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COMPÊNDIO PARA O 3º BIMESTRE

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Academic year: 2021

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER

COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa ANO/SÉRIE: 8º ano

PROFESSORAS RESPONSÁVEIS: Ivanete Pereira, Josiane Dias, Olga Bitencourt, Claudiane Souza COMPÊNDIO PARA O 3º BIMESTRE

Neste compêndio, você vai relembrar assuntos que estudamos no final do 2º bimestre e também ler textos que falam sobre amor, tempo, escolhas, gentileza... A revisão vai ajudar a consolidar aprendizagens anteriores e a leitura permitirá refletir sobre a vida. Que vida queremos construir?

Vamos iniciar revisando Aposto e Vocativo.

Analise a tira abaixo:

No último quadrinho, Armandinho usa uma expressão para se dirigir respeitosamente a pessoa com quem está conversando. Observe:

Armandinho usa a expressão minha senhora para “chamar” pela mulher com quem ele fala. Em Língua Portuguesa, essa expressão é chamada de vocativo.

O que é vocativo?

Vocativos são termos isolados da oração que cumprem função de chamar a atenção do interlocutor ou colocá-lo em evidência no discurso. Por estarem isolados no enunciado, não exercem função de sujeito nem de predicado, aparecendo separados do restante da oração por alguma pontuação, que normalmente é a vírgula.

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Exemplos de vocativo

Os vocativos costumam aparecer isolados da oração por uma vírgula. É comum que estejam no início do enunciado.

Amiga, você sabe que horas são?

Pessoal, venha ver isso!

Carlos e Letícia, já mandei pararem de conversar durante a aula! Os vocativos também podem aparecer ao final do enunciado. Veja:

Você sabe que horas são, amiga?

Venha ver isso, pessoal!

Já mandei pararem de conversar durante a aula, Carlos e Letícia!

Em casos mais específicos, o vocativo pode aparecer no meio da oração, entrecortando-a.

Você sabe, amiga, que horas são?

Veja que, nesse caso, o vocativo aparece entre duas vírgulas. Lembre-se: é um termo isolado da oração.

VOCATIVO E PONTUAÇÃO

Veja que a pontuação é essencial para indicar o vocativo, pois ela ajuda a definir a entonação na leitura. A vírgula é a mais usada para separar o vocativo, mas outras pontuações podem ser usadas, como visto nos exemplos acima (com exclamação, dois-pontos ou reticências). Sem pontuação, não é possível isolar o vocativo da oração, fazendo com que o enunciado fique ambíguo.

Heitor, meu amigo, é a pessoa indicada para te ajudar!

Heitor, meu amigo é a pessoa indicada para te ajudar!

No primeiro caso, o termo entre vírgulas (“meu amigo”) é a pessoa com quem se fala, ou seja, o vocativo “meu amigo”. Heitor é a pessoa de quem se fala: “Heitor é a pessoa indicada para te ajudar!”.

No segundo caso, o vocativo isolado da oração é “Heitor”. Assim, fala-se ao Heitor sobre um amigo que pode ajudar: “Meu amigo é a pessoa indicada para te ajudar!”.

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Na tira, observa-se que Eddie está explicando a Hagar quem são os príncipes presentes no local onde eles estão. Que expressão foi usada para explicar quem é o príncipe Otto?

Que expressão foi usada para explicar quem é o príncipe Harold?

As duas expressões usadas para explicar quem são os príncipes são chamadas em Língua Portuguesa de aposto.

O que é o aposto?

O aposto é o nome que se dá ao termo que exemplifica ou especifica melhor outro de valor substantivo ou pronominal, já mencionado anteriormente na oração.

Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separada dos demais termos da oração por vírgula, dois pontos, parênteses ou travessão.

Exemplos:

Maria, irmã de Bernadete, vendeu todos seus bordados.

Gosto de tudo o que servem no restaurante: os peixes, as carnes e as sobremesas.

A Semana Santa de Sevilla (maior festa religiosa da Europa) é um dos eventos mais procurados pelos turistas na época das celebrações pascais.

 Chico Buarque — um dos maiores compositores da música brasileira — lançou outra obra literária.

TIPOS DE APOSTO

Segundo a intenção do discurso o aposto pode ser classificado em: 1. EXPLICATIVO

Oferece uma explicação sobre o termo anterior:

A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo escolar. Júlia, dos Recursos Humanos, pediu para você preencher essas fichas.

OBS: Sempre isolado entre sinais de pontuação, normalmente vírgula ou travessão.

2. ENUMERATIVO

Enumera as explicações sobre o termo, sendo separado por vírgulas: Na bolsa levava o que precisava: roupas, biquínis e toalhas.

O programa de hoje é: praia, pizza e cinema.

OBS: Sempre vem depois de dois-pontos, vírgula ou travessão. 3. COMPARATIVO

Compara o termo da oração:

A garota, que parecia desacordada, foi levada para o hospital. Do doce, manjar dos deuses, não tinha sobrado nada.

OBS: Separado por virgula do restante

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4. RESUMIDOR

Resume os termos anteriores do enunciado:

Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de um país.

Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias. OBS: Vem depois de vírgula.

5. ESPECIFICATIVO

Especifica um termo da oração: A aluna Joana continua se nos surpreender. A avenida Paulista é lindíssima.

OBS: Sem vírgula, liga-se a um substantivo de sentido genérico, indicando a espécie a que pertence.

DIFERENÇA ENTRE VOCATIVO E APOSTO

O vocativo é um elemento isolado da oração e, portanto, independente, servindo para chamar a atenção do interlocutor. O aposto, por sua vez, é um termo ligado a outro elemento da oração e serve para explicar, determinar ou especificar o elemento ao qual está ligado.

Elis Regina, cantora brasileira, é um grande ícone da música popular brasileira. Acima, o termo entre vírgulas especifica o sujeito “Elis Regina”. Por isso, é um aposto do tipo explicativo.

Por favor, Elis, ensine-me a cantar como você!

Nesse outro caso, faz-se um apelo à interlocutora “Elis”, configurando um vocativo.

Atenção! Em determinados casos, fica difícil identificar se um termo é vocativo ou aposto explicativo. Observe:

O gerente que pediu o relatório, Márcio, é muito bravo.

Acima, o termo entre vírgulas poderia servir tanto como vocativo quanto como aposto. No caso da linguagem oral, será possível identificar por meio da entonação. No caso da linguagem escrita, será possível identificar pelo contexto, isto é, por meio do restante do texto que acompanha esse trecho.

ATIVIDADE Leia a tira e responda às 2 questões

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1. Quais são os apostos usados na tira?

2. Qual é a função dos apostos nesse texto?

Com base na tira abaixo, responda a 3ª questão

3. De acordo com a tirinha de Calvin, no primeiro quadrinho, quando ele diz “Mãe, consegui um papel na peça da escola!”, a vírgula foi utilizada para:

a) separar o aposto;

b) separar o sujeito do predicado; c) separar o vocativo;

d) separar o sujeito do objeto.

4. Assinale a alternativa que apresenta vocativo. a) João, Natália e Gabriela são melhores amigos. b) Encontramos a sua namorada ontem, a Denise. c) Eu argumentei, Otávio, mas ele não quis me ouvir. d) Chico Buarque, meu cantor preferido, também é escritor.

5. Em qual alternativa a vírgula não é usada para separar o vocativo? a) Aproveitem a promoção! Estou vendendo, gente!

b) Tivemos algum retorno, pessoal?

c) Não vi ninguém da turma ultimamente. Você tem visto, Maiara? d) Mas ainda há muitos peixes no mar, certo?

Agora, vamos dar continuidade a nossos estudos, lendo uma letra de canção. Ao longo dos versos, o eu poético expressa vários bons desejos. Observe que esses desejos são dirigidos a alguém, o leitor/interlocutor:

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AMOR PRA RECOMEÇAR

Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília

Eu te desejo

Não parar tão cedo Pois toda idade tem Prazer e medo... E com os que erram Feio e bastante Que você consiga Ser tolerante...

Quando você ficar triste Que seja por um dia E não o ano inteiro E que você descubra Que rir é bom

Mas que rir de tudo É desespero... [...]

Eu te desejo muitos amigos Mas que em um

Você possa confiar E que tenha até Inimigos

Pra você não deixar

De duvidar... [...]

Desejo

Que você tenha a quem amar E quando estiver bem cansado Ainda exista amor

Pra recomeçar Pra recomeçar... Eu desejo

Que você ganhe dinheiro Pois é preciso

Viver também

E que você diga a ele Pelo menos uma vez Quem é mesmo O dono de quem... Desejo

Que você tenha a quem amar E quando estiver bem cansado Ainda exista amor

Pra recomeçar...

1. O eu do texto declara o que ele deseja ao leitor. Enumere esses desejos, parafraseando a letra da canção.

2. Segundo o texto, para que servem os inimigos?

3. No trecho “Eu desejo/ Que você ganhe dinheiro/ Pois é preciso/ Viver também/ E que você diga a ele / Pelo menos uma vez/ Quem é mesmo/ O dono de quem...”:

a) diga a quem se refere o termo destacado.

b) explique que relação é estabelecida pelo conectivo POIS.

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d) Escreva um parágrafo, explicando como deve ser a relação do ser humano com o dinheiro, segundo o texto.

Você leu, anteriormente, uma letra de canção. Sua estrutura se assemelha muito a de um poema, gênero já estudamos em outros compêndios. Você vai ler, a seguir, um poema. Observe a semelhança na estrutura dos dois textos:

CANTIGA QUASE DE RODA

Na roda da vida lá vai o menino trazendo contente um canto no peito na fronte uma estrela.

Mal chega e descobre que o mundo é feroz e o tempo é de sombras. Os homens caminham calados, sozinhos, com medo de amar. De pena, o menino começa a cantar. (Cantigas afastam as coisas escuras).

Portanto ele sabe

que os homens, embora se façam de fortes, se façam de grandes,

no fundo carecem de aurora e de infância. Na roda do mundo, ao lado dos homens, lá vai o menino rodando e cantando seu canto de amor. Um canto que faça o mundo mais manso, cantigas que tornem a vida mais limpa, um canto que faça

os homens mais crianças. O menino entrega ao mundo o dom da sabedoria

que nasce do coração.

Porque é do amor e da infância que o mundo tem precisão. MELLO,Thiago de. Faz escuro mas eu canto. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

1. Qual o sentimento do menino na 1.ª estrofe?

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3. Na terceira estrofe, por que o menino começa a cantar?

4. Explique o uso dos parênteses na terceira estrofe:

5. Qual a relação estabelecida entre a terceira e a quarta estrofes pela palavra destacada em “Porquanto ele sabe”?

6. Qual o sentido da palavra “precisão” na última estrofe?

7. Você sabe que, para ler um poema, é preciso... desconfiar! Então, explique: o que simboliza o menino no poema? Se, ao invés de “menino”, o texto dissesse “adulto”, ou simplesmente “rapaz”, “homem”... o que essa mudança causaria no sentido do texto?

Agora vamos ler um texto que tem a gentileza como assunto.

GENTILEZA GERA GENTILEZA Marleth Silva

Quem me inspirou o assunto para este texto foram leitores que me escrevem ou falam comigo na rua. Quando penso neles me vem à cabeça uma palavra – gentileza. Esses leitores são gentis, extremamente gentis. Contam pequenas histórias, comentam uma lembrança que lhes ocorreu ao ler um texto e repassam informações que são como pequenos presentes. [...]

Mostrar que você reconhece a existência de alguém (com um cumprimento) e dirigir-lhe uma palavra ou aceno é a primeira, a mais básica e a mais relevante das gentilezas.

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Ser invisível não combina com a natureza humana. Ser ignorado é uma agressão. Ser reconhecido é um carinho. Temos chance de praticar esse tipo de gentileza/carinho muitas vezes ao dia. São dezenas de encontros fortuitos com conhecidos e quase desconhecidos: o porteiro, o vizinho, o manobrista, o colega do outro departamento, o ascensorista.

Há gentilezas mais elaboradas: elogiar algo bom que uma pessoa fez (se encaminhar o elogio ao chefe dela, melhor ainda); ligar para saber como está o colega que não foi trabalhar porque está doente; ouvir alguém que parece precisar desabafar.

Tudo passa por notar os outros e julgá-los importantes o bastante para merecer algumas palavras nossas ou alguns minutos de atenção.

Os franceses complementam a palavra de agradecimento (merci) com a frase “você está sendo gentil” (vous êtes gentil), que corresponde ao nosso “é gentil da sua parte”. A frase dos franceses serve pare reconhecer o gesto a mais, o empenho do outro em fazer um pouco mais do que é socialmente exigido (mas não vá esperar que um francês diga isso com um belo sorriso no rosto, que aí já é querer demais...).

Em inglês, a expressão também existe e está muito mais viva que no nosso português. Aliás, seguindo o jeito brasileiro de ser, “é gentileza sua” é frase em desuso e quando aparece é para agradecer um elogio. Gentileza é palavra démodé, apesar de ser linda. O que mostra que não há justiça estética nem moral na escolha das palavras que usamos. Tem mais gente por aí falando como um personagem do filme Tropa de Elite do que como o Profeta Gentileza.

Gentileza era um senhor de longas barbas brancas que registrou suas mensagens nas pilastras do Viaduto do Caju, no Rio de Janeiro, usando um grafismo que ele mesmo inventou e que ganhou reputação de arte original. A mais conhecida de suas mensagens: “Gentileza gera gentileza”

A história desse homem merece ser conhecida. Em 1961, um circo pegou fogo em Niterói e matou 500 crianças. Dizendo-se comandado por uma força superior, José Datrino, então com 44 anos, deixou sua vida de trabalhador humilde e foi para o local da tragédia consolar as famílias. A partir daí virou Profeta. Sobrenome: Gentileza. Dizem que não era gentil em tempo integral, que gritava como um louco quando via mulheres de minissaia ou calça justa, a quem atribua responsabilidade por metade dos problemas do Brasil. A outra metade da responsabilidade por nossas desgraças ele imputava ao dinheiro, que, dizia ele, cria um estilo de vida onde não sobra espaço para a gentileza. Tudo indica que Gentileza era um pouco confuso mentalmente, mas alguém há de discordar de sua sabedoria?

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/colunistas/marleth-silva/gentileza-gera-gentileza 0c63az3tq71hzzg8yas8i0c

1. Qual a ideia principal do texto?

2. No segundo parágrafo, aponte a ideia principal e fatos usados para defendê-la:

3. A que é associada a gentileza, no segundo parágrafo? Que recurso é utilizado para expressar essa associação?

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4. No quinto parágrafo há vários parênteses. Eles têm a mesma função? Explique.

5. Ainda no quinto parágrafo, é possível inferir uma opinião da colunista sobre o modo de ser dos franceses. Explique:

6. Segundo o texto, qual o sentido da palavra “démodé” (6.º parágrafo)? Que pista o texto lhe deu para chegar a essa conclusão?

7. No último parágrafo, há uma opinião sobre o dinheiro. Sublinhe esta opinião. Ela não é da colunista. Que marca linguística permite afirmar isso?

REFERÊNCIA:

Cadernos Pedagógicos prefeitura do Rio 2018. Disponível em:<https://www.espaço professor.com/cadernos-pedagogicos-prefeitura-do-rio-2018/>. Acesso em: 27 jun. 2021.

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