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Disclaimer: este conteúdo é produzido por alunos da Universidade Federal de Minas Gerais sob orientação de professores da instituição. Não deve ser utilizado como recomendação. Esta publicação é de domínio público. É proibido o seu uso comercial.
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DESTAQUES DA EDIÇÃO
● N° de casos confirmados em BH (26/08): 270.041
● Editorial: Testing indicators to monitor the Covid-19 pandemic
● Notícias:
Brasil: Variante Delta: veja a importância da testagem no enfrentamento à nova cepa Mundo: Covid-19: o impacto subestimado da pandemia na saúde mental de jovens e crianças
Destaques da PBH
● N° de casos confirmados: 270.041 | 301 novos (26/08)¹ ● N° de óbitos confirmados: 6.491 | 5 novos (26/08)¹ ● N° de recuperados: 260.604 (26/08)¹
● N° de casos em acompanhamento: 2.946 (26/08)¹ ● NÍVEL DE ALERTA GERAL: VERDE
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Destaques da SES-MG ● N° de casos confirmados: 2.055.849 (26/08)² ● Nº de casos novos (24h): 3.825 (26/08)² ● N° de casos em acompanhamento: 42.166 (26/08)² ● N° de recuperados: 1.960.970 (26/08)² ● N° de óbitos confirmados: 52.713(26/08)² ● Nº de óbitos (24h): 87(26/08)² Link:2https://bit.ly/2Y0Qe8BDestaques do Ministério da Saúde
● N° de casos confirmados: 20.645.537 (26/08)3 ● Nº de casos novos (24h): 30.671(26/08)3 ● N° de óbitos confirmados: 576.645(26/08)3 ● Nº de óbitos (24h): 903 (26/08)3 Link³: https://bit.ly/3mgKp0N Destaques do Mundo ● N° de casos confirmados: 214.427.744 (26/08)4 ● Nº de casos novos (24h): 663.793 (26/08)4 ● N° de óbitos confirmados: 4.470.779 (26/08)4 ● Nº de óbitos (24h): 9.619 (26/08)4 Link4: https://bit.ly/2Wb1Ox2
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Editorial
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Testing indicators to monitor the Covid-19 pandemic
(Indicadores de testagem para monitorar a pandemia de Covid-19)
Desde o início da pandemia, testes e rastreamento de contato têm sido as principais medidas usadas para controlar a disseminação da Sars-CoV-2. Conforme as autoridades científicas e sanitárias começaram a entender melhor a dinâmica do vírus, os testes se tornaram mais acessíveis para a população em geral, o que permitiu o diagnóstico de casos leves e assintomáticos.
Ao analisar um teste, embora a positividade seja facilmente calculada, a interpretação do resultado pode ser desafiadora, especialmente quando os numeradores e denominadores variam para fatores epidemiológicos independentes, como é o caso da definição de caso ou estratégia de testagem. Como exemplo disso temos a União Europeia, que, no final de 2020, incluiu na definição de casos para Covid-19 a detecção do antígeno do Sars-CoV-2 em uma amostra clínica. Inicialmente, a definição de casos dependia apenas da detecção do ácido nucleico do vírus através do teste RT-PCR e a inclusão de um teste menos sensível, como é o caso da detecção de antígeno, torna a vigilância epidemiológica do bloco político mais vulnerável e com dados questionáveis.
Além disso, o surgimento e a implementação de novos testes também podem impactar os indicadores. A ampla disponibilização de autotestes, por exemplo, pode ser bastante problemática se considerarmos que autotestes negativos podem não ser relatados e os positivos podem não ser confirmados por um teste laboratorial, o que também abre brechas para que as informações referentes a testagem sejam menos confiáveis.
Fica claro, portanto, que os dados dos testes podem ser tendenciosos para grupos ou locais específicos, mas isso não anula a importância dessas amostras para fins de vigilância. Considerando o surgimento contínuo de novas variantes do vírus, as estratégias de testagem devem ser combinadas com métodos de sequenciamento genético para garantir a detecção e o monitoramento das cepas variantes que ameaçam o controle da pandemia.
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Destaques do Brasil:
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Variante Delta: veja a importância da testagem no enfrentamento à nova
cepa
Segundo especialista, sem testagem e sem identificação das variantes, o controle da transmissão é dificultado
O crescente número de casos de infecção por Sars-CoV-2 pela variante Delta preocupa especialistas. Destacam que a nova cepa já chegou em Minas gerais e demanda um cuidado redobrado por parte da população. Segundo os dados coletados pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Pardini, em colaboração com o Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), houve um aumento de 7,91% entre as amostras analisadas de junho e julho.
Segundo Melissa Valentini, infectologista do Grupo Pardini, é necessário o aumento da testagem de pacientes com sintomas gripais para conter a transmissão da doença.
O número de suspeitos em Minas Gerais aumentaram em quase 900% até a última segunda- feira (23/08). Ao todo, 91 casos foram notificados à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Em Uberaba, foi registrado o primeiro caso de óbito decorrente da infecção delta no último sábado.
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Destaques do Brasil:
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Pfizer e BioNTech assinam acordo com Eurofarma para fabricação de
vacina contra Covid-19
A Eurofarma começará a fabricar as doses prontas a partir de 2022. Produção anual deverá exceder 100 milhões de doses.
Pfizer e BioNTech, vacinas de mRNA Covid-19, assinaram uma carta de intenção com a farmacêutica brasileira Eurofarma para fabricação local da sua vacina contra Covid-19 e distribuição na América Latina. Atualmente, a CoronaVac, da Sinovac, é fabricada em parceria com o Instituto Butantan (SP) e a vacina da Astrazeneca/Oxford é fabricada pela Fiocruz (RJ). Sendo assim, esta será a terceira vacina fabricada no país.
A fabricação das doses terá início em 2022 e todas as vacinas serão distribuídas exclusivamente na América Latina. Ofertando em plena capacidade operacional, a produção anual deverá exceder 100 milhões de doses. A Eurofarma confirmou que a produção das vacinas será feita em Itapevi (SP). Segundo Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, o acordo vai permitir um acesso justo e equitativo à vacina.
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Destaques do Brasil:
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De olho na variante Delta, Brasil vai revacinar idosos e adiantar segunda
dose de Pfizer e AstraZeneca
País aplicará reforço em maiores de 70 anos imunizados há seis meses. Pacientes imunossuprimidos também serão contemplados 28 dias após segunda dose.
O Governo decidiu reforçar a vacinação contra Covid-19 mesmo com a redução progressiva no número de mortes na pandemia. Devido o aumento de casos de Covid-19 em idosos e da circulação de variantes mais transmissíveis ou com potencial resistência às vacinas, o país voltará a imunizar grupos vulneráveis, pessoas com 70 anos ou mais e pacientes imunocomprometidos, que já haviam completado o esquema vacinal. Esses deverão receber uma dose de reforço da vacina do imunizante da Pfizer independente da vacina que tenham tomado. Espera-se que a nova dose seja aplicada a partir da segunda quinzena de setembro, quando o Ministério da Saúde deseja distribuir a primeira dose para toda a população adulta.
Vacinas da Jansen ou AstraZeneca também poderão ser utilizadas como alternativa na nova estratégia, com o intuito de aumentar a proteção dos grupos mais vulneráveis à doença.
Atualmente, o Brasil apresenta queda na média móvel de mortes por Covid-19 e menor pressão no sistema de saúde à medida que avança a campanha de vacinação. Entretanto, alerta-se para uma estagnação proporcional na melhora dos indicadores da pandemia para algumas faixas etárias, especialmente a dos idosos.
O Ministério da Saúde ainda aguarda dados para reavaliar se será necessário uma nova dose nos profissionais de saúde, tendo como meta a priori, a aplicação de uma dose de reforço em idosos e imunocomprometidos e completar o esquema vacinal de adultos. Com mais de 40% da população somente com uma dose, o país optou por reduzir o intervalo da segunda dose das vacinas da AstraZeneca e Pfizer de doze para oitos semanas.
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Destaques do Mundo:
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Covid-19: o impacto subestimado da pandemia na saúde mental de
jovens e crianças
A pandemia de Covid-19 e as restrições impostas pela mesma tiveram "um forte impacto" em crianças e jovens.
A comissária da Irlanda do Norte, koulla Yiasouma, mostrou no relatório A New and Better Normal realizado com base em um levantamento conduzido no país, que mais da metade dos jovens de 16 anos que participaram da pesquisa sentiu que sua saúde mental e emocional piorou durante a pandemia. Foram abordados aspectos como educação, saúde física e mental e bem-estar. Alerta-se para o impacto a longo prazo da pandemia na saúde mental de crianças e jovens, especialmente se o apoio e a intervenção apropriados não forem fornecidos.
Foram incluídas as respostas de 4.385 jovens por meio de questionários e grupos focais. Nota-se que as descobertas ecoam preocupações levantadas anteriormente em outros locais. Foi chamada a atenção para a suspensão generalizada de serviços e seus efeitos sobre as crianças.
Observou-se a redução no número de avaliações de saúde e visitas domiciliares fornecidas aos jovens e crianças, devido a realocação dos profissionais de saúde aos cuidados e serviços relacionados à Covid-19. Também foram proibidas por alguns períodos as visitas externas a jovens no Centro de Justiça Juvenil, inclusive de familiares.
O relatório afirma que a medida que saímos da pandemia, mais crianças e jovens e suas famílias estão vivendo na pobreza, as listas de espera na saúde são longas e muitos tiveram sua educação prejudicada devido à falta de acesso a equipamentos digitais.
Ainda nesse sentido, a pandemia também acentuou as desigualdades na educação no Brasil. Nota-se que um ano após o início da pandemia, muitos alunos ainda não têm acesso à internet ou a dispositivos para o estudo online. Além disso, cresceu o percentual de jovens estudantes que procuram emprego em decorrência da crise econômica agravada pela pandemia.
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Destaques do Mundo:
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Delta Airlines vai cobrar multa mensal de funcionários que não tomarem
vacina
A terceira maior companhia aérea dos Estados Unidos, a Delta, está prestes a impor uma sobretaxa mensal de cerca de mil reais a funcionários que recebem auxílio saúde da empresa e não se vacinaram contra a Covid-19. Os funcionários da empresa Delta Airlines que foram totalmente vacinados e mesmo assim foram infectados por coronavírus receberão auxílio-doença.
Segundo o Diretor executivo, Ed Bastian, a medida visa ajudar a conter a agressiva disseminação da doença que está voltando a crescer nos Estados Unidos. Além disso, a internação hospitalar de um funcionário com Covid-19 gera um custo em média de R$ 260 mil por pessoa. A decisão da Delta Airlines vem em paralelo à queda acentuada de demanda e atual tentativa de retomada da confiança dos passageiros.
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Destaques do Mundo:
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Coronavírus: como proteção de Pfizer e Astrazeneca enfraquece com o
passar dos meses
Estão observando uma diminuição da proteção contra infecções por Covid-19 em pessoas que receberam as duas doses da vacina. Em um estudo, realizado no Reino Unido, foram analisados resultados positivos do exame RT-PCR entre maio e julho de 2021 de mais um de um milhão de pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer ou AstraZeneca. Observou-se a redução da proteção de 88% em um mês para 74% de cinco a seis meses e uma redução de 77% para 67% de quatro a cinco meses após duas doses do imunizante da Pfizer e AstraZeneca, respectivamente. Entretanto, a redução da proteção é esperada, segundo especialistas.
Apesar de ocorrerem casos de infecção em indivíduos totalmente imunizados, as vacinas ainda estão fazendo um bom trabalho na proteção da população contra a forma grave da doença e mortes por Covid-19. A agência de saúde pública do governo britânico, estima que cerca de 84,6 mil mortes e 23 milhões de infecções foram evitadas como resultado da campanha de vacinação contra Covid-19 na Inglaterra até agora.
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Indicações de artigos
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Covid-19 Symptoms Were Worse Than Cancer’s Effects
(Os sintomas pós-Covid-19 foram piores que os efeitos do câncer)
Estudo recente mostrou que indivíduos encaminhados para clínicas de reabilitação pós Covid-19 têm maior comprometimento da saúde e dores mais intensas do que pacientes com câncer enviados ao mesmo ambiente.
O estudo foi realizado entre janeiro de 2020 e março de 2021 e contou com a participação de 1295 pacientes no grupo pós Covid-19 e 2395 pacientes com câncer no grupo controle.
Um terço dos pacientes que foram infectados pelo Sars-CoV-2 relatou ter prejuízos na saúde, incluindo fraqueza muscular e danos na saúde mental, enquanto entre os pacientes com neoplasias esse número foi de um quarto.
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Indicações de artigos
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Effectiveness of Covid-19 Vaccines in Preventing Sars-CoV-2 Infection
Among Frontline Workers Before and During B.1.617.2 (Delta) Variant
Predominance — Eight U.S. Locations, December 2020–August 2021
(Eficácia das vacinas de Covid-19 na prevenção da infecção por Sars-CoV-2 entre trabalhadores da linha de frente antes e durante a predominância da variante B.1.617.2 (Delta) - Oito locais nos EUA, dezembro de 2020 a agosto de 2021)Um estudo de coorte envolvendo trabalhadores da linha de frente mostrou que a vacina Pfizer, bem como a Moderna apresentaram 90% de eficácia na redução de infecção pelo Sars-CoV-2.
Trabalhadores da linha de frente de seis estados americanos foram testados semanalmente por RT-PCR a fim de verificar se a eficiência da vacina varia de acordo com a variante infectante. O estudo incluiu 4.217 indivíduos completamente imunizados (Pfizer, Moderna ou Janssen), acompanhados durante 35 semanas.
Nas semanas em que a variante Delta foi responsável por mais de 50% dos casos, a eficácia da vacina cai para 61% quando comparada com semanas de predomínio das outras variantes cuja eficácia era de 91%. No entanto, os autores alertam que esse resultado pode ser decorrente do tempo prolongado decorrido desde a vacinação e pela curta duração do estudo. Cabe ressaltar que, ainda assim, a redução sustentada de dois terços no risco de infecção reforça a necessidade de vacinação.
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Indicações de artigos
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Clinical and virological features of Sars-CoV-2 variants of concern: a
retrospective cohort study comparing B.1.1.7 (Alpha), B.1.315 (Beta),
and B.1.617.2 (Delta)
( Características clínicas e virológicas de variantes preocupantes de Sars-CoV-2: um estudo de coorte retrospectivo comparando B.1.1.7 (Alfa), B.1.315 (Beta) e B.1.617.2 (Delta)
Estudo retrospectivo feito em Singapura comparou o desfecho de pacientes infectados pelas variantes Alfa, Beta e Delta com os de infectados pela variante selvagem circulante em 2020.
Os resultados mostraram que pacientes acometidos pela variante Delta necessitaram de mais oxigênio suplementar, além de terem apresentado maiores taxas de internação em UTI e de morte, quando comparado com outros subtipos virais. Além disso, a variante B.1.617.2 (delta) cursou com maior período de transmissibilidade, cerca de oito dias a mais que o vírus selvagem.
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