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NECESSIDADES ESPECIAIS EM MUSEUS DE HISTÓRIA NATURAL: PERICULOSIDADE

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Academic year: 2022

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NECESSIDADES ESPECIAIS EM MUSEUS DE HISTÓRIA NATURAL: PERICULOSIDADE

SOTO, Jules M. R.

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; RADAVELLI, Graziella F.

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& SOTO, Anne E. R.

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1Geógrafo, Doutorando, Curador Geral dos Museus da Univali (soto@univali.br); 2Acadêmica de Arquitetura, Uniritter (radavelli@pop.com.br); 3Arquiteta, Consultora de Especificação da Cerâmica Eliane, Pós-graduanda em Projeto

Arquitetônico e a Cidade, Univali (annesoto@yahoo.com.br).

A grande diversidade de temas na museologia gera uma expressiva variedade de necessidades especiais. A história natural é considerada a gênese da museologia como a conhecemos, uma instituição fomentadora do conhecimento através da contemplação. Dentre as demais áreas, dificilmente outro tema envolve tantas particularidades estruturais quanto a história natural. Problemas ligados à insalubridade e periculosidade são comuns nestes museus, tanto antigos quanto recentes, sendo grande parte das medidas mitigadoras vinculadas ao projeto arquitetônico. Levantamentos efetuados entre 1993 e 2004, em 29 grandes museus da área na América do Sul, América do Norte e Europa, indicaram que em apenas 2 casos (ambos nos Estados Unidos), havia estrutura física adequada para o armazenamento de líquidos inflamáveis, apesar de praticamente todos possuírem um volume de álcool superior a 50 mil litros em seus milhares de frascos, o que denota serem passíveis de legislação específica. O não seguimento às normas vigentes nestes casos, mesmo em projetos em andamento é uma constante e resulta na submissão dos funcionários a um alto grau de periculosidade, podendo acarretar ações trabalhistas. Com isso, faz-se necessária a inclusão das mesmas medidas exigidas em depósitos de líquidos inflamáveis, tais como ante-salas, portas corta-fogo, contentores no piso, paredes-duplas, etc.

The great diversity of subjects in the museum area originates an expressive variety of special requirements. The Natural History is considered to be the genesis of the museum area as we know it, an institution of the knowledge through the contemplation. Among other areas, it is hard to find another subject that involves as many structural particularities as in the Natural History. Problems with regards to health and safety are common in museums of Natural History, whether they are old or not, being most of the mitigating measures linked to the architectural project. Researches conducted between 1993 and 2004 in 29 big museums in South America, North America and Europe, indicated that only 2 museums (both in the United States) had their physical structures suitable for storage of flammable liquids, although most of them have more than 50.000 liters of alcohol stored in thousand of bottles, denotes the need of specific legislation. The disregard of norms and regulations in such cases, even in projects in progress is frequent and results in the submission of employees to high levels of danger and may give rise to legal disputes. Based on this, it becomes necessary the inclusion of the same measures demanded in deposits of flammable liquids, such as antechambers, fire doors, containers in the floor, wall-pairs, and others.

INTRODUÇÃO

Apesar das diversas unidades museológicas serem denominadas simplesmente de museus, sabe-se que a grande diversidade de temas nesta área gera uma expressiva variedade de necessidades especiais. De uma forma geral, as necessidades de um museu de arte para um de história natural, podem diferir igual ou mais que as de um hospital para um hotel.

Os museus de história natural dificilmente são superados por outros museus em relação às particularidades e necessidades especiais. Dentre estas características, destacam-se os cuidados relativos à insalubridade e periculosidade, bastante comuns nestes museus, tanto antigos quanto recentes, mas curiosamente contemplados de forma insatisfatória na grande parte dos projetos, sendo o motivo da grande maioria das intervenções a posteriori no projeto.

O presente trabalho levanta o tema da periculosidade em museus de história natural, com base na problemática de armazenamento de líquidos inflamáveis nestas edificações, corroborando o fato de muitas das medidas mitigadoras estarem estreitamente vinculadas ao projeto arquitetônico.

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FUNDAMENTACAO

O fogo é uma séria ameaça para os museus em geral, uma vez que, ao contrário do roubo ou da depredação, destrói os materiais rápido e irreversivelmente, podendo, nos casos mais graves, causar danos inclusive na estrutura do edifício. Outro ponto importante que faz do fogo uma grande preocupação para a administração dos museus é que a responsabilidade pela segurança de seus visitantes e funcionários está inteiramente a cargo dos administradores. Por este motivo a implementação de programas e sistemas que previnam e combatam incêndios vem sendo adotada com cada vez mais afinco (Rose & Hawks, 1995; Wilson, 1995).

De uma forma geral, os museus estão expostos a uma série de situações passíveis de gerarem fogo, tais como defeitos em equipamentos elétricos, descuidos em relação ao cigarro, contato de roupas ou outros materiais junto a motores elétricos ou equipamentos que produzem calor, atos de vandalismo, entre outros. O reflexo disso é que a Associação Nacional de Proteção ao Fogo dos Estados Unidos (NFPA - National Fire Protection Association) apontou que, entre os anos de 1980 a 1992, ocorreram 96 casos de incêndio em museus nos Estados Unidos (Wilson, 1995). No Brasil ou mesmo na América do Sul não foram encontrados estudos estatísticos a respeito, mas acredita-se que proporcionalmente o número seja maior devido à carência de recursos na área, que geralmente reflete neste tipo de ocorrência.

Particularmente os museus de história natural são bastante sujeitos e/ou vulneráveis à incêndios de grandes proporções, visto a expressiva quantidade de líquidos inflamáveis, principalmente os álcoois, os quais são largamente utilizados na fixação e conservação de peças zoológicas. Dependendo do tamanho dos espécimes, estes são armazenados em recipientes de vidro (geralmente até 5 litros) ou grandes reservatórios (caixas de plástico, fibra de vidro, cimento amianto, aço inox ou mesmo vidro). Os recipientes são geralmente distribuídos em prateleiras e os reservatórios são mantidos diretamente sobre o piso (Figs. 1, 2 e 3).

Figura 1. Prateleiras comumente utilizadas em museus de história natural, com milhares de vidros com álcool. Coleção científica da Divisão de Peixes do National Museum of Natural History, Washington DC (Smithsonian Institution). (Foto

de Jules M. R. Soto)

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A soma total em litros de líquidos inflamáveis em um museu de história natural de médio à grande porte, ultrapassa facilmente a casa das dezenas de milhares, o que torna um possível incêndio praticamente impossível de ser extinguido antes da total combustão do material, o que os bombeiros chamam de "incêndio de combate monitorado". Este tipo de incêndio é geralmente registrado em postos de abastecimento automotivo, paióis, refinarias, unidades de exploração petrolífera, caminhões tanque, gasodutos, oleodutos, entre outros. Devido às altíssimas temperaturas geradas, um incêndio com estas características não pode ser combatido com água, pois as moléculas são instantaneamente quebradas, com isso alimentando ainda mais o fogo e elevando a temperatura. Incêndios desta magnitude irreversivelmente condenam as estruturas da edificação, sendo muitas vezes capazes de fundir diversos metais.

Figura 2. Tanques de fibra de vidro e galões plásticos repletos de álcool em área de circulação. Coleção científica do Museu Oceanográfico do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina. (Foto de Jules M. R. Soto)

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Figura 3. Aquários com espécimes imersos em álcool. Coleção científica da Seção de Ictiologia do Instituto de Ciencias del Mar, Barcelona. (Foto de Jules M. R. Soto)

Áreas confinadas como no caso dos museus, agravam ainda mais a situação, visto que o acesso para combate torna-se limitado (Neufert, 1995). O fato de geralmente as coleções científicas serem abrigadas em subsolos e/ou no centro das edificações, justamente por dispensarem a luz e ventilação naturais, portanto sem janelas, potencializam sobremaneira a energia gerada por um incêndio, aumentando a possibilidade de explosão. As paredes laterais e os pavimentos superiores transformam o ambiente em um verdadeiro forno, chamado vulgarmente de "efeito carvoeira", onde o fogo só não é maior pela falta de oxigênio, mas que de outra forma impossibilita o combate, condenando a edificação rapidamente.

METODOLOGIA

Levantamentos através de visitas técnicas efetuadas entre 1993 e 2004, em 29 grandes museus da área na América do Sul (Argentina, Brasil e Chile), América do Norte (Estados Unidos e Canadá) e Europa (Espanha, França, Inglaterra, Itália, Mônaco e Portugal) (Tab. 1), forneceram subsídios para uma avaliação prévia sobre a ocupação massiva de grandes espaços por líquidos inflamáveis.

O resultado é discutido no presente trabalho com base na literatura e legislação brasileira e estadunidense, considerando comentários técnicos fornecidos pelo Corpo de Bombeiros do Município de Itajaí, Santa Catarina.

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Tabela 1. Relação das instituições/museus incluídas no presente trabalho.

Instituição Cidade País

American Museum of Natural History New York EUA

British Museum of Natural History London Inglaterra

California Academy of Sciences San Francisco EUA

Denver Museum of Nature Science Denver EUA

Institut de Ciències del Mar Barcelona Espanha

Instituto de Oceanografia Lisboa Portugal

Miami Museum of Science & Space Transit Planetarium Miami EUA

Musée Oceanographique de Monaco Monaco Mônaco

Museo Argentino de Ciências Naturales "Bernardino Rivadavia" Buenos Aires Argentina

Museo Civico di Storia Naturale Veneza Itália

Museo Civico di Storia Naturale de Milano Milano Itália

Museo de História Natural de Valparaíso Valparaíso Chile

Museo de La Plata La Plata Argentina

Museo Nacional de Ciencias Naturales Madrid Espanha

Museo Nacional de Historia Natural de Chile Santiago Chile Museu de Ciência e Tecnologia da PUC-RS Porto Alegre Brasil

Museu de História Natural da FZB-RS Porto Alegre Brasil

Museu Oceanográfico do Vale do Itajaí Baln. Camboriú Brasil

The Field Museum of Natural History Chicago EUA

Museu de Zoologia Barcelona Espanha

Museu de Zoologia da USP São Paulo Brasil

Museu Nacional Rio de Janeiro Brasil

Museu Paraense Emílio Goeldi Belém Brasil

Museum National d'Histoire Naturelle Paris França

National Museum of Natural History Washington EUA

Natural History Museum of Los Angeles County Los Angeles EUA

Filadelphia Academy of Natural Sciences Filadelphia EUA

Redpath Museum Quèbec Canadá

San Diego Natural History Museum San Diego EUA

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados indicaram que dos 29 museus analisados, apenas 2 (ambos nos Estados Unidos) possuem estrutura física adequada para o armazenamento de líquidos inflamáveis, apesar de praticamente todos manterem um volume de álcool superior a 50 mil litros em seus milhares de frascos, o que denota serem passíveis de legislação específica em seus países.

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A pesquisa também contemplou a funcionalidade dos espaços e constatou que 22 dos 29 museus incluídos na pesquisa ocupam grandes prédios de interesse histórico, construídos principalmente entre 1860 e 1920. É importante salientar o fato de 18 destes terem suas coleções em áreas posteriormente adaptadas para armazenar as coleções, apesar das edificações terem sido construídas para o fim a que se destinaram.

Pode-se afirmar que o patrimônio reunido nestes museus, inclui o mais importante e diverso em todo o mundo na área da história natural, reunindo o maior número dos chamados "espécimes tipo" (holótipos, parátipos, lectótipos, síntipos, etc.), ou seja, exemplares os quais serviram para as descrições originais das espécies. Isto torna estas coleções únicas e insubstituíveis, cuja tutela e curadoria são de elevada responsabilidade.

De uma forma geral, as medidas de segurança contra incêndios utilizadas na grande maioria dos museus podem ser consideradas paliativas e dimensionadas para focos localizados em incêndios progressivos, de forma alguma atendendo casos onde a gênese do sinistro esteja ligada a causas maiores, como no caso de uma pequena explosão.

Da mesma forma como o maior risco aos grandes museus no século XX foi ligado à bombardeios indiscriminados, como os que destruíram o Museu de História Natural de Milão e diversos outros na Alemanha e Japão durante a Segunda Guerra Mundial, podemos considerar que neste princípio de século, as causas de maior risco estejam centradas em ações terroristas ou mesmo convulsões sociais. Estas últimas também podem estar ligadas à ações beligerantes, como foi observado recentemente no Iraque, onde as ações militares deixaram os museus vulneráveis ao saque e vandalismo.

De acordo com Wilson (1995), a vulnerabilidade da edificação pode e deve ser combatida desde a fase do projeto, onde a inclusão de equipamentos e medidas específicos irá reduzir consideravelmente as chances de incêndios. Os materiais utilizados na delimitação dos pavimentos e nas escadas enclausuradas são fundamentais para impedir que o fogo se alastre verticalmente, assim como o material utilizado nas paredes que confinam as salas de armazenamento de líquidos inflamáveis; ambos devem resistir ao fogo por no mínimo duas horas. Além disto, alguns materiais sintéticos utilizados no acabamento ou revestimento dos pisos e paredes devem ser evitados pois, quando submetidos ao fogo, liberam grandes quantidades de fumaça e gás tóxico. Tais materiais devem ainda ter seu desempenho testado para que o grau de propagação de chama seja baixo, o que, de acordo com a NFPA, deve ser inferior a 25 (Classe A), ou ainda, para o caso de ambientes onde hajam sprinklers automáticos, aceita-se que o grau de propagação de chama chegue a 75 (Classe B).

O presente trabalho considera que o primeiro passo para a elaboração de um adequado projeto que visa a construção de um museu de história natural é considerar as características de risco e segurança, tanto dos funcionários e visitantes quanto do acervo. Para tal, não há como negar as características que são as de um simples depósito de combustível que geralmente tem como agravante, a "máscara ilusória" de um aprasível espaço cultural. Esta característica é tão verdadeira que, muitas vezes, o espaço descrito como "coleção científica"

ou "reserva técnica" é avaliada em segundo plano pelos órgãos fiscalizadores, que detém suas atenções às áreas de maior circulação. O resultado disto é o não seguimento às normas vigentes, mesmo em projetos recentes que conseqüentemente resultam na submissão dos funcionários a um alto grau de periculosidade, podendo acarretar ações trabalhistas e com isso exigindo reformas posteriores que oneram o empreendimento e que geralmente não atingem o resultado de um projeto original (Waller, 1995).

Dentre as medidas exigidas e/ou sugeridas para um adequado projeto, deve-se contemplar aquelas usualmente utilizadas em depósitos comerciais e espaços públicos (medidas de base) e as utilizadas em escala industrial, em áreas de alto risco (medidas específicas), a saber:

Medidas de base

- planta aprovada por órgãos de segurança, incluindo qualquer reforma;

- restrição à fumantes;

- distribuição de extintores conforme normas técnicas;

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- saídas de emergência sinalizadas;

- treinamento dos funcionários;

- sistema de alarme com detectores de fumaça;

- instalação de sprinklers automáticos;

- luzes de emergência;

- sistema de exaustão;

- sistema elétrico que contemple sobrecarga;

- centrais com registros e mangueiras de incêndio;

- roupas, luvas, botas e máscaras "full-face" para controle de vazamentos.

Medidas específicas

- sistema de alarme com linha direta aos bombeiros;

- planta analisada por técnicos industriais com formação na área de segurança industrial;

- móveis resistentes ao fogo (estantes, armários, etc.) (Fig. 4);

- paredes duplas;

- ante-salas;

- portas corta-fogo;

- contentores no piso (Fig. 5);

- sistema de escoamento rápido;

- almoxarifado de químicos isolado da coleção científica;

- roupas, luvas, botas e máscaras "full-face" para combate à fogo;

- vias de acesso rápido para carros de bombeiro;

- vias de acesso direto dos bombeiros ao ambiente, sem obstruções por móveis;

- sistema de hidrantes no entorno do prédio;

- armários de espécimes-tipo próximos às saídas ou isolados por ante-sala;

- acesso preferencialmente sem escadas ou rampas;

- isolamento em alvenaria entre as áreas de serviço e as unidades exposicionais;

- sistema de elevadores isolado da "célula" da coleção científica;

- instalação de sprinklers automáticos industriais, em maior quantidade e com maior demanda;

- instalação de sistema de auto-falantes com fiação por dutos resistentes ao fogo e alimentados por bateria;

- utilização controlada de derivados plásticos e borrachas no ambiente, principalmente junto ao piso e forro;

- rigoroso controle de entrada de produtos;

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- treinamento específico do pessoal de segurança e principalmente de limpeza;

- rigoroso controle de acesso de pessoas em geral.

Figura 4. Armários compactadores deslizantes e resistentes ao fogo. Coleção científica da Seção de Ictiologia do Instituto de Ciencias del Mar, Barcelona. (Foto de Jules M. R. Soto)

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Figura 5. Contentores no piso da sala da coleção científica da Seção de Ictiologia do Instituto de Ciencias del Mar, Barcelona. (Foto de Jules M. R. Soto)

Os sistemas de ventilação raramente são causa de incêndios em museus, porém tais sistemas podem contribuir para que a fumaça se espalhe rapidamente pelo interior do edifício. Os dutos de ventilação, aquecimento e ar condicionado devem ser projetados com um sistema que, no caso de detecção de fumaça ou fogo, bloqueie automaticamente as saídas de ar.

Segundo Wilson (1995), ainda hoje o método mais eficiente e mais utilizado pelas instituições no combate a incêndios é o sistema de sprinklers automático. Uma pesquisa realizada pelo Smithsonian Institution afirma que 77% dos museus utilizam este sistema, que minimiza o uso de água, pois somente os sprinklers localizados acima do foco do incêndio são acionados, direcionando uma pequena quantidade de água diretamente sobre o fogo. O sistema interrompe automaticamente a saída de água após a extinção do fogo, evitando que a coleção seja desnecessariamente danificada pelo excesso de água, assim como, no caso do fogo reiniciar, eles automaticamente são acionados. Registros revelam que “em 70% dos incêndios em prédios com sprinklers o fogo foi controlado ou extinguido por quatro ou menos sprinklers”, dados do próprio NFPA.

Contudo, a distribuição de extintores, assim como a instalação de sprinklers automáticos, apesar de fundamentais e bastante úteis no caso de focos localizados, muitas vezes são considerados "ilusores" por transmitirem uma falsa sensação de segurança em alguns ambientes. Deve-se considerar que estes equipamentos funcionam exemplarmente em ambientes compostos por mobílias comumente utilizadas em escritórios e/ou depósitos de utensílios, mas de forma alguma em depósitos de líquidos inflamáveis.

Também pensando em minimizar os risco de incêndio nos Museus, grandes instituições contratam um “gerente de proteção contra o fogo” ou “gerente de segurança” este profissional ficará responsável por fiscalizar a instalação e o uso de equipamentos elétricos, supervisionar

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o armazenamento de líquidos inflamáveis e assegurar que a devida manutenção dos equipamentos contra incêndios seja feita regularmente. É importante também que as instituições mantenham um guarda noturno no local previamente treinado para responder com inteligência a qualquer situação de emergência.

De uma forma geral é fundamental que as ações de controle e defesa devam separar àquelas direcionadas às brigadas internas, capazes de controlar pequenos focos, das desenvolvidas com fins de facilitar as ações de profissionais bombeiros. Também conclui-se que, no caso dos museus de história natural, faz-se necessária a inclusão das mesmas medidas exigidas em grandes depósitos de líquidos inflamáveis, tais como ante-salas, portas corta-fogo, contentores no piso, paredes-duplas, etc., além de explicitar junto às autoridades competentes a natureza do acervo que será mantido, no caso milhares de espécimes conservados em álcool.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Neufert, E. Arte de proyectar en arquitectura. Barcelona: Gustavo Gili, 1995. 580p.

Rose, C. L. & Hawks, C. A. A preventive conservation approach to the storage of collections.

p.1-20. In: Rose, C. L.; Hawks, C. A. & Genoways, H. H. (eds.). Storage of natural history collections. Vol. 1. A preventive conservation approach. Pittsburg: Society for the Preservation of Natural History Collections, 1995. 448p.

Waller, R. R. Risk management applied to preventive conservation. p.21-28. In: Rose, C. L.;

Hawks, C. A. & Genoways, H. H. (eds.). Storage of natural history collections. Vol. 1. A preventive conservation approach. Pittsburg: Society for the Preservation of Natural History Collections, 1995. 448p.

Wilson, J. A. Fire protection. p.57-80. In: Rose, C. L.; Hawks, C. A. & Genoways, H. H. (eds.).

Storage of natural history collections. Vol. 1. A preventive conservation approach. Pittsburg:

Society for the Preservation of Natural History Collections, 1995. 448p.

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