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BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

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Academic year: 2022

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BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE

ALIMENTOS

UM GUIA PARA DEIXAR A ALIMENTAÇÃO

ESCOLAR AINDA MAIS GOSTOSA

(2)

A Escola é um lugar onde há construção do saber, por isso os programas de educação e saúde podem ter sua maior repercussão, beneficiando os alunos na infância e na adolescência, com influência no seio da família. Nesse sentido, todos os responsáveis pelos alunos no ambiente escolar devem tornar-se exemplo positivo para os estudantes, suas famílias e para comunidade na qual estão inseridos. Tendo em vista este cenário no ambiente escolar, os merendeiros ao lado dos professores exerce também um papel importante de educador, uma vez que é responsável por oferecer uma alimentação segura, saborosa e atraente, para contribuir com a promoção de hábitos alimentares saudáveis.

Dessa forma, esta cartilha é um instrumento que oferece informações para que estes profissionais possam estar sempre proporcionando uma alimentação segura e de qualidade, não apenas com relação à preservação dos nutrientes, mas também em relação às condições higiênicas.

APRESENTAÇÃO

(3)

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Tem como objetivo atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência na escola, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, assim como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis (FNDE, 2012).

Tendo em vista que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, o PNAE busca garantir aos alunos o acesso a uma alimentação adequada no âmbito escolar, visando a Segurança Alimentar e Nutricional dos escolares. Nesse sentido, é importante que as refeições oferecidas na escola sejam preparadas respeitando as boas práticas de manipulação e utilizando as técnicas adequadas de preparo dos alimentos (RESOLUÇÃO 38, 2009).

Por isso as merendeiras possuem um papel fundamental dentro do Programa de Alimentação Escolar, preparando uma refeição saudável e saborosa e zelando pela saúde dos escolares através do cuidado com a higiene dos alimentos. As merendeiras atuam como educadoras alimentares, pois oferecem aos alunos refeições de qualidade assim como estimulam os escolares a desenvolverem hábitos alimentares saudáveis.

O QUE É PNAE?

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Alimentos: toda substância ou mistura no estado sólido, líquido, pastoso ou

qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento.

Alimento “in-natura”: todo alimento de origem vegetal ou animal cujo consumo imediato exija-se apena a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para sua perfeita higienização e conservação.

Alimento embalado: todo alimento contido em uma embalagem pronta oferecida ao consumidor.

Alimento preparado: alimento pronto para consumo que foram manipulados em serviço de alimentação e expostos à venda ou distribuição, embalado ou não.

Boas práticas: são procedimentos técnico-sanitários necessários para garantir a qualidade dos alimentos.

Contaminantes: substâncias de origem biológica, química ou física, estranhas ao alimento e nocivas à saúde humana ou que comprometam a sua integridade.

Sanitização: redução, por agentes físicos ou químicos, do número de microrganismos do prédio, instalações, maquinários e utensílios, a um nível que não resulte a contaminação do alimento.

Higienização: operação que engloba a limpeza e a desinfecção do estabelecimento, das instalações, equipamentos e utensílios.

Limpeza: operação de remoção de substâncias minerais e/ou orgânicas, como terra, poeira, gordura e outras sujidades indesejáveis à qualidade do alimento. Embalagem: recipiente destinado a garantir a conservação e a facilitar o transporte e manuseio dos alimentos.

CONCEITOS BÁSICOS PARA

ELABORAÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL

(5)

Embalagem: recipiente destinado a garantir a conservação e a facilitar o transporte e manuseio dos alimentos.

Ingrediente: toda substância empregada na fabricação ou na preparação de um alimento e que permanece no produto final, ainda que de forma modificada.

Inspeção sanitária: procedimento técnico realizado pela autoridade sanitária com o objetivo de apurar e intervir sobre os riscos à saúde presentes nas etapas de produção.

Lote: conjunto de produtos de um mesmo tipo, processados pelo mesmo fabricante, em tempo determinado, sob condições essencialmente iguais.

Manipulador: indivíduo que trabalha na produção, preparação, processamento, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e venda de alimentos.

Matéria prima alimentar: toda substância que, em estado bruto, precisa sofrer tratamento ou transformação de natureza física, química ou biológica para ser utilizada como alimento.

Produto alimentício: todo alimento derivado de matéria prima alimentar ou de alimento

“in natura”, obtido por processo tecnológico adequado, adicionado ou não de outras substâncias permitidas.

Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos da produção ou das demais áreas do estabelecimento.

CONCEITOS BÁSICOS PARA

ELABORAÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO

SAUDÁVEL

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O que é?

É um conjunto de normas de produção, transporte e armazenamento de alimentos visando características de higiene e de qualidade que garantem que os alimentos são adequados para o consumo.

 A higiene é fundamental para prevenir grande parte das doenças que podem ser transmitidas por alimentos.

SEGURANÇA ALIMENTAR

O que é?

É quando há presença de todo e qualquer objeto, substância ou organismo estranho e indesejável no alimento.

Tipos de contaminação:

CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS

Contaminação biológica: causada através de microrganismos (fungos, bactérias, vírus, parasitas).

Como evitar:

Combater insetos e roedores; manter a higiene do ambiente e do manipulador; controlar a qualidade da água; cozinhar bem os alimentos;

lavar e desinfetar os equipamentos, utensílios e ambiente, além de frutas, verduras e legumes que são consumidos crus.

(7)

Como evitar:

Enxaguar bem os equipamentos e utensílios, não armazenar alimentos junto com produtos de limpeza.

Contaminação química: causada por pesticidas, produtos de limpeza, desinfetantes, detergentes.

Contaminação física: causada por pedaço de plástico, vidro, metal, madeira, pedra, anéis.

Como evitar:

Observar o estado de conservação de equipamentos e utensílios, cuidado com o vestuário e higiene do manipulador, não utilizar adornos.

(8)

Os microorganismo

são seres muito pequenos que não enxergamos e que podem causar doenças.

Só podem ser vistos com ajuda de um microscópio. Eles estão em todos os lugares: no ar, no chão, na pele, nas roupas, nos animais, saliva, cabelo, suor, urina, fezes, boca, nariz, etc.

O que os microorganismos podem causar?

Eles podem causar doenças transmitidas por alimentos (DTA). As DTA são causadas pelo consumo de alimentos contaminados. Os microorganismos podem causar inúmeras doenças como: salmonelose, botulismo, hepatite A, giardíase, gastroenterites, etc.

As doenças transmitidas por alimentos acontecem devido a: falta de higiene de utensílios, mãos, equipamentos e alimentos; uso de alimentos contaminados, cruzamento entre alimentos crus e cozidos; exposição dos alimentos a temperatura inadequada.

Atenção: As crianças fazem parte do grupo de risco para a ocorrência DTA, pois não apresentam o desenvolvimento completo do estado imunológico.

NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA

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Roupa

Comportamentos e atitudes

Deve ser trocada diariamente e sempre limpa. Utilizar touca, avental, sapatos fechados e calça. Não carregar e utilizar objetos tais como: canetas, batom, cigarros, acessórios, etc.

Atenção: As demais pessoas só poderão ter acesso à cozinha se estiver corretamente vestidas.

Não usar adornos (brincos, anéis, pulseiras, relógio, etc); manter as unhas curtas, aparadas e sem esmalte, manter a barba aparada; não comer, fumar, espirrar, conversar, tossir entre outros.

Higiene Corporal

Tomar banho diariamente, escovar os dentes, manter os cabelos e unhas limpas, manter os pés secos para evitar micoses, fazer barba e bigode.

HIGIENE PESSOAL

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Higiene das Mãos

Entrar na área de manipulação de alimentos e estoque;      

Trocar de atividade;      

Estiverem sujas; 

Durante a manipulação dos alimentos.

As mãos devem ser lavadas...

...Sempre que

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Manipular os alimentos;     

Iniciar um novo serviço;   

Usar o banheiro;   

Tocar em utensilio higienizado.

Sair do sanitário;

Fazer a limpeza;

Pegar em dinheiro;

Tossir, espirrar;

Manipular alimentos crus

Tocar o nariz, cabelos e outras partes do corpo;

Usar materiais de limpeza;

Qualquer interrupção de serviço;

Tocar em alimento estragado;

Recolher o lixo.

...Antes de   

...Depois de

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Lixo

Etapas:

1-Limpeza- remoção de sujidades.

2-Sanitização- redução de microrganismos.

Atenção: Os panos de cozinha devem ser evitados, pois ele podem se tornar grandes fontes de contaminação.

Deve ser acondicionado em recipientes apropriados, tampados e ensacados. É importante removê-lo sempre que for necessário e os recipientes devem ser devidamente higienizados.

Rotina de limpeza

HIGIENE DO AMBIENTE

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Etapas:

1-Lavar em água corrente com detergente e esponja, enxaguando bem;

2-Banhar em solução clorada por 2 minutos, (1 colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água);

3-Enxaguar bem e secar, se possível secar naturalmente;

4-Guardar os utensílios limpos virados para baixo.

 

Etapas:

1- Selecionar, retirando as folhas, legumes e frutas danificadas;

2- Lavar com água corrente, no caso de vegetais folhosos lavar folha a folha;

3-  Colocar de molho em, por 15 minutos, em água clorada, utilizando solução clorada (1 colher de sopa de solução clorada em 1 litro de água);

4- Escorrer a água, e guardar os alimentos limpos na geladeira, em sacos plásticos.

 

HIGIENE DE EQUIPAMENTOS E UTENSILIOS

HIGIENE DE FRUTAS, HORTALIÇAS E

LEGUMES

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As Boas Práticas de Manipulação são um conjunto de medidas que devem ser seguidas pelos manipuladores a fim de garantir a qualidade higiênico- sanitária do alimento, desde o recebimento dos alimentos, passando pelo armazenamento, pré-preparo até chegar a distribuição.

 

BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO

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Verificar se as embalagens estão limpas e também a respectiva data de validade;

Os gêneros que estragam mais facilmente devem ser guardados no freezer (congelador) ou na geladeira (refrigerador);

Os alimentos que possuem durabilidade maior podem ser armazenados em temperatura ambiente, em local seco e ventilado, protegidos de calor e umidade, ex.: arroz, feijão, biscoitos, açúcar, leite em pó, entre outros;

Cita-se alguns alimentos que precisam ser guardados na geladeira: ovos, leite, queijo, manteiga, margarina, alguns vegetais e frutas, além de embutidos (presunto, salsicha e linguiça);

Guardar os alimentos de forma organizada, garantindo a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos;

Aimentos que foram descongelados não de vem ser recongelados;

Nunca armazenar alimentos junto aos materiais de limpeza.

Recebimento e Armazenamento       

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Conservação dos Alimentos

Não usar toalhinhas decorativas nas prateleiras, pois dificultam a circulação do ar;

Os alimentos enlatados após abertos devem ser retirados das latas e guardados em recipientes bem tampados

Não guardar sobras em panelas, usar recipientes bem fechados, de plástico Não pendurar objetos na parte de trás da geladeira, pois isso influencia no funcionamento e no gasto de energia;  

Não armazenar os alimentos próximos uns aos outros para facilitar a circulação de ar entre eles.

Na geladeira devemos observar:

 

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Descongelamento sob refrigeração: na parte inferior da geladeira, por até

48 horas;

Descongelamento em água corrente: com água em temperatura fria por no máximo 4 horas; Após esse tempo o produto deve continuar o descongelamento sob refrigeração;

Descongelamento de Carnes     

Para facilitar o descongelamento recomenda-se armazenar as carnes em embalagens próprias, de até 2 kg, podendo ser peças inteiras ou cortadas (filés, cubos, bifes).

 

Disposição dos Alimentos na Geladeira

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Retirar os alimentos das caixas de papelão e armazená-los nas prateleiras ou estrados;

Deixar os alimentos afastados da parede, e com espaço entre as pilhas de alimentos;

Não forrar as prateleiras com papel ou plástico, pois dificulta a limpeza e pode servir de abrigo aos insetos;

Agrupar todos os alimentos iguais (do mesmo gênero) no mesmo local na prateleira;     

Colocar na frente os alimentos que irão vencer antes, para que sejam usados em primeiro lugar;

Separar produtos doces e salgados em prateleiras distantes para que não alterem o sabor e o odor entre si e dos demais alimentos;

Nunca armazenar no mesmo local os alimentos, produtos de limpeza e inseticidas.

No depósito devemos observar:   

 

 

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Selecionar hortaliças, legumes e frutas, descartando as partes improprias para o consumo;    

Descongelar as carnes na parte inferior da geladeira, não expor as carnes para descongelar em temperatura ambiente;

Retirar da refrigeração ou congelamento somente a quantidade de carnes que serão utilizadas.

A carne deve ser cortada sempre no sentido contrário das fibras para ficar mais suculenta e macia.

Não tossir, espirrar, cantar, assobiar sobre os alimentos;

Não enxugar o suor com as mãos, panos, roupas;

Não utilizar utensílios sujos;

Não provar os alimentos com os dedos ou com o mesmo talher utilizado para mexer o alimento.

Manter as panelas tampadas até o momento da distribuição;

No momento da distribuição, a merendeira deve evitar falar, cantar, tossir, ou espirrar na direção dos alimentos, evitando ter o contato direto das mãos com os alimentos;

·Após adistribuição deve ser realizado a limpeza da cozinha e retirada do lixo.

Pré-preparo:

Preparo:

Distribuição:

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Referências:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÕES COLETIVAS.

Manual ABERC de práticas de elaboração e serviços de refeições para a coletividade. São Paulo, 2002.

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Alimentação

Escolar. Disponível em:

<http://www.fnde.gov.br/index.php/programasalimentacao-escolar>. Acesso em: junho 2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC 216 de 15 de setembro de 2004.

ORNELLAS, LIESELOTTE HOESCHL; KAJISHIMA, SCHIZUKO; BERNARDI, MARTA REGINA VERRUMA. Técnica Dietética, Seleção e Preparo de Alimentos.

8º Edição. Editora Atheneu, São Paulo, 2007.

      

 

Referências

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