• Nenhum resultado encontrado

Produção de bovinos de corte em sistema pasto/suplemento

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Produção de bovinos de corte em sistema pasto/suplemento"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Revista Eletrônica

Vol. 12, Nº 05, set/out de 2015 ISSN: 1983-9006 www.nutritime.com.br A Revista Eletrônica Nutritime é uma publicação bimensal da Nutritime Ltda. Com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos e também

resulta-dos de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do endereço eletrônico: http://www.nutritime.com.br.

em sistema pasto/suplemento

Forragem; fibra em detergente neutro; nutrição

Maxwelder Santos Soares1

Leonardo Guimarães da Silva1

Olivaneide da Silva Frazão2

1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga-BA. E-mail:

ma-xwelder10@hotmail.com

2 Graduanda em Biomedicina na Faculdade de Maria Milza – Governador

Mangabeira-BA

RESUMO

As gramíneas forrageiras são base alimentar da bovi-nocultura de corte brasileira e constituem a principal fonte de nutrientes para os animais ao longo do ano. Entretanto, uma característica da produção de bovi-nos a pasto é a sazonalidade da produção forrageira, que promove oscilações no suprimento de nutrientes aos animais, impondo a necessidade de suplementa-ção e/ou complementasuplementa-ção alimentar para elevasuplementa-ção da produtividade. O diferimento consiste em vedar deter-minadas áreas, não permitindo a entrada de animais no período das chuvas, para ser utilizado no período seco. Logo, o uso de suplementos está associado à disponibilidade de forragem em nível elevado, duran-te o período seco do ano, uma vez que a condição bá-sica para se utilizar a suplementação é haver elevada disponibilidade de massa forrageira na pastagem. A suplementação com alimentos concentrados no perí-odo das águas e seco também consiste numa ferra-menta auxiliar no manejo do pastejo, proporcionando maior consumo de nutrientes, maior eficiência na uti-lização da forragem disponível, e consequentemente elevação no desempenho animal. Portanto, objetivou-se com esta revisão abordar a produção de bovinos em sistema de pasto/suplemento.

Palavras-chave: forragem; fibra em detergente neu-tro; nutrição.

SYSTEM IN BEEF CATTLE PRODUCTION PASTU-RE/SUPPLEMENT

ABSTRACT

The grasses are food base of Brazilian beef cattle and are the main source of nutrients for the animals throu-ghout the year. However, a feature of the pasture of cattle production is the seasonal forage production, which promotes fluctuations in the supply of nutrients to animals, imposing the need for supplementation and / or food supplement for increased productivity. The deferral is to seal certain areas, not allowing the entry of animals during the rainy season, for use in the dry season. Therefore, the use of supplements is as-sociated with forage availability in high level during the dry season, as the basic condition for using supple-mentation is to have high availability of forage mass in the pasture. Supplementation with concentrate feeds during the rainy and dry also is an auxiliary tool in gra-zing management, providing greater nutrient intake, more efficient use of available forage, and conse-quently increase animal performance. Therefore, the aim of this review to address the production of cattle in pasture system/ supplement.

(2)

INTRODUÇÃO

O Brasil destaca-se por possuir o segundo maior rebanho mundial de bovinos, aproximadamente 208 milhões de cabeças, ocupando uma área de pasta-gem 169 milhões de hectares com taxa de lotação de 1,23 cabeça/hectare e abate anual de 43,3 mi-lhões de cabeças, sendo que destes, 90,7% são ter-minados a pasto e 9,3% terter-minados em confinamen-tos, obtendo uma produção anual de 10,2 milhões toneladas de carne equivalente à carcaça, sendo 80,9% da produção direcionada ao mercado inter-no e 19,6% a exportação (ABIEC, 2013). Portanto, o Brasil vem tornando-se importante fornecedor de carne bovina para o mercado internacional; isto por-que o país possui grande potencial de crescimento horizontal e vertical. Porém, as taxas produtivas do rebanho, como taxa de desfrute de 20,8% (ABIEC, 2013) e produtividade por área ainda são baixos de-vido ao comportamento estacional das forragens, que não garante qualidade e quantidade adequada de nutrientes aos animais ao longo do ano para ma-ximizar o desempenho.

Segundo Paula (2012), as pastagens constituem a base da alimentação animal no Brasil, sendo fontes de nutrientes para os ruminantes. Além de proteína e energia, as plantas forrageiras provêm fibra neces-sária para permitir a mastigação, ruminação e funcio-namento do rúmen. Sendo uma fonte de energia di-gestível de baixo custo para produção de bovino nos trópicos (DETMANN et al., 2004; DETMANN et al., 2008), por tanto, deve-se promover ações para au-mentar a produção e utilização da forragem para ser convertido em produto animal.

O pasto deve ser entendido como recurso nutricional basal de elevada complexidade, uma vez que sua capacidade de fornecimento de substratos para pro-dução animal varia qualitativa e quantitativamente ao longo do ano em função, principalmente, da influência de variáveis climáticas, como precipitação, tempera-tura e radiação solar. A otimização do uso de forra-gem e do ganho de peso dos animais com o uso es-tratégico da suplementação múltipla permite melhor aproveitamento dos recursos produtivos, pois o forne-cimento de nutrientes via suplementação atua como catalisador do crescimento microbiano otimizando o uso da forragem (BARROS, 2012).

Na produção de animais em pastejo, a resposta ao uso de suplementos é, possivelmente, influenciada pela disponibilidade e qualidade do pasto e caracterís-ticas do suplemento, bem como pela maneira de seu fornecimento e pelo potencial genético dos animais (REIS & FREITAS, 2003). Para propiciar o crescimen-to contínuo de animais sob pastejo, visualiza-se a ne-cessidade de suplementações estratégicas durante as diferentes épocas do ano, suprindo os nutrientes limitantes e aumentando a eficiência de utilização das pastagens (VALENTE, 2012).

Entre os nutrientes limitantes à produção animal, os compostos nitrogenados assumem natureza prioritá-ria; no período das aguas 40% do total da proteína da forragem esta na forma de proteína insolúvel em detergente neutro (PAULINO et al., 2001), e durante o período seco do ano, os baixos teores de proteína e a elevada lignificação da fração fibrosa insolúvel, implicam em baixos níveis de consumo e digestibi-lidade (PAULINO et al., 2006), limitando a atividade dos microrganismos ruminais, o que pode comprome-ter a utilização de energia disponível da forragem, e consequentemente, diminuição na digestibilidade da fibra, que resulta numa redução do consumo de maté-ria seca e baixo desempenho animal (PAULINO et al., 2001; DETMANN et al., 2004; COSTA et al., 2008). O manejo nutricional é um dos principais fatores que afetam a produção animal, pois a nutrição determina o maior ou menor custo da atividade. Desta forma, o pecuarista deve procurar potencializar a utilização do pasto, sendo este o alimento de menor custo (MORA-ES et al., 2010a).

Diante do exposto, objetivou-se com esta revisão avaliar a produção de bovinos em sistema de pasto/ suplemento.

REVISÃO DE LITERATURA DIFERIMENTO DE PASTAGENS

O conhecimento sobre a sazonalidade da produção forrageiras nos trópicos é muito importante para tra-çar estratégias que vise o aumento da produtividade na pecuária de corte. Uma ferramenta interessante para reduzir os efeitos da baixa produção de forragem durante o período seco é o diferimento de pastagens. O objetivo do diferimento de pastagens é amenizar

(3)

os efeitos negativos que a sazonalidade exerce sobre a oferta de forragem no período seco do ano. Está técnica consiste, basicamente em vedar determina-das áreas, não permitindo a entrada de animais no período das chuvas, ou seja, no final da estação de crescimento (REIS et al., 2014).

Diante de um sistema de produção de bovinos em pastagem, o planejamento e o controle da oferta de alimentos representam itens importantes para que se consiga eficiência, maximização do desempenho e minimização dos riscos. Para tanto, práticas de manejo das pastagens e da suplementação da dieta dos bovinos são recursos que podem ser utilizados como ferramenta desse planejamento (PEREIRA et al.,2008)

Com relação ao manejo das pastagens, o diferimen-to da pastagem é uma estratégia de manejo de fá-cil realização, baixo custo e que garante estoque de forragem durante o período de sua escassez. Assim, Euclides et al. (2001) salientaram que as forrageiras dos Gêneros Brachiaria (decumbens e Marandu), Cy-nodon (capins estrela, coastcross e tiftons) e Digitaria (capim pangola) são as mais indicadas. Porém, as gramíneas de crescimento cespitoso como Panicum (Tanzânia, Mombaça, Colonião e Tobiatã), Pennise-tum (capim elefante) e Andropogon (cvs. Baeti e Pla-naltina) possuem rápido crescimento e alongamento de colmo, com grande acúmulo de colmos grossos e baixa relação folha:colmo, quando vedadas por perí-odos longos.

A época de vedação é um dos aspectos de manejo de maior efeito sobre a produção e a qualidade da forragem diferida e, assim como a época de utilização da pastagem, depende das características da região e da espécie forrageira escolhida. Geralmente, a uti-lização do pasto diferido ocorre na época do ano de maior escassez de forragem em uma região e, assim, o início do diferimento determinará a duração do pe-ríodo de crescimento do pasto. Este pepe-ríodo de di-ferimento deve ser fundamentado na rebrotação das plantas forrageiras, que é afetada por fatores climáti-cos e de manejo (SANTOS et al., 2009).

Portanto, não existe uma regra generalizada para época de diferimento e utilização da pastagem

dife-rida, principalmente no Brasil, onde há grande exten-são territorial e vasta diversidade nas características edafoclimáticas (FONSECA & SANTOS, 2009; SAN-TOS & BERNARDI, 2005).

Diante disso, pastagens diferidas apresentam boa disponibilidade de forragem, com baixo valor nutritivo, exigindo que o diferimento esteja sempre associado à suplementação alimentar, possibilitando níveis aceitá-veis de desempenho dos animais no período seco do ano. Entretanto, para que isto ocorra com eficiência, é necessário o conhecimento da composição broma-tológica desta macega (SILVA et al., 2009). Uma vez que, a prática de diferimento leva a planta a avançar em seu estádio fenológico, favorecendo o acúmulo de massa seca, e negativamente a composição química, bem como a digestibilidade do alimento (REIS et al., 1999).

Portanto, a avaliação da qualidade da forragem dis-ponível é uma necessidade em qualquer sistema de uso de forragem em pastejo, no sentido de permitir identificar a necessidade do que se deve ser comple-mentado ou suplecomple-mentado (PAULINO, 1999).

O sucesso do pastejo diferido depende da massa de forragem residual por ocasião da vedação, do acúmu-lo de forragem durante o período em que a pastagem permanece vedada, do valor alimentar da forragem no momento de sua utilização e da possibilidade de os animais entrarem na área diferida sem que a per-da por acamamento seja muito elevaper-da. Um mínimo de 2,5 t.ha-1 de matéria seca (MS) de forragem, no

momento da entrada dos animais no pasto diferido, é necessário para viabilizar essa prática (MARTHA JÚ-NIOR et al., 2003).

Santos et al. (2009a) constataram aumento da mas-sa de forragem total e dos seus componentes mor-fológicos ao avaliarem períodos de 73, 95 e 116 dias de diferimento. Pastos diferidos por maior período apresentaram, em média, mais massa de forragem total (7.665 kg.ha-1 de MS), porém menor percentual

de lâminas foliares verdes (20,33%). Comportamen-tos contrários foram constatados nos pasComportamen-tos subme-tidos a menor período de diferimento (4.844 kg.ha-1

de forragem total, com 30,05% de lâmina verde, em média).

(4)

Teixeira (2010) com o objetivo de avaliar a produção e qualidade de pastos de Brachiaria decumbens dife-ridos por períodos de 95 e 140 dias, com adubação nitrogenada e aplicação no início e/ou final do verão. Verificaram maior quantidade de matéria seca de for-ragem acumulada 7.997 kg.ha-1 de matéria seca nos

pastos diferidos por 95 dias quando receberam aplica-ção de 100 kg.ha-1 de nitrogênio realizada no final do

verão. Embora o sucesso do pastejo diferido, é depen-dente da massa de forragem residual por ocasião da vedação, o consumo e desempenho animal, parece estar mais relacionado a disponibilidade de matéria seca verde (SILVA et al., 2009), que neste experimen-to obteve média de 6.298 kg.ha-1 de matéria seca.

Macêdo (2014) avaliaram diferentes períodos de di-ferimento de pasto (63, 84, 105 e 126 dias) de Bra-chiaria decumbens cv. Basilisk, onde as unidades ex-perimentais tiveram áreas diferenciadas (0,76 ha nos piquetes diferidos por 63 dias; 0,57 ha nos piquetes diferidos por 84 dias; 0,46 ha nos piquetes diferidos por 105 dias e 0,38 ha naqueles diferidos por 126 dias). Verificaram que a disponibilidade de matéria seca total no início do pastejo sofreu efeito quadrático dos períodos de diferimento da forragem, com pon-to de máxima aos 103 dias, atingindo, aproximada-mente, 2.776,00 kg.ha-1 de disponibilidade de matéria

seca. Esse resultado provavelmente foi influenciado pela distribuição pluviométrica no período, uma vez que, no mês de abril, a precipitação foi nula, o que provavelmente não favoreceu a disponibilidade de matéria seca nos piquetes submetidos aos períodos de 105 e, principalmente, 126 dias de diferimento. Se-gundo Minson (1990), a disponibilidade de forragem mínima e que não prejudica o consumo dos animais em pastagem deve ser de 2.000 kg.ha-1.

O diferimento das pastagens vem sendo muito utili-zado entre os criadores, pois o uso dos suplementos está associado à disponibilidade de forragem em nível elevado, durante o período seco do ano, uma vez que a condição básica para se utilizar a suplementação é haver elevada disponibilidade de massa forrageira na pastagem, normalmente de baixa qualidade nesse período. Desta maneira, a suplementação atuará adi-tivamente à dieta, modificando o metabolismo rumi-nal e melhorando, assim, o desempenho dos bovinos (EUCLIDES & QUEIROZ, 2000).

CARACTERÍSTICAS DO PASTO DIFERIDO

Normalmente, pastos diferidos possuem grande quantidade de forragem, porém de baixa qualidade, que é denominada popularmente como “macega”. Contudo, a produtividade de forragem em pastagens diferidas varia em função das ações de manejo em-pregadas antes do período de diferimento. As varia-ções climáticas entre anos para uma mesma região também provocam diferenças significativas em pro-dução de forragem.

Durante período de diferimento, grande parte dos per-filhos vegetativos (sem inflorescência) desenvolve-se em perfilhos reprodutivos (com inflorescência) e es-tes, passam à categoria de perfilhos mortos. Neste período, também há redução da quantidade de folha verde, bem como aumento das massas de folhas se-cas, talos secos e talos verdes no pasto (SANTOS et al., 2010). O tombamento das plantas é outra caracte-rística comum em pastos diferidos, comumente cha-mados de “acacha-mados”. Esta condição está associada a pastagens que tiveram longo período de diferimento e, consequentemente, possuem grande quantidade de forragem de baixa qualidade.

Essas características do pasto diferido provocam re-dução do consumo e do desempenho animal. Assim, em pastagens diferidas, o fator qualitativo é, prova-velmente, o mais limitante à produtividade animal. Diante disso, ações de manejo podem ser adotadas para melhorar o consumo e digestibilidade de pastos diferidos, sendo assim, a suplementação proteica e ou proteico-energética propiciam a exploração do po-tencial dos animais e das pastagens conjuntamente. SUPLEMENTAÇÃO NO PERÍODO DAS ÁGUAS No período das águas, quando as forragens são classificadas como de média a alta qualidade, com teores de compostos nitrogenados acima do mínimo recomendado para plena atividade das bactérias que utilizam os carboidratos estruturais, o objetivo da su-plementação, associado à estratégias de manejo do pastejo não seria estímulos, mas sim a prevenção de efeitos deletérios na utilização da FDNpd (PAULINO et al., 2006).

A utilização do pasto pelos animais durante o pe-ríodo das águas em comparação ao pepe-ríodo seco

(5)

não pode ser vista como otimizada considerando apenas o maior desempenho animal (DETMANN et al., 2010). Embora os pastos tropicais na época das águas não sejam considerados deficientes em prote-ína, elevada proporção dos compostos nitrogenados totais do pasto pode ser encontrada na forma inso-lúvel em detergente neutro (PAULINO et al., 2008), considerada de lenta e incompleta degradação, po-dendo implicar em carência de compostos nitroge-nados aos microrganismos ruminais. Contudo, são escassos os estudos nos quais se investigam a inte-ração entre diferentes formas químicas de compos-tos nitrogenados e de carboidracompos-tos sobre a utilização de pastos de gramíneas tropicais de alta qualidade, como aqueles observados durante o período das águas (COSTA et al., 2011).

O desempenho animal em pastagens é determinado principalmente pela qualidade da forragem, e esta por sua vez é função do valor nutritivo e consumo volun-tário. Assim, o manejo do pastejo exerce papel pri-mordial no contexto alimentar animal, isto é, quando as questões referentes à massa de forragem, estru-tura do dossel forrageiro, oferta de folhas, colmo e material morto são fatores determinantes que afetam o comportamento ingestivo e consequentemente o consumo de nutrientes (REIS et al., 2009).

A suplementação com alimentos concentrados no pe-ríodo das águas também consiste numa ferramenta auxiliar no manejo do pastejo, proporcionando maior consumo de nutrientes, maior eficiência na utilização da forragem disponível, e consequentemente eleva-ção no desempenho animal. De maneira geral, os suplementos concentrados reduzem o consumo de forragem, principalmente se tiverem características nutricionais semelhantes a do pasto. Nas condições de elevado efeito substitutivo, haverá sobra de forra-gem e assim, deve-se promover ajuste do número de animais em função da massa de forragem disponível, que pode ser feito utilizando um critério de manejo pela altura (REIS et al., 2014).

Em relatos sobre as interações existentes entre o consumo de forragem e o consumo de suplemento, Moore (1980) descreve três efeitos: o aditivo, no qual o consumo de forragem é constante em diferentes níveis de suplementação e ocorre aumento no

con-sumo total no mesmo nível em que o suplemento e fornecido; o efeito combinado, em que o consumo to-tal aumenta, porém ocorre redução do consumo de forragem; e, por fim, o efeito substitutivo, em que o consumo total é constante, porém o consumo de for-ragem diminui na mesma proporção que aumenta o consumo de suplemento.

Somente o entendimento da integração entre as con-dições das pastagens, normalmente influenciadas pela época do ano, o suplemento fornecido, que pode variar em quantidade e nível de nutrientes específi-cos, a capacidade de digestão dos nutrientes no ani-mal, muito dependente da relação entre pasto e su-plemento, e as exigências nutricionais do animal, que variam com a fase de vida e a composição do ganho de peso dos animais.

Dias (2013) avaliaram o fornecimento de suplemento proteico/energético 0,4% peso corporal e suplemen-to mineral ad libitum, na fase de recria de novilhos mestiços ½ Holandês x Zebu, mantidos em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu, no período das águas com disponibilidade de matéria seca total e de matéria seca potencialmente digestível apresentaram valores médios de 6117,97 e 5191,84 kg/ha respec-tivamente, e a oferta de forragem média de 22,62 kg MS/100 kg PC/dia. Verificaram que os consumos de matéria seca do pasto (kg/dia) e (% peso corporal), matéria seca total, não foram influenciados pela uti-lização de suplementação proteico/energética ou suplementação mineral na dieta dos novilhos. Entre-tanto Houve efeito entre os tipos de suplementação para o consumo de matéria seca total (kg/dia), com consumos de 7,16 e 6,03 kg/dia, para os animais que receberam suplementação proteico/energética e su-plementação mineral, respectivamente. O maior con-sumo de matéria seca (kg/dia) para os animais que receberam suplementação proteica comprova que, mesmo no período das águas, 0,4% do peso corporal em suplementação proteico/energética possibilita a obtenção do efeito aditivo, o que pode potencializar o desempenho animal. Os animais que receberem su-plementação proteico/energético apresentaram me-lhor conversão alimentar, maior ganho de peso, bem como, maior peso corporal final quando comparados aos animais que receberam apenas a suplementação mineral (Tabela 1).

(6)

TABELA 1. Desempenho de novilhos mestiços recebendo suplementação proteico/energética ou suplementação mineral em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu no período das águas.

Desempenho Suplementação (%) CV

Proteica/energética Mineral

Peso corporal inicial (kg) 164,27 163,9 23,3 0,999

Peso corporal final (kg) 245,9 223,18 20,31 0,276

Ganho médio diário (kg/dia) 0,97 0,70 17,06 0,001

Conversão alimentar (CA) 7,53 8,74 15,06 0,031

Fonte: Adaptado de Dias (2013)

A suplementação proteico/energética possibilitou um aporte adicional de nutrientes, fazendo com que os novilhos deste grupo apresentassem o melhor de-sempenho. Sendo assim, quanto maior a disponibi-lidade e a quadisponibi-lidade do recurso forrageiro basal, me-nor a necessidade de adicionar recursos externos ao sistema para otimizar a produção animal e maior será a eficiência biológica e econômica do sistema.

Barros (2012) avaliaram o efeito de suplementos múltiplos com diferentes níveis (17, 30, 43, 56%) de proteína bruta, sobre os parâmetros nutricionais e o desempenho produtivo de novilhas de corte, em pas-tagem de “Uruchloa decumbens” durante o período das águas com disponibilidade de matéria seca total e matéria seca potencialmente digestível de 5093,5 e 3335,1 kg/ha, respectivamente. A massa média de matéria seca potencialmente digestível momentane-amente disponível foram de 142,8 g/kg de peso cor-poral, que pode ser considerada como não restritiva em relação a possibilidade de maximização de con-sumo de forragem. Nesse estudo, observaram maior consumo de matéria seca, matéria seca digerida para os animais suplementados em relação aos não suple-mentados, quando expressos em g/kg de peso cor-poral observaram menor consumo de matéria seca pelos animais não suplementados, reflexos de menor consumo de matéria seca total observado para estes animais. Entre os níveis de proteína bruta nos suple-mentos, houve redução no consumo de matéria seca da forragem quando se aumentou o nível de proteí-na bruta no suplemento, com reflexo da redução do consumo de forragem linear decrescente. Desta for-ma, os animais suplementados apresentaram ganho médio diário e peso corporal final superior aos ani-mais não suplementados. Os aniani-mais que receberam suplemento com 30% de proteína tiveram um ganho

adicional de 190,7 g/dia, quando comparado aos ani-mais do tratamento controle, o que representou um incremento de 42% no ganho médio diária das novi-lhas, sendo o nível de proteína bruta nos suplementos múltiplos que maximiza o ganho médio diário é 37%. O fornecimento de suplementos múltiplos para novi-lhas de corte, manejadas em pasto de média e alta qualidade durante o período das águas, melhora o desempenho produtivo dos animais, porém diminui o consumo de forragem pelos animais. Os efeitos mais proeminentes causados pela suplementação com níveis crescente de proteína bruta residiram so-bre a depressão no consumo voluntário de forragem. A presença ode efeito substitutivo sobre o consumo de forragem não é desejada, uma vez que o objetivo principal da suplementação em pastejo reside sobre a otimização do uso dos recursos forrageiros, promo-vendo ao mínimo sua substituição (DETMANN et al., 2005).

A inclusão de proteína bruta na dieta de bovinos cria-dos a pasto pode ampliar o consumo de forragem até níveis proteicos próximos a 10% (FIGUEIRAS et al., 2010 e SAMPAIO et al., 2010). A partir deste nível dietético de proteína bruta, as exigências microbianas em termos de compostos nitrogenados seriam aten-didas e nenhum estímulo sobre o consumo de mate-rial digerido seria mais observado (DETMANN et al., 2010).

Na mesma linha de pesquisa, Barroso (2014) traba-lhando com novilhos mestiços recebendo sal mine-ral ou suplementação proteico/energética com nível 0,4% do peso corporal em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu, no período das águas. Veri-ficaram consumo de matéria seca do pasto (kg/dia),

(7)

matéria seca total (%PC), não foram influenciados pela utilização da suplementação proteico/energéti-ca ao nível de 0,4% do peso corporal (PC), quando comparada com a suplementação mineral. Segundo o autor, o pasto apresentou características de boa qualidade nutricional e boa oferta de forragem de 15,14 kg MS/100 kg de PC por dia, superando a re-comendação de Hodson (1990), de 10 a 12 kg, para que não haja restrições do consumo de forragem. Os suplementos não reduziram o consumo de pasto para os animais que receberam 0,4% do PC, uma vez que ocorreu o efeito aditivo. Houve efeito para o consumo de matéria seca total (kg/dia) com consumos de 8,10 e 9,51 kg/dia para os animais que receberam suple-mentação mineral e proteico/energética, respectiva-mente. A suplementação ao nível de 0,4% do peso corporal ou a suplementação mineral não influenciou o ganho médio diário, ganho de peso total e conver-são alimentar dos novilhos. O autor ressalta a ques-tão da interação entre a elevada disponibilidade de pasto nas águas e a suplementação, culminando com a falta de ganhos adicionais significativos. No entan-to, apesar de o desempenho encontrado no presente estudo não ter diferido dos animais que receberam apenas a suplementação mineral, não houve efeito de substituição no período das águas, uma vez que o consumo de pasto foi semelhante (8,10 contra 7,75 kg/animal/dia).

Nessas circunstâncias, Costa et al. (2011) concluíram que a suplementação proteico/energética para bovi-nos mantidos em pastagens tropicais, no período das águas, não apresentou benefícios nutricionais, não obtendo diferença para o desempenho dos animais, o que reflete o alto coeficiente de substituição da forra-gem pelo suplemento.

Na produção de animais em pastejo, a resposta ao uso de suplementos é, possivelmente, influenciada pela disponibilidade e qualidade do pasto e caracte-rísticas do suplemento, bem como pela maneira de seu fornecimento e pelo potencial genético dos ani-mais (REIS & FREITAS, 2003). Sendo que no período das águas, seria conveniente suplementar com uma proteína de boa qualidade e de baixa degradabilidade ruminal, mesmo que se trate de animais pastejando forragem com elevados teores de proteína com alta solubilidade.

A eficiência produtiva dos animais é dependente dos efeitos de adição e substituição do consumo de su-plemento sobre o consumo de pasto. As interações, ou efeitos associativos entre o pasto e suplemento são explicados por mudanças no consumo de matéria seca do pasto, alterações na digestibilidade da fibra, proporção de grãos na dieta e a maturidade do animal (DIXON & STOCKDALE, 1999).

A suplementação com alimentos concentrados no pe-ríodo das águas também consiste numa ferramenta auxiliar no manejo do pastejo. De maneira geral, os suplementos concentrados no período das águas não alteram o consumo de forragem ou promove um efei-to combinado com redução no consumo de forragem e aumento no consumo de nutrientes, principalmente quando a forragem possui características nutricionais semelhantes aos suplementos (REIS, 2014).

SUPLEMENTAÇÃO NO PERÍODO SECO

As gramíneas forrageiras são base alimentar da bovi-nocultura de corte brasileira e constituem a principal fonte de nutrientes para os animais ao longo do ano. Entretanto, uma característica da produção de bovi-nos a pasto é a sazonalidade da produção forrageira, que promove oscilações no suprimento de nutrientes aos animais, impondo a necessidade de suplemen-tação e/ou complemensuplemen-tação alimentar para elevação da produtividade (PAULINO et al., 2006).

Durante o período seco do ano, a queda na quanti-dade e qualiquanti-dade da forragem e o aumento nos cons-tituintes fibrosos, notadamente tecidos lignificados (VAN SOEST, 1994), reflete negativamente na diges-tibilidade da matéria seca e no consumo pelos ani-mais. Os teores de PB destas gramíneas não atingem o valor mínimo de 7%, relatado por Minson (1990) como limitante para adequada atividade dos micror-ganismos do rúmen, o que compromete a utilização dos substratos energéticos fibrosos potencialmente digestíveis (LAZZARINI et al., 2009). Desta forma, a curva de crescimento dos animais fica comprometida, aumentando a idade ao abate e ao primeiro parto dos animais.

A suplementação com compostos nitrogenados, du-rante o período seco do ano tem como premissa bási-ca aumentar o consumo de pasto, melhorar a

(8)

degra-dação da parede celular e acelerar e passagem dos componentes indesejáveis da dieta. O incremento no desempenho animal em função da suplementação proteica pode não ser devido apenas ao maior consu-mo de forragem, mais devido à mudanças na digesti-bilidade ou na eficiência de utilização dos nutrientes (SAMPAIO, 2007).

A baixa produção animal na época seca é atribuída, principalmente, ao baixo consumo de matéria seca, ou seja, ao baixo consumo de energia, e à deficiência de proteína e minerais nos pastos; nesta época, as pastagens apresentam frequentemente baixa disponi-bilidade e proporção de folhas verdes e altas de caule e material morto, e são pouco consumidas, mesmo que o suprimento de forragem total seja abundante (MINSON, 1990; NOLLER et al., 1997).

Nesse cenário, a utilização de suplementos concen-trados seja na seca, seja nas águas, permite corrigir deficiências específicas de nutrientes na forragem para maximizar a utilização pelos micro-organismos ruminais e potencializar o ganho de peso (REIS et al., 2012).

Santos (2012) trabalhando com quatro doses de su-plementação (0, 1, 2 e 3 kg/animal dia) e cinco pe-ríodos de pastejos (1, 28; 59; 89 e 103 dias) sobre o desempenho de bovinos em pastos diferidos de capim-braquiária (Brachiaria decumbens cv. Basilisk) com disponibilidade total de forragem 4.141 kg/ha de matéria seca, não foram influenciadas pelas doses de suplemento. Independentemente do período de pas-tejo, o ganho de peso média diário, a taxa de lotação,

TABELA 2. Desempenho animal, consumo de suplemento e oferta de forragem em pastos de capim-braquiária diferidos em função do suplemento concentrado (S) (0, 1, 2 e 3 kg/animal dia) e período de pastejo

Item Regressão (%) CV

GMD (kg/animal dia) Y= 0,419 + 0,2002*S 0,94 5,85

TL (UA/ha) Y=2,733 + 0,42075*S 0,98 9,48

PRODA (kg/área) Y=2,720 + 1,7216*S 0,97 7,26

CONSREL (kg/animal dia) Y= 0,022 + 0,96450*S 0,99 3,93

CONSABS (kg/animal dia) Y=0,054 + 0,40925*S 0,97 4,58

OFERTA (% peso corporal) Y= 18,905 - 2,83325*S 0,04 17,58

GMD: ganho médio diário; TL: Taxa de lotação; PRODA: Produção por área; CONSREL: Consumo relativo de suplemento; CONSABS: Consumo absoluto de suplemento; OF: oferta de forragem; CV: Coeficiente de variação; e *Significativo pelo teste t (P<0,10). FONTE: Santos (2012)

a produção animal por área e o consumo relativo de suplemento aumentaram linearmente com as doses de suplemento (Tabela 2).

A porcentagem de oferta de forragem diminuiu com as doses de suplemento, o que provavelmente se deu em decorrência do efeito aditivo do suplemento com o pasto. O uso de suplemento concentrado possibilita a utilização de categorias animais mais exigentes. O uso de maiores doses de suplemento (2 a 3 kg/animal dia) resultou em ganho de peso médio diário de 0,748 e 1 kg/animal dia, taxa de lotação média de 3,6 e 3,9 UA/ha e produção média por área de 5,71 e 7,88 kg/ ha dia.

Mendes (2013) trabalhando com níveis crescentes de concentrado (0,2; 0,4; 0,6; e 0,8% do peso corporal) e com níveis decrescentes de proteína bruta (50; 25; 16,6; 12,5%) com novilhos mestiços em fase de termi-nação mantidos em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu na região sudoeste da Bahia, com dispo-nibilidade media de matéria seca total, matéria seca potencialmente digestível, foram de 4.180; 3.295; kg/ ha, respectivamente. Esses resultados é caracterís-tico de um dossel forrageiro com grande quantidade de folha e colmo digestível, suficiente para que o sis-tema de suplementação utilizado não seja influencia-do pela falta de nutrientes provenientes influencia-do pasto. O aumento no teor de concentrado na dieta não influen-ciou o consumo de matéria seca total (kg/dia-1) e em

porcentagem do peso corporal (%PC). Entretanto, o consumo de matéria seca da forragem, em kg.dia-1

e porcentagem do peso corporal apresentou efeito linear decrescente, ou seja, a medida que

(9)

aumenta-ram os níveis de concentrado, houve o efeito substi-tutivo da matéria seca do pasto por concentrado. Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e da fibra em detergente neutro apresentou efeito linear decrescente pelo aumento dos níveis de concentrado na dieta. O aumento das quantidades de suplemento fornecido de forma única durante o dia pode ter contri-buído para a queda rápida do pH ruminal, afetando os microrganismos celulolíticos e acarretando redução na digestibilidade, tanto da matéria seca total quanto dos constituintes fibrosos da forragem. O ganho mé-dio diário apresentou efeito quadrático em resposta aos níveis crescentes de suplementação, com ponto de máximo estimado em 0,58% de suplementação e ganho médio diário estimado de 0,533 kg/animal/ dia.

O decréscimo no desempenho a partir do ponto de máximo provavelmente foi ocasionado pelo aumen-to do efeiaumen-to substitutivo nos valores superiores a este nível de suplementação e pela falta de proteína para a utilização do banco de energia presente no pasto. Este fato comprova que, além de substituir um ali-mento de baixo custo por outro de custo mais eleva-do, a partir do ponto de máximo, há um decréscimo na resposta biológica.

Ortega (2013) avaliando quantidades de suplementos para novilhas de corte sob pastejo durante o período de transição seca – águas em pastagem de Brachia-ria decumbens com disponibilidades de matéBrachia-ria seca total e matéria seca potencialmente digestível 5275 e 3766 kg/ha respectivamente, com uma proporção de digestibilidade potencial da forragem de 71,17%, representando uma oferta de 123 g de MSpd/kg de peso corporal, valor acima do recomendado por Pau-lino et al. (2004), de 40 a 60 g de MSpd/kg de peso corporal, para um desempenho satisfatório de ani-mais em pastejo.

No entanto, não houve diferença para os consumos de matéria seca, matéria seca do pasto, (kg/dia e g/kg de peso corporal) entre os tratamentos. O efeito line-ar positivo no consumo de matéria seca, e ausência de efeito para o consumo de matéria seca do pasto, demonstra que não houve efeito de substituição ou adição sobre no consumo de forragem para nenhu-ma quantidade de suplemento avaliada.

Evidencian-do que a associação de fontes energéticas de rápida degradação ruminal aos compostos nitrogenados su-plementares, em níveis nos quais não haja restrições significativas sobre o consumo voluntário de forra-gem, podem incrementar o desempenho animal por prover maior quantidade de proteína metabolizável resultante de incremento na assimilação de nitrogê-nio no rúmen. O ganho médio diário e o peso corporal final apresentou efeito linear crescente em função da quantidade de suplemento, o máximo ganho médio diário 0,435 kg foi observado para os animais que re-ceberam uma quantidade de suplemento de 1,5 kg/ animal/dia.

Dessa forma, a suplementação melhorou o equilíbrio de nutrientes da dieta o que permitiu em maior ganho médio diário e, consequentemente, um maior peso corporal final.

O sistema convencional de produção animal é com-posto basicamente pelos estágios de ingestão do material forrageiro e do suplemento oferecido no co-cho, além da conversão em produto animal, e cada um desses estágios tem sua própria eficiência, cujo somatório determina a produção animal (EUCLIDES et al., 1997).

Nos sistemas de produção eficientes, a suplementa-ção é adotada como uma prática tecnológica de apoio à pastagem. Durante a escassez de chuvas, a plan-ta muda suas características fisiológicas e anatômi-cas, de modo que a qualidade nutricional do pasto decresce, tornando-se, por vezes, incapaz de suprir as exigências nutricionais dos ruminantes (MENDES, 2013).

Uma alternativa seria a utilização de suplementos proteicos ou energéticos para associar-se ao volu-moso oriundo do pasto e suprir a demanda de nu-trientes pelo animal. A suplementação em níveis crescentes, apesar do seu efeito substitutivo, pode se tornar atrativa para o produtor, pois, além de su-prir a exigência animal, pode aumentar a capacidade de suporte dos sistemas produtivos, melhorando a eficiência de utilização das pastagens em seus picos de produção e aumentando o nível de produção por unidade de superfície (kg/ha/ano) (PAULINO et al., 2004).

(10)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O pasto deve ser entendido como recurso nutricional basal de elevada complexidade, sendo assim, a otimi-zação da produção animal em pastagem só será obti-da quando a maximização obti-da produção forrageira for adequadamente utilizada. A utilização da suplemen-tação pode auxiliar no desempenho produtivo de bo-vinos a pasto, mas nem sempre este aumento vai ser positivo, em função de vários fatores, principalmente, a característica do suplemento quantidade a serem fornecido e época do ano a ser adotada a suplemen-tação, pois, as interações existentes entre o consumo de forragem e o consumo de suplemento podem pro-mover efeito aditivo, associativo ou substitutivo para bovinos criados em sistema de pasto e suplemento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABIEC. Associação Brasileira das Indústrias Ex-portadoras de Carnes. 2013. Disponível em: http://www.abiec.com.br/texto.asp?id=8. Acesso em: 14 de dezembro 2014.

BARROS, L.V. Estratégias de suplementação para fêmeas bovinas de corte em diferentes fases do ciclo produtivo. 2012. 95f. Tese ( Doutorado) Universidade Federal de Viçosa.

BARROSO, D.S. Estratégias de produção para abate de novilhos mestiços em condições de pastejo aos 22 meses de idade. Itapetinga, BA: UESB, 2013. 92p. Dissertação. (Mestrado em Zootecnia) Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

COSTA, V. A. C.; DETMANN, E.; PAULINO, M. F; et al. Consumo e digestibilidade em bovinos em pas-tejo durante o período das águas suplementados com diferentes fontes de compostos nitrogenados e de carboidratos. Revista Brasileira de Zootec-nia, v. 40, p. 1788-1798, 2011.

COSTA, V.A.C.; DETMANN, E.; PAULINO, M.F.; VALADARES FILHO, S.C.; CARVALHO, I.P.C.; MONTEIRO, L.P. Consumo e digestibilidade em bovinos em pastejo durante o período das águas sob suplementação com fontes de compostos ni-trogenados e de carboidratos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.40, n.8, p.1788-1798, 2011. COSTA, V.A.C.; DETMANN, E.; VALADARES FILHO,

S.C. et al. Degradação in vitro da fibra em deter-gente neutro de forragem tropical de baixa quali-dade em função de suplementação com proteína

e/ou carboidratos. Revista Brasileira de Zootec-nia, v.37, n.3, p.494-503, 2008.

DETAMANN, E.; PAULINO, M.F.; CECON, P.R.; VA-LADARES FILHO, S.C.; ZERVOUDAKIS, J.T.; CABRAL, L.S.; LEÃO, M.I.; LANA, R.P.; PONCIA-NO, N.J. 2005. Níveis de proteína em suplementos para terminação de bovinos em pastejo durante o período de transição seca/águas: consumo volun-tário e trânsito de partículas. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, p.1371-1379.

DETMANN, E. Fibra na nutrição de novilhas leiteiras. In: PEREIRA, E.S.; PIMENTEL, P.G.; QUEIROZ, A.C. et al. (Eds.) Novilhas leiteiras. Fortaleza: Im-prece, 2010.

DETMANN, E.; PAULINO, M.F., VALADARES FILHO, S.C. Avaliação nutricional de alimentos ou de die-tas. Uma abordagem conceitual. Uma abordagem conceitual. In: SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE, 6, 2008, Viçosa. Anais... Viço-sa: DZO-UFV, 2008. p.21-52.

DETMANN, E.; PAULINO, M.F.; VALADARES FILHO, S.C. 2010. Otimização do uso de recursos forra-geiros basais. Proceedings of 7rd Symposium of beef catle production (Departamento de Zoo-tecnia-UFV, Viçosa, Brazil). P.191-240.

DETMANN, E.; PAULINO, M.F.; ZERVOUDAKIS, J.T. et al. Níveis de proteína bruta em suplementos múltiplos para terminação de novilhos mestiços em pastejo durante época seca: desempenho pro-dutivo e característica de carcaça. Revista Brasi-leira de Zootecnia, v.33, p.169-180, 2004. DETMANN, E.; VALADARES FILHO, S.C. On the

es-timation of non-fibrous carbohydrates in feeds and diets. Arquivo Brasileiro de Medicina Veteriná-ria e Zootecnia, v.62, p.980-984, 2010.

DETMANN, E.; VALADARES FILHO, S.C.On the es-timation of non-fibrous carbohydrates is feeds and diets. Arquivo Brasileiro de Medicina Veteriná-ria Zootecnia, v.62, p.980-984, 2010.

DIAS, D.L.S. Recria de novilhos mestiços suple-mentados em pastagens no período das águas. 2013. 125f. Dissertação de Mestrado da Universi-dade Estadual do Sudoeste da Bahia.

EUCLIDES, V. P. B.; EUCLIDES FILHO, K. Avaliação de forrageiras sob pastejo. In: JOBIM, C.C.; SAN-TOS, G. T.; CECATO, U. (Ed.). Simpósio sobre avaliação de pastagens com animais. Maringá: Cooper Graf. Artes Gráficas Ltda., 1997. p. 85-111.

(11)

EUCLIDES, V.B.P.; EUCLIDES FILHO, K.; COSTA, F.P. et al. Desempenho de novilhos F1s Angus-Ne-lore em pastagens de Brachiaria decumbens sub-metidos a diferentes regimes alimentares. Revis-ta Brasileira de Zootecnia, v.30, n.2 p.470-481, 2001.

EUCLIDES, V.P.B.; QUEIROZ, H.P. Manejo de pas-tagens para produção de feno-em-pé. Campo Grande: Embrapa/CNPGC, 2000. (Documento, 39).

HODGSON, J. Grazing management science into practice. Essex: Lougman Group UK Ltda., p. 203, 1990.

LAZZARINI, I.; DETMANN, E.; SAMPAIO, C.B. et al. Intake and digestibility in cattle fed low-quality tro-pical forage and supplemented with nitrogenous compounds. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.10, p.2021-2030, 2009.

MACÊDO, José Dionísio Borges de. Períodos de diferimento para pastos de Brachiaria

decum-bens. Itapetinga-BA: UESB, 2014. 91p. (Tese –

Doutorado em Zootecnia – Área de Concentração em Produção de Ruminantes).

MARTHA JÚNIOR, G.B.; BARIONI, L.G.; VILELA, L.; BARCELLOS, A.O. Uso de pastagem diferida no cerrado. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2003. 6p. (Série: Comunicado Técnico, 102). MAZA ORTEGA, R. E. Estratégias de

suplementa-ção para novilhas de corte em pastejo nos perí-odos de seca e transição seca-águas. 46f. 2013. Universidade Federal de Viçosa.

MENDES, F.B.L. Níveis de suplementação em die-tas de novilhos terminados em pastagens. Ita-petinga, BA: UESB, 2013. 92p. Tese. (Doutorado em Zootecnia, Área de concentração em Produ-ção de Ruminantes).

MINSON, D.J. Forage in ruminant nutrition. New York: Academic Press, 1990. 483p.

MINSON, D.J. Forage in ruminant nutrition. San Diego: Academic Press, 1990. 483p. F.;

MORAES, E.H.B.K.; PAULINO, M.F.; MORAES, K.A.K.; VALADARES FILHO, S.C.; FIGUEIREDO, D.M.; COUTO, V.R.M. Exigências de proteína de bovinos anelorados em pastejo. Revista Brasilei-ra de Zootecnia, v.39, n.3, p.601-607, 2010a. NOLLER, C.H.; NASCIMENTO JR., D.; QUEIROZ,

D.S. Exigências nutricionais de animais em pas-tejo. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DE

PASTA-GEM, 13., 1996, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 1997. p.319-352.

PAULA, Neleino Francisco de. Crescimento de bo-vinos de corte no sistema pasto/suplemento submetidos a diferentes planos nutricionais. 2012. 115f. Tese (Doutorado)-Universidade Fede-ral de Viçosa.

PAULINO, M. F.; FIGUEIREDO, D. M.; MORAES, E. H. B. K. et al. Suplementação de Bovinos em pas-tagens: uma visão sistêmica. In: SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE, 4., 2004, Vi-çosa, MG. Anais...Viçosa, MG: Universidade Fe-deral de Viçosa, 2004. p.93-144.

PAULINO, M.; DETMANN, E.; VALADARES FILHO, S.C. Bovinocultura functional nos tópicos. In: VI Simpósio de Produção de Gado de Corte e II Sim-pósio Internacional de Produção de Gado de Cor-te, 2008, Viçosa. Anais... Viçosa: VI SIMCORTE, p.275-305. 2008.

PAULINO, M.F. Misturas múltiplas na nutrição de bo-vinos de corte a pasto. In: SIMPÓSIO GOIANO SOBRE PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE, 1999, Goiânia. Anais... Goiânia: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, 1999. p.95-105.

PAULINO, M.F.; DETMANN, E.; VALADARES FILHO, S.C. Suplementação animal em pasto: energéti-ca ou protéienergéti-ca. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO ESTRATÉGICO DA PASTAGEM, 3, 2006, Viçosa. Anais... Viçosa: SIMFOR, 2006. p.359-392. PAULINO, M.F.; DETMANN, E.; VALADARES FILHO,

S.C. Suplementação animal em pasto: energetica ou proteica. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO ES-TRATEGICO DA PASTAGEM, 3, 2006, Viçosa, MG. Anais... Vicosa, MG: SIMFOR, 2006. p.359-392. PAULINO, M.F.; DETMANN, E.; ZERVOUDAKIS, J.T.

Suplementos múltiplos para recria e engorda de bovinos em pastagens. In: Simpósio de Produção de Gado de Corte, 2, 2001, Viçosa. Anais... Viço-sa: SIMCORTE, 2001. p.187-233.

PEREIRA, J.R.V.; REIS, R.A.; BERCHIELLI, T.T.; BERTIPAGLIAS, L.M.A.; MELO, G.M.P.; Suple-mentação de bovinos mantidos em pasto diferido de Brachiaria brizantha (cv. Marandu): parâmetros ruminais e degradabilidade. Acta Sci. Anim. Sci Maringá, v. 30, n. 3, p. 317-325, 2008.

REIS, R.A,; FREITAS, D. Suplementação como ferra-menta de manejo das pastagens. Workshop e Dia

(12)

de Campo: Produção de Bovinos em pastagens. Jaboticabal. 2003.

REIS, R.A.; BARBERO, R.P.; KOSCHECK, F.J.F.W.; Manejo de pastagens tropicais e suplementação alimentar para bovinos. VI Congresso Latino-A-mericano de Nutrição Animal. Estância de São Pedro, São Paulo. 2014.

REIS, R.A.; RODRIGUES, L.R.A.; PEREIRA, J.R.A. A suplementação como estratégia de manejo da pastagem. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 13. 1999, Piracicaba. Anais... Piraci-caba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Quei-roz, 1999. p.123-150.

REIS, R.A.; RUGGIERI, A.C.; OLIVEIRA, A.A.; AZE-NHA, M.V.; CASAGRANDE, D.R.; Suplementação como Estratégia de Produção de Carne de Quali-dade em Pastagens Tropicais. Revista Brasilei-ra Saúde Produção Animal, Salvador, v.13, n.3, p.642-655 jul./set., 2012.

SANTOS, A.D.; Desempenho de bovinos em pas-tos de capim-braquiária suplementados nos períodos de água e seca. 75f. 2012. Tese (Dou-torado) Universidade Federal de Viçosa.

SANTOS, M.E.R.; FONSECA, D.M.; BALBINO, E.M.; MONNERAT, J.I.S.; SILVA, S.P.; Capim-braquiária diferido e adubado com nitrogênio: produção e ca-racterísticas da forragem. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, n.4, p.650-656, 2009a.

SANTOS, M.E.R.; FONSECA, D.M.F.; GOMES, V.M. et al. Estrutura do capim-braquiária durante o dife-rimento da pastagem. Acta Scientiarum. Animal Sciences. v.32, n.2, p. 193-145, 2010.

SANTOS, P.M.; BERNARDI, A.C.C. Diferimento do uso de pastagens. In: SIMPÓSIO SOBRE MANE-JO DA PASTAGEM, 22. 2005, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 2005. p.95-118.

SILVA, F.F.; SÁ, J.F.; SCHIO, A.R.; ÍTAVO, L.C.; SILVA, R.R.; MATEUS, R.G.; Suplementação a pasto: disponibilidade e qualidade x níveis de su-plementação x desempenho. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, p.371-389, 2009 (supl. es-pecial).

SOUZA, D.R. Suplementação mineral ou proteina-da na terminação de novilhos Nelore em paste-jo de Brachiaria brizantha. Itapetinga-BA: UESB, 2010. 64p (Dissertação – Mestrado em Zootecnia – Produção de Ruminantes).

TEIXEIRA, F.A. Diferimento de pastagem de Bra-chiaria decumbens e estratégias de adubação nitrogenada. 149f. 2010. Tese de Doutorado em Zootecnia - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

VALENTE, Ériton Egidio Lisboa. Suplementação de bovinos de corte em pastejo com diferentes relações proteína: carboidrato da fase de ama-mentação ao abate. 2012. 131f. Tese (Doutorado)- Universidade Federal de Viçosa.

Referências

Documentos relacionados

A presença de Salmonella sp foi investigada em amostras de fezes de avestruzes, ovos, ração (oferecida às aves) e fezes de roedores presentes na propriedade e em fezes, órgãos

Com o crescimento da população de forma desordenada, principalmente nas áreas urbanas, a procura por lugares para construção de moradia e a baixa renda da população, são fatores

As provas não permitem concluir, com segurança, que o trabalho exercido pelo Apelante agiu como concausa no agravamento das doenças colunares e de varizes, e não admitem a

Assim, não seria ilógico afirmar que, os direitos de humanidade, tais como, o direito à vida, à saúde, às integridades física, moral e intelectual, à imagem, liberdade,

Penna (2006) afirma, ao abordar esses ambientes, que a prática musical ocorre tanto em funções contextualistas como essencialistas. Ao levar em conta a atuação contextualista, a

3 C1 (Contraste ortogonal suplementação proteico energética sólida vs farelada) C2 (Contraste ortogonal suplementação proteico energética amido vs lipídeos)

F: Eu também não sei se deve exigir, tenho que dar um seminário para os alunos de graduação e eles nem questionaram o fato do trabalho, dos professores que dão aulas para eles,

São utilizados dominios de estabilidade obtidos pelo uso da funçao energia tomada como funçao de Liapunov, para propo.. sição de indices de sobrecargas a serem