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NÃO SÃO CONSIDERADOS EMPREGADOS PELA CLT:

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Academic year: 2021

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NÃO SÃO CONSIDERADOS EMPREGADOS PELA CLT:

A) Trabalhador Eventual - (NÃO TEM HABITUALIDADE NEM PESSOALIDADE): aquele que presta a sua atividade para alguém ocasionalmente. Depende de acontecimento incerto, casual ou fortuito. (ex: chapas, esporádico em lava rápido, diarista).

B) Trabalhador Autônomo – (NÃO TEM SUBORDINAÇÃO): profissional por conta própria e independente diante daqueles para os quais presta continuadamente ou não os seus serviços.

C) Trabalhador Avulso – (NÃO TEM HABITUALIDADE NEM PESSOALIDADE): pessoa física que presta serviços sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão-de-obra (OGMO). Aquele que presta serviços de curta duração a um beneficiário. Depende da intermediação do sindicato do trabalhador na colocação da mão-de-obra. A remuneração é paga basicamente em forma de rateio procedido pelo sindicato (ex: estivadores, o classificador de frutas que trabalha no meio rural, o ensacador de café, cacau, sal etc).

OBS: APESAR DE NÃO SEREM CONSIDERADOS EMPREGADOS, OS AVULSOS POSSUEM TODOS OS DIREITOS PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, POIS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTABELECEU QUE HÁ IGUALDADE DE DIREITOS ENTRE O TRABALHADOR COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO PERMANENTE E O TRABALHADOR AVULSO (ART. 7º, XXXIV, CF).

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. D) Trabalhador voluntário (NÃO TEM ONEROSIDADE): aquele que presta serviços sem remuneração a entidade pública ou

entidade privada sem fins lucrativos.

E) Empreiteiro (NÃO TEM SUBORDINAÇÃO): aquele que se compromete a realizar obra certa, recebendo remuneração pela obra realizada.

F) Estagiário (LEI IMPEDE O VÍNCULO): o estágio é regulado pela Lei nº 11.788/08. Estagiário é o aluno regularmente matriculado no ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental. O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. O estagiário não é empregado e não tem os direitos previstos pela CLT. A diferença entre o estágio e o contrato de trabalho é que no primeiro o objetivo é a formação profissional do estagiário, embora haja, pessoalidade, subordinação, habitualidade e certa onerosidade.

Art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

PORÉM NÃO SE APLICA ESSA REGRA SE O TOMADOR FOR ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (OJ 366 DA SDI-1 DO TST).

OBS1: A DURAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO PODERÁ EXCEDER 2 ANOS, SALVO SE PORTADOR DE DEFICIÊNCIA (ARTIGO 11 DA LEI 11.788/08).

OBS2: O ARTIGO 10 DA LEI ESTABELECE A JORNADA DE TRABALHO DO ESTAGIÁRIO:

I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

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§ 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.

OBS3: NOS TERMOS DO ARTIGO 13 DA LEI É ASSEGURADO AO ESTAGIÁRIO, SEMPRE QUE O ESTÁGIO TENHA DURAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 1 ANO, UM RECESSO DE 30 DIAS, A SER GOZADO PREFERENCIALMENTE NAS FÉRIAS ESCOLARES. OS DIAS DE RECESSO TAMBÉM SERÃO CONCEDIDOS DE MANEIRA PROPORCIONAL NO ESTÁGIO COM DURAÇÃO INFERIOR A 1 ANO. O RECESSO DEVERÁ SER REMUNERADO SE O ESTAGIÁRIO RECEBER BOLSA OU OUTRA FORMA DE CONTRAPRESTAÇÃO. OBS4: ESTAGIÁRIO X APRENDIZ (ESTE É O EMPREGADO, COM IDADE DE 14 A 24 ANOS, SUJEITO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL METÓDICA DO OFÍCIO EM QUE EXERÇA O SEU TRABALHO ATRAVÉS DE CONTRATO DETERMINADO DE 2 ANOS COM JORNADA DE TRABALHO DE ATÉ 6 HORAS POR DIA – FGTS 2%). A DURAÇÃO DO CONTRATO DE APRENDIZAGEM NÃO PODERÁ EXCEDER 2 ANOS, SALVO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA (ART. 428, §3º, CLT).

G) Cooperado – (NÃO HÁ SUBORDINAÇÃO): o trabalhador é seu próprio patrão, pois se destina a prestar serviços a seus associados que são profissionais autônomos (Lei nº 5.764/71 + Lei nº 12.690/12).

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO:

1.EMPREGADO URBANO (art. 3º da CLT):

“Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”

- pessoa física

- realiza serviços não eventuais - habitual - é subordinado

- recebe salário

OBS: EMPREGADO EM DOMICÍLIO E TELETRABALHO (arts. 6º e 83 da CLT): é o que presta serviços na própria residência ou a distância ao invés de prestá-lo no estabelecimento do empregador. Para ser considerado empregado em domicílio é preciso que exista subordinação/pessoalidade, que poderá ser medida pela quantidade de ordens de serviço recebidas pelo empregado.

Exemplo 1: costureiras que trabalham em casa, mas têm obrigação de ter produção, dia certo para entrega das peças etc. Exemplo 2: empregados que prestam os serviços em sua residência ou à distância em serviços telemáticos e informatizados com comando, controle e supervisão do empregador.

Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.

Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere.

2.EMPREGADOR URBANO (art. 2º da CLT):

“Art. 2º Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços”.

- PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA

- ASSUME OS RISCOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA - ASSALARIA E DIRIGE A PRESTAÇÃO PESSOAL DE SERVIÇOS

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EMPREGADOR POR EQUIPARAÇÃO: (§1º DO ART. 2º, CLT)

§1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

GRUPO DE EMPRESAS/GRUPO ECONÔMICO (§2º DO ART. 2º, CLT)

§2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. (Súmula 129 do TST).

Súmula nº 129 do TST - CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida)

A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

OBS1: ALTERAÇÕES NA EMPRESA/SUCESSÃO TRABALHISTA (ARTIGOS 10 E 448 DA CLT)

ART. 10. QUALQUER ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA JURÍDICA DA EMPRESA NÃO AFETARÁ OS DIREITOS ADQUIRIDOS POR SEUS EMPREGADOS.

ART. 448. A MUDANÇA NA PROPRIEDADE OU NA ESTRUTURA JURÍDICA DA EMPRESA NÃO AFETARÁ OS CONTRATOS DE TRABALHO DOS RESPECTIVOS EMPREGADOS.

OBS2: O SÓCIO RETIRANTE RESPONDE DE FORMA SOLIDÁRIA POR ATÉ 2 ANOS DA DATA DA AVERBAÇÃO DE SUA SAÍDA DA SOCIEDADE (ARTIGO 1003, PARÁGRAFO ÚNICO, CÓDIGO CIVIL)

TRABALHADOR TEMPORÁRIO – LEI NOVA 13.429/2017

Altera dispositivos da Lei 6.019/74 (trabalho temporário) e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros.

Art. 1º - As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de serviço e contratante regem-se por esta Lei.

a) “empresa de trabalho temporário”: atua na arregimentação de trabalhadores temporários. (ENTREGA MÃO DE OBRA) b) “empresa de prestação de serviços”: opera na terceirização do trabalho. (EMPRESA QUE FAZ O SERVIÇO)

c) “tomadoras de serviço”: são as empresas que contratam trabalhadores temporários das empresas de trabalho temporário. (EMPRESA QUE RECEBE O TRABALHADOR TEMPORÁRIO)

d) “contratante” É a PF ou PJ que contrata empresas de prestação de serviços, ou seja, é a terceirização. (EMPRESA QUE RECEBE A EMPRESA QUE FARÁ OS SERVIÇOS).

Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.

O “caput” do artigo 2º trata, exclusivamente, do trabalho temporário que continua sendo prestado apenas por pessoa física. a) “substituição transitória de pessoal permanente” (substituição de funcionária em licença maternidade)

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NOVIDADE § 1º DO ART 2º

§ 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei.

SOMENTE, poderá haver contratação de temporários no lugar de grevistas quando lei específica assim dispuser.

Por outro lado, o art. 7º, parágrafo único da Lei n. 7.783/1989 veda rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos.

NOVIDADE § 2º DO ART 2º

§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.

A nova lei estabelece que a “demanda complementar de serviços” ocorrerá em duas situações alternativas: a) fatores imprevisíveis; (repentino aumento na produção)

b) quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. (nunca ordinária)

A “demanda complementar decorrente de fator previsível”. É a ocorrência de serviços usuais, mas em volume extraordinário, agora o empregador poderá contratar de forma temporária para suprir tal necessidade.

Só não poderá contratar temporários quando o trabalho for ordinário, comum, sem a ocorrência de fato extraordinário que justifique a contratação na forma temporária, devendo a contratação ser direta.

Art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.

Na qualidade de empregadora, a empresa de trabalho temporário é a responsável por pagamento de salários, bem como oferecimento e entrega de benefícios, como vale transporte e auxílio alimentação.

A empresa tomadora de serviços conta com a subordinação direta sobre o temporário, mas não tem obrigação de pagamento de salários, nem oferecimento de outras parcelas de natureza econômica ao funcionário temporário.

Art. 5º - Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4º desta Lei.

PJ x PJ - Empresa Tomadora de Serviços é a PJ que contrata outra PJ, Empresa de Trabalho Temporário.

O art. 2º, § 2º da CLT conceitua o empregador, incorporando pessoas e entidades sem finalidades lucrativas, como associações recreativas e de beneficência. O dispositivo em comento segue essa linha e permite que entidades que não visam lucro também possam se utilizar de trabalho temporário.

Art. 9º - O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá:

I - qualificação das partes;

II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; III - prazo da prestação de serviços;

IV - valor da prestação de serviços;

V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. § 1º - É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela designado.

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§ 2º - A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.

A empresa tomadora dos serviços temporários, garantirá o mesmo atendimento médico e de refeição dos seus empregados diretos.

§ 3º - O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.

Não há nenhuma novidade aqui.

Mantém-se vigente o art. 12 da Lei 6.019/1974, o qual assegura ao trabalhador temporário remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária.

Art. 10 - Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.

Atendendo os termos desta lei, não haverá vínculo de emprego do empregado temporário com a empresa tomadora do serviços.

§ 1º - O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.

O prazo do contrato temporário, com o mesmo empregador, poderá ser de 180 dias, consecutivos ou não.

§ 2º - O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.

Poderá ainda, ser prorrogado por mais 90 dias, ou seja, no total poderá ser de 270 dias, independentemente de autorização administrativa, mas desde que mantidos os motivos que determinaram a pactuação.

§ 3o (VETADO).

§ 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943.

§ 5o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior.

Intervalo entre os contratos de trabalho temporário com a mesma tomadora, deve respeitar 90 dias após o termino do contrato temporário anterior.

§ 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora.

§ 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

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Atente-se que não houve revogação do art. 16 da Lei n. 6.019/1974, de modo que, no caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e verbas trabalhistas.

TERCEIRIZAÇÃO – LEI NOVA 13.429/2017

a) “empresa de prestação de serviços”: opera na terceirização do trabalho. (EMPRESA QUE FAZ O SERVIÇO)

b) “contratante” É a PF ou PJ que contrata empresas de prestação de serviços, ou seja, é a terceirização. (EMPRESA QUE RECEBE A EMPRESA QUE FARÁ OS SERVIÇOS)

Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos.

O “caput” do art. 4º-A não se utiliza da dicotomia atividade-fim x atividade-meio, mas afirma que a empresa prestadora deve realizar serviços determinados e específicos.

A expressão “serviços determinados e específicos” não se confunde nem com atividade-fim, nem com atividade-meio. § 1º - A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços.

É a quarteirização agora prevista no § 1º, permitindo-se que uma empresa contratada para realizar serviços terceirizados “repasse” a integralidade ou parte da mesma atividade para outra empresa.

§ 2º - Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante.

Art. 5º-A - Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos.

O dispositivo refere-se apenas a terceirização de serviços determinados e específicos. Ou seja, veda contratação de serviços terceirizados inespecíficos, sem expressa indicação dos setores da empresa tomadora em que irão trabalhar funcionários terceirizados.

§ 1º - É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços.

§ 2º - Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.

A terceirização pode ocorrer tanto na sede da empresa tomadora, como em outras localidades. Não há vedação, por exemplo, para a pactuação de terceirização de serviço de call center a ser desenvolvido nas dependências da empresa de prestação de serviços, admitindo-se que o trabalho terceirizado venha ocorrer na residência do trabalhador terceirizado, como em situações de tele trabalho.

§ 3º - É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato.

§ 4º - A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.

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Diferentemente do trabalhador temporário, aqui na terceirização, a contratante PODERÁ estender atendimento médico e de refeição.

§ 5º - A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

PREVISÃO COMUM TEMPORÁRIO E TERCEIRIZAÇÃO – LEI NOVA 13.429/2017

Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.

As empresas de vigilância e transporte de valores possuem regramento específico e que se mantém vigente para suas atividades. Essa modalidade de intermediação de trabalho seguem com aplicação do estabelecido no Decreto-Lei n. 5.452/1943.

Art. 19-C. Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos termos desta Lei.

- NA TERCEIRIZAÇÃO - Lei nº 7.102/83 - Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores.

ART. 3º A VIGILÂNCIA OSTENSIVA E O TRANSPORTE DE VALORES SERÃO EXECUTADOS: I - por empresa especializada contratada; ou

II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça.

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

- NA TERCEIRIZAÇÃO DONO DA OBRA (CONSTRUÇÃO CIVIL) O CONTRATO DE EMPREITADA ENTRE O DONO DA OBRA E O EMPREITEIRO NÃO ENSEJA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA NAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS CONTRAÍDAS PELO EMPREITEIRO, SALVO SE O DONO DA OBRA FOR UMA EMPRESA CONSTRUTORA OU INCORPORADORA (OJ 191 DA SDI-1 DO TST).

191. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE. (nova redação) -Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.

- EMPREITEIRO E O SUBEMPREITEIRO - Responsabilidade SOLIDÁRIA.

Art. 455 CLT - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.

Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. 5. EMPREGADO DOMÉSTICO (art.1º da Lei Complementar 150/2015)

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‘Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei”. É vedada a contratação de menor de 18 anos para desempenho de trabalho doméstico (art. 1º, parágrafo único, LC 150/2015).

OBS: AS DIARISTAS NÃO SÃO CONSIDERADAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS, MAS TRABALHADORAS EVENTUAIS.

6. EMPREGADOR DOMÉSTICO: é a pessoa ou família (nunca PJ) que, sem finalidade lucrativa, admite empregado doméstico para lhe prestar serviços de natureza contínua para o seu âmbito residencial.

3. EMPREGADO RURAL (art. 2º da Lei nº 5.889/73):

“Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.”

Será empregado rural aquele que planta, adube, ordenha e cuida do gado, o tratorista, o peão, o boiadeiro, desde que o empregador explore a atividade rural com finalidade lucrativa.

4. EMPREGADOR RURAL (art. 3º da Lei nº 5.889/73):

“Art. 3º Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.”

QUESTÕES:

Conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho são considerados sujeitos do contrato de trabalho o empregado e o empregador. Em relação a estes é correto afirmar que:

(A) em razão do grau de parentesco, a esposa não poderá ser considerada empregada do marido, ainda que presentes os requisitos legais da relação de emprego

(B) não se equiparam ao empregador, para os efeitos da relação de emprego, os profissionais liberais, mesmo que admitam trabalhadores como empregados

(C) considera-se empregado toda pessoa física ou jurídica que prestar serviços eventuais a pessoa jurídica mediante remuneração e sob a dependência desta

(D) considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal dos serviços.

Em relação ao contrato individual de trabalho, de acordo com a CLT:

(A) A mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (B) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados (C) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os direitos adquiridos por seus empregados

(D) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos dos empregados é subsidiária Quanto às figuras legais de contrato de trabalho, estágio, aprendizagem e trabalho educativo, é correto afirmar:

(A) O trabalho educativo, assim como o estágio e o aprendizado, toma em igual importância a formação educacional e a atividade laboral, em respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento

(B) Caso presentes os requisitos da pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação será reconhecido o vínculo empregatício do estagiário, ainda que o contrato tenha sido firmado regularmente pela concedente e pelo estudante, com interveniência da instituição de ensino

(C) No contrato de aprendizagem com vínculo empregatício é assegurado ao aprendiz direitos trabalhistas e previdenciários, sendo o recolhimento ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço equivalente a 2% do salário do aprendiz. (D) Ao adolescente empregado em regime familiar de trabalho é permitido, excepcionalmente, o trabalho entre às 22 e às 5 horas do dia seguinte

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Durante três anos Thor foi empregado da empresa Ajax Manutenção Industrial, que faz parte do grupo econômico Ajax, constituído por quatro empresas. Em razão de problemas financeiros, Thor foi dispensado sem justa causa. Não houve pagamento de verbas rescisórias. Nesta situação, caberia algum tipo de reponsabilidade para as demais empresas do grupo Ajax?

(A) Sim, sendo qualquer uma das empresas do grupo responsável subsidiária pelas dívidas trabalhistas da outra empresa (B) Não, porque cada empresa do grupo possui personalidade jurídica própria e responde apenas por dívidas com seus próprios empregados

(C) Sim, porque havendo a constituição de grupo econômico serão, para efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis as empresas do grupo.

(D) Depende da existência de contrato firmado entre as empresas do grupo prevendo a responsabilidade solidária, visto que Thor não prestou serviços para todas as empresas do grupo

Os sócios proprietários da empresa Colmeia Metalúrgica Ltda. transferiram todas as cotas sociais para terceiros, sendo alterada inclusive a denominação social. Entretanto não houve alteração de endereço, do ramo de atividades, dos maquinários e dos empregados. A situação caracterizou a sucessão de empregadores. Neste caso, quanto aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida, é correto afirmar que

(A) todas as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho deverão ser repactuadas entre os empregados e o novo empregador

(B) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora (C) a transferência de obrigações depende das condições em que a sucessão foi pactuada

(D) os contratos de trabalho se manterão inalterados e seguirão seu curso normal. SALÁRIO - REMUNERAÇÃO A remuneração é gênero e salário é a espécie desse gênero.

Salário: É o valor acordado com o empregado e pago DIRETAMENTE pelo empregador.

Remuneração: É a soma do salário com outras vantagens percebidas na vigência do contrato de trabalho como horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, comissões, percentagens, gratificações, entre outras, tenham ou não natureza salarial.

Remuneração indica a totalidade dos ganhos do empregado, pagos diretamente ou não pelo empregador (Gueltas). Para a CLT A T E N Ç Ã O – Remuneração é:

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário

devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

Na “prática” remuneração vai além: pois é a soma de verbas salariais e não salariais...

§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada (salário base), como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

SALÁRIO BÁSICO = SALÁRIO PAGO EM $ E EM UTILIDADES IN NATURA

UTILIDADE fornecida PARA a prestação do serviço NÃO terá natureza salarial: (art. 458, parágrafo 2º, CLT):

- vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, PARA a prestação do serviço;

- educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

- transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;

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- assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; - seguros de vida e de acidentes pessoais;

- previdência privada;

- o valor correspondente ao vale-cultura.

- participação nos lucros (art. 3º da Lei 10.101/2000);

OJ 133 da SDI-1 do TST - AJUDA ALIMENTAÇÃO. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para nenhum efeito legal.

Súmula nº 367 do TST - UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO

I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.

II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

UTILIDADE fornecida PELA prestação do serviço terá natureza salarial: (benesses ofertadas pelo empregador)

- pagamento de condomínio, automóvel, casa, fornecido pela empresa quando dispensável para realização do trabalho,

Súmula nº 241 do TST. SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO

O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.

Art. 458, § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.

SALÁRIO = SALÁRIO BÁSICO ($ + utilidades) + VERBAS DE NATUREZA SALARIAL VERBAS DE NATUREZA SALARIAL:

INTEGRAM O SALÁRIO as gorjetas, não refletindo no aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado (Súmula 354 do TST). Gueltas.

INTEGRAM O SALÁRIO as comissões, percentagens, gratificações e abonos pagos pelo empregador (art. 457, §1º, CLT). INTEGRAM O SALÁRIO a alimentação gratuita, vestuário ou outras prestações que o empregador fornecer habitualmente ao empregado PELA prestação de serviços. (art. 458, “caput”, da CLT).

- anuênio, biênio, quinquênio;

- adicional noturno, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional de hora extra, adicional de transferência; periculosidade, insalubridade, sobreaviso, prontidão...

- prêmios e quebra de caixa;

- diárias que EXCEDEREM 50% do salário (art. 457, §2º, CLT).

OBS1: A PARCELA PAGA AOS BANCÁRIOS SOB A DENOMINAÇÃO “QUEBRA DE CAIXA” POSSUI NATUREZA SALARIAL, INTEGRANDO O SALÁRIO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS, PARA TODOS OS EFEITOS LEGAIS (SÚMULA 247 DO TST).

(11)

VERBAS DE NATUREZA NÃO SALARIAL:

NÃO INTEGRA O SALÁRIO as ajudas de custo, as diárias para viagem que NÃO excedam de 50% do salário percebido pelo empregado (art. 457, §2º, CLT e Súmulas 101 e 318 do TST).

Não é permitido o pagamento de salário com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas (art. 458, “caput”, da CLT e Súmula 367 do TST).

NÃO INTEGRA O SALÁRIO os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local de trabalho, PARA a prestação dos respectivos serviços (art. 458, §2º, CLT). Ex: o EPI que é fornecido gratuitamente pelo empregador, nos termos do art. 166 da CLT.

OBS: O EX-EMPREGADO TEM O DIREITO DE RECEBER A PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS DE FORMA PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS NO ANO, POIS COLABOROU PARA OS RESULTADOS POSITIVOS DA EMPRESA NO PERÍODO (SÚMULA 451 DO TST).

O pagamento do salário não deve ser estipulado por período superior a 1 mês, salvo comissões, percentagens e gratificações (art. 459 CLT).

Quando o pagamento for estipulado por mês, deverá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente (art. 459, parágrafo único, CLT).

O salário deve ser pago em dinheiro (art. 463 da CLT). No nosso ordenamento jurídico proíbe o chamado truck system, quando o empregador mantém o empregado em trabalho de servidão por dívidas com ele contraídas. O empregador obriga seu empregado a gastar o salário dentro da empresa, geralmente cobrando preços bem superiores aos de mercado. (art. 462, §§2º, 3º e 4º, da CLT).

OBS: NÃO SE ADMITE O SALÁRIO COMPLESSIVO, OU SEJA, AQUELE QUE ENGLOBA VÁRIOS ITENS EM UM SÓ, NÃO APONTANDO O PAGAMENTO DE CADA VERBA NO HOLERITE (SÚMULA 91 DO TST).

GORGETAS: Art. 457 da CLT.

§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.419, de 2017)

§ 4o A gorjeta mencionada no § 3o não constitui receita própria dos empregadores, destina-se aos trabalhadores e

será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

§ 5o Inexistindo previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos §§ 6o e 7o deste artigo serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma do art. 612 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

§ 6o As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o § 3o deverão: (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 20% (vinte por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador; (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até 33% (trinta e três por cento) da arrecadação correspondente, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, devendo o valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador; (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

(12)

III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

§ 7o A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros do § 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

§ 8o As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos doze meses. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) § 9o Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, desde que cobrada por mais de

doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017) § 10. Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída comissão de empregados, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fiscalização da regularidade da cobrança e distribuição da gorjeta de que trata o § 3o deste artigo, cujos representantes serão eleitos em assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e gozarão de garantia de emprego vinculada ao desempenho das funções para que foram eleitos, e, para as demais empresas, será constituída comissão intersindical para o referido fim. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

§ 11. Comprovado o descumprimento do disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo, o empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a 1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese o contraditório e a ampla defesa, observadas as seguintes regras: (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

I - a limitação prevista neste parágrafo será triplicada caso o empregador seja reincidente; (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

II - considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses, descumpre o disposto nos §§ 4o, 6o, 7o e 9o deste artigo por mais de sessenta dias. (Incluído pela Lei nº 13.419, de 2017)

EQUIPARAÇÃO SALARIAL:

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.

1.

REQUISITOS (Art. 461, §1º, da CLT): - mesmo empregador

- mesma função (não importa o Cargo)

- mesma localidade (mesma região metropolitana)

- trabalho de igual valor e com a mesma perfeição técnica

- diferença de tempo de serviço não for superior a 2 anos (tempo na função e NÃO no emprego)

OBS1: A CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO É FEITA NA FUNÇÃO E NÃO NO EMPREGO (SÚMULA 6 DO TST E SÚMULA 202 DO STF).

A EQUIPARAÇÃO SALARIAL SÓ É POSSÍVEL SE O EMPREGADO E O PARADIGMA EXERCEREM A MESMA FUNÇÃO, DESEMPENHANDO AS MESMAS TAREFAS, NÃO IMPORTANDO SE OS CARGOS TÊM, OU NÃO, A MESMA DENOMINAÇÃO. (SÚMULA 6 DO TST).

OBS2: É DO EMPREGADOR O ÔNUS DA PROVA DO FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL (SÚMULA 6 DO TST).

OBS3: O CONCEITO DE MESMA LOCALIDADE REFERE-SE, EM PRINCÍPIO, AO MESMO MUNICÍPIO, OU A MUNICÍPIOS DISTINTOS QUE, COMPROVADAMENTE, PERTENÇAM À MESMA REGIÃO METROPOLITANA (SÚMULA 6 DO TST).

(13)

- Quando o empregador adotar quadro de carreira, em que as promoções devem ser feitas por antiguidade e merecimento (§§ 2º e 3º do artigo 461 da CLT).

OBS: O QUADRO DE CARREIRA DEVE SER HOMOLOGADO PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO, EXCLUINDO-SE, DESSA EXIGÊNCIA AS ENTIDADES DE DIREITO PÚBLICO (SÚMULA 6 DO TST).

Se o paradigma encontrar-se em regime de readaptação em nova função por motivo de deficiência física ou mental declarada pela Previdência Social (art. 461, §4º, da CLT).

3.

SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO: (Súmula 159 do TST)

Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituído fará jus ao salário contratual do substituído. Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem o direito a salário igual ao do antecessor.

QUESTÕES:

17ª) Nos termos do artigo 461 da CLT, sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. Segundo entendimento do Tribunal Superior do Trabalho,

(A) para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não no emprego.

(B) é necessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a serviço do estabelecimento

(C) para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço no emprego e não na função

(D) a equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função e os cargos devem ter a mesma denominação

18ª) O empregado João prestou serviços para a empresa Alfa na unidade fabril do município de São Paulo por cinco anos, ingressando como ajudante geral. Após seis meses de sua admissão, passou a exercer as funções de operador de empilhadeira, embora continuasse registrado como auxiliar de produção. Mário ingressou na empresa Alfa um ano antes de João, trabalhando na unidade fabril do município de Osasco, que pertence à mesma região metropolitana de São Paulo. Mário sempre exerceu as funções de operador de empilhadeira e recebeu salário superior aquele percebido por João, em razão de possuir maior experiência no mercado de trabalho, conforme se verifica pelas ocupações anteriores anotadas em sua Carteira de Trabalho. Conforme previsão legal e entendimento sumulado do TST, no caso em análise, encontram-se presentes os requisitos para a equiparação salarial entre João e Mário, devendo haver a condenação da empresa Alfa por diferenças salariais?

(A) Não, uma vez que os cargos não têm a mesma denominação

(B) Não, porque o paradigma é mais experiente que o postulante na prestação de serviços nas funções de operador de empilhadeira

(C) Sim, porque ambos exerceram as mesmas funções e tarefas, independentemente da nomenclatura do cargo, não havendo diferença de 2 anos no exercício da mesma função.

(D) Sim, porque independente do local da prestação dos serviços e do tempo de diferença nas funções, trabalhando para a mesma empresa, na mesma função o salário deve ser igual

19ª) Joana, 25 anos, trabalha na empresa X desde janeiro de 2008, tendo sido promovida para a função de secretária em Dezembro de 2010 com salário mensal de R$ 1.000,00. Maria, 26 anos, trabalha na empresa desde Janeiro de 1999 e ocupa também a função de secretária desde Janeiro de 2010, porém recebe salário mensal de R$ 1.500,00. Mônica, 55 anos, trabalha na empresa desde Janeiro de 2007, também exercendo a função de secretária desde Julho de 2010, mediante salário de R$ 1.500,00. Tendo em vista que todas exercem a mesma função, para o mesmo empregador, na mesma localidade, Joana:

(14)

(A) não poderá requerer a equiparação salarial tendo em vista que Maria trabalha na empresa desde Janeiro 1999 e Mônica desde Janeiro de 2007

(B) poderá requerer a equiparação salarial tendo como paradigmas Maria e Mônica.

(C) poderá requerer a equiparação salarial tendo como paradigma apenas Maria, tendo em vista que Mônica possui mais de cinquenta anos de idade

(D) poderá requerer a equiparação salarial tendo como paradigma apenas Mônica, desde que notifique necessariamente a empresa para que supra a irregularidade no prazo máximo de 48 horas e informe o ocorrido ao Sindicato da categoria

Referências

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