• Nenhum resultado encontrado

LESÕES DECORRENTES EM ATLETAS AMADORES PRATICANTES DA CORRIDA DE RUA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "LESÕES DECORRENTES EM ATLETAS AMADORES PRATICANTES DA CORRIDA DE RUA"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

TRISTÃO, Leidiane Fidelis1 ARÃO, Daiane Vanini2 RIZZO, Sayonara Oliveira3 CORRÊA, Josélia Romão4 PENA, Maxwell Wotikosky5

INTRODUÇÃO

A participação da população em corridas de rua vem crescendo e se destacando de forma significativa em nosso meio, classificando corredores que praticam a corrida de maneira regular e moderada de corredores amadores. Das diversas modalidades esportivas a corrida se destaca por sua praticidade e bons resultados que a mesma proporciona ao atleta em pouco tempo, tais como, a diminuição do estresse e do percentual de gordura corporal, melhora no descanso, diminuição do colesterol LDL, entre diversos benefícios referentes à saúde do praticante. (ARAÚJO ET AL, 2015).

De acordo com Salgado e Chacon-Mikahil (2006), e Paluska (2005) às pessoas que praticam a corrida de rua estão mais propensas a terem lesões ocasionadas principalmente em MMII, sendo os joelhos os mais acometidos, podendo chegar a 83% dos atletas. Entretanto, o alongamento tem por finalidade promover ao atleta maior flexibilidade e mobilidade, além de auxiliar na prevenção de lesões provocadas pela corrida. (CAMARA ET AL, 2015).

Alencar e Matias (2010) resguardam que o alongamento é a fase inicial da atividade física, pois além de ser uma técnica terapêutica que proporciona o aumento da impermanência de tecidos moles prepara o atleta para a atividade física promovendo à cinética e coordenação motora atuando na prevenção de lesões.

Porém, Almeida e Jabur (2007), argumentam que o alongamento no final da atividade física auxilia na prevenção do encurtamento muscular causado pelo treino.

No entanto, o encurtamento além de limitar o rendimento do atleta, provoca um

1Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES leidianefidelis210314@gmail.com

2Graduando do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES – daianevanini@gmail.com

3Graduando do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES – sayonarao57@gmail.com

4Graduando do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-ES – jiselemacedo@gmail.com

5Professor orientador Maxwell Wotikosky Pena. Centro Universitário São Camilo-ES – maxwellpena@saocamilo-es.br

(2)

gasto energético em excesso o que causa desestabilização postural aumentando a ocorrência de cãibras e dor.

Destarte, o estudo objetiva transmitir a importância do alongamento no pré e no pós-treino de atletas amadores praticantes da corrida de rua e sua atuação na prevenção de lesões propiciando ao atleta melhor rendimento.

METODOLOGIA

Este é um estudo de cunho bibliográfico que visa abordar sobre o alongamento no pré e nos pós-trieno juntamente com as possíveis lesões que acometem corredores de rua. Executado no período de fevereiro à junho de 2019, tendo por base os sites, Lilacs, Scielo, PubMed, Science Direct e Google Acadêmico. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos publicados nos ultimos 17 anos na língua inglesa, portuguesa e espanhola, entretanto, os critérios de exclusão foram artigos que não cabiam aos critérios de inclusão. Foram utilizados 19 artigos para realização do estudo. Logo, todas as palavras- chave foram indexadas no site dos Descritores de Ciência da Saúde.

RESULTADOS E DISCUSSÃOou DISCUSSÃO

Ferreira et al (2012), Hino et al (2009), referem-se a corrida de rua como uma atividade física que expõe o atleta a diversas ocorrências de lesões, isso se dá pelo grande número de repetições de movimentos ou até mesmo por falta de orientação técnica adequada. Van Gent et al (2007), realizou um estudo e constatou que 37%

dos 139 participantes queixaram-se de algum tipo de lesão, sendo joelhos e face anterior da perna os de maior incidência.

O alongamento nada mais é do que uma intervenção terapêutica que visa alongar a musculatura do corpo humano. (ALENCAR; MATIAS, 2010). Saragiotto et al (2014), afirma que o alongamento é de grande valia, pois atua na musculatura que está retraída tendo a eficácia de gerar torque e força, que é benéfico para os corredores. Além disso, observaram que o alongamento imediato antes da corrida a lesão tem predisposição a diminuir o desempenho muscular.

Porém, Herbert e Gabriel (2002), isentam que o alongamento no pré-treino não se atenua as procedências de lesões, podendo até mesmo facilitar para que a mesma ocorra. Embora os efeitos agudos do alongamento provoquem diminuição da força e velocidade muscular em curto prazo, quando realizado de forma crônica

(3)

geram bons resultados futuros. Portanto, é sugerido que os alongamentos sejam executados ao final da atividade física, proporcionando um relaxamento e recuperação muscular em tempo suficiente. (SHRIER, 2004).

Segundo o estudo de Ishida et al (2013) e Ferreira et al (2012), a maioria das lesões detectadas em corredores está localizada nos MMII, sendo elas, a síndrome da dor femoropatelar, síndrome da banda iliotibial, síndrome do estresse tibial medial, fascite plantar, tendinite do calcâneo e lesões meniscais.

Evidencia-se a síndrome dolorosa femoropatelar (SDFP), responsável pelo compadecimento ântero ou retropatelar, sendo que a mesma compromete cerca de 25% da população entre mulheres e pessoas com treinamento intenso. (CATELLI;

KURIKI; NASCIMENTO, 2012).

A síndrome da banda iliotibial é uma lesão causada por uso excessivo ao qual gera atrito entre a banda iliotibial e a eminência epicondilar femoral lateral e fica mais propenso a atletas que percorrem maiores distancias e desfrutam de treinamentos intensos. (FALÓTICO et al, 2013).

Conhecida por canelite, a síndrome do estresse tibial medial promove ao atleta uma dor na região anterior da perna, isso se dá, devido aos microtraumas que são causados no decorrer da atividade, podendo ser causada por diversos fatores, um deles é a pronação exacerbada dos pés. (SOUZA et al, 2011).

A fascite plantar surge em corredores com os pés caracterizados de pé planos ou pé cavo rígido, tendo ligação com a maior amplitude de movimento de extensão do tornozelo do atleta. A formação do tecido ósseo é gerada devido à sobrecarga e irritação local. (JUNIOR et al, 2012).

A tendinopatia do tendão de calcâneo está eventualmente relacionada com as práticas esportivas que exigem de muitas repetições, sendo uma lesão de natureza contrátil, a dor normalmente aumenta com a realização da dorsiflexão passiva e plantiflexão resistida. (SOUZA et al, 2013).

As lesões meniscais têm mais propensão a se desenvolver em atletas com maior idade, isso se dá, pela progressiva desidratação causada nos tecidos, junto a diminuição de colágeno e a perda da capacidade de absorver os impactos causados pelas passadas. (GONÇALVES et al, 2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS ou CONCLUSÃO

(4)

O presente estudo demonstra variáveis de informações sobre o uso do alongamento em corredores, onde há relatos de que o rendimento do atleta melhora em torna de 70% após o alongamento, porém há estudos que contradizem afirmando que os corredores sofrem queda no rendimento após fazer o uso do alongamento. Portanto, verifica-se que o alongamento moderado no pré e no pós- treino pode ser uma importante técnica terapêutica para um bom desempenho na atividade física, não obstante, deve-se ter suporte técnico para que o atleta não prejudique sua saúde com práticas inadequadas.

REFERÊNCIAS

ALENCAR, Thiago Ayala Melo Di; MATIAS, Karinna Ferreira De Sousa. Princípios fisiológicos do aquecimento e alongamento muscular na atividade esportiva. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 16, n. 3, maio/junho. 2010.

ALMEIDA, Thatiane Tavares De; JABUR, Marcelo Nogueira. Mitos e verdades sobre flexibilidade: reflexões sobre o treinamento de flexibilidade na saúde dos seres humanos. Motricidade, SP, v. 3, n. 1, p. 337-344, jan. 2007.

ARAÚJO, Mariana Korbage de et al. Lesões em praticantes amadores de corrida.

Revista Brasileira de Ortopedia, SP, v. 50, n. 5, p. 537-540, set./out. 2015.

CAMARA, Fabiano Marques et al. O mandamento do alongamento: evidências e propostas para reflexão. Rev. Bras. Ci. e Mov., p. 148-155, v. 23, n. 2, 2015.

CATELLI, Danilo Santos; KURIKI, Heloyse Uliam; NASCIMENTO, Paulo Roberto Carvalho De. Lesão esportiva: Um estudo sobre a síndrome dolorosa femoropatelar.

Motricidade, Vila Real, v. 8, n. 2, 2012.

FALÓTICO, Guilherme Guadagnini et al. Síndrome da banda iliotibial proximal:

Relato de caso. Revista Brasileira de Ortopedia, SP, v. 48, n. 4, p. 374-376, jul./ago. 2013.

FERREIRA, Alberto Cantídio et al. Prevalência e fatores associados a lesão em corredores amadores de rua do município de Belo Horizonte, MG. Rev Bras Med Esporte, Minas Gerais, v. 18, n. 4, p. 252-255, jul./ago. 2012.

GONÇALVES, Danilo et al. Prevalencia de lesões em corredores de rua e fatores associados: revisão sistemática. CINERGIS, Santa Cruz do Sul, v. 17, n. 3, p. 235- 238, jul./set. 2016.

HERBERT, Rob D; GABRIEL, Michael. Effects of stretching before and after exercising on muscle soreness and risk of injury: systematic review. US National Library of Medicine National Institutes of Health, p. 325-468, mar. 2002.

(5)

HINO, Adriano Akira Ferreira et al. Prevalência de lesões em corredores de rua e fatores associados. Ver Bras Med Esporte, Niterói, v. 15, n. 1, p. 36-39, jan./fev.

2009.

ISHIDA, J. D. C. et al. Presença de fatores de risco de doenças cardiovasculares e de lesões em praticantes de corrida de rua. Ver Bras Educ Fís Esporte, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 55-65, jan./mar. 2013.

JUNIOR, Luiz Carlos Hespanhol et al. Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais:

um estudo transversal. Ver Bras Fisioter., São Carlos, v. 16, n. 1, p. 46-53, jan./fev.

2012.

PALUSKA, S. A. Na overview of hip injuries in running. Sports. Med. v. 35, n. 11, p.

991-1014, 2005.

SALGADO, José Vitor Vieira; CHACON MIKAHIL, Mara Patraicia Traina. Corrida de rua: análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Ver. Conexões.

Campinas, v. 4, n. 1, 2006.

SARAGIOTTO, B. T.; YAMATO, T. P.; LOPES, A. D. What do recreational runners think about risk factors for running injuries? A descriptive study of their beliefs and opinions. J Orthop Sports Phys Ther., São Paulo, v. 44, n. 10, p. 733-738, out.

2014.

SHRIER, Ian. Does stretching improve performance? A systematic and critical review of the literature. Clin J Sport Med, v. 14, n. 5, p. 267-273, 2004.

SOUZA, Carlos André Barros de et al. Principais lesões em corredores de rua.

Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, São Paulo, v. 10, n. 20, set./out. 2013.

SOUZA, Thales Rezende De et al. Pronação excessiva e varismo de pé e perna:

relação com o desenvolvimento de patologias músculo-esqueléticas: revisão de literatura. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 18, n. 1, jan./mar. 2011.

VAN GENT, Robert et al. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review. British J. Sports Med, 2007.

Referências

Documentos relacionados

Embora outras espécies de cochonilhas, tais como Dysmicoccus brevipes (Cockerell, 1893), Geococcus coffeae (Green), Nipaecoccus coffeae (Hempel), Pseudococcus cryptus

Figura 2 Comprimento de raízes com diâmetros maiores que 2 mm, em metros, de mudas de cafeeiro Acaiá e Rubi obtidas por meio de enraizamento de estacas e por semeadura..

Experiment 1: Development of the somatic embryos There were used somatic embryos obtained by direct embryogenesis from coffee seedling leaves Coffea arabica L., cv.. Rubi MG

O número de ácaros nas outras fases, na parte inferior da planta, foi semelhante ao número de ácaros observados na parte média da planta, com as médias dos picos iguais a 1,0 e

IES: FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA Curso: COMÉRCIO EXTERIOR (Presencial - Tecnológico) Local de oferta: Faculdade do Norte Novo de Apucarana Relator: Letícia

Não apresenta reacções perigosas conhecidas quando é usado para a finalidade a que se destina 10.4.

- Corrigir volume a incubar e escala Não Escala medição adequada. Sim Avaliação da exactidão Comparação

Resumo: Objetivos: verificar a confiabilidade do escore em um questionário de aptidão física autorrelatada (QAPA) em crianças de 6 a 11 anos, nas aulas de educação física