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²Pós Graduação em Biologia Geral/Bi prospecção, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambiental- Universidade Federal da Grande Dourados

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ISBN: 978-85-93416-00-2

BANCO COMUNITÁRIO DE SEMENTES CRIOULAS DO

ASENTAMENTO ELDORADO: PROMOVENDO O RESGATE E A

CONSERVAÇÃO DA AGROBIODIVERSIDADE NO MUNICÍPIO

DE SIDROLÂNDIA, MATO GROSSO DO SUL

Lethicia Camila Dorce1; Patrícia Santos dos Reis2; Jósimo Diego Bazanella Liné 3; Ana

Paula Scaffa 3; Júlio Cesar Pereira Lobtcehno4; Zefa Valdivina Pereira5

¹Acadêmica do Curso de Economia, Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia - Universidade Federal da Grande Dourados

²Pós Graduação em Biologia Geral/Bi prospecção, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambiental- Universidade Federal da Grande Dourados

³Acadêmicos do Curso de Gestão Ambiental, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambiental- Universidade Federal da Grande Dourados

4Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências Biológicas e

Ambiental- Universidade Federal da Grande Dourados

5Docente da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambiental- Universidade Federal

da Grande Dourados

Resumo

Os bancos comunitários de sementes crioulas promovem a manutenção e conservação dos caracteres de variedades, visando à sustentabilidade e à autonomia dos agricultores frente ao mercado de sementes, é de suma importância para garantir a segurança alimentar desses agricultores e suas famílias. Este trabalho teve por objetivo relatar a

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experiência da criação do banco de sementes de Crioulas do Assentamento Eldorado, Município de Sidrolândia, MS. O trabalho está sendo desenvolvido no complexo de Assentamento Eldorado (INCRA), localizado na zona rural do município de Sidrolândia - MS, situado a 60 km da capital, Campo Grande. O Banco Comunitário de Sementes Crioulas, do assentamento Eldorado contribui sobremaneira para a manutenção do banco de germoplasma de sementes crioulas do Estado de Mato Grosso do Sul. Em relação às famílias associadas, garantem sementes de qualidade e diversificadas, na época adequada para o plantio, livrando-se das sementes hibridas e transgênicas, disponibilizadas pelas empresas multinacionais no mercado brasileiro. Além disso, a produção de alimentos tende a aumentar em quantidade, qualidade e diversidade, proporcionando segurança alimentar e nutricional das famílias integrantes do projeto. Este projeto, assume um papel importantíssimo na valorização do saber popular repassados de geração a geração, considerados estratégicos, em relação as sementes transgênicas que além de gerarem dependência, provocam uma ruptura em relação ao saber popular, considerado de grande relevância no processo do empoderamento dos agricultores e agricultoras, bem como das comunidades.

PALAVRAS-CHAVES: Comunidades tradicionais, Segurança e soberania alimentar, Agroecologia.

1. Introdução

A agro biodiversidade é um processo de interação milenar entre a natureza e o ser humano a partir da prática da agricultura. A domesticação de espécies leva à seleção, por diferentes gerações e em diferentes localidades, das melhores variedades adaptadas às condições locais, resultando em grande variabilidade genética e os diversos genótipos e agro ecossistemas formam a agro biodiversidade (MEIRELLES et al., 2006).

As sementes crioulas chegaram até os dias atuais pela prática da agricultura tradicional realizada pelos agricultores e populações indígenas, que selecionaram, melhoraram, conservaram e trocaram sementes entre si. São as sementes que melhor se adaptam às diversas condições ambientais. Essas sementes passaram por uma forte seleção natural na qual, os indivíduos mais vigorosos conseguiram ser propagados e se

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expressar fortemente nas gerações futuras. Além disso, estas podem ser armazenadas para serem reutilizadas nas safras posteriores, tornando desnecessário ao produtor a aquisição de sementes comercializadas por firmas particulares, tendo em vista que essas sementes são perecíveis sendo impossível o seu armazenamento por mais de um ano (PALÁCIO FILHO et al., 2011).

Contudo, o processo de modernização da agricultura introduziu insumos agrícolas e sementes híbridas, que foram incorporadas e intensificadas no início dos anos 70 através de práticas agrícolas modernas. A utilização das sementes híbridas promoveu uma drástica redução das variedades tradicionais, fazendo com que estas

praticamente desaparecessem da região causando o que é chamadode erosão genética.

A utilização das sementes melhoradas gerou uma dependência dos agricultores, obrigando-os a adquirir todos os anos no mercado, sementes para fazer as lavouras (CORDEIRO et al, 1993). Essa dependência tem promovido redução na segurança alimentar e na qualidade da alimentação dos agricultores, além da autonomia das famílias e das comunidades.

A continuidade da agricultura camponesa, forte, autônoma, dinâmica e diversificada, depende da capacidade do camponês e da camponesa em conhecer, resgatar e produzir com sementes crioulas, pois há uma relação direta entre ambos. Pode-se dizer que as sementes crioulas dependem dos camponeses e das camponesas, assim como os camponeses e as camponesas dependem das sementes crioulas, e esta relação de interdependência, permite a continuidade de um campesinato forte, organizado e autônomo (ALBARELLO et al., 2009).

Contudo, os pequenos produtores têm dificuldades de acesso a sementes de qualidade, devido ao alto custo e à quase ausência de assistência técnica. Por isso, uma alternativa viável é a produção comunitária de sementes de variedades crioulas, tanto para subsistência quanto para comercialização de excedentes. DIDONET (2007), estima que 90% das sementes utilizadas por pequenos produtores em países em desenvolvimento sejam oriundas de bancos de sementes informais garantindo a permanência e circulação dessas sementes nas comunidades do campo.

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Dessa forma, estimular a criação de bancos comunitários de sementes crioulas, bem como estimular o sistema de troca de sementes e de informações entre os agricultores para a manutenção e conservação dos caracteres de variedades, visando à sustentabilidade e à autonomia dos agricultores frente ao mercado de sementes, é de suma importância para garantir a segurança alimentar desses agricultores e suas famílias. Este trabalho teve por objetivo relatar a experiência da criação do banco de sementes de Crioulas do Assentamento Eldorado, Município de Sidrolândia, MS.

2. Metodologia Local do trabalho

O trabalho está sendo desenvolvido no complexo de Assentamento Eldorado (INCRA), localizado na zona rural do município de Sidrolândia - MS, situado a 60 km da capital, Campo Grande. O banco comunitário de Sementes Crioulas está instalado na Sede do Assentamento Eldorado, instalações estas que foram cedidas pelo INCRA a UFGD. Este banco faz parte do projeto BANCOS DE SEMENTES CRIOULAS: UMA ESTRATÉGIA PARA A CONSERVAÇÃO DE AGROBIODIVERSIDADE DE COMUNIDADES RURAIS EM MATO GROSSO DO SUL aprovado pela Chamada

MCTI/CT-AGRONEGÓCIO/CT-AMAZÔNIA/ CNPq Nº 48/2013.

Neste projeto participam 110 famílias que cultivam e conservam uma grande diversidade de sementes crioulas. Fazem parte deste complexo Eldorado e que estão participando do projeto familiares dos assentamentos Alambari FAF, Alambari FETAGRI, Alambari CUT, Eldorado II, Barra Nova I e II, Parte e assentamento Jiboia (não faz parte do complexo Eldorado).

Curso oficinas e dias de campo

Para estimular os agricultores, a ideia tem sido popularizada, sensibilizando as comunidades dos assentamentos sobre o tema, tornando-o um assunto interessante, conhecido e presente nas conversas cotidianas.

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As atividades do grupo começaram com visitas de intercâmbio. Estes intercâmbios têm a função de fortalecerem a percepção de que é preciso criar uma rede para o enfrentamento à disseminação dos agrotóxicos.

Na sequência, foram ministrados vários minicursos sobre segurança e soberania alimentar, associativismo e cooperativismo, agroecologia, adubação verde, compostagem, produção de caldas e biofertilizantes, com orientações de preparo e modo de utilizar os produtos, como quanto ao melhor período do dia e dosagem desses insumos para surtirem efeitos positivos nas plantas e no sistema solo, além de outros temas de interesse das comunidades.

Banco de troca de sementes

As comunidades assentadas vêm enfrentando ao longo do tempo o problema de autonomia para produção das próprias sementes, estando muitas vezes dependentes de empresas produtoras e comercializadoras de sementes. Sendo assim, o banco comunitário de sementes, vem ao encontro desta demanda, uma vez que possibilitará o acesso às sementes e sua multiplicação de forma massiva por essas famílias, em suas respectivas comunidades rurais, bem como na promoção e incremento do resgate das sementes crioulas como patrimônio genético.

No banco implantado, a moeda de comércio são as próprias sementes, os agricultores se associam espontaneamente, tendo o direito ao empréstimo de certo volume de sementes, que deverá ser restituído após a colheita, em uma quantidade superior a emprestada. Essas regras foram definidas pela própria comunidade e asseguram que cada família produza e beneficie sua própria semente, destinando parte da produção para um estoque comunitário.

A ideia central é que o estoque do banco de sementes cresça com o tempo,

permitindo assim aumentar o número de beneficiários, a quantidade emprestada por

família ou formar estoques reserva, para enfrentar períodos de adversidades climáticas mais prolongadas.

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3. Resultados e discussão

O projeto teve início em agosto de 2014, com uma reunião com a comunidade do complexo de assentamento Eldorado. Para apresentar o objetivo do projeto convidamos os produtores e produtoras com interesse em participar das atividades a realizarem um cadastro (Figura 1). Inscreveram-se 75 famílias na primeira etapa, hoje já são 110 famílias, considerada pela equipe do projeto como Guardiões das Sementes Crioulas.

Figura 1. Primeira reunião com a comunidade do assentamento Eldorado, Município de Sidrolândia, MS, para divulgação do projeto.

Fonte: Elaborada pelos autores

A proposta do projeto é de fornecer as sementes crioulas aos interessados e os mesmos se comprometerem em contribuírem para a manutenção do banco de sementes através da devolução de 50% das sementes após o período de colheita. Assim, quando precisarem das sementes para o próximo cultivo terão sementes de qualidade e quantidade necessária para a semeadura, sem custo monetário, propiciando a independência das produtoras e produtores das grandes empresas que monopolizam as sementes geneticamente modificadas e híbridas.

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Essa independência foi um dos fatores que motivaram camponeses e camponeses a ingressarem no projeto, viabilizando a economia na época de cultivar a terra, uma vez que terão a sementes crioulas da safra anterior bem armazenada no banco de sementes, deixando de comprar sementes de alto valor comercial e que exigem durante o cultivo correção de solo com insumos químicos e consumo excessivo de agrotóxico de custo elevado, inviabilizando a produção de pequena escala.

Outro aspecto relevante registrado pelos beneficiários do projeto foi quanto a adaptabilidade das plantas propagadas via sementes crioulas, devido ao processo de reprodução das sementes a ser realizado na região, tornando as plantas resistentes à pragas e doenças e resistindo por mais tempo a estiagem, dispensando a utilização de insumos químicos optando por insumos orgânicos existentes nas propriedades, viabilizando economicamente, ambientalmente e socialmente a produção.

O fato é que as sementes crioulas são as que melhor se adaptam a cada região onde ocorrem, visto que elas se aperfeiçoaram por meio da seleção natural, na qual os indivíduos mais vigorosos permanecem (TRINDADE, 2009). A que se destacar ainda que com a utilização das sementes crioulas, o agricultor de comunidades tradicionais pode armazenar sementes de uma safra para outra, não precisando, dessa forma, comprar sementes comerciais, as quais geralmente são perecíveis de um ano para outro, mas sim usar as sementes de sua própria lavoura antecedente.

Na primeira etapa do projeto foi dada prioridade aos cursos de Associativismo e Cooperativismo, Agroecologia e Compostagem (Figura 2), uma vez que uma das demandas locais prioritária é a melhoria da qualidade do solo. Através dos cursos os integrantes do projeto puderam perceber que poderiam fazer uso de insumos existentes na própria unidade de produção.

Ressalta-se que o objetivo do processo produtivo é manter a produtividade evitando ou reduzindo significativamente o uso de fertilizantes sintéticos e pesticidas. Para que isso ocorra outras práticas alternativas são adotadas pelos agricultores como: adubação verde, controle biológico, fixação biológica de nitrogênio uso de rotação de culturas, aproveitamento de resíduos culturais, esterco de animais e aves que favorecem a manutenção da fertilidade do solo (ALTIERI & NICHOLLS, 2003).

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Figura 2. Cursos de Agroecologia e Compostagem realizado no PA Eldorado, município de Sidrolândia, MS.

Fonte: Elaborada pelos autores

Na Figura 3 e 4 é possível observar a implantação coletiva da Unidade Demonstrativa de Sementes Crioulas, a qual foi realizada de forma coletiva entre agricultores, acadêmicos e técnicos. Neste âmbito a sistematização ao contribuir para que os sujeitos da experiência – os agricultores, acadêmicos e técnicos problematizem e compartilhem seus pontos de vista e reflexões sobre a prática experimental no desenvolvimento conhecimento agroecológico - e por consegui na implantação da Unidade Demonstrativa– incrementa o próprio processo de construção do conhecimento vivenciado também no processo conjunto de formação de agricultores e técnicos.

A metodologia de implantação coletiva possibilitou uma menor demanda por

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interessados.

Figura 3. Cursos de Agroecologia e Compostagem, implantação da Unidade Demonstrativa de Sementes Crioulas e entrega de insumos.

Fonte: Elabora pelos autores

Neste contexto a agroecologia se baseia em um conjunto de práticas agrícolas resultantes dos saberes agronômicos, ecológicos e dos conhecimentos acumulados pelos agricultores e comunidades tradicionais ao longo dos tempos, tendo sempre como preocupação a produção de alimentos ecológicos mediante o manejo sustentável do agro ecossistema local (LONGHI, 2008). É o reforço a uma ética de respeito à vida em todas as suas expressões e ao ser humano, construindo uma sociedade ecológica, justa e

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solidária.

Figura 4. Produção das sementes Crioulas na Unidade Demonstrativa. Fonte: Elabora pelos autores

Após os cursos, os técnicos do projeto estão realizando visitas mensais em cada uma das famílias para acompanhamento, dos insumos produzidos, e para tirar dúvidas e contribuir na solução de demais problemas que venham acontecer. Até o momento foram distribuídas sementes de milho Pixuru e Asteca, feijões de corda, fava e carioca e sementes de adubos verdes (Figura 5).

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ISBN: 978-85-93416-00-2 Figura 5. Entrega das sementes pela equipe do projeto aos agricultores do PA Eldorados,

município de Sidrolândia, MS. Fonte: Elaborada pelos autores

Com o desenvolvimento das atividades do projeto a partir de visitas nas propriedades, constatou-se a importância de fomentar e incentivar as famílias camponesas relatarem sobre a vida pregressa, a forma de produção e aquisição das sementes dos pais e avós, e esta etapa foram realizadas utilizando-se a metodologia dialética. Esse sentimento foi relatado com carinho principalmente pelos casais mais experientes. O projeto tem despertado nas pessoas uma nova visão quanto à forma de produzir alimentos e nos permitiu constatar que a pratica de trocas de sementes já ocorria com seus ancestrais.

Hoje o banco conta com cinco toneladas de sementes de 30 variedades de sementes crioulas (Figura 6).

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ISBN: 978-85-93416-00-2 Figura 6. Vista parcial do Banco de Sementes Eldorado, município de Sidrolândia, MS

Fonte: Elabora pelos autores

O projeto assume um papel importantíssimo na valorização do saber popular, repassado de geração a geração e são considerados estratégicos em relação ao uso de sementes transgênicas que, além de gerar dependência, provocam uma ruptura em relação ao saber popular considerado de grande relevância no processo de empoderamento dos agricultores e agricultoras, bem como das comunidades. A intensificação do uso de sementes crioulas permitirá a diminuição do monopólio que as empresas de sementes exercem e dos meios que utilizam para propagar seu pacote tecnológico, pois esse modelo de desenvolvido para atender o mono cultivo do agronegócio exportador e que tem atraído muitas famílias de pequenos produtores, é economicamente e ambientalmente inviável para a agricultura familiar porque prima pelo autoconsumo e o comercio local.

Destaca se o valor empregado aos adubos verdes, onde a maioria das famílias envolvidas no projeto semeou, demonstrando que entenderam a função das plantas revigoradoras de solo as quais contribuem para o equilíbrio do agro ecossistema, diminuindo e muitas das vezes impedindo o ataque de pragas e doenças. O grupo

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envolvido no banco de sementes crioulas está levando a sério a proposta e motivando outras famílias a realizarem trocas de sementes com objetivo de diversificar a produção tornando a unidade produtiva autossuficiente produzindo maior quantidade de espécies de alimentos consumidas no núcleo familiar, desde grãos, frutas, tubérculos e rizomas. Essa diversidade de espécie pertence ao banco de sementes disperso entre os produtores e que é necessário aglutinar para dar visibilidade e realçar a importância desse patrimônio genético e histórico da agricultura familiar.

As famílias integrantes do projeto começaram a alimentar o banco de sementes, devolvendo parte da produção (Figura 7), para que as sementes fiquem armazenadas adequadamente, conservando a qualidade germinativa das mesmas e propiciando aos produtores e produtoras a continuidade do projeto. O projeto está incentivando os camponeses e camponeses a continuarem a produzir, uma vez que as sementes estão disponíveis e sem custo financeiro aos parceiros do projeto, garantindo assim a autonomia e independência produtiva aos pequenos agricultores.

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ISBN: 978-85-93416-00-2 Figura 7. Entrega de sementes de feijão, que foi semeado em uma área está emergindo e a outra está na

fase de desenvolvimento, ambos estão vigorosos. Fonte: Elaborada pelos autores

4. Conclusão

O Banco Comunitário de Sementes Crioulas, do assentamento Eldorado contribui sobremaneira para a manutenção do banco de germoplasma de sementes crioulas do Estado de Mato Grosso do Sul. Em relação às famílias associadas, garantem sementes de qualidade e diversificadas, na época adequada para o plantio, livrando-se das sementes hibridas e transgênicas, disponibilizadas pelas empresas multinacionais no mercado brasileiro. Além disso, a produção de alimentos tende a aumentar em quantidade, qualidade e diversidade, proporcionando segurança alimentar e nutricional das famílias integrantes do projeto. Este projeto assume um papel importantíssimo na valorização do saber popular repassado de geração a geração, considerados estratégicos, em relação às sementes transgênicas que além de gerarem dependência, provocam uma

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ruptura em relação ao saber popular, considerado de grande relevância no processo do empoderamento dos agricultores e agricultoras, bem como das comunidades.

5. Referencias

ALBARELLO, E. J. Casa de sementes crioulas: caminho para autonomia na

produção camponesa. Porto Alegre, 2009. Disponível em:

http://www.mcpbrasil.org.br/biblioteca/doc_view/93-casa-de-sementes-crioulas-caminho-para-a-autonomia-na-producao-camponesa.

ALTIERI, M, A. NICHOLLS, I. Agroecologia resgatando a agricultura orgânica a

partir de um modelo industrial de produção e distribuição. Ciência & ambiente,

2003.

CORDEIRO, A. FARIA A. A. Gestão de bancos de sementes comunitários. Rio de Janeiro. AS-PTA, 1993.

DIDONET, A. D. Produção comunitário de sementes: segurança alimentar,

desenvolvimento sustentável e cidadania. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e

Feijão, 2007 16 p. (Documentos/Embrapa Arroz e Feijão).

LONGHI, A. Agroecologia e soberania alimentar. 2008. Disponível em:

http://cetap.org.br/wp-content/uploads/2008/10/agroecologia-e-soberania- limentar2.pdf

Acesso em: 16/02/2015.

MEIRELLES, L. R. et al. Biodiversidade Passado, Presente e Futuro da

Humanidade. 2006. 84p.

PALÁCIO FILHO, A.M. et al. Oficinas sobre uso de sementes crioulas – Incentivo para produção Agroecológica na região do Agreste Meridional de Pernambuco. Resumos do

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TRINDADE, C. C. Sementes Crioulas e transgênicos, uma reflexão sobre sua

relação com as comunidades tradicionais. 2009. Disponível em

http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/manaus/estado_dir_povos_carina_car reira_trindade.pdf, acesso em 19 de junho de 2011.

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