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Academic year: 2022

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Os números divulgados em dezembro indicam, novamente, desaceleração da atividade econômica.

O PIB do 3º trimestre de 2021 caiu 0,1% em relação ao trimestre anterior Além disso, os dados de outubro sugerem que o PIB deve ter continuado a cair no 4º trimestre. A produção industrial recuou 0,6% no mês, a quinta queda consecutiva, acumulando baixa de 3,7% desde junho. Já as vendas no varejo ampliado contraíram 0,9% em outubro, enquanto o volume de serviços caiu 1,2%

na mesma base de comparação. Com isso, o IBC-Br, indicador que busca aproximar o comportamento mensal do PIB, caiu 0,4%, a quarta queda mensal consecutiva.

Mesmo com o enfraquecimento da atividade econômica, a boa notícia é que o desemprego continuou recuando, saindo de 12,6% em setembro para 12,4% em outubro.

Com base nesses resultados, revisamos as nossas projeções de crescimento do PIB em 2021, de 4,7% para 4,4%, e em 2022, de 0,70% para 0,30%.

O IPCA-15 de dezembro registrou a primeira surpresa positiva em todo segundo semestre de 2021, variando 0,78%, abaixo dos 0,82% projetados pelo mercado e fechando o ano com alta de 10,42%.

Em dezembro, o Copom elevou a taxa Selic em 1,5 p.p., colocando-a em 9,25% no encerramento do ano, e sinalizou uma elevação de mesma magnitude para fevereiro.

Projetamos que a taxa Selic atingirá 12,25% em maio e se manterá neste patamar até o fim de 2022. Diante da dinâmica ruim para os núcleos e da elevada incerteza no cenário, será necessário manter a taxa de juros elevada, com isso projetamos 4,8% em 2022 para o IPCA.

Textos elaborados pela área de Análise Econômica do Banco Cooperativo Sicredi S.A. A Análise Mensal completa esta disponível em www.sicredi.com.br/investimentos

A confirmação da postura mais dura do Banco Central dos EUA, com expectativa de três altas de juros em 2022, e o rápido avanço da variante Ômicron, com imposição de novas medidas de isolamento social na Europa, aumentaram a procura global por dólar no mês, e levaram o câmbio a rodar em média a R$ 5,65/US$.

Em nossa visão, os vetores de alta predominam, mas diante da elevada incerteza, mantemos nossa

projeção de 2022 em R$ 5,60/US$.

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No mundo como um todo, os casos de covid estão atingindo máximas, impulsionado pela Ômicron e as festas de dezembro. Contudo, a letalidade mostra-se baixa e os sistemas de saúde não apresentam sinais de colapso, o que conteve o pessimismo dos mercados.

Por aqui, o Banco Central continuou sua medida de contenção da inflação por meio de elevações na taxa Selic, chegando a 9,25%. Essa medida está ajudando o BC a ancorar as expectativas de inflação para 2023 e 2024. Além disso, o setor público encerrou novembro com superávit primário, o melhor resultado para o mês desde 2013, fato esse que favoreceu a queda do dólar e da curva de juros.

A alta do minério de ferro foi benéfica para as ações ligadas a commodities metálicas, que puxaram a alta do índice Bovespa, que fechou o mês cotado a 104.822 pontos, uma alta de 2,85%. No ano a performance foi negativa em 11,93%

No cenário externo os mercados americanos continuaram a performar bem em dezembro e o S&P 500 novamente bateu a máxima histórica, no mês fechou cotado a 4.766 pontos, uma alta de 4,36%, no ano o índice teve performance positiva de 28,11%. Tal movimento indica que o mercado está descrente que as altas de juros indicadas pelo FED para 2022 sejam contracionistas. Além disso, o presidente Biden segue tentando aprovar seus pacotes de gastos.

1O item“Bolsa”considera a visão daAssetSicredi referente ao comportamento de renda variável no país e não consta na Análise Mensal completa, escrita pela área de Análise Economica do Banco Cooperativo Sicredi S.A disponível em www.sicredi.com.br/html/para-voce/investimentos/conteudos

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Quando falamos em títulos de investimento em renda fixa no Brasil, uma importante alternativa é a Letra de Crédito Agrícola (LCA), mas você sabe o que é, quais os riscos e rentabilidade?

A LCA é um produto que vem se popularizando cada vez mais, devido a suas vantagens tributárias, baixo risco e altas remunerações. Em novembro de 2021 a carteira total de LCA no varejo alcançou R$ 94,6 Bi, passando a representar 9,1%¹ da carteira de Títulos e Valores Mobiliários do mercado. Com o cenário econômico atual onde vemos uma disparada da taxa SELIC, que está atualmente em 9,25% e já tem previsão de crescimento para 10,75% (maior patamar desde maio de 2017) em fevereiro, os produtos de renda fixa ganham maior atratividade. Isso se dá devido a sua estabilidade acompanhada, agora, por um alto rendimento.

Outro aspecto que vem impulsionando a carteira de LCA no mercado, é a chegada da nova safra rural que começa em julho de 2022. No início da safra, o governo reajusta alguns indicadores que servem como base para a concessão de crédito durante todo o ano rural. Existem expectativas que os potenciais reajustes melhorem as condições de distribuição de crédito rural com recursos de LCA, voltando a atenção das instituições financeiras para o produto. Com maior interesse de emissão dos bancos, maior é a liquidez do produto no mercado e consequentemente os preços se tornam mais competitivos. Mas afinal, como funcionam as LCAs?

As letras de crédito, são títulos lastreados em operações de crédito de um segmento específico. No caso da Letra de Crédito Agrícola, apenas títulos de crédito rurais podem ser utilizados para lastrear a operação.

Pelo ponto de vista de rendimento, esses produtos se assemelham aos outros produtos de renda fixa, podendo ter uma remuneração prefixada, pós-fixada ou atrelada a inflação. No caso da prefixada, no momento de contratação do título será negociado uma remuneração para o período baseado na curva de juros futuro. Para as operações pós-fixadas, a negociação gira em torno de um benchmark. Comumente as instituições utilizam a taxa do CDI que é a principal referência de rentabilidade para produtos de renda fixa.

É importante ressaltar que também pode haver uma taxa híbrida, misturando o aspecto pós e pré juntos no mesmo título, onde a instituição financeira pagaria x% do CDI + spread (taxa fixa).

Por último, temos os títulos atrelados à inflação que se assemelham a taxa híbrida mencionada acima.

Existem duas diferenças: a primeira é que o CDI é substituído por algum indicador inflacionário como IPCA ou IGPM. A segunda diferença é que a inflação é assegurada no título, e não apenas um percentual dela.

As letras de crédito, são considerados títulos de liquidez inferior se compararmos com outros produtos de renda fixa como poupança ou CDBs. Isso quer dizer que os prazos para transformar o título em dinheiro novamente podem ser maiores do que nos outros ativos. É importante se atentar ao prazo de carência que, conforme regulação do Conselho Monetário Nacional (CMN), tem garantido um mínimo de 90 dias para títulos pré e pós e pode chegar a 12 meses nos títulos vinculados à inflação. O aumento do período de carência pode acarretar um aumento do rendimento do título, então é sempre importante negociar bem os termos antes de contratar o seu investimento.

Apesar da LCA ser lastreada em título de crédito do agronegócio, os riscos que o investidor tomará são diretamente ligados a saúde financeira da instituição que o está emitindo. No caso de o banco passar por algum problema de liquidez, mesmo que não relacionado ao lastro das suas letras de crédito, o investidor também sentirá o impacto. No entanto, saiba que este investimento é coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), ou seja, no caso de falência do banco, o investidor estará protegido até o valor de R$ 250 mil.

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Porém, qual é o diferencial deste produto da renda fixa como um todo? A LCA (assim como a LCI) é isenta da tributação de imposto de renda sobre seus rendimentos. Ou seja, a rentabilidade adquirida ao longo do tempo já é liquida e o investidor não será cobrado por nada a mais ao resgatar seu título. Se considerarmos os produtos mais comuns de renda fixa, ao receber o seu rendimento o investidor é tributado conforme tabela regressiva de acordo com o prazo do investimento, segue modelo abaixo.

Sendo assim, uma LCA pós fixada que paga 85% do CDI garante retornos superiores a um CDB que paga 100% do CDI, considerando uma aplicação com prazo de 1 ano.

Por fim, em um cenário de juros crescentes com o CDI a 9,25% a.a. as LCAs vêm se popularizando como uma alternativa de diversificação da carteira de renda fixa. Além do baixo risco e garantia pelo FGC elas ainda contam com uma ausência de tributação que permite aos bancos trabalharem com taxas mais competitivas gerando ótimos rendimentos.

Por outro lado, é importante prestar atenção a sua necessidade de liquidez, visto que os prazos mínimos de carência são maiores que de alguns outros produtos. Novamente vale reforçar que esta carência também impacta no rendimento oferecido pela instituição, sendo importante sempre negociar os termos da contratação do título.

Além disso, investindo em LCA pelo Sicredi os associados podem receber um percentual de distribuição de resultados compatível com o valor aplicado.

Existem produtos de investimentos para todos os perfis de investimentos, o ideal é sempre termos a clareza dos nossos objetivos em relação à sua utilização e diversificarmos entre mais de um produto, dessa forma é possível compensar perdas e também aumentar a rentabilidade do capital investido.

¹Estatítica de varejo por produto da ANBIMA: https://www.anbima.com.br/pt_br/informar/estatisticas/varejo-private-e-gestores-de- patrimonio/varejo-consolidado-mensal.htm

²Tabela retirada do site da XP Investimentos através do link: https://conteudos.xpi.com.br/aprenda-a-investir/relatorios/entenda-o-que- muda-na-tributacao-dos-fundos-de-investimento-com-a-reforma-tributaria/

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FIC CDI+

Seguimos em um ciclo de alta da taxa de juros, o que eleva a rentabilidade dos títulos indexados à SELIC, e leva os títulos a apresentarem um retorno positivo. Com a taxa de juros em alta, os investidores são atraídos a investir em títulos públicos, visando maiores rentabilidades nominais com menores riscos envolvidos.

Assim, a demanda aumentada por esses fluxos faz com que os preços aumentem e gere ganhos para os detentores do papel. Com a expectativa de sequência de alta da taxa de juros, mantemos essa visão positiva para o segmento.

Passada a turbulência de novembro envolvendo a PEC dos Precatórios, o último mês do ano foi de bom desempenho para os ativos de crédito privado. Observamos uma maior estabilidade nas taxas negociadas, que resultaram na performance positiva do mês. Mantemos um visão neutra para o mês diante do cenário que temos pela frente de pressões por mais espaço de gastos no Orçamento Federal e de sinais mistos da variante Ômicron. Logo, seguimos cautelosos para realizar novas alocações relevantes, dando preferência para ativos mais curtos, dentro do que consideramos saudável e com potencial de rentabilidade.

As posições em crédito do produto seguem contribuindo positivamente na rentabilidade. Com o ciclo de altas da taxa de juros e, consequentemente, a migração dos investidores para produtos de renda fixa tradicional, segue a dinâmica positiva no segmento. Da mesma forma, as posições em títulos públicos apresentaram boa performance, com a maior demanda e oferta sustentável do Tesouro. Já, as posições de inflação sofreram com o dado de inflação do fechamento de novembro se mostrando abaixo das expectativas, apesar do IPCA seguir pressionado.

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Até o meio do mês de dezembro os títulos públicos atrelados ao IPCA, seguiram recuperando perdas e atingindo máximas, antes vista pela última vez em julho. O dado de inflação do fechamento de novembro se consolidou abaixo das expectativas do mercado em 0,95%, mostrando desaceleração de 0,30% frente a outubro. A desaceleração se refletiu também no IPCA-15, ficando em 0,78%, vinda principalmente do arrefecimento do núcleo de industriais. Mas, no geral, a inflação segue pressionada pelos preços de gasolina, energia elétrica e alimentação. Ainda que, na esfera fiscal, observamos um mês pouco agitado, o cenário de incerteza ainda paira quanto a política fiscal e a aceleração dos casos de COVID e da nova cepa no mundo.

Após a última reunião do COPOM do ano de 2021, a decisão foi de seguir o ciclo de alta na taxa de juros em 1,5 p.p., fechando o ano em 9,25%, e dando continuidade ao patamar contracionista. A postura já esperada de elevação substancial de juros no curto prazo, somada a uma inflação que veio abaixo das expectativas, trouxe um arrefecimento das curvas de juros futuros. No cenário fiscal, as contas públicas continuam mostrando um bom desempenho no curto prazo, mas dado a aprovação da PEC dos Precatórios, que rompe o limite do teto de gastos, e as pressões quanto ao reajuste de salários para os servidores públicos, mantem o alerta sobre a política fiscal.

Os dados de inflação do fechamento de novembro se consolidaram abaixo das expectativas do mercado em 0,95%, mostrando desaceleração de 0,30% frente a outubro. A desaceleração se refletiu também no IPCA-15, ficando em 0,78%, vinda principalmente do arrefecimento do núcleo de industriais. Esses fatos fizeram com que nossas posições em inflação implícita de curto e médio prazos, que vinham sendo consistentemente ganhadoras, apresentassem um desempenho aquém do esperado. Seguimos com uma visão de persistente pressão inflacionária.

Além disso, possuíamos uma venda em índice futuro de bolsa, visando proteger a carteira de ações do produto em um cenário de instabilidade, com a forte alta do Ibovespa no mês esta posição de hedge trouxe impactos para a performance.

Os destaques da carteira este mês ficaram por conta das posições em setores ligadas a commodities como petróleo, celulose e minério.

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O fundo apresentou uma performance abaixo do benchmark no mês de dezembro, com contribuições positivas no mercado de renda fixa, negativas nos mercados de crédito e renda variável, e neutras no mercado de moedas.

A aprovação final da PEC para acomodar o novo Auxílio Brasil pelas duas casas do Congresso e a chegada do recesso parlamentar ajudaram a reduzir os ruídos fiscal e político no curto prazo, que devem voltar a aumentar gradualmente a medida que o foco se volta para as eleições gerais no final de 2022. Além disso, tivemos durante o mês algumas surpresas positivas tanto na inflação (com IPCA-15 abaixo do consenso) quanto no fiscal (com possibilidade de superávit primário depois de muitos anos). Entretanto, o cenário prospectivo para este ano continua desafiador, com expectativas de desaceleração brusca no crescimento, manutenção de juros reais altos a fim de trazer a inflação de volta para a meta, e incertezas em relação à política econômica do próximo governo.

Nas estratégias de renda fixa, aproveitamos a queda recente das taxas para reduzir as posições aplicadas em vencimentos curtos e intermediários de juros nominais.

Nas estratégias de moedas, mantivemos apenas uma posição relativa no Real em relação ao Índice Bovespa.

Ao mesmo tempo que aproveitamos para aumentar de forma tática a exposição em bolsa com o intuito de capturar uma eventual melhora por conta da dissipação dos riscos de curto prazo.

Neste contexto, o fundo fechou o mês com performance absoluta positiva de +0,47% (61% CDI), acumulado em 2021 de 5,46% (124% CDI) e em 12 meses de 5,46% (124% CDI).

Em dezembro os mercados locais continuaram o movimento de acomodação, com oscilações mais contidas.

Apesar de superada a PEC dos Precatórios, segue o temor com novas medidas populistas adentrando no ano de eleições, como o aumento de salários do funcionalismo.

Na economia, as projeções de inflação arrefeceram, respondendo ao discurso e atuação do Banco Central, que mira uma Selic terminal mais alta. Ainda, as revisões de crescimento para 2022 seguem baixistas. Nesse cenário, observou-se valorização dos títulos prefixados enquanto os de inflação tiveram desempenho misto.

E os temores sobre a nova cepa sul-africana do Coronavírus vêm sendo superados pelos mercados, dado que apesar dos recordes de casos, a letalidade mostra-se baixa e os sistemas de saúde não apresentam sinais de colapso.

Nesse momento, optamos por uma alocação de risco baixa e através de atuações táticas em câmbio e bolsa, além da continuidade da carteira de crédito. Assim, o fundo apresentou desempenho de 0,75%. No ano, bastante complicado para os ativos locais, o retorno foi relevante, de 6,13%, superando de maneira consistente o benchmark no período.

O FED (Banco Central americano) optou por apressar a retirada dos estímulos na economia, uma vez que a inflação não vem arrefecendo. Entretanto, permanece a atenção em relação à disseminação da nova variante Ômicron que por enquanto tem se mostrado menos letal, caso haja mudanças uma eventual pausa na retirada dos estímulos pode ocorrer. O ano foi de ganho relevante para a bolsa americana, que bateu diversos recordes de cotação ao longo de 2021, levados principalmente por ações de grandes companhias como Tesla e Apple.

A bolsa americana encerrou o mês cotada a 4.766 pontos, uma alta de 28,11% no ano, já o fundo teve uma alta de 5,5% no mês, fechando o ano com ganhos de 33,2%

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O fundo teve resultado positivo, com ganhos em renda fixa e perdas em Bolsa. Em renda fixa, os ganhos vieram de posições tomadas em juros nominais na Polônia e tomadas no cupom cambial. As perdas vieram de posições tomadas em juros nominais e compradas em inflação no Brasil e compradas em real contra o peso Mexicano. Em bolsa, as principais perdas vieram das posições relativas em bancos e commodities, e vendida em Petróleo. Tivemos ganhos, por outro lado, em posições compradas em industria e vendidas em transportes.

Consideramos que a economia global deve seguir em expansão em ritmo acima do potencial. Em renda fixa, temos posições compradas em juros nominais no Brasil, na Polônia, no Canada e na África do Sul; compradas em inflação no Brasil; compradas em Rublo Russo; compradas em índices de crédito de empresas americanas e vendidas em risco de CDS do México. Em bolsa, as principais alocações estão em posições compradas no setor elétrico e em saúde; relativas com exposição líquida comprada em consumo e bancos; e vendidas em seguradoras e imobiliário. No mercado externo, mantemos posições relativas compradas em FAAMGs e energia solar–TAN hedgeadas em S&P, Nasdaq e Petróleo.

O Ibiuna Long Short apresentou retorno de -0,73% no mês de dezembro. O principal destaque positivo ficou no setor de energia, com posições em empresas petrolíferas. Já o setor financeiro foi o principal destaque negativo, com posições em empresas de serviços financeiros.

O índice Bovespa encerrou o ano de 2021 em 104.822 pontos, recuando 11,9% nestes doze meses. Este é o primeiro ano com retorno negativo após cinco anos consecutivos em que o mercado acionário brasileiro apresentou rentabilidades positivas. Apesar de 2021 ter sido um ano bastante turbulento e desafiador para a classe de ativos de renda variável no Brasil, os nossos fundos de ações conseguiram performar positivamente e superaram seus respectivos benchmarks. Vale ressaltar a performance do fundo Ibiuna Long Short com retorno de +7,14% (161% do CDI) em 2021.

O ano de 2022 ainda será um ano bastante volátil dada a incerteza do cenário doméstico. Não só o Brasil continua em um processo inflacionário no qual o Banco Central Brasileiro está elevando consideravelmente a taxa de juros básica para conter a alta de inflação como também a eleição presidencial será bastante acirrada e provavelmente terá arroubos populistas de alguns candidatos. O crescimento econômico de 2022 e dos anos seguintes será fortemente impactado pelas decisões tomadas nos próximos meses, e quanto mais irresponsáveis e sem lastro econômico forem essas decisões, piores serão os resultados no médio prazo.

Desta forma, a evolução do processo inflacionário e da corrida eleitoral serão cruciais para o desempenho dos ativos domésticos nos próximos meses.

O ambiente econômico internacional continua sem grandes novidades, com todas as atenções ainda voltadas para os índices de inflação que continuam em níveis altos. A variante Ômicron do coronavírus adiciona alguma complexidade ao cenário de atividade global, mas os dados disponíveis até o momento (em conjunto com as taxas de vacinação das populações) indicam que o impacto sanitário e econômico desta nova onda será bem menos importante.

Como mencionamos em nosso último comentário mensal, nossas posições estão concentradas em ativos cujas performances operacionais são menos dependentes do cenário econômico (e devemos manter essa estratégia até que a campanha eleitoral comece a ficar mais clara). Empresas como Tim (TIMS3), BB Seguridade (BBSE3), Hypera (HYPE3), e Locamérica (LCAM3) são bons exemplos de posições cujas companhias apresentam boas perspectivas para os próximos trimestres e estão com valuations relativamente atrativos.

Empresas como Petrobras (PETR3) e Hapvida (HAPV3) têm potenciais riscos específicos (no caso de Petrobras, alguma interferência na gestão da empresa; no caso de Hapvida, alguma dificuldade maior na sua operação de fusão ou algum evento regulatório) mas consideramos que os preços atuais de suas ações nos mercados oferecem uma margem de segurança mais do que suficiente para estes possíveis riscos.

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Durante o mês de dezembro, o Congresso aprovou o orçamento de 2022, que inclui R$ 113 bilhões extras em despesas após a aprovação da emenda constitucional das dívidas ordenada pela Justiça, enquanto isso, a parte longa da curva soberana brasileira comprimiu-se em aproximadamente 70 pontos base devido ao IPCA abaixo do consenso. Continuamos esperando um pico de inflação nos meses seguintes, o que normalmente é um fator positivo para as ações. Sendo assim, ao longo do mês mantivemos o posicionamento com reduzida exposição em empresas ligadas ao crescimento cíclico doméstico, e mantivemos o posicionamento acima do índice em ações ligadas ao crescimento estrutural, financeiro e commodities.

O índice Ibovespa subiu 2,85% em dezembro, enquanto o fundo ficou abaixo do índice de referência em 252 pontos-base.

Os principais fatores negativos para o desempenho relativo se devem as nossas posições acima do índice em Magazine Luiza (na primeira quinzena do mês), Localiza, Itaú e Banco do Brasil. Por outro lado, os principais contribuintes positivos foram nossas posições acima do índice em Companhia Brasileira de Alumínio, Raia Drogasil e BR Malls.

Neste contexto, o fundo fechou o mês com performance de 0,22%, acumulado em 2021 de -16,55%, e em 12 meses -16,55%.

O fundo apresentou rentabilidade de 4,65% no mês, 179 bps versus o benchmark. As posições que mais agregaram para o desempenho relativo foram: na ponta positiva, ARML3, RRRP3 e VAMO3. Na ponta negativa, MGLU3, HAPV3 e NEOE3.

VAMO3 e ARML3 são duas empresas de locação, Vamos de caminhões e Armac de máquinas de linha amarela e linha verde, um modelo de negócio que se beneficiou com a diminuição dos juros longos. Além disso, a demanda de seus serviços está em alta. A RRRP3 se beneficiou da alta acentuada do petróleo somada à inclusão do índice Bovespa.

MGLU3 é uma empresa de múltiplos altos que pressupõe um crescimento elevado, tornando-a muito sensível à deterioração da demanda e alto endividamento das famílias o que estamos vivenciando no cenário atual. Assim como em MGLU3, o mercado está evitando papéis de múltiplos altos, o que foi negativo para HAPV3. Dadas as incertezas atuais, o mercado não está pagando pelas sinergias da fusão com o Grupo Intermédica. NEOE3 passou por um evento de má governança corporativa, na qual a controladora cobrou um royalty pelo uso da marca.

Os mercados americanos continuaram a performar bem em dezembro e o S&P 500 novamente bateu a máxima histórica. Tal movimento indica que o mercado está descrente que as altas de juros indicadas pelo FED para 2022 sejam contracionistas. Além disso, o presidente Biden segue tentando aprovar seus pacotes de gastos, porém os democratas não estão favoráveis às medidas.

No Brasil, o Banco Central continuou sua medida de contenção da inflação por meio de elevações na taxa Selic em 150 bps, chegando a 9,25%. Essa medida está ajudando o BC a ancorar as expectativas de inflação para 2023 e 2024, que, segundo o relatório Focus, estão convergindo para as projeções do BC.

As maiores posições setoriais relativas ao benchmark são: transportes, saúde e siderurgia.

Ao compararmos com a carteira de novembro/2021, aumentamos a exposição em transportes (Localiza) e siderurgia (Gerdau); e diminuímos a exposição em consumo básico (JBS e Raia Drogasil) e elétricas &

saneamento (Neoenergia).

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O SulAmérica Selection investe seus recursos em carteira concentrada de ações através de gestão ativa, baseada em análises fundamentalistas. Objetivando obter liquidez e maximização das posições de empresas abertas, com alta perspectiva de crescimento no contexto da economia brasileira.

Em dezembro o Selection performou positivo, fechando em 7,86% no mês, contudo, acumula baixa em 12 meses de 3,30%. Dezembro foi um mês positivo para o Ibovespa, com o índice acumulando alta de 2,85% no mês.

O Banco Central continuou sua medida de contenção da inflação por meio de elevações na taxa Selic em 150 bps, chegando a 9,25%. Essa medida está ajudando o BC a ancorar as expectativas de inflação para 2023 e 2024, outro fator que ajudou no bom desempenho do índice foi a baita letalidade da variante Ômicron.

Em dezembro, o Fundo obteve um retorno de +0,10% contra +2,85% do Ibovespa. Como destaque positivo, podemos mencionar o bom desempenho da nossa investida no setor de mineração. Parte disso se deu por conta da melhora no ambiente de negócios na China. Além da redução da taxa do depósito do compulsório, o governo chinês prometeu novas isenções fiscais, cortes de impostos para empresas e incentivos ao segmento de infraestrutura. O governo do país passou a enviar mensagens de que em 2022 a China terá um ano de estabilidade, e não de retração, como alguns economistas acreditam.

Em contrapartida, uma de nossas investidas no setor de bancos foi a maior detratora do fundo no mês. O fraco desempenho da ação foi decorrente da piora das perspectivas macroeconômicas para 2022, o que implicou numa revisão para baixo das expectativas de crescimento da carteira de crédito e para cima da sua taxa de inadimplência. No final do mês, o risco de aumento de tributação também contribuiu para o fraco desempenho da ação do banco.

Continuamos vendo o mundo com muita liquidez, juros baixos e uma recuperação econômica em andamento. No Brasil, apesar da inclinação da curva de juros e da maior volatilidade, o mercado de ações apresenta um prêmio alto, refletindo a expectativa de crescimento de lucro das empresas. Vale ressaltar que o spread entre o Dividend Yield da carteira e a taxa real de juros continua atrativo.

Atualmente, nossas maiores exposições estão nos setores de Óleo & Petroquímico, Bancos e Eletricidade.

O último mês do ano foi favorável para o preço das ações da companhia, que encerrou com alta acima de 7%

no mês. Alguns acontecimentos positivos marcaram o mês da empresa, dentre eles a venda de usinas termelétricas em Camaçari, a conclusão da venda dos campos terrestres Polo Miranga, bem como a venda da participação da empresa no Polo Carmópolis. A empresa também concluiu a perfuração do poço mais profundo na história do Brasil–7.700 metros, na Bacia do Espírito Santo. Além disso, a companhia realizou o pagamento de dividendos no valor de R$ 2,1951 por ação. Os preços do barril de petróleo tiveram alta em dezembro e o petróleo tipo brent encerrou o mês cotado acima dos US$ 75. Apesar das incertezas, dezembro apresentou um cenário benéfico para a empresa.

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Desde junho vemos a escalada da moeda americana frente ao real, após chegar em sua mínima do ano de R$ 4,92, a moeda alcançou máxima de R$ 5,75 no mês de dezembro.

No cenário externo, o Banco Central Americano consolidou a aceleração da retirada de estímulos a sua economia, o que diminui a oferta da moeda, e seguem acompanhando de perto o comportamento da variante Ômicron, visto o salto dos casos nos Estados Unidos.

Internamente, apesar do cenário de incertezas permanecer sobre a política fiscal para o ano

corrente, o ciclo de altas da taxa básica de juros se manteve no Brasil, o que faz com que os

investimentos fiquem mais atrativos no país, e os resultados positivos das contas correntes

fiscais proporcionaram mais oferta da moeda americana. Assim, o mês fechou com ganhos

para o real frente à moeda americana.

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2Projeções Econômicas elaboradas pela área de Análise Econômica do Banco Cooperativo Sicredi S.A;

3PIB até o fechamento do 4º trimestre de 2021;

4Considerado o IPCA acumulado até o fechamento do mês anterior a referência (dezembro/21);

5Standard &Poor’s®e S&P® são marcas registradas da Standard &Poor’sFinancial Services LLC(“S&P”)e Dow Jones® é uma marca registrada da Dow Jones Trademark Holdings LLC(“Dow Jones”)que foi licenciada para a utilização pela S&P Dow Jones Índices LLC(“S&PDJI”)e suas afiliadas, sendo esta sublicenciada para uso do (nome do licenciado). O (nome do produto) não é patrocinado, apoiado, distribuído ou promovido pela S&PDJI, Dow Jones ou suas afiliadas. A S&PDJI, Dow Jones ou suas afiliadas não prestam nenhuma declaração assecuratória, garantia ou estabelecem qualquer condição ou recomendação acerca da decisão do investidor de comprar, vender ou manter as cotas do Fundo de Índice.

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6O retorno projetado das carteiras considera o objetivo de retorno de cada produto da grade e as projeções dos principais indicadores financeiros realizada pela área econômica do Sicredi e pelas áreas de análise dos parceiros em caso de fundos com gestão externa. As faixas para o cálculo de cenário otimista e pessimista, consideram 2 desvios padrões da volatilidade média de 12 meses da carteira de cada perfil. O retorno projetado apresentado para cada cenário ( base, otimista e pessimista) refere-se aos próximos 12 meses, ou seja, de jan/22 à dez/22.

O perfil conservador considera a segurança dos seus investimentos o ponto decisivo.

Nossa recomendação é alocar em produtos de renda fixa, em especial depósitos a prazo e LCA. Esses produtos possuem um retorno atrativo e são alternativas seguras para momentos de instabilidade do Mercado.

11,55% 12,08%

11,01%

Base Otimista Pessimista

Para o mês de janeiro, optamos por não fazer alterações nas carteiras recomendadas.

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6O retorno projetado das carteiras considera o objetivo de retorno de cada produto da grade e as projeções dos principais indicadores financeiros realizada pela área econômica do Sicredi e pelas áreas de análise dos parceiros em caso de fundos com gestão externa. As faixas para o cálculo de cenário otimista e pessimista, consideram 2 desvios padrões da volatilidade média de 12 meses da carteira de cada perfil. O retorno projetado apresentado para cada cenário ( base, otimista e pessimista) refere-se aos próximos 12 meses, ou seja, de jan/22 à dez/22.

Para este perfil a segurança é importante mas há a disposição de assumir uma parcela de risco visando um maior retorno no médio e longo prazo. Aqui recomendamos um portfolio balanceado em produtos de baixo, médio e alto risco, como fundos de renda fixa indexados, multimercado e ações.

11,66% 19,48%

3,84%

Base Otimista Pessimista

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6O retorno projetado das carteiras considera o objetivo de retorno de cada produto da grade e as projeções dos principais indicadores financeiros realizada pela área econômica do Sicredi e pelas áreas de análise dos parceiros em caso de fundos com gestão externa. As faixas para o cálculo de cenário otimista e pessimista, consideram 2 desvios padrões da volatilidade média de 12 meses da carteira de cada perfil. O retorno projetado apresentado para cada cenário ( base, otimista e pessimista) refere-se aos próximos 12 meses, ou seja, de jan/22 à dez/22.

O perfil arrojado busca retornos expressivos mirando o longo prazo, assumindo nesta jornada uma exposição mais elevada a risco e variações em seu patrimônio.

Recomendamos aqui a manutenção nas participações dos ativos de médio e alto risco que compõe a carteira, dada a recuperação gradual que vem ocorrendo nos últimos meses no Mercado. Importante atentar para a diversificação, visão de longo prazo e reserva de liquidez.

9,84% 27,62%

-7,93%

Base Otimista Pessimista

(17)

sicredi.com.br/investimentos

Atendimento ao associado capitais e regiões metropolitanas 3003 4770 Demais regiões 0800 724 4770

Referências

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