Vol1-Año 2019-ISSN 2591-4219
*Autor en correspondencia.
USO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS NO ESTUDO DA CINÉTICA QUÍMICA DE UMA REAÇÃO DE PRIMEIRA ORDEM
Guilherme Henrique Wendland
a *, Larissa Meincke Eickhoff
a, Liege Göergen Romero
aa
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), Ijuí, Brasil.
E-mails: guilherme.wendland@outlook.com, larissa_eickhoff@hotmail.com, liege.goergen@hotmail.com
Resumo
O estudo de reações químicas na engenharia é de suma importância, tratando-se de engenharia química, os conhecimentos do comportamento das reações em diversos processos oportunizam um melhor entendimento e controle de vários processos. O estudo da ordem de reação fornece uma grandeza empírica, obtida experimentalmente a partir da lei de velocidade. Neste trabalho, avaliou-se a reação de decomposição catalítica do peróxido de hidrogênio em meio aquoso, onde, através de equações diferenciais pode ser obtido a velocidade de reação e tempo de meia-vida.
Palavras Chave – Cinética, Equações Diferenciais, Reação.
1. Introdução
A cinética química é o ramo da Química que estuda a velocidade de uma reação, bem como os fatores que a influenciam, tais como a concentração, temperatura e pressão [4]. Apesar de a termodinâmica nos esclarecer a direção e a extensão de uma mudança química, ela não nos diz como e nem a que velocidade a reação se realiza [1].
Ao estudar a termodinâmica, consideramos somente os estados iniciais e finais de um processo químico, mas ignoramos o que acontece entre eles, no entanto o interesse de estudo da cinética química está baseado nos estados intermediários de um processo químico, investigando os detalhes das mudanças que os átomos e moléculas sofrem durante uma reação [2].
O presente trabalho tem o intuito de demonstrar a utilização de equações diferenciais no estudo da cinética química, mais especificamente em reações de primeira ordem, onde será abordado o estudo da cinética química na reação de decomposição catalítica do peróxido de hidrogênio em meio aquoso.
2. Metodologia
A velocidade de uma reação química refere-se à variação da concentração de uma substância por unidade de tempo [4]. Durante uma reação química, as quantidades de reagentes diminuem com o passar do tempo, e as quantidades de produtos aumentam.
Para que uma reação química ocorra é preciso que as moléculas dos reagentes interajam entre si, de modo com que seus átomos sejam trocados ou rearranjados.
A partir de experimentos científicos pode-se obter informações sobre as concentrações das
espécies reagentes em função do tempo, onde a equação de velocidade que rege a reação é uma
Primer autor et al.: Jornadas de Investigación Desarrollo Tecnológico Extensión y Vinculación - Vol1-Año 2019-ISSN 2591-4219 2
equação diferencial que nos dá as velocidades de variação das concentrações das espécies reagentes [1]. Para obter-se as concentrações frente ao tempo a partir da equação cinética deve-se integrar a equação.
A relação entre a velocidade de uma reação química e as concentrações dos reagentes é complexa e deve ser determinada experimentalmente. Com relação à equação geral apresentada, usualmente a velocidade da reação pode ser expressa como:
α [A]
x[B]
y= k[A]
x[B]
yEsta equação, conhecida como a lei de velocidade, nos diz que a velocidade de uma reação não é constante, seu valor em um tempo t qualquer é proporcional às concentrações de A e B elevadas a determinadas potências [4]. A constante de proporcionalidade, k, é denominada constante de velocidade, e é definida nos termos das concentrações dos reagentes. De acordo com Chang (2008), a constante de velocidade para determinada reação não depende das concentrações dos reagentes e é afetada somente pela temperatura.
A ordem de uma reação pode ser zero, um número inteiro ou um número fracionário. Podemos usar a lei de velocidade para determinar as concentrações de reagentes em qualquer tempo durante o curso de uma reação. Para determinar a lei de velocidade devemos integrar as expressões da lei de velocidade [4].
2.1 Reações de Primeira Ordem
Uma reação de 1ª ordem é aquela em que a velocidade da reação depende somente da concentração do reagente elevada a primeira potência: [4]
Velocidade = = k[A]
Onde o k, como falado anteriormente é a constante de velocidade. Rearranjando está equação teremos:
= kdt
Integrando entre t=0 e t=t com concentrações [A]
0e [A], obtemos a seguinte equação:
= -
= -kt [A] = [A]
0(1)
(2)
(3)
(5)
(6)
[4]
AN GEL UCC I, C.
A;
GO
(4)
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A primeira expressão para a lei de velocidade integrada para uma reação de primeira ordem é a equação de uma reta, portanto se a equação em estudo for de primeira ordem o gráfico obtido pelos valores experimentais contra o tempo (t), terá de ser uma reta [4].
2.1 Meia-vida de uma Reação de Primeira Ordem
O tempo de meia-vida de uma reação química possui grande importância prática em estudos cinéticos. Uma reação de primeira ordem, independendo da concentração inicial possui um tempo de meia-vida bem definido, e pode ser tratado como o tempo com que a concentração de um reagente diminui pela metade do seu valor original [4]. O tempo de meia vida pode ser determinado através da seguinte equação:
T
1/2= 3. Resultados e Discussões
Para o estudo cinético foi realizado o experimento da decomposição catalítica do peróxido de hidrogênio em meio aquoso, com a seguinte reação química:
2H
2O
2(aq)2H
2O
(l)+ O
2(g)O experimento foi realizado nas dependências da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, na disciplina de Físico-Química II, e teve como objetivo avaliar a ação do catalisador Fe (III) sobre a decomposição do peróxido de hidrogênio, e calcular o tempo de meia-vida para o mesmo. Para a avaliação foram realizados 7 ensaios, onde utilizou-se solução de H
2SO
4, 1:5 (v/v), solução de 0,16 mol/L de H
2O
2, substância em estudo, e solução 6% de Fe (III), por fim para titulação, solução de KMnO
48,0 x 10
-3mol/L. A seguinte reação de oxirredução ocorre no experimento:
2MnO
4-(aq)