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ANÁLISE DO PARASITISMO EM ANIMAIS SILVESTRES DO BIOMA MATA ATLÂNTICA UTILIZADA COMO CARNE DE CAÇA

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ANDRÉ CAMPOS SANTANA Biólogo, Especialista em Meio Ambiente, analista de parasitologia do Laboratório de Biologia Parasitologia Mamíferos Silvestres (LBPMS) de Manguinhos - FIOCRUZ-RJ.

Laboratório de Pesquisas em Biologia do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UNISUAM Grupo CNPq – AQUISUAM asantana@ioc.fiocruz.br JOSÉ TEIXEIRA DE SEIXAS FILHO Biólogo, Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta.

Laboratório de Pesquisas em Biologia do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UNISUAM Grupo CNPq – AQUISUAM Rio de Janeiro - RJ seixasfilho@yahoo.com.br

ANÁLISE DO PARASITISMO EM ANIMAIS SILVESTRES DO BIOMA MATA ATLÂNTICA UTILIZADA COMO CARNE DE CAÇA

ANALYSIS OF PARASITISM IN WILD ANIMALS OF THE ATLANTIC RAINFOR- EST BIOME USED AS HUNTING MEAT

RESUMO

Apesar de negligenciadas, as doenças pa- rasitárias afetam a saúde de grande parcela da população mundial, infectando milhões de pes- soas a cada ano. Apesar do enorme impacto no custo social, existe em geral uma falta de infor- mação sobre de onde vêm esses parasitos, prin- cipalmente em relação à segurança do alimen- to. A população carece de programas e políticas públicas governamentais satisfatórias para con- trole de entrada destas enfermidades. Torna-se necessária a realização de pesquisas para enten- der e debelar as vias de transmissão de parasitos de origem alimentar, que podem ser transmiti- das através da ingestão de alimentos frescos ou transformados, que foram contaminados desde a origem, no ambiente. Pelo exposto, o presen- te trabalho teve por objetivo rever na literatura o acompanhamento das pesquisas a infestação e infecção parasitárias nos principais animais silvestres da Mata Atlântica que são utilizados pela população como carne de caça e que não possuem legislação nacional da vigilância sani- tária para o seu controle.

Palavras-chave: animais silvestres, saúde dos ecossistemas, segurança do alimento, para- sitismo, prevalência.

ABSTRACT

Although neglected, parasitic diseases affect the health of large portion of the world’s population, infecting millions of people each year. Despite the enormous social cost impact, there is generally a lack of information about where it comes from these parasites, especially in relation to food security. The population la- cks governmental programmes and public po- licies satisfactory to the input control of these diseases. Becomes necessary to conduct rese- arch to understand and eradicate the routes of transmission of food borne parasites, which can be transmitted through ingestion of fresh or processed foods that have been contamina- ted since the origin, in the environment. The- refore, the present study aimed to review on the monitoring of research literature the infestation and parasitic infection in major wildlife of the Atlantic forest which are used by population as game meat and that do not have national legis- lation of sanitary vigilance.

Keywords: Wildlife, ecosystem health, food security, parasitism, prevalence

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1 INTRODUÇÃO

Os parasitas afetam a saúde de milhões de pessoas a cada ano, infectando tecidos mus- culares e órgãos, causando epilepsia, choques anafiláticos, disenteria amebiana e outra série de problemas. Alguns parasitos podem viver no corpo humano durante décadas.

Apesar do enorme custo social e o impac- to a nível mundial, existe em geral uma falta de informação sobre de onde vêm esses parasi- tos, principalmente em relação à segurança do alimento.

As doenças infecciosas causadas por pa- rasitos de origem alimentar não estão receben- do o mesmo nível de atenção como ocorre nos outros riscos biológicos e químicos de mesma origem. No entanto, são responsáveis por um elevado número de patologias em humanos, que podem ser fatais ou permanecer por lon- go tempo no organismo, causando prejuízos metabólicos.

Em relação a qualidade de vida, torna-se necessária a realização de pesquisas para enten- der e debelar as vias de transmissão de parasitos de origem alimentar, que podem ser transmiti- das através da ingestão de alimentos frescos ou transformados, que foram contaminados desde a origem, no ambiente, por animais ou pessoas.

Na Europa, mais de 2.500 pessoas são afetadas por ano por infecções parasitárias transmitidas por alimentos. Em 2011, foram registrados na União Européia 268 casos de triquinoses e 781 casos de equinococosis. Na Ásia, apesar da falta de dados nacionais preci- sos, sabe-se que as doenças parasitárias estão amplamente difundidas e são reconhecidas como um grave problema de saúde pública em muitos países.

Na maioria dos países africanos não há um dado sobre a prevalência dos parasitos transmitidos pelos alimentos nos seres huma- nos, devido a uma ausência generalizada de sis- temas de vigilância.

Nos Estados Unidos, a neurocysticerco- sis, causada pela Taenia solium é a causa infec- ciosa mais comum em algumas áreas do país, duas mil pessoas são diagnosticadas por ano com essa doença. A toxoplasmose é também uma das principais causas de doenças e mortes originárias dos alimentos.

No Brasil, os órgãos de saúde não co-

municam a maioria das doenças parasitárias as autoridades de saúde pública, assim os re- latórios oficiais não captam a verdadeira preva- lência ou incidência de doenças, devido a esta subnotificação.

Pelo exposto, o presente trabalho teve por objetivo rever na literatura o acompanhamento das pesquisas a infestação e infecção parasitá- rias nos principais animais silvestres da Mata Atlântica que são utilizados pela população como carne de caça e que não possuem legisla- ção nacional da vigilância sanitária para o seu controle.

2- O PARASITISMO EM ANIMAIS SILVESTRES COMO INDICADORES ESTRUTURAIS DO ECOSSISTEMA

A análise da diversidade de parasitos em animais silvestres pode ser considerada um bom indicador de saúde dos ecossistemas, pois reflete a filogenia e as condições que permi- tem a simbiose entre parasitos e hospedeiros e, portanto, as pressões evolutivas sobre ambos (LYMBERY, 2005). Também possibilita a obser- vação de fluxos migratórios e de dispersão, elos de cadeias tróficas e alterações de dieta, hábi- tos e comportamentos de hospedeiros, além da complexidade de estrutura dos ecossistemas (BONGERS EFERRIS, 1999).

Ainda são imensuráveis e indetermina- dos todos os impactos que resultam das ações do homem ao meio ambiente. À medida que esse intervém de forma exploratória e descon- trolada sobre a natureza e ecossistemas, ocor- rem modificações no ambiente, que muitas ve- zes podem fugir ao seu controle e, até mesmo, de seu conhecimento. Foi assim que, agindo explorativamente e de maneira despreocupada, o homem modificou ambiente e determinou alterações no ciclo biológico de muitos parasi- tos, resultando na expansão de doenças como:

malária, leishmaniose, riquetsioses, doença de chagas, febre amarela, entre outras (TRUPPEL, 2009).

Os parasitos podem ser adquiridos pelos hospedeiros, inclusive o homem, por meio de duas vias: a filogenética, na qual os parasitos são herdados de espécies ou grupo de espécies ancestrais, e a via ecológica, na qual os para-

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sitos são adquiridos do ambiente ou de outras espécies hospedeiras.

A via filogenética, remonta à própria evo- lução biológica das espécies, como no caso do Homo sapiens que herdou alguns parasitos de nossos ancestrais pré-hominideos (GONÇAL- VES, 2002). A via ecológica relaciona-se direta- mente aos movimentos migratórios, a conquis- ta de novos territórios, a mudanças de hábitos, a processos culturais e ao contato com novas espécies de hospedeiros e patógenos. Nesta di- nâmica, fatores climáticos podem determinar a extinção de algumas espécies de patógenos e proporcionar a dispersão de outros (ARAÚJO et al., 1988). Mudanças de hábitos alimentares e a relação de aproximação com outras espé- cies, como o processo de domesticação, criam condições para o estabelecimento de novas pa- rasitoses e parece explicar a importância dos ungulados na veiculação de espécies de pató- genos para humanos. Dentre as 1.407 espécies de nossos patógenos, 250 destas, considerando vírus, bactérias, fungos, protozoários e helmin- tos, originam-se de ungulados (WOOLHOUSE e GOWTAGE-SEQUERIA, 2005).

Como quaisquer seres vivos, os répteis são susceptíveis a uma grande variedade de fa- tores intrínsecos, como por exemplo, tempera- tura corporal ambiental, e fatores extrínsecos infestação ou infecção por parasitos. No caso dos crocodilianos, existe mais de uma centena de espécies de helmintos, principalmente tre- matódeos e nematódeos. No parasitismo, na maioria das vezes, os sinais clínicos são ines- pecíficos, incluindo perda de peso de forma progressiva e, em alguns casos, diarréias e até anorexia (CATTO 1991, HUCHERMEYER, 2003, JAQUES, 2011).

O conhecimento a respeito da fauna pa- rasitológica dos répteis ainda é um campo de pesquisa a ser explorado. Já existem alguns tra- balhos abordando parasitas de répteis, como tar- tarugas, serpentes, entre outros (PANIZZUTTI et al. 2003, DIAS et al. 2004, FOREYT 2005).

3- A PRESENÇA DE PARASITOS EM JACA- RÉS COMO INDICADORES DE ZOONOSE

Os jacarés, crocodilos e aligátores surgi- ram na Terra há pelo menos 200 milhões de anos, compartilhando o planeta com os dinos- sauros. No Brasil ocorrem somente represen-

tantes da Subfamília Alligatorinae, sendo que as espécies de jacarés mais incidentes são o jacaré- -açu (Melanosuchus niger Spix, 1825), que é o maior deles e vive na Amazônia, o jacaré-do-pa- raguai ou jacaretinga (Caiman yacare Daudin, 1802), cujos olhos são circundados por listas e o jacaré-de- -papo-amarelo (Caiman latirostris Daudin, 1802), chamado assim por possuir sua região ventral de tonalidade amarela esbranqui- çada, encontrado na região que compreende do Rio São Francisco até o sul do país. Todos os jacarés americanos são muito parecidos entre si, sendo que o maior deles é o jacaré-paguá (Pa- lesouchus palpebrosus Cuvier, 1807), que vive na América do Sul (CATTO 1991, SARKIS- -GONÇALVES et al. 2001, MOURÃO e CAM- POS, 2004).

O jacaré do Pantanal, Caiman yacare (Crocodilia: Alligatoridae), é encontrado no norte da Argentina, sul do Brasil, Bolívia e Para- guai. Morfológica e ecologicamente semelhan- te a Caiman crocodilus, C. yacare alcança até 3,0 metros de comprimento sendo capazes de se adaptar a diferentes tipos de habitats: rios e lagoas, sempre associados à vegetação flutuan- te. Considerando-se a implantação de criadou- ros comerciais, pelo alto valor da pele e carne dos jacarés, justifica-se o desenvolvimento de estudos sobre a sanidade deste animal, buscan- do a identificação e o controle de doenças; o que poderá contribuir para a conservação e manejo destes animais em ambiente silvestre (NUNES e OSHIRO, 1990).

Segundo (ALMEIDA, DOMINIE PAIVA, 2005) A prevalência de Trypanosoma sp. encon- trados em 49 jacarés, capturados em ambientes lênticos, na região do Miranda-Abobral foi de 20%.

Resultados semelhantes foram encontra- dos por Campos (2002) em ambientes lóticos, na mesma região, onde de 22 jacarés, 18% apre- sentavam-se parasitados. Essa semelhança pode ser explicada em razão dos hábitos migratórios dos jacarés. Pois em períodos de seca, quando o volume de água presente nas lagoas diminui ou seca totalmente, eles abandonam estes ambien- tes a procura de novas fontes de água.

Através dos esfregaços sanguíneos, cora- dos pelo método de Giemsa, foram encontradas formas tripomastigotas de tripanossoma, com parasitemia baixa. Estes parasitos apresentam extremidades afiladas, corpo em forma de C,

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cinetoplasto pouco corado e às vezes ausente, e flagelo livre não visível pela preparação (AL- MEIDA, DOMINIE PAIVA, 2005).

Lainson (1977) encontrou haemogre- garinas no interior de eritrócitos de 46 em 60 (76,7%) exemplares de Caiman c. crocodilus jo- vens, da região de Bragança, no Estado do Pará, classificados como sendo do gênero Hepatozo- on. Essa porcentagem também foi aproximada aos resultados da região do Araguaia, abordada no presente trabalho.

Em estudo feito com Caiman crocodilus e Boa constrictor no Norte do Brasil, as espécies de haemogregarina mais visualizadas no esfre- gaço sanguíneo foram a Hepatozoon caimani e Hepatozoon: H. terzii e H. juxtanuclearis, res- pectivamente. Contudo, não foram feitas análi- ses detalhadas sobre a espécie do hemoparasito devido semelhanças entre os gêneros, sendo classificados como pertencentes da família Ha- emogregarinidae e gênero Coccidia. (BALL et al., 1969)

Os resultados das mensurações (média ± desvio-padrão, em mm) foram o comprimento do total do corpo (PA) de 48,01±3,59; compri- mento da extremidade posterior ao cinetoplasto (PK) de 12,58±3.59; comprimento do cineto- plasto ao núcleo de 14,84±2,55; comprimen- to da extremidade posterior ao núcleo (PN) de 24,89±5.05; comprimento do núcleo à extre- midade anterior de 23,11±3,41 e índice nuclear de 2,65±0,71, obtidas em microscópio acopla- do a um sistema para digitalização de imagens e processadas pelo programa KantronEletronik KS 400TM, version 2.00 – 1995 (ALMEIDA, DOMINIE E PAIVA, 2005).

4 A PRESENÇA DE PARASITOS EM ROE- DORES COMO INDICADORES DE ZOO- NOSE

A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris L. 1766) é um roedor de hábitos semi-aquáticos que encontra-se em fase de domesticação em várias regiões do país e constitui um grupo de animais herbívoros pertencentes à Ordem Rodentia e à família Hydrochoeridae, sendo encontrada no Brasil uma única subespécie:

Hydrochoerus hydrochaeris L., 1766. As maio- res concentrações desses animais são encon-

tradas nas zonas inundáveis da Colômbia, da Venezuela, do Paraguai e do Brasil “área do Pan- tanal” (BONUTI, 2002).

A capivara é o maior roedor conhecido (NOWAK e PARADISO, 1992) apresentando grande potencial para a exploração comercial (SILVA NETO, 1995), ocorre nas Américas do Sul e Central, do Panamá, na Zona do Canal ao leste dos Andes até a Foz do Rio Paraná (NO- WAK e PARADISO).

A carne da capivara apresenta excelentes propriedades nutricionais e possui paladar bas- tante apreciável, o que desperta grande interes- se comercial, tanto no mercado nacional quanto no internacional, principalmente nas Américas do Sul e Central (OJASTI, 1991; JIMÉNEZ, 1995). Possui proteínas de excelente digestibi- lidade, assim como a presença de ácidos graxos essenciais e de vitaminas do complexo B. Entre- tanto, parte dos consumidores associa o consu- mo da carne vermelha à ocorrência de doenças cardiovasculares (PARDI, SANTOS, SOUZA e E. R. PARDI, 1993).

Estes roedores pertencem à subordem Caviomorphae, família Hydrochoridae e subfa- mília Cavioidae. O gênero Hydrochoerus pos- sui quatro espécies: Hydrochoerus hydrochae- ris, H. isthmius, H. dabbnei e H. uruguayenses.

Medem aproximadamente entre 1 e 1,5m de comprimento, 0,5 a 0,65m de altura e, no Bra- sil, o peso corpóreo ultrapassa 80kg. Os olhos, os orifícios nasais, como também os dedos, que são todos unidos entre si por uma membrana, são adaptados à vida aquática. Apresentam uma glândula sebácea de cor escura na parte superior da cabeça, na qual existem numerosas células secretoras de um líquido branco e pegajoso que serve para demarcar o território do grupo fami- liar (ALHO, 1986; ALHO et al., 1987). A capi- vara é o único roedor que possui em sua pele glândulas sudoríparas (PEREIRA et al., 1980).

Sabe-se que os roedores, em geral, são reservatórios de muitos patógenos que cau- sam doenças no homem e nos outros animais, como: leptospirose, peste negra, hantavirose, leishmaniose, doença de chagas, entre outras.

A capivara também é conhecidamente um re- servatório de riquétsias, entre elas Rickettsia- rickettsii que causa a febre maculosa, Leptospi- rainterrogans que pode infectar o homem e os animais domésticos e de produção e de Trypa- nosoma evansi que causa o “mal-das-cadeiras”

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principalmente em equídeos (MUÑOZ e CHÁ- VEZ, 2001; LABRUNA et al., 2002; VASCON- CELOS, 2002).

Rego (1961) pesquisando a helmintofau- na da capivara, descreveu Monoecocestus ma- crobursatum apresentando uma distribuição nos estados de Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo, citando ainda Monoecocestus hydro- choerinos Estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro.

Yamaguti (1961) citou em capivaras no Brasil os helmintos Strongyloideschapini, Ca- pillariahydrochoerie Protozoophaga obesa.

Arantes (1983), ao pesquisar os nematódeos parasitosde capivaras provenientes do Mato Grosso do Sul relatou a ocorrência de Hydro- choerisnema anomalobursata, Vianellahydro- choeri, Haemonchus sp.,Trichostrongylusaxei, Cooperiapunctatae Cooperiapectinata.

Arantes et al. (1985) ao realizarem a ca- talogação dos helmintos parasitos de capivaras no Brasil relacionaram as seguintes espécies de helmintos gastrintestinais: T. axei, C. punc- tata, C. pectinata, Haemonchus sp., V. hydro- choeri, Hydrochoeris nemaanomalobursata, C.

hydrochoeri, P. obesa, Strongyloides sp.; Hippo- crepishippocrepis ,Nudacotylevalde vaginatus, Nudacotyle tertius, Neocotyleneocotyle, Taxor- chisschistocotyle, Monoecocestushagmani, M.

hydrochoerie; M. macrobursatum.

Nascimento et al. (1991) relataram a ocorrência dos helmintos P. obesa, H. ano- malobursata, V. hydrochoeri, T. schistocoty- le, C. hydrochoeri, T. axei, H. hippocrepise S.chapinidem capivaras localizadas no Estado do Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, Truppel et al.(2009) es- tudando parasitos em capivaras relataram que os gastrintestinais encontrados foram: Proto- zoophaga obesa, Strongyloides chapini, estron- gilídeos, ascarídeos, Capillaria hydrochoeri, Trichuris sp, Fasciola hepatica, Monoecocestus sp, Eimeria sp e sarcocistídeos. Dos 53 animais avaliados, 49 estavam parasitados, o que repre- senta 92,4% do total. Em geral, foram os parasi- tos do filo Nematoda aqueles que infectaram o maior número de animais. O nematódeo Stron- gyloides chapini foi o parasito com maior taxa de prevalência: 56,6% (30/53).

Os outros nematódeos verificados foram:

Protozoophaga obesa, diagnosticado em 18,9%

das amostras (10/53), estrongilídeos, em 49,1%

(26/53), Capillaria hydrochoeri, com uma pre- valência de infecção de 20,8% (11/53), Trichuris sp, verificado em 11,3% das amostras (6/53) e ascarídeos, com a prevalência de 9,4% (5/53).

Assim, foi verificado parasitando as capivaras do Parque Tingüi, Curitiba, nematódeos perten- centes a cinco superfamílias. Sendo elas: Oxyu- roidea (Protozoophaga obesa), Rhabdiasoidea (Strongyloideschapini), Strongyloidea (ovos de Trichostrongylidae), Trichuroidea (Capillaria hydrochoerie Trichuris sp) e Ascaroidea (ovos de Ascarididae em geral). (TRUPPEL et al.2009)

Quanto ao filo Platyhelminthes foi iden- tificada infecção apenas por Fasciola hepaticae Monoecocestus sp. A trematódeo F. hepática foi encontrado em 5 capivaras (9,4%) e o cestódeo Monoecocestus sp esteve presente em 7 dos animais avaliados (13,2%). Também foi diag- nosticada a presença de protozoários parasitos.

Assim, oocistos de Eimeriaspp foram encontra- dos em quase metade das capivaras amostradas (24/53), o que representa um percentual de in- fecção de 45,3%.Oocistos de protozoários per- tencentes à família Sarcocystidae foram identi- ficados em 9 animais, uma prevalência de 17%.

(TRUPPEL et al.2009)

5 A PRESENÇA DE PARASITOS EM MAR- SUPIAIS COMO INDICADORES DE ZOO- NOSE

Zeller (1999) classificou os gambás como pertencentes ao Filo Chordata, a Ordem Mar- supialia e a Família Didelphidae. A Ordem dos Marsupiais (Marsupialia)foi descoberta pelos Europeus em 1500 a.C. sendo observada em 3 continentes: América do Norte, do Sul e Austrália.

A palavra “gambá”, é corruptela de gua- ambá = seio oco, saco vazio, referência ao mar- súpio.No Brasil o seu principal representante é o Didelphis albiventris, sendo que estes pos- suem aproximadamente 23cm de comprimen- to, cauda parcialmente glabra, são plantígrados, sendo que o primeiro dígito do membro pélvico é desprovido de unha (NOWAK, 1997). Pos- suem hábito noturno, são onívoros, tendem a ter proles pequenas e dependentes, como con- seqüência, é observado um número pequeno de tetos (HILDELBRAND, 1995)

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Didelphis Linnaeus 1758 é um dos gê- neros de mamíferos terrestres com maior dis- tribuição geográfica nas Américas (AUSTAD, 1988), desde o Canadá até a Argentina (GARD- NER, 1993), ocorrendo em grande variedade de habitat (CERQUEIRA, 1985). Popularmen- te conhecidos como gambás, estes marsupiais possuem destacada importância na relação eco- lógica parasitohospedeiro. Na revisão mais re- cente de ectoparasitos de marsupiais brasileiros (LINARDI, 2006), Didelphis foi considerado o gênero mais importante por hospedar elevado número de espécies (n=42) e pulgas infectadas por tripanosomatídeos.

O gambá-de-orelha-preta, Didelphis mar- supialis L., 1758, e o gambá-de-orelha-branca, D. albiventris (LUND, 1841), são espécies de marsupiais didelfídeos extensamente distribuí- das na Região Neotropical (EMMONS e FEER, 1990).

Apesar de suas amplas distribuições, pou- cas são as informações sobre tamanho corporal desses marsupiais, principalmente no Brasil, onde existe pelo menos uma das duas espécies em cada bioma (EMMONS e FEER, 1990).

Com ampla distribuição, essa espécie ocorre do nordeste do Brasil até o Paraguai e norte da Argentina (GARDNER, 1993). Nos últimos anos, diferentes aspectos de sua biolo- gia têm sido estudados em ambientes florestais (FONSECA e KIERULFF, 1989; STALLINGS, 1989; CERQUEIRA et al., 1993; BERGALLO, 1994; CHEREM et al., 1996; GENTILE et al., 2000). Contudo, esta espécie é também comum em meio urbano (HUSSON, 1978), mas poucas publicações abordaram aspectos de sua biolo- gia neste ambiente (CÁCERES e MONTEIRO- -FILHO, 1997; 1998 e 2000; CÁCERES et al., 1999).

Os ectoparasitas de marsupiais brasilei- ros pertencem ás classes Insecta e Arachinida, com destaque, respectivamente, para Sipho- natera e Ixodida (Metastigmata), conhecidos popularmente como pulgas e carrapatos (LI- NARDI, 2006; LINARDI et al., 1991A; BOTE- LHO e LINARDI,1996; BARROS-BATTESTI et al.,1998; BERGALLO e BOSSI, 2004; LINARDI e GUIMARÃES, 2000).

Ao todo, foram encontrados Nemathel- minthes em 42 amostras (71,2%), Platyhelmin- thes em uma amostra (1,7%) e Acanthocephala também em uma amostra (1,7%). Com relação

aos protozoários foram encontrados animais positivos em 38 amostras (64,4%), entre eles Eimeria sp, Cryptosporidium sp e Cystoisospo- ra sp.

A identificação dos Nemathelminthes foi feita em nível de Superfamília e família, encon- trando-se Strongyloidea, Trichuroidea, Ascari- dae, Oxyuridae e Spiruridae, com exceção do gênero Trichuris sp, cuja identificação foi feita pela particularidade do ovo bioperculado. Os Platyhelminthes foram classificados em nível de Classe, sendo a Cestoda a única encontra- da. A classificação do Acanthocephala não pôde ser feita permanecendo a denominação do filo.

De acordo com o levantamento de literatura realizado, esta representa a primeira pesquisa de endoparasitas (helmintos e protozoários) da Mata Atlântica da Região Nordeste do Brasil.

Da mesma forma, relatamos a primeira descri- ção de Cystoisosporas pp em um D. albiven- tris no Brasil em um indivíduo macho, jovem procedente da área de Mata Atlântica do Parque Ecológico São José.

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas relações harmônicas ou positivas a biota num ecossistema encontra várias formas de interações entre os seres vivos que a forma, denominadas relações ecológicas ou interações biológicas, geralmente de benefício mútuo, não ocorrendo prejuízo entre as espécies envolvidas.

Por outro lado, nas relações desarmônicas, uma espécie sai em vantagem em detrimento da ou- tra, que apesar de não morrer é a prejudicada, a este tipo de relação denomina-se parasitismo.

Como por exemplo na relação entre carrapatos e a capivara. Os carrapatos se alimentam do sangue da capivara. A hospedeira não morre, porém sai prejudicada ao perder sangue.

Segurança alimentar certamente é a ca- racterística mais valorizada pelo consumidor e está intimamente relacionada com o bem-estar animal, principalmente para as carnes de caça, que não possuem a vigilância necessária dos ór- gãos oficiais de controle de qualidade e do pro- cessamento no beneficiamento do produto de origem animal.

É um fato que a carne de animais sil- vestres continua sendo usado para consumo

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humano em zonas rurais e também se comer- cializar em zonas urbanas do Brasil. Mas sendo este comércio ilegal e “invisível”, as instituições têm se interessado pouco em avaliar a impor- tância da carne de animais silvestres para a se- gurança alimentar.

Os animais, de forma natural, podem transmitir doenças tradicionalmente conheci- das ao ser humano, como tuberculose, bruce- lose, febre aftosa, raiva, salmonela, toxoplas- mose, cisticercose, intoxicação alimentar, entre outras.

O interesse por espécies animais não convencionais para a suplementação de prote- ína animal é crescente, contudo, as pesquisas vêm mostrando a sua contaminação por estu- dos microbiológicos. Entretanto, torna-se ne- cessário ampliar os estudos em relação ao pa- rasitismo, uma vez que muitos destes animais é reservatório natural de agentes etiológicos de parasitoses que podem comprometer a saúde do consumidor de forma definitiva.

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