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COLÉGIO SÃO LUÍS ENSINO MÉDIO CURSO DE METODOLOGIA DE INCIAÇÃO CIENTÍFICA. Erik Sakai Daniel Nakano Gidrão

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COLÉGIO SÃO LUÍS

ENSINO MÉDIO

CURSO DE METODOLOGIA DE INCIAÇÃO CIENTÍFICA

Erik Sakai Daniel Nakano Gidrão

Xadrez como ferramenta para educação

Os benefícios do xadrez para a flexibilidade cognitiva

São Paulo 2021

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Xadrez como ferramenta para educação

Os benefícios do xadrez para a flexibilidade cognitiva

Artigo apresentado como requisito de aprovação em “Metodologia de Iniciação Científica”, na 2ª série do EM do Colégio São Luís Orientador: Andrey

São Paulo 2021

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AGRADECIMENTO (opcional)

A Deus por nos ajudar em todas as dificuldades que tive

A escola, por nos proporcionar esse lindo trabalho, que nos ajudará no futuro Ao nosso orientador Andrey, pelo suporte e tempo que nos dedicou

E aos nossos pais, que sempre nos incentivaram para seguir nossas vidas

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RESUMO

O xadrez, além de um jogo, é uma arte, uma ciência que exercita por inteiro a mente. O jogo é fácil de se aprender e pode ser utilizado como ferramenta de forma benéfica para o desenvolvimento da lógica e pensamento rápido nas crianças. Isto por causa da maneira em que nossos cérebros funcionam, formado por bilhões de conexões entre neurônios que se comunicam com diferentes funções neurais. Os primeiros anos da infância são o período em que essas conexões se formam de maneira mais ativa, que criará uma base para as futuras ligações neurais. O jogo, além de instigar o pensamento rápido e lógico, também desenvolve a criatividade, intuição, memória e o mais importante, a habilidade de analisar e deduzir a partir de um conjunto de princípios gerais, aprendendo a tomar decisões complicadas e resolver problemas de maneira reflexiva. Nesta pesquisa científica, discutiremos e justificaremos esta tese.

Palavras-chave: Xadrez. Educação. Flexibilidade Cognitiva. Raciocínio.

ABSTRACT

Chess, beyond a game, is an art, a science that exercises the entire mind. The game is easy to learn and can be used as a beneficial tool for developing logic and quick thinking among children. That's because of how our brains work, formed by billions of connections between neurons that communicate with different neural functions. The first years of childhood are the period in which these connections form more actively.

This will create a base for future neural connections. The game, in addition to inciting quick thinking and logic, also develops creativity, intuition, memory, and most importantly, the skill to analyze and deduce from a group of general principles, teaching them how to make difficult decisions and solve problems more reflexively. In this scientific research, we will discuss and justify our thesis.

Keywords: Chess. Education. Cognitive Flexibility. Reasoning.

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1 INTRODUÇÃO

Os primeiros registros que temos sobre jogos com peças como conhecemos veem de civilizações milênios antes de cristo como no Egito, Mesopotâmia e regiões da Índia (ANJOS, Anna. 2013) Em todos esses casos, os jogos tinham significado de certa forma sagrado pois era considerado a forma de diversão eterna pós-morte. Mais para frente podemos afirmar que:

Começam a surgir jogos em outros pontos distintos do mundo com grandes semelhanças, como o Xadrez que teria nascido na Índia, as Damas na Europa Medieval e até mesmo na China e Japão o chamado Go no ocidente chamado de Wei Ki que seria o jogo de tabuleiro mais antigo do mundo. (SESC CRICIUMA, Jogos de Todo Mundo. 2003)

(https://bit.ly/3jziI1b)

A origem similar de jogos ao redor do mundo pode não ser coincidência alguma, assim como a dança, “estas atividades tradicionais surgiram em todos os lugares e existem a tanto tempo porque tem importantes benefícios para crianças e um destes benefícios é que ajudam funções executivas.” (DIAMOND,hceconomics. 2017)

“Pessoas tentam treinar cognição invés de pensar sobre o incrível poder que as emoções têm, quer você esteja emocionalmente investido, esteja motivado ou gostando da atividade...” (DIAMOND, hceconomics. 2017, tradução nossa)

Isto justifica o aumento do uso de jogos na educação, uma vez que ganham mais interesse das crianças. O jogo pode ser considerado o recurso do instinto mais importante para a educação. O jogo é conhecido popularmente como um instrumento apenas para a criança passar o tempo. Porém, segundo Vigotski (2003), a partir da

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observação, pode-se constatar de que o jogo está presente historicamente nas diversas culturas, representando uma peculiaridade que é natural do homem (VYGOTSKY, 2003)

As funções executivas são as habilidades cognitivas necessárias para controlar nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Estas funções sugerem uma melhor compreensão de como eles se desenvolvem, seus papéis e seu impacto na vida social, emocional e intelectual. E dentro das funções executivas existem três categorias, o autocontrole, a memória de trabalho, e a flexibilidade cognitiva, o tópico que iremos focar para aprofundar nosso tema. Como essas funções são tão importantes, é interessante encontrar algumas maneiras de favorecer a evolução das mesmas. (HELOÍSA, As funções executivas. 2004) O xadrez é considerado um excelente suporte didático por envolver múltiplas disciplinas, como: matemática, arte, história e geografia.

Na matemática, o movimento dos tabuleiros e peças de xadrez relacionados à geometria e suas dimensões foi inicialmente explorado. Em termos de arte, a forma da obra é explorada por meio de técnicas de argila, pintura e materiais recicláveis.

Na história, questões como a origem do xadrez, cultura nacional e relações sociais e políticas podem ser estudadas. Na geografia, a posição do xadrez pode ser

resolvida.

Por fim,com esse trabalho pretendo responder algumas questões como:

1- Quais beneficios o xadrez trazem para os estudantes?

2- Esse tipo de material é acessível para as escolas brasileiras?

3- Porque o xadrez deveria ser emplementado nas escolas?

Hipoteses -

1- Alguns beneficios que o xadrez pode trazer na voda de um estudante é a melhora na memória dele, decisões concretas, aumento na disciplina e maturidade intelectual

2- Sim, uma vez que não é um material que gera muitos gastos, pois os compontentes sao básicos

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3- O xadrez deveria ser emplementado nas escolas pois ele ajuda a

desenvolver melhor o aluno, fazendo ele pensar e refletir mais sobre seus deveres.

APLICAÇÃO DE JOGOS COM FUNÇÃO DIDÁTICA E PEDAGÓGICA

O objetivo desse trabalho é mostrar como o xadrez desenvolve as funções executivas, e como ele ajuda no ambiente de estudo. As funções executivas incluem temas como raciocínio, solução de problemas, planejamento, autocontrole, entre outras. E se você está triste, estressado ou solitário, todos estes são prejudicados.

Portanto "Caso você queira ir bem na escola, é preciso que suas funções executivas estejam bem. Assim se as escolas ignorarem isso, essas questões irão contra os próprios resultados que a própria escola deseja" (DIAMOND, hceconomics, 2018)

Proporcionar esse jogo como meio para a prática e para o desenvolvimento das funções executivas torna-se muito importante. (Dias e Seabra 2013, p.13) falam que muitos autores vêm esclarecendo a importância de estimular o desenvolvimento precoce das funções executivas, devido aos seus benefícios escolares.

Uma das categorias, das funções executivas é a flexibilidade cognitiva,que é a capacidade que nosso cérebro tem para se adaptar a novos acontecimentos. De acordo com a Cognifit, quando pequenos aprendemos dar soluções imediatas a problemas cotianos, por este motivo o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva durante a juventude é tão importante, deste modo os jogos fazem papel fundamental para garantir a fixação e interesse no exercício do pensamento fora da caixa, isto é, soluções inovadoras para problemas, para crianças. (CARVALHO, A representação do conhecimento segundo a teoria da flexibilidade cognitiva. 2000.)

Como já citado, um jogo de tabuleiro que ajuda muito a desenvolver a flexibilidade cognitiva é o xadrez, uma vez que ele consegue fazer o jogador encontrar soluções alternativas para seus problemas, de administrar soluções inusitadas segundo a psicóloga Simone Grohs. E além disso, ele tambem trás outros beneficios as pessoas, como o aumento do QI, ajuda na prevenção do alzheimer, aumenta a criatividade, exercita ambos lados do cerebro, melhora a memória, aumenta a

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habilidade de resolução de problemas, melhora a habilidade de leitura, melhora sua concentração e ensina planejamento (ZECA, GQGlobo, 2019.) .

“Xadrez tem a muito tempo sido reconhecido pelo mundo como um construtor de intelectos fortes, mas apenas recentemente têm os Estados Unidos da América começado a reconhecer a habilidade do xadrez, e outros jogos, de melhorar habilidades cognitivas, pensamento racional e o raciocínio, até mesmo das crianças menos promissoras.” (MCDONALD, 2000, p.15, tradução nossa).

Em si, estes jogos trazem uma característica que meios de educação normal não conseguem alcançar, uma vez que se encaixam aos desejos desta faixa etária, sendo estes brincadeiras com seus amigos, e ainda sim estimulam desde cedo práticas muito valorizadas mais tarde em suas vidas, como a comunicação, auto- confiança, auto-valorização e habilidades de reconhecimento de padrões. Ele ensina valores importantíssimos para o futuro destes jovens como o trabalho duro, a concentração, objetividade e o esforço. Como dito pelo campeão do Camponato Mundial de Xadrez Emmanuel Lasker, “No tabuleiro quadrículado, mentira e hipocrisia não sobrevivem”.

Alem disso, o xadrez desenvolve e ajuda no aprendizado das disciplinas. Ele possui um caráter lúdico e pedagógico que possibilita ao aprendiz desenvolver o raciocínio, as estratégias para solucionar problemas, compreender as técnicas do jogo, aprender noções de cálculos e geometria. Também ajuda na performance social dos praticantes.

Indicado por um estudo de 5 anos em alunos de sétima e oitava série, realizado por Robert Ferguson do Distrito Escolar de Bradford, PA, notas de alunos obtiveram resultados significantes no aumento de suas notas pelo uso do xadrez, o aumento foi de cerca de 17.3%, algo inálcançável por outros métodos. Assim como os aumentos acadêmicos, o estudo também aponta os benefícios sociais destes jogos, descrevendo que alunos apresentavam aumento em suas habilidades de socializar com outras pessoas e também mudanças positivas drásticas no comportamento em ambiente escolar, com redução de pelo menos 60% em suspensões e outros distúrbios.

O jogo de xadrez possibilita um trabalho interdisciplinar. Temos como objetivo de pesquisa rever os impactos psicológicos e sociais dos jogos na vida dos jogadores,

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em específico na educação, tendo em mente a flexibilidade cognitiva e a atenção.

Destacando exemplos de casos do uso dos jogos educacionalmente e estudos sobre o assunto.

Como já citado, o xadrez ajuda muito no desenvolvimento da flexibilidade cognitiva das pessoas, por isso, já estão sendo feita leis para que esse jogo seja utilizado em escolas, um exemplo de lei é o projeto (PL 2993/2021) de autoria da senadora Nilda Gondim (MDB-PB) acrescenta a obrigatoriedade do ensino de xadrez à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A proposta, que leva a prática às escolas públicas e privadas como forma de melhorar o desempenho acadêmico dos alunos dos ensinos fundamental e médio, aguarda análise do Senado. -

“O projeto acrescenta a obrigatoriedade do ensino de xadrez à Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional. A ideia da autora, senadora Nilda Gondim, do MDB da Paraíba, é levar a prática do xadrez às escolas públicas e privadas, com o objetivo de melhorar o desempenho acadêmico dos alunos dos ensinos fundamental e médio. O uso do jogo como instrumento pedagógico ganhou notoriedade com o Comitê de Xadrez nas Escolas, criado em 1986 pela Federação Internacional de Xadrez e a Unesco. Além de tornar o ambiente escolar mais atrativo, a atividade contribui para o desenvolvimento de funções cerebrais, como concentração, memória, análise de situações problema e criatividade. Já do ponto de vista moral, a inclusão do xadrez no processo educacional também ajuda a promover a conduta ética dos estudantes por meio do estímulo da socialização e da empatia. Segundo a senadora, a junção dessas competências com a estratégia e os materiais escolhidos pelas autoridades educacionais seria revertido em favor da sociedade e do País, uma vez que resultaria em uma melhor formação de profissionais nas diversas áreas de atuação. O projeto de lei aguarda análise do Senado. Sob supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Luana Corrêa.”

(CORREA. Rádio Senado. 2021)

Ademais, outro aspecto importante é a relação entre brincadeiras e jogos e o aprendizado e desenvolvimento de uma criança, uma vez que para o jovem, o fazer é uma forma acessível de compreender o ensino.

“O entendimento do processo através do qual o brincar se estrutura e daquele pelo qual o brincar se desenvolve e se situa na origem de outras esferas da atividade humana foi mais procurado por outras ciências, notadamente a psicologia. A teoria de Piaget, por exemplo, converteu-se em um dos principais fundamentos para o estudo do brincar, do movimento e das ações humanas, também é claro, para a compreensão dos processos de aprendizagem. Essa teoria foi assim extensivamente

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utilizada não só pela educação física, mas igualmente pela pedagogia, as quais nela encontraram os princípios teóricos fundamentadores de sua prática pedagógica.” (FREIRE, p. 28, 2008)

Em suma, é importante a contemplação das brincadeiras por parte do professor, de forma que essas sejam usadas como atividades didático-pedagógicas, que possibilitem qualquer tipo de manifestação corporal de diversas formas, as quais às mantenham conectadas com o mundo, dessa forma a criança é instigada de diversas formas, acessando diversas partes do cérebro exigidas naquele momento.

Uma evidência do uso da brincadeira como ensino é a iniciativa postada pelo ministério de educação brasileiro (MEC) que foi em uma escola maranhense, que usou o xadrez para ajudar a desenvolver habilidades cognitivas, de estratégia, concentração, raciocínio lógico e criatividade. O projeto, criado pela professora Fernanda Gomes, resultou da integração das disciplinas gestão, matemática e eletrônica. Segundo Liziane Mesquita, uma das coordenadoras do projeto, a intenção é desenvolver no aluno o raciocínio lógico e levá-lo a fazer uma conexão entre as estratégias de jogo e as do mercado de trabalho.

Ademais, podemos usar a fala do livro: Funções Executivas e Aprendizagem.

O Uso dos Jogos no Desenvolvimento das Funções Executivas escrito por Patrícia Maltes Rodrigues, que diz ‘’o jogo é um recurso que há muito tempo vem sendo usados no trabalho pedagógico. Além da ludicidade proporcionada pelo jogo, este ajuda a desenvolver habilidades cognitivas necessárias para o melhoramento das funções executivas que refletem na regulação comportamental e na aprendizagem. É importante ressaltar que para cada fase de desenvolvimento existem jogos e brincadeiras específicas’’ [...] (RODRIGUES, 2018, p. 81-82)

Então, depende unicamente dos profissionais que trabalham com as crianças, dando-lhes oportunidades de desenvolvimento psicomotor, ou seja, o processo contínuo durante o qual se dá a evolução da inteligência, da comunicação, da afetividade, da sociabilidade e da aprendizagem de forma global e simultânea.

Atualmente, o trabalho pedagógico a partir desse jogo faz com que o desenvolvimento dos aspectos cognitivos e a flexibilidade cognitiva da criança em fase de desenvolvimento se transformem em uma atividade mais lúdica ao mesmo tempo em que usufrui das reconhecidas contribuições que o jogo oferece ao desenvolvimento infantil.

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[...] jogos desenvolvem o prazer – que é o meio da continuidade da ação - e despertam a curiosidade e a vontade. [...] As atividades lúdicas são reconhecidas como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Na educação infantil, mediante a brincadeira, a fantasia, a criança formam a base e adquire a maior parte de seus repertórios cognitivos, emocionais, sociais e motores. (AGUIAR, Educação Inclusiva, p. 19-25. 2004)

Durante o estágio inicial da educação de uma criança, os jogos são de papel importantíssimo por ser a base de seu pensamento crítico e também de gerar o querer pela educação. Ainda mais indispensável para a educação de crianças com deficiências cognitivas diversas, uma vez que normalmente, o ambiente comum de aula não é o suficiente para cativar a atenção destes alunos.

Considerando a importância atribuída aos jogos na educação, Aguiar apresentou uma pesquisa que teve por objetivos averiguar a influência do jogo sobre a aprendizagem de conceitos básicos à leitura e à escrita em deficientes mentais alfabetizáveis e verificar a sua generalização para situações do contexto escolar. (AGUIAR, Educação Inclusiva p. 37.

2004)

A pesquisa realizada de 1997 a 1998 possuía uma amostra de 21 participantes de diferentes idades e gêneros e demonstrou eficiência no treinamento dos conceitos introduzidos para a aprendizagem da pessoa portadora de deficiência mental, tarefa anteriormente considerada de extrema dificuldade pela vagarosidade na formação de conceitos por esse grupo.

Outro grande benefício desses jogos serem usados para o desenvolvimento dos estudantes é a fácil acessibilidade que a escola tem com esse tipo de material, uma vez que, os jogos de tabuleiro são relativamente baratos.

Aproveitamos essa seção para demonstrar o uso de subseções do capítulo e a formatação de titulação. Os títulos de seção são sempre formatados em caixa alta e com negrito e não é necessário que se iniciem em uma nova página. Todos os títulos devem ser separados do texto por uma linha antes e depois e seguem a seguinte formatação conforme a divisão:

O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO NO USO DO XADREZ

Não é novidade pra ninguém que os jogos de tabuleiro são formas dinâmicas de exercitar a mente e de pensar em diferentes soluções para um único problema,

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mesmo com isso, as pessoas não se interessavam tanto por essa prática, e os jogos de tabuleiro, como o xadrez, se tornaram cada vez menos frequentes. Entretanto, durante o período da pandemia, o xadrez e os outros jogos voltaram a ter popularidade, e as pessoas voltaram a praticar a chamada “ginástica da inteligência”.

Parte dessa volta de popularidade se deve graças a estreia da série “O gambito da rainha”, programa que mostra a vida de Beth Harmon, uma garota americana sem família, que aprendeu no orfanato a jogar xadrez, e a partir daí aprende a lidar com

seus diversos traumas.

A série foi lançada na Netflix no mês de outubro, e logo em novembro, o Google serviu de base para diversas buscas relacionadas a xadrez, e uma das pesquisas mais populares foi como se jogava tal jogo. Além disso, a palavra “gambito”, que está relacionada com o movimento que sacrifica um dos peões, também foi muito procurada.

A relação que pôde-se fazer entre os tópicos citados anteriormente é que, através do xadrez, é possível exercitar o cérebro e desenvolver diferentes competências que ajudarão no aumento da produtividade em todos os quesitos, assim como mostra a série. Algumas das conquistas possíveis através desse jogo temos:

um aumento na capacidade para resolver problemas; agilidade na execução de tarefas que necessitam de foco e habilidade manual; agilidade na resolução de problemas; redução do estresse e aumento da capacidade de liderança.

Outra característica importante deste jogo que o destaca como uma ferramenta para o aprendizado é a limitação das peças. As regras do xadrez fazem com que peças tenham determinado padrão de movimento, isto é, o jogador haverá de pensar em como utilizar diferentes meios e até mesmo suas limitações a seu favor, com objetivo de ganhar a partida. O xadrez exercita as habilidades do jogador de ler, analisar, prever e reagir à possíveis movimentos adversários e consequentemente, imaginar possíveis soluções. Cada movimento abre amplas possibilidades de jogadas.

Além da tomada de decisão, em si, você também aprende a tomar decisão sob pressão e a olhar para o longo prazo, isto é, cinco a dez jogadas adiantes. Porque, se o jogador estiver sendo atacado, e ver que que seu rei está em risco, pode se desesperar e tomar a decisão errada. O jogo necessita de que o jogador esteja ciente de que toda decisão envolve risco, sacrifício. “Às vezes, você abre mão de um peão porque pode conquistar a dama, duas ou três jogadas à frente”.

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2 CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, o objetivo geral desse trabalho foi de mostrar como um apenas jogo de tabuleiro conhecido como xadrez pode ajudar tanto um estudante, no raciocínio, nas soluções de problemas, nos planejamentos, no autocontrole, entre outros benefícios.

E de que esse jogo contribui para transformações e novas perspectivas de vida dos praticantes.

Com base nos dados coletados na presente pesquisa, é possível apontar algumas considerações, que a flexibilidade cognitiva é uma habilidade muito importante para o nosso desenvolvimento, tanto escolar como pessoal, pois é a capacidade de pensar de uma maneira diferente em busca de soluções menos óbvias, e como já citado, e o xadrez é um dos jogos que mais aprimora isso, uma vez que ele faz o jogador tomar decisões rápidas durante a partida, visto que todas as partidas são dessemelhantes, cada um tendo seu pensamento para cada jogada, visando a vitória. Assim forçando com que os jogadores precisem agir e reagir de diferentes maneiras, logo desenvolvendo a flexibilidade cognitiva.

Por essa razão, esse importante jogo deveria ser utilizado em todas as escolas, um dos maiores motivos disso é de que o cérebro infantil em desenvolvimento é moldável, ou seja, é capaz de reorganizar-se em padrões e sistemas de conexões sinápticas para adequar o organismo em crescimento às novas capacidades intelectuais e comportamentais da criança. Apesar do aprendizado não ser algo exclusivo na mente dos jovens, as células em desenvolvimento têm maior competência de adaptação do que outras. Portanto, os cérebros jovens tendem a aprender mais facilmente.

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REFERÊNCIAS

Levantamento de todos os textos, livros, artigos e outras mídias utilizados na construção do projeto. REFERENCIAR APENAS O QUE FOI DE FATO UTILIZADO.

Em ordem alfabética de sobrenome do autor. Oportunamente, haverá orientações mais específicas sobre como escrever uma referência bibliográfica. Exemplo:

ANJOS, Ana. Os primeiros jogos de tabuleiro da história. Obvius, 2013. Disponível

em:<http://lounge.obviousmag.org/anna_anjos/2013/01/a-origem-dos-jogos-de-tabuleiro.html>.

Acesso em 26/07/2021

APPOLINÁRIO, Fábio. Metodologia da ciência. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

CARVALHO, Ana Amélia Amorim. A representação do conhecimento segundo a teoria da flexibilidade cognitiva. 2000. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/488>. Acesso em 26/07/2021.

CORREA, LUANA. Projeto obriga o ensino de xadrez nas escolas públicas e privadas. Disponível em:

<https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2021/09/01/projeto-obriga-o-ensino-de-xadrez-nas- escolas-publicas-e-privadas>. Acesso em 29/10/2021.

DIAMOND, Adele. Adele Diamond on Executive Functions and the Brain. hceconomics, 28 de mar.

de 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8mxjr_pE-DY>. Acesso em 14/06/2021.

DIAS, N. M.: SEABRA, A. G. Programa de Intervenção em Autorregulação e Funções executiva:

Piafex. São Paulo, SP: Memnon, 2013.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2020.

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HAGUENAUER, Cristina Jasbinscheck et al. Uso de jogos na educação online: a experiência do LATEC/UFRJ. Revista Educaonline, v. 2, p. 1-11, 2008.

HELOÍSA, Flávia. Funções Executivas, 2004. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/profile/Flavia-Heloisa-

Santos/publication/273753178_Funcoes_Executivas_2004/links/5509f6be0cf20f127f90bff8/Funcoes- Executivas-2004.pdf>. Acesso em 26/07/2021.

MCDONALD, Patrick S. The benefits of chess in education. Benefícios do xadrez na educação. Disponível em: ajedrez21. com <http://www. ajedrez21. com/circulares/descargas/BenefitsOfChessInEducation.>, Acesso em 24/10/2021.

MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995. Disponível em:<http://www.dfi.ccet.ufms.br/prrosa/Pedagogia/Capitulo_5.pdf.> Acesso em 26/07/2021.

RAMOS, Daniela Karine; ROCHA, Natália Lorenzetti da. Avaliação do uso de jogos eletrônicos para o aprimoramento das funções executivas no contexto escolar. Revista psicopedagogia, v. 33, n. 101, p. 133-143, 2016.

RODRIGUES, P. M. Funções Executivas e Aprendizagem: o uso dos jogos no desenvolvimento das funções executivas 2.0. 2. ed. Salvador: 2B, 2018.

SEVERINO, Antônio. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2016.

ZECA, Gutierres. GQGlobo, 2019. Disponível em:

<https://gq.globo.com/Paternidade/noticia/2019/03/10-razoes-que-provam-jogar-xadrez-aumenta- inteligencia-dos-seus-filhos.html>. Acesso em 26/07/2021

FREIRE, joão Batista. De corpo e alma: o discurso da motricidade. São Paulo: Summus, 1991

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