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FAMÍLIA E COMUNICAÇÃO

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Academic year: 2021

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FAMÍLIA E COMUNICAÇÃO

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FAMÍLIA E COMUNICAÇÃO

 PRINCIPAL QUEIXA QUE LEVA AS PESSOAS A BUSCAREM TERAPIA DE CASAL OU FAMÍLIA É A DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO.

Ex:

 Indivíduos que não se sentem ouvidos ou entendidos;

 Que não conseguem expressar seus sentimentos ou desejos;

 Que se submetem ou violentam por causa da comunicação;

 Que se pautam mais pelo que não é dito;

 Que não confiam nas palavras.

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BREVE HISTÓRICO

1948 – Norbert Wierner (engenheiro) – Objetivo – otimizar o lançamento de bombas para o exército americano – livro Cybernetics

Esquema de comunicação

Emissor (E) envia uma mensagem (M) para um receptor (R) por um canal (C) – Sistema retroativo pelo feedback.

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BREVE HISTÓRICO

1949 – SHANNON (funcionário de empresa de telefonia – aluno de Wierner – cria outro esquema de comunicação:

Uma fonte de informação (FI) produz uma mensagem que o emissor (E) transforma em sinais e, por meio de um canal (C) é enviado ao receptor (R) que a manda a um destino (D).

Existência de ruídos no canal que pode piorar a comunicação (noção de ruídos na comunicação);

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BREVE HISTÓRICO

1960 – JAKOBSON – Linguista – outro esquema de comunicação:

Emissor (E) envia uma mensagem mediante um código a um receptor (R) dentro de um contexto e por meio de um contato.

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MODELO DE CERVENY

Um Emissor (E) envia uma mensagem (M) a um receptor (R) por meio de um canal (C) havendo um Feedback (FB).

Quando a mensagem vai do E para o R ocorrem os obstáculos no nível do emissor (OE), que são constituídos pelos seus valores, julgamentos, crenças, experiências anteriores, estados emocionais etc... Que fazem com que a mensagem seja diferente da qual se pretendia transmitir.

Quando R recebe M, essa passa pelos obstáculos no nível do receptor (OR), que fazem que ela também seja recebida de uma forma particular (Leva-se em consideração o contexto).

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BREVE HISTÓRICO

1951 – Publicação de Bateson sobre comunicação

 Proposta Conceituar os fatos interpessoais considerando o indivíduo dentro da estrutura de uma situação social.

 Paciente psiquiátrico só pode ser entendido na matriz social, ou seja, no sistema formado pelo médico e paciente, dentro de um sistema maior, o científico, veiculando todos os sistemas.

 Além disso, todo o corpo é um emissor e receptor da comunicação.

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PREMISSAS DA COMUNICAÇÃO

1) Não se pode não se comunicar:

O comportamento não tem oposto e não existe um “não-comportamento”.

Se todo comportamento na situação interacional tem o valor de mensagem, acredita- se que o indivíduo não pode não comunicar.

2) Toda comunicação tem um aspecto de conteúdo e um de relação tal que o segundo classifica o primeiro:

Uma comunicação não só transmite informação, mas, ao mesmo tempo, impõe um comportamento.

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PREMISSAS DA COMUNICAÇÃO

3)A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências de eventos entre os comunicantes.

Quando em uma família perguntamos algo a um filho e este olha imediatamente para a mãe ou quando pedimos algo para a mãe e ela olha para o marido, estamos diante de sequências que muitas vezes não são percebidas pelas pessoas que estão se comunicando.

Classificação de sequências

S1 – Padrões de interação que durariam de segundos até uma hora.

S2 – Sequências que se dão de um dia até uma semana (ex: planejamento de fim de semana).

S3 – Sequências que variam de algumas semanas até um ano (planejamento de natal e ano novo).

S4 – Sequencias que acontecem de geração em geração.

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PREMISSAS DA COMUNICAÇÃO

4) Os indivíduos se comunicam de maneira digital e analógica:

 Comunicação verbal (digital)

 Comunicação não-verbal (analógico) – mais do que simplesmente o corporal, pois abrange tom de voz, inflexões, expressões faciais, posturas, gestos, vestuários...

 Incoerência entre essas comunicações - Muito explorada no tratamento

com esquizofrênicos.

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PREMISSAS DA COMUNICAÇÃO

5) Todas as permutas comunicacionais são simétricas ou complementares, se baseiam na igualdade ou na diferença:

Se um indivíduo reflete o comportamento do outro, a interação é simétrica, e se complementa o comportamento do outro, a interação é complementar.

ESCALADA SIMÉTRICA – PATOLOGIA – muito comum em famílias e casais – Competitividade na relação simétrica – alguém diz algo que é rebatido por seu interlocutor, que por sua vez aciona outra resposta que vai aumentando de intensidade, e atinge níveis de grande conflito. A

escalada só termina quando um dos interlocutores interrompe a sequência.

Desgasta a relação e pode tornar-se um modelo de interação frequente.

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

 OBSTÁCULOS ENTRE E e R – abrangem uma série de ruídos na comunicação:

 1) OUVIMOS AQUILO QUEREMOS OUVIR E NÃO O QUE ESTÁ SENDO DITO

Comum nos casamentos – quando qualquer queixa é ouvida como “vamos nos separar”.

Queixas dos filhos podem ser ouvidas de várias maneiras, dependendo do

contexto e do contato dos pais com eles.

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

2) TENDÊNCIA A IGNORAR INFORMAÇÕES QUE ENTRAM EM CONFLITO COM AS NOSSAS CRENÇAS, VALORES, OPINIÕES E PRECONDIÇÕES.

 Qualquer mudança pode ocasionar desestabilização quando não há

flexibilidade (Princípio da homeostase)

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

 3) QUANDO NOS COMUNICAMOS, NÃO ESTAMOS ISENTOS DE AVALIAR A FONTE DE ONDE VEM A MENSAGEM E PARA QUEM VAI TRANSMITIR:

 “Não adianta falar com fulano que ele não vai entender mesmo”

 Família com filhos – sempre sabem avaliar a fonte comunicadora quando se trata de obedecer ordens (promessas que nunca se cumprem,

segredos que não são guardados).

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

 4) UM MESMO FATO PODE COMUNICAR COISAS DIFERENTES PARA DIFERENTES PESSOAS

 Ver um membro da família sorrir, cantar, chorar pode ter significados diferentes para os membros da família.

 5) AS MESMAS PALAVRAS PODEM TER SIGNIFICADOS DIFERENTES PARA AS PESSOAS.

 Palavra “logo” – alguns minutos, algumas horas ou dias dependendo de quem a diz.

 “Assim que você puder” dita da esposa para o marido: pode significar

quanto mais depressa melhor.

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

 6) ENVIAMOS E RECEBEMOS MENSAGENS QUE SÃO PARADOXAIS E CONTRADITÓRIAS

Filhos que denunciam esta contradição: “Decidam se eu sou criança ou mocinha, porque para ajudar em casa já sou uma moça, e pra ficar com meus amigos brincando no salão do prédio sou criança.

 7) TEMOS LINGUAGENS ESPECIALIZADAS QUE TORNAM NOSSOS QUADROS DE REFERÊNCIAS DESIGUAIS.

 Linguagens diferentes (gírias, internet, mídias) – percepção de tais

diferenças para nos ajustarmos à comunicação.

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

 8) COMUNICAÇÃO VERBAL INCOERENTE COM A NÃO VERBAL

Às vezes ouvimos um “benzinho” sair de um rosto demonstrando raiva de um membro do casal para o outro.

 9) NÃO PERCEBEMOS O MOMENTO OPORTUNO PARA FALAR OU CALAR

Quando não prestamos atenção no nível do contexto ou do contato da hora mais apropriada de falarmos ou nos calarmos

(notícias que são anunciadas para as famílias quando muitos membros já tinham conhecimento por outras vias ou notícias que são prematuras demais e podem causar ruídos na comunicação).

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RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO

 10) SOMOS MAIS ESPECIALISTAS NAS COMUNICAÇÕES DOS OUTROS DO QUE NAS NOSSAS:

Somos mais experts em reconhecer falhas na comunicação das pessoas que nos cercam do que na nossa;

“Já sei o que ele (ela) quer dizer com isso” – atitude que leva a outros

obstáculos, como não ouvir o que está sendo realmente dito, avaliar a

fonte, e assim por diante.

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SUPERAÇÃO DOS OBSTÁCULOS

Utilizar o feedback para saber se nossas mensagens estão sendo adequadamente recebidas ou não;

Conhecer, quando possível, os significados simbólicos de a lgumas comunicações que usamos;

Procurar identificar nossos preconceitos;

Fazer ajustamentos à comunicação de nossos E e R, respeitando os diferentes contextos;

Evitar comunicações trianguladas e paralelas;

Treinar a nossa capacidade de ouvir – geralmente somos mais estimulados a ser emissores do que receptores.

Referências

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