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J. bras. pneumol. vol.31 número3

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Academic year: 2018

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A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e as suas

relações internacionais

MAURO ZAMBONI*

Há aproximadamente cinco anos a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) percebeu que, após significativo amadurecimento e desenvolvimento internos, seria fundamental e obrigatório para aumentar a sua visibilidade externa um maior contato com as sociedades internacionais da especialidade.

Contamos com um número expressivo de associados – aproximadamente 3.000 – que impressiona, por sua magnitude, até mesmo os diretores das sociedades norte-americanas. Temos uma produção científica comparada à dos grandes centros internacionais, se não em número, certamente na qualidade do que produzimos.

Nosso contato inicial foi com a Asociación Latino Americana de Tórax (ALAT), cujo primeiro congresso foi realizado em São Paulo - SP, naquela ocasião ainda em criação e sem o desenvolvimento que hoje tem.

Em seguida, nos aproximamos da American Thoracic Society (ATS), famosa sociedade norte-americana, que com seus prestigiosos congressos anuais sempre seduziram os pneumologistas brasileiros. Seus congressos pautam por uma abordagem que privilegia especialmente a pesquisa na pneumologia e são os que maior atração exercem sobre nossos especialistas. Desde então, as diretorias da SBPT, durante os congressos da ATS, realizam uma reunião com sua diretoria no sentido de estreitarmos nossas relações, nos fazermos conhecidos e aumen-tarmos, de forma sólida e contínua, nossa parceria. Essa parceria, de maneira prática e especial, tem dado frutos especiais: resultou na vinda de professores com passagem aérea patrocinada por eles para os nossos congressos brasileiros e a cobrança de uma taxa de adesão diferenciada para os pneumologistas brasileiros.

Logo depois, realizamos a primeira reunião entre as diretorias da SBPT e da European Respiratory Society. (ERS), a qual também realiza um congresso

anual, em moldes menores do que o da ATS, mas que nos permite entrar em contato com a tradicional pneumologia européia e também com um grupo de especialistas provenientes de países com situações político-econômicas semelhantes às nossas, os países do leste europeu. Do mesmo modo que com a ATS, a ERS mantém estreita a parceria com a SBPT, tanto no patrocínio para a vinda de convidados internacionais para os nossos congressos, como também com taxa diferenciada para os pneumo-logistas brasileiros a ela se associarem.

Relação cada vez mais estreita tem a SBPT com o American College of Chest Physicians (ACCP), que também realiza um congresso anual, o CHEST, com número menor de participantes do que o congresso da ATS, mas com uma visão da pneumologia mais voltada para seus aspectos práticos da clínica do dia a dia. Talvez o ACCP seja, atualmente, o parceiro mais próximo e com maiores possibilidades de crescimento entre todas essas sociedades. Tanto o intercâmbio de palestrantes da ACCP no congresso da SBPT quanto o de brasileiros no CHEST vem aumen-tando a cada ano que passa. Desse modo, é muito importante que os nossos associados procurem também participar desse evento.

A atual diretoria da SBPT, assim que tomou posse, entrou em contacto oficialmente com a diretoria da Asian Pacific Respirology Society (APRS) - seguramente a sociedade de pneumologia com maior número de associados em todo o mundo - demonstrando seu interesse em manter também com ela o mesmo tipo de relacionamento que vem mantendo com as outras sociedades internacionais. A receptividade foi ótima, mas ainda não tivemos a oportunidade de reunir as duas diretorias. Claro que uma reunião da diretoria da SBPT com a da APRS está nos nossos planos, mas um problema a ser superado é a enorme distância territorial que nos separa.

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O fato é que nesse mundo globalizado e de contatos imediatos precisamos ser conhecidos pelo que somos, representamos e produzimos. E esse contato com todas as sociedades internacionais nos interessa e será por nós estimulado continuadamente.

A SBPT necessita de uma exposição interna-cional, política e científica cada vez maior, para solidificar sua posição no cenário da pneumologia mundial. E com essa visão não podemos, de forma nenhuma, sermos excludentes. É do interesse da SBPT manter esses contatos e parcerias e estreitá-los cada vez mais. É também do interesse da SBPT juntar-se aos seus iguais para que tenhamos nosso

espaço garantido e preservado, não só politica-mente, mas também cientificamente. Todas as grandes associações internacionais têm dado provas do sucesso das aglutinações entre si para o desenvolvimento da ciência pneumológica e para maior visibilidade. E conosco não poderá ser diferente. Não podemos trafegar na contra-mão da história. Devemos continuar sonhando grande e acreditando no sonho!

MAURO ZAMBONI

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