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DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA A COLETA DE DADOS DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS

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Academic year: 2021

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DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA A COLETA DE DADOS DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS

Leonardo H. Zapparoli1, Danilo Simões2

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Discentede Informática para Negócios, Faculdade de Tecnologia de Botucatu. E-mail: leo.zapparoli@gmail.com.

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Administrador de Empresas, Faculdade de Tecnologia de Botucatu. 1 INTRODUÇÃO

Uma das áreas pouco exploradas é a da administração científica, mais precisamente o estudo de tempos e movimentos, proposto por Frederick Winslow Taylor, que tem como objetivo a coleta de dados durante a execução de um conjunto de atividades parciais que compõem uma operação, para obtenção dos melhores métodos de execução.

Em complemento, Peroni (1990) afirma que o objetivo do estudo de tempos e movimentos tem como propósito a eliminação dos movimentos desnecessários, racionalizando-os, e consequentemente, reduzindo a fadiga do operador, aumentando, outrossim, a sua produtividade. De acordo com Peinado e Graeml (2007) o estudo de tempos, é a cronometragem do tempo necessário para a realização de uma determinada atividade.

Maze-Sencier (1966) afirma que a cronometragem, na sua forma mais complexa, é a medida dos tempos e avaliação da velocidade de execução de uma operação que se repete em ciclos curtos, sendo esse um trabalho especializado.

Simões e Silva (2012) complementam que para a obtenção de informações sobre o desempenho de uma determinada operação, emprega-se o estudo de tempos e movimentos, realizado de modo manual.

Comumente as ferramentas básicas utilizadas para a execução da cronometragem dos tempos são: prancheta, planilha de papel e sobretudo o cronometro. Simões (2008) salienta que um problema recorrente do processo de coleta dos tempos, é que sua execução baseia-se em processos que não utilizam dos benefícios de um sistema computacional.

Albertin e Albertin (2008) salientam que os benefícios oferecidos às organizações pela Tecnologia da Informação, tem sido comprovado em algumas áreas, enquanto em outras ainda permanece o debate em relação ao seu custo e benefício, que torna necessário análises específicas para cada caso.

Recentemente, com o avanço obtido pelas plataformas móveis, que utilizam o

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aplicados em áreas antes pouco comuns, pois suas características únicas, como a portabilidade e a alta capacidade de processamento, possibilitou o aperfeiçoamento desses sistemas. Barroca Filho e Aquino Junior (2013) relatam que como consequência desses fatores, observa-se um grande aumento nas vendas desses aparelhos dos mesmos nos últimos anos.

Do exposto, objetivou desenvolver um software, a ser utilizado em plataforma

Android para dispositivos móveis, para a coleta dos tempos e exportação dos dados

obtidos para a realização da cronoanálise.

2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Material

Para o desenvolvimento do sistema computacional, foram necessários aplicativos computacionais e equipamentos, comumente utilizados na área de Tecnologia da Informação, como: um Notebook com processador Intel Core I5, com 8 GB de memória RAM, com disco rígido de 500GB de capacidade de armazenamento e com tela de 15,6 polegadas. Para os testes do sistema computacional, foram utilizados um Tablet Google Nexus 7 2012 Wi-Fi e, Smartphone Google Nexus 4, ambos com sistema operacional Android na versão 4.4 KitKat e Smartphone Samsung S3, com sistema operacional Android com versão 4.3.

A ferramenta utilizada no desenvolvimento do aplicativo foi a IDE Android Studio.Beta v0.8.0. Para o controle do código fonte e das versões do software foi utilizado a ferramenta GitHub, tendo o código fonte armazenado em um repositório online gratuito. Para a customização do tema padrão do Android e a geração dos ícones, utilizou-se a ferramenta online Android Asset Studio.

2.2 Métodos utilizados no desenvolvimento do software

O desenvolvimento do software foi realizado utilizando o Android SDK, que adota a linguagem de programação Java e parte de suas Aplication Programming Interfaces (API), que são um conjunto de classes sob um determinado domínio, como as APIs de manipulação de tempo e a de funções matemáticas, por exemplo. Um ponto

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focando na utilidade dos pacotes, deixando de fora pacotes pesados e pouco evoluídos (LEONAM, 2013).

Na arquitetura lógica do sistema, foi utilizado o padrão Model-View-Presenter (MVP), que é dividido em View que contém os componentes da interface gráfica, por exemplo botões, campos de texto, tabelas. As classes do Presenter são as responsáveis por intermediar a passagens os dados do Model para as Views (ORLANDO, 2012).

O banco de dados interno utilizado na aplicação foi o SQLite, que é o banco de dados padrão de aplicações Android, sendo suportado nativamente pelo sistema. No

Android, cada aplicação possuí um banco de dados exclusivo, que não pode ser

acessado livremente por outras aplicações. Quando a aplicação que contém o banco de dados é desinstalada, os dados armazenados no banco também são removidos (MONTEIRO, 2013).

Foi utilizado a técnica de prototipagem durante o desenvolvimento. Sua utilização foi realizada nos estágios inicias do projeto, quando as especificações propostas de funcionalidades e interface gráfica não haviam ficado claras, devido à natureza diferenciada da aplicação. A utilização de protótipos foi essencial no processo de desenvolvimento, pois permitiu que fossem identificadas novas funcionalidades e que fossem realizadas melhor adequação de interface gráfica, proposito que é sua principal função (PRESSMAN, 2011).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como resultado, foi desenvolvido um software para a plataforma Android, denominado Fred TM, em respeito ao precursor da técnica de tempos e movimentos, Frederick Winslow Taylor.

O software permitiu a coleta de dados por meio do método contínuo. Esse método caracterizou-se pela medição do tempo sem detenção do cronômetro, isto é, de forma contínua (SIMÕES; SILVA, 2010).

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O cadastro prévio de atividades parciais é normalmente realizado após um estudo piloto da operação a ter suas atividades cronometradas, contudo estas podem ser cadastradas no decorrer da coleta dos dados. Faz-se necessário a classificação das atividades parciais de forma lógica e coerente, pois os resultados obtidos a partir desta, indicarão a produtividade da operação a ser analisada.

As operações, durante a execução do software, podem ser editadas após o cadastro ou durante a coleta dos dados, por permitir ao usuário modificações de informações relevantes, que não foram identificadas previamente. A coleta dos tempos de uma atividade parcial foi composta pelas informações de: tempo total; hora inicial; hora final; e das grandezas relativas necessárias para a determinação da produtividade. Uma operação geralmente possui diversas atividades parciais, ou seja, raramente é realizada com apenas um elemento (atividade parcial).

No software, na opção “Coleta dos dados”, o cronoanalista ao realizar um toque duplo sobre uma atividade parcial listada, é acionado um pequeno cronômetro que prontamente inicia a contagem do tempo. Durante esse processo, é possível realizar outras rotinas em paralelo ao processo de cronometragem, como a gestão do cadastro das atividades.

Para cronometrar outra atividade parcial, deve-se realizar o mesmo procedimento na atividade desejada. Uma atividade parcial já cronometrada pode passar pelo processo outra vez ao realizar a ação de toque duplo novamente, pois algumas atividades possuem um ciclo de repetição. É permitido também a realização de novas coletas, assim como o gerenciamento das mesmas.

O resultado da coleta, por fim, pode ser demonstrado na opção “Resumo”. Essa ferramenta demonstra por classificação das atividades parciais (auxiliar, improdutiva e produtiva) e de uma forma linear a execução das atividades, com os respectivos tempos totais mensurados.

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4 CONCLUSÕES

O software possibilitará agilidade e precisão na coleta dos tempos de uma atividade parcial que se repete principalmente em ciclos curtos, quando comparado a uma coleta de dados que não emprega uma ferramenta de Tecnologia da Informação.

O registro dos dados de tempos e movimentos a partir de um sistema computacional, mostra-se como um aperfeiçoamento dos métodos comumente utilizados para a mensuração do trabalho, seja manual ou mecanizado.

5 REFERÊNCIAS

ALBERTIN, A., ALBERTIN, R. Benefícios do uso de tecnologia de informação para o desempenho empresarial. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, RJ, v. 42, n. 2, p. 275-302, mar./abr. 2008. Disponível

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122008000200004>. Acesso em: 02 Mai. 2014.

BARROCA FILHO, I. M.; AQUINO JUNIOR, G. S. A metamorfose dos sistemas de informação na era computação móvel. Revista Brasileira de Administração, Aquidabã, SE. v. 4, n.2, p.6‐17, ago. 2013. LEONAM, J. L. P. Desenvolvimento de aplicativo para dispositivos móveis para coleta de dados georreferenciados através de reconhecimento de voz. 2013. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Sistemas Agrícolas) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2013. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-10062013-091453/>. Acesso em: 2014 Mai 12

MAZE-SENCIE, R. Prática de cronometragem. Lisboa: Gráfica Monumental, LDA, 1966. 127p. MONTEIRO, J. B. Google Android: Crie aplicações para celulares e tablets. 1. ed. São Paulo: Casa do código, 2013, 307p.

ORLANDO, J.P. Usando aplicações ricas para internet na criação de um ambiente para visualização e edição de regras SWRL. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciências de Computação e Matemática Computacional) - Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2012. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/55/55134/tde-25072012-101810/>. Acesso em: 2014 Mai 18.

PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: Unicenp, 2007. 72p.

PERONI, W. J. Estudo de tempos e movimentos. 3. ed. Rio de Janeiro: CNI/DAMPI, 1990.63p. PRESSMAN, R. S. Engenharia de Software: Uma Abordagem Profissional. 7. ed. São Paulo: Bookman, 2011. 780p.

SCHAPIESKI, J. C.; CAMPOS, P C. Padronização de tempos e métodos nas atividades de classificação, empacotamento e armazenagem na cooperativa de cidadania e meio ambiente. Extensão em foco, Caçador, v. 1, n 1, p. 34-43, jun. 2013.

SIMÕES, D. Avaliação econômica de dois sistemas de colheita florestal mecanizada de eucalipto. 2008. 105 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Energia na Agricultura) -Faculdade de Ciências Agronômicas/Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2008.

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