BALANÇO SOCIAL GLOBAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - 2008
Balanço Social Global do
Ministério da Saúde 2011
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 1 DEPARTAMENTO DE PLANEAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (DRH)
BALANÇO SOCIAL GLOBAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
2011
LISBOA Novembro/2012
EXECUÇÃO TÉCNICA:
Irina Lemos – Técnica superior
ORIENTAÇÃO:
Filomena Parra – Diretora do Departamento de Recurso Humanos
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 2
Glossário ... 6
Nota Introdutória ... 7
Sumário executivo ... 8
Painel de indicadores ... 11
Caracterização Tipo – 2011 ... 12
Caracterização dos Trabalhadores ... 13
1 –Trabalhadores do Ministério da Saúde ... 13
2 – Trabalhadores por Região ... 13
3 – Trabalhadores por Tipo de Entidade ... 15
4 – Trabalhadores por Carreira/Cargo ... 16
5 – Trabalhadores Segundo o Género ... 18
6 – Trabalhadores por Modalidade de Vinculação ... 19
7– Estrutura Etária e Nível de Antiguidade ... 20
8 – Estrutura Habilitacional ... 23
9 – Movimentação dos trabalhadores ... 24
9.1 – Entradas e Saídas ... 24
9.2 –Mudanças de Situação... 25
10 – Modalidade de Horário de Trabalho ... 26
11 – Periodo Normal de Trabalho ... 27
12 – Trabalho Extraordinário ... 28
13 – Absentismo ... 30
14 – Remunerações e Encargos ... 31
15 – Higiene e Segurança no Trabalho ... 34
16 – Formação Profissional ... 36
17 – Relações Profissionais ... 37
Anexos ... 38
Anexo I - Entidades do MS contempladas no Balanço Social ... 39
Índice
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 3
Anexo II - Instruções auxiliares de ... 42
Anexo III – Painel de Indicadores por Tipo de Entidade ... 50
Anexo IV – Formulário de Indicadores ... 56
Anexo V – Quadros por tipo de entidade, região e carreira/cargo ... 61
Anexo VI – Matriz do Balanço Social Global – Ano 2011 ... 72
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 4
Quadro 1 – Evolução do n.º de trabalhadores do SNS e Outros Serviços ... 14
Quadro 1 – Evolução do n.º de trabalhadores do SNS e Outros Serviços ... 14
Quadro 2 – Trabalhadores por carreira/cargo ... 16
Quadro 3 – Evolução dos Trabalhadores por modalidade de vinculação ... 20
Quadro 4 – Escalões etários predominantes e média etária por Cargo/Carreira ... 21
Quadro 5 – Evolução da idade média dos trabalhadores ... 22
Quadro 6 – Evolução da antiguidade média dos trabalhadores ... 23
Quadro 7 – Evolução do n.º de horas extraordinárias por carreira/cargo ... 29
Quadro 8 – Dias de ausência ao trabalho por motivo... 30
Quadro 9 – Evolução da taxa geral de absentismo por carreira/cargo ... 31
Quadro 10 – Distribuição da estrutura remuneratória por género ... 32
Quadro 11 – Total dos encargos com pessoal durante o ano ... 33
Quadro 12 – Acidentes de trabalho e número de dias perdidos ... 34
Quadro 13 – Evolução do n.º de actividades de medicina no trabalho ... 35
Quadro 14 – Número de participações e horas despendidas em ações de ... formação ... 36
Índice de Quadros
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 5
Gráfico 1 – Evolução do n.º de trabalhadores ... 13
Gráfico 2 –Trabalhadores do SNS (Região) e Outros Serviços ... 14
Gráfico 3 – Trabalhadores por tipo de entidade do SNS ... 15
Gráfico 4 – Evolução do n.º de trabalhadores por tipo de entidade ... 16
Gráfico 5 – Evolução do n.º de trabalhadores por carreira/cargo... 17
Gráfico 6 – Distribuição dos trabalhadores por género ... 18
Gráfico 7 – Evolução da taxa de feminização (%) ... 18
Gráfico 8 – Trabalhadores por modalidade de vinculação ... 19
Gráfico 9 – Pirâmide etária dos trabalhadores ... 21
Gráfico 10 – Antiguidade dos trabalhadores ... 22
Gráfico 11 –Trabalhadores por nível de escolaridade segundo o género ... 23
Gráfico 12 – Evolução do n.º de trabalhadores por nível de escolaridade... 24
Gráfico 13 – Entradas e saídas em 2011... 25
Gráfico 14 –Mudanças de situação ... 26
Gráfico 15 – Distribuição dos trabalhadores por modalidade de horário ... 26
Gráfico 16 – Evolução das modalidades de horário de trabalho ... 27
Gráfico 17 – Distribuição de trabalhadores por período normal de trabalho ... 28
Gráfico 18 – Horas de trabalho extraordinário praticadas pelos trabalhadores ... 28
Gráfico 19 – Evolução do número de horas de trabalho extraordinário ... 29
Gráfico 20 – Evolução da Taxa Geral de Absentismo ... 30
Gráfico 21 – Evolução dos encargos com pessoal ... 33
Gráfico 22 – Evolução do n.º de acidentes de trabalho e dias perdidos ... 34
Gráfico 23 - Casos de incapacidade declarados durante o ano ... 35
Gráfico 24 – Evolução do n.º de participações em acções de formação ... 36
Gráfico 25 – Evolução do número de trabalhadores sindicalizados ... 37
Gráfico 26 – Evolução do número de processos instaurados ... 37
Índice de Gráficos
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 6 ACSS –Administração Central do Sistema de Saúde, IP
A.Téc. –Assistente Técnico A. Oper.–Assistente Operacional
C. Esp. Saúde–Corpos Especiais da Saúde
CT – Contrato de trabalho no âmbito do código do trabalho CTFP –Contrato de Trabalho em Funções Públicas
Dir.–Dirigente Superior e Intermédio
Doc./Inv.–Pessoal de Investigação Científica e Docente Ensino Universitário e Politécnico
Educ.Inf. e Doc. DoEns. Bás. eSec.–Educação de Infância e Docente do Ensino Básico e Secundário
Enf. –Enfermeiro
EPE - Entidades Publicas Empresariais
LVCR – Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações (Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro)
Inf.–Informático Méd.–Médico
MS – Ministério da Saúde O. Pessoal – Outro Pessoal P. Insp.–Pessoal de Inspecção P.Serviços – Prestação de Serviços
SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação de desempenho da administração pública
SNS – Serviço Nacional de Saúde
T.D.T.– Pessoal Técnico Diagnóstico e Terapêutica T.S. –Técnico de Superior
T.S.S –Técnico Superior de Saúde ULS –Unidade Local de Saúde
Glossário
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 7 O Balanço Social constitui um instrumento privilegiado de informação e de gestão, que através da consolidação anual dos dados de recursos humanospretende servir de base ao diagnóstico e planeamento das organizações.
Em conformidade com o estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de Outubro, é da responsabilidade da Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS) elaborar o Balanço Social Global do Ministério da Saúde (MS).
A matriz utilizada para a elaboração do citado documento é desenvolvida pela DGAEP (Direcção Geral de Administração e do Emprego Público), no entanto, a ACSS introduziu algumas alterações de forma a adaptá-la à realidade do MS, nomeadamente ao nível das carreiras específicas da saúde.
A referida matriz é divulgada pelas entidades do MS1, que preenchem os dados solicitados recorrendo às aplicações informáticas de recursos humanos (RHV e outras aplicações), complementada por informação proveniente de outras áreas, nomeadamente financeira e de segurança, higiene e saúdeno trabalho. Salientamos desta forma, a importância das entidades registarem rigorosamente a informação dos seus recursos humanos nas aplicações informáticas, para que futuramente a informação seja mais fiável e permita refletir com total exatidão a realidade.
O balanço social contempla os trabalhadores que em 31 de Dezembro de 2011 se encontravam a exercer funções no MScom as seguintes modalidades de vinculação:
nomeação, contratos de trabalho em funções públicas, comissão de serviços, contratos no âmbito do Código do Trabalho e prestação de serviços (tarefas e avenças). Os trabalhadores em mobilidade geral são contabilizados com o vinculo que detêm na entidade de origem. A contabilização dos trabalhadores é feita por empregos2. Estão excluídos deste universo os trabalhadores em regime de acumulação de funções e contratos com empresas em regime de prestação de serviços (empresas de trabalho temporário, outsourcing, sociedades unipessoais e situações equiparadas)3.
O presente documento resulta da recolha, tratamento estatístico e análise dos dados dos balanços sociais das entidades do Ministério.
1Ver Anexo I “ Entidades do MS contempladas no Balanço social 2011”. O Hospital de Cascais (HPP) não enviou os dados dos Balanços Sociais de 2009,2010 e 2011.
2Contabilização por emprego - Os profissionais que exercem actividade em mais do que uma entidade são contabilizados em todas.
3Ver Anexo II “Instruções auxiliares de interpretação de conteúdos”.
Nota Introdutória
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 8
Nota Introdutória
As mudanças estruturais e funcionais em curso na Administração Pública têm influenciado a gestão de recursos humanos no MS, pelo que se torna fundamental apresentar e comparar anualmente os dados destes recursos.
Os dados de recursos humanos apurados resultam da consolidação dos balanços sociais de 68 entidades do MS4. A elaboração do “Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011” possibilitou-nos a apresentação de uma diversidade de indicadores sociais e a sua evolução no triénio 2009 – 2011, conforme a seguir se sumariza.
Em 2011 foram contabilizados no balanço social 128.526 trabalhadores do Ministério da Saúde.
No que respeita à distribuição regional5, a Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo integrava o maior número de trabalhadores (44.722; 34,8%), seguindo- se as regiões de saúde do Norte (43.070; 33,5%), Centro (24.041; 18,7%), Alentejo (6.479; 5,0%) e Algarve (5.463; 4,3%). Em 2011 todas as regiões diminuíram o número de trabalhadores, com a exceção do Alentejo e Algarve, ambas com um aumento pouco significativo de cerca de 0,3%.
No âmbito das entidades do MS, mais de metade dos trabalhadores exercia funções em Estabelecimentos Hospitalares (87.347; 68,0%), seguindo-se os Centros de Saúde (24.307, 18,9%)6e as Unidades Locais de Saúde (ULS) (12.121, 9,4%). No último ano verificou-se um aumento de trabalhadores nas ULS, contrariamente ao que ocorreu nos hospitais e centros de saúde. As entidades da Administração Directa7 e Indirecta8 representavam 3,7% do total de trabalhadores.
4 Ver Anexo I “ Entidades do MS contempladas no Balanço social 2011”. O Hospital de Cascais (HPP) não enviou os dados dos Balanços Sociais de 2009,2010 e 2011.
5A administração Directa e Indirecta não estão contempladas na distribuição regional, atendendo a que podem ter delegações em várias regiões.
6 Nos Centros de Saúde estão contemplados os serviços de âmbito regional das administrações regionais de saúde.
7Administração Directa – Alto Comissariado da Saúde (ACS), Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), Secretaria – Geral do Ministério da Saúde (SG), Direcção – Geral da Saúde (DGS), Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação (ASST).
8Administração Indirecta – Administração Central do Sistema de Saúde, IP (ACSS), Instituto Português do Sangue (IPS), Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP (INFARMED), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
Sumário executivo
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 9 Ao nível da natureza jurídica das entidades, as entidades públicas empresariais (EPE) abrangem a maioria dos trabalhadores (69,1%), seguindo-se o sector público administrativo (28,7%) e por fim as parcerias publico privadas (2,2%).
No que concerne à distribuição dos trabalhadores por carreira/cargo, a carreira de enfermagem é a mais significativa, representando 1/3 do total dos trabalhadores do MS (31,3%). Seguindo-se os assistentes operacionais (21,8%) e os médicos (20,3%).
O pessoal integrado nos corpos especiais (médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde e técnicos de diagnóstico e terapêutica), constituíam cerca de 59% dos trabalhadores do MS.
Em relação às modalidades de vinculação, os trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas têm diminuido ao longo dos últimos 3 anos, sendo que no último ano representavam 66,2% dos contratos, menos 3,4% do que em 2010. Por outro lado, os contratos no âmbito do Código do Trabalho têm sofrido um acréscimo anual, com um peso (no ano 2011) de 31,1 % (39.924 contratos). Salienta-se, ainda, o decréscimo face ao ano 2010 de 14,4% dos trabalhadores em prestação de serviços (tarefas e avenças).
Na distribuição dos trabalhadores por género continua a verificar-se uma predominância do sexo feminino (75,2%).
Em 2011 a idade média fixou-se nos 41,9 anos, ligeiramente superior ao ano de 2010 (41,7 anos).De referir que20,3% dos médicos encontram-se num escalão etário mais elevado (55 aos 59 anos), e 22,6% dos enfermeiros num escalão mais baixo (entre os 25 e os 29 anos), conforme se evidencia no quadro 4 da página 21. A antiguidade média rondou os 14 anos durante o triénio em análise.
De acordo com o que se tem verificado nos últimos anos, em 2011 o nível de escolaridade mais representativo foi a licenciatura, apresentando uma taxa de 49,2%.
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 10
No ano em análise, a taxa média de cobertura9 era de 87,7% o que constitui o valor mais baixo do triénio, justificado pelo saldo negativo das entradas face às saídas.
As taxas gerais de alteração do posicionamento remuneratório e de promoção na carreira foram de 0,22% e 0,31%, respetivamente, sendo que a maioria dos casos existentes correspondem a situações que se reportam ao ano 2010 e efetivaram-se em 2011.
À semelhança do que tem ocorrido nos anos anteriores, em 2011 a modalidade de horário mais praticada é o trabalho por turnos (53.951 trabalhadores; 42,9%). Os profissionais que mais cumprem a referida modalidade são os enfermeiros (28.773 trabalhadores).
O trabalho extraordinário em 2011 (10.424.623 horas) diminuiu cerca de 14%
face ao ano anterior.
A taxa geral absentismo10 era de 10,4%, sendo que 49,3% das ausências foram por motivo de doença e 27,5% por proteção na parentalidade.
Os encargos com pessoal contabilizaram 3.332.546.491,5 euros menos 11,7% do que em 2010. O leque salarial ilíquido foi de 12,2 significando que no MS o profissional com menor remuneração base ilíquida recebe, aproximadamente, menos doze vezes do que o profissional que aufere a maior remuneração base ilíquida.
O número de acidentes registados em 2011 (5.716) diminuiu aproximadamente 11% em relação a 2010.
A taxa geral de participação em ações de formação mantém a tendência de crescimento registada ao longo do triénio,fixando-se nos 110,3% em 2011.
Nesse ano,foram despendidas 1.421.027 horas em formação, com um total de 141.707 participações.
9Taxa média de cobertura= Nº de trabalhadores que entraram X 100 Nº de trabalhadores que sairam
10 Estão incluídas todas as ausências com a excepção das ausências por conta do período de férias.
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 11
Painel de indicadores
11Indicadores 2009 2010 2011
Efectivo global (31 de Dezembro) 130.590 130.256 128.526
Estrutura Profissional
Taxa de trabalhadores com CTFP 70,61 67,67 66,26
Taxa de trabalhadores com CT âmbito do cód.trab 26,33 29,26 31,06
Taxa de prestação de serviços (%) 2,39 2,48 2,15
Taxa de feminização (%) 75,14 75,17 75,22
Taxa de feminização de pessoal dirigente (%) 49,43 49,57 50,70
Taxa de enquadramento (pessoal dirigente) (%) 0,81 0,81 0,72
Taxa de tecnicidade (sentido lato) (%) 60,01 62,98 63,62
Taxa de emprego de pessoal deficiente (%) 2,09 2,05 2,1
Taxa de emprego de pessoal estrangeiro (%) 2,75 2,49 2,26
Estrutura Habilitacional
Taxa de pessoal sem habilitação (%) 0,24 0,26 0,26
Taxa de habilitação básica (%) 23,63 22,47 20,79
Taxa de habilitação secundária (%) 16,66 16,94 17,31
Taxa de habilitação superior (%) 59,47 60,33 61,64
Estrutura Etária e Antiguidade
Nível etário médio (anos) 41,50 41,70 41,89
Taxa de emprego de jovens (%) 3,17 2,39 1,62
Nível de antiguidade média (anos) 13,90 14,21 14,22
Movimentação de efectivos
Taxa de admissão (%) a) 8,26 6,22 6,25
Taxa de saídas (%) a) 7,42 6,76 7,12
Taxa de cobertura (%) 111,34 92,07 87,71
Taxa de rotação (%) a) 87,61 88,31 87,17
Taxa de promoção na carreira (%) 1,57 1,23 0,31
Taxa de alteração de posicionamento remuneratório (%) 0,89 1,02 0,22 Absentismo
Taxa geral de absentismo (%) (b) 9,87 10,86 10,40
Taxa de absentismo por doença (%) 5,14 5,25 5,14
Remuneração
Leque salarial ilíquido 12,23 10,17 12,27
Formação Continua
Taxa geral de participação em acções formação (%) 102,62 107,67 110,26
Taxa de tempo investido em formação (%) 8,42 10,03 7,34
Saúde e Segurança no trabalho Taxa de participação em acções de
formação/sensibilização em matéria de segurança (%) 32,01 18,97 19,04
Taxa de incidência de acidentes (1/1000) 49,67 49,56 44,47
Taxa de saúde ocupacional (%) 54,84 59,55 55,03
Relações de trabalho e disciplina
Taxa de Indisciplina (%) 0,30 0,38 0,43
a)Nos anos 2010 e 2011 não estão incluídas as Prestações de Serviços.
b)Foram excluídas as ausências por conta do período de férias.
11Ver no anexo III – Painel de Indicadores por Tipo de Entidade ( Hospitais, Centros de Saúde, ULS e Organismos da Administração Directa e Indirecta).
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 12
Caracterização Tipo – 2011
O trabalhador-tipo do Ministério da Saúde em 2011 era do sexo feminino, 42 anos de idade, com contrato de trabalho em função pública por tempo indeterminado, integrado na carreira de enfermagem, trabalhando por turnos e com 14 anos de antiguidade. De seguida apresenta-se a caracterização tipo dos recursos humanos da saúde por tipologia de entidade.
Hospitais Centro Saúde Unidade Local de Saúde Administração
directa
Administração
Indirecta
Sexo Feminino Sexo Feminino Sexo Feminino Sexo Feminino Sexo Feminino
41 anosde idade 46 anos de idade 43 anos de idade 47 anos idade 40 anos de idade
CTFP por tempo indeterminado
CTFP por tempo indeterminado
CTFP por tempo indeterminado
CTFP por tempo indeterminado
CTFP por tempo
indeterminado
Enfermagem Enfermagem Enfermagem Assistente Técnico Assistente Técnico
Trabalho por Turnos Horário rigido Trabalho por Turnos Horário Flexível Trabalho por Turnos
13 anos de serviço 18 anos de serviço 15 anos de serviço 22 anos de serviço 11 anos de serviço
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 13
1 –Trabalhadores do Ministério da Saúde
A 31 de Dezembro de 2011, os trabalhadores do Ministério da Saúde totalizavam 128.526 profissionais. Comparativamente com o mesmo período de 2010 verificou-se um decréscimo de 1,3%.
Gráfico 1 – Evolução do n.º de trabalhadores
2 – Trabalhadores por Região
No ano em estudo a distribuição dos trabalhadores por região era a seguinte: a Região de Lisboa e Vale do Tejo registava o maior número de profissionais (44.722; 34,8%), seguindo-se as Regiões Norte (43.070; 33,5%) e Centro (24.041; 18,7%) e por último o Alentejo (6.479; 5,0%) e o Algarve (5.463; 4,3%). A Administração direta e indireta representavam 3,7% do total dos trabalhadores do MS12.
12As entidades da Administração Directa e Indirecta não estão contempladas na distribuição regional, atendendo a que podem ter delegações em várias regiões.
2009 2010
2011 130.590
130.256
128.526
Caracterização dos Trabalhadores
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 14
Gráfico 2 –Trabalhadores do SNS (Região) e Outros Serviços
Conforme se pode verificar no quadro 1, a hierarquia na distribuição dos trabalhadores a nível regional tem-se mantido no último triénio. Em 2011 observou-se umadiminuição de trabalhadores na maioria das regiões com a exceção do Alentejo e Algarve, ambas com um acréscimo de 0,29% e 0,26%, respetivamente. De referir o aumento de 1,2%
no número de trabalhadores da Administração Indireta13.
Quadro 1 – Evolução do n.º de trabalhadores do SNS e Outros Serviços Quadro 1 – Evolução do n.º de trabalhadores do SNS e Outros Serviços
MS 2009 2010 2011
SNS14 125.852 125.527 123.775
Região Norte 42.902 43.426 43.070
Região Centro 24.810 24.445 24.041
Região LVTejo 46.170 45.747 44.722
Região Alentejo 6.492 6.460 6.479
Região Algarve 5.478 5.449 5.463
Outros Serviços 4.738 4.729 4.751
Adm. Directa 397 339 310
Adm. Indirecta 4.341 4390 4.441
Total 130.590 130.256 128.526
13Ver o quadro 1 do anexo V “Trabalhadores do SNS (Região) e Outros Serviços segundo a Carreira/Cargo”
14Contempla os estabelecimentos hospitalares, cuidados de saúde primários (inclui serviços de âmbito regional das ARS) e ULS.
33,5%
18,7%
34,8%
5,0%
4,3%
0,2%
3,5%
3,7%
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Adm. Directa Adm. Indirecta
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 15
3 – Trabalhadores por Tipo de Entidade
No que concerne às entidades do MS,68,0% dos trabalhadores exerciam funções nos estabelecimentos hospitalares,18,9% nos centros de saúde15 e 9,4% nas unidades Locais de Saúde (ULS), o que evidencia, tal como se tem verificado nos últimos anos, uma prestação de cuidados centrada nos cuidados de saúde hospitalares16. As entidades da administração directa e indirecta representavam 3,7% do total de trabalhadores17.
Gráfico 3 – Trabalhadores por tipo de entidade do SNS
O gráfico 4 da página seguinte, permite-nos verificar a evolução do número de trabalhadores das entidades do SNS, salientando-seo acréscimo de profissionais nas Unidades Locais de Saúde (+8,1% de 2010 para 2011), justificado, maioritariamente, pela criação da Unidade Local de Saúde do Nordeste18. Relativamente ao período homólogo, os centros de saúde registaram um decréscimo de 1,1% e os hospitais de 2,7%.
15No triénio 2009-2011 os serviços de âmbito regional das ARS estão contemplados nos centros de saúde.
16Ver o quadro 2 do anexo V “Trabalhadores dos Hospitais, Centros de Saúde e Unidades Locais de Saúde segundo a Carreira/Cargo.
17No âmbito da natureza jurídica das entidades, as entidades públicas empresariais (EPE) contabilizam a maioria dos trabalhadores (69,1%), seguindo-se o sector público administrativo (28,7%) e por fim as parcerias publico privadas (2,2%).
18 No ano 2011, os trabalhadores do ACES Nordeste estão incluídos na ARS Norte, uma vez que, segundo informação da ULS Nordeste e ARS, até à data de realização do BS a informação não se encontrava integrada.
87.347 24.307
12.121
Hospitais Centros de Saúde ULS
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 16
Gráfico 4 – Evolução do n.º de trabalhadores por tipo de entidade
4 – Trabalhadores por Carreira/Cargo
Em 2011 a carreira mais representativa foi a de enfermagem com 40.283 profissionais, cerca de 1/3 do total dos trabalhadores do MS. Logo a seguir posicionam-se os assistentes operacionais (28.063) e os médicos (26.136).
Os corpos especiais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde e técnicos de diagnóstico e terapêutica) constituíam cerca de 59% dos profissionais do SNS.
Quadro 2 – Trabalhadores por carreira/cargo
Carreira / Cargo N.º P.Serviços c) Total
Corpos Especiais de Saúde 73.636 2.563 76.199
Médico 24.074 2.062 26.136
Enfermeiro 39.940 343 40.283
Técnico Superior de Saúde 1.774 7 1.781
Téc. Diagnóstico e Terapêutica 7.848 151 7.999
Dirigente a) 927 4 931
Técnico Superior 3.646 120 3.766
Informático 649 6 655
Pessoal de Investigação Científica/Docente 70 1 71
Educ.Infância e Doc. doEns. Básico e Secundário 101 101
Pessoal de Inspecção 50 50
Assistente Técnico 17.760 12 17.772
Assistente Operacional 28.049 14 28.063
Outro Pessoal b) 873 45 918
Total 125.761 2.765 128.526
a) Inclui os dirigentes superiores e intermédios
b) Considera o total de efectivos inseridos em outras carreiras ou grupos (Eclesiástico,pessoal de inspecção…)
c) Inclui tarefas e avenças.
90.007 89.733 87.347
25.885 24.581 24.307
9.960 11.213 12.121
2009 2010 2011
Hospitais Centros de Saúde ULS
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 17 De seguida apresentamos o gráfico evolutivo do número de trabalhadores por carreira/cargo, verificando-se que em 2011 apenas as carreiras médica e técnico superior viram aumentadas o seu n.º de trabalhadores, em cerca de 2,5% e 0,6%, respetivamente.
Sendo de referir que as prestações de serviço não se encontram detalhadas, uma vez que, no ano 2009 a matriz do BS não permitia essa diferenciação. Salienta-se porém, que a maioria dos trabalhadores nesta situação são médicos (76% em 2010 e 75% em 2011).
Gráfico 5 – Evolução do n.º de trabalhadores por carreira/cargo
Méd Enf TSS TDT Dir TS Inf AsTéc As Op. O.Pes. P.Serv.
2009 23.266 39.951 1.889 7.834 1.060 3.479 659 18.794 29.542 997 3.119
2010 23.492 40.099 1.797 7.931 1.051 3.625 663 18.362 28.950 1.057 3.229
2011 24.074 39.940 1.774 7.848 927 3.646 649 17.760 28.049 1.094 2.765
Méd 75%
Enf 12%
TDT 5%
Out 8%
Méd Enf 76%
10%
TDT 6%
Out 8%
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 18
5 – Trabalhadores Segundo o Género
No ano em análise 75,2% dos trabalhadores do MS eram mulheres, enquanto que os homens representavam, apenas, 24,7%.
Gráfico 6 – Distribuição dos trabalhadores por género
Durante o triénio (2009 – 2011) a taxa global de feminização tem-se mantido, aproximadamente, nos 75%.
Gráfico 7 – Evolução da taxa de feminização (%)
96.680;
75,22%
31.846;
24,77%
Mulheres Homens
75,1 75,2 75,2
2009 2010 2011
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 19
6 – Trabalhadores por Modalidade de Vinculação
19Conforme se pode constatar no gráfico 8, a modalidade de vinculação com mais expressão é o contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado (58,1%, 74.666 trabalhadores), seguindo-se o contrato de trabalho por tempo indeterminado no âmbito do código do trabalho (26,1%, 33.566 trabalhadores).
Em termos de durabilidade contratual (CTFP e ao abrigo do código de trabalho) constatamos que 84,2% dos trabalhadores são contratados por tempo indeterminadoe 13,1% a termo.
Os contratos de prestação de serviços contabilizavam 2.765 trabalhadores, sendo que cerca de 75% são médicos (2.062 trabalhadores).
Gráfico 8 – Trabalhadores por modalidade de vinculação
19 Os trabalhadores provenientes de outros serviços em situação de cedência de interesse público ou mobilidade interna foram contabilizados de acordo com a modalidade de vinculação à Administração Pública.
58,1%
26,1%
8,2%
4,9%
2,2% 0,5% 0,04%
CTFP t.
ind. CT T.ind. CTFP
termo CT termo P.Serviços Com. de Serviço Nom.
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 20 Em termos evolutivos salienta-se o acréscimo, face a 2010, de 6,2% dos contratos de trabalho no âmbito do código do trabalho por tempo indeterminados o que evidencia, mais uma vez, o aumento do número de entidades EPE (Entidades Publicas Empresariais).Por outro lado, os trabalhadores com CTFP têm vindo a diminuir nos últimos três anos, sendo que em 2011 tiveram uma diminuição, em relação ao ano anterior, de 3,2%. De referir ainda, o decréscimo no ano em análise, face ao ano 2010, de 14,4% dos trabalhadores em prestação de serviços.
Quadro 3 – Evolução dos Trabalhadores por modalidade de vinculação
Ano 2009 2010 2011 Variação %
(2011/2010)
Nomeação 53 47 47 0,0
CTFP t.indeterminado 79.960 77.127 74.666 -3,2
CTFP a termo 12.247 11.014 10.493 -4,7
Comissão de Serviços a) 822 729 631 -13,4
CT T. indeterminado 27.078 31.603 33.566 6,2
CT termo 7.311 6.507 6.358 -2,3
P.Serviços b) 3.119 3.229 2.765 -14,4
Total 130.590 130.256 128.526 a) Inclui as comissões de serviço no âmbito da LVCR e do código de trabalho.
b) Inclui tarefas e avenças.
7– Estrutura Etária e Nível de Antiguidade
No que concerne à estrutura etária, o escalão etário entre os 30 e os 34 anos contempla o maior número de trabalhadores, cerca de 15% (19.309). O escalão compreendido entre os 35 e os 39 anos não se distância significativamente do anterior, representando cerca de 14% dos profissionais.
Os trabalhadores mais jovens, com idade inferior ou iguala 24 anos, constituem cerca de 1,6% dos trabalhadores (2.083).
Salienta-se, ainda, o facto de 4,5% (5.801profissionais) terem idade igual ou superior a 60 anos, este valor representa um aumento de 4,6 % face ao ano transacto.
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 21
Gráfico 9 – Pirâmide etária dos trabalhadores
Através da análise dos escalões etários com mais profissionais, constatamos que na carreira médica, 20,3% dos médicos encontravam-se num escalão etário mais elevado (entre os 55 e os 59 anos). Por outro lado, a carreira de enfermagem tem a sua prevalência num escalão mais jovem (entre os 25 e os 29 anos). As médias etárias mais elevadas situam-se nos dirigentes (48 anos), assistentes operacionais (45,7%), pessoal de inspeção (44,4). Ao nível dos corpos especiais da saúde, importa salientar que os médicos apresentam a média etária mais elevada (44,3 anos).
Quadro 4 – Escalões etários predominantes e média etária por Cargo/Carreira
Cargo/Carreira
Escalão Etário Predominante
(anos) c)
Média Etária
Escalão %
Médico 55-59 20,3 44,3
Enfermeiro 25-29 22,6 37,7
Técnico Superior de Saúde 35-39 22,1 42,2
Téc. Diagnóstico e Terapêutica 25-29 19 39
Dirigente a) 55-59 20,2 48,2
Técnico Superior 35-39 24,8 40,5
Informático 40-44 19,7 41,4
Pessoal de Investigação Científica/Docente 40-44 25,7 45,4 Educ.Infância e Doc. doEns. Básico e Secundário 50-54 32,7 45,6
Pessoal de Inspecção 45-49 26 44,4
Assistente Técnico 35-39 18,1 44,2
Assistente Operacional 50-54 18,5 45,7
Outro Pessoal b) 30-34 33,9 33,2
a) Inclui os dirigentes superiores e intermédios.
b) Considera o total de efectivos inseridos em outras carreiras ou grupos (Eclesiástico,pessoal deinspecção…) c) Os prestadores de serviços não estão contemplados, atendendo a que os escalões etários dos trabalhadores com essa modalidade de vinculação não estão detalhados por carreira/cargo.
9 561 4.341 4.904
4.101 3.448 3.701 4.078 4.641
1.679 330
53
11 1.502
13.848 14.405 14.410 12.964
13.253 12.188 10.360 3.301
432 6
<20 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69
>70
Mulheres Homens
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 22 Em 2011, a idade média dos trabalhadores é de 41,9 anos, o que representa uma ligeira subida face a 2010.
Quadro 5 – Evolução da idade média dos trabalhadores
Anos
Idade Média 2009 41,5 2010 41,7 2011 41,9
No que respeita à antiguidade, tal como nos anos anteriores, uma parte significativa dos efectivos tinha menos de 5 anos de serviço (28.421; 22,6%).
Os trabalhadores com 35 ou mais anos de serviço representavam 6,7% dos profissionais (8.431 profissionais).
Gráfico 10 – Antiguidade dos trabalhadores
7.429 6.269
4.122 3.060
2.299 2.632 2.599 1.499
607
20.982 21.319 15.345 11.790 7.707 6.415 5.320 4.554 1.721
< 5 5-9 10-14 15-19 20-24
25-29 30-34 35-39
>=40
Mulheres Homens
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 23 A antiguidade média rondou os 14 anos durante o último triénio, fixando-se em 14,2 anos no último ano.
Quadro 6 – Evolução da antiguidade média dos trabalhadores
Anos Antiguidade Média
2009 13,9
2010 14,2
2011 14,2
8 – Estrutura Habilitacional
À semelhança dos anos anteriores, em 2011 o nível de escolaridade mais representativo é a licenciatura com 49,2% dos trabalhadores, seguindo-se o 12.º ano ou equivalente e o bacharelato com 13,7% e 10,4%, respectivamente.
O gráfico seguinte permite-nos constatar que 61,6% dos trabalhadores detêm um curso superior ou mais habilitações20, sendo que cerca de 73% são mulheres.
Gráfico 11 –Trabalhadores por nível de escolaridade segundo o género
20Inclui o bacharelato, licenciatura, mestrado e doutoramento
< 4
anos 4 anos 6 anos/e
q.
9.º ano/eq. 11.º
ano 12.º
ano/eq.Bach. Lic. Mest. Dout.
Mulheres 287 5.775 5.771 9.422 3.735 13.802 10.938 45.254 1.569 127 Homens 52 1.419 1.642 2.690 894 3.818 2.441 18.017 707 166
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 24 A evolução do nível de escolaridade dos trabalhadores que se apresenta no gráfico 12, permite-nos confirmar a tendência de crescimento dos trabalhadores com curso superior ou mais, verificando-se em 2011 um ligeiro aumento de 0,8% em relação a 2010. Os níveis habilitacionais mais baixos (menor ou igual a 6 anos e 9º ano), registaram uma dimunuição de 10,1% e 6,7%, respetivamente.
Gráfico 12 – Evolução do n.º de trabalhadores por nível de escolaridade
* Inclui o bacharelato, licenciatura, mestrado e doutoramento
9 – Movimentação dos trabalhadores
9.1 – Entradas e Saídas
21De Janeiro a Dezembro de 2011, registaram-se 8.030 entradas22, sendo que a maioria ocorreram nos hospitais, cerca de 74%. Os motivos de entrada predominantes foram os procedimentos concursais (14,4%) e outras situações (69,8%). De referir que os hospitais EPE23 registaram as entradas resultantes dos seus processos de recrutamento em “outras situações”, justificando-se desta forma o número elevado de entradas nesse campo.
Os grupos profissionais que registaram mais entradas foram os médicos (3.401) e os enfermeiros (1.806).
21 Ver o quadro 4 e 5 do anexo V – Entradas e Saídas por Tipo de Entidade Segundo Carreira/Cargo
22Nas entradas estão incluídas os trabalhadores admitidos e regressados. Por uma questão de uniformidade de critérios os prestadores de serviços não foram contemplados, atendendo a que essa modalidade de vinculação está incluída nas saídas.
23Os hospitais EPE têm processos de recrutamento em substituição dos procedimentos concursais (Portaria n.º 83- A/2009, de 22 de Janeiro).
2009 2010 2011
<= 6 anos 17.764 16.634 14.946
9º ano 13.403 12.975 12.112
11º e 12 anos 21.759 22.059 22.249
Curso Superior ou mais* 77.664 78.588 79.219
0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 25 No ano em análise saíram 9.155 profissionais24 do MS, sendo que cerca de 69%
ocorreram nos hospitais. O motivo de saída com mais expressão foi a aposentação, constituindo cerca de 35,3% dos casos.
Os médicos (2.803), assistentes operacionais (2.176) e enfermeiros (2.017), foram os grupos profissionais com mais saídas.
Desta forma podemos constatar que em 2011 o saldo entre as entradas e saídas foi negativo, reflectindo-se na diminuição do número de trabalhadores.
Gráfico 13 – Entradas e saídas em 2011
9.2 –Mudanças de Situação
O gráfico 14 permite-nos constatar que os procedimentos concursais assumem uma posição de destaque na mudança de situação do trabalhador (1.603; 69,2%),sendo que a carreira médica registouo maior número de casos (588).
Aalteração do posicionamento remuneratório obrigatória25 e as promoções, representaram no total de mudanças de situação, cerca 12% e 17%, respetivamente.
Importa referir que a maioria das situações dizem respeito a trabalhadores que em 2010 já reunião condições, no entanto, a mudança de situação só foi concretizada em 2011.
24 Saídas definitivas e com hipótese de regresso (exemplo de saída com hipótese de regresso:licenças sem vencimento)
25Artigos 46º, 47º e 48º da Lei 12-A/2008, de 12 de Fevereiro.
2011
Entradas Saídas Evol. Trab
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 26
Gráfico 14 –Mudanças de situação
10 – Modalidade de Horário de Trabalho
À semelhança dos anos anteriores, e como se pode verificar no quadro seguinte, em 2011 a modalidade de horário mais praticadaé o trabalho por turnos (53.951 trabalhadores; 42,9%), sendo que os profissionais que mais cumprem a referida modalidade são os enfermeiros (28.773 trabalhadores)26. Segue-se o horário rígido (37.766), onde os assistentes técnicos ocupam um lugar de destaque (10.970).
Gráfico 15 – Distribuição dos trabalhadores por modalidade de horário
26Ver o quadro 7 do anexo V “Trabalhadores por tipo de Entidade e Modalidade de Horário Segundo a Carreira/Cargo”
398
279 1.603
36 Promoções
Alt. do posiciona/to rem
Proc. Concursal Consolidação da mob. na cat.
Trabalho por turnos
Rígido Outro Flexível Jornada contínua
Isenção de horário 53.951
37.766
15.596
9.701
7.502
1.245
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 27 No período de 2009 a 2011, o trabalho por turnos e o horário rígido mantêm a posição mais relevante no que respeita à modalidade de horário, destacando-se o acréscimo do n.º de trabalhadores por turnos (ver quadro da página seguinte).
Gráfico 16 – Evolução das modalidades de horário de trabalho
11 – Periodo Normal de Trabalho
27Relativamente ao período normal de trabalho (PNT), mais de metade dos trabalhadores (66,2%) detém um horário completo de 35 horas. Os médicos28 e enfermeiros detêm o maior peso relativamente ao PNT de tempo completo 42 horas, com 63,3% e 21,2%, respetivamente. No que respeita ao tempo parcial, cerca de 63%
dos profissionais com este tipo de horário são médicos.
27Período normal de trabalho: número de horas de trabalho semanal em vigor na entidade pública para a respetiva categoria profissional, fixado ou autorizado por lei ou fixado no Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho ou no Contrato de Trabalho, período para além do qual o trabalho é pago como extraordinário/suplementar. Na mesma entidade pode haver diferentes períodos normais de trabalho.
28Ver anexo V quadro 8 (N.º de médicos segundo o período normal de trabalho por tipologia de instituição – hospitais, centros de saúde, unidades locais de saúde ) e quadro 9 (Evolução do n.º de médico segundo o regime e horário de trabalho – evolução 2010-2011).
2009 2010 2011
31,8% 31,3% 30,0%
5,3% 5,3% 6,0%
41,6% 41,8% 42,9%
21,3% 21,6% 21,1%
Horário Rígido Jornada Contínua Trabalho por Turnos Outro
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 28
Gráfico 17 – Distribuição de trabalhadores por período normal de trabalho
12 – Trabalho Extraordinário
Em 2011 foram contabilizadas 10.424.623 horas extraordinárias, das quais 32,0%
foram diurnas e 27,0% noturnas. As restantes horas extraordinárias (dias de descanso semanal obrigatório, complementar e em dias feriados) representaram 40,8%, destacando-se as horas extraordinárias em dias de descanso semanal obrigatório que tiveram um peso de 27,6 % no total de horas.
Gráfico 18 – Horas de trabalho extraordinário praticadas pelos trabalhadores
Tempo Completo
35h
Tempo Completo
42h
Tempo Completo
40h
Tempo Parcial 17h30
Tempo Parcial 20
h
Tempo Parcial outras situações 83.249
10.868
30.049
116 231 1.248
Extraordinário diurno
Extraordinário nocturno
Dias de descanso sem.
Obrigatório
Dias de descanso sem.
complementar
Trabalho em dias feriados 3.344.513
2.819.127
2.883.668
1.005.688
371.627 Méd.
63,3%
Enf.
21,2%
T.S.S.
0,7%
T.D.T.
3,6% Outros 11,2%
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 29 Ao nível dos grupos profissionais, em 2011, os médicos efetuaram mais de metade das horas extraordinárias registadas (6.035.695,8 horas; 57,9%), seguindo-se os enfermeiros (1.694.254 horas; 16,3%) e os assistentes operacionais (1.224.823,5 horas, 11,7%). No ano em estudo, verificou-se uma diminuição do n.º de horas extraordinárias na generalidade dos grupos profissionais, conforme se pode verificar no quadro seguinte.
Quadro 7 – Evolução do nº de horas extraordinárias por carreira/cargo
Carreira / Cargo 2009 2010 2011 Var % (2011 /2010)
Médico 5.752.185 6.101.574 6.035.696 -1,1
Enfermeiro 2.872.669 2.508.908 1.694.254 -32,5
Técnico Superior de Saúde 238.648 129.550 117.560 -9,3 Téc. Diagnóstico e Terapêutica 485.726 448.504 375.105 -16,4
Dirigente 8.255 6.041 7.389 22,3
Técnico Superior 70.757 76.360 65.197 -14,6
Informático 34.373 26.653 26.604 -0,2
Assistente Técnico 960.249 812.989 716.615 -11,9
Assistente Operacional 2.041.595 1.709.727 1.224.824 -28,4
Outro Pessoal b) 165.639 241.570 161.381 -33,2
Total 12.630.096 12.061.876 10.424.623 -13,6
b) Considera o total de efectivos inseridos em outras carreiras ou grupos não contemplados no quadro (Eclesiástico,pessoal de inspecção…).
No gráfico 18, podemos observar a evolução do número de horas extraordinárias, apresentando no último ano um decréscimo de 14% em relação a 2010.
Gráfico 19 – Evolução do número de horas de trabalho extraordinário
2009 2010 2011
12.630.096 12.061.876
10.424.623
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 30
13 – Absentismo
O total de ausências ao trabalho em 2011 é de 2.882.700 dias distribuídos por vários motivos de ausência apresentados no quadro 7. A distribuição das ausências é semelhante aos anos anteriores, continuando a doença a ser o motivo mais representativo (49,3%).
Quadro 8 – Dias de ausência ao trabalho por motivo
Motivo de Ausência N.º de
dias %
Casamento 29.424 1,0
Protecção na parentalidade 792.168 27,5 Doença 1.421.414 49,3 Assistência a familiares 57949 2,0
Greve 23528 0,8
Outros 558.217 19,4
Total 2.882.700 100,0
No que respeita à taxa geral de absentismo, o ano 2011 apresenta uma taxa de 10,4%, o que representa uma ligeiradiminuição em relação ao ano transato. .
Gráfico 20 – Evolução da Taxa Geral de Absentismo
29
29 Exclui as ausências por conta do período de férias e a nível de modalidades de vinculação não contempla as prestações de serviço.
9,9
10,9 10,4
2009 2010 2011
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 31 No quadro que se apresenta de seguida, podemos constatar que ao nível dos grupos profissionais, a taxa geral de absentismo aumentou nos médicos, técnicos superiores de saúde, técnicos superiores e assistentes técnicos.
Quadro 9 – Evolução da taxa geral de absentismo por carreira/cargo
Carreira/cargo 2009 2010 2011
Corpos Especiais de Saúde 9,0% 10,4% 9,9%
Médico 9,4% 9,9% 10,1%
Enfermeiro 8,8% 11,0% 9,8%
Técnico Superior de Saúde 13,1% 11,2% 12,5%
Téc. Diagnóstico e Terapêutica 7,8% 8,9% 8,6%
Dirigente a) 4,1% 3,9% 3,8%
Técnico Superior 8,3% 8,9% 9,2%
Informático 6,1% 5,7% 5,2%
Docente/Investigação b) 10,1% 13,7% 11,5%
Assistente Técnico 9,7% 9,9% 10,1%
Assistente Operacional 12,6% 13,3% 12,7%
Total 9,9% 10,9% 10,4%
a) Inclui dirigentes superiores e intermédios.
b) Inclui o Pessoal de Investigação Científica, Doc. Ens. Universitário, Doc. Ens. Sup. Politécnico
14 – Remunerações e Encargos
A análise da estrutura remuneratória dos trabalhadores do MS, permite-nos constatar que cerca de 35% aufere uma remuneração igual ou inferiora 1000 €, sendo que essa percentagem sobe para 81% quando consideradas todas as remunerações iguais ou inferiores a 2000 €.
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 32
Quadro 10 – Distribuição da estrutura remuneratória por género
Inclui a remuneração mensal base ilíquida mais suplementos regulares e/ou adicionais/diferenciais remuneratórios de natureza permanente.
Não estão contempladas as prestações sociais, subsídio de refeição e outros benefícios sociais.
Em 2011 foram gastos 3.332.546.491,5 € com o pessoal, sendo que 73,2%
corresponde à remuneração base, 18,03% aos suplementos remuneratórios e os restantes encargos representavam 8,8%.
Género / Escalão de remunerações
Masculino Feminino Total
N.º %
Até 500 € 1.605 6.412 8.017 6,4%
501-1000 € 8.035 28.341 36.376 28,9%
1001-1250 € 5.026 21.617 26.643 21,2%
1251-1500 € 2.718 12.332 15.050 12,0%
1501-1750 € 1.931 5.940 7.871 6,3%
1751-2000€ 2.341 5.908 8.249 6,6%
2001-2250 € 1.204 2.907 4.111 3,3%
2251-2500 € 751 1.249 2.000 1,6%
2501-2750 € 1.540 2.299 3.839 3,1%
2751-3000 € 1.107 1.086 2.193 1,7%
3001-3250 € 512 801 1.313 1,0%
3251-3500 € 399 701 1.100 0,9%
3501-3750 € 359 756 1.115 0,9%
3751-4000 € 262 531 793 0,6%
4001-4250 € 362 756 1.118 0,9%
4251-4500 € 179 260 439 0,3%
4501-4750 € 366 618 984 0,8%
4751-5000 € 600 968 1.568 1,2%
5001-5250 € 420 801 1.221 1,0%
5251-5500 € 131 164 295 0,2%
5501-5750 € 181 162 343 0,3%
5751-6000 € 56 67 123 0,10%
Mais de 6000 € 431 569 1.000 0,8%
Total 30.516 95.245 125.761 100%
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 33 A nível de suplementos remuneratórios cerca de 42,5% dos encargos (255.335.941,3€) dizem respeito a horas extraordinárias, sendo que a grande maioria (82,2%; 209.890.782,6€), pertence à carreira médica.
O leque salarial ilíquido30 fixou-se nos 12,3 significando que no MS o profissional com menor remuneração base ilíquida recebe, aproximadamente, menos doze vezes do que o profissional que aufere a maior remuneração base ilíquida.
Quadro 11 – Total dos encargos com pessoal durante o ano
Encargos com pessoal Total (€)
Remuneração base (*) 2.438.926.858
Suplementos remuneratórios 601.066.218
Prémios de desempenho 6.573.708
Prestações sociais 136.554.687
Benefícios sociais 1.195.140
Outros encargos
com pessoal 148.229.881,3
Total 3.332.546.492
Leque Salarial iliquido 12,3
(*)Inclui subsídios de férias e natal
Em termos comparativos, no ano 2011, os encargos com pessoal diminuíram 11,7%
face a 2010.
Gráfico 21 – Evolução dos encargos com pessoal
30 Leque salarial ilíquido= Maior remuneração base ilíquida666 Menor remuneração base ilíquida
3.322.599.655
€
3.774.508.538
€ 3.332.546.492
€
2009 2010 2011
Balanço Social Global do Ministério da Saúde – 2011 34
15 – Higiene e Segurança no Trabalho
Durante o ano de 2011 ocorreram 5.716 acidentes, dos quais em 3.617 não resultaram dias perdidos e em 2.098 perderam-se 68.998 dias por motivo de baixa, tendo ocorrido um óbito nesse ano.
Quadro 12 – Acidentes de trabalho e número de dias perdidos
Local Trabalho In
Itenere Total
Acidentes sem baixa 3.490 127 3.617
Acidentes com baixa 1.819 279 2.098
Acidentes mortais 1 0 1
Total 5.310 406 5.716
Nº de dias de trabalho perdidos (2011) 58.563 10.435 68.998 Nº de dias de trabalho perdidos (anos
anteriores) 18.709 3.295 22.004
Do ponto de vista evolutivo, o n.º de acidentes em 2011 diminuiu em relação a 2010 (menos 739 acidentes; -11,4%), acompanhado, também pela diminuição do n.º de dias perdidos (- 12.784 dias,-15,6%).
Gráfico 22 – Evolução do n.º de acidentes de trabalho e dias perdidos
6.486 6.455 5.716
83.715 81.782
68.998
2009 2010 2011
N.º de acidentes N.º dias perdidos