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CONTESTES Conceitos Básicos Por Júlio Maronhas PP2BT Caldas Novas/GO Coordenador de Contestes e Expedições

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Folha 1

A Equipe Nacional de Radioescotismo orgulhosamente apresenta:

CONTESTES – Conceitos Básicos

Por Júlio Maronhas – PP2BT – Caldas Novas/GO

Coordenador de Contestes e Expedições

Esse trabalho de PP2BT – Júlio Maronhas foi baseado em um artigo publicado

na revista CQ Amateur Radio de 1997, vertido livremente para o português e

adaptado à compreensão de jovens e adultos, escoteiros ou não.

Vale a pena conferir esse conjunto de dicas e orientações, dedicadas

especialmente às pessoas que buscam iniciar ou progredir no

maravilhoso mundo dos Contestes de Radioamadores.

Agradeço imensamente a oportunidade de revisar e ilustrar esse material,

esperando que todos possam aproveitar bastante.

Esse material não é definitivo e nem tampouco aborda todos os meandros da

arte dos contestes, mas certamente ajudará, e muito, todos aqueles que o

lerem com atenção e vontade de aprender ou rever conceitos.

Obrigado ao Chefe Júlio – PP2BT, por seu empenho e voluntariedade.

Ronan Augusto Reginatto – PY2RAR Coordenador Nacional de Radioescotismo

UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL Escritório Nacional

Fone/fax: (41) 3353.4732

COORDENAÇÃO NACIONAL DE RADIOESCOTISMO Equipe Nacional de Radioescotismo

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Folha 2

CONTESTES - Fundamentos básicos

A primeira pergunta é lógica:

“O que é um conteste?”

Os contestes tiveram início há mais de oitenta anos, com o objetivo de melhorar a habilidade operacional dos Radioamadores. Para o iniciante entender melhor, um conteste não é nada mais que uma competição de operação programada, que serve para encorajar os Radioamadores a contatar tantas estações quanto possível, durante um determinado tempo, em certas faixas e frequências.

Tipos de Contestes

Contestes variam entre nacionais, continentais e internacionais. Alguns exemplos:

Internacionais: ARRL DX Contest, CQWW, CQWPX, WAE (Worked All Europe),

CQMM (CQ Manchester MIneira DX Contest), CVA (Concurso Verde Amarelo) organizado pela Escola de Comunicações do Exército Brasileiro, ...

Continentais:Faróis Sulamericanos, …

Nacionais: Concurso Farroupilha, AVHFC (Araucário VHF Contest), NDG (Natal

Digital Group Contest) dedicado exclusivamente aos modos digitais, Conteste Batalha Naval do Riachuelo promovido pela gloriosa Marinha Brasileira, NDG Digifest Contest (PSK31, PSK63, PSK125 e RTTY)....

Radioescotismo: CQWS Contest (CQ World Scouts Contest), com versões em HF e

Echolink, que é uma atividade anual, promovida pela União dos Escoteiros do Brasil – UEB e reconhecido pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro – WOSM. O objetivo principal dessa atividade é promover a prática do Radioamadorismo entre os membros do Movimento Escoteiro, com a ajuda de Grêmios, Clubes, Associações e Radioamadores experimentados, divulgando o Escotismo e preparando nossos jovens e adultos para o uso hábil de suas estações, no apoio às atividades Escoteiras e à Defesa Civil: uma porta de entrada para o universo dos contestes.

Como se preparar para participar de Contestes?

Habilidade e conhecimento para operar em contestes são qualidades que virão somente com a experiência. Apesar de vários operadores terem uma ou mais “habilidades instintivas” (por exemplo, a capacidade de receber CW em velocidades altas ou muito altas, etc..), o meio mais rápido e eficiente para aumentar a sua habilidade é participar de contestes.

Desafortunadamente, alguns operadores de contestes podem ser também muito agressivos e os contestes frustrantes. Em CW, aparentemente, centenas de estações estarão transmitindo no mínimo a 30 ppm (trinta palavras por minuto). Observando o SSB, você ouvirá operadores de primeira linha trabalhando médias de 300 ou mais QSO´s (trezentos contatos) por hora.

O iniciante em conteste observa tudo isto e pode pensar: isso não é ambiente para mim!.

Mas pode ser sim! Para você! O segredo de tudo é lembrar que cada Radioamador que você ouvir durante um conteste começou exatamente no mesmo lugar em que você está agora!

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Folha 3

Conceitos Básicos da Operação em Contestes

Acompanhe essas orientações:

1. Transmita SEMPRE seu indicativo de chamada por inteiro ao chamar outra estação; 2. Precisão é tão ou mais importante do que velocidade;

3. Transmita apenas as informações definidas no regulamento do conteste para fazer o contato; 4. Treine! Treine! Treine!

Por exemplo, no CW muitos participantes operam em velocidades baixas e são excelentes para que você possa afiar sua habilidade operacional;

5. Pratique! Opere regularmente fora dos contestes, porque é a melhor forma de desenvolver bons ouvidos para o rádio.

Os contestes são apenas para estações poderosas?

A resposta é, com toda a certeza, um absoluto NÃO!

Nunca se renda ou fique desanimado, pois o sucesso em contestes é um termo relativo, já que a maioria dos participantes nunca vencerá, mas sempre poderão se divertir muito durante os contestes. Estabeleça um objetivo para si mesmo ou para seu Grupo, que poderá variar entre melhorar o escore do ano anterior ou aumentar a sua velocidade de recepção. Se os contestes fossem somente para as estações poderosas eles simplesmente não existiriam.

Qual o tipo de rádio que se deve utilizar?

Existem muitas marcas de equipamentos no mercado, porém, vamos ressaltar algumas características básicas que um transceptor deve possuir especificamente para operação em contestes:

1. Transmissão transistorizada, que não precisa de sintonia;

2. Informação digital de frequência (números indicam a frequência correta no painel);

3. CAT - Computer Aided Transceiver, interface que possibilita comandar várias funções do rádio pelo computador;

4. Possibilidade de instalação de filtros opcionais, que ajudam a melhorar a performance do rádio; 5. Qualidade reconhecida, informação obtida por referências de outros Radioamadores;

6. RIT/XIT - ajuste fino da frequência de recepção e transmissão;

7. DSP – Digital Signal Processor, uma tecnologia que melhora a recepção e a transmissão; 8. VFO duplo ou mais, que dá agilidade para mudar de uma frequência para outra com rapidez; 9. Atenuação da recepção (atenuador), necessário para sinais muito fortes.

Esses são alguns dos recursos importantes para uma estação eficiente, que junto com as antenas e a experiência do operador, farão diferença. Ao pensar em comprar um equipamento, pergunte aos mais experientes, procure saber quais os prós e contras do modelo que pretende adquirir.

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Folha 4

Contestes & Computadores

Outra crescente e importante aquisição de equipamento é o COMPUTADOR. A mesma linha de raciocínio utilizada para a aquisição do rádio

deve ser seguida para qualquer periférico da sua estação. Uma estação de contestes sem um computador é quase uma estação sem antenas!

São muitos os acessórios que ajudam a melhorar e definir uma estação de conteste. Especial atenção deve ser dada às chaves de antenas, acopladores, fones de ouvido, aterramento, proteção, etc. e muitas delas podem ser até de construção caseira.

Que softwares (programas) utilizar?

Existem vários programas de contestes! Os mais conhecidos são N1MM, CT, NA, SD, WriteLog e TR-Log.

Estes programas permitem que o operador transmita em CW ou por VOZ, através de mensagens pré gravadas, contendo as informações mais usadas naquele conteste. Permitem também o registro dos contatos, a contagem de pontos e a identificação dos multiplicadores, acompanhamento da pontuação total da estação, recepção e transmissão de dados através de um cluster (sistema automático de apresentação de estações que se encontram presentes nas mais variadas bandas), além da impressão dos LOGs (relação

dos contatos efetuados) da estação e geração do(s) arquivo(s) necessário(s) para envio à organização dos contestes. Através desses programas também se consegue a conversão dos dados dos contatos para formatos compatíveis com os programas de registro e confecção de cartões de confirmação dos contatos (QSLs).

Programas para previsão de propagação

Há alguns sites que informam as condições de propagação mundial, orientando os operadores sobre as melhores bandas para operação em determinado momento dos contestes.

Bons exemplos são:

http://www.voacap.com/ www.k6tu.net

Que Antenas devemos utilizar?

As antenas são muito importantes para a estação, qualquer que seja sua finalidade! A sua seleção depende de vários fatores, como dinheiro, tempo e espaço, mas você deve manter a mesma filosofia para escolher todos os outros componentes da sua estação: obter o melhor sinal possível.

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Folha 5

Há muitos anos, os Operadores de Contestes têm liderado o campo das inovações e a melhoria de antenas. Embora a grande maioria dos Radioamadores disponha de recursos limitados, uma combinação de antenas dipolos bem ajustados e corretamente utilizados contam muitos pontos nos contestes nacionais e sul-americanos. No campo internacional, uma direcional tri-banda para 10/15/20 metros e dipolos para 40/80 metros, em mãos experientes, podem realizar feitos impressionantes. Uma outra opção é escolher uma única banda e concentrar todos os esforços nela.

A leitura de bons livros sobre antenas, como o ARRL Antenna Handbook e os artigos em nosso site, não é apenas educativa, mas também fornece alternativas de baixo custo para o iniciante. Especificamente para as bandas baixas (160/80/40m) o livro de referência é o “Low Band Dxing” de autoria do John Devoldere ON4UN, que é um renomado operador de contestes em bandas baixas.

Em que categoria do Conteste devo participar?

A escolha de uma categoria para operação começa com a leitura e compreensão dos regulamentos dos contestes, portanto procure e leia os regulamentos nos sites dos organizadores. Para os Radioamadores iniciantes, sugerimos a participação em estações da categoria Multi Operadores. Com um pouco de sorte, você poderá conseguir a orientação de um operador mais experiente e aprender mais rápido,

As categorias existentes, normalmente, são as abaixo listadas:

1. Single Operator non Assisted - Operador Único não Assistido

Não é permitido qualquer tipo de auxílio para buscar contatos (ver nota 1) a. High Power – máxima potência legal

b. Low Power – máxima potência de saída = 100W c. QRP - máxima potência de saída = 5W

Normalmente as categorias podem ser multibanda ou banda única. 2. Single Operator Assisted - Operador Único Assistido

Pode utilizar auxílios para buscar contatos (ver nota 1)

a. Mesmas categorias do Operador Único.

Nota 1: Operação assistida é aquela que usa qualquer tipo de auxilio ou tecnologia que forneça identificação de indicativo de chamada e/ou multiplicador para o operador.

Exemplos: decodificador de CW, DX Cluster, DX spotting web sites, CW Skimmer ou RBN – Reverse Beacon Network ou arranjos operacionais envolvendo outros operadores. 3. Multi Operators – Multi Operadores

Mais de um operador é responsável por operar a estação, somente multibanda.

a. Multi Single (MS) – Um único sinal transmitido por banda (High Power e Low Power) b. Multi Two (M2) – Máximo de 2 sinais transmitidos em duas bandas simultaneamente c. Multi Multi (MM) – As seis bandas de contestes (160-80-40-20-15-10) podem ser

ativadas simultaneamente, com um único sinal por banda a qualquer instante. NOTA 2: M2 e MM operam somente na categoria High Power (alta potência).

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Folha 6

NOTA 3: Estações mais competitivas, e até sofisticadas, usam outros equipamentos para procurar por multiplicadores. Essas estações são chamadas de “caçadoras” e quando estão na mesma banda das estações principais são chamadas de caçadoras inband e, quando em banda diferente da estação principal são chamadas caçadoras outbands.

NOTA 4: Mudar de uma banda para outra (QSY), em alguns contestes, pode exigir um tempo de permanência mínima ou tem seu número limitado a uma ou mais mudanças a cada hora, contadas entre 00 e 59. Isso acontece, por exemplo, no CQWW e no CQ WPX.

NOTA 5: O conteste WAE tem, como característica interessante, a transmissão de QTCs.

Como conseguir uma boa pontuação com uma estação modesta?

As boas estratégias na operação em contestes devem ser, fundamentalmente, baseadas no bom senso. Infelizmente, nem todos terão oportunidade de operar de uma “super hiper poderosa estação”, já que a grande maioria dos competidores usa antenas direcionais monobandas, tribandas e dipolos.

A pergunta é: como se divertir operando uma modesta estação, tirando o máximo proveito dela? Para a maioria dos radioamadores, os contestes são oportunidades que permitem operar seus rádios e ver o que eles podem fazer. Pensar em aumentar a pontuação que conseguem fazer num conteste passa, primeiro, por uma análise honesta das condições da estação e de suas fraquezas.

Vamos pensar:

Se você usa um dipolo em 40 metros, será muito difícil competir com as grandes antenas direcionais do início inferior da banda. Porém, percorrendo a faixa de cima a baixo e contestando as estações que estão chamando geral (CQ), você poderá conseguir muitos contatos.

A escolha da hora de operação é um ponto chave. Se você tem limite(s) de tempo para operação, tente escolher uma programação que combine esse seu período de operação com os períodos de boas aberturas de propagação na(s) banda(s) escolhida(s).

A utilização dos microcomputadores tem ajudado tremendamente no processo de checagem do nosso progresso durante um conteste. Pode parecer óbvio, mas nunca se esqueça de trabalhar aquela estação que parece muito fácil. Grandes operadores já se esqueceram de marcar com seus prefixos perdendo, dessa forma, um multiplicador que, no final do conteste, pode se mostrar muito valioso.. Operar de uma estação modesta força você a ser um operador melhor e mais inteligente. Num pileup, por exemplo, quando há várias estações querendo falar com uma estação muito legal, saber passar seu indicativo de chamada na hora certa, no momento certo, naquele pequeno espaço no pileup, sempre rende ótimos resultados. Indo mais além, até mesmo uma estação modesta pode ser muito eficiente durante os picos de atividade, naqueles momentos de melhor propagação.

Aonde posso conseguir mais informações sobre contestes?

Em todo o mundo e dependendo de sua localização geográfica, existem muitos clubes de contestes e boa parte deles está interessada em ganhar novos membros, dispostos e participativos. As revistas QTC Magazine, CQ Contest, CQ Amateur Radio e o Jornal National Contest, assim como a Internet, são excelentes fontes de informação. Por exemplo: www.contesting.com (o nome dispensa explicações).

NOTA 6: no final do artigo você encontrará diversos links de entidades organizadoras e sites que informam tudo sobre todos os contestes.

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Folha 7

TERMOS UTILIZADOS EM CONTESTES

O operador de conteste usa um vocabulário um pouco diferente dos outros Radioamadores. Vamos tentar analisar alguns termos existentes em inglês, aqueles que você vai encontrar nas publicações internacionais e que são normalmente utilizados:

BROKEN CALLS

QSO´s que foram considerados ilegítimos após o término da checagem do Log (relatório). Este tipo de QSO ocorre quando um indicativo de chamada ou uma parte da reportagem é copiado e registrado incorretamente. Não é raro encontrarem esse tipo de ocorrência na maior parte dos relatórios, sejam de operadores novos ou experientes. Em alguns contestes, a cópia errada de um indicativo de chamada resulta em pesadas penalidades, que podem chegar ao dobro do valor do contato.

CHECK SHEET

Praticamente fora de uso por causa dos softwares específicos para contestes como o N1MM+ e similares. Você pode usar uma folha de checagem, caso não possua computador, como auxílio e para evitar perda de tempo marcando com estações e/ou multiplicadores já trabalhados. CLUB COMPETITION

Clubes de Contestes não só são um modo para conduzir e encorajar operadores novos a competir, mas resultam também em mini competições entre eles. Você verá frequentemente as pontuações cumulativas de sócios de clubes aparecendo em resultados de competições, em especial o CQ WW, WPX, ARRL DX ou nos ARRL Sweepstakes.

No Brasil os mais conhecidos são Araucária DX Group, CDR, Tupy, Guará DX Group e Rio DX Group.

DISQUALIFICATION

A maioria dos relatórios enviados pelos participantes são checados cuidadosamente e sujeitos a desclassificação, como em qualquer outro esporte competitivo. Corredores dos 100m rasos, por exemplo, podem ser desclassificados depois da segunda partida em falso. Os novos operadores podem operar sem nenhum temor. A maioria dos critérios de desqualificação são projetados para identificar abuso flagrante às regras e / ou operação desleal. Cada competição define seus critérios para a desclassificação, que precisam ser lidos e compreendidos antes do conteste. DUPES

Regras de competição e regulamentos são, geralmente, muito específicos em relação à precisão dos relatórios submetidos. Por exemplo, um QSO de conteste não é considerado válido a menos que a informação mínima (por exemplo, troca de reportagens) seja efetuada entre as estações. Quando uma estação é trabalhada mais que uma vez em uma única faixa (ou em qualquer outra faixa em algumas competições como o ARRL Sweepstakes), é considerado um QSO duplicado e deve ser removido do relatório antes do envio final dos LOGs.

NOTA 7: Em alguns contestes, não indicar claramente que o QSO é duplicado pode resultar penalizações, com perda de pontos ou contatos.

Os softwares utilizados em contestes identificam os contatos em duplicata (Dupes), não os considerando na pontuação final.

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Folha 8

EXCHANGE (Reportagem)

A reportagem é a informação predeterminada pelo Regulamento do conteste para ser trocada entre as estações participantes, podendo apresentar diferenças significativas de um para outro. Alguns exemplos: RS(T) + Número do QSO (por exemplo, 599001); RS(T) + Zona CQ; RS(T) + QTH (País de DXCC, Estado, Município, Seção de ARRL, etc.). Essas informações, além do indicativo de chamada, são básicas para que os QSOs sejam considerados válidos.

HIGH-CLAIMED SCORES

Muitos organizadores de contestes publicam uma lista com as mais altas pontuações das estações participantes, em cada categoria, logo depois da competição. Isto não reflete ou interfere nos resultados finais da competição. São pontuações projetadas, com o único intuito de fornecer uma indicação dos maiores escores antes da conferência final dos LOGs recebidos. NOTA 8: Muitos operadores informam os seus claimed scores no site http://3830scores.com

logo após o termino do conteste. MULTI-OPERATOR – Multi Operador

Essa é uma das categorias operacionais em conteste. Estações de multi operadores podem usar um único transmissor (por exemplo, categoria multi-single ou MS), dois transmissores (categoria M2) ou múltiplos transmissores (por exemplo, categoria multi-multi ou MM).

MULTIPLIER

O multiplicador em um conteste é um dos mecanismos utilizados para definir a pontuação final dos competidores. A definição de um multiplicador varia de acordo com o conteste. No CQWW são utilizados como multiplicadores os países da lista do DXCC + Zonas CQ. Outras competições usam os estados norte-americanos ou municípios, zonas ITU, seções da ARRL, etc.. A pontuação final em um conteste é, em geral, dada pela multiplicação do total de pontos de QSOs pela soma total dos multiplicadores (ver pontos de QSO - QSO points). O CVA – Concurso Verde e Amarelo) considera multiplicadores as diferentes UFs (Unidades da Federação) brasileiras e os diferentes países trabalhados, entre outros.

NOTA 9: O WAE Contest tem como particularidade o envio de QTC por parte das estações de fora da Europa para as estações europeias. O QTC é igual a um telegrama aonde você enviará dados dos contatos anteriormente registrados e, desde que corretamente transmitidos/recebidos, aumentam sensivelmente a pontuação final da estação.

OPERATING PERIOD

Todas as competições especificam um determinado de tempo de operação. As principais competições de DX duram normalmente 48 horas. Algumas limitam o total de tempo a ser operado por uma estação durante o conteste. Além disso, quando se dá um intervalo, é possível que seja determinado, pelas próprias regras, o cumprimento de um período mínimo de repouso. Confira a regras de cada competição e atente para esses detalhes. NOTA 10: os períodos de descanso devem ser claramente indicados no LOG, que é relatório dos contatos realizados pela estação e que será enviado à organização do conteste.

OPERATING FREQUENCIES

Para reduzir o QRM nas faixas, muitos organizadores de contestes sugerem determinadas frequências de operação para serem utilizadas durante a competição. Isto é especialmente verdadeiro para eventos especiais, como os QSO Party americanos e contestes de pequeno porte. Essa prática normalmente não funciona para grandes eventos, como os CQWW ou WPX, devido ao grande número de participantes.

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Folha 9

QSO POINTS

Muitas regras de competição tentam aplicar um certo "peso" para os QSOs quando registrados. Para dar um exemplo, um QSO (contato) dentro do seu continente pode valer um (01) ponto, enquanto contatos com outros continentes podem valer 3 pontos. Geralmente, a pontuação final em contestes é determinada pela soma de todos os pontos dos QSOs multiplicados pelo total de multiplicadores conseguidos pela estação (ver definição de multiplicador).

Na prática, cada conteste tem uma pontuação específica e diferente dos outros. RATE

A medição da média dos QSO’s trabalhados é um método de avaliar a velocidade com que você está realizando contatos durante a competição. É frequentemente usado como uma medida do seu desempenho e ajuda muito o processo de tomada de decisão para a seleção de faixa ou do modo de operação, em qualquer tempo. As médias são normalmente calculadas com base em uma hora, indicando que a estação fez 60 QSOs por hora ou 30 QSOs/hora.

RUN

Esta é uma técnica operacional caracterizada por uma estação de conteste que permanece em uma única frequência por um período contínuo de tempo, trabalhando as estações que

respondem à sua chamada "CQ Contest ". Pode variar de alguns minutos a várias horas, nas quais o operador pode registrar mais de 300 estações por hora, em casos extremos. Embora poderosas estações de contestes tenham maior probabilidade em experimentar este ambiente operacional, estações mais modestas podem experimentar esse tipo de situação, mesmo que por períodos menores de tempo.

SEARCH and POUND

Este método de operar é o oposto do RUN. É caracterizado pela sintonia da faixa para cima e para baixo, à procura de novas estações para trabalhar. Este é um modo comum de operação quando a competição tem poucos participantes ou quando as condições de propagação não são boas. Estações menores também usam este método operacional com frequência, porque a elas pode faltar FORÇA BRUTA para sustentar longos RUNS durante a competição.

NOTA 11: O termo “força bruta” refere-se ao uso de amplificadores lineares de potência, que podem chegar a 1000W de saída e/ou a utilização de antenas direcionáveis de alto ganho. NOTA 12: em determinadas situações, quando o rate diminui significativamente, a alternância entre os modos Run e Search and Pound se torna a melhor alternativa.

NOTA 13: Operando com o N1MM, quando poucas estações nos atendem, é melhor chamar CQ umas 3 vezes e, não sendo atendido, buscar trabalhar novos multiplicadores ou novas estações, retornando à antiga QRG (frequência de chamada), utilizando as teclas de atalho ALT Q.

SINGLE OPERATOR

Este é a categoria na qual se opera individualmente (é o oposto do multi operador). Ao longo do tempo, incluíram-se especificações ou novas características a esse tipo de operação, como operação em QRP (baixa potência) e ASSISTED (que é a operação coma ajuda de Clusters, para se descobrir novas estações ou multiplicadores para fazer contatos).

SPOTTING

Com o surgimento do rádio pacote (precursor da internet), muitos operadores estão cada vez mais se utilizando desta tecnologia para identificar/ informar estações raras para os outros competidores. SPOTTING é comum entre membros de Clubes de Conteste e entre outros usuários do packet. “SPOTAR” é publicar seu contato com outra estação no Cluster.

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CONTESTES – Conceitos Básicos

Texto original: CQ Amateur Radio April/97, K1AR John Door k1ar@contesting.com -Editor de Contestes

Versão livre para o português, atualizada em 01/04/2017:

PP2BT, Júlio Maronhas pp2bt@dxbrasil.net

Equipe Nacional de Radioescotismo

Coordenador de Contestes e Expedições

Temos a honra de apresentar um pouco mais sobre esse grande radioamador e excelente instrutor:

Júlio Maronhas – PP2BT

Técnico em Telecom e Supervisor de Operações da Eletrobrás - Furnas Radioamador Classe A e Radiotelegrafista 1ª Classe

Membro efetivo: CWGO, CWJF, PRC Master Member, GADX, CTC (Croatian Telegraphy Club) e ARRL. Membro da PT2CM – Estação oficial do Grupo Escoteiro Caio Martins 006/DF

Membro da PR7CP – Escola e Casa de Radioamadores de Campina Grande/PB Operador de PJ2T (WPX SSB 2017 - 80m HP Single Operator)

Instrutor de CW e responsável pela adaptação do Curso de Telegrafia para os Escoteiros do Brasil. Com larga experiência em Contestes e Radioamadorismo, é daquelas pessoas que “fazem a diferença”.

É um grande orgulho ter sua companhia na Equipe Nacional de Radioescotismo. Escoteiros do Brasil – Radioescotismo - Ronan Augusto Reginatto - PY2RAR Links sugeridos: http://www.contesting.com/; http://www.ng3k.com/; http://www.sk3bg.se/contest/ http://dxsummit.fi/#/; http://www.hornucopia.com/contestcal/contestcal.html; http://www.pj2t.org/ccc/default.htm http://riodxgroup.dxwatch.com/artigos/preparo-para-contestes-pp2bt-julio-maronhas O Futuro já chegou:

Uma estação de contestes totalmente remota. Isso mesmo! Operada à distância!

Confira: http://remotecontesting.com/

UM RECADO FINAL

O RADIOESCOTISMO é algo que melhora e valoriza as atividades escoteiras, por incluir o ensino e uso de radiocomunicação, melhorando a segurança, encurtando distâncias e dando acesso à Grande Fraternidade Mundial dos Escoteiros, além de preparer nossos associados para as ações de Defesa Civil. Valorize o Radioescotismo em seu Grupo, Distrito e Região Escoteira. Além de oferecer atividades variadas e atraentes, essa é também uma forma de preparar os jovens para uma sociedade global, humana, justa e fraterna.

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