Programas de Comunicação
Programa de formação para
coordenadores locais de comunicação
Caderno 1
Programa de Comunicação - 1
02
A Comunicação Social das Filhas de Maria Auxi- liadora no Brasil vem desenvolvendo há anos um
trabalho conjunto entre as diferentes Inspetorias através da Equipe de Comunicação Social do Brasil-
ECOSABRASIL. Este trabalho de animação permite não apenas uma unidade de reflexão e estudo, mas também se estende no desejo de trilhar uma cami-
nhada formativa, especialmente com os profissio- nais que colaboram na Comunicação local.
Neste sentido, o programa de formação para coor- denadores locais de Comunicação é fruto de um tra-
balho realizado em nível de Brasil, procurando so- mar forças e buscar caminhos formativos cada mais mais qualificados e que respondam às necessidades
de hoje.
Programa de Comunicação- 1
03
1. Apresentação
04
O mundo vive em um contexto de transformações nas estruturas sociais, econômicas, políticas e culturais. O cenário da Globalização, desde o final do século XX, trouxe novos interesses e neces- sidades para a sociedade. “As próprias bases do funcionamento social e das atividades cognitivas modificam-se a uma velocidade que todos podem perceber diretamente”. (LÉVY, 1993, p.7) Percebem-se diversas mudanças no processo educacional nos últimos anos devido às transforma- ções nos campos políticos, sociais e econômicos. Os novos paradigmas da educação se fundamen-
4. Fundamentação
Diante de um contexto de grandes exigências profissionais, de avanços tecnológicos e de busca constante por melhores resultados, precisa-se de profissionais da área de Comunicação e Marketing que respondam a estas necessidades. Porém, analisando o perfil dos comunicadores das presenças salesianas, percebe-se que muitos não são profissionais formados na área, o que exige um esforço das unidades no sentido de formar este profissional.
A partir do trabalho que vem sendo realizado nas Inspetorias, é visível o desejo e o empenho de preparar este grupo de colaboradores, contudo, muitas vezes as ações realizadas se dão de forma isolada, sem uma processualidade, o que prejudica o êxito das iniciativas.
Como instituições salesianas, a Comunicação deveria partir de uma visão cristã e carismática sobre a realidade. Ao mesmo tempo, a Educomunicação é um desafio a ser enfrentado, de modo que a prática comunicativa colabore incisivamente na formação de Ecossistemas Educativos. Constata-se que os profissionais da Comunicação que trabalham nas unidades salesianas, geralmente não che- gam com esta formação e visão de mundo, nascendo assim a necessidade de oferecer propostas consistentes do ponto de vista do carisma salesiano que aos poucos possam ajudá-los a comunicar a beleza da missão educativa salesiana.
O itinerário proposto quer ser uma forma de acompanhar e qualificar os comunicadores que tra- balham nas bases, não como algo isolado, mas alinhado e em sintonia com todas as Inspetorias do Brasil e com o Centro Salesiano de Formação. Aborda questões técnicas, humanas, midiáticas, de marketing, de gestão e principalmente a partir de um olhar salesiano.
• Oportunizar uma formação sistemática na área da Comunicação em âmbito local;
• Objetivos Específicos;
• Estabelecer conteúdos básicos a serem desenvolvidos na ótica da Comunicação, Marketing e Sistema preventivo com os coordenadores locais de Comunicação;
• Sistematizar os cursos já desenvolvidos pelo CSF e verificar o que ainda está faltando;
• Incentivar e acompanhar a participação dos coordenadores locais de Comunicação nas formações oferecidas e assumir a auto formação;
• Sensibilizar as comunidades inspetorias, locais e dos polos para a formação das equipes de Comunicação;
• Desenvolver a habilidade e a competência de trabalhar em equipe;
2. Justificativa
3. Objetivo geral
Programa de Comunicação - 1
05
5. Interlocutores
tam no manifesto desenvolvimento científico e tecnológico.
A comunicação de fato, é um aspecto constitutivo da vida e da experiência humanas e compre- ende uma gama infinita de expressões, até poder concluir que na pessoa “tudo comunica” e que, portanto, não se pode não comunicar.
Na sociedade atual, a mídia e as tecnologias da informação e da comunicação se transformaram em grandes mediadores sociais. O domínio das informações assumiu papel estratégico para os indivíduos e a coletividade participarem ativamente do mundo globalizado.
Neste cenário, novas e antigas tecnologias se aliam a educação como recursos indispensáveis emergindo a necessidade de incorporação das tecnologias nos processos de ensino-aprendi- zagem. Paralelamente, emerge também a necessidade da gestão comunicativa nos espaços de aprendizagem, como contribuição no planejamento e otimização do uso das informações media- das pelas tecnologias na educação.
Vive-se a era da informação, onde o conhecimento se constrói e se relaciona de maneira ace- lerada a uma sociedade globalizada com uma multiplicidade de possibilidades. A sociedade da informação se estabelece pela potencialização de novas tecnologias no ambiente, com o direcio- namento para a valoração do conhecimento, para o desenvolvimento humano e social através da inclusão e integração de exigências às demandas mundiais.
As Tecnologias de Informação e Comunicação estabeleceram formas de equacionamento de dis- tancias e diferenças sociais e culturais. A escola diante deste novo contexto necessita incontesta- velmente de propostas de inclusão social e digital a todos os seus alunos para um efetivo cumpri- mento de sua função de educar, formar e preparar o cidadão de maneira integral.
O ato de Educar nesse novo modelo se constitui através de um intercâmbio com o educando, é um processo dinâmico que se desempenha no contato do aluno com suas vivências. É uma re- lação dialógica, onde os homens se educam em conjunto de acordo com sua realidade social. A construção do conhecimento pela interação dos saberes possibilita aos educandos a transforma- ção do mundo por se descobrirem como agentes partícipes da revolução educacional. O papel do educador é o de incentivar a curiosidade e a criatividade do educando valorizando sua liberdade de pensamento e sua capacidade de construir perspectivas.
Nesse contexto emergem algumas necessidades como: dar visibilidade às ações educativas ino- vadoras de forma qualificada com a linguagem dos destinatários, especialmente da juventude;
transformar nossas obras em espaços comunicacionais inseridos no complexo cenário da ciência da comunicação que nos motiva a um trabalho colaborativo e em equipe inspetorial e local de modo a garantir uma especifica gestão comunicacional.
Responsáveis locais pela Comunicação
6. Metodologia
a. Em nível local
• Encontros de formação no Carisma Salesiano em nível local, Inspetorial e por polo;
• Participação nos diálogos de formação do CSF;
• Realização de cursos EAD teóricos- práticos, e de extensão do CSF;
• Encontros formativos com temas variados e Oficinas;
Programa de Comunicação- 1
06
Programa de Comunicação - 1
Ano A - 1º semestre: Ano A - 2º Semestre
• Diálogos de formação:
“Endomarketing: engajamento da comunidade educativa”
• Curso:
Técnicas de redação de notícias (30h)
• Livro:
Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação; ou:
Educomunicação: Desafio à Família Salesiana;
• Conteúdos trabalhados na Inspetoria:
Técnicas de fotografia;
• Diálogos de formação:
A Comunicação em Dom Bosco (Tarcízio Odelli)
• Curso:
Princípios de marketing (20h)
• Livro:
A gestão do tempo;
• Conteúdos trabalhados na Inspetoria:
Mídias Sociais I;
Ano B - 1º semestre Ano B - 2º Semestre:
• Diálogos de formação:
A Comunicação em Madre Mazzarello (Eliane Petri)
• Curso:
Marketing de serviços (20h)
• Livro:
Estratégias De Comunicação Nas Mídias Sociais - Série Comunicação Empresarial; Editora: Manole (Saúde -Técnico) - Grupo Manole
Autor: Wilson Da Costa Bueno
• Conteúdos trabalhados na Inspetoria:
Mídias Sociais II;
• Diálogos de formação:
Juventudes e Novas Tecnologias (Maurício Perondi)
• Curso:
Educomunicação (20h)
• Livro:
Educomunicação: Recepção midiática, aprendiza- gens e cidadania
• Conteúdos trabalhados na Inspetoria:
Produção e edição de vídeos;
Ano C -1º semestre Ano C - 2º Semestre
• Diálogos de formação:
“Arquivos: o que e como conservar?” (Ana Célia Navarro)
• Curso:
Gestão da Comunicação (40h)
• Livro:
Marketing na Era Digital- Martha Gabriel. Ed No- vatec, 2010
• Conteúdos trabalhados na Inspetoria:
Oficina de administração de crises nas mídias e ética nas Comunicações
• Diálogos de formação:
“Arquivos fotográficos” (Luciana Amaral)
• Curso:
Estratégias de Marketing para Captação e Retenção de alunos;
• Livro:
Marketing Educacional em Ação, Autor: Sonia Si- mões Colombo, Editora: Penso
• Conteúdos trabalhados na Inspetoria:
História e diferencial da Comunicação Salesiana
Cronograma:
Obs: Em relação aos conteúdos trabalhados na Inspetoria, além dos temas propostos, podem e devem ser trabalhados outros temas que surjam a partir das realidades locais e que precisam ser reforçados.
7. Avaliação
Será constante, após cada etapa realizada, gerando relatórios de satisfação e desempenho. As avaliações serão partilhadas nas equipes Inspetoriais e em nível de Ecosbrasil e Rede Salesiana Brasil. Ao final do primeiro triênio a programação deve passar por uma avaliação mais precisa, a fim de verificar que elementos devem ser repetidos e que tópicos devem ser acrescentados.
8. Referências
FILHAS DE MARIA AUXILIADORA. Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação, Brasília, DF: EDB, 2014.
GABRIEL, MARTHA. Marketing na Era Digital- Ed Novatec, 2010
INSTITUTO DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA. Para que tenham vida e vida em abundân- cia: Linhas Orientadoras da Missão Educativa das FMA. Roma, 2005.
__________ Alargai o olhar: Com os jovens, missionárias de alegria e de esperança. Atos do XIII Capítulo Geras das FMA. Gráfica Editora São Judas, 2014.
__________ GONG 4- Educomunicação: Pequenos passos da nova mudança, Roma, 2008.
__________ GONG 5- Na cultura da Comunicação: Um mapa para orientar-nos, Roma, 2012 REDE SALESIANA DE ESCOLAS. EDUCOMUNICAÇÃO: Desafio à Família Salesiana; Brasília: CIB- Cisbrasil, 2010.
07
Programa de Comunicação- 1