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J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.42 número2

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J Bras Patol Med Lab • Volume 42 • Número 2 • Abril 2006 EDITORIAL

EDITORIAL

A importância do sistema de informática

na administração financeira em laboratórios clínicos

A informática, ciência que visa o tratamento da informação pelo uso de equipamentos e procedimentos da área de processamento de dados, tem se mostrado extremamente útil em processos organizacionais de cálculos, e isto em todo o mundo.

Muitos daqueles que trabalham na Medicina Laboratorial já sentiram a necessidade de realizar operações sobre números utilizando folha de papel, caneta e calculadora.

No caso do gerenciamento inanceiro, de modo geral o administrador laboratorial, ao listar as despesas, somar o total dos gastos e contrapor este valor ao montante das receitas, para saber quanto sobrará para o laboratório, estará construindo uma planilha de cálculo.

Os relatórios estatísticos mostram que o conjunto de exames realizados em um laboratório clínico pode se compor de 200 ou mais tipos diferentes de analitos, entre os quais os hematológicos, os bioquímicos, os microbiológicos, os parasitológicos, os imunológicos, etc.

Por outro lado, sabemos que a Medicina Laboratorial, sem exceção, enfrenta o desaio inanceiro denominado from to-back process, ou seja, a necessidade de produzir exames por um preço que o comprador do serviço deter-mina, fato este que obriga a adoção de uma administração inanceira muito eicaz em termos de racionalização de custos, contudo mantendo a qualidade do produto inal.

Isso representa trabalhar procedimentos operacionais com os quais se relacionam situações numéricas extensas e complexas. Vale lembrar que, nas entidades laboratoriais, existem as despesas primárias, aquelas que ocorrem na bancada analítica, e que se relacionam com os laboratoristas, os insumos químicos, os aparelhos, etc.

Paralelamente, dentro do laboratório, ainda ocorrem despesas complementares à realização dos exames, ou seja, aquelas relacionadas com a recepção do paciente, a colheita da amostra, a compilação dos dados analisados e a expedição dos laudos, e, ainda, outras provindas dos demais centros de custos de apoio interno.

Somem-se ao que foi mencionado outras despesas que, embora nada tenham a ver com a realização de exames, também são debitadas do laboratório. Chamamo-las de secundárias. Citamos como exemplos os dispêndios com estacionamento, impostos e taxas governamentais, propaganda, assinaturas de jornais e revistas, contribuição para as associações de classe, cursos de reciclagem do conhecimento, viagens, entre outros.

Pois bem, uma planilha de cálculo que se disponha à exposição desse numerário, na forma de custos estratiicados e preço mínimo, por analito, e ainda cruze este valor com aquele oferecido pelo comprador de serviços certamente terá uma coniguração matricial composta por no mínimo 25 colunas e 300 linhas.

Imagine fazer todo esse controle com folha de papel, lápis e calculadora! Por certo levaríamos muito tempo para elaborar tal ferramenta inanceira, além do que estaríamos sujeitos a uma grande probabilidade de erros, principal-mente pela complexidade dos cálculos e de sua organização contábil.

Agora substitua todos estes recursos pela prestação de serviços rápida, precisa e organizada de um processo informatizado.

A adoção de sistemas de custeio como o gerenciamento baseado em atividades, com elaboração de planilhas gerenciais por procedimento analítico, possibilita a composição do balanced score card, que representa uma classii-cação das análises laboratoriais levando em conta a demanda e a rentabilidade de cada uma delas, informação esta crucial no que tange à deinição dos processos de terceirização e/ou parceria.

A difusão dos conhecimentos necessários à correta aplicação dos modernos meios eletrônicos para o bom gerenciamento das atividades laboratoriais deve ser sempre estimulada, de forma a orientar e incentivar os admi-nistradores a utilizar, cada vez mais, estes instrumentos de trabalho. Deste modo, fazendo jus à sua utilidade como órgão propagador, o Jornal Brasileiro de Patologia Clínica preocupou-se em publicar o artigo Sistema de Informação como Ferramenta de Cálculo e Gestão de Custos em Laboratórios de Análises Clínicas, que evidencia informações valiosas sobre o tema desse editorial.

Trata-se de um trabalho realizado com esmero proissional e do qual recomendamos a leitura.

Sérgio Luiz Alves Químico e com especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade de Saúde Pública da USP

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