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O PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E AS NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

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Academic year: 2021

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O PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E AS NOVAS

TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

Amanda Silva Mota Indiara Santana Dantas

RESUMO

Este artigo tem como objetivo reforçar a importância da utilização dos meios tecnológicos como forma de enriquecer a prática pedagógica na sala de aula. Resultado de pesquisa teórico-bibliográfia, aborda o papel do professor de português diante de sua relação com as novas tecnologias e a partir delas o uso de uma prática pedagógica que condiz com as reais perspectivas de aprendizagem nos dias atuais. O professor de português tem em suas mãos um indispensável e valoroso meio, a Internet, que pode ser adequada à sua prática pedagógica, como uso inesgotável de pesquisa, de produção e divulgação de ideias, trazendo para o ambiente escolar o contato do aluno com textos diversos, trocando informações através da comunicação instantânea.

PALAVRAS-CHAVE: Novas tecnologias, Internet, professor, prática

pedagógica.

ABSTRACT

This article aims at reinforcing the importance of using media technology as a way to enrich the teaching practice in the classroom. Search Result theoretical literature explores the role of the teacher of Portuguese before his relationship with new technologies and from them the use of a pedagogical practice that is consistent with the real prospect of learning today. Professor of Portuguese have in your hands a vital and valuable medium, the Internet, which may be appropriate for their pedagogical practices, such as the use of inexhaustible research, production and dissemination of ideas, bringing to the school contact the student with texts several, exchanging information through

instant communication.

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INTRODUÇÃO

A história do desenvolvimento da tecnologia e seu papel nas sociedades é um tema fundamental para que se entenda sua relevância e amplitude diante das novas perspectivas na educação. As tecnologias surgiram ao longo do tempo e encontram raízes do pensamento e da cultura ocidentais a partir do século XVII, construindo-se a partir de então o conceito moderno de ciência e também o de tecnologia.

Essa idéia de progresso e a concepção do saber científico, ainda presentes nos dias atuais, têm sua origem na Europa com a grande revolução científica e filosófica que levou o homem a maiores dimensões de desenvolvimento do seu pensamento, o qual ganhou subsídios para a criação, adaptação, conhecimento e domínio de vários saberes, passando então para uma nova era repleta de mudanças em todos os seus âmbitos sociais, entre ele a escola.

Então, pode-se dizer que foi a partir da Revolução Científica e depois, da Revolução Industrial, que o progresso científico resultou em fundamental importância para a civilização moderna, entre outros motivos, porque a ciência moderna tornou possível a transformação da técnica e o surgimento da tecnologia com base na ciência. Dessa forma, os conhecimentos científicos foram sendo inseridos de maneira a atuarem na prática de transformação do mundo.

As escolas estão passando por uma ampla transformação nos seus métodos de ensino, principalmente nos recursos utilizados no processo de ensino aprendizagem. Em épocas passadas, por exemplo, todo conhecimento se centralizava na figura do mestre, que era o único detentor do saber, e dele dependia toda produção, processamento e transmissão do saber, essa era a postura da “Escola Tradicional”. Seus recursos didáticos limitavam-se ao uso do quadro negro, o giz e do livro, o espaço para a produção do conhecimento também era restrito a sala de aula e freqüência integral e regular era um dos requisitos para o aluno a ser aprovado.

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Com base nesse ponto, percebemos a dimensão histórica acerca das tecnologias, notando-se o quanto o mundo hoje está diferente por conta das descobertas nesse campo, levando a uma corrida tecnológica sem precedentes. Diante disso, surgem reflexões e discussões sobre todas essas mudanças e as conseqüências delas no presente e os rumos futuros que a sociedade tomará, com toda essa súbita transformação que envolve as Tecnologias da Informação e da Comunicação - TICs, afinal essas questões mais cedo ou mais tarde acabam envolvendo a todos, e por esse motivo é tão importante pensar e analisar esse assunto.

O presente artigo, de natureza teórico-bibliográfica, tem como objetivo mostrar a relevância do papel do professor de português diante do uso das TICs, enfatizando a importância desses recursos no aprimoramento de técnicas de pesquisa, como é o caso da internet, e também de outras tecnologias de comunicação, servindo para que posturas adequadas às mudanças que vêm acontecendo em nosso cotidiano sejam tomadas em sala de aula no sentido de melhorar, cada vez mais o processo de ensino e aprendizagem.

Buscando contextualizar mais o assunto à realidade próxima é que se coloca o professor de português diante do uso das novas tecnologias, observando-se nesse ponto de que forma esse discente pode utilizá-las em prol de uma educação mais aproximada com a realidade da sociedade que circunda a escola, e como lidar com todas essas transformações, sendo que muitas das vezes nem mesmo o professor é capacitado ou preparado para, veementemente, fazer uso apropriado e proveitoso das tecnologias.

1. UM POUCO DA HISTÓRIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS

A história do homem sempre foi acompanhada por de avanços, mudanças e transformações, e as tecnologias fazem parte desse contexto. Inicialmente os instrumentos foram sendo criado por ele para o auxílio em suas atividades, e isso ajudou no complexo processo de construção e criação do mundo tal qual como ele hoje, cheio de novidades e de facilidades por conta

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dos avanços da ciência. E, assim foi o homem se superando, a necessidade de medir o tempo criou o calendário, a de conhecer novas terras fez surgir grandes navios a vela que depois foi adaptado para o valor; a necessidade de voar levou ao experimento do avião, e assim sucessivamente.

Durante o período da Renascença, uma efervescência no campo intelectual acabou pondo em terra idéias incutidas na sociedade vigente, seja no campo da filosofia medieval, seja os princípios bíblicos, e confrontava-se essas verdades com os dados adquiridos a partir das novas descobertas científicas. Essa renovação não foi algo fácil, mas aconteceu de maneira marcante na história das ciências. Nesse contexto, renasce a arte, a cultura, ocorre a transição de uma economia a base de troças para a economia monetária, e uma nova imagem do homem leva a uma nova concepção da vida.

Com a Revolução Científica, o homem renascentista presencia importantes descobertas que certamente alteraram os rumos da história de vários povos, entre eles os europeus, podendo-se citar a invenção da bússola, que possibilitou a navegação nos oceanos; a pólvora, permitindo a fabricação de novas armas, e a impressão de livros, difundido os novos conhecimentos e provocando mudanças de pensamentos e ações no meio educacional daí em diante.

É importante observar que atualmente vive-se uma revolução na tecnologia das comunicações que torna a tarefa de expandir conhecimentos mais simples do que já foi em outros tempos, um exemplo é a internet, hoje presente em várias escolas, com a vantagem de que os alunos já sabem acessá-la devido a experiências corriqueiras no seu dia-a-dia como os famosos chats “bate papo” em Lan Houses espalhadas por todos os bairros, principalmente nos mais pobres, ou em casa.

2 . TECNOLOGIA DENTRO DA SALA DE AULA

A tecnologia está presente no nosso dia a dia, e vem trazendo inúmeros benefícios para nossas vidas, inclusive para a área da educação. Um exemplo

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é a Internet, com seus sites que podem ser usados como fontes de pesquisa ou até mesmo, em algumas situações, substituir o livro didático, com atividades que despertem uma aprendizagem significativa.

Os avanços das Tecnologias da Informação e da Comunicação estão entrando de maneira rápida em nosso meio, e é por isso que a escola não pode ser excluída dos benefícios que as TIC podem proporcionar no sentido de auxiliar o processo de ensino-aprendizagem para que ele se torne mais atrativo e interessante para o aluno. Mas é preciso que os professores fiquem atentos para essas mudanças, procurando aprimorar seus conhecimentos para fazer um uso significativo dessa ferramenta.

A tecnologia é vista por especialistas e educadores como ferramenta essencial e indispensável na era da comunicação, e as novas tecnologias já ganharam espaço efetivo nas salas de aula através da televisão, inclusive a cabo, rádio e, em alguns contextos de computadores ligados à internet, a qual está carregada de infinitos sites educativos e de entretenimento (jogos eletrônicos, por exemplo). Estas são algumas das possibilidades existentes e que podem ser aproveitadas no ambiente escolar como instrumentos facilitadores do aprendizado.

A linguagem da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta, são dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. O jovem lê o que se pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo (MORAN,1991 pag.39)

Temos que despertar no aluno a curiosidade por algo novo, e se tivermos acesso a diferentes meios de comunicação e soubermos fazer bom uso deles, levando os alunos a interpretarem e até a reinventarem o que lhes é ofertado diariamente, estaremos realmente fazendo a diferença. A escola deve explorar o imaginário do aprendiz, pois há um mundo a ser descoberto por alunos e educadores, no sentindo de apropriação urgente e necessária das linguagens e das técnicas de produção audiovisual, do uso de encantamento para gente de todas as idades.

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Entre várias mídias, a TV tem o papel mais importante na sociedade, pois ela leva informações para todo o mundo é o meio midiático mais utilizado. Os professores podem utilizar a TV e o vídeo para mostrar a importância deles em sala de aula, transformando-os em instrumentos de participação nos estudos, isso feito de forma reflexiva, já que a escola deve ajudar a formar cidadãos críticos.

A relação entre educação e comunicação é bastante complexa, e diferentes usos das TIC devem ser discutidos, analisados e explorados por educadores e educandos desde cedo, uma vez que nossa sociedade está totalmente cercada e influenciada por elas. Sobre isso, destacamos a seguinte reflexão de Orofino (2005, p. 23):

Hoje em dia, as mídias, os meios de comunicação social, sobretudo a televisão, tem uma influência marcante na primeira cultura, principalmente na infância. Naquela cultura que nasce da experiência da vida, que absorvemos sem perceber, movidos pela curiosidade, no dia a dia.

Os usos pedagógicos das diferentes mídias estão em sintonia com a presença dos elementos tecnológicos na sociedade, os quais vêm transformando o modo como os indivíduos se comunicam, se relacionam e constroem conhecimentos. Vivemos, na atualidade, cercados pelas novas tecnologias, o que exige do professor uma preparação e atualização com intuito de fornecer as ferramentas para motivar o aluno e ajudá-lo a produzir seu conhecimento. Esse contato com o novo vem ampliando o horizonte dos educadores e mostrando novas possibilidades pedagógicas, possibilidades essas que também incluem socialmente. No entanto, ainda de acordo com Orofino (p. 23): “quando se fala de inclusão digital, precisa-se discutir de que inclusão estamos falando. Não significa simplesmente ter acesso, democratizar o acesso. É fundamental discutir para quê, a favor de quem, o quê”.

Precisamos lembrar que os alunos da atualidade têm acesso, em maiores e menores proporções, às tecnologias, e isso pode ser aproveitado no trabalho em sala de aula, sendo que a internet, por exemplo, pode servir tanto para o proveito no processo ensino-aprendizagem, como se não utilizada de maneira contextualizada, não servirá. Portanto, o professor busca trabalhar

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com textos, realizar pesquisas tanto ele próprio, para o seu enriquecimento intelectual, como também em conjunto com os seus alunos, já que o educador da contemporaneidade deve ser um pesquisador em serviço, aprendendo com a prática e a pesquisa e ensinando a partir do que aprende, conforme declarado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998, p.87):

São situações em que as atividades de escuta, leitura e produção de textos orais e escritos, bem com as de análise lingüística se interrelacionam de forma contextualizada, pois quase sempre envolvem tarefas que articulam essas diferentes práticas, nas quais faz sentido, por exemplo, ler para escrever, escrever para ler, decorar para representar ou recitar, escrever para não esquecer, ler em voz alta, falar para analisar depois, etc.

É importante que esse profissional esteja sempre se atualizando com relação às metodologias de ensino e às novas mudanças tecnológicas, para que dessa forma possa educar com qualidade os alunos.

3. AS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

De acordo com Freire (1997, p.56), “aprender é uma descoberta do novo, com abertura ao risco, à aventura e a novas experiências, pois, ensinando se aprender e aprendendo se ensina”. Subtende-se assim que, na educação, o processo de renovação deve ser constante, e que a descoberta, o novo, sempre fazem parte da construção do conhecimento.

Diante disso, o uso de novas tecnologias na educação representa a viabilização de um trabalho versátil e provedor de resultados satisfatórios na aprendizagem, uma vez que o professor passa a ter acesso a outros recursos em suas aulas. Essa inovação não significa que se estará substituindo o antigo pelo novo, porém, trata-se de um complemento contextualizado com a nova realidade da sociedade. No entanto, apesar da inserção tecnológica em quase todas as áreas do conhecimento, a capacitação do professor, em destaque o de Português, ainda requer bastante empenho por parte das entidades educacionais e dos gestores públicos.

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Antes de tudo, o processo educativo necessita ser concebido como área aberta, buscando-se levar para esse ambiente de ações criativas, as múltiplas abordagens transversais, acoplando a isso os recursos disponíveis para enriquecer e dar maior margem ao trabalho do professor. Isso requer mudança de paradigmas, busca de aproximações com linguagens contemporâneas, com novas tecnologias da informação e da comunicação, capazes de produzir mudanças nas práticas pedagógicas. Assim, a educação deve apropriar-se dessas ferramentas que, cada vez mais, tomam conta do cenário escolar, seja do setor privado como o público.

Levy (1993) entende que são três os maiores momentos da história do conhecimento relacionados aos avanços das tecnologias. Num primeiro momento destaca-se o pólo da oralidade, momento de mudanças em que a humanidade ainda não dominava as tecnologias da escrita, sendo conhecido como mitológico e transmitido pela palavra. O segundo diz respeito ao pólo da escrita, com todo o impacto que essa tecnologia gerou sobre o saber humano. O terceiro é o pólo mediático-informativo, na segunda metade do século XX, momento em que ocorre uma aceleração de um tipo de comunicação que atinge um número muito maior de pessoas (acesso facilitado à informação).

Ao falar nas TICs é importante ressaltar que a maioria da população, no Brasil, ainda possui acesso restrito à Internet, por exemplo, ou nenhum acesso a ela. Não se pode deixar de considerar as novas iniciativas públicas atuais que, espera-se, em um futuro breve, serão capazes de democratizar plenamente o acesso, criando novas oportunidades e possibilidades de consumo de tecnologias.

A teia de informações que emerge das tecnologias de comunicação acrescenta novas terminologias e permite compreender, conceituar um dos eixos imprescindíveis no processo de construção do conhecimento, bem como no ensino e na aprendizagem: o pensamento em rede. Essa dinâmica influi na formação de professores.

O domínio das tecnologias de informação e de comunicação, a capacidade para integrá-las à prática escolar, acrescida do grande incentivo aos cursos de educação à distância nos tempos atuais, e sua utilização na

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formação continuada de professores são aspectos presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional do Brasil – LDBEN. Essas preocupações despontaram diante das necessidades de mudanças radicais na área do conhecimento, decorrentes da rápida evolução da tecnologia e de seus desdobramentos.

Essa almejada formação geral do indivíduo depende das instituições formadoras de professores, como também da competência desses professores para proporcionar comparações com práticas que vêm sendo realizadas nas escolas, da pesquisa e da presença de conteúdos tecnológicos atualizados. Entretanto, não basta capacitar o professor para as novas tecnologias. É necessário o preparo e a manipulação de informações para um posicionamento crítico diante dessa realidade.

O uso das tecnologias da comunicação como o correio eletrônico, o fax, o computador, além de outros, por exemplo, reduz as barreiras do espaço e do tempo, e seus usos vêm aumentando, tornando-se possível formar uma audiência muito espalhada com vídeo e áudio e obter outros dados por meio dos quais se podem avaliar os trabalhos dos alunos.

Assim, faz-se necessário considerar o uso cada vez mais freqüente dessas novas ferramentas que podemos utilizar em todos os aspectos, seja no âmbito educacional ou fora dele. Em particular, na escola, por ela necessitar das novas tecnologias multimídia para comunicar idéias novas, descrever objetos e outras informações úteis para o trabalho docente. Isso exige que o ambiente escolar não só absorva a questão da necessidade das novas tecnologias na escola, mas também que ela estruture o uso dessas tecnologias de forma a produzir novas expressões e meios eficazes de aprendizagem.

Ao trabalhar com os princípios da Tecnologia Educacional, o professor estará criando condições para que o aluno, em contato crítico com as tecnologias da/na escola, consiga lidar com as

tecnologias da sociedade sem ser por elas dominado.

(SAMPAIO,1999,p.25).

Nesse contexto, cabe aos professores despertarem para essa “invasão”, no bom sentido, das tecnologias no ambiente educativo, devendo utilizá-las para trabalhos pedagógicos, e para dirimir as dificuldades de aprendizagens,

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porém é necessária a obtenção de informações sobre como lidar com as mídias, pois é importante a sua capacitação e atualização no intuito de dinamizar o processo de ensino-aprendizagem.

Mas, uma pergunta poderia ser sugerida sobre esse assunto: o que de fato poderá fazer o professor de português, por exemplo, com essas tecnologias? A resposta estaria voltada às várias possibilidades de diferentes aprendizagens, por caminhos diversificados, pois o professor de língua portuguesa, mais do que outra área vai lidar com os novos gêneros textuais, com a infinidade de livros, artigos e matérias que contém na internet, com DVDs, reportagens, enfim é um mundo que se abre para o seu trabalho.

Entretanto, a tecnologia modifica-se também estimulada pelas pesquisas e inovações diretamente ligadas à produção e comercialização de produtos e de serviços. Uma das razões de tamanha velocidade pode ser atribuída ao mercado de consumo, que atualmente caracteriza-se pelo fenômeno da globalização, que por sua vez os produtos estão em constante processo de modernização, um exemplo disso é a televisão e os computadores. A escola precisa acompanhar e se adequar a essas mudanças, a essa modernização.

Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando as novas tecnologias, o professor, especificamente, o de português precisa estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o aluno já sabe, o que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber. Motivar o aluno a fazer parte da proposta pedagógica, colocando-o a par do que será abordado e convidando-o a contribuir.

É certo que diante de tantas mudanças – nos paradigmas da educação, na sociedade a responsabilidade do professor se amplia ainda mais. Mas, essas mudanças não partem apenas do surgimento das novas tecnologias e sua inserção na escola, mas sim da postura do professor que deve também se adequar e optar por fazer um trabalho em sala de aula em que se utilize de todas as ferramentas possíveis para a viabilização da aprendizagem.

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Assim, deve-se esquecer do autoritarismo exacerbado de outros tempos, que dificultava o contato do aluno com o professor. A realidade atual escolar e social exige que a escola ajude o professor a encontrar o melhor caminho que o professor deve percorrer, não excluindo o aluno do contexto educacional, ao contrário, que sejam bem mais unidos, seja no momento presencial ou no ensino a distância, as novas tecnologias propiciam uma interação maior, se utilizadas nesse sentido.

4. O PROFESSOR DE PORTUGUÊS E O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

A educação, ao constituir-se como elemento imprescindível de socialização e busca pela elevação e sistematização do conhecimento, passou por inúmeras mudanças decorrentes da constante reorganização política e econômica do mundo. Nesse contexto, paradigmas educacionais foram sendo transformados e adequados de acordo com uma nova visão, utilizando para isso recursos que foram sendo modernizados.

Faz-se necessário ao profissional possuir uma formação específica e especializada para lidar com as novas tecnologias, necessitando constantemente a sua atualização e estudos contínuos. Contudo, a realidade mostra um quadro um pouco diferente. Para pesquisar é necessários tempo, e o professor, que se encontra em sala de aula, por vezes com uma sobrecarga de trabalho, não encontra este tempo para a pesquisa, para criar novas propostas de aula.

O professor também necessita de atualização permanente, buscar sempre informações, saber o que está acontecendo, estar consciente da relação entre os diferentes saberes. Saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente para atender às necessidades dos alunos. Isto não quer dizer que o professor precise saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer.

Mesmo que o processo educativo esteja atrelado ao professor, este precisa ter claro que a sua proposta deve estar voltada à aprendizagem do

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aluno e ao seu desenvolvimento. Através de ações conjuntas direcionadas para a aprendizagem levando em conta incertezas, dúvidas, erros, numa relação de respeito e confiança. As intervenções do mediador precisam estar coerentes com as necessidades e /ou dificuldades dos alunos.

Já os alunos da atualidade têm acesso, em maiores e menores proporções, às tecnologias, e isso pode ser aproveitado no trabalho em sala de aula, sendo que a internet, por exemplo, pode servir tanto para o proveito no processo de ensino-aprendizagem, como se não utilizada de maneira contextualizada, não servirá.

Um uso consciente da grande rede mundial (WWW) é quando o profissional docente busca trabalhar com textos, realizar pesquisas para o seu enriquecimento intelectual, como também em conjunto com os seus alunos, já que o educador da contemporaneidade deve ser um pesquisador em serviço, aprendendo com a prática e a pesquisa e ensinando a partir do que aprende.

Dentro dessa nova perspectiva da educação muito se questiona: e o que muda no papel do professor, especificamente, de português? Com as novas tecnologias muda a relação de espaço tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas de conhecimentos ultrapassa a barreira da sala de aula e chega ao espaço virtual. O tempo de enviar de troca de informações pode ser estendido ou adaptado a horários combinados pelo professor junto aos alunos. O processo de comunicação pode acontecer na internet, no e-mail, no chat e na própria sala de aula.

Por isso a necessidade de integrar as tecnologias de forma inovadora, pois é importante frisar que o professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar o seu trabalho com os alunos, de introduzir um tema, seja de maneira presencial, ou até mesmo virtualmente. É preciso, portanto, encontrar a forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos. Contudo, é de suma importância que ele aprenda a dominar as formas de como lidar com as novas tecnologias.

Não há uma receita pronta, oferecendo soluções ou fórmulas para as situações no ambiente escolar, já que elas são bastante diversificadas, mas é necessário que cada docente encontre a sua maneira de lidar com uso dos recursos disponíveis em seu local de trabalho, pois assim como se usava há

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algum tempo atrás o flanelógrafo, ou o ábaco, deve-se usar os materiais disponíveis contextualizados com a realidade vigente do avanço da tecnologia.

Nesse contexto, a escola tem que manter o seu papel moderno, de atualizar e acompanhar o avanço das ciências, pois ela não pode permanecer parada no tempo, e as máquinas não podem servir para escravizar ou adestrar o homem, mas sim possibilitar que, com os avanços conseguidos através da modernidade, a sociedade possa usufruir o melhor possível, modernizar-se e evoluir.

Dentro dessa nova perspectiva da educação muito se questiona: e o que muda no papel do professor, especificamente, o de português? Com as novas tecnologias muda a relação de espaço tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas de conhecimentos ultrapassa a barreira da sala de aula e chega ao espaço virtual. Ou seja, o processo de comunicação pode acontecer na internet, através de gêneros textuais digitais: e-mail, no chat e na própria sala de aula.

Assim, percebe-se que o papel do professor não é mais o tradicional, que impõe um aprendizado, mas é um papel muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição e domínio tecnológico. Marcuschi (2008, p. 154) afirma que: “Quando dominamos um gênero textual, não dominamos uma forma lingüística e sim uma forma de realizar lingüisticamente objetivos específicos em situação sociais particulares”.

Os recursos tecnológicos do ambiente têm a interatividade como uma característica potencializadora da interação, que se concretiza na ação entre as pessoas. Daí a importância da mediação pedagógica do formador numa perspectiva de criar condições de favoreçam à produção colaborativa de conhecimento.

A comunicação a distância exigiu o debruçar sobre instrumento e linguagens próprias do ambiente, linguagens normalmente não utilizadas na comunicação formal acadêmica. A linguagem informal passou a ser a transcrita, pois ela se prestou a aproximar a distância que se faz presente nesse tipo de ensino mediado pelo computador. Percebe-se, com isso, a importância de conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao

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aluno por todos os caminhos possíveis e viáveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela multimídia, pela interação on-line e off-line.

Diante desse novo panorama na educação, deve-se considerar que o professor deve ter à disposição uma série de ferramentas que incrementam sua prática pedagógica, conseguidas através do uso do computador, podendo-se citar: a teleconferência, a videoconferência, o chat ou bate-papo, o correio eletrônico, internet, entre outros.

4.1 Importância do blog

A palavra blog vem do inglês weblogs, por ser de facíl uso e de ser criado com facilidade vem aumentando o seu crescimento em vários países e no Brasil também mais com ritmo menos acelerado. Blogs são como diários eletrônicos onde podemos expressar idéias, pensamentos do autor, criticar, tem toda abertura para debater sobre diversos tipos assuntos.

Por ser uma ferramenta diferente, mas capaz de reinventar nosso trabalho pedagógico pelo poder de interação e de envolvimento que podemos ter com os nossos alunos, é o momento em quem eles deixam de ser alunos e passam a ser escritores, leitores, pensadores, críticos. Por isso que o blog pode ser usado em sala de aula porque ajuda o aluno a ter idéias a pensar e expressar seus pensamentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo dos tempos, as tecnologias foram entrando no cotidiano do homem, fazendo parte de todos os ambientes sociais. Com a escola não seria diferente, já que nela se reproduzem os avanços e anseios da sociedade. Contudo, ao chegar a televisão, o vídeo, o computador, entre outras tecnologias, a escola deparou-se com um novo problema: como utilizar esses recursos em prol da educação hoje? Com isso, nasceu a necessidade de preparar seus profissionais para lidar com tais recursos.

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Se pensarmos assim, as novas tecnologias trouxeram oportunidades renovadas de ampliar os caminhos para o conhecimento, tornando o professor um mediador e facilitador do processo de aprendizagem, uma vez que ao fazer uso das ferramentas eletrônicas irá desenvolver uma prática pedagógica que ajudará o aluno a constituir estruturas mentais importantes para o seu crescimento intelectual. Cabe a nós, como educadores, saber trabalhar com as tecnologias educativas na sala de aula.

SOBRE AS AUTORAS

Amanda da Silva Mota e Indiara Santana Dantas são graduandas em Letras Português (2010/1), pela Universidade Tiradentes. O presente artigo é resultado do trabalho de conclusão de curso - TCC, sob orientação da professora Maria Amália Façanha Berger. Mestre em Educação (UFS) e Licenciada em Letras Português/Inglês (UFS). E-mails: mota_amanda20@hotmail.comeindiara@precajuverao.com.br.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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língua portuguesa: a prática em sala de aula. São Paulo. Ed.Arte & ciência ,

2003.

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LEVY, P. As tecnologias da inteligência, o futuro do pensamento na era da

informática. Rio de Janeiro. Ed. 34. Rio de Janeiro, 1993.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos T., BEHRENS, Marilda A. Novas

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MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e

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OROFINO, Maria Isabel.Mídias e mediação escolar:pedagogia dos meios, participação e visibilidade. São Paulo. Ed.Cortez: Instituto Paulo Freire , 2005. BRITO, Eliana Vianna; MATTOS, José Miguel; PISCIOTTA, Harumi. PCNs de

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PERRENOUD, P. Formar professores em contextos sociais em mudança. Disponívelem:<http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/p hp_1999/1999_34.html> Consultado em 23/04/20

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