1960 prédios. terrenos e apartamentos correspondentes a +
Cr$ 125 milhões do que tranferiram
para terceiros (+ CrS 23 milhões
em 1959), e os bancos, CrS 150 milhões (. 12 milhões em 1959) .
As aquisições por
estabelecimen-tos industriais excederam as cifras
dos 2 anos precedentes. O mesmo
se verificou quanto às vendas. Em tais condições, o ritmo das imobili
-zações em bens de raiz dêsse setor econômico, um dos mais importan
-tes no particular, até sofreu ligeiro
declínio.
Continuaram a diminuir, confor
-me já assinalamos tanto em 1959
como em 1958, as vendas por em-prêsas imobiliárias de suas
proprie-dades. Mesmo assim, estas nova-mente destinaram maiores fundos
à compra de imóveis. Provàvelmen-te esperam uma conjuntura mais
favorável em futuro próximo, quan-do também deverão aumentar de novo as vendas de apartamentos, que vem decrescendo, conforme
mencionamos.
INTENSA A VALORIZAÇAO
Impulsionados pela alta geral de preços internos, os valores venais
de imóveis também subiram muito na primeira metade do ano. Já a
expectativa da alteração do salário
mínimo determinou a seguir, mes~
mo antes de sua consumação, a
partir do terceiro trimestre, novos aumentos das cotações de bens de raiz, particularmente de aparta-mentos.
Cumpre notar que o grande au-mento do custo da vida em 1959
106
provocaram um desequilíbrio de tal monta dos orçamentos familiares,
que
somente se
conseguiramven-der prédios e terrenos mediante
apreciáveis conceções quanto aos
preços exigidos, resistindo então
apenas as
cotações
de
apartamen-tos. Com a maior moderação da
alta dos preços ao consumidor no
princípio de 1960 e em face dos
crescentes aluguéis, os comprado.
res de bens de raiz se mostra.ram novamente propensos a admitir
va-lores venais mais elevados.
Em têrmos gerais, pode·se con· cluir que os preços de imóveis su·
biram no último ano (média de 11 meses de 1960. comparada com a correspondente de 1959) de 39,6 ~"
contra uma baixa de 1,5 c:(' no
pe-ríodo anterior. Nessa estimativa
foi levada em conta a freqüência
relativa do número de transações de cada uma das 3 categorias (pré·
dias, terrenos e apartamentos) du· rante o ano investigado . Os bens de raiz encareceram, portanto, em escala mais intensa que os artigos
de consumo forçado ou outros bens. Os preços de atacado sofreram uma alta de 30,5% (média de 10 meses de 1960, contra 10 meses de 1959),
e o custo da vida no Estado da Guanabara apenas de 17,3€('
(mé-dia de 11 meses de 1960. contra 11 meses de 1959) .
O lucro nominal apurado pelos vendedores que haviam comprado imóveis há 2 anos e dêles se
:leram em 1960 importou em média em 29,0 70 (0 ,870 no intervalo an -terior) . No último qüinqüênio, ou
-trossim, a va
l
or
i
zação montou a
87,570 , contra 31,6 % no período
precedente .
O comportamento de prédios, ter_
r
e
nos
e
apartamentos seguiu nos
últimos anos tendências di versas
(ver QUADRO IV) . No qüinqüênio
tran
s
ato foram a
s
cotaç
ões
d
e
apar-tamentos as que aumentaram com maior intensidade, seguidas pelas
de prédios.
Somente
o valor médiode terrenos recuou aparentemente nesse interim . Explica-se essa ob
-servação pelo fato de haver
dimi-nuído consecutiva e radicalmente
a quantidade de vendas de lotes,
salvo nos subúrbios, onde vigora
•
I V - VALORES ijEDIOS DE lMOVEIS NEGOCIADOS NO RIO DE JANEIRO
JANEIRO A NOVEMBRO DE 1960
(Mil Cr$ l unidade )
PREOIOS TE R RENOS APARTTAMEN OS
-ANO V. - ~ V . _ ~
V,_
~ lo r 1 0 r loc 1960 •• . . 756 172 177 80 792 187 1959 . ••• . 99 114 189 85.24
141 1951;1 •••• .41 14. 197 89 558 132 1957 ••• . 55. 127 193 87 508 120 1956 . . • . 439 100 222 100 42. 100 Fonto: Cart6ri os .:Im preço médio inferior ao dos demais bairros. Foi assim
provo-c
ada uma di
s
tor
ç
ão dos resu
l
tados
estatísticos, uma vez que, por exem-plo, o preço médio de terrenos,
in-dicado no QUADRO IV, para os
CIA. PROPAC
(COM. E INO).Capital e Reservas - Cr$ 364.924.313,00
DIRETORIA
Percy C. lUurnzy Presidente Sydney R. Murra!! Diretor José C. LamJ}Tela Vice-Presidente Luj~ W. SlmOnsen Diretor
Oswaldo B. de A::ewdo DiretOT Avó; da Silva Bessa Diretor
IMPORTAÇlo EM GERAL, E REPRESENTANTES DE, AV$II" Motor ElIport Corporalion Lld. (Peças)
BrGam & Wad. Lld. (Compressores de ar. ferr
a-mentas pneumâticas. bl'ocas para rocha)
8ucyru.-E.I. Compony (Escavadeiras, dragas e
perfuratrizes)
Choln Bell CompClny (Betoneiras, bombas.
bom-bas p/recalque de concreto, motobetoneiras e pavimentadoras)
Chry.ler Corporotlon (peças genuínos)
Euclld (Greol Brltoln) lId. (Transportadores e car
-regadore!!)
Generol MotOR Overu o. Operotlon. - EucUd Pro
-ducts - (transportadores e carregadores)
Llttleford Bro •. Inc. (Equipamentos completos p/ asfalto, rolos compressores pequenos, tanques
p/lavagem de rua, vassouras mecânicas)
NuHleld Exportl Llmlted (Motores e tratores agri_ colas)
Stothert & Pltt Lld. (Aparelhamentos especiais para carga e descarga, guindastes de pórtico e
ferrovl6rlos, pontes rolantes)
CONCESSIONÁRIOS DA WlllYS OVERLAND DO BRASa S. A. (Avlomóveis, iipes, cc:omionelos, etc.)
./7::~~
CIA. COM~RCIO E INDÚSTRIA
Al'_ Rio Branco, 85 _ 14.- ando - Zl-ZIOl _ E. Guanabara. Ruo. Libero Badaró, 19l COIIJ. 7-C - l2-l077 _ ll-6:nJ - S. Paulo , Rua Guarani, 307 _ 4-8447 - B. Horizonte
recentes anos, mas não para os que
I
os precederam, se refere quase
ex-clusivamente a terras na periferia
da cidade.
Segundo mostra o GRAFICO, a
mais significativa valorização em
1959/ 60 relaciona-se com os
pré-dios, que em 1958/ 59 sofreram uma
baixa de cotações. Possivelmente
aquela interrupção da tendência
predominante de preços em franca
ascenção refletiu então uma
ativi-dade menor de construção de
edi-fícios, superada no ano seguinte,
quando os incorporadores voltaram
a adquirir, mesmo por quantias
mais elevadas, prédios antigos a
fim de demolí-Ios e em seu lugar
levantar edifícios de apartamentos.
Em virtude dos aumentos
ocorri-dos, os preços de imóveis nas zonas
108
ASSINE
ARQUIVOS BRASILEIROS DE PSICOT~CN ICA REVISTA DE DIREITO PÚBLICO E CIENCIA POLlTlCA • •Editadas pela Fundação
Getúlio Vargas
Pedidos
à
Fundação
Getúlio
Vargas
Praia de Botafogo
,
186
Telefone: 46·4010
RIO DE JANEIROI
CONJUNTURA ECONO~UCA•
v _ EVOLLCÀO DAS TRAj'iSAÇOES IMOBILIARIAS NO RIO DE JANEIRO
JANEIRO A NOV~VBRO DE 1960
(Milhões de Cr$)
•
SI; 1J1I1U 1 OS. ZOl'lA NONTE E I LHAS CENTRO E SUL
'"'O ~ ~
,.
Vai ar N' Va l o r N' Va lo r N' Va lo r 19SB .... . 5 042 2 0 73 100 1959 . . . 4 547 1 811 90 1960 . . .. . 4 322 1 927 86 f'onte: Cart6 rlOb .mais valorizadas (Centro e Sul) atingiram um padrão tão alto que
o número de compradores poten-ciais sofreu apreciável contração.
Encontra-se mesmo no movimento
imobiliário, devidamente analisado,
um reflexo dessa evolução de pre-ços. De acôrdo com os dados do
QUADRO V, o número de
transa-ções caiu no decurso do último triê_
nio de 44% nos bairros de preços
imobiliários mais altos, mas
dimi-nuiu somente de 1470 nas zonas
constituídas pelos subúrbios, norte
e
ilhas.MAIOR COBERTURA HIPOTECARIA
o
intenso ritmo ascensional das
cotações de bens de raiz tornou
in-suficientes os
recursos
em
mãos de
grande número de prospectivos
compradores, o que
tomou
impossí-vel levar-se a têrmo certo número
de transações planejadas. Uma vez
• • 100 4 358 2 971 100 100 87 3 337 2 416 77 81 93
,
441 2 454"
83-afastados do mercado alguns
da-queles interessados, concluiram-se
como vimos, negócios imobiliários em menor quantidade do que no
ano anterior. Tais aquisições exigi-ram dos inversores - servindo
co-mo ponto de partida os preços
vi-gentes em 1959 - um dispêndio suplementar de Cr$ 1042 milhões.
t:sse fato, conseqüência das
cota-ções mais altas, provocou crescente procura de financiamentos. A fim
de atender tal demanda,
capitalis-tas particulares e algumas entida
-des aumentaram de Cr$ 24!t mi-
-lhões o valor global dos novos
em-préstimos hipotecários a serem
con-cedidos. Só puderam, pois, realizar
as compras de bens de raiz, confor
-me pretendiam, aquêles que foram
capazes de suportar, com meios
próprios, 76 % do encarecimento.
Em conseqüência do exposto, cresceu entre 1958 e 1960 em cêrca
de 50 70 a cobertura hipotecária ob_
tida por pessoas físicas, que
consti-tuem o principal grupo de
adqui-rentes de bens de raiz.
n - CREDORES DE l\OVAS IIIPOTECAS NO RIO DE JANEI RO
JANEIRO A NOVi~8RO DE 1960 'Milhões do CrS )
CRt::OORES 1 ') bO I 9 S 9 195 8
ClI txa Econôlllica • .• .• "-93 298 475
Parliculllrcs ••.. •• .. 324 253 IS5
Prcvidêncill Socilll . . 25' 91 as
Bancos •. • .. .•..•...• 113 J39 J20
Outros . •. . ••. . . . .. •. 73 J28 79
T O TA L • • • • • • • • • • J J57 'O, 91.
.
• .
Fe-.nto: CartorI ol:> •
COMPRAS IMOBILIARIAS E DÉ
-BITOS HIPOTECARIOS CON
-TRAtDOS POR PESSOAS FtSI
-CAS - JANEIRO A NOVEMBRO
1960 - (milhões de Cr )
-OI~CR[l\nNAçAO 1960 1959 1958
Compras ImOblllârias • • • • "94
".,
4 141(ver QUADRO VI) foram forneci-dos pela Previdência Social (con· junto de todos os organismos rela· tivos a funcionários públicos e de entidades privadas), que concede·
ram + Cr$ 163 milhões de
finan-ciamentos, pela Caixa Econômica
(+ Cr$ 95 milhões) e por partic
Ula-res (+ Cr$ 71 milhões) .
É interessante notar que, das no·
vas hipotecas, apenas acusaram au· mento em valor os empréstimos a prazo curto e longo, enquanto as operações de duração média só
cresceram em número (ver QUA.
DRO VII) . Tais fatos fornecem, em adição ao que assinalamos a respeito dos credores, algumas in· dicações referentes aos principais devedores beneficiados pela expan·
são dos financiamentos imobiliá
-rios. As diversas instituições de previdência social cabe oferecer em
-préstimos com garantia de bens de Débitos HIPOtccârlos ... 1015 853 804 raiz exclusivamente aos seus segu -Cobertura lIIpotecária (%) 29.0 23.4 19,4 rados; a Caixa Econômica, por sua
vez, só admite a amortização em
Os principais fundos adicionais mais de 15 anos quando se tratar
\'1 1 ~O\'AS IIIPOTECA~ r.{l RIO Dl JÁI'iU RO - JA.\ EIRO A I\O\"EMBRO DE 'lbO
{Mi lhõe" dI' CrS'
-19 6U I q j 'l 1'l5U-
'
1960 SOBRE 1'/5" PRAZO (a {l" I"
Va 1 ar"
" "I " r , o Va I or,
.
Valo r A t l' :a • •• • •• • ••••• ·10 I."
-118 :!6:! 30_ eo 206,
. 58 6"
I ::. . . . . , • • . . 40O 42 (J <1 2·1 1\·1 tI 03' 0\9 7 ' !b-
,
16'"
ma i H • • • • • 370 316'"
~Ol JJU 211 •,
• o , •• T O T A L .. ... 1 261 J 157 J 207 00 'I,
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• 4 +27 Fonto: Cart6rio~ . 110 CONJUNTURA ECONôMICAVIII _ TAXA MÉDIA DE JUROS E PRAZO NÉDIO PARA AMORTIZAÇÃO DE NOVAS HIPOTECAS NO RIO DE JANEIRO - JANEIRO A NOVEMBRO DE 1960
•
TAXA. ld&D lA DE
PRAZO CONTRATUAL I ~ J
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m<iis ••.••.••.• • 10,2 10,0 T O T A L.
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. 10. I 10,1 Funtu: Cartório~.de funcionário público ou autár-quico, e os particulares,
finalmen-te, concedem hipotecas quase
ex-clusivamente a prazo de poucos
anos. A expansão unilateral de
cer-tas operações de crédito imobiliá-rio, na forma descrita, leva a crer
que a maior parte de tais
emprésti-mos foi tomada por contribuintes de instituições de previdência so-cial, principalmente por servidores
públicos civis e militares.
O custo médio do dinheiro, obtido
em forma de empréstimo hipotecá-rio, decresceu de 11,3% ao ano em
1958 para 10,4% no exerCÍcio
se-guinte e para 10,1
%
em 1960 (ver QUADRO VIII). A redução maior ocorreu entre as operações a prazo curto (10% em 1960, contra 11,2 %em 1959) . Seria, porém, errôneo supor que os credores dêstes últi
-mos financiamentos tivessem, via de regra, estabelecido juros inferio-res. O que se deu foi um aumento dos créditos imobiliários sem juros,
os quais influiram sôbre o conjun-to, reduzindo o valor médio. Tais
JUROS PRAZO MÉDIO PA RA AMORTIZAÇÃO I anos i I 958 196p 1 9 59 1958 1 1 . 2 I • 9
2.
'
2, 3 1 I . 1 12. 8 10, .. 10.7 I 1 , 2 19, 8 20.0 19.8 11 , 3 10.8 10. 7 10.9transações, que freqüentemente não têm finalidade econômica di
-reta para o credor, representando uma ação graciosa com o caráter
de auxílio, ou estando vinculada a
outras operações, que,
supostamen-te, darão lucro ao inversor, torna
-ram-se ultimamente mais freqüen-tes. Em 11 meses de 1960 êstes
em-préstimos marginais perfizeram CrS 36,5 milhões, contra CrS 8,6 milhões no período anterior.
Em 1960 as taxas de juros acusa_
ram ainda menor variação em fun-ção do prazo contratual do que em
anos anteriores. Os extremos regis_ trados foram de' 10,2
%
(prazo lon-go) e 10,o r;~ (prazo curto ou médiO), quando em 1959 haviam sido de10,0'1 (prazo longo) e 11,2',
(pra-zo curto). Parece, portanto, que os
juros nas operações em questão perdem cada vez mais a função
su-plementar de compensar, em parte, a desvalorização monetária, em fa
-vor do maior valor da transação,
da mesma maneira que nos contra_ tos de locação.
Cumpre ainda frisar que uma
mercadoria tão procurada como o
dinheiro diminuiu de cotação em
uma época de alta geral de preços.
Essa aparente contradição às leis
econômicas explica-se pelo fato de
não flutuarem as taxas de juros
hipotecários em nosso meio,
refle-tindo oferta e procura. A taxa
mé-dia revela apenas em que escala
participaram das operações os
di-versos inversores, aos quais se en-contram ligados juros de padrões
bastante rígidos, de um lado, e de
outro a maior flexibilidade na
de-terminação do valor do imóvel que
se eleva na proporção desejada,
pa-ra compensar a impossibilidade de
ultrapassar os 12
%
da Lei daUsura.
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