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INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS: ANÁLISE DO GRAU DE EVIDENCIAÇÃO DAS OPERAÇÕES PELAS COMPANHIAS BRASILEIRAS LISTADAS NO IBOVESPA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – MOSSORÓ-RN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (2017)

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS: ANÁLISE DO GRAU DE EVIDENCIAÇÃO DAS OPERAÇÕES PELAS COMPANHIAS BRASILEIRAS

LISTADAS NO IBOVESPA

Lucas Rafael da Cunha e Silva1, Thaiseany de Freitas Rêgo2

Resumo: Os derivativos são produtos financeiros comumente utilizados pelas empresas de capital aberto, com o intuito de gerenciar o risco de oscilação do preço de seus ativos. O presente estudo tem como objetivo analisar qual o nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos das empresas que compõem a carteira de ativos do Ibovespa. Para tanto, fez-se necessário identificar as companhias brasileiras listadas no Ibovespa e que fazem uso de instrumentos derivativos, o que resultou em uma amostra não probabilística composta por 37 empresas. Após definir a amostra, procedeu-se com a análise documental das notas explicativas das empresas, com vias a identificar o grau de evidenciação de suas operações com instrumentos financeiros derivativos, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 40(R1), adotando como referência para a coleta de dados, as demonstrações contábeis encerradas em 2016. Ao proceder com a análise, observa-se que predomina o uso de derivativos com a finalidade de Hedge, o que culminou com a análise de 78 derivativos, dos quais 46,15% classificam-se como contratos de Swap. Nesse contexto, observa-se que houve melhorias significativas no nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos, principalmente, no que concerne aos aspectos inerentes ao valor justo, bem como a divulgação de políticas de investimento e dos riscos a que as empresas estão expostas.

Palavras-chave: Evidenciação. Instrumentos financeiros. Derivativos.

1 INTRODUÇÃO

A Contabilidade configura-se como uma Ciência Social Aplicada, que detém o patrimônio e suas variações como objeto de estudo (MARTINS; IUDÍCIBUS, 2013). Nessa perspectiva, a produção de informações úteis para a tomada de decisão é satisfeita com a publicação de demonstrações e relatórios contábeis que indiquem qual a real situação econômica, financeira e patrimonial da entidade. Isso, porque, os mesmos costumam reunir todo o aparato necessário para indicar as tendências da entidade e em que condições pode gerar benefícios futuros.

Aquino e Santana (1992) destacam que o processo de evidenciação propicia a divulgação de elementos sobre a real situação da empresa. Logo, permitem aos atuais e potenciais usuários da informação contábil, identificar as práticas organizacionais utilizadas com a finalidade de gerar lucro, aplicar recursos e se manter ativa no mercado. Para Ho e Wong (2003) esse cuidado requer a atenção dos profissionais da contabilidade, no sentido de subsidiar o processo de tomada de decisão dos investidores e potencializar a divulgação de informações obrigatórias e espontâneas.

1 Bacharelando em Ciências Contábeis (rafaelddj2@gmail.com).

2 Doutor (a) em Administração pela PUC-PR (thaiseany@ufersa.edu.br).

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Quando se trata do sistema financeiro, Darós e Borba (2005) destacam que o mesmo tem se desenvolvido rapidamente, principalmente, diante da complexidade e sofisticação das transações com instrumentos financeiros derivativos. Assaf Neto (2014), comenta que o propósito do referido instrumento consiste em transferir riscos entre os participantes do mercado e propiciar uma gestão financeira protegida contra situações inconstantes. Isso, porque, no cenário atual as empresas desejam manter suas carteiras de investimento bem diversificadas e reduzir o risco não sistemático.

Preocupados com a redução do risco, Brigham e Ehrhardt (2006) comentam que o mercado de derivativos cresce em escala exponencial, primando pela precificação e uso de meios de evidenciação eficazes. Nesse contexto, o uso de derivativos propicia a proteção (Hedge) e reduz os riscos do negócio. O Hedge costuma ser utilizado pelas organizações que trabalham com instrumentos financeiros, com o intuito de se proteger da especulação e alavancagem financeira.

Quando se trata do uso de derivativos, Brigham e Ehrhardt (2006) comentam que os mesmos se enquadram como contratos a termo, futuros, swaps e opções. Nessa conjuntura, Assaf Neto (2014) esclarece que existem dois tipos de derivativos disponíveis no mercado nacional, um essencialmente financeiro e outro do tipo não financeiro. Os derivativos financeiros referem-se àqueles que são formados por taxas de juros, ações, índices e moeda, já os não financeiros configuram-se como commodities, o que inclui petróleo e ativos agropecuários.

No que diz respeito aos aspectos normativos, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), é responsável por deliberar sobre normas e procedimentos de reconhecimento, mensuração e evidenciação (MARTINS; IUDÍCIBUS, 2013). Segundo Martins e Iudícibus (2013, p. 20) “os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emanadas do CPC são, basicamente, traduções das normas internacionais, com raras adaptações de linguagem e de algumas situações específicas”. Isso mostra que o processo de convergência às normas internacionais de contabilidade é algo possível e tende a se concretizar com o esforço dos órgãos que compõem o CPC.

Considerando os pontos mencionados, Costa Jr (2003) detecta índices baixos de apresentação voluntária de informações sobre derivativos. No estudo de Dáros e Borba (2005) observa-se que as maiores empresas brasileiras não atendem as determinações de evidenciação para derivativos, principalmente, quando se trata da avaliação a preço de mercado, controle do risco, câmbio e políticas de investimento. Já Ambrozini (2014), aponta que há melhorias no grau de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos, após a inserção dos Pronunciamentos Técnicos 38, 39 e 40.

Quando se trata da evidenciação de derivativos em empresas de capital aberto, destaca-se que esse se torna um estudo interessante quando abarca empresas listadas no Índice Bovespa (Ibovespa). Isso, porque, a Brasil, Bolsa, Balcão (B3), antiga Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) está entre as maiores bolsas do mundo, cujo valor de mercado em 2015, somou a importância de R$ 19.765 bilhões (BM&FBovespa, 2015). Seguindo essa lógica, o presente estudo se propõe a responder a seguinte questão de pesquisa: “Qual o nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos das empresas que compõem a carteira de ativos do Ibovespa?”

Fundamentando-se no problema de pesquisa proposto, o presente estudo tem como objetivo, analisar qual o nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos das empresas que compõem a carteira de ativos do Ibovespa. Para tanto, fez-se necessário identificar entre as organizações que compõe o Ibovespa, as que se utilizam de instrumentos financeiros derivativos, bem como verificar qual a finalidade e os tipos de derivativos adotados por essas empresas. Ademais, cabe fazer um checklist fundamentado no Pronunciamento Técnico CPC 40 (R1), para construir um índice de evidenciação de instrumentos financeiros derivativos.

De modo geral, o presente estudo contribui com o debate sobre evidenciação contábil, a partir da adoção das normas internacionais de contabilidade no Brasil, uma vez que complementa a avaliação do grau de evidenciação de instrumentos financeiros

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derivativos (AMBROZINI, 2014). Além disso, salienta-se que há poucos estudos que envolvem essa temática após o esforço nacional para convergir as normas internacionais de Contabilidade. Assim, o presente estudo aprofunda a pesquisa sobre as discussões inerentes a evidenciação obrigatória e voluntária, ao mesmo tempo em que amplia o debate sobre o uso de derivativos nas empresas com ações negociadas em bolsa.

2 EVIDENCIAÇÃO

Iudícibus (2009) e Ambrozini (2014) destacam a evidenciação como resultado da publicação de informações úteis ao processo de tomada de decisão, devendo as mesmas se enquadrar como adequadas, justas, tempestivas, materiais e relevantes. Hendriksen e Van Breda (2012) apontam que a divulgação de informações se destina a atender demandas de grupos específicos, como: funcionários, clientes, órgãos do governo, fornecedores, público em geral e acionistas. Logo, a evidenciação contempla elementos que propiciam a prestação de contas, o que exige dos gestores uma divulgação adequada quanto às necessidades de seus atuais e potenciais usuários.

O Pronunciamento Técnico CPC 00 (R1) destaca que a Contabilidade busca fornecer aos seus usuários, informações sobre a natureza, movimentação e composição da situação econômica, financeira e patrimonial da organização. Isso, porque, as mesmas permitem com que os usuários tenham conhecimento sobre as origens e aplicações dos recursos da entidade. Nessa perspectiva, para que seja possível interpretar o conteúdo das demonstrações contábeis, o usuário precisa deter conhecimentos razoáveis sobre finanças e contabilidade.

Considerando os pontos enumerados, compreende-se que as informações de caráter econômico-financeiro podem se classificar como quantitativas e qualitativas. Sobre informações quantitativas, Hendriksen e Van Breda (2012), afirmam que as mesmas observam critérios de decisão a respeito de dados quantitativos importantes para os usuários, dando ênfase a informações financeiras que possam contribuir com a tomada de decisões. Iudícibus (2009), afirma que a informação qualitativa é muito mais difícil de ser avaliada, pois envolve julgamentos subjetivos.

Ainda de acordo com Iudícibus (2009), a evidenciação consiste em dar destaque as informações relevantes, de modo a omitir o que for irrelevante, a fim de tornar os demonstrativos significativas e possíveis de serem compreendidas por seus usuários. Em relação a quantidade de informações, muitas expressões e conceitos são utilizados, como:

evidenciação adequada, evidenciação justa e evidenciação plena. Contudo, sobre esses termos não se percebe uma diferenciação efetiva, haja vista que a evidenciação deve, por natureza, ser plena, adequada e justa.

Hendriksen e Van Breda (2012), afirmam que atualmente é muito forte a opinião de que as empresas divulgam toda informação necessária para o funcionamento adequado dos mercados de capitais, principalmente, se utilizar capital estrangeiro. Nesse sentido, as empresas de capital aberto têm se preocupado cada vez mais em evidenciar elementos que possam contribuir com o atendimento das demandas por informações confiáveis. Seguindo essa perspectiva, o Quadro 1 contempla os relatórios comumente utilizados para evidenciar a situação econômica, financeira, patrimonial, social e ambiental da entidade.

Quadro 1: Relatórios empresariais (continua)

Tipo Nome Finalidade

Obrigatório

Demonstrações Contábeis

Apresentar informações aos diversos usuários, relativas à gestão do patrimônio ocorrida durante um exercício social.

Relatório da administração

Detalhar os dados informados nas demonstrações contábeis, de modo a ilustrar o desempenho da entidade no período e analisar a gestão da companhia.

Notas explicativas Esclarecer as demonstrações contábeis, informando critérios, métodos de avaliação e composição dos saldos das contas.

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Quadro 1: Relatórios empresariais (conclui)

Tipo Nome Finalidade

Voluntário

Relatório de sustentabilidade

Retratar quais as práticas de sustentabilidade adotadas pelas entidades.

Balanço social Demonstrar o grau de comprometimento que a organização tem em relação à sociedade e ao meio ambiente.

Fonte: Adaptado de Szuster et al. (2010).

A Lei n.º 6.404/1976 trata as demonstrações contábeis como relatórios obrigatórios e que são elaborados a partir da escrituração, cuja finalidade consiste em apresentar informações de caráter econômico, financeiro e patrimonial. A referida lei também exige que as demonstrações financeiras das companhias abertas sejam obrigatoriamente analisadas por auditores independentes que possuam registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ademais, os mesmos ainda precisam observar as normas expedidas pela referida comissão e seguir ao que preceitua aos padrões internacionais de contabilidade.

O Relatório da Administração (RA), de acordo com Iudícibus (2009) engloba informações de caráter não financeiro e que afetam as operações das empresas. Dentre as principais, destaca-se as expectativas em relação ao futuro, no que se refere à empresa em si e ao setor em que atua, assim como planos de crescimento da companhia. O RA também propicia a evidenciação de um conjunto de informações que complementam as demonstrações contábeis e subsidiam o processo de tomada de decisões.

Para Iudícibus (2009), as Notas Explicativas (NE) objetivam evidenciar informações que não podem ser apresentadas no Balanço patrimonial, Demonstração do resultado, Demonstração da mutação do patrimônio líquido, Demonstração do fluxo de caixa e Demonstração do valor adicionado. Para Hendriksen e Van Breda (2012), as NE apresentam informações não quantitativas, como parte integral dos relatórios contábeis, bem como qualificações e restrições de alguns itens patrimoniais e financeiros, além de detalhes a respeito de sua composição. Iudícibus (2009) explica que as NE costumam ser utilizadas para apresentar dados quantitativos detalhados e que também poderiam ser alocados em quadros suplementares.

Já o Relatório de Sustentabilidade (RS), segundo Gomes (2012), funciona como um instrumento de prestação de contas que atende tanto aos investidores, como a sociedade.

Isso, porque, reflete a imagem da empresa em relação ao meio ambiente e possibilita a realização de ajustes organizacionais direcionados para a sustentabilidade. As informações contidas no RS são complementares aos demonstrativos contábeis tradicionais e tem o papel de revelar quais ações são realizadas pelas organizações afim de preservar o meio ambiente e trazer melhores condições de trabalho a sociedade.

O Balanço Social (BS), de acordo com Tinoco e Kraemer (2011), é um instrumento de gestão e de informação que visa evidenciar, de forma transparente, as informações contábeis, econômicas, sociais e ambientais. Nessa conjuntura, o BS contempla uma série de informações de caráter qualitativo, pertinentes as atitudes ecológicas e as relações da empresa com o meio ambiente. Assim, o BS trata de assuntos referentes a responsabilidade social corporativa da companhia, além das relações profissionais e as contribuições da entidade para com a comunidade.

2.1 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

O CPC já emitiu alguns pronunciamentos que tratam sobre os derivativos (AMBROZINI, 2014), como ilustrado no Quadro 2. Nessa conjuntura, destaca-se que os Pronunciamentos técnicos foram escritos com o intuito de normatizar o tratamento contábil a ser dado aos instrumentos financeiros e possibilitar a convergência as normas internacionais do International Accounting Standards Board (IASB). Os mesmos se fundamentam em dois International Accounting Standard (IAS), o “IAS 39: Financial Instruments: Recognition and Measurement” e “IAS 32: Financial Instruments: Presentation”.

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Quadro 2: Pronunciamentos que tratam dos instrumentos financeiros

PRONUNCIAMENTO FINALIDADE

CPC 14 (2008)

Estabelecer princípios para o reconhecimento e a mensuração de ativos e passivos financeiros e de alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros.

CPC 38 (2009)

Estabelecer princípios para reconhecer e mensurar ativos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros.

CPC 39 (2009)

Estabelecer princípios para a apresentação de instrumentos financeiros como passivo ou patrimônio líquido e para compensação de ativos financeiros e passivos financeiros

CPC 40-R1 (2012)

Exigir que a entidade divulgue nas suas demonstrações contábeis aquilo que permita que os usuários avaliem a significância do instrumento financeiro, bem como a natureza e a extensão dos riscos.

CPC 48 (2016)

Estabelecer princípios para os relatórios financeiros de ativos financeiros e passivos financeiros que devem apresentar informações pertinentes e úteis aos usuários de demonstrações contábeis.

Fonte: Elaborado pelo autor.

O CPC emitiu o primeiro Pronunciamento técnico, o CPC 14, em 2008, que se manteve válido até 2009, com o intuito de normatizar o tratamento contábil a ser dados aos instrumentos financeiros. Destaca-se que o mesmo foi substituído pelos Pronunciamentos técnicos CPCs 38, 39 e 40, que passaram a vigorar em 2010, com o objetivo de normatizar o tratamento contábil a ser dado aos instrumentos financeiros derivativos e não derivativos.

Logo, converge para com a crença do CPC, de que os usuários das demonstrações contábeis precisam de informações sobre a posição da empresa a riscos e como esses riscos são gerenciados.

Ante ao exposto, destaca-se que o Pronunciamento técnico CPC 38 (2009), foi escrito com o propósito de retratar os princípios necessários para o reconhecimento e mensuração dos ativos financeiros, passivos financeiros e alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros. Já o Pronunciamento técnico CPC 39 (2009), aponta quais os elementos necessários para a apresentação de instrumentos financeiros, preocupando- se em tratar de práticas de reconhecimento e mensuração dos ativos e passivos financeiros ilustrados no Pronunciamento Técnico CPC 38 (2009) e que devem ser divulgados conforme expresso no Pronunciamento CPC 40-R1 (2012). Esse último pronunciamento aponta que uma boa divulgação é possível quando permitam aos usuários avaliar a significância do instrumento financeiro e sua influência no desempenho da entidade, bem como sua contribuição na determinação da posição patrimonial e financeira.

Posteriormente aos fatos enumerados, foi emitido o Pronunciamento técnico CPC 48, no ano de 2016, como intuito de substituir a norma atualmente vigente sobre Instrumentos Financeiros (CPC 38). O CPC 48 estabelece as práticas apropriadas no reconhecimento e mensuração de ativos e passivos financeiros, que devem apresentar informações pertinentes e úteis a respeito da avaliação dos valores, época e incerteza dos fluxos de caixa futuros da entidade. O mesmo corresponde ao IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, que substitui as normas vigentes (IAS 32 e 39) e que devem ser implementados pelas entidades a partir de 1.º de janeiro de 2018.

Quando se trata dos instrumentos financeiros, os derivativos se destacam por possuírem características peculiares. Assaf Neto (2014) comenta que os derivativos representam instrumentos, cujo preço deriva de outro ativo que é subjacente ao contrato.

Nessa perspectiva, a adoção de derivativos na gestão financeira de uma organização pode proteger contra riscos. Ademais, os mesmos podem ser classificados, segundo Cova (2006), como do tipo financeiro (taxa de juros, taxas de câmbio, ações, índices da bolsa, moeda) ou não financeiro (ativos agropecuários, cotação do barril de petróleo, commodities).

Considerando que os instrumentos derivativos podem ser utilizados com a finalidade de produzir Hedge, arbitragem, especulação ou alavancagem, como ilustrado no Quadro 3, destaca-se que os mesmos estão vinculados ao risco da entidade. Nessa conjuntura, a sua

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função consiste em proteger a empresa com um bem físico, ou diluir os riscos relacionados aos ativos. Para Assaf Neto (2014) a decisão de realizar um Hedge pressupõe a existência de um risco inicial, que pode ser oriundo da atividade no mercado financeiro ou da própria atividade operacional da entidade.

Quadro 3: Finalidade dos derivativos

FINALIDADE IDEIA PRINCIPAL

Hedge Proteger o participante do mercado físico de um bem ou ativo contra variações adversas de taxas, moedas ou preços.

Arbitragem

Observar a oportunidade de participar do mercado ao mesmo tempo em que aufere lucros a partir de uma diferença na avaliação de dois ativos.

Especulação Auferir lucro na compra e venda de contratos futuros, com o intuito de ganhar um diferencial entre o preço de compra e de venda

Alavancagem Assumir os riscos de uma negociação com instrumentos financeiros Fonte: Adaptado de Bessada (2000) e Assaf Neto (2014).

Segundo Bessada (2000), os Hedges representam agentes econômicos que desejam proteger-se contra os riscos derivativos oriundos das flutuações nos preços das commodities, taxas de juros e indexação de moedas estrangeiras. Assaf Neto (2014) destaca que um instrumento financeiro pode proteger seus ativos com o uso de outros ativos disponíveis no mercado de derivativos. Nessa perspectiva, a gestão de riscos das empresas utiliza os mercados futuros e de opções para manter suas posições atuais e reduzir as possíveis situações desfavoráveis que podem surgir.

Cabe destacar que na arbitragem, o preço de dois ativos, de mesmo risco e expectativas de ganhos, pode estar cotado de forma diferente em dois ou mais mercados (ASSAF NETO, 2014). Nessa situação, existe a possibilidade de o investidor realizar ganhos financeiros sem risco, bastando ao mesmo adquirir o ativo no mercado mais barato e vendê- lo no mercado que detém uma cotação mais alta. Logo, os indivíduos que atuam como investidores em operações dessa natureza são denominados de arbitradores.

Na atividade de especulação o indivíduo não tem nenhum tipo de interesse em comprar e permanecer com o ativo-objeto. Para Bessada (2000) os especuladores representam agentes econômicos que estão dispostos a assumir os riscos das variações de preços, com o intuito de obter ganhos financeiros. Portanto, a compra ou venda de um ativo, considera a revenda ou recompra em uma data posterior, ao passo em que também observa o que motiva a ação é a antecipação de uma mudança nos preços e não uma vantagem resultante do uso ou transformação (FARHI, 1999).

O uso de derivativos para alavancagem costuma ser realizado por empresas que desejam assumir riscos maiores, diante de uma situação de negociação que exige um volume menor de capital, do que a compra do ativo à vista (FARHI, 1999). Nessa conjuntura, ao adicionar a posição de derivativos em seus investimentos, a empresa pode aumentar a sua rentabilidade a um custo mais baixo. Nesse sentido, Farhi (1999) afirma que a utilização de mecanismos de alavancagem nos fundos de investimento pode expandir de forma célere devido à forte concorrência entre os administradores de recursos que buscam uma rentabilidade máxima.

O CPC 38 (2012) destaca os derivativos como um instrumento financeiro que deve possuir, necessariamente, três características: permitir a alteração de seu valor em relação a uma variável, como taxa de juros, preço de mercadoria ou taxa de câmbio; possuir um baixo investimento líquido inicial; e ter liquidação no futuro. Portanto, é necessário que para atender a definição de derivativo, o contrato possua um referencial sobre um ativo base, podendo ser classificado como ilustrado no Quadro 4. Isso, porque, um investimento inicial inexistente ou muito pequeno, se reflete na liquidação de uma operação em data futura.

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Quadro 4: Classificação dos derivativos

CLASSIFICAÇÃO IDEIA CENTRAL

Contratos a termo (forward)

São negociados fora da bolsa de valores entre as partes interessadas, com o objetivo de proteger-se das flutuações indesejadas, nos preços futuros.

Contrato futuro São negociados em bolsa de valores, o objeto de negociação é o preço de um ativo ou índice representativo desse ativo no futuro.

Contratos com opções

São negociados o direito de comprar ou vender algum ativo, por um preço certo e determinado, em um futuro definido, pagando-se um prêmio ao vendedor da opção.

Contratos de Swap

Consiste na troca de taxas (ou preço) entre as duas partes, em que uma delas se obriga a pagar a outra determinada taxa sobre um valor de referência, previamente acordado, recebendo em contrapartida, uma taxa diferente da calculada sobre o mesmo valor de referência.

Fonte: Adaptado de Hoji (2014).

Nos contratos a termo (forward) negocia-se uma quantidade específica de um bem por um preço exclusivo, que pode ser liquidado em uma data futura e pré-determinada.

Logo, observa-se certa flexibilidade nas condições de prazo, preço, garantia e forma de liquidação, sendo que nenhuma das partes pode desistir do contrato antes do vencimento.

Assim, a operação a termo é um contrato não padronizado e acordado entre as partes, em um ambiente externo a Bolsa de valores (TEIXEIRA, 2015).

Hoji (2014, p. 543) destaca que os “contratos a termo são negociados entre as partes interessadas, fora das bolsas de valores, com o objetivo de proteger-se das flutuações indesejadas nos preços futuros”. Nessa circunstância, as condições dos contratos a termo podem ser variadas e definidas entre as partes que negociam o contrato, como ocorrem com as commodities. Além disso, outra possibilidade de negociação com o contrato a termo pode ser identificada com a contratação de empréstimo ou compra de dólar.

Já quanto aos contratos futuros, na essência destacam-se algumas semelhanças com os contratos a termo, se diferenciando apenas quanto a padronização (SILVA, 2010).

Nessa perspectiva, conta com prazos e garantias definidas, e são negociados dentro das Bolsas de valores. Logo, consideram contratos de riscos no mercado futuro que observam às expectativas de variação de preços futuros de ativos reais e financeiros, tudo isso com o intuito de possibilitar a administração dos riscos, dos preços e da especulação (SILVA et al., 2008).

Silva (2010) comenta que no contrato futuro o comprador e vendedor se obrigam a comprar ou vender determinado ativo, mediante contratos padronizados e negociados em bolsa, que possuem garantia contra inadimplência. Silva et al. (2008) afirma que o hedging é a essência do Mercado Futuro, é por esse mecanismo que os atores do agronegócio podem se proteger de elevação ou queda de preço das commodities agropecuárias, garantindo suas margens de lucro. Portanto, as empresas que atuam no segmento da agricultura negociam suas mercadorias por meio de contratos futuros comercializados em bolsa.

De acordo com Gitman e Madura (2014), os contratos com opções podem ser de compra (call) ou de venda (put), e envolvem direitos nos contratos a serem realizados no futuro, considerando para isso a oportunidade de comprar ou vender um ativo específico em condições peculiares, o que recai sobre o vendedor da opção o direito de receber um prêmio pelo risco assumido. De modo geral, os contratos de opções dão direito de compra ou venda de ações e são negociados em Bolsas de valores. A respeito dos direitos concedidos pelas opções, Cova (2005, p. 3) salienta que “esses direitos podem ser exercidos durante a vida da opção, ou seja, até a data de exercício”.

Para Cova (2005, p. 3), “uma das caraterísticas das opções, que faz com que esse instrumento derivativo seja arriscado, consiste na natureza assimétrica das posições assumidas pelo vendedor e pelo comprador da opção”. Ainda a respeito dos riscos atribuídos aos contratos de opções, Hoji (2014) afirma que existe uma série de

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componentes de risco relacionados as opções. Os riscos referem-se as oscilações e a volatilidade, que podem ocorrer no valor de determinado ativo ou taxa.

Nos contratos de swaps, as partes relacionam suas variáveis a um montante principal, que pode ser trocado entre as partes, de modo a receber a diferença entre a taxa negociada no contrato e a auferida ao seu final. Nessa condição, o contrato assume as mesmas características dos contratos a termo, sendo os mesmos negociados no balcão, fora das bolsas, sem nenhum tipo de padronização ou garantia. Logo, as contrapartes é que determinam a data adequada para a sua liquidação do contrato (HOJI, 2014).

Segundo Hoji (2014), as operações com Swap consistem na troca de taxas ou preços entre as partes envolvidas no contrato, sendo que uma delas se obriga a pagar a outra, uma taxa de referência que foi previamente acordada e recebe em troca uma taxa calculada sobre o valor de referência. Nessa conjuntura, as taxas de juros e de câmbios podem se enquadrar como do tipo prefixadas, flutuantes, ou de câmbio. A proteção de preços contra variações indesejadas e a redução do risco de crédito para as partes negociantes são vantagens da utilização de operações com Swap.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Considerando o propósito do presente estudo, o mesmo enquadra-se quanto aos objetivos, como do tipo descritivo. Isso, porque, faz-se necessário proceder com a identificação das organizações que se utilizam de instrumentos financeiros e estão listadas no Ibovespa, bem como dos tipos de derivativos e meios de proteção adotados. Tudo isso, com o intuito de compor o índice de evidenciação dos instrumentos financeiros, seguindo às orientações do CPC 40 (R1) e descrever que tipo de informação predomina ao evidenciá- los. Segundo Gil (2010, p. 28), a pesquisa descritiva “têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”.

No que diz respeito aos procedimentos, a pesquisa classifica-se como de caráter documental, uma vez que se vale da análise de conteúdo dos relatórios contábeis, para identificar os itens evidenciados a respeito dos instrumentos financeiros. Raupp e Beuren (2006) salientam que esse tipo de pesquisa se pauta na análise de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico e sobre o qual há a necessidade de investigar. Logo, torna-se essencial identificar as informações que estão dispersas e sistematizá-las para iniciar o processo de análise, como orientado por Ambrozini (2014).

Para a definição da amostra considerou-se as empresas que atuam no Ibovespa, bem como o acesso as demonstrações financeiras referentes ao ano de 2016 e de informações a respeito dos instrumentos financeiros, como disposto no Apêndice. Nesse contexto, adotou-se uma amostragem do tipo não probabilística e por acessibilidade, o que segundo Malhotra (2012), observa a seleção de unidades amostrais que abarcam elementos convenientes. Seguindo essa lógica, foram excluídas da amostra as instituições financeiras (Banco do Brasil, Bradesco, BB Seguridade, Bradespar, Itau, Itau Unibanco e Santander), uma vez que os derivativos são seus elementos operacionais na gestão de riscos e cujos dados já são naturalmente apresentados nas demonstrações contábeis. Os documentos utilizados para a análise de conteúdo foram obtidos na página da B3, considerando o ano de 2016 como referência de divulgação anual, e o recorte amostral, as empresas que compunham a carteira teórica de ações do Ibovespa, no período de maio a agosto de 2017, como pode ser observado na Tabela 1.

Tabela 1: Referência para o número de empresas que compõem a amostra (continua) Quantidade de

empresas Número de empresas listadas no Ibovespa, em junho de 2017 55 ( - ) Número de empresas, instituições ou conglomerados financeiros (7)

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Tabela 1: Referência para o número de empresas que compõem a amostra (conclui) Quantidade de

empresas ( - ) Número de empresas que declaram não utilizar derivativos (9) ( - ) Número de empresas que não divulgam as demonstrações (2) ( = ) Número de empresas que compõem a amostra final 37 Fonte: Dados da pesquisa.

Segundo dados da BM&FBovespa (2015), para compor o Ibovespa, a empresa deve atender cumulativamente a alguns critérios, como: fazer parte de um conjunto de empresas que possuem 85% do volume de negócios, ter presença em pregão de 95% no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores, ter volume de negociação maior que 0,1% do total dos negócios realizados no mercado à vista e não ser classificada como “penny stock”, que significa ter o valor de negociação da ação muito baixo. Logo, ao analisar a carteira teórica do Ibovespa (maio a agosto de 2017), havia 59 ações de 55 empresas, das quais 4 detinham 2 tipos de ações (Bradesco, Eletrobrás, Petrobras e Vale).

A análise de conteúdo considerou as orientações de Ambrozini (2014), de modo a identificar o grau de observância das orientações emanadas pelo Pronunciamento técnico CPC 40 (R1). Nessa perspectiva, procedeu-se com a leitura completa e análise cuidadosa dos instrumentos de evidenciação utilizados pelas empresas pesquisadas: BP, DR, DMPL, DRA, NE, RA e Formulário de Referência. Tudo isso, de modo a identificar o nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos das empresas que compõem a carteira de ativos do Ibovespa.

Salienta-se que para determinar o índice, adotou-se as categorias listadas no CPC 40 (R1) e apontadas por Ambrozini (2014), como contemplado no Anexo. Tudo isso, de modo a indicar quais elementos compõem o checklist, o que resultou em 23 itens. Além disso, cabe frisar que para determinar o índice de evidenciação, fez-se uso de uma variável dummy, na qual atribuía-se 1 (um), quando se observa o atendimento do item, e 0 (zero) quando o mesmo não estava atendido. Ao finalizar a análise dos documentos e preenchido o checklist, procedeu-se com a determinação do nível de evidenciação, que considerou, sem atribuição de pesos, que para cada um dos 23 itens analisados (O), dividia-se o total de pontos de cada item por 37, que representa o total de empresas analisadas (T), obtendo-se assim a porcentagem de disclosure de cada um dos 23 itens de evidenciação (%D), conforme equação 1 (AMBROZINI, 2014).

%D = O/T x 100 (1)

Em que:

%D = Percentual de disclosure de cada um dos 23 itens de evidenciação;

O = Somatório do número de itens observados na demonstração das 37 empresas analisadas;

T = Número total de empresas analisadas

Com a coleta dos dados, tornou-se possível identificar o nível de aderência dos demonstrativos financeiros em conformidade com cada requisito de divulgação contido no Pronunciamento técnico CPC 40 (R1). Em seguida, fez-se um confronto entre as normas de evidenciação obrigatórias e os dados obtidos com a análise das empresas. Tudo isso, de modo a subsidiar a análise descritiva, quanto aos tipos de derivativos e meios de proteção adotados pelas empresas, bem como qualificar o nível de evidenciação seguido pelas mesmas, considerando o conteúdo do Pronunciamento técnico CPC 40 (R1) (AMBROZINI, 2014).

(10)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao proceder com a análise dos dados, identificou-se que das 55 empresas objeto de estudo, que 37 efetivamente fazem uso de instrumentos financeiros derivativos, como ilustrado na Tabela 1 e no Apêndice. Dentre essas empresas, observou-se que predomina o uso de derivativos com a finalidade de Hedge (100%), como indicado na Tabela 2. A finalidade desse tipo de derivativo, segundo Bessada (2000) e Assaf Neto (2014), consiste em proteger o usuário do instrumento contra variações adversas de taxas de juros, moedas e preços.

Tabela 2: Classificação dos contratos de hedge

Classificação Quantidade de empresas que

utilizam %

Contrato a termos 21 56,75

Contrato futuro 9 24,32

Contrato com opções 12 32,43

Contrato de Swap 36 97,3

Fonte: Dados da pesquisa.

No que concerne a classificação do tipo de derivativo, nota-se que 97,3% (36) das empresas que compõem o Ibovespa fazem uso de contratos de Swap, seguido de contratos a termos (56,75%). Dentre os tipos de Swap utilizados pelas empresas, destacam-se o Swap de moeda e o Swap de taxa de juros. Segundo Hoji (2014), esse tipo de contrato se propõe a proteger a empresa contra variações indesejadas, ao mesmo tempo em que reduz o risco de crédito para as partes negociantes. O uso predominante dos contratos de Swap se explica pela necessidade de proteção das empresas brasileiras, quanto a variação de taxas de juros ou moeda atrelada a empréstimos.

Para compor o índice de evidenciação, fez-se necessário analisar o conteúdo das demonstrações contábeis das empresas listadas no Ibovespa, considerando 31/12/2016 como data base. Logo, para o preenchimento do checklist, com os 23 itens de evidenciação relacionados aos instrumentos derivativos, observou-se as categorias anunciadas por Ambrozini (2014): Balanço patrimonial; Demonstração do resultado do exercício;

Demonstração do resultado abrangente; Notas explicativas; Outras divulgações; Valor justo;

Divulgação qualitativa e divulgação quantitativa.

Para a primeira categoria, considerou-se os elementos indicados no CPC 38 (R3), quanto aos ativos e passivos financeiros: (i) ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado; (ii) investimentos mantidos até o vencimento; (iii) empréstimos e recebíveis e (iv) ativos financeiros disponíveis para venda.

Ao compreender o que deveria ser divulgado, procedeu-se com o preenchimento do checklist, observando o que está expresso no item 8 do CPC 40 (R1), que sugere a evidenciação do valor contábil desses itens na categoria de Balanço Patrimonial. Ao avaliar a categoria, constatou-se que todas as empresas pesquisadas atendem a esse requisito, como ilustrado na Tabela 3.

Tabela 3: Grau de evidenciação dos instrumentos financeiros – categoria Balanço Patrimonial Item de evidenciação Item do CPC 40

(R1)

N° de empresas que divulgaram

Percentual de disclosure O valor contábil de cada categoria de

ativos financeiros e passivos financeiros 8 37 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Ante ao exposto, destaca-se que as 37 empresas analisadas tiveram a preocupação em divulgar o valor contábil de cada elemento indicado no CPC 38 (R3), quando se trata de ativos e passivos financeiros. Isso se confirma em Notas explicativas, ao se observar a

(11)

forma analítica com que os dados foram organizados e apresentados. Comparando isso com os 11,98% de evidenciação indicados no estudo de Costa Jr (2003), quanto ao valor justo, nota-se que a inserção do pronunciamento tem estimulado a divulgação de informações dessa natureza, o que já havia sido observado em 97,8% das empresas analisadas na pesquisa de Ambrozini (2014).

Quando da análise da categoria que engloba a Demonstração do resultado do exercício, Demonstração do resultado abrangente e Notas explicativas, constatou-se que predomina a evidenciação de “Ganhos ou perdas líquidas com instrumentos financeiros” e

“Receitas e despesas totais de juros”, como indicado na Tabela 4. Logo, quando se trata do conteúdo previsto no item 20 do CPC 40 (R1), nota-se que o resultado auferido com o uso dos instrumentos financeiros se sobressai. Considerando os pontos enumerados, cabe frisar que as referidas demonstrações cumprem seu papel, que segundo Szuster et al. (2010) consiste em evidenciar a composição do resultado da entidade.

Tabela 4: Grau de evidenciação dos instrumentos financeiros – categoria DRE, DRA ou NE Item de evidenciação Item do CPC 40

(R1)

N° de empresas que divulgaram

Percentual de disclosure Ganhos ou perdas líquidas com

instrumentos financeiros 20 (a) 37 100%

Receitas e despesas totais de juros 20 (b) e (c) 37 100%

Ganhos e perdas com impairment 20 (d) 6 16,22%

O montante da perda com impairment 20 (e) 6 16,22%

Fonte: Dados da pesquisa.

Ao analisar os itens referentes a evidenciação de perdas ao valor recuperável de ativos (impairment) observou-se que poucas empresas (6) se mostraram preocupadas em apresentar informações que atendam a esse item, o que também foi constatado no estudo de Ambrozini (2014). Isso pode ser justificado pela ausência de evidências quanto a perda de valor recuperável dos instrumentos financeiros utilizados pelas empresas pesquisadas.

Salienta-se que dentre as 6 empresas que identificaram perdas (ou reversão de perdas) com impairment, apenas 1 segregou, de forma adequada, o resultado obtido com impairment de ativos financeiros do resultado auferido com impairment de ativos não financeiros. De modo geral, as empresas apresentam informações qualitativas a respeito de estimativas, premissas, critérios e testes sobre a ocorrência de impairment.

Ao analisar os relatórios publicados pelas empresas, constatou-se que o objetivo principal consistia em utilizar os instrumentos financeiros derivativos para se protegerem das variações nos fluxos de caixa de ativos e passivos contratados ou do risco de variação nos preços de commodities ou alteração do câmbio (BESSADA, 2000). Logo, nota-se que o uso do Hedge (proteção) predomina entre as empresas que não utilizam os derivativos com o intuito de obter ganhos rápidos ou especulativos (DARÓS; BORBA, 2005). Quando se trata das operações com Hedge, nota-se que as políticas contábeis adotadas para a mensuração a valor justo se sobressaem no processo de evidenciação, como disposto na Tabela 5.

Tabela 5: Grau de evidenciação dos instrumentos financeiros – categoria Outras divulgações Item de evidenciação Item do CPC 40

(R1)

Nº de empresas que divulgaram

Percentual de disclosure Políticas contábeis (bases de mensuração

usadas na elaboração das demonstrações contábeis)

21 37 100%

Descrição de cada tipo de Hedge 22 (a) 22 59,46%

Descrição dos instrumentos financeiros designados como instrumentos de Hedge e seus valores justos na data das demonstrações contábeis

22 (b) 25 67,57%

A natureza dos riscos que estão sendo

objeto do Hedge 22 (c) 25 67,57%

Fonte: Dados da pesquisa.

(12)

Os dados indicam que pouco mais de metade das empresas analisadas evidenciam informações relacionadas aos instrumentos financeiros derivativos usados com objetivo de proteção. Isso gera certa preocupação, em razão da falta de aplicabilidade do regime de competência, quando se trata do registro de receita e despesas com Hedge, como destacado por Ambrozini (2014). Apesar disso, os itens 22 (a), (b) e (c) do CPC 40 (R1), relacionados a descrição dos instrumentos financeiros e natureza dos riscos, são evidenciados por boa parte pelas empresas estudadas. Quando se trata da descrição dada a cada tipo de Hedge, os dados indicam que o uso do Hedge de fluxo de caixa e o Hedge de valor justo são os mais expressivos.

Considerando os pontos anunciados, cabe frisar que o uso da contabilidade de Hedge (Hedge accounting) nas operações com Hedge requer o cumprimento de algumas exigências. Dentre as exigências a serem observadas e adotadas pelas empresas pesquisadas, destacam-se a necessidade de reunir documentos sobre: relacionamento do Hedge; objetivo e estratégia de gerenciamento de risco da companhia em contratar a operação de Hedge; identificação do instrumento financeiro; objeto ou transação de cobertura; natureza do risco a ser coberto; descrição da relação de cobertura; demonstração da correlação entre o Hedge e o objeto de cobertura quando aplicável; e demonstração prospectiva da efetividade do Hedge (TEIXEIRA, 2015).

No que diz respeito a mensuração dos instrumentos financeiros, ou seja, a perspectiva de atribuir valor ao instrumento, como exigidos pelos itens 25 a 27 do CPC 40 (R1), constatou-se que todas as empresas apontam quais os pressupostos levados em consideração, quando se trata de ativos e passivos financeiros, como observado na Tabela 6. Isso mostra que as empresas pesquisadas estão preocupadas em tornar as políticas adotadas para mensurar os derivativos mais transparentes. Isso se torna mais claro ao se analisar as Notas explicativas, cujo propósito consiste em ilustrar os principais critérios adotados para avaliar os elementos patrimoniais (SZUSTER et al., 2010).

Tabela 6: Grau de evidenciação dos instrumentos financeiros – categoria Valor Justo Item de evidenciação Item do CPC 40

(R1)

N° de empresas que divulgaram

Percentual de disclosure Valor justo de cada classe de ativos e

passivos de forma que permita ser comparada com o seu valor contábil

25 36 97,30%

Os pressupostos aplicados na

determinação do valor justo de cada classe de ativo financeiro ou passivo financeiro

27 37 100%

Hierarquia de valor justo que reflita a significância dos inputs usados no processo de mensuração

27 (a) 35 94,59%

Fonte: Dados da pesquisa.

Quando se trata da apresentação do valor justo, comparado com o valor contábil, nota-se que quase todas as empresas conseguem deixar esse item evidente em suas notas explicativas, o que denota a preocupação das empresas listadas no Ibovespa com os métodos utilizados para atribuir valor justo aos instrumentos financeiros. Quando se trata da categoria de Valor justo, uma preocupação se mostra relevante, em razão de 2 das 37 empresas analisadas não deixarem claro a questão da hierarquia de valor justo utilizada no processo de mensuração de seus ativos e passivos financeiros. Tudo isso se confirma o que já havia sido constatado por Ambrozini (2014) e mostra que se tem avançado timidamente quando o assunto se volta para a perspectiva de instrumentos financeiros e valor justo.

No que concerne as exigências por evidenciações qualitativas sobre as operações com instrumentos financeiros, presentes nos itens 33 (a) e (b) do CPC 40 (R1), observa-se que as empresas atendem em sua totalidade ao que preceitua o pronunciamento, como ilustrado na Tabela 7. Corroborando com o estudo de Ambrozini (2014), nota-se que as empresas apresentaram um alto nível de evidenciação, quando o assunto é surgimento do risco, e também dos objetivos, políticas e processos utilizados para o gerenciamento do

(13)

risco e dos métodos usados na mensuração do mesmo. Dentre os riscos mais observados, destacam-se aqueles relacionados ao risco de crédito, risco cambial, risco de liquidez, risco de mercado e risco de variação de taxas de juros.

Tabela 7: Grau de evidenciação dos instrumentos financeiros – categoria Divulgação qualitativa Item de evidenciação Item do CPC 40

(R1)

Nº de empresas que divulgaram

Percentual de disclosure

A exposição ao risco e como ele surge 33 (a) 37 100%

Os objetivos, políticas e processos para gerenciar os riscos e os métodos utilizados para mensurar o risco

33 (b) 37 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Quanto as operações de Hedge, observou-se uma maior preocupação com o tratamento dado a exposição de riscos internacionais, como o risco de variação de taxas de juros e ao risco cambial (RAFAEL, 2011). Os riscos de mercado, crédito e liquidez abordados por Ambrozini (2014) não foram identificados nas empresas estudadas, o que demonstra pouca preocupação em evidenciar outros aspectos de exposição ao risco. Nesse contexto, nota-se que as empresas se dedicaram mais a evidenciação das políticas de gestão de risco, assim como à descrição dos objetivos e processos utilizados para gerenciá- los, do que a descrição dos tipos de métodos utilizados para se mensurar os riscos.

Analisando a categoria de Divulgação quantitativa, observa-se na Tabela 8, que nenhuma empresa aborda as alterações advindas de períodos anteriores, nos métodos e pressupostos utilizado. Tal fato corrobora com os achados de Ambrozini (2014), o que pode ter ocorrido em razão da ausência de ações que possam ter resultado em mudanças temporárias ou permanentes nos métodos adotados pelas empresas pesquisadas. Isso mostra que as Notas explicativas estão sendo utilizadas com certa cautela, ou seja, apenas quando se observa a necessidade de complementação de fatos que influenciam a tomada de decisão e estão apresentados de forma resumida nas demonstrações.

Tabela 8: Grau de evidenciação dos instrumentos financeiros – categoria Divulgação Quantitativa Item de evidenciação Item do CPC 40

(R1)

Nº de empresas que divulgaram

Percentual de disclosure Sumário de dados quantitativos sobre sua

exposição aos riscos ao término do período de reporte

34 (a) 36 97,30%

O montante que melhor representa sua

exposição máxima ao risco de crédito 36 (a) 25 67,57%

Descrição da garantia mantida como título

e valor mobiliário (security) 36 (b) 13 34,14%

Análise dos vencimentos para os instrumentos financeiros derivativos passivos.

39 (b) 35 94,59%

Análise de sensibilidade para cada tipo de

risco de mercado 40 (a) 37 100%

Métodos e os pressupostos utilizados na

elaboração da análise de sensibilidade 40 (b) 37 100%

Alterações do período anterior nos métodos e pressupostos utilizados, e a razão para tais alterações

40 (c) 0 0%

Explicação do método utilizado na

elaboração de tal análise de sensibilidade 41 (a) 37 100%

Explicação do objetivo do método utilizado

e das limitações 41 (b) 3 8,11%

Fonte: Dados da pesquisa.

Quando se destaca o item que abarca o montante que melhor representa a exposição máxima da empresa ao risco de crédito, observa-se que 67,57% das empresas

(14)

se preocupam em tratar sobre o assunto. A evidenciação desse item se mostra melhor do que o observado no estudo de Ambrozini (2014), cujo foco centra-se na apresentação de dados relacionado ao value-at-risk (VaR) inerente a mensuração dos derivativos. Em relação a descrição da garantia mantida como título e valor mobiliário, constatou-se que 34,14% das empresas não possuem garantias mantidas como título e valor mobiliário, o que se assemelha ao estudo de Ambrozini (2014).

Outro item com baixo nível de evidenciação diz respeito a explicação do objetivo do método utilizado e das limitações na análise de sensibilidade, que foi indicado por 8,11%

das empresas analisadas, o que é expressivamente menor do que o observado por Ambrozini (2014). Logo, aspectos como a análise de sensibilidade ao risco e suas limitações não são expressas de forma adequada por todas as empresas pesquisadas. Já os itens 34 (a), 39 (b), 40 (a) e (b) e 41 (a) apresentaram alto nível de evidenciação, com destaque para a construção de cenários fundamentados na sensibilidade dos instrumentos financeiros ao risco.

Logo, ao analisar o nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos das empresas que compõem a carteira de ativos do Ibovespa, observa-se que a ausência de punição, como as que estão previstas nos pronunciamentos do CPC, limitam o poder preditivo da que a informação Contábil pode oferecer. No mais, salienta-se que a adoção das práticas de evidenciação anunciadas nos Pronunciamentos técnicos do CPC podem melhorar e até ampliar a qualidade da informação contábil. Isso tende a ampliar a capacidade das partes interessadas em tomar decisões mais acertadas e cientes dos riscos embutidos nas operações com instrumentos derivativos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo se propôs a analisar qual o nível de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos das empresas que compõem a carteira de ativos do Ibovespa. Para tanto, fez-se necessário analisar as demonstrações contábeis das empresas que fizeram parte da amostra final e comparar os resultados obtidos com os de outros estudos que adotaram uma sequência similar. Tudo isso, de modo a compreender se a inserção dos Pronunciamentos contábeis, alinhados as normas internacionais, estão sendo adotados pelas empresas de capital aberto.

Quanto as organizações que compõe o Ibovespa, constatou-se que 37 delas evidenciam que fazem uso de instrumentos financeiros derivativos, com a finalidade de Hedge (100%). Comparando-se isso com outros estudos, nota-se que tem ocorrido melhorias significativas no processo de evidenciação de instrumentos financeiros ativos e passivos. Isso se torna ainda mais perceptível, quando se observa o conteúdo o alinhamento das empresas ao conteúdo da Instrução CVM n.º 475/2008, que permite tornar as informações ainda mais transparentes.

No que diz respeito aos tipos de derivativos com Hedge, observa-se que as empresas pesquisadas se preocupam em detalhá-lo, quando se trata dos contratos de Swap (97,3%). Quanto aos ganhos e perdas com impairment, constata-se que são poucas as observações a respeito do assunto, tendo em vista que as empresas podem não estar realizando o teste de recuperabilidade de seus ativos financeiros, no período analisado. Isso se confirma na categoria de divulgação qualitativa, que apresentou o maior grau de evidenciação em termos de detalhes quanto a exposição ao risco, assim como os objetivos e políticas adotados para gerenciar os riscos.

Fazendo uma analogia entre os achados da presente pesquisa e estudos anteriores, como os de Costa Jr (2003) e Ambrozini (2014), percebe-se que após a inserção do CPC 40 (R1) as empresas estão atendendo aos requisitos anunciados no pronunciamento e tem melhorado o nível de evidenciação de seus instrumentos financeiros. Seguindo a tendência apontada no estudo de Costa Jr (2003), observa-se que há um alto nível de evidenciação nos itens da categoria Valor Justo (94,59% a 100%) e divulgação qualitativa (100%). Esta melhoria no processo de evidenciação pode ser explicada pelo alinhamento das normas de

(15)

contabilidade nacionais, as internacionais, bem como a sua consequente aprovação pelos órgãos que regulamentam e fiscalizam as empresas de capital aberto.

Darós e Borba (2005) apontam que nem todas as empresas observam às normas de evidenciação sugeridas para os instrumentos financeiros derivativos em NE. Ao comparar com o presente estudo, destaca-se que houve certa evolução do atendimento aos itens de evidenciação, destacando-se a apresentação das informações referentes ao valor justo, a divulgação das políticas de investimento e os riscos a que estão expostos. Isso se deve a regulamentação dos Pronunciamento Técnicos CPC 38 (2009), CPC 39 (2009), CPC 40(R1) (2012) e CPC 48 (2016).

Ante ao exposto, destaca-se que o presente estudo atribuiu o mesmo peso aos 23 itens de evidenciação analisados, sem fazer distinção entre o que foi apresentado de forma parcial ou completa. Diante disso, sugere-se o uso de variáveis que permitam atribuir peso entre a ausência de informação (0), presença parcial ou incompleta da informação (1) e presença total ou completa da informação (2). Ademais, a ampliação da amostra para outras empresas que fazem uso de derivativos e que não estão contempladas no Ibovespa também se torna interessante, até para verificar se há diferença no processo de evidenciação das empresas que compõe o índice e as demais.

REFERÊNCIAS

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(18)

Apêndice – Definição da amostra

Empresa Subsetor de atuação Divulgou as DFP consolidadas**

Publica informações sobre Derivativos**

1. Ambev S Bebidas x x

2. Banco do Brasil Intermediários financeiros*** x x

3. Bradesco Intermediários financeiros*** x x

4. BB Seguridade Previdência e seguros*** x x

5. Bradespar Mineração**** x x

6. BRF Alimentos processados x x

7. Braskem Químicos

8. BR Malls Exploração de imóveis x x

9. BMFBovespa (B3) Serviços financeiros

diversos x x

10. CCR Transporte x x

11. Cielo Serviços financeiros

diversos x x

12. Cemig Energia elétrica x x

13. CPFL Energia Energia elétrica x x

14. Copel Energia elétrica x

15. Cosan Petróleo. Gás e

Biocombustíveis x x

16. CSN Siderurgia e Metalurgia x

17. Cyrela Construção civil x x

18. Ecorodovias Transporte x

19. Engie Energia elétrica x x

20. Eletrobras Energia elétrica x x

21. Embraer Material de transporte x x

22. Energias BR Energia elétrica x x

23. Equatorial Energia Energia elétrica x x

24. Estacio Part Diversos x x

25. Fibria Madeira e papel x x

26. Gerdau Siderurgia x x

27. Gerdau Met Metalurgia x x

28. Hypermarcas Diversos x x

29. Itaú Intermediários financeiros*** x x

30. Itaú Unibanco Intermediários financeiros*** x x

31. JBS Friboi Carnes e derivados x x

Referências

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