1. A estrAtificAção sociAl
organização social na antiga Grécia e idade Média
A modernidade e a abertura à permeabilidade social: o ideário da revolução francesa
Natureza e consequências do iluminismo os séculos XiX e XX
socialismo, utopismo e revolução social
Desenvolvendo Capacidades – Como trabalhar ao modo de um historiador?
2. A MudANçA sociAl: AcoNteciMeNtos histórico-políticos
A revolução industrial e o incremento científico e tecnológico nos séculos XiX e XX A construção dos nacionalismos e das democracias
colonização e descolonização
Guerras Mundiais, guerra fria e queda do muro de Berlim
Desenvolvendo Capacidades – Colher, na leitura de um texto literário, informação de interesse histórico
3. tolerâNciA e iNtolerâNciA NA sociedAde coNteMporâNeA tolerância e intolerância
perspetiva histórica sobre a tolerância
A novidade de uma iniciativa promotora da tolerância: a Aliança de civilizações Desenvolvendo Capacidades – O que se pode fazer para combater o ódio e a intolerância?
1. A fAMíliA: uNiversAlidAde e forMAs A família enquanto instituição social
critérios de diferenciação das estruturas familiares transformações dos modelos familiares
Desenvolvendo Capacidades – Como fazer uma árvore genealógica?
2. A fAMíliA coNteMporâNeA: MudANçAs e coNtiNuidAde Metamorfoses nos papéis familiares e parentais
família e sociedade
família: vida económica e laços afetivos
Desenvolvendo Capacidades – A que fontes recorrer para elaborar estudos sobre Indicadores Sociais?
teMA-proBleMA 2.1.
estruturA fAMiliAr e diNâMicA sociAl
66 78 12 1414 1617 22
2426 27 2831 3237
3838 4041 4245
4646 4749 54 teMA-proBleMA 2.2.
A coNstrução do sociAl
1. A coeXistêNciA políticA coMo fActo huMANo o homem e a política
tribos, gens e genos
As cidades-estado e a democracia A república e o império romano feudalismo e tutela senhorial
A centralização do poder político na Modernidade Nação e estado: modelos de organização social
Associações plurinacionais e organizações não governamentais (oNG) Desenvolvendo Capacidades – Como realizar uma pesquisa numa biblioteca?
2. MoMeNtos priMordiAis dA coNstrução dA deMocrAciA revolução francesa: a génese
utopistas românticos e o movimento político-sindical no séc. XiX: conquista de direitos
regimes totalitários: o retrocesso
declaração universal dos direitos humanos (o momento decisivo) e a oNu Momentos históricos na construção da democracia em portugal
Desenvolvendo Capacidades – Como elaborar uma biografia histórica?
5656 5658 6060 6162 6365
6666 67 7071 7580 teMA-proBleMA 2.3.
A coNstrução dA deMocrAciA
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lAços fAMiliAres
pAis e Mães filhos (MeNores)
contextos familiares (lugares de integra-
ção e de identidade)
Natureza dos laços
tipos de filiação (direitos e deveres no campo do direito)
Autoridade parental
deveres e direitos
Casamento Pai e mãe casados
Laço
biológico Legítima
(exercida em comum
pelo pai e pela mãe;
ou de acordo com o modo determinado pelo juiz em
caso de divórcio)
A autoridade
parental exerce-se
sobre os bens e sobre a
pessoa.
Tem como fim a proteção da criança, garantindo-
-lhe a segurança,
a saúde e a educação
Deveres Os filhos têm o dever
de honrar, respeitar e ajudar
os pais Divórcio
ou separação
Pai e mãe divorciados
Família monoparental
Família recomposta
União de facto
Pai e mãe não casados
Laço
social Natural
(exercida por quem reconheceu
o filho ou pelos dois)
Direitos Os filhos têm
direito ao nome de
família (patronímico),
a outro nome ou nomes além deste e a
conhecer as suas origens Família
adotiva
Pai e mãe casados ou adoção só por
uma pessoa
Laço
jurídico Adotiva
(exercida pelo ou
pelos adotantes)
individualismo, a igualdade, a busca da felicidade própria), os progres- sos tecnológicos e a biologia (com a pílula e diversos métodos contrace- tivos), a família moderna permanece uma instituição social fundamental. Sintetizando algumas das realidades atrás expressas, poderíamos representar esquematicamente, sem pretensão de exaustão, os laços familiares.
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obras de referência
AA.VV., Infância, Família e Comunidade, Porto: Porto Editora, 2009
ARIÉS, Philipe, e DUBY, Georges (dir.), História da Vida Privada, Porto: Afrontamento, 1989 GAMEIRO, José, Os Meus, os Teus e os Nossos, Lisboa: Terramar, 1998
GIMENO, Adelina, A Família – O Desafio da Diversidade, s. l.: Instituto Piaget, 2003 McGRAW, Phil, A Família em Primeiro Lugar, s. l.: Ideias de Ler, 2007
SAMPAIO, Daniel, Da Família, da Escola e Umas Coisas Mais, Lisboa: Editorial Caminho, 2011 SÃO PAULO, Epístola de São Paulo aos Colossenses, III, 18-22
SARACENO, Chiara, Sociologia da Família, s. l.: Editorial Estampa, 2003 SAVATER, Fernando, A Infância Recuperada, Lisboa: Presença, 1997 WILLIAMS, Fiona, Repensar as Famílias, s. l.: Principia, 2010 obras de ficção
DINIS, Júlio, Uma Família Inglesa, Porto: Porto Editora, 2007
MANN, Thomas, Os Buddenbrook, Lisboa: Livros do Brasil [D.L. 1979]
QUEIRÓS, Eça de, Os Maias, Porto, Porto Editora, 2007
SAMPAIO, Daniel, Memórias do Futuro, Lisboa: Editorial Caminho, 2010 filmes & Multimédia
Conta-me Como Foi. Fernando Ávila e Pedro Miguel, Portugal, 2007. Série que tem como objetivo retratar, de forma bem-humorada, o ambiente socioeconómico vigente em Portugal no final dos anos 60.
Juno. Jason Reitman, EUA/Canadá, 2007. Juno tem 16 anos quando engravida de um amigo com quem tem uma única relação sexual. De início, decide abortar, mas, chegada à clínica, muda de ideias. Com a amiga Leah começa a procurar em jornais um casal a quem entregar o bebé quando ele nascer – o que vem a suceder – pois não se considera apta a criá-lo.
osteus, osmeuseosnossos. Raja Gosnel, EUA, 2005. Frank é viúvo e tem 8 filhos. Quando reen- contra Helen, a namorada na adolescência, os 30 anos em que não se viam parecem não ter passado. Helen também é viúva e tem 10 filhos. Sem contar aos filhos, decidem casar. Entre- tanto, as suas famílias não se entendem. Para resolver os problemas, Frank e Helen criam um plano em que todos tenham de trabalhar juntos.
internet
http://www.raizeditora.pt
Para ir MAis AléM
1. Que aspetos revelam as mudanças que ocorreram na família?
2. A tipologia das famílias diversificou-se? Como se traduz tal diversifica- ção?
3. Que relação existe entre a evolução familiar e o Direito?
questioNário 3
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2. mOmentOs primOrdiais da COnstruçãO da demOCraCia
Para iniCiar O debate
• Será a democracia um valor fundamental?
• De que modo a Declaração dos Direitos Humanos influencia o bem-estar mundial?
• A Constituição de 1976 é o documento essencial para a democracia portuguesa. Porquê?
Revolução Francesa: a génese
Na atualidade, falar de democracia ou de direitos humanos pode parecer banal, por se pressupor que são princípios adquiridos. No entanto, se olharmos para o mundo de hoje, verificamos que ainda há um vasto cami-
nho a percorrer, apesar dos passos que foram dados, ao longo da História. São as etapas desse caminhar, onde se alicerçaram os valores que estruturam a ética universal e que se constituem como referências fundamentais para a organização da nossa vida coletiva, que importa conhe- cer.
O modelo de governação que dominou o Antigo Regime desagregou-se nos finais do século XVIII. Aquele século foi mesmo considerado «O século das Revoluções»: nos Estados Unidos e em França, emergiram novos regimes políticos alicerçados nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade entre todos os homens. As monarquias abso- lutas da Europa, seguindo o exemplo da França e da sua revolução, deram lugar a governos constitucionais, apoiados na eleição e no voto popular. A soberania da nação deixou de estar nas mãos de um rei absoluto, para pertencer ao povo, que elegia os seus representantes.
Com a Revolução Francesa, em 1789, vingou o conceito de cidadania. Reconheceu-se que qualquer indivíduo podia beneficiar de direitos civis e políticos, que até aí eram vedados ao povo. Para o usufruto dessa cidadania, o Estado teria de ser livre, de modo a que desse a todos os cidadãos, por igual, os mesmos direitos e também os mesmos deveres.
Deste modo, aboliu-se o regime feudal, extinguiram-se os direitos senho- riais e proclamou-se a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que consagrou a igualdade dos cidadãos perante a lei, a liberdade, o direito à participação política, o direito à felicidade, o direito de resistência à opressão, a soberania nacional e o direito de propriedade.
> Declaração dos Direitos do Homem e do Ci- dadão.
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UNIDADE TEMÁTICA 2 O SUjEITO HISTórICO-SOCIAl
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Eis os principais artigos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:
“Artigo 1.º – Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos;
Artigo 2.º – (…) direitos naturais (…) do homem: (…) a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão;
Artigo 3.º – O princípio de toda a soberania reside essencialmente na nação.”
A mensagem da Revolução Francesa teve um carácter universal, pois os seus ideais, princípios e práticas de liberdade, igualdade e fraternidade levaram a alterações acentuadas nas condições de vida das populações e das instituições políticas.
Utopistas românticos e o movimento político -sindical no século XIX: conquista de direitos
Ao longo do século XIX, cimentaram-se as transformações ocorridas em consequência das revoluções liberais e industriais, iniciadas no séc. XVIII.
TRAnSFoRmAçõeS ReSUlTAnTeS DA RevolUção FRAnCeSA
Políticas
Alterações dos regimes políticos, substituição de monarquias absolutistas por monarquias consti- tucionais (poder do rei limitado e definido por uma constituição) ou repúblicas
Separação dos poderes: executivo, legislativo e judicial Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão Constituição de partidos políticos
Vida política centrada em eleições Estados laicos
Independência de novos países, na sequência de movimentos autonomistas
sociais
A sociedade de ordens deu lugar à sociedade de classes
Apesar das desigualdades sociais continuarem a existir, devido a situações económicas diferencia- doras, os privilégios hereditários desapareceram, havendo a possibilidade de mobilidade social
económicas
A liberdade individual impulsionou a iniciativa privada, levando ao aumento de proprietários e em- presários
O liberalismo político levou ao capitalismo industrial e financeiro. Com a defesa da livre iniciativa e da não intervenção do Estado, originou-se uma associação entre empresas, bancos e sociedades anóni- mas, de forma a poderem captar financiamentos para o desenvolvimento e modernização da indústria
1. Comente os artigos transcritos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
2. Que transformações resultaram da Revolução Francesa?
qUeSTIonáRIo 9
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