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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva

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Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico

de

Vila Nova de Paiva

Delegação Regional do Centro da IGE Datas da visita: 21 e 22 de Abril de 2009

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

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Escolas Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva 21 e 22 de Abril de 2009

I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas.

Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre os dias 21 e 22 Abril de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização da Escola, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Escola, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE – Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global.

As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Escola, será oportunamente

o no sítio da IGE em:

disponibilizad www.ige.min-edu.pt

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pela Escola, encontra-se no sítio da

IGE em: www.ige.min-edu.pt

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II – CARACTERIZAÇÃO DO ESCOLA

A Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva é constituída por dois blocos e um pavilhão gimnodesportivo. Os espaços físicos evidenciam alguma degradação e as salas laboratoriais apresentam-se deficientemente apetrechadas. O estabelecimento conta, no presente ano lectivo, com 259 alunos, sendo 134 do ensino secundário, 97 do 3.º ciclo do ensino básico e 28 de cursos de educação e formação. Têm apoio social escolar 155 alunos (59,8%), havendo ainda 14 com bolsa de mérito. A diminuição da população do concelho de Vila Nova de Paiva tem-se reflectido no decréscimo da população escolar nos últimos anos.

As actividades educativas são asseguradas por 38 professores, sendo 28 dos quadros (73,7%) e 10 contratados (26,3%). O pessoal não docente é constituído por 8 assistentes técnicos e 19 assistentes operacionais.

Relativamente aos pais e encarregados de educação, 58,4% possui habilitação académica até ao 2.º ciclo do ensino básico e 2,4% detém formação de nível superior. No que respeita à ocupação profissional destaca-se que 16,6% trabalha nas áreas dos serviços, 12% na agricultura e 16% são operários.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS SUFICIENTE

A Escola procede à análise regular dos resultados escolares, implementando algumas medidas de apoio educativo, que visam a melhoria do desempenho dos alunos.

A taxa de conclusão do 3.º ciclo, nos últimos três anos, registou um decréscimo, situando-se, em 2007/08, abaixo do referente nacional. No ensino secundário, neste mesmo período, verifica-se uma acentuada melhoria da taxa de conclusão, que em 2007/08, se posicionou acima da média nacional.

Escolas Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva 21 e 22 de Abril de 2009

Os resultados dos exames nacionais do 3.º ciclo e do ensino secundário têm vindo a melhorar mas, na generalidade, em 2007/08, situaram-se abaixo dos referentes nacionais. De realçar que o desempenho dos alunos do 9.º ano nos exames nacionais de Matemática ainda se revela pouco satisfatório. Em algumas disciplinas regista-se uma discrepância entre a classificação interna e externa.

O abandono escolar, no último triénio, apresentou valores expressivos. Não é realizado o acompanhamento detalhado deste indicador de forma a conhecer a sua desagregação por ciclo de ensino e evolução ao longo do tempo.

O comportamento dos alunos é adequado, havendo algumas situações de risco que estão a ser devidamente acompanhadas. São desenvolvidas algumas estratégias que visam promover a sua participação, bem como o desenvolvimento de atitudes cívicas e de hábitos de vida saudáveis.

A abertura de novas ofertas formativas tem contribuído para melhorar a imagem e valorização da Escola junto da comunidade.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO SUFICIENTE

Os departamentos curriculares e os conselhos de turma desenvolvem algum trabalho colaborativo visando a articulação e a coordenação pedagógicas das equipas docentes. Não são realizadas acções consistentes que assegurem, nomeadamente, a sequencialidade das aprendizagens entre anos de escolaridade e ciclos de ensino.

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Escolas Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva 21 e 22 de Abril de 2009

As actividades educativas são planificadas tendo em conta as orientações gerais dos departamentos e dos conselhos de directores de turma. Não existem mecanismos para o acompanhamento da prática lectiva, em contexto de sala de aula.

São definidas diversas medidas com o fim de adequar o processo de ensino aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente e superar as dificuldades de aprendizagem.

Os discentes com planos de recuperação e de acompanhamento, aplicados em 2007/08, tiveram resultados pouco satisfatórios. Não existe uma avaliação global da eficácia das medidas de apoio implementadas que permita ter uma visão do seu impacto nas aprendizagens e fundamentar a redefinição de estratégias de melhoria.

A oferta educativa não responde às actuais necessidades da comunidade, estando em curso um processo de alargamento do currículo, quer com a criação de novos cursos de educação e formação, quer com a abertura de cursos profissionais. O projecto Promoção e Educação para a Saúde destaca-se pelo seu contributo positivo para a formação pessoal dos alunos.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR SUFICIENTE

A Escola não dispõe ainda de projecto educativo e de projecto curricular, nem de qualquer outro documento que se possa constituir como instrumento estratégico e coerente de gestão global da actividade educativa.

A Comissão Provisória programa as actividades essenciais do ciclo anual da gestão e realiza uma afectação do pessoal docente e não docente que garante um adequado funcionamento dos serviços.

A gestão dos recursos materiais não tem permitido resolver os problemas de degradação de alguns espaços escolares.

Os recursos próprios, embora diminutos, têm permitido a aquisição de alguns bens relacionados com o ensino e a aprendizagem.

As acções implementadas para reforçar o envolvimento dos pais e encarregados de educação na vida escolar têm tido algum sucesso, que se expressa especialmente na sua participação nos órgãos e estruturas educativas, bem como no acompanhamento da avaliação dos seus educandos.

Os princípios de equidade e justiça, a promoção da igualdade de oportunidades e a inclusão escolar estão patentes na forma como a Escola discrimina positivamente os seus alunos.

4. LIDERANÇA SUFICIENTE

A Escola não possui ainda uma visão de desenvolvimento, nem estabeleceu objectivos, metas e prioridades educativas. Releva-se a vontade colectiva de alterar esta situação, a partir do conhecimento das suas fragilidades. A Comissão Provisória, embora não tenha elaborado um plano de acção estratégico, tem procurado dinamizar os diferentes actores tendo em vista reduzir o insucesso e o abandono escolares.

Os profissionais demonstram, em geral, motivação e empenho no exercício das suas funções, mas as lideranças intermédias não promovem as acções necessárias tendo em vista assegurar a sequencialidade das aprendizagens.

A organização tem evidenciado pouca abertura a projectos e soluções inovadoras, nomeadamente no domínio das tecnologias de informação e comunicação.

São desenvolvidos alguns projectos e parcerias, de modo particular com a Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, com reflexo na melhoria global do serviço educativo prestado.

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5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DA ESCOLA

[SUFICIENTE]

São implementadas algumas práticas de auto-avaliação que, no entanto, não abrangem todas as áreas relevantes do funcionamento da Escola nem permitem um conhecimento sustentado dos seus pontos fortes e pontos fracos, bem como a identificação de oportunidades e constrangimentos.

Ainda assim, a reflexão realizada tem conduzido à identificação de algumas fragilidades, como sejam o desajustamento da oferta educativa e os níveis globais de abandono e insucesso escolares.

Os processos de avaliação interna traduzem-se na implementação de algumas acções de melhoria no domínio dos resultados escolares, mas o seu impacto é ainda pouco satisfatório.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR 1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

Os resultados escolares são analisados, no final de cada trimestre, pelo Conselho Pedagógico e pelos departamentos curriculares. Esta reflexão tem conduzido à implementação de algumas medidas de apoio educativo, nomeadamente nas disciplinas onde se verifica maior insucesso (Língua Portuguesa, Matemática e Físico-Química). Na disciplina de Matemática do 3.º ciclo foi implementado o Plano de Acção para a Matemática, tendo em vista a melhoria dos resultados.

Escolas Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva 21 e 22 de Abril de 2009

A taxa de conclusão do 3.º ciclo (9.º ano) manteve-se acima dos 80% nos últimos três anos, ainda que tenha registado uma quebra, passando de 86,2%, em 2005/06, para 81,8%, em 2007/08. No mesmo período, a taxa de referência nacional evoluiu de 77,5% para 85,7%, verificando-se que a taxa da Escola que, em 2005/06, se situava em 8,7 pontos percentuais acima deste referente, passou, em 2007/08, para 3,9 pontos percentuais abaixo. No que se refere ao ensino secundário, verifica-se um aumento muito significativo da taxa de conclusão (12.º ano), que passou de 44,5%, em 2005/06, para 82,4%, em 2007/08. Os valores registados neste último ano superam o referente nacional, que se situou em 64,8%.

Nos exames nacionais do 9.º ano, no triénio de 2005/06 a 2007/08, a percentagem de níveis positivos progrediu de 29,2% para 72,4%, na disciplina de Língua Portuguesa e de 17% para 48,3%, na disciplina de Matemática. No entanto, os resultados de 2007/08 ficaram ainda abaixo dos nacionais, respectivamente em 10,8 e 6,8 pontos percentuais. No ensino secundário, os resultados globais têm vindo, também, a melhorar. A média das classificações de exame (total das duas fases) nas disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A passou, respectivamente, de 8,8 valores, em 2005/06, para 9,6, em 2007/08, e de 6,8 valores para 7,9, situando-se, neste último ano, 1,2 e 1,5 pontos abaixo dos respectivos referentes nacionais. Nas disciplinas de Matemática e de História, os resultados dos exames progrediram, respectivamente, de 8,3, em 2005/06, para 13,4 valores, em 2007/08, e de 7,6 para 10,9 valores, situando-se, neste último ano, 0,1 e 0,2 pontos acima dos nacionais. Já na disciplina de Português, a classificação de exame passou de 12,6 (2005/06) para 9,9 valores (2007/08), posicionando-se, neste último ano, 0,9 pontos abaixo da média nacional.

A diferença entre a classificação interna e a de exame é significativa em algumas disciplinas (p. ex., na disciplina de Física e Química A, foi de 4,4 valores, em 2005/06, e de 5,1, em 2007/08).

O abandono escolar, que se situou em 6% no último triénio, não é objecto de uma monitorização detalhada, que permita, nomeadamente, perceber a sua evolução no 3.º ciclo e no ensino secundário.

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1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

Os alunos são envolvidos nos assuntos da vida escolar, nomeadamente na organização de eventos no final dos períodos lectivos (p. ex., actividades da Semana Cultural e torneios inter-turmas). Estas dinâmicas são recentes, não existindo evidências de acções desenvolvidas em anos anteriores.

A participação dos discentes é promovida, também, através da sua representação nos órgãos e em grupos de trabalho (p. ex., revisão do regulamento interno). São realizadas acções para divulgar os documentos organizativos da Escola, nomeadamente nas aulas de Formação Cívica.

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

As relações entre os elementos da organização são cordiais e correctas, verificando-se uma atitude de abertura e de colaboração. Os casos de indisciplina de alunos são raros, havendo apenas o registo de um processo disciplinar nos últimos 3 anos. Existe um grupo de discentes com comportamentos de risco ao nível do consumo excessivo de bebidas alcoólicas que está a ser devidamente acompanhado, em colaboração com parceiros locais. O projecto “Promoção e Educação para a Saúde” e o programa

“Escola Segura” têm contribuído para o fomento de hábitos de vida saudável.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

A maioria dos alunos tem uma percepção positiva da Escola e tem como objectivo o prosseguimento de estudos. Os pais demonstram satisfação pelo trabalho desenvolvido pela nova equipa de gestão.

A implementação do curso de educação e formação na área da jardinagem tem dado um contributo significativo para a valorização do serviço prestado junto da comunidade.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A articulação e a coordenação pedagógicas processam-se, fundamentalmente, nas reuniões de conselho de turma e de departamento/grupo disciplinar, onde as equipas docentes programam as actividades, fazem as planificações didácticas por ano de escolaridade, propõem critérios de avaliação e elaboram matrizes e testes. O trabalho destas estruturas inclui, ainda, a produção pontual de alguns materiais de apoio ao ensino e à aprendizagem, a preparação de experiências e o balanço das actividades desenvolvidas.

No início do presente ano lectivo (2008/09), foi realizada uma avaliação diagnóstica em várias disciplinas. No entanto, não existe uma prática de retroacção entre anos e ciclos de estudo relativamente aos conteúdos onde os alunos demonstram maiores dificuldades, como forma de proceder a um ajustamento das estratégias de ensino. Também não são desenvolvidas iniciativas de articulação com a outra escola dos 2.º e 3.º ciclos do concelho, donde provém a maioria dos alunos, que permitam, designadamente, verificar o grau de cumprimento dos programas e colmatar as dificuldades de aprendizagem à entrada do 3.º ciclo e do ensino secundário.

Não são definidas metas para o sucesso escolar de modo a que os docentes tenham referenciais de acção e possam acompanhar e avaliar a convergência dos resultados.

A interdisciplinaridade é pouco desenvolvida, ganhando alguma relevância no projecto Promoção e Educação para a Saúde, nomeadamente entre as disciplinas de Ciências Naturais, Educação Física, Português e Filosofia.

A Escola não dispõe de psicólogo nos seus quadros. A orientação escolar e vocacional dos alunos é assegurada através de uma parceria com a Câmara Municipal.

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2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

Os professores planificam as actividades de ensino e aprendizagem, tendo em consideração as orientações gerais estabelecidas (nos departamentos curriculares e no conselho de directores de turma), dando conta, regularmente, nos respectivos grupos disciplinares e nos conselhos de turma, do balanço do trabalho desenvolvido.

Os projectos curriculares de turma consagram alguns aspectos fundamentais da gestão do currículo, nomeadamente, a definição de estratégias de remediação e a planificação das áreas curriculares não disciplinares. Foram estabelecidos indicadores visando a avaliação dos projectos.

Não se procede à observação de aulas e não estão programados procedimentos relativamente aos professores que revelem dificuldades na leccionação.

A definição de critérios de avaliação gerais e específicos, a elaboração de matrizes comuns de testes em alguns grupos disciplinares, o exercício da auto e heteroavaliação, bem com a adesão aos testes intermédios do Gabinete de Avaliação Educacional, conferem alguma confiança à avaliação interna.

A formação do pessoal docente tem sido reduzida. Foram realizadas, pontualmente, algumas acções no âmbito das bibliotecas escolares e das tecnologias de informação e comunicação.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

A Escola garante aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente um apoio específico e sistemático. Os professores da educação especial, em articulação com os conselhos de turma e outros elementos da comunidade (psicóloga da autarquia e técnicos de saúde), definem os programas específicos destes alunos, de forma a dar respostas adequadas.

Para os discentes com dificuldades de aprendizagem são organizadas diversas modalidades de apoio, tais como salas de estudo e aulas de apoio pedagógico a Língua Portuguesa, Matemática e Físico- Química. No 8.º ano, a carga curricular da disciplina de Inglês foi reforçada com 45 minutos.

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No âmbito da educação para a saúde, foi criado o Gabinete de Apoio e Partilha, com a colaboração de diversos técnicos (enfermeira, psicólogo, professora e nutricionista).

No ano lectivo de 2007/08, dos 80 alunos com planos de recuperação e de acompanhamento, apenas 47 (58%) obtiveram sucesso escolar. Não é realizada uma avaliação de todas medidas de apoio implementadas.

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

A oferta educativa não responde às necessidades dos alunos e da comunidade local. Recentemente, com base num inquérito de opinião, a Escola concluiu pela necessidade de criar novos cursos de educação e formação e cursos profissionais, tendo em vista ajustar a sua oferta e, simultaneamente, combater o abandono e o insucesso escolares.

São desenvolvidas algumas iniciativas de enriquecimento do currículo, tais como, o Desporto Escolar e a Biblioteca (integrada na Rede de Bibliotecas Escolares), muito frequentada e onde os alunos são devidamente acompanhados e orientados. Estas actividades estão bem organizadas e contam com a adesão significativa dos discentes. De salientar o projecto Promoção e Educação para a Saúde, pelo seu contributo para o desenvolvimento pessoal e social dos jovens.

Existem evidências da realização regular de actividades experimentais no ensino secundário, sendo estas menos visíveis no 3.º ciclo.

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3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

A Escola não tem documentos orientadores, nomeadamente projecto educativo (em fase de reformulação) e projecto curricular. Também não existem outros instrumentos de gestão da actividade educativa que evidenciem uma visão estratégica de desenvolvimento futuro. O plano anual de actividades é constituído por um conjunto de acções compartimentadas, o que não favorece a transversalidade e a articulação entre as diferentes iniciativas propostas.

Existe uma preocupação em envolver os diversos actores locais nos processos de construção do projecto educativo e do regulamento interno em curso.

A Comissão Provisória programou as actividades essenciais do ciclo anual da gestão, procurando responder às necessidades dos alunos, nomeadamente através da manutenção, sempre que possível, da continuidade pedagógica das equipas docentes, da substituição do professor em caso de falta (prioridade à permuta de aulas) e da implementação de medidas de apoio e reforço das aprendizagens.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

A Comissão Provisória procura realizar uma correcta gestão dos recursos humanos, tendo em conta as competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente. Na atribuição do serviço aos professores privilegia-se a continuidade pedagógica, a experiência pessoal e as características da turma.

Os profissionais conhecem as suas áreas de acção, respeitam as normas estabelecidas e mostram-se bem integrados pessoal e profissionalmente. Os serviços de apoio escolar dão uma resposta adequada às necessidades dos utentes.

O Órgão de Gestão promove o bom acolhimento dos novos colaboradores, transmitindo-lhes as informações gerais de enquadramento na instituição e encaminhando-os para os responsáveis pelas correspondentes áreas/serviços.

A formação do pessoal não docente tem sido escassa. Pontualmente, foram proporcionadas acções de desenvolvimento profissional específicas para os assistentes técnicos e para os assistentes operacionais (p. ex., bibliotecas escolares, relações interpessoais e tecnologias de informação e comunicação).

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

As instalações, os espaços e os equipamentos apresentam alguma deterioração, não tendo sido realizadas, nos últimos anos, as necessárias acções de manutenção e de segurança, designadamente ao nível dos laboratórios (no laboratório de Física e de Química não existe um sistema de evacuação forçada de ar, o que coloca alguma perigosidade no manuseamento de determinados materiais).

Os recursos financeiros satisfazem as necessidades do dia-a-dia e facultam as condições necessárias ao desenvolvimento das actividades escolares. A capacidade de angariação de receitas próprias é reduzida. As verbas provêm, sobretudo, dos lucros do bufete, do arrendamento temporário de instalações e de donativos de diversas entidades. A gestão dos recursos financeiros tem tido algum impacto na actualização e reforço dos materiais pedagógicos, especialmente da biblioteca.

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA Existe uma acção intencional para atrair os encarregados de educação à Escola, informando-os sobre os aspectos essenciais do seu funcionamento (reunião de início de ano, devidamente planificada) e sensibilizando-os para a importância da participação das famílias no processo educativo dos alunos.

Esta estratégia tem sido bem sucedida. Os pais demonstram conhecer as actividades programadas e os critérios de avaliação. Participam na avaliação dos seus filhos, através do preenchimento de uma

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Grelha – Acompanhamento/apoio do EE ao seu educando e comparecem, em número significativo, na reunião para entrega de informações sobre os resultados escolares. Também integram, através dos seus representantes, os órgãos e as estruturas educativas, apresentando problemas e propostas de resolução (p. ex., participam na revisão do regulamento interno e na elaboração do projecto educativo). Está em fase de constituição uma Associação de Pais.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

Os responsáveis escolares pautam a sua actuação por princípios de equidade e justiça, no respeito pelas regras definidas. As situações problemáticas são prontamente sinalizadas e os conflitos entre alunos, ou entre estes e os profissionais são solucionados com base no diálogo e sem perder de vista as finalidades educativas. A Escola denota estar atenta aos problemas de aprendizagem e de inclusão escolar, o que se traduz em acções diferenciadas, como sejam, a organização dos apoios pedagógicos, o encaminhamento para os cursos de educação e formação, o apoio no âmbito do projecto Promoção e Educação para a Saúde e a prestação de outros auxílios (p. ex., o suplementos alimentares).

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

A Escola não possui ainda uma estratégia de desenvolvimento, não definiu prioridades educativas, nem estabeleceu metas quantificadas e avaliáveis, nomeadamente para os resultados escolares, que possam ajudar a orientar os profissionais e a medir os progressos alcançados. Contudo, é visível a emergência de uma vontade colectiva de mudança, que assente em planos de acção concertados, monitorizados e avaliados.

O discurso e o trabalho da Comissão Provisória (criação de um bom clima de Escola, diversificação da oferta educativa e promoção do sucesso educativo) reflectem o sentir da comunidade educativa.

Embora não tenha sido elaborado um plano de acção que explicite, hierarquize e calendarize as acções do Órgão de Gestão, está patente nas atitudes dos seus elementos a necessidade de promover o trabalho em equipa, da co-responsabilização dos profissionais, da criação de condições para uma adequada leccionação e da urgência em mobilizar os diversos agentes locais, designadamente para a redução do abandono e insucesso escolares.

Escolas Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva 21 e 22 de Abril de 2009

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Os responsáveis da Escola e das diferentes estruturas estão empenhados na melhoria do serviço educativo, demonstrando conhecer as suas áreas de actuação. A Comissão Provisória evidencia capacidade de mobilização, conhece os diversos sectores e envolve-se activamente na detecção e na resolução de dificuldades. Para atenuar os efeitos do absentismo dos professores, implementou um adequado sistema de ocupação plena dos tempos escolares dos alunos.

As estruturas de coordenação e supervisão dispõem de autonomia, mas é visível que não desenvolveram, ainda, as acções necessárias para assegurar nomeadamente, a sequencialidade das aprendizagens.

O Conselho Geral reúne regularmente e tem debatido as questões colocadas pela Comissão Provisória, apresentando também propostas com vista à resolução de problemas.

De um modo geral, os professores e o pessoal não docente sentem-se bem na Escola e demonstram motivação no exercício das suas funções.

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4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

A adesão à Rede de Bibliotecas Escolares e ao Plano de Acção para a Matemática tem tido impacto positivo na mobilização dos alunos para a leitura e para a superação das suas dificuldades. A abertura a iniciativas inovadoras relevantes tem sido reduzida, como ilustra a não adesão a projectos como o Plano Nacional de Leitura e CRIE (Computadores, Redes e Internet na Escola).

As tecnologias de informação e comunicação são, também, de uso ainda muito limitado nos campos administrativo e pedagógico, designadamente no apoio às actividades de ensino e aprendizagem entre professores e alunos.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

A Escola desenvolveu recentemente algumas parcerias e acordos com várias entidades (autarquias locais, bombeiros, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, Centro de Saúde, Guarda Nacional Republicana e outras), acedendo, por esta via, a recursos comunitários que investe na melhoria da qualidade do serviço educativo.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, no âmbito do Projecto IDEIA.pt (Programa para a Inclusão e Desenvolvimento), disponibiliza diversos profissionais, designadamente uma psicóloga que assegura a orientação escolar e vocacional, presta apoio psicológico - Gabinete de Apoio e Partilha - e participa na avaliação dos alunos com necessidades educativas. Estes serviços têm constituído uma mais-valia para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO ESCOLA

5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

As práticas de auto-avaliação incidem sobre os resultados escolares, o funcionamento das estruturas de coordenação e supervisão e a execução do plano anual de actividades. Não foi criada, contudo, uma equipa com a missão específica de proceder à avaliação interna, abrangendo os indicadores fundamentais do funcionamento da Escola. Existem, também, áreas que não são objecto de monitorização (p. ex., os processos de ensino e de aprendizagem e de organização e gestão).

As acções de melhoria, decorrentes da auto-avaliação, traduzem-se em diversas medidas de apoio educativo, mas o seu impacto nos resultados escolares não é ainda satisfatório.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

Os processos de avaliação interna implementados pela Escola não permitem uma definição fundamentada dos pontos fortes, dos pontos fracos, bem como das oportunidades e dos constrangimentos.

Porém, o debate interno e com diversos parceiros, designadamente no âmbito do Conselho Municipal de Educação, tem identificado algumas fragilidades, como sejam o desajustamento da oferta educativa e os níveis globais de abandono e de insucesso escolares.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Vila Nova de Paiva (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Escola e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

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Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 Trabalho realizado no âmbito do projecto Promoção e Educação para a Saúde, com impacto positivo no desenvolvimento pessoal e social dos alunos;

 Rede de parcerias estabelecida, pelo contributo para a melhoria da qualidade do serviço educativo prestado;

 Estratégia de envolvimento dos pais e encarregados de educação, com resultados expressos ao nível da sua participação nos órgãos e estruturas educativas, bem como do acompanhamento da avaliação dos educandos.

Pontos fracos

 Decréscimo da taxa de conclusão do 3.º ciclo, no último triénio;

 Resultados obtidos nos exames nacionais do 9.º ano, na disciplina de Matemática, expressivamente abaixo dos referentes nacionais, e do ensino secundário que, na generalidade das disciplinas, são inferiores aos nacionais, apresentando também discrepâncias significativas relativamente às classificações internas;

 Insuficiente liderança dos responsáveis pelas estruturas de coordenação e supervisão, que não promove as acções necessárias para assegurar a sequencialidade das aprendizagens;

 Falta de definição de objectivos, metas e prioridades, o que não permite orientar a acção dos profissionais para o desenvolvimento sustentado da organização;

 Deficiente monitorização dos apoios educativos, que não possibilita uma visão do seu impacto nas aprendizagens e a reorientação das medidas implementadas;

 Fraca abertura à inovação, o que não tem potenciado a diversificação dos processos de ensino e aprendizagem;

 Falta de um processo de avaliação interna global, consistente e abrangente, o que condiciona a capacidade de auto-regulação e melhoria da Escola.

Oportunidades

 Alargamento da oferta formativa aos cursos profissionais, de modo a responder mais adequadamente às necessidades da comunidade;

 Candidatura ao programa do Ministério da Educação de apoio à concretização de projectos para a melhoria dos resultados escolares no ensino básico, que poderá contribuir para elevar o nível de sucesso dos alunos.

Referências

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