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Estudos Dirigidos Ciclo Saúde

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Academic year: 2021

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caderno temático

Estudos Dirigidos – Ciclo Saúde

Dengue, Chikungunya e Zika

Série

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Seleção de conteúdos estratégicos para a reflexão, o conhecimento e a atualização de profissionais da Atenção Básica em suas práticas e processos de trabalho.

Série

Estudos Dirigidos – Ciclo Saúde

Caderno temático –

Dengue, Chikungunya e Zika

1ª Edição

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89711

Série Estudos Dirigidos - Ciclo Saúde / CEDAPS –

Centro de Promoção da Saúde/Fundação Vale – Rio

de Janeiro: 2016.

18 páginas

ISBN 978-85-89711-09-8

1. Saúde. 2. Educação em saúde. 3. Promoção

da saúde. 4. Política de saúde. I Centro de Promoção

de Saúde. II Fundação Vale

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Fundação Vale www.fundacaovale.org Diretora - Presidente Isis Pagy Diretor - Executivo Luiz Gustavo Gouvêa Relações Institucionais Andreia Rabetim Saúde

Livia Zandonadi Alice Natalizi

CEDAPS – Centro de Promoção da Saúde www.cedaps.org.br

Direção Executiva Katia Edmundo

Maria do Socorro Vasconcelos Organização

Katia Edmundo Pesquisa e redação

Nerice Ventura, Rubia Ribeiro e Samantha Ribeiro Revisão

Claudia Maia

Projeto gráfico, diagramação e copydesk Target Assessoria de Comunicação

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Sumário

Tema: Dengue, Chikungunya e Zika ... 06

Dengue, Chikungunya e Zika ... 07

Dengue ... 07

Chikungunya ... 11

Zika vírus ... 13

Zika vírus e microcefalia ... 14

Cuidados com o recém-nascido com microcefalia ... 15

Orientações gerais para profissionais da Atenção Básica ... 15

Prevenção da Dengue, Zika e Chikungunya ... 17

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O tema Dengue, Chikungunya e Zika faz parte da Série Estudos Dirigidos - Ciclo Saúde, que tem como propósito destacar conteúdos estratégicos para a Atenção Básica favorecendo o conhecimento e a reflexão sobre os principais conceitos e diretrizes presentes na literatura especializada, em sua maioria publicada pelo Ministério da Saúde, além das necessidades percebidas pelos profissionais de saúde e demais interessados em suas práticas e processos de trabalho.

Este Guia de Estudo Dirigido contém um resumo do tema, a fim de orientar a leitura especializada de in-teresse dos integrantes do Projeto Ciclo Saúde, de modo particular e/ou selecionado pelos profissionais da sua categoria e/ou da sua equipe. Cada tema está acompanhado de uma Folha de Atividades para, a partir de questões discursivas, reflexivas e/ou informativas, ser estudado. Durante o preenchimento da Folha de Atividades, haverá a leitura coletiva por meio da consulta ao material de referência. Essa ativi-dade será moderada por consultores do Ciclo Saúde e/ou você poderá ter acesso via Biblioteca Virtual do Ciclo Saúde.

Esperamos que este Guia de Estudo Dirigido favoreça a incorporação dos conteúdos e, ao mesmo tem-po, motive e promova em você e na sua equipe o desejo de se aprimorar mais e mais!

Conte com o Ciclo Saúde!

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O Aedes aegypti – mosquito transmissor de doenças como a Dengue, a Febre Amarela, a febre Chikun-gunya e o vírus Zika – é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16. No Brasil, segundo pesquisadores, o vetor chegou ainda no período colonial.

Dengue, Chikungunya e Zika

A Dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi identifi cada pela primeira vez em 1986. A partir de 2014, o Brasil passou a utilizar a nova classifi cação de Dengue. Esta abordagem enfatiza que ela é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Isso signifi ca que a doença pode evoluir para remissão dos sintomas ou pode agravar-se, exigindo constante reavaliação e observação para que as intervenções sejam oportunas e que os óbitos não ocorram.

A maior parte dos casos graves ocorre pelo extravasamento plasmático, portanto, a observação cuidado-sa e o uso racional de líquidos intravenosos são essenciais; a ressuscitação do choque só é requerida em uma pequena parte dos casos. Outras manifestações clínicas indicam gravidade, tais como hemorragias graves e comprometimento grave de órgãos.

Dengue

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A principal forma de transmissão é pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Há registros de transmis-são vertical (gestante - bebê) e por transfutransmis-são de sangue. Existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

Transmissão

A infecção pelo vírus Dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas oligossintomáticas até qua-dros graves, podendo evoluir para o óbito. Três fases clínicas podem ocorrer: febril, crítica e de recuperação.

Sintomas

A primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às mialgias, às artralgias e à dor retro-orbitária. O exantema está presente em 50% dos casos, é predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e palmas de mãos, e podendo apresentar-se sob outras formas com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre. Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes.

A diarreia está presente em percentual significativo dos casos, habitualmente não é volumosa, cursando apenas com fezes pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia, o que facilita o diag-nóstico diferencial com gastroenterites de outras causas. Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente com melhora do estado geral e retorno do apetite.

Fase febril

Esta fase pode estar presente em alguns pacientes, podendo evoluir para as formas graves e, por esta razão, medidas diferenciadas de manejo clínico e observação devem ser adotadas imediatamente. Tem início com a defervescência da febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, acompanhada do surgimento dos sinais de alarme.

Dengue com sinais de alarme: esses sinais devem ser rotineiramente pesquisados e valorizados, bem como os pacientes devem ser orientados a procurar a assistência médica na ocorrência deles. A maioria dos sinais de alarme é resultante do aumento da permeabilidade vascular, a qual marca o inicio do dete-rioramento clínico do paciente e sua possível evolução para o choque por extravasamento de plasma.

Sinais de alarme na dengue:

a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; b) Vômitos persistentes;

c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); d) Hipotensão postural e/ou lipotimia;

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e) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal; f) Sangramento de mucosa;

g) Letargia e/ou irritabilidade;

h) Aumento progressivo do hematócrito.

Dengue grave

As formas graves da doença podem manifestar-se com extravasamento de plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgâ-nica como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso central (SNC). O quadro clínico é semelhante ao observado no comprometimento desses órgãos por outras causas.

Choque

O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido através do extravasamento, o que ge-ralmente ocorre entre os dias quatro ou cinco (com intervalo entre três a sete dias) de doença, geralmen-te precedido por sinais de alarme. O período de extravasamento plasmático e choque leva de 24 a 48 horas, devendo a equipe assistencial estar atenta à rápida mudança das alterações hemodinâmicas.

A classificação de risco do paciente com Dengue visa reduzir o tempo de espera no serviço de saúde. Para essa classificação, foram utilizados os critérios da Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde e o estadiamento da doença. Os dados de anamnese e exame físico serão usados para fazer esse estadiamento e para orientar as medidas terapêuticas cabíveis.

Classificação de risco

Caracterização

a) Caso suspeito de Dengue; b) Ausência de sinais de alarme;

c) Sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais.

Conduta

• Exames laboratoriais complementares a critério médico; • Prescrever paracetamol e/ou dipirona;

• Não utilizar salicilatos ou antiinflamatórios não esteroides; • Orientar repouso e prescrever dieta e hidratação oral.

Grupo A

Caracterização

a) Caso suspeito de Dengue; b) Ausência de sinais de alarme;

c) Com sangramento espontâneo de pele (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva);

d) Condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades (lactentes – menores de 2 anos –,

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Caracterização

a) Caso suspeito de Dengue;

b) Presença de algum sinal de alarme:

• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; • Vômitos persistentes;

• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); • Hipotensão postural e/ou lipotimia;

• Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal; • Sangramento de mucosa;

• Letargia e/ou irritabilidade;

• Aumento progressivo do hematócrito.

Conduta

a) Para os pacientes do grupo C, o mais importante é iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independentemente do nível de complexidade, inclusive durante eventual transfe-rência para uma unidade de refetransfe-rência. Solicitar internação imediata.

Grupo C

A prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente com suspeita de Dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser repetida no acompanha-mento clínico do paciente apenas se previamente negativa.

Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de pressão arterial é de 80 mmHg. Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e três minutos em crianças. Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crian-ças; atenção para o surgimento de possíveis petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos. Se a prova do laço se apresentar positiva antes do tempo preconizado para adultos e crianças, ela pode ser interrompida. A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o choque.

Prova do laço

gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc), doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopa-tias e doenças autoimunes).

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Não existe tratamento específico para Dengue. O tratamento é feito para aliviar os sintomas. Quando aparecerem os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir bastante líquido. Importante não tomar medicamentos por conta própria.

Tratamento

A febre de Chikungunya é uma arbovirose (doença transmitida por artrópodes) causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV). A viremia (multiplicação do vírus) persiste por até dez dias após o surgimento das manifestações clínicas. A transmissão ocorre pela picada de fêmeas dos mosquitos Ae. Aegyptie e Ae. albopictus infectadas pelo CHIKV. Casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que, exclu-sivamente, durante o período de intraparto em gestantes virêmicas e, muitas vezes, provoca infecção neonatal grave.

Chikungunya

Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter Chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O

Sintomas

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mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

A doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda e crônica. Após o período de incubação, inicia-se a fase aguda ou febril, que dura até o décimo dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares após a fase aguda, caracterizando o início da fase subaguda, com duração até três meses. Quando a duração dos sintomas persiste até três meses, atingem-se a fase crônica. Nestas fases, algumas manifestações clínicas podem variar de acordo com o sexo e a idade. Exantema, vômitos, sangramento e úlceras orais parecem estar mais associados ao sexo feminino. Dor articular, edema e maior duração da febre são prevalentes quanto maior a idade do paciente.

Embora o Chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, tem caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtivi-dade e da qualiprodutivi-dade de vida.

No exame físico deve-se atentar para coleta de dados que possam apoiar no diagnóstico diferencial de Dengue. Dessa forma, é importante avaliar a ocorrência de sinais de alarme e sinais de choque referen-ciados no manual Dengue: manejo clínico – adulto e criança. O exame físico do paciente com Chikun-gunya deve conter, no mínimo:

• Sinais vitais - pressão arterial em duas posições, frequência cardíaca e respiratória e temperatura axilar; • Examinar a pele em busca de lesões maculares, papulares, vesiculares ou bolhosas;

• Exame neurológico e oftalmológico, quando queixas na anamnese estiverem presentes;

• Exame articular - levando em consideração que frequentemente não se percebem sinais de calor e rubor nas articulações afetadas, devem-se examinar, criteriosamente, as articulações, em busca de sinais de comprometimento articular:

» Alteração da pele; » Aumento do volume; » Crepitação ou estalido; » Deformidade;

» Limitação da mobilidade; » Dor ou atrofia muscular; » Nodulação.

Exame físico

Exame físico dos membros superiores e inferiores: deve-se iniciar com a inspeção e palpação das mãos, observando formas e dimensões, edema, paralisia, atrofias e contraturas musculares. As outras articula-ções devem ser examinadas quanto ao aspecto da pele, à mobilidade ativa e passiva (abdução, adução, flexão, extensão, rotação, movimentos do ombro em suas três articulações), ao aumento do volume, à crepitação, à limitação dos movimentos, às atrofias musculares e aos nódulos.

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Não existe vacina ou tratamento específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.

Tratamento

O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da Febre Amarela, na floresta Zika, em Uganda.

Vírus Zika

Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse

Sintomas

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e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após três a sete dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como iden-tificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. Outras possíveis formas de transmissão documentadas na literatura são a de mãe para filho, por transplante de órgãos e medula óssea, por transfusão sanguínea ou via sexual e exposição laboratorial.

Embora o RNA Zika tenha sido detectado no leite materno, a transmissão através da amamentação ainda não foi demonstrada, reforçando as recomendações atuais de que as mães com infecção por Zika devem manter a amamentação para seus bebês.

Transmissão

Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamí-nicos podem ser considerados.

Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros antiinflamatórios, em função do risco au-mentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como Dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida.

Tratamento

Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como subs-tâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

A Organização Mundial da Saúde padroniza as definições segundo os seguintes pontos de corte: • Microcefalia - recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a dois desvios-padrão, ou seja,

mais de dois desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo;

• Microcefalia grave: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a três desvios-padrão, ou seja, mais de três desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo.

Vírus Zika e Microcefalia

OBSERVAÇÃO: Este critério poderá ser alterado, e para maior segurança, recomenda-se a consulta sempre que necessário ao site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br/svs

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Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Para orientar o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com mi-crocefalia, o Ministério da Saúde desenvolveu protocolos que estão disponíveis no site.

Tratamento

• Proteger o ambiente com telas em janelas e portas e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas;

• Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis; • A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros seis meses

de vida;

• Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde;

• Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria;

• Levar o bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvi-mento conforme o calendário de consulta de puericultura;

• Manter a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança;

• Além do acompanhamento de rotina na Unidade Básica de Saúde, o bebê precisa ser encaminhado para a estimulação precoce;

• Caso o bebê apresente alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre ou-tras), o acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender de cada caso. ATENÇÃO: a alta do bebê da maternidade não deve ser adiada para realização de exame de imagem, pois o exame pode ser agendado para realização de forma ambulatorial.

Cuidados com o recém-nascido com microcefalia

• Avalie o risco epidemiológico para infecção por vírus da Dengue, Chikungunya e Zika, orientan-quanto às ações de prevenção e controle e combate ao mosquito Aedes aegypti;

• Oriente para que se evite ir a lugares com presença do mosquito e para a necessidade de eliminar possíveis criadouros existentes em casa, como também, o acúmulo de água em latas, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros;

• Oriente também para o uso de telas nas portas e janelas para o mosquito não entrar;

• Ressalte, principalmente para as gestantes, as medidas para a proteção contra a picada do mosqui-to: vestir calça e blusa de mangas compridas e, se portar roupas que deixem áreas do corpo expos-tas, usar repelente. É importante verificar atentamente no rótulo a concentração do repelente e definição da frequência do uso para gestantes;

• Busque os meios disponíveis para garantir o acesso aos métodos contraceptivos e promova es-tratégias de educação em saúde sexual e reprodutiva envolvendo mulheres, homens, jovens e adolescentes, reforçando o planejamento reprodutivo e fornecendo subsídios para a escolha livre e

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informada. É importante reforçar o aconselhamento pré-concepcional;

• Para as gestantes, oriente quanto à suplementação de ácido fólico e sulfato ferroso conforme preco-nizado pelo Ministério da Saúde;

• Oferte o teste rápido de gravidez e intensifique a busca ativa de mulheres no início da gestação para que possam iniciar o pré-natal ainda no 1º trimestre (até a 12ª semana). A busca ativa das gestantes faltantes ao pré-natal também deve ser intensificada. Realizar ultrassonografia obstétrica, ainda no 1º trimestre;

• Intensifique as orientações sobre a importância de realização dos exames preconizados pelo Minis-tério da Saúde, incluindo o teste rápido para Sífilis e HIV, e realização de vacinação de rotina para as gestantes. Investigue e mantenha o registro das informações na caderneta ou cartão da gestante sobre a ocorrência de infecções, rash cutâneo, exantema ou febre;

• As consultas de Puericultura na Atenção Básica devem ser mantidas para os recém-nascidos com microcefalia, com atenção especial ao seu crescimento e desenvolvimento.

Todo profissional de saúde deve estar atento aos sintomas da Dengue, Chikungunya e Zika:

Sinais/Sintomas

Dengue

Zika

Chikungunya

Febre (duração) Acima de 38°C(4 a 7 dias) bril +/-38°C (1-2 dias Sem febre ou subfe-subfebril) Febre alta > 38°C (2-3 dias) Manchas na pele (frequência) Surge a partir do quarto dia 30-50% dos casos Surge no primeiro ou segundo dia 90-100% dos casos Surge 2-5 dia 50% dos casos Dor nos músculos

(frequência) +++/+++ +++/+++ +++/+++

Dor na articulação

(frequência) +/+++ ++/+++ +++/+++

Intensidade da dor

articular Leve Leve/Moderada Moderada/Intensa Edema da articulação Raro Frequente e leve intensidade Frequente e de mo-derada a intenso

Conjuntivite Raro 50-90% dos casos 30%

Cefaleia (frequência e

intensidade) +++ ++ ++

Prurido Leve Moderada/Intensa Leve

Hipertrofia ganglionar

(frequência) Leve Intensa Moderada

Discrasia hemorrágica

(frequência) Moderada ausente Leve

Acometimento Neurológico Raro Mais frequente que Dengue e Chikungunya Raro (predominante em Neonatos)

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A melhor forma de prevenir estas doenças é a eliminação do vetor. Como não existem vacinas ou medi-camentos que impeçam a contaminação, é necessário diminuir a quantidade de mosquitos que circulam nos ambientes. Para isso, é fundamental eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que coloca seus ovos em recipientes com água parada. O cuidado para evitar a sua proliferação deve ser feito por todos. Elimi-nar garrafas, sacos plásticos e pneus velhos que ficam expostos à chuva, além de tampar recipientes que acumulam água como caixas d´agua e piscina são fundamentais para este controle.

O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) contribui de forma significativa para a melhoria da saúde da população. Agora, com a declaração de Situação de Emergência em Saúde Pública em função do aumento de casos de microcefalia relacionado ao vírus Zika, os ACS têm também um papel funda-mental no combate ao Aedes aegypti. O vínculo do ACS com as famílias facilita as ações e fortalece a mobilização da população. Por isso, sua participação no combate aos criadouros e na orientação sobre os sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito é de extrema importância!

Atribuições dos ACS no combate ao Aedes aegypti

1. Orientar a população sobre o agente transmissor, as doenças transmitidas e as formas de evitar e eliminar locais que possam oferecer risco para a formação de criadouros do Aedes aegypti;

2. Mobilizar a comunidade para desenvolver ações de prevenção e controle no combate Aedes aegypti; 3. Visitar os domicílios para:

a) Informar a seus moradores sobre o agente transmissor e as doenças transmitidas;

b) Vistoriar os cômodos da casa, acompanhado pelo morador, para identificar locais de existência de larvas ou mosquitos;

c) Orientar e acompanhar o morador na remoção, destruição ou vedação de objetos que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

d) Realizar a remoção mecânica dos ovos e larvas do mosquito, ou outras ações de manejo integra-do de vetores definidas pelo gestor municipal;

e) Articular com a equipe de Atenção Básica e acionar o Agente de Combate de Endemias (ACE) e/ ou equipe de vigilância quando houver a necessidade de outras ações no controle vetorial.

4. Notificar os casos suspeitos de Dengue, Chikungunya e Zika vírus em ficha específica do Sistema de Informa-ção de Agravos de NotificaInforma-ção (SINAN) e/ou outros sistemas similares, e informar a equipe de AtenInforma-ção Básica; 5. Planejar as ações de controle vetorial em conjunto com a equipe de vigilância, em espaços que favore-çam a integração entre Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias.

Prevenção da Dengue, Zika e Chikungunya

CRIANÇAS CONTRA ZIKA é uma série de animações musicais voltadas ao público infantil.

Com a participação de nomes relevantes da música brasileira, ela conta com seis clipes e seis minidocs. Co-nheça o site e planeje ações em parceria com a escola da sua comunidade: www.criancascontrazika.com.br

Conheça relatos de experiências das equipes de Atenção Básica nas ações de prevenção e controle da Dengue, Zika e Chikungunya através do site www.atencaobasica.org.br clique em relatos e selecione a categoria “Práticas de Vigilância em Saúde”.

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BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Trans-missíveis. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Prevenção e combate da dengue, Chikungunya e zika. Disponível em http://combateaedes.saude.gov.br

Acesso em 09/02/2017.

AGENCIABRASIL EBC em http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-03/diferenca-entre-dengue--zika-e-chikungunya-e-sutil-diz-especialista

Acesso em 19/06/2017

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE em http://combateaedes.saude.gov.br/pt/sintomas Acesso em 19/06/2017

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Iniciativa Parceria técnica

Referências

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