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Bollywood 17-Sep-2010

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Bollywood

17-Sep-2010

Mostra de Cinema Indiano Contemporâneo, em Brasília e com entrada franca. Onde? Na Caixa Cultural Brasília... Imperdível, avise a galera!

Com 12 filmes na programação, evento revela cinema de Bollywood e de outros núcleos cinematográficos da Índia

O público brasiliense terá acesso a um significativo recorte da rica e diversa produção cinematográfica indiana da atualidade. “Cinema Indiano Contemporâneo” traz longas-metragens que deixam clara a efervescência cultural promovida pela sétima arte naquele país. Os filmes, 12 ao total, estão em cartaz na CAIXA Cultural Brasília de 25 a 30 de setembro.

As sessões têm entrada franca e horários variados.

Depois do grande sucesso da temporada no Rio de Janeiro, que atraiu mais de 3000 espectadores, o evento tem como objetivo revelar aos brasileiros os maiores destaques do cinema indiano dos últimos 15 anos, com a exibição dos mais prestigiados títulos produzidos desde os meados dos anos 90, suprindo assim a curiosidade que existe no Brasil em torno do cinema e da cultura indianas.

A curadoria reúne títulos recentes não apenas de Bollywood (como é conhecida a principal indústria cinematográfica da Índia, localizada na cidade de Mumbai), mas também de outras regiões, como o cinema bengali, malayalam e tâmil. Os filmes selecionados, em sua maioria, são inéditos no Brasil e destacam-se por serem os maiores sucessos de crítica e de público da Índia dos últimos anos, assim como por serem tão diversificados, o que mostra que o cinema indiano se faz sim de Bollywood, mas também de outros núcleos cinematográficos da Índia de grande relevância.

Bollywood se faz presente na mostra por meio de obras-primas como “Lagaan - A Coragem de Um Povo” (2001), “Siga em frente Munna Bhai” (2006), e “3 idiotas” (2009), três enormes sucessos do cinema indiano, que impressionaram a crítica e tiveram uma grande bilheteria.

O filme “Siga em frente Munna Bhai” (2006) merece destaque especial por ter causado um grande impacto social naquele país. E “3 idiotas” por ter quebrado todos os recordes dentro e até fora da Índia – na Austrália, por exemplo, os exibidores foram obrigados a tirar o filme “Avatar” de algumas salas para atender à imensa demanda por “3 idiotas”.

Filmes de diretores clássicos que inauguraram o cinema de arte na Índia (também conhecido como nouvelle vague ou cinema novo) e que ainda são muito significativos na atualidade, como Mrinal Sen e Adoor Gopalakrishnan, também integram a programação.

Destaque também para a presença da obra do diretor Mani Ratnam, considerado um mestre capaz de unir historias fortes e engajadas, roteiros bem trabalhados, questões políticas e dramas pessoais, mostrando até questões ligadas ao terrorismo com certa dose de sensibilidade. Ele é o diretor de “Um beijo na bochecha” (2002), que já tem participação confirmada na mostra em Brasília.

Realizadores mais novos também marcam presença. É o caso de Nagesh Kukunoor, diretor de dois filmes. São eles: “Dor” e “Iqbal”, ambos de 2006. Este último foi um dos maiores sucessos de baixo orçamento dos últimos anos.

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A ÍNDIA E O CINEMA

A diversidade de filmes torna evidente tanto a vastidão temática e de linguagem do cinema indiano, quanto as questões que envolvem e mobilizam aquela sociedade – a religião, o ambiente familiar, o incômodo sobre o direcionamento profissional que filhos recebem dos pais, a falta de escolha no amor e a opressão vivida pelas mulheres, entre outras questões.

Os filmes da Índia são populares em várias partes do mundo, especialmente em países com comunidades indianas de tamanho significativo, como Oriente Médio, Paquistão, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos.

A indústria de cinema indiana chama a atenção por ser a maior do mundo em termos de venda de ingressos e de número de filmes produzidos (somente em 2009, foram produzidos um total de 3000 filmes, sendo 1200

longas-metragens). Os ingressos de cinema no país são vendidos a preços baixos, o que torna essa arte um programa popular e de fácil acesso ao grande público.

A extensão e a diversidade geográfica do país, das suas tantas línguas e dialetos, são enormes e estão certamente refletidas no seu fazer cinematográfico, de onde podemos apontar cinemas tão diversos quanto o hindi

(“Bollywood”), o telugu (“Tollywood”), o punjabi (“Punjwood”), o tamil (“Kollywood”), o kannada (“Sandalwood”), o malayalam e o bengali.

MOSTRA

Com curadoria de Gisella Cardoso, produção da Casa Cinco e apoio institucional da Embaixada da Índia no Brasil, a mostra “Cinema Indiano Contemporâneo” revela um cinema popular e de notável relevância artística. A grande maioria dos títulos selecionados eram inéditos no Brasil até o momento da mostra, que já foi realizada no Rio de Janeiro com grande sucesso e recorde de público.

“Organizamos a mostra a partir de um viés investigativo e como um processo de descoberta da cultura e do cinema indiano contemporâneo. Os filmes são surpreendentes, diversos e revelam várias questões que mobilizam a sociedade indiana atual. Foi uma descoberta incrível”, ressalta Gisella Cardoso.

A oportunidade de trazer para o Brasil algumas obras que se destacaram nos últimos anos, em território indiano e internacionalmente, foi possível por intermédio da parceria firmada com a Embaixada da Índia no Brasil. A originalidade da mostra se destaca devido à inexistência de títulos indianos nas cinematecas e acervos brasileiros.

É uma nova e rara chance para o público apreciar e comparar diferentes expressões de um cinema que não é sinônimo apenas de Bollywood, mas também de um território diverso e complexo, parte de uma indústria forte e frutífera, que sustenta diferentes formas de se fazer cinema.

Leia mais sobre os filmes e sobre a curadoria completa da mostra no site: www.cinemaindiano.com.br Todas as exibições terão legendas eletrônicas.

SERVIÇO:

Mostra “Cinema Indiano Contemporâneo” Data: 25 a 30 de setembro de 2010.

Horários: Sessões a partir das 14h.

Local: Teatro da CAIXA Cultural Brasília – SBS Quadra 4, lote 3/4, anexo do edifício Matriz da CAIXA Recepção: (61) 3206-9448 - Administração: 3206-9450

Bilheteria: (61) 3206-6456 (aberta de terça-feira a domingo, das 12h às 21h) Entrada franca – mediante retirada de ingressos na bilheteria

Durante a semana, sessões infanto-juvenis fechadas para escolas.

Agendamentos pelo telefone (61) 3206 9892, de terça a sexta-feira das 9h às 16h.

Assessoria de Imprensa Caixa Econômica Federal

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CAIXA Cultural - Brasília/DF (61) 3206-9895 / 8543

www.caixa.gov.br/caixacultural PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA

CAIXA Cultural Brasília

Sábado - 25/09

14h - Três idiotas, de Rajkumar Hirani (03 Idiots, Índia, 2009, 164 min, livre)*

17h - Lagaan - a coragem de um povo, de Ashutosh Gowariker (Lagaan - Once Upon a Time in India, Índia, 2001, 224 min, livre)*

21h - Laços, de Nagesh Kukunoor (Dor, Índia, 2006, 145 min, livre)

Domingo- 26/09

14h* - Iqbal, de Nagesh Kukunoor (Iqbal, Índia, 2005, 127 min, livre)

17h* - Um beijo na bochecha, de Mani Ratnam (Kannathi Muthamuttal, Índia, 2002, 130 min, livre) 19h30* - Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Taare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)

Segunda- 27/09

14h - Maqbool, de Vishal Bhardwaj (Maqbool, Índia, 2003, 132 min, 12 anos)

17h - Siga em frente Munna Bhai, de Rajkumar Hirani (Lage Raho Munna Bhai, Índia, 2006, 144 min, livre) 20h - Devdas, de Sanjay Leela Bhansali (Devdas, Índia, 2002, 180 min, 12 anos)

Terça-feira - 28/09

10h - Sessão para escolas / público infanto-juvenil: Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Taare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)

14h - Confinados, de Mrinal Sen (Antareen, Índia, 1994, 90 min, livre).

16h - Dança das sombras, de Adoor Gopalakrishnan (Nizhalkkuthu, Índia, 2002, 90 min, livre)

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18h - Três idiotas, de Rajkumar Hirani (03 Idiots, Índia, 2009, 164 min, livre) 21h - Sr. e sra. Iyer, de Aparna Sen (Mr. & Mrs. Iyer, Índia, 2002, 120 min, 12 anos)

Quarta- 29/09

10h - Sessão para escolas / público infanto-juvenil: Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Taare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)

14h* - Lagaan a coragem de um povo, de Ashutosh Gowariker (Lagaan - Once Upon a Time in India, Índia, 2001, 224 min, livre)

18h - Laços, de Nagesh Kukunoor (Dor, Índia, 2006, 145 min, livre)

20h30 - Como estrelas na Terra, de Aamir Khan (Tare Zameen Par, Índia, 2007, 165 min)

Quinta - 30/09

14h - Um beijo na bochecha, de Mani Ratnam (Kannathi Muthamuttal, Índia, 2002, 130 min, livre) (*) Sessões com debate após a exibição. SINOPSES DOS FILMES

Um beijo na bochecha (Kannathil Muthamuttal), de Mani Ratnam. Índia, 2002, 130 minutos. Classificação livre. O filme narra a história da pequena Amudha, uma menina adotada pelo casal Thiru e Indira, e criada com dois irmãos pequenos. Ela é uma criança feliz e não sabe a verdade sobre sua origem, até que o casal decide contar sobre a sua adoção no dia de seu aniversário de nove anos. Através do olhar de Amudha, Mani Ratnam apresenta um impactante e sensível retrato da ilha de Sri Lanka na época da Guerra Civil. Premiado no Festival de Toronto em 2002 e selecionado para representar a Índia no Festival de Cannes em 2004. Com R. Madhavan, Simran Bagga, J.D. Chakravarthy, Nandita Das, P. S. Keerthana e Prakash Raj.

Confinados (Antareen), de Mrinal Sen. Índia, 1994, 91 min. Classificação livre.

Na superlotada Calcutá, todos devem limitar seu deslocamento, simplesmente devido à dificuldade de ir de um lugar a outro. Um escritor (Anjan Dutt), que está em busca de inspiração numa mansão antiga, recebe por acidente uma ligação de uma mulher (Dimple Kapadia), que vive do lado oposto da cidade em um apartamento moderno e arejado, e que se sente só por ser a amante de um homem rico.

Após este primeiro contato, ela volta a ligar para o escritor e, apesar da distância e do anonimato, os dois desenvolvem uma relação especial, afetando um ao outro, em uma demonstração de que os efeitos do contato humano podem transpor tanto a distância quanto o desconhecido. O filme examina um relacionamento peculiar que surge inesperadamente entre dois indivíduos isolados e faz uma declaração sobre a aleatoriedade das relações humanas.

Como estrelas na Terra (Taare Zameen Par), de Aamir Khan. Índia, 2007, 165 min. Classificação livre.

Ishaan Awassthi é um menino de oito anos que odeia ir à escola. Todos os deveres de casa e provas lhe parecem impossíveis. Seu mundo é cheio de maravilhas que ninguém mais parece apreciar: desenhos, cores, e animais, que simplesmente não interessam aos adultos – que por sua vez estão muito mais preocupados com notas altas, lição de casa e resultados de provas.

Assim, Ishaan não consegue se concentrar e fazer nada direito na sala de aula, e vai se metendo cada vez mais em encrencas. Quando seus pais não conseguem mais lidar com a situação, o enviam para um colégio interno distante para que “seja disciplinado”. As coisas não seguem muito diferentes na sua nova escola, até que um novo professor de arte aparece em cena e vê Ishaan de uma outra forma, percebendo que ele sofre de dislexia.

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O filme estava cotado para ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009, mas foi barrado por Quem quer ser um milionário? (Slumdog Millionaire, Danny Boyle, 2008). Por isso e por sua qualidade, a imprensa indiana sempre os compara. O filme foi dirigido por Aamir Khan, um dos maiores nomes do cinema indiano da atualidade.

No principal espaço dedicado ao cinema indiano do Brasil, o blog há uma campanha para que o filme seja exibido comercialmente aqui, e que já conta com aproximadamente mil assinaturas em um abaixo-assinado no sentido de mostrar a possíveis distribuidores o potencial do filme, que foi premiado como melhor filme no Filmfare Awards de 2008 e também recebeu uma série de outros prêmios no National Film Awards.

Dança das sombras (Shadow Kill), de Adoor Gopalakrishnan. Índia, 2002, 90 min. Classificação livre.

A história se passa no período de pré-independência da Índia, na década de 1940, no estado de Trancavore, ao sul do país (hoje o estado de Kerala) – onde o enforcamento prevalece como a pena máxima para um crime, assim como em outros lugares da Índia. O filme conta a história do enforcador Kaliyappan (Oduvil Unnikrishnan), o último da dinastia Travancore.

Ele é um homem infeliz devido à culpa que sente por seu ofício, e acaba por buscar consolo na bebida e no pensamento de que sua função é executar os desejos da deusa Kali. A cada enforcamento, os habitantes da vila acreditam mais que Kaliyappan possui poderes divinos de cura presenteados pela deusa Kali, e que a sua corda é mágica.

Com o passar do tempo, o número de execuções cresce e um dia ele não consegue fazer uma execução que o remete a uma causa pessoal, sendo a tarefa passada para seu filho, que é seguidor das idéias de Gandhi. Adoor

Gopalakrishnan é um dos diretores mais prestigiados pela crítica e possui uma carreira muito relevante. O filme foi premiado no Festival de Veneza de 2002, no Festival de Cinema do Estado de Kerala e no National Film Award de 2003.

Devdas (Devdas) de Sanjay Leela Bhansali. Índia, 2002, 185 minutos. Classificação 12 anos.

Um dos maiores clássicos do cinema indiano, baseado no famoso romance homônimo do escritor bengalês Sharat

Chandra Chattopadhyay. O filme conta a história de Devdas, que ficou muito tempo ausente e retorna à Índia, após concluir seus estudos em Direito, na Inglaterra. Sua família é muito rica e vive em uma mansão numa vila em Bengali, e tem

como vizinhos uma outra família, cuja filha Paro cresceu com Devdas. Dessa amizade entre os dois, nasce uma relação de amor que até os tantos anos distantes não foram capazes de apagar. Após o retorno de Devdas, tudo parece correr bem para que ambos fiquem juntos, mas a família dele impede que o casamento aconteça, o que o leva a sair de casa e a seguir sua vida com sofrimento. O filme é a terceira filmagem deste clássico da literatura indiana, sendo esta a

primeira versão colorida. Foi a mais cara produção indiana até o seu lançamento, consumindo quase 20 milhões de reais. Exibido no Festival de Cannes de 2002 e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2003. Com Shahrukh Khan, Madhuri Dixit, Aishwarya Rai, Jackie Shroff e Kirron Kher.

Iqbal, de Nagesh Kukunoor. Índia, 2005, 127 min. Classificação Livre.

A história de Iqbal (Shreyas Talpade), um garoto surdo que sonha em ser jogador de críquete da seleção da Índia. Iqbal vem de uma família pobre de muçulmanos, que vive numa remota vila na zona rural da Índia. Sua rotina é trabalhar no campo com seu pai e acompanhar a sua pequena irmã, Khadija (Shweta Prasad), em tarefas diárias.

Sabendo do sonho do irmão, Khadija o ajuda a entrar para o time de críquete da cidade, mas Iqbal deverá superar uma série de dificuldades para continuar a treinar, como o preconceito generalizado e a resistência do seu pai, que

considera o seu desejo um devaneio e desperdício de tempo, e prefere que ele continue o ajudando no campo. No entanto, sua irmã Khadija e Mohit (Naseeruddin Shah), um bêbado local e ex-jogador de críquete, o ajudam nessa árdua jornada para que ele continue na busca de seu sonho.

O filme foi bem recebido pela crítica e pelo público, e se tornou a maior bilheteria de filmes de baixo orçamento do ano de 2006 na Índia. Shreyas Talpade ganhou o prêmio de Melhor Ator dado pela crítica Cine Zee. Swetha Prasad recebeu elogios de todo o mundo pelo seu papel como a irmã mais nova que cuida de Iqbal. Naseeruddin Shah e Yatin Karyekar também receberam elogios por seus papéis.

Laços (Dor), de Nagesh Kukunoor. Índia, 2009, 147min. Classificação Livre.

O encontro de duas mulheres que vêm de diferentes mundos, uma muçulmana e outra hindu. Zeenat (Gul Panag), a muçulmana, leva uma vida independente e concorda em se casar com seu namorado Amir Khan (Rushad Rana), apesar da resistência dos seus pais.

Após o casamento, Amir parte para a Arábia Saudita para começar em um emprego novo. Já Meera (Ayesha Takia), a

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hindu, é uma jovem simples, tradicional, que leva sua vida de acordo com os costumes e tradições: sua formação, o seu recente casamento e suas tarefas domésticas diárias. Pouco tempo depois de casar-se, seu marido Shankar também viaja para Arábia Saudita e lá falece.

A notícia que chega à Meera é que Shankar foi morto em um acidente causado por seu companheiro muçulmano, Amir, o marido de Zeenat. Meera fica em luto e segue sua vida presa à família do falecido marido. Já Zeenat, enfrenta a difícil tarefa de salvar a vida de Amir, pois ela é informada que a lei da Arábia permite a libertação de um criminoso desde que um parente do falecido o perdoe. Assim, munida apenas com uma fotografia de Shankar e Amir, Zeenat parte em viagem com a intenção de encontrar Meera e convencê-la a absolver seu marido. O filme é um remake do premiado filme Perumazhakkalam (2004), dirigido por Kamal, e feito na região Malayalam da Índia. Foi muito bem recebido pela crítica.

Lagaan – a coragem de um povo (Lagaan: Once Upon a Time in India), de Ashutosh Gowariker. Índia, 2001, 224 minutos. Classificação livre.

É 1893, na vila de Champaner, no estado do Gujarat, em uma Índia sob o domínio britânico. A seca está castigando os camponeses e o Rajá (príncipe hindu) encontra-se com o comandante inglês da região, o Capitão Russel, para pedir uma redução dos impostos sobre a terra, chamada Lagaan.

Sem explicações, o Capitão decide aumentar ainda mais os impostos e os camponeses, desesperados, vão pedir ajuda ao Rajá. Chegando à propriedade do Raja, os camponeses presenciam que o Rajá está assistindo a uma partida de críquete com o Capitão britânico, e um dos camponeses, Bhuvan, diz que o jogo é imbecil.

Depois do comentário de Bhuvan, o Capitão propõe um desafio: a suspensão de três anos de impostos caso os camponeses vençam os ingleses numa partida de críquete. Bhuvan aceita a aposta, para desespero dos demais camponeses, pois a perda do jogo implicará num novo aumento das taxas. O filme é praticamente todo feito em cenários externos, fora de estúdios. Somando os prêmios recebidos, Lagaan levou quase 50 premiações, incluindo oito no Filmfare Awards e sete no National Film Awards, alé da indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Maqbool, de Vishal Bharadwaj. Índia, 2003, 132 min. Classificação 12 anos.

Uma adaptação indiana contemporânea de Macbeth de Shakespeare, ambientada no submundo da capital comercial da Índia. Maqbool (Irfan Khan) é um órfão que foi adotado por Abbaji (Pankaj Kapoor), um poderoso chefe da máfia

indiana, que tem uma série de pessoas e o sistema à sua disposição.

Ele sente uma forte conexão e grande dívida com seu pai adotivo, e por isso trabalha para ele como seu braço direito. Nimmi (Tabu) é amante de Abbaji, mas ama secretamente Maqbool. Ele também a ama e assim eles estabelecem um caso apaixonado, o que a leva a persuadi-lo a matar Abbaji e virar chefe da máfia. Maqbool fica dividido entre seu amor por Nimmi e sua lealdade por Abbaji, mas acaba cometendo o assassinato a sangue frio quando Abbaji está dormindo à noite ao lado de Nimmi. Ambos ficam assombrados pela culpa.

Sr. e Sra. Iyer (Mr. & Mrs. Iyer), de Aparna Sen. Índia, 2002, 120 min. Classificação 12 anos.

É setembro de 2001. Meenakshi Iyer (Konkona Sen Sharma) embarca num ônibus para ir embora da vila de seus pais, no interior do West Bengal, para Calcutá, onde seu marido a estará esperando. Logo que chega ao ônibus ela é

apresentada a Raja Chowdhury (Rahul Bose), um fotógrafo muçulmano, por um amigo em comum, que pede que Raja cuide dela e de seu bebê durante o trajeto.

O bebê fica muito inquieto durante a viagem e eles acabam se sentando juntos. Todos os passageiros acham, então, que eles são um casal. Um pouco adiante a estrada está congestionada devido a tumultos com hindus radicais. É imposto um toque de recolher para dentro dos veículos e quando eles estão prestes a serem atacados, Raja conta a Meenakshi que é muçulmano. Meenakshi fica chocada e logo depois um radical hindu entra no ônibus. Ela coloca seu filho no colo de Raja e quando o terrorista pergunta a identidade deles, ela responde “senhor e senhora

Iyer”. Assim, eles seguem a viagem juntos e estabelecem uma relação especial.

Siga em frente Munna Bhai (Lage Raho Munna Bhai), de Rajkumar Hirani. Índia, 2006, 144 min. Classificação livre. Uma comédia de Bollywood, mas que se diferenciou por trazer um forte impacto social ao país. O filme conta uma história do carismático gângster chamado Murli Prasad Sharma, o Munna Bhai (Sanjay Dutt), que sente uma paixão platônica por Jhanvi (Vidya Balan), uma bela locutora de uma rádio de Mumbai.

No dia do feriado nacional em homenagem a Gandhi, Jhanvi lança um concurso de perguntas sobre o líder pacifista, e o prêmio para quem acertar as perguntas é participar do programa e conhecê-la. Como Munna Bhai é apaixonado pela

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voz de Jhanvi, esta oportunidade lhe parece perfeita e ele contrata professores universitários para ajudá-lo a vencer o concurso. Munna Bhai se vê então numa enrascada para manter a farsa e conquistar sua amada, fingindo que é um profundo conhecedor de Gandhi, que acaba aparecendo para ele como um espírito.

Três idiotas (3 Idiots), de Rajkumar Hirani. Índia, 2009, 164 min. Classificação livre.

Quando está dentro de um avião levantando voo, Farhan Qureshi (R. Madhavan) recebe uma ligação no celular, avisando-lhe sobre o paradeiro de Rancchoddas Shyamaldas Chanchad (Aamir Khan), mais conhecido por Rancho. Farhan faz o que pode para sair do avião, e corre pra pegar Raju Rastogi (Sharman Joshi) para irem atrás de Rancho. A partir das lembranças de Farhan passamos a conhecer a história da amizade dos três, firmada pouco mais de dez anos antes, quando eles foram admitidos no Imperial College of Engineering. O filme estreou no dia 25 de dezembro de 2009 e já no dia 4 de janeiro de 2010 havia quebrado todos os recordes do cinema indiano, não só de arrecadação, dentro e fora do país, mas também o de salas ocupadas.

Uma das explicações para este sucesso está no fato de a Índia possuir um dos maiores percentuais de estudantes de engenharia do mundo, cuja grande parte ingressa nas universidades contra sua vontade. As estatísticas mostram que a Índia é um dos países com o maior índice de suicídios entre os universitários, graças, sobretudo, ao sistema de

ranqueamento, tema também abordado pelo filme. Na Austrália os exibidores foram obrigados a tirar o filme Avatar (de James Cameron, 2009) de algumas salas para atender à imensa demanda por Três idiotas. O filme também entrou para a história por ser o primeiro filme indiano oficialmente lançado no YouTube, 12 semanas após a sua estréia.

Referências

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