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PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO COMO FORMA PROFILÁTICA ÀS PARASITOSES HUMANAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E HELMINTOS

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XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e 1 IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO COMO FORMA PROFILÁTICA

ÀS PARASITOSES HUMANAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E HELMINTOS

Jônatas Rafael de Oliveira

1

, Marco Antonio de Oliveira

2

, Maria Amélia Silva Alves de

Almeida

3

1

Universidade Estadual Paulista/Laboratório de Microbiologia, Av. Engo. Francisco José Longo, 777, Jardim São Dimas, São José dos Campos, jroliveira16@hotmail.com

2

Universidade do Vale do Paraíba/Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Laboratório de Parasitologia e Biotecnologia, Av. Shishima Hifumi, 2911, Urbanova, São José dos Campos, oliveirama@univap.br

3

Universidade do Vale do Paraíba/Faculdade de Educação e Arte, Rua Tertuliano Delfim Jr, 181, Jardim Aquarius, São José dos Campos, mariamelia@univap.br

Resumo – Por meio da Educação Sanitária, alunos da 5ª série (6° ano) do Ensino Fundamental foram

informados sobre importantes parasitoses humanas, causadas por protozoários e helmintos, de forma simplificada e objetiva, com auxílio de palestras onde o recurso didático constituiu-se de uma cartilha, produzida no intuito de esclarecer dúvidas futuras dos educandos, uma vez que, este material foi entregue aos alunos no final do Projeto. O conteúdo da cartilha é proveniente de literaturas altamente reconhecidas na área da Parasitologia. Juntamente com o ciclo de palestras, foram aplicados dois questionários para análise do nível de conhecimento de cada aluno sobre o tema, um no início do Projeto e o outro no final. Os resultados apresentaram-se positivos, em média os alunos alcançaram um rendimento de 78,5 %, comparando o teste final com o inicial. A 5ª série Azul demonstrou um resultado superior ao da 5ª Branca, contudo esta última obteve um índice percentual superior pelo fato de ter alcançado uma nota menor na primeira avaliação, comparada com a 5ª série Azul que obteve a maior nota, esta por sua vez, por já apresentar uma média superior, o esforço seria maior para conseguir uma nota à frente da 5ª série Branca.

Palavras-chave: educação sanitária, parasitoses, parasitas, cartilha. Área do Conhecimento: parasitologia

Introdução

A Educação Sanitária é uma estratégia de combate a organismos que vivem à custa de outros, causando nestes últimos uma série de problemas. Esta mencionada educação objetiva-se em mudar os hábitos dos educandos e até mesmo daqueles que convivem com eles.

Frequentemente os parasitas intestinais são encontrados em seres humanos. Helmintos como Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, ancilostomídeos e protozoários das espécies Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis, são exemplos de parasitas que infectam o homem constantemente (FERREIRA et al., 2000; NEVES, 2000; PESSOA et al., 1988; REY, 2002). Segundo o Relatório sobre a Saúde no Mundo, da Organização Mundial da Saúde, de 1997 (apud REY, 2002) somente naquela época, eram cerca de 250 milhões de pessoas infectadas por Ascaris, 200 milhões por Schistosoma, 151 milhões por ancilostomídeos, 119 milhões por filárias, além de 300 a 500 milhões de casos de malária, 48 milhões de amebíases, 500 mil de giardíases, entre outras parasitoses de uma lista longa.

Rocha et al. (2000), afirmam que as parasitoses intestinais estão prevalentemente presentes em escolares dentro de uma faixa etária

específica entre 7 e 14 anos. Sendo que, mais da metade destes alunos que fizeram parte de sua pesquisa estavam infectados.

Diante desta realidade foi proposto um trabalho de Educação Sanitária, dirigido a alunos do Ensino Fundamental, no caso, educandos da 5ª série (6° ano), onde o objetivo principal foi de informá-los sobre as mais importantes parasitoses humanas, causadas por protozoários e helmintos, com ênfase nos meios de transmissão e de profilaxia. Secundariamente, buscou-se a produção de material didático – uma cartilha – com duas finalidades básicas: orientação para um ciclo de palestras e consultas futuras por parte dos alunos participantes do Projeto, bem como, por aqueles que fazem parte de seu ciclo familiar e comunidade. Buscou-se também averiguar através de testes o grau de conhecimento que o aluno apresentou antes e após as ministrações das palestras.

Metodologia

O estudo foi desenvolvido com alunos das 5as séries (6os anos) Azul e Branca do Ensino Fundamental, de uma escola no município de Jacareí, SP, com autorização da direção,

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coordenação pedagógica e professora titular das turmas, no ano de 2007.

Em um primeiro momento foi realizado um diagnóstico dos conhecimentos dos alunos a cerca do tema “A Educação Sanitária no combate às doenças causadas por parasitas”, através de questionários. Um denominado Questionário Social, composto por 20 questões de múltipla escolha, com a finalidade de constatar como o aluno se comportava diante das ações preventivas contra parasitoses, bem como, atitudes de risco à contaminação por parasitas, antes da aplicação do Projeto. Através deste questionário foi perguntado ao aluno seu nome completo, idade, quantas pessoas residiam juntamente com ele, se lavava as mãos após usar o sanitário e antes das refeições, em quais lugares se banhava, mesmo por lazer em dias quentes, se possuía banheiro em sua residência, se tinha vaso sanitário, se já realizou exame de fezes, se já adquiriu algum helminto ou protozoário, a frequência de idas ao médico para consultas, a procedência da água em sua residência, bem como, qual ele utilizava para beber, como são consumidas as carnes de gado e porco na casa onde morava, além de questionar a ingestão de alimentos que são consumidos crus, se tem o hábito de consumir produtos de ambulante, se anda com os pés descalçados, incluindo na hora do lazer, como o lixo fica acondicionado em sua residência, e finalmente se tinha recebido informações sobre parasitoses causadas por protozoários e helmintos.

O segundo questionário tratou de averiguar os conhecimentos que os alunos apresentavam sobre a temática a ser trabalhada, a Avaliação Diagnóstica, composta por 17 questões, onde o aluno foi orientado a assinalar a(s) alternativa(s) que considerasse correta(s), sem ao menos ter participado das palestras, ou ter recebido explicações sobre o tema, pelo autor do Projeto. Tratou-se de um teste de conhecimento no objetivo de averiguar a capacidade do aluno em saber a diferença entre protozoários e helmintos, o significado de palavras como “parasita”, “hospedeiro”, “infecção”, “febre” e “parasitose”, qual é o local no organismo humano onde os parasitas costumam se albergar e seus hábitos alimentares, quais são as formas de transmissão dos parasitas ao organismo humano e como ocorre a infecção por ameba, giárdia, áscaris, ancilostomídeos e tênias.

Ambos os questionários foram aplicados no primeiro dia do Projeto, com duração média de 40 minutos em cada turma.

O projeto segui-se com a ministração de

palestras sobre Educação Sanitária,

compreendendo a Parasitologia, em cinco dias não consecutivos, durante à tarde em uma sala intitulada “sala de vídeo”. Cada turma permaneceu

no local separadamente. Foram aplicadas entre o segundo e sexto dia do Projeto, com duração média de 40 minutos cada uma. Como recurso pedagógico foi utilizado uma série de transparências contendo informações escritas e imagens de parasitas, com seus respectivos ciclos biológicos e fases de vida. Geralmente as palestras iniciavam-se com explanações gerais sobre os parasitas, como forma, tamanho, fases de vida, características anatômicas e alimentares e seguia-se com demonstração de seus ciclos biológicos, ressaltando as formas de contágio, os locais que tomam por hábitat e sintomatologia das parasitoses. O encerramento era dedicado às formas de profilaxia. Na primeira palestra foi apresentado aos alunos o significado de palavras como “parasita”, “hospedeiro”, “parasitismo” e “parasitose”, além de receberem informações sobre protozoários e helmintos, hábito alimentar dos parasitas e sintomas típicos de uma pessoa parasitada. Neste mesmo dia também foram passadas informações básicas sobre sistema digestório, células defensoras, infecção, inflamação e febre. A segunda palestra abordou dois protozoários parasitas de humanos, Entamoeba sp. e Giardia sp., a terceira dois helmintos nematódeos, Ascaris lumbricoides e Enterobius vermiculares, a quarta dois helmintos também nematódeos, Necator americanus e Ancylostoma sp. e a última palestra dois platelmintos cestódeos, Taenia saginata e T. solium.

Após a série de palestras foi aplicado um Teste Avaliatório Final, que buscou avaliar tanto quantitativa como qualitativamente o que foi assimilado pelos alunos participantes do Projeto, durante os seminários. Foi empregado no último dia do Projeto, sétimo dia, o mesmo teste aplicado inicialmente antes das palestras, no entanto, cada aluno recebeu um novo questionário em branco para indicar a(s) alternativa(s) que julgasse correta(s).

O Projeto foi finalizado com a entrega de uma cartilha (Figura 1), apresentando todo o conteúdo abordado nas palestras. Este material apresentou o tamanho de 21x14,5 cm, com uma capa e 16 páginas, na sua grande maioria com ilustrações e figuras com suas fontes devidamente citadas. Este material foi produzido contendo nove tópicos, alguns apresentaram subtópicos, finalizando com a bibliografia e índice de endereços de hospedagem de imagens na Internet. Ela trouxe de forma simples e pedagógica as informações no intuito de auxiliar os alunos em suas dúvidas em relação à Parasitologia, como afirma Oliveira, 1979 (apud SCHALL, 1987), da importância deste tipo de recurso na aprendizagem do alunado. Basicamente todo o conteúdo das palestras estava contido neste material.

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Figura 1 – Cartilha produzida e utilizada no Projeto

Resultados

O questionário social foi respondido por 57 alunos das duas 5as séries (6os anos) do Ensino Fundamental, destes 32 eram meninos e 25 meninas, com idade entre 10 e 13 anos, sendo que, cerca de 82% destes apresentaram 11 anos de idade. Aproximadamente um terço dos alunos moravam com cerca de 4 a 6 habitantes por domicílio, um aluno indicou que faz parte de uma família com 10 integrantes morando em uma mesma residência. O hábito de lavar as mãos após o uso de sanitários e antes das refeições foi assinalado pela maioria dos estudantes, como é demonstrado na Figura 2.

Figura 2 – Hábito dos alunos quanto à lavagem das mãos.

Os lugares mais indicados como local para se banhar foram o chuveiro e a piscina, contudo, alguns indicaram outras localidades como mostra a Tabela 1.

Tabela 1 – Lugares frequentados pelos alunos

para banho e recreação

Em todas as residências foi indicada a presença de banheiro com vaso sanitário, e em 86% dos lares a água procede das estações de tratamento.

Quanto à fonte da água que é utilizada para se beber, cerca de 44% dos alunos consomem água mineral e aproximadamente 33% bebem água diretamente da caixa d’água, outras fontes de consumo de água poderão ser verificadas na Figura 3.

Figura 3 – Relação das fontes de água utilizadas para se beber nos domicílios dos alunos.

Local 5ª Branca 5ª Azul Total

Córrego - - - Vala - - - Açude - - - Rio 01 - 01 Cachoeira 04 09 13 Piscina 09 19 28 Chuveiro 18 25 43 Bica 01 - 01 Praia 01 - 01 Represa 01 - 01 Chuva 01 - 01

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Após usar o banheiro Antes das refeições

Ocasiões em que as mãos são lavadas

n Sim, sempre Sim, às vezes Não 1 1 2 6 25 19 2 1 0 5 10 15 20 25 30 F o n te d 'á g u a P o ç o , C a ix a d 'á g u a e G a lõ e s C o m p ra d o s C a ix a d 'á g u a e F il tr o F il tr o G a lõ e s C o m p ra d o s C a ix a d 'á g u a B ic a P o ç o n

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Em relação à existência prévia de alguma infecção por protozoários ou helmintos, 25 responderam negativamente, 13 afirmaram ter contraído alguns destes parasitas e 18 alunos não souberam informar, entretanto, 74% dos alunos afirmaram já terem feito exame de fezes e quase 53% indicaram ir ao médico, uma vez ao mês, para consultas de rotina. Os hábitos alimentares dos discentes podem ser vistos na Tabela 2. Tabela 2 – Demonstração do consumo de alimentos pelos alunos.

Tipo de Alimento n

Carne bovina “bem passada” 26

Carne bovina “no ponto” 19

Carne suína “bem passada” 20

Carne suína “no ponto” 28

Carne bovina/suína “crua” -

Alimentos crus (lavados apenas em

água corrente) 50

Alimentos crus (desinfetados

quimicamente) 6

Alimentos de vendedores ambulantes 49 Andar com os pés descalçados foi um costume apontado por 50 dos 57 participantes do estudo, mesmo que oito indivíduos tenham confirmado que “sempre” andam descalços e 42 somente em algumas ocasiões, apenas 6 alunos informaram não terem esse hábito. Para 36 alunos, ficar descalço é um hábito ligado à pratica de brincadeiras coletivas como, futebol, voleibol, pega-pega, esconde-esconde e pula-cordas, e outras atividades como, varrer a casa, caminhar e exercícios físicos. Em 82% dos lares o lixo fica protegido contra insetos e em 14% estes materiais residuais encontram-se desprovidos de cuidados específicos. Quando perguntados sobre o conhecimento prévio sobre parasitoses, 56% já receberam alguma informação sobre parasitoses, 18% apontaram não ter tido esta oportunidade e 26% não se recordavam de ter tido este tipo de orientação.

A Tabela 3 apresenta o desempenho dos alunos e média geral das turmas nos processos avaliatórios inicial (Avaliação Diagnóstica) e final (Teste Avaliatório Final). Pelo fato da preservação de suas identidades, os educandos foram indicados por números de 1 a 30 e seus rendimentos foram quantificados por notas de 0 a 10.

Notou-se uma pequena diferença no rendimento entre as turmas. A 5ª série Azul, na Avaliação Diagnóstica, apresentou uma média de 4,05 pontos e a 5ª série Branca 3,21 pontos, uma diferença de 0,84 ponto. No Teste Avaliatório Final, a 5ª série Azul manteve-se à frente com a

média de 5,87 pontos, enquanto que a 5ª série Branca apresentou 4,68 pontos de média, diferença de 1,19 ponto.

A 5ª série Azul foi a turma que obteve as maiores médias nos processos avaliatórios, contudo, a 5ª série Branca apresentou um rendimento percentual superior, pelo fato de na primeira avaliação terem obtido notas menores em comparação com a 5ª série Azul, um fator que contribuiu para elevar o índice analisado, uma vez que, para a 5ª série Azul apresentar um saldo superior ao demonstrado na Tabela 3, o esforço deveria ter sido maior.

As médias são estatisticamente diferentes para todos os valores apresentados para a mesma turma (t de Student, 5% de nível de significância).

Discussão

Em uma pesquisa realizada por Rocha e colaboradores (2000), foi indicado que cerca de 55,3% dos estudantes entre 7 e 14 anos de idade, que fizeram parte de seu estudo, estavam albergando algum tipo de parasita, com isso pôde-se notar que este público é o mais afetado pelas parasitoses. Desta forma, achou-se conveniente trabalhar com estudantes dentro desta faixa etária. Na escola onde foi aplicado o Projeto, os alunos apresentaram idades entre 10 e 13 anos, porém a grande maioria estava com 11 anos de idade.

Rey (2001) afirma que as parasitoses podem trazer graves problemas de saúde, principalmente para a população pediátrica, pelos seus hábitos de higiene precários. No entanto, até mesmo adultos podem ser reservatórios de parasitas por não fazerem uma assepsia correta de suas mãos, de alimentos que serão consumidos crus, de suas roupas, enfim, por uma infinidade de atitudes incorretas realizadas constantemente.

A quantidade de pessoas que residem juntamente com o aluno pode ser um fator que contribua para a contaminação com parasitas. Haswell-Elkins (apud CAMPOS, 2002) demonstrou que é importante se conhecer a densidade de moradores de uma casa, para poder controlar a ocorrência de parasitas no grupo familiar, isso contribuirá também para se ter idéia da distribuição dos parasitas entre as famílias.

A lavagem das mãos é um hábito simples e salutar que contribui muito para se evitar a contaminação por parasitas. Rey (2001) descreve que as ocasiões mais importantes para lavar as mãos são: a) depois de se limpar, após a defecação; b) antes de consumir alimentos crus que serão tocados; c) antes das refeições; d) depois de tocar em superfícies e materiais que possam estar contaminados com fezes, água poluída ou mãos sujas; e e) após o contato com pessoas doentes. No Projeto, 77% dos alunos

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responderam sempre lavar as mãos após o uso de sanitários e 74% lavam as mãos antes das

refeições.

A água não tratada adequadamente pode apresentar um número grande de agentes patogênicos, como vírus, bactérias, protozoários e helmintos, entre outras partículas nocivas (CHAGAS et al., 1981), 44% dos alunos participantes do estudo, indicaram beber água mineral, mesmo que em seus lares haja água encanada, outros 33% bebem água de caixa d’água sem ser filtrada ou fervida.

A realização de exames coproparasitológicos é de suma importância para demonstração de formas císticas e trofozoíticas de protozoários, ou então, de ovos e larvas de helmintos, bem como vermes adultos ou fragmentos de helmintos (REY, 2001), e tal ação foi indicada por cerca de 74% dos alunos, e apenas 23% do total de participantes do projeto já foram infectados por algum protozoário ou helminto.

Capilheira e Santos (2006), afirmam que o hábito de participar de consultas médicas possibilita ao paciente a averiguação de sua

saúde, uma vez que costuma ser pedido pelo médico uma série de exames complementares,

como, hemograma, glicemia em jejum, urina, colesterol, triglicerídeos, hormônios, fezes, entre outros, podendo o paciente constatar a infecção por parasitas, ou outras patologias. A frequência dos discentes a um consultório médico é de pelo menos uma vez ao mês, hábito apontado por 53% deles.

A forma de como o indivíduo se alimenta, bem como o local, são fatores preponderantes quando se fala em parasitose, uma vez que, os alimentos podem estar contaminados por cistos, ovos ou larvas de parasitas, vindos de mãos não higienizadas, poeiras, por insetos que pousam sobre eles, entre outros mecanismos de contagio. Atualmente, um grande número de pessoas costuma consumir alimentos de vendedores ambulantes, Lucca e Torres (2002) apontam que os efeitos negativos deste tipo de comércio estão essencialmente ligados a aspectos higiênico-sanitários. Afirmam também que o hábito de consumir estes produtos contribui para infecções não somente por protozoários e helmintos, mas também por uma série de bactérias. Um hábito, Avaliação Diagnóstica (Nota) Teste Avaliatório Final (Nota) Rendimento (Pontos) Rendimento (%) Código do Aluno

5ª Azul 5ª Branca 5ª Azul 5ª Branca 5ª Azul 5ª Branca 5ª Azul 5ª Branca

01 5,50 3,04 6,66 5,30 1,16 2,26 61 87 02 4,23 3,63 5,80 7,35 1,57 3,72 69 101 03 3,73 3,63 6,00 4,12 2,27 0,49 80 57 04 4,91 4,03 6,90 3,44 1,99 -0,59 70 43 05 3,83 3,63 5,40 5,40 1,57 1,77 70 74 06 4,23 3,63 7,75 6,66 3,52 3,03 92 92 07 3,53 1,90 4,12 4,32 0,59 2,42 58 114 08 1,86 3,63 4,42 5,60 2,56 1,97 119 77 09 5,39 2,45 7,84 0,88 2,45 -1,57 73 18 10 3,04 1,50 4,32 3,14 1,28 1,64 71 105 11 3,04 3,04 5,70 3,53 2,66 0,49 94 58 12 3,04 1,80 3,63 3,53 0,59 1,73 60 98 13 5,60 1,30 7,25 4,31 1,65 3,01 65 166 14 3,63 1,80 6,18 6,48 2,55 4,68 85 180 15 4,23 4,00 7,55 7,75 3,32 3,75 89 97 16 3,04 3,04 5,80 4,41 2,76 1,37 95 73 17 1,86 1,90 3,64 4,12 1,78 2,22 98 108 18 6,08 3,04 5,50 3,14 -0,58 0,10 45 52 19 2,75 5,60 6,00 7,00 3,25 1,40 109 63 20 3,63 4,54 6,47 3,14 2,84 -1,40 89 35 21 4,03 5,00 5,40 4,41 1,37 -0,59 67 44 22 2,45 6,60 2,35 7,56 -0,10 0,96 48 57 23 3,63 3,00 5,40 5,19 1,77 2,19 74 87 24 8,00 1,28 7,65 1,47 -0,35 0,19 48 57 25 3,24 - 6,66 - 3,42 - 103 - 26 5,88 - 6,96 - 1,08 - 59 - 27 4,81 - 8,43 - 3,62 - 88 - 28 5,21 - 7,16 - 1,95 - 69 - 29 2,94 - 1,40 - -1,54 - 24 - 30 4,23 - 7,75 - 3,52 - 92 - MÉDIA 4,05 3,21 5,87 4,68 1,77 1,47 76 81

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mesmo que esporádico, indicado por 74% dos alunos.

O simples ato de consumir carnes bem passadas ou no ponto é um fator que contribui para diminuição da infecção por helmintos do gênero Taenia (REY, 2001), e segundo os educandos envolvidos no Projeto demonstram este hábito.

O material utilizado proporcionou o aumento no aproveitamento dos alunos, pelo fato da abordagem ter sido simplificada, com uma linguagem apropriada à faixa etária dos discentes participantes do estudo. A utilização de imagens também facilitou no processo de aprendizagem, com a visualização os alunos compreenderam melhor aquilo que lhes eram colocado nas ministrações. “Os materiais didáticos servem como instrumentos que transmitem estímulos vitais a aprendizagem, no intuito de reforçar orientações e trazer facilidades no processo de ensino-aprendizagem” (OLIVEIRA, 1979 apud SCHALL, 1987).

Conclusão

1. Alunos de 5ª série (6º ano) do Ensino Fundamental foram orientados sobre algumas protozooses e helmintíases que acometem os seres humanos.

2. A cartilha serviu como roteiro para as ministrações das palestras.

3. Todos os alunos participantes que estavam presentes no último dia do Projeto receberam gratuitamente um exemplar da cartilha.

4. Os alunos apresentaram um desempenho melhor após as palestras.

Referências

- CAMPOS, M. R. et al. Distribuição espacial da infecção por Ascaris lumbricoides. Rev. Saúde Pública v.36, n.1,2002.

- CAPILHEIRA, M. F.; SANTOS, I.S.

Epidemiologia da solicitação de exame complementar em consultas médicas. Rev. Saúde Pública v.40, n.2, p. 289-297, 2006.

- CHAGAS, S. D et al. Bactérias indicadoras de poluição fecal em águas de irrigação de hortas que abastecem o município de Natal – Estado do Rio Grande do Norte (Brasil). Rev. Saúde Pública v.15, n.6, 1981.

- FERREIRA, M. U.; FERREIRA; C. S.; MONTEIRO, C. A. Tendências secular das parasitoses intestinais na infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Ver. Saúde Pública. V.34, n.6, p. 73-82, 2000.

- LUCCA, A; TORRES, E.A.F.S. Condições de higiene de "cachorro-quente" comercializado em vias públicas. Rev. Saúde Pública v.36, n.3, 2002. - NEVES, D. P. et al. Parasitologia humana. 10ed. São Paulo: Atheneu, 2000. 428p.

- PESSOA, S. B.; MARTINS, A. V. Pessôa parasitologia médica. 11ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 872p.

- Programa R para análise de dados e gráficos. Disponível em:

http://CRAN.R-project.org

. Acesso em 04 set. 2009.

- REY, L. Bases da parasitologia médica. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 379p. - REY. L. Parasitologia. Parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas e na África. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 856p.

- ROCHA, R. S. et al. Avaliação da esquistossomose e de outras parasitoses intestinais, em escolares do município de Bambuí, MG, Brasil. Ver. Soc. Brás. Med. Trop. V.33, n.5, p. 431-436, 2000.

- SCHALL, V. T. et al. Educação em saúde para alunos de primeiro grau. Avaliação de material para ensino e profilaxia da esquistossomose. Ver. Saúde Pública. V.21, n.5, p. 387-404, 1987.

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