• Nenhum resultado encontrado

LOJAS RENNER S/A FORMULÁRIO REFERÊNCIA CNPJ / CÓDIGO CVM Enviado à CVM em , atualizado.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "LOJAS RENNER S/A FORMULÁRIO REFERÊNCIA CNPJ / CÓDIGO CVM Enviado à CVM em , atualizado."

Copied!
225
0
0

Texto

(1)

LOJAS RENNER S/A

CNPJ 92.754.738/0001-62

CÓDIGO CVM 00813-3

FORMULÁRIO

DE

REFERÊNCIA

Enviado à CVM em 27.08.2010,

(2)

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado 35

5. Risco de mercado

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes 27 4.4 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos cujas partes contrárias sejam administradores,

ex-administradores, controladores, ex-controladores ou investidores

30

4.1 - Descrição dos fatores de risco 15

4.2 - Comentários sobre expectativas de alterações na exposição aos fatores de risco 25

4.7 - Outras contingências relevantes 33

4.8 - Regras do país de origem e do país em que os valores mobiliários estão custodiados 34

4.5 - Processos sigilosos relevantes 31

4.6 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos, não sigilosos e relevantes em conjunto

32

4. Fatores de risco

3.9 - Outras informações relevantes 14

3.8 - Obrigações de acordo com a natureza e prazo de vencimento 13

3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras 7

3.4 - Política de destinação dos resultados 8

3.1 - Informações Financeiras 4

3.2 - Medições não contábeis 5

3.7 - Nível de endividamento 12

3.6 - Declaração de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas 11

3.5 - Distribuição de dividendos e retenção de lucro líquido 10

3. Informações financ. selecionadas

2.1/2.2 - Identificação e remuneração dos Auditores 2

2.3 - Outras informações relevantes 3

2. Auditores independentes

1.1 - Declaração e Identificação dos responsáveis 1

1. Responsáveis pelo formulário

(3)

9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes - outros 64

9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.a - Ativos imobilizados 69

9. Ativos relevantes

8.2 - Organograma do Grupo Econômico 61

8.1 - Descrição do Grupo Econômico 60

8.4 - Outras informações relevantes 63

8.3 - Operações de reestruturação 62

8. Grupo econômico

7.7 - Efeitos da regulação estrangeira nas atividades 57

7.6 - Receitas relevantes provenientes do exterior 56

7.9 - Outras informações relevantes 59

7.8 - Relações de longo prazo relevantes 58

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades 55

7.2 - Informações sobre segmentos operacionais 48

7.1 - Descrição das atividades do emissor e suas controladas 46

7.4 - Clientes responsáveis por mais de 10% da receita líquida total 54

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais 49

7. Atividades do emissor

6.3 - Breve histórico 41

6.1 / 6.2 / 6.4 - Constituição do emissor, prazo de duração e data de registro na CVM 40

6.5 - Principais eventos societários ocorridos no emissor, controladas ou coligadas 43

6.7 - Outras informações relevantes 45

6.6 - Informações de pedido de falência fundado em valor relevante ou de recuperação judicial ou extrajudicial 44

6. Histórico do emissor

5.3 - Alterações significativas nos principais riscos de mercado 38

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado 36

5.4 - Outras informações relevantes 39

(4)

12.4 - Regras, políticas e práticas relativas ao Conselho de Administração 114 12.5 - Descrição da cláusula compromissória para resolução de conflitos por meio de arbitragem 115 12.3 - Datas e jornais de publicação das informações exigidas pela Lei nº6.404/76 113

12.1 - Descrição da estrutura administrativa 104

12.2 - Regras, políticas e práticas relativas às assembleias gerais 110

12.6 / 8 - Composição e experiência profissional da administração e do conselho fiscal 116 12.7 - Composição dos comitês estatutários e dos comitês de auditoria, financeiro e de remuneração 121 12.9 - Existência de relação conjugal, união estável ou parentesco até o 2º grau relacionadas a administradores

do emissor, controladas e controladores

122

12. Assembléia e administração

11.1 - Projeções divulgadas e premissas 102

11.2 - Acompanhamento e alterações das projeções divulgadas 103

11. Projeções

10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do auditor 88

10.5 - Políticas contábeis críticas 92

10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações financeiras 87

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais 73

10.2 - Resultado operacional e financeiro 83

10.6 - Controles internos relativos à elaboração das demonstrações financeiras - Grau de eficiência e deficiência e recomendações presentes no relatório do auditor

94

10.9 - Comentários sobre itens não evidenciados nas demonstrações financeiras 97

10.10 - Plano de negócios 98

10.11 - Outros fatores com influência relevante 101

10.7 - Destinação de recursos de ofertas públicas de distribuição e eventuais desvios 95

10.8 - Itens relevantes não evidenciados nas demonstrações financeiras 96

10. Comentários dos diretores

9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.b - Patentes, marcas, licenças, concessões, franquias e contratos de transferência de tecnologia

70

9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.c - Participações em sociedades 71

9.2 - Outras informações relevantes 72

(5)

14.2 - Alterações relevantes - Recursos humanos 164

14.1 - Descrição dos recursos humanos 160

14.3 - Descrição da política de remuneração dos empregados 165

14. Recursos humanos

13.13 - Percentual na remuneração total detido por administradores e membros do conselho fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores

156 13.12 - Mecanismos de remuneração ou indenização para os administradores em caso de destituição do cargo ou

de aposentadoria

155

13.14 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal, agrupados por órgão, recebida por qualquer razão que não a função que ocupam

157

13.16 - Outras informações relevantes 159

13.15 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal reconhecida no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de sociedades sob controle comum e de controladas do emissor

158 13.4 - Plano de remuneração baseado em ações do conselho de administração e diretoria estatutária 135 13.5 - Participações em ações, cotas e outros valores mobiliários conversíveis, detidas por administradores e

conselheiros fiscais - por órgão

141 13.3 - Remuneração variável do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal 134 13.1 - Descrição da política ou prática de remuneração, inclusive da diretoria não estatutária 127 13.2 - Remuneração total do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal 133

13.6 - Remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatutária 142

13.9 - Informações necessárias para a compreensão dos dados divulgados nos itens 13.6 a 13.8 - Método de precificação do valor das ações e das opções

150

13.10 - Informações sobre planos de previdência conferidos aos membros do conselho de administração e aos diretores estatutários

151

13.11 - Remuneração individual máxima, mínima e média do conselho de administração, da diretoria estatutária e do conselho fiscal

152 13.7 - Informações sobre as opções em aberto detidas pelo conselho de administração e pela diretoria estatutária 148 13.8 - Opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração baseada em ações do conselho de

administração e da diretoria estatutária

149

13. Remuneração dos administradores

12.11 - Acordos, inclusive apólices de seguros, para pagamento ou reembolso de despesas suportadas pelos administradores

124 12.10 - Relações de subordinação, prestação de serviço ou controle entre administradores e controladas,

controladores e outros

123

12.12 - Outras informações relevantes 125

(6)

18.3 - Descrição de exceções e cláusulas suspensivas relativas a direitos patrimoniais ou políticos previstos no estatuto

188

18.4 - Volume de negociações e maiores e menores cotações dos valores mobiliários negociados 189

18.5 - Descrição dos outros valores mobiliários emitidos 190

18.1 - Direitos das ações 185

18.2 - Descrição de eventuais regras estatutárias que limitem o direito de voto de acionistas significativos ou que os obriguem a realizar oferta pública

186

18.6 - Mercados brasileiros em que valores mobiliários são admitidos à negociação 191

18. Valores mobiliários

17.3 - Informações sobre desdobramentos, grupamentos e bonificações de ações 182

17.4 - Informações sobre reduções do capital social 183

17.5 - Outras informações relevantes 184

17.1 - Informações sobre o capital social 179

17.2 - Aumentos do capital social 180

17. Capital social

16.1 - Descrição das regras, políticas e práticas do emissor quanto à realização de transações com partes relacionadas

176

16.2 - Informações sobre as transações com partes relacionadas 177

16.3 - Identificação das medidas tomadas para tratar de conflitos de interesses e demonstração do caráter estritamente comutativo das condições pactuadas ou do pagamento compensatório adequado

178

16. Transações partes relacionadas

15.3 - Distribuição de capital 171

15.4 - Organograma dos acionistas 172

15.1 / 15.2 - Posição acionária 169

15.7 - Outras informações relevantes 175

15.6 - Alterações relevantes nas participações dos membros do grupo de controle e administradores do emissor 174 15.5 - Acordo de acionistas arquivado na sede do emissor ou do qual o controlador seja parte 173

15. Controle

14.4 - Descrição das relações entre o emissor e sindicatos 168

(7)

22.2 - Alterações significativas na forma de condução dos negócios do emissor 216 22.1 - Aquisição ou alienação de qualquer ativo relevante que não se enquadre como operação normal nos

negócios do emissor

215

22.4 - Outras informações relevantes 218

22.3 - Contratos relevantes celebrados pelo emissor e suas controladas não diretamente relacionados com suas atividades operacionais

217

22. Negócios extraordinários

21.2 - Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas

209 21.1 - Descrição das normas, regimentos ou procedimentos internos relativos à divulgação de informações 208

21.4 - Outras informações relevantes 213

21.3 - Administradores responsáveis pela implementação, manutenção, avaliação e fiscalização da política de divulgação de informações

212

21. Política de divulgação

20.2 - Outras informações relevantes 204

20.1 - Informações sobre a política de negociação de valores mobiliários 203

20. Política de negociação

19.2 - Movimentação dos valores mobiliários mantidos em tesouraria 200

19.1 - Informações sobre planos de recompra de ações do emissor 199

19.4 - Outras informações relevantes 202

19.3 - Informações sobre valores mobiliários mantidos em tesouraria na data de encerramento do último exercício social

201

19. Planos de recompra/tesouraria

18.8 - Ofertas públicas de distribuição efetuadas pelo emissor ou por terceiros, incluindo controladores e sociedades coligadas e controladas, relativas a valores mobiliários do emissor

193 18.7 - Informação sobre classe e espécie de valor mobiliário admitida à negociação em mercados estrangeiros 192

18.10 - Outras informações relevantes 195

18.9 - Descrição das ofertas públicas de aquisição feitas pelo emissor relativas a ações de emissão de terceiros 194

Índice

(8)

Cargo do responsável Diretor Presidente

Cargo do responsável Diretor de Relações com Investidores

Nome do responsável pelo conteúdo do formulário

Adalberto Pereira dos Santos

Nome do responsável pelo conteúdo do formulário

José Galló

Os diretores acima qualificados, declaram que:

a. reviram o formulário de referência

b. todas as informações contidas no formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº 480, em especial aos arts. 14 a 19

c. o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira do emissor e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ele emitidos

1.1 - Declaração e Identificação dos responsáveis

(9)

CPF do responsável técnico 041.702.178-02

Endereço Avenida Carlos Gomes, 403, Auxiliadora, Porto Alegre, RS, Brasil, CEP 90480-005, Telefone (51) 33278801, Fax (51) 33278801, e-mail: fcarrasco@deloitte.com

Montante total da remuneração dos auditores independentes segregado por serviço

O valor dos honorários pagos em 2009 relativos a serviços de auditoria foi de R$ 324.319,05. Não houve outros serviços prestados.

Descrição do serviço contratado Auditoria externa

Código CVM do auditor 385-9

Nome do responsável técnico Fernando Carrasco

Nome/Razão social do auditor Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

Período de prestação de serviço 17/02/2005

CPF/CNPJ do auditor 49.928.567/0001-11

(10)

2.3 - Outras informações relevantes

2.3 Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes:

Desde 18.03.2010, a auditoria externa contratada pela Companhia é a Price Waterhouse Coopers, tendo como sócio-responsável o Sr. Carlos Biedermann, CPF sob nº 220.349.270-87, fone 51 3378.1700, e e-mail carlos.biedermann@br.pwc.com. A substituição de auditoria externa decorre de sistema de rodízio sugerido pelos Administradores, tendo em vista as práticas e diretrizes de governança corporativa adotadas pela Companhia e não houve discordância por parte do auditor substituído.

(11)

Resultado Líquido por Ação 1,555800 1,336000 1,239300 Valor Patrimonial de Ação (Reais

Unidade)

6,380000 5,850000 4,790000

Número de Ações, Ex-Tesouraria (Unidades)

121.862.000 121.596.000 121.582.000

Resultado Líquido 189.589.000,00 162.450.000,00 150.672.000,00

Resultado Bruto 1.252.051.000,00 1.134.425.000,00 989.381.000,00

Rec. Liq./Rec. Intermed. Fin./Prem. Seg. Ganhos

2.363.628.000,00 2.183.407.000,00 1.930.940.000,00

Ativo Total 1.921.197.000,00 1.626.355.000,00 1.608.356.000,00

Patrimônio Líquido 777.640.000,00 711.493.000,00 582.928.000,00

3.1 - Informações Financeiras

(12)

3.2 - Medições não contábeis

3.2 Caso o emissor tenha divulgado, no decorrer do último exercício social, ou

deseje divulgar neste formulário medições não contábeis, como Lajida (lucro

antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ou Lajir (lucro antes de

juros e imposto de renda), o emissor deve:

a. informar o valor das medições não contábeis

LAJIDA (EBITDA) Em R$ mil

2009 2008 2007

Lucro líquido 189.589 162.450 150.672

(+) IR, CSLL e participações societárias 82.277 65.451 62.423

(+) Resultado de baixas de ativos fixos 345 292 3.976

(+) Resultado financeiro 10.688 10.111 14.032

(+) Depreciações e amortizações 74.073 62.026 49.707

(+) Plano de opção de compra de ações 17.243 11.060 5.190

LAJIDA (EBITDA) 374.215 311.390 286.000

b. fazer as conciliações entre os valores divulgados e os valores das demonstrações financeiras auditadas

Reconciliação do LAJIDA (EBITDA) Em R$ mil

2009 2008 2007

LAJIDA (EBITDA) 374.215 311.390 286.000

Plano de opção de compra de ações (17.243) (11.060) (5.190)

Depreciações e amortizações (74.073) (62.026) (49.707)

Resultado financeiro (10.688) (10.111) (14.032)

Resultado de baixas de ativos fixos (345) (292) (3.976)

IR, CSLL e participações societárias (82.277) (65.451) (62.423)

Lucro líquido 189.589 162.450 150.672

(13)

3.2 - Medições não contábeis

c. explicar o motivo pelo qual entende que tal medição é mais apropriada para a correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações

A Companhia entende que o LAJIDA (EBITDA), muito embora não seja uma medida utilizada nas práticas contábeis brasileiras, é o indicador extraído das demonstrações dos resultados que mais se aproxima da geração bruta de caixa proveniente dos resultados operacionais, e, por esta razão, é muito utilizado por investidores e analistas como indicador de desempenho operacional.

A Administração entende que, para adequada avaliação de sua condição financeira e dos seus resultados, é necessária a leitura de suas demonstrações financeiras em conjunto, desta forma, não atribui ao EBITDA a qualidade de indicador mais apropriado para a correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações.

O LAJIDA (EBITDA) é composto pelo lucro antes das despesas financeiras líquidas, imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, depreciação, amortização, despesas com plano de opções de compra de ações, resultado das baixas de ativos fixos e despesas extraordinárias.

(14)

3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras

3.3. Identificar e comentar qualquer evento subseqüente às últimas demonstrações

financeiras de encerramento de exercício social que as altere substancialmente

Não ocorreram eventos subseqüentes que possam alterar substancialmente as demonstrações financeiras de 2009.

(15)

3.4 - Política de destinação dos resultados

3.4 Descrever a política de destinação dos resultados dos 3 últimos exercícios

sociais, indicando:

a. regras sobre retenção de lucros

O saldo remanescente do lucro líquido do exercício, após a proposta de distribuição de dividendos e de juros sobre o capital próprio, é destinado a constituição de reserva de lucros para investimento e expansão, conforme previsto no art. 36, item “c” do Estatuto Social da Companhia, destinado a cobrir parte dos investimentos do plano de expansão, conforme orçamento de capital aprovado pela Administração. Conforme o art. 199 da Lei 6.404/76 o saldo dessa reserva não pode ultrapassar o capital social da Companhia.

b. regras sobre distribuição de dividendos

A Companhia, sem prejuízo do direito de a sua Administração propor a constituição de quaisquer reservas previstas na legislação ou no Estatuto Social, e observados o melhor interesse e a saúde financeira da Renner, distribuirá como dividendo entre todas as ações, em cada exercício social, pelo menos 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo 202 da Lei de Sociedades por Ações. Por deliberação do Conselho de Administração da Renner, o dividendo obrigatório pode ser pago também a título de juros sobre o capital próprio, tratado como despesa dedutível para fins de imposto de renda de pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido.

Dividendos

A Renner está obrigada pela Lei das Sociedades por Ações e pelo seu Estatuto Social a realizar Assembléia Geral Ordinária até o quarto mês subseqüente ao encerramento de cada exercício social na qual, entre outras coisas, os acionistas terão que deliberar sobre a distribuição de dividendo anual. O pagamento de dividendos anuais toma por base as demonstrações financeiras auditadas, referentes ao exercício social imediatamente anterior. Os titulares de ações na data em que o dividendo for declarado farão jus ao recebimento dos dividendos.

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, o dividendo anual deve ser pago no prazo de 60 dias a contar de sua declaração, a menos que a deliberação de acionistas estabeleça outra data de pagamento que, em qualquer hipótese, deverá ocorrer antes do encerramento do exercício social em que o dividendo tenha sido declarado. O Estatuto Social da Renner não estabelece que o valor do pagamento de dividendo seja corrigido por conta da inflação.

Para reclamar dividendos (ou pagamentos de juros sobre capital próprio) referentes às suas ações, os acionistas têm prazo de três anos, contados da data em que os dividendos ou juros sobre capital próprio tenham sido postos a sua disposição, após o qual o valor dos dividendos ou juros sobre capital próprio não reclamados reverterão em favor da Companhia.

O Conselho de Administração da Renner pode declarar dividendos intermediários ou juros sobre capital próprio, à conta de lucros apurados em balanço semestral. Adicionalmente, o Conselho de Administração da Companhia pode determinar o levantamento de balanços em períodos inferiores a seis meses e declarar dividendos ou juros sobre capital próprio com base nos lucros apurados em tais balanços, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital previstas no parágrafo 1º do art. 182 da Lei das Sociedades por Ações.

Juros Sobre o Capital Próprio

(16)

3.4 - Política de destinação dos resultados

efeito do imposto de renda de pessoa jurídica e, desde 1998, também para efeito da contribuição social sobre o lucro líquido.

A dedução fica limitada ao que for maior entre: (i) 50% do lucro líquido da Companhia (após a dedução da contribuição social sobre o lucro líquido e antes de se considerar a referida distribuição e quaisquer deduções referentes ao imposto de renda) do período com relação ao qual o pagamento seja efetuado; e (ii) 50% dos lucros acumulados da companhia.

O pagamento de juros sobre o capital próprio é realizado como forma alternativa de pagamento de dividendos. Os juros sobre o capital próprio ficam limitados à variação pro rata die da Taxa de Juros de Longo Prazo, ou TJLP. O valor pago a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto de renda, poderá ser imputado como parte do valor do dividendo obrigatório. De acordo com a legislação aplicável, a Companhia é obrigada a pagar aos acionistas valor suficiente para assegurar que a quantia líquida recebida por eles a título de juros sobre o capital próprio, descontado o pagamento do imposto retido na fonte, acrescida do valor dos dividendos declarados, seja equivalente ao menos ao montante do dividendo obrigatório.

c. periodicidade das distribuições de dividendos

Muito embora a periodicidade de distribuição de dividendos nos últimos 3 exercícios tenha sido anual, o Conselho de Administração poderá deliberar sobre o pagamento de dividendos intermediários ou juros sobre o capital próprio à conta de lucros acumulados ou de reserva de lucros existentes no último balanço anual ou semestral. Adicionalmente, o Conselho de Administração da Companhia pode determinar o levantamento de balanços em períodos inferiores a seis meses e declarar dividendos ou juros sobre capital próprio com base nos lucros apurados em tais balanços, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital previstas no parágrafo 1º do art. 182 da Lei das Sociedades por Ações. Os pagamentos de dividendos intermediários ou juros sobre capital próprio constituem antecipação do valor de dividendos obrigatórios relativos ao lucro líquido do final do exercício em que os dividendos intermediários foram pagos, ressalvada a hipótese de não haver dividendos obrigatório.

d. eventuais restrições à distribuição de dividendos impostas por legislação ou regulamentação especial aplicável ao emissor, assim como contratos, decisões judiciais, administrativas ou arbitrais

Não há restrições.

(17)

Ordinária 97.505.000,00 8.621.000,00 82.225.000,00 Outros

Ordinária 44.687.000,00 36.430.000,00 34.675.000,00

Juros Sobre Capital Próprio

Lucro líquido retido Montante Pagamento dividendo Montante Pagamento dividendo Montante Pagamento dividendo

3.5 - Distribuição de dividendos e retenção de lucro líquido

Data da aprovação da retenção 22/04/2010 15/04/2009 31/03/2008

Dividendo distribuído em relação ao lucro líquido ajustado 75,000000 27,740000 77,590000

Lucro líquido ajustado 189.589.000,00 162.418.000,00 150.672.000,00

(Reais) Exercício social 31/12/2009 Exercício social 31/12/2008 Exercício social 31/12/2007

Lucro líquido retido 47.397.000,00 117.367.000,00 33.772.000,00

Dividendo distribuído total 142.192.000,00 45.051.000,00 116.900.000,00

(18)

3.6 - Declaração de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas

3.6 Informar se, nos 3 últimos exercícios sociais, foram declarados dividendos a

conta de lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios sociais anteriores

Nos três últimos exercícios sociais, não houve dividendos declarados a conta de lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios sociais anteriores.

(19)

31/12/2009 1.143.557.000,00 Índice de Endividamento 1,47050000

3.7 - Nível de endividamento

Exercício Social Montante total da dívida, de qualquer natureza

Tipo de índice Índice de

endividamento

(20)

Garantia Real 99.498.000,00 26.454.000,00 8.817.000,00 0,00 134.769.000,00

Total 99.498.000,00 26.454.000,00 8.817.000,00 0,00 134.769.000,00

Observação

3.8 - Obrigações de acordo com a natureza e prazo de vencimento

Exercício social (31/12/2009)

Tipo de dívida Inferior a um ano Um a três anos Três a cinco anos Superior a cinco anos Total

(21)

3.9 - Outras informações relevantes

3.9 Fornecer outras informações que o emissor julgue relevantes.

As informações do item 3.8 referem-se às demonstrações financeiras consolidadas.

(22)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

4.1. Descrever fatores de risco que possam influenciar a decisão de investimento,

em especial, aqueles relacionados:

a. ao emissor

Podemos enfrentar dificuldades em inaugurar novas lojas em um prazo adequado, ou em qualquer prazo, o que poderá afetar de maneira adversa nossas vendas líquidas e resultado operacional

Nosso crescimento depende de nossa capacidade de abrir e operar com êxito novas lojas. Contudo, nossa capacidade de abrir novas lojas está sujeita a uma série de riscos e incertezas e podemos ser incapazes de abrir novas lojas conforme o planejado. Qualquer incapacidade de inaugurar ou operar com êxito novas lojas pode gerar um impacto negativo no nosso resultado operacional e no preço de mercado de nossas ações ordinárias. Abrimos 14 novas lojas em 2007, 15 em 2008 e 10 em 2009. Em 2010, quatro novas lojas já foram inauguradas e planejamos abrir mais oito no modelo atual e duas no modelo compacto até o final deste ano. Esperamos continuar inaugurando novas lojas no futuro, no modelo atual e compacto, bem como reformar em bases anuais parte das lojas existentes. Contudo, não há garantias de que abriremos o número planejado de novas lojas em 2010 ou nos anos subseqüentes. Nossa capacidade de inaugurar e operar novas lojas com êxito depende de inúmeros fatores, muitos dos quais estão além de nosso controle. Esses fatores incluem nossa capacidade de identificar locais apropriados para novas lojas, o que inclui reunir e analisar dados demográficos e de mercado para determinar se há demanda suficiente para nossos produtos nos locais escolhidos e a negociação de contratos de aluguel em termos aceitáveis. Precisamos também concluir as obras sem atrasos, interrupções ou aumento de custos. Podemos ainda ter dificuldades em promover nossas marcas e nosso conceito Lifestyle a novos clientes e em oferecer mercadorias que atendam às necessidades e preferências de nossos clientes em novas regiões. A abertura de novas lojas também demandará a manutenção de um nível crescente de estoques a um custo aceitável para atender às demandas das novas lojas e também a contratação, treinamento e retenção de pessoal qualificado para as lojas, especialmente em nível gerencial. Além disso, podemos não ser capazes de integrar as novas lojas às nossas operações atuais de forma satisfatória, de obter financiamento, se necessário, em termos aceitáveis, ou de obter as licenças e autorizações governamentais necessárias. Ademais, aproximadamente 94% de nossas lojas, que foram responsáveis, em 2009, por 91,8% de nossas vendas líquidas, estão localizadas em shopping centers. Portanto, o sucesso de nossa estratégia de expansão pode depender do número de novos shopping centers que serão abertos nos próximos anos ou da disponibilidade de espaço nos shopping centers existentes. Além disso, muitas de nossas novas lojas devem ser abertas em estados do Brasil onde atualmente temos poucas ou nenhuma loja. A expansão para estes mercados pode apresentar desafios em termos de concorrência, comercialização e distribuição que podem ser diferentes daqueles com que lidamos nos nossos mercados atuais. Qualquer um destes desafios pode afetar negativamente nossos negócios e o resultado de nossas operações.

Nossa estratégia de crescimento envolve a abertura e a operação de um número considerável de novas lojas a cada ano, o que pode sobrecarregar nossos recursos e ocasionar uma queda no desempenho das lojas existentes

Nossa proposta de expansão de lojas gerará demandas crescentes sobre nossos recursos operacionais, gerenciais e administrativos. Essas demandas crescentes podem resultar numa queda de eficiência na gestão dos nossos negócios, o que por sua vez pode levar a uma deterioração no desempenho financeiro de nossas lojas individualmente e de nosso negócio como um todo. Ademais, quando a inauguração de novas lojas ocorrer em mercados onde já possuímos lojas, poderemos sofrer uma redução nas vendas líquidas das lojas pré-existentes nesses mercados em função do deslocamento de vendas ou canibalização.

(23)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

Podemos não ser capazes de manter o mesmo ritmo de crescimento trimestral e anual de vendas de lojas comparáveis

Em 2009, nossas vendas de lojas comparáveis cresceram 1,4% em comparação com 2008. Já no 1T10 esse crescimento foi de 15,1% sobre o mesmo período do ano de 2009. Acreditamos que os principais fatores que podem impactar as nossas vendas de lojas comparáveis são: (i) apelo contínuo de nossas marcas e do conceito Lifestyle; (ii) nossa capacidade de prever e responder às novas tendências da moda e de consumo em tempo hábil; (iii) nossa capacidade de atrair novos clientes e manter os atuais; (iv) a confiança do consumidor; (v) situação econômica nas áreas onde nossas lojas estão localizadas; (vi) o ciclo da moda; (vii) o impacto que a abertura de novas lojas pode gerar sobre as lojas pré-existentes nestes mesmos mercados, (viii) mudanças em nossas políticas de crédito, propaganda e marketing; (ix) concorrência, (x) datas festivas; e (xi) variações climáticas. Como resultado dos fatores acima elencados, dentre outros, podemos não ser capazes de manter o mesmo ritmo de crescimento de vendas comparáveis por lojas no futuro, o que pode impactar negativamente os nossos negócios e resultados operacionais.

Precisamos identificar e responder de forma rápida e bem sucedida às mudanças nas tendências da moda e nas preferências do consumidor

Nossas vendas e resultado operacional dependem de nossa habilidade em gerenciar nossos estoques e prever, identificar e responder com rapidez às mudanças nas tendências da moda e nas preferências do consumidor. Não podemos prever as preferências dos consumidores com certeza e tais preferências mudam ao longo do tempo. Ao mesmo tempo em que nossos pedidos de mercadorias devem ser submetidos com antecedência em relação à estação de vendas aplicável, precisamos reagir com agilidade às tendências do mercado oferecendo mercadorias atrativas e desejáveis, a preços competitivos. A demora entre a ordem de compra e a disponibilização de certos produtos em nossas lojas pode tornar difícil uma resposta rápida às novas tendências. Se não formos capazes de prever, identificar ou responder às tendências emergentes de estilo ou de preferências do consumidor, ou se analisarmos incorretamente o mercado para nossas mercadorias ou qualquer nova linha de produtos, nossas vendas poderão sofrer e poderemos ter um volume substancial de estoques não vendidos. Em resposta a essas situações, podemos ser forçados a baixar os preços de nossas mercadorias ou fazer vendas promocionais para acabar com os estoques, o que afetaria negativamente nossos resultados operacionais.

Enfrentamos riscos relacionados aos nossos centros de distribuição

Atualmente, temos dois centros de distribuição localizados nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Todas as mercadorias que vendemos são distribuídas por meio desses centros de distribuição. Se a operação normal de um desses centros de distribuição fosse interrompida por qualquer motivo, somente poderíamos realizar a distribuição parcial de nossas mercadorias em tempo hábil, o que geraria um efeito negativo material em nossa situação financeira e resultado operacional. Adicionalmente, nossa estratégia de crescimento inclui a abertura de novas lojas em formato compacto, o que pode demandar uma expansão na capacidade de nossos centros de distribuição, uma reorganização de nossos centros de distribuição atuais ou o estabelecimento de novos centros de distribuição. Caso não consigamos encontrar locais adequados para estabelecer novos centros de distribuição, ou não consigamos integrar novos ou expandir centros de distribuição ou serviços de operadores logísticos ao nosso processo de controle de estoques de maneira eficaz, podemos não conseguir entregar estoques às nossas lojas em tempo hábil, o que pode ter um efeito negativo em nossas vendas e na nossa estratégia de crescimento

Dependemos do movimento de clientes gerado pelos shopping centers nos quais nossas lojas estão localizadas

(24)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

gerar movimento de consumidores nas vizinhanças de nossas lojas, bem como na continuada popularidade dos shopping centers como destino preferencial para compras. Nosso volume de vendas e o movimento em shopping centers podem ser afetados negativamente por fatores externos a nosso controle tais como, entre outros, declínio econômico em uma área em particular, a abertura de novos shopping centers e o fechamento ou queda de atratividade de outras lojas nos shopping centers em que estamos localizados. Uma redução no movimento dos shopping centers como resultado de quaisquer desses fatores ou de qualquer outro pode resultar em um declínio no número de clientes que visitam nossas lojas e isso pode afetar negativamente os nossos negócios, situação financeira e resultado operacional.

Se perdermos nossos executivos seniores, nosso desempenho financeiro poderá ser afetado

Nosso desempenho depende em grande parte dos esforços e capacidades de nossos executivos seniores. Os diretores estão vinculados por meio de um contrato de prestação de serviços, mas isso não garante a sua permanência na Companhia. A perda de qualquer de nossos diretores, executivos ou outros colaboradores-chave pode prejudicar nossos negócios.

Nossas vendas dependem em grande parte da eficácia de nossos programas de propaganda e marketing Dedicamos recursos substanciais à propaganda e marketing. Nosso negócio depende do movimento intenso de clientes em nossas lojas e de um marketing eficaz para ajudar a gerar esse movimento. Nossas vendas e nossa lucratividade dependem em grande parte de nossa capacidade de, entre outras coisas, identificar nosso público alvo, decidir sobre a mensagem publicitária e os meios de comunicação adequados para atingir o nosso público alvo e promover o conhecimento e a atração por nossas marcas. Se nossas atividades de propaganda e marketing não forem bem concebidas, planejadas e executadas, poderemos não criar um aumento das vendas totais ou das vendas de lojas comparáveis ou não gerar os níveis desejáveis de conhecimento de nossas marcas e mercadorias. Conseqüentemente, nossa situação financeira e resultado operacional podem ser afetados negativamente. Além disso, como atualmente contamos em grande parte com as propagandas em televisão, se os custos de propaganda em televisão aumentarem significativamente, poderá não haver outros veículos igualmente eficazes para nos comunicar com nossos clientes. O aumento de custos com propaganda pode reduzir nossas margens.

Dependemos fortemente de sistemas de gerenciamento de informação para operar nossos negócios Nossas operações dependem da funcionalidade, disponibilidade, integridade, estabilidade operacional de nosso Data Center e de vários sistemas, entre os quais sistemas ponto-de-venda em lojas, sistemas de crédito, sistema de logística, sistemas de comunicação e vários aplicativos para controlar os estoques e gerar relatórios de desempenho comercial e financeiro. Ao longo dos últimos anos, fizemos melhorias e implementamos novos sistemas, além de investimento em atualização e novos equipamentos de tecnologia da informação. Se estes ou quaisquer outros sistemas e software não funcionarem de maneira eficaz, isso poderá afetar negativamente a disponibilidade e precisão de nosso processamento de transações, contabilização e geração de relatórios comerciais e financeiros, bem como nossa capacidade de gerenciar nossos negócios e prever adequadamente os resultados operacionais e necessidades de caixa. Para gerenciar o crescimento previsto de nossas operações, podemos precisar continuar a aperfeiçoar nossos sistemas operacionais e financeiros, processamento de transações, procedimentos e controles, e fazendo isso poderemos incorrer em despesas adicionais substanciais ou problemas de integração, o que poderia prejudicar nossos resultados financeiros.

(25)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

A incapacidade ou falha em proteger nossa propriedade intelectual ou a nossa violação à propriedade intelectual de terceiros pode ter impactos negativos em nosso resultado operacional

Acreditamos que nossas marcas são ativos valiosos e importantes para nosso sucesso. O uso sem autorização ou outra apropriação indevida de nossas marcas registradas pode diminuir o valor da marca Renner, do nosso conceito de loja, de nossas marcas próprias ou nossa reputação e ocasionar um declínio em nossas vendas líquidas. Qualquer infração ou alegação de violação de propriedade intelectual dirigida contra nós, tenha ou não mérito, pode resultar em um litígio demorado e oneroso, ocasionando atrasos na entrega de produtos ou exigindo o pagamento de royalties ou taxas de licença. Como resultado disso, qualquer demanda desse tipo pode ter um efeito negativo em nosso resultado operacional.

Nossas vendas e níveis de estoque flutuam sazonalmente

Nossas vendas são tipicamente desproporcionalmente maiores no quarto trimestre de cada exercício social devido ao aumento das vendas durante o período de compras natalinas e esperamos que essa sazonalidade continue no futuro. Em 2009, 33,7% de nossas receitas líquidas foram geradas no quarto trimestre. Como resultado, contamos fortemente com as vendas durante a estação de compras natalinas, e qualquer desaquecimento econômico, interrupção de nossos negócios ou de nossos fornecedores ou outras circunstâncias que afetassem nossos negócios no último trimestre de qualquer exercício social teriam um efeito negativo desproporcional sobre nossa condição financeira e resultado operacional. Adicionalmente, a fim de nos prepararmos para a estação de compras do Natal, devemos comprar e manter em estoque uma quantidade de mercadorias consideravelmente maior do que aquela que mantemos durante outros períodos do ano e contratar colaboradores adicionais temporários para nossas lojas. Qualquer diminuição não prevista ou previsão equivocada da demanda por nossos produtos durante esta época de pico de compras, poderia nos compelir a vender o estoque excedente a um preço substancialmente menor, o que afetaria os nossos negócios de maneira adversa, o resultado operacional e a situação financeira. As flutuações trimestrais no nosso resultado operacional e a situação financeira podem afetar o valor de mercado de nossas ações.

Variações climáticas podem causar impactos negativos em nosso resultado operacional

Nosso negócio é suscetível às condições climáticas. Períodos prolongados de temperaturas mais altas durante o inverno ou mais frias durante o verão podem deixar uma parte de nosso estoque incompatível com tais condições inesperadas. Desta forma, períodos de clima alterado podem nos compelir a vender o excesso de nossos estoques por preços descontados, reduzindo assim nossas margens, o que pode ter um efeito negativo material. Isso pode ser mais significativo nos casos de coleções de inverno, cujos preços médios são maiores. Além disso, períodos prolongados de chuva ou estiagem podem afetar o padrão de compras de nossa clientela. Por exemplo, alguns estados da região Sul e Sudeste do Brasil, onde atualmente concentramos nossas lojas, têm uma economia com ênfase (ou forte presença) na agricultura, e se vivenciarem um período de estiagem prolongado ou de chuva intensa, pode causar um efeito negativo significativo sobre a economia da região e, conseqüentemente, em nossos negócios e resultado operacional.

b. a seu controlador, direto ou indireto, ou grupo de controle

(26)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

c. a seus acionistas

O valor de mercado de nossas ações pode ser afetado negativamente pela volatilidade do mercado O valor de mercado de nossas ações ordinárias pode estar sujeito a flutuações significativas e pode cair abaixo do preço justo estipulado pelo mercado. Talvez não seja possível a revenda de nossas ações pelo mesmo preço justo por ação ou por um preço superior a este. Entre os fatores que podem afetar o valor de mercado de nossas ações estão:

• variações presentes ou futuras nas vendas de lojas comparáveis no resultado das operações; • mudanças nas estimativas financeiras de analistas;

• mudanças presentes ou futuras na economia brasileira ou no mercado de varejo, e

• anúncios, feitos pela nossa Companhia ou por nossos concorrentes, de aquisições relevantes, associações estratégicas, alienações, ou outras iniciativas estratégicas.

Podemos precisar obter recursos mediante emissões adicionais de ações no futuro, que pode diluir a participação de nossos acionistas

Podemos precisar obter recursos adicionais no futuro a fim de executar nossa estratégia de crescimento e não sermos capazes de obter financiamentos em termos atrativos, ou sob quaisquer termos. Se não conseguirmos recursos adequados para satisfazer nossas exigências de capital, internamente ou por meio de financiamentos, poderemos precisar de aumento de capital por meio de novas emissões de ações. A emissão de um número substancial de nossas ações ordinárias após a conclusão da Oferta pode afetar negativamente o valor de nossas ações ordinárias e diluir a participação de nossos acionistas.

Podemos não pagar dividendos aos acionistas detentores de nossas ações

De acordo com nosso Estatuto Social, devemos pagar aos nossos acionistas pelo menos 25% de nosso lucro líquido anual ajustado sob a forma de dividendos. O lucro líquido pode ser capitalizado, utilizado para compensar prejuízo ou então retido conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações e pode não ser disponibilizado para pagamento de dividendos. Podemos não pagar dividendos a nossos acionistas em qualquer exercício social, se nosso Conselho de Administração decidir que não possuímos lucro líquido ajustado suficiente (ou lucros acumulados) para distribuir dividendos ou que tal pagamento seria desaconselhável diante de nossa situação financeira. No ano de 2007, distribuímos em dividendos e juros sobre capital próprio, 77,6% do lucro liquido ajustado, com os efeitos das alterações produzidas pela Lei 11.638/07. No ano de 2008, distribuímos em dividendos e juros sobre capital próprio, 27,7% do lucro líquido ajustado (25% considerando juros sobre capital próprio líquidos de IR) e no ano de 2009 distribuímos em dividendos e juros sobre capital próprio, 75% do lucro liquido ajustado.

Nosso Estatuto Social contém disposições que podem dissuadir a aquisição da Companhia e dificultar ou atrasar operações que poderiam ser do interesse dos investidores

Nosso Estatuto Social contém disposição que tem o efeito de evitar a concentração de nossas ações em um grupo pequeno de investidores, de modo a promover uma base acionária mais dispersa. Uma dessas disposições exige que qualquer Acionista Adquirente, com exceção dos investidores que se tornem nossos acionistas em certas operações especificadas no nosso Estatuto, que venha a ser titular de direitos de sócio relativos a 20% ou mais do total de ações de emissão da Companhia (excluídas as ações em tesouraria e os acréscimos involuntários de participação acionária especificados no Estatuto), realize, no prazo de 60 dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações nessa quantidade, uma oferta pública de aquisição da totalidade de nossas ações, pelo preço estabelecido no nosso Estatuto. Esta disposição pode ter o efeito de dificultar ou impedir tentativas de aquisição da nossa Companhia, e

(27)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

pode desencorajar, atrasar ou impedir a fusão ou aquisição de nossa Companhia, incluindo operações nas quais o investidor poderia receber um prêmio sobre o valor de mercado de suas ações.

Não temos um acionista controlador ou grupo de controle, o que poderá nos deixar susceptíveis a alianças entre acionistas, conflitos entre acionistas e outros eventos decorrentes da ausência de um acionista controlador ou grupo de controle

Desde 2005, não temos um acionista controlador ou grupo de controle e não há uma prática definida no Brasil de companhia aberta sem acionista identificado como controlador. Entretanto, pode ser que se formem alianças ou acordos entre os novos acionistas, o que poderia ter o mesmo efeito de ter um grupo de controle. Caso surja um grupo de controle e este passe a deter o poder decisório da nossa Companhia, poderíamos sofrer mudanças repentinas e inesperadas das nossas políticas corporativas e estratégias, inclusive através de mecanismos como a substituição dos nossos administradores. A ausência de um grupo de controle poderá dificultar certos processos de tomada de decisão, pois poderá não ser atingido o quorum mínimo exigido por lei para determinadas deliberações. Como não temos acionista identificado como controlador, nós e os acionistas minoritários podemos não gozar da mesma proteção conferida pela Lei das Sociedades por Ações contra abusos praticados por outros acionistas, em conseqüência, podemos ter dificuldade em obter a reparação dos danos causados. Qualquer mudança repentina ou inesperada em nossa equipe de administradores, em nossa política empresarial ou direcionamento estratégico, tentativa de aquisição de controle ou qualquer disputa entre acionistas concernentes aos seus respectivos direitos podem afetar adversamente nossos negócios e resultados operacionais.

d. a suas controladas e coligadas

Podemos ter a descontinuidade de uma das principais lojas da Companhia e da oferta de empréstimo pessoal e de títulos de capitalização

A Companhia detém o controle da Dromegon Participações Ltda., através da participação de 99,9% no capital social dessa empresa. As operações da Dromegon Participações Ltda se limitam ao aluguel de imóvel de sua propriedade à Companhia, onde temos uma das nossas principais lojas. Corremos o risco de descontinuidade deste importante ponto comercial por conta de sinistro ou outros eventos que indisponibilizem o uso das instalações pela Companhia. A Companhia detém também o controle da Renner Administradora de Cartões de Crédito Ltda. (RACC), através da participação de 99,9% no capital social dessa empresa. Essa empresa oferece serviços financeiros de empréstimo pessoal, mediante contrato de convenio para concessão de empréstimos junto a instituições financeiras, proporcionando aos titulares do Cartão Renner condições para obtenção desse tipo de empréstimo. A RACC também oferece título de capitalização através de um contrato de cooperação comercial realizado com uma empresa de capitalização. Corremos o risco da descontinuidade da oferta desses serviços aos clientes da Lojas Renner, caso esta controlada rescinda os contratos que mantém com as instituições financeiras.

e. a seus fornecedores

Não podemos prever se seremos capazes de repassar qualquer aumento dos custos da mercadoria para nossos consumidores no futuro

A maioria dos nossos fornecedores é de pequeno porte, com recursos financeiros limitados, sujeitos a dificuldades financeiras e operacionais no caso de haver uma crise econômica. Devido a este fato, nós avaliamos regularmente a situação financeira, as práticas de negócios adotadas e a ética empregada por nossos atuais fornecedores. Na escolha dos nossos fornecedores, analisamos competitividade de preços, qualidade das mercadorias, prazos de entrega e estabilidade financeira. Porém alguns fatores macroeconômicos podem levar nossos fornecedores a aumentar o preço de suas mercadorias para

(28)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

compensar futuros aumentos na inflação, por exemplo. Não podemos prever se seremos capazes de repassar qualquer aumento dos custos da mercadoria para nossos consumidores no futuro, e se o impacto negativo deste aumento de custos refletirá em nossos negócios, resultado operacional e valor de mercado de nossas ações.

Não podemos garantir que nossos fornecedores venham a se utilizar de praticas irregulares

Como temos uma base muito grande de fornecedores, atualmente trabalhamos com aproximadamente 1.300 fornecedores de mercadorias, dos quais 700 são ativos, corremos o risco, devido a grande pulverização e terceirização da cadeia produtiva de nossos fornecedores, que os mesmos possam vir a utilizar trabalho escravo, infantil, ou mesmo venham a ter problemas relacionados a sustentabilidade, quarteirização da cadeia produtiva e condições de segurança impróprias. Para minimizar este risco, todos os nossos fornecedores possuem contrato de fornecimento de mercadorias nos quais existem cláusulas que nos protegem contra os riscos acima citados. Porém não podemos garantir que alguns de nossos fornecedores venham a se utilizar dessas irregularidades para terem um custo mais baixo de seus produtos, mas caso alguma dessas irregularidades venha a ocorrer, o fornecedor será descredenciado.

f. a seus clientes

Nós incorremos em um risco significativo em função do financiamento aos clientes

O Cartão Renner é um componente importante de nossa estratégia comercial e, em 2009, aproximadamente 60,2% de nossas vendas foram feitas através do Cartão Renner. É parte de nossa estratégia aumentar o percentual de vendas pagas por clientes usando o Cartão Renner. Os clientes que utilizam o Cartão Renner para efetuar suas compras têm um plano de pagamento parcelado que permite o pagamento em até cinco vezes ou oito vezes com encargos, sendo que a primeira parcela vence 30 dias após a data da compra. Nós não cobramos juros sobre as parcelas sempre que o pagamento seja feito pontualmente nas respectivas datas de vencimento. Quando uma prestação do Cartão Renner não é paga na data do vencimento, o Santander, nos termos do contrato de financiamento aos titulares do Cartão Renner celebrado entre o banco, a Companhia e a Renner Administradora, financia a quantia devida pelo cliente nos pagando o valor correspondente à parcela vencida e o cobra posteriormente do cliente acrescido de uma multa de 2% do valor devido e juros mensais equivalentes à taxa praticada no mercado no momento da cobrança. Nos termos deste contrato, garantimos total e incondicionalmente a quantia devida por nossos clientes ao Santander. Historicamente, temos níveis de inadimplência mais elevados em nossas novas lojas, comparativamente com as lojas já estabelecidas. Isso decorre da necessidade de tempo para conhecermos particularidades demográficas e a qualidade de crédito no mercado onde as novas lojas estão localizadas. Portanto, conforme expandimos para novas cidades, nossos níveis de inadimplência podem aumentar. Quaisquer eventos que possam afetar negativa e materialmente a capacidade de nossos clientes de honrar suas obrigações com relação ao crédito concedido a eles por meio do Cartão Renner poderão resultar em perdas para nós. Alguns de nossos concorrentes varejistas oferecem linhas de crédito rotativo, o que, eventualmente, poderá afetar negativamente nossas vendas e nosso resultado operacional caso, eventualmente, não ofereçamos produtos semelhantes. Adicionalmente, pode ser que enfrentemos dificuldades para ingressar nesta nova linha de negócios, o que poderá afetar negativamente nosso resultado operacional.

(29)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

g. aos setores da economia nos quais o emissor atue

O setor de varejo no Brasil é altamente competitivo

O setor de varejo no Brasil é caracterizado por uma concorrência intensa e crescente. Apesar de sermos um dos maiores varejistas do país, temos muitos e variados concorrentes em nível local e nacional, inclusive outras lojas de departamentos, lojas especializadas e lojas de descontos. Alguns de nossos concorrentes têm um maior número de lojas, maior presença de mercado, maior reconhecimento do nome e maiores recursos financeiros, de distribuição, de marketing e outros. Novos participantes do setor de varejo brasileiro, incluindo grandes varejistas com base internacional, podem criar mudanças repentinas em nosso cenário competitivo. A concorrência é caracterizada por muitos fatores, inclusive variedade de mercadorias, propaganda, preço, qualidade, atendimento, localização, reputação e disponibilidade de crédito. Também enfrentamos a concorrência dos varejistas menores que freqüentemente se beneficiam da ineficiência do sistema brasileiro de cobrança de tributos, controle de importação e leis trabalhistas. Concorremos com os grandes varejistas pela localização das lojas, principalmente nos shopping centers. Se não competirmos eficazmente no que diz respeito a esses fatores, nosso resultado operacional e nossa situação financeira podem ser afetados negativamente.

O setor de varejo é sensível a diminuições no poder de compra do consumidor e a ciclos econômicos desfavoráveis

Historicamente, o setor varejista tem sido suscetível a períodos de desaquecimento econômico geral que levaram à queda nos gastos do consumidor. O sucesso de nossas operações depende, entre outros, de vários fatores relacionados aos gastos do consumidor e/ou que afetam a renda do consumidor, inclusive a situação geral dos negócios, taxas de juros, inflação, disponibilidade de crédito ao consumidor, tributação, confiança do consumidor nas condições econômicas futuras, níveis de emprego e salários. Um revés econômico poderia reduzir consideravelmente os gastos do consumidor e sua renda disponível, o que teria efeitos negativos em nossas vendas, resultado operacional e desempenho financeiro em geral. Qualquer efeito negativo em nosso desempenho financeiro provavelmente levaria a uma queda no preço de mercado de nossas ações.

h. à regulação dos setores em que o emissor atue

O governo brasileiro exerce grande influência sobre a economia brasileira. Essa influência,bem como as condições político-econômicas do Brasil, podem afetar negativamente nossos negócios e o valor de mercado de nossas ações

O governo brasileiro freqüentemente intervém na economia brasileira e ocasionalmente faz mudanças significativas nas suas políticas e regulamentações. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e implementar outras políticas freqüentemente envolvem, entre outras medidas, aumentos nas taxas de juros, mudanças nas políticas fiscais, controle de preços, desvalorizações da moeda, controle de capital e limites sobre as importações. Nossos negócios, situação financeira e resultado operacional podem ser afetados negativamente por mudanças em políticas ou regulamentações envolvendo ou afetando fatores como:

• taxa de juros;

• controles cambiais e restrições nas remessas ao exterior, tais como os que foram impostos em 1989 e início de 1990;

• variação cambial; • inflação;

(30)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

• liquidez do mercado nacional, de capitais e financeiros; • política fiscal;

• alterações das regulamentações sobre importação de produtos;

• alterações das regulamentações sobre concessão de crédito ao consumidor; e

• medidas de cunho político, social e/ou econômico adotadas pelo Brasil ou por terceiros com impacto no Brasil.

As compras de nossas mercadorias dependem do poder aquisitivo dos nossos clientes e nosso desempenho financeiro é sensível às alterações nas condições econômicas gerais do Brasil que afetam o poder de compra do consumidor. Os hábitos dos consumidores são afetados pelos fatores listados acima, bem como pelos níveis de emprego e salários e pela confiança do consumidor e sua percepção das condições econômicas no Brasil. Incertezas relativas às políticas do governo brasileiro e eventuais mudanças das políticas afetando estes ou outros fatores no futuro podem contribuir para a incerteza econômica no Brasil e podem reduzir o poder de compra do consumidor, o que pode nos levar a adiar ou reduzir nossos planos de expansão, resultar em menores vendas líquidas e excesso de estoques, além da redução do preço das mercadorias e custos adicionais associados com os altos níveis de estoques. A incerteza econômica no Brasil poderia gerar um aumento na volatilidade dos valores mobiliários emitidos por empresas brasileiras e reduzir o poder de compra do consumidor, o que poderia nos levar a adiar ou reduzir nosso plano de expansão. Essas e outras mudanças futuras da economia e políticas governamentais do Brasil podem afetar negativamente nossa Companhia, nossos negócios e nosso resultado operacional, bem como o valor de mercado de nossas ações.

A inflação e os esforços do governo para combater a inflação podem contribuir para a incerteza econômica no Brasil, o que poderia prejudicar nossos negócios e resultados operacionais e o valor de mercado de nossas ações

No passado, o Brasil apresentou taxas extremamente altas de inflação. A inflação juntamente com as medidas governamentais para combatê-la e a especulação pública sobre possíveis medidas governamentais futuras tiveram efeitos negativos significativos na economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica no Brasil e aumentando a volatilidade do mercado brasileiro de valores mobiliários. As medidas do governo brasileiro para controlar a inflação incluem a manutenção de uma rígida política monetária com altas taxas de juros, o que restringe a disponibilidade de crédito e reduz o crescimento econômico. Como resultado, as taxas de juros têm uma flutuação considerável. Por exemplo, as taxas de juros oficiais efetivas no Brasil ao final de 2007, 2008 e 2009 foram, respectivamente, 11,25%; 13,75% e 8,75%, conforme estabelecido pelo Comitê de Política Monetária. O aumento do preço do petróleo, bem como ações futuras do governo brasileiro, dentre elas a redução da taxa de juros, intervenções no mercado de câmbio e ações para ajustar ou fixar o valor do Real, podem desencadear o aumento da inflação, o que pode afetar negativamente os níveis de consumo no varejo. Neste cenário, nossos fornecedores tenderiam a aumentar o preço de suas mercadorias para compensar futuros aumentos na inflação. Não podemos prever se seremos capazes de repassar qualquer aumento dos custos da mercadoria para nossos consumidores no futuro, e se o impacto negativo deste aumento de custos refletirá em nossos negócios, resultado operacional e valor de mercado de nossas ações. Adicionalmente, a inflação alta geralmente implica em um aumento da taxa de juros local, por conseguinte, o custo de nossas dívidas denominadas em Reais pode aumentar, causando uma redução em nossos lucros. Além disso, uma alta da inflação e seu efeito na taxa juros local podem reduzir a liquidez nos mercados de crédito locais, o que pode afetar negativamente nossa capacidade de negociar o refinanciamento de nossas dívidas. Uma redução em nosso lucro líquido pode levar a um declínio no preço de mercado de nossas ações.

(31)

4.1 - Descrição dos fatores de risco

A instabilidade da taxa de câmbio pode afetar negativamente nossa situação financeira, resultado operacional e o valor de mercado de nossas ações

Como resultado das pressões inflacionárias, a moeda brasileira tem sido periodicamente desvalorizada durante as quatro últimas décadas. Ao longo desse período, o governo brasileiro implementou vários planos econômicos e adotou várias políticas cambiais, incluindo desvalorizações repentinas, minidesvalorizações periódicas durante as quais a freqüência de ajustes variou de diária a mensal, sistemas de taxa cambial flutuante, controles cambiais e dois mercados de câmbios regulados. Ocorreram flutuações significativas da taxa de câmbio entre a moeda brasileira, o dólar americano e outras moedas. Apesar de ter havido uma valorização do Real, em relação ao dólar americano, em 20,7% em 2007, uma desvalorização em 24,2% em 2008 e novamente uma valorização em 34,2% em 2009, não se pode assegurar que novas desvalorizações do Real venham a ocorrer novamente. Em 31 de dezembro de 2009, a taxa de câmbio foi de R$1,74 por US$1.00. Quaisquer desvalorizações do Real em relação ao dólar americano podem criar uma pressão inflacionária adicional no Brasil e resultar em aumentos da taxa de juros, o que afetaria negativamente os níveis de consumo no varejo e a economia brasileira como um todo. Além disso, uma desvalorização do Real pode afetar nossa capacidade de fazer frente aos nossos custos e obrigações denominadas em moeda estrangeira, e nossa situação financeira e resultado operacional seriam adversamente afetados.

Eventos políticos, econômicos e sociais e a percepção do risco em outros países podem afetar negativamente o valor de mercados das ações brasileiras, inclusive nossas ações

O valor de mercado das ações de empresas brasileiras é diretamente afetado pela situação econômica e de mercado de outros países. Embora condições econômicas nos outros países emergentes possam diferir consideravelmente das condições econômicas no Brasil, a reação dos investidores a eventos nesses outros países pode ter um efeito negativo no valor de mercado das ações emitidas por empresas brasileiras. Crises em outros mercados podem diminuir o interesse de investidores em ações emitidas por empresas brasileiras, inclusive nossas ações. Isso pode afetar negativamente o valor de mercado de nossas ações e pode também dificultar nosso acesso aos mercados de capitais e nosso financiamento de nossas operações futuras sob termos aceitáveis para nós.

i. aos países estrangeiros onde o emissor atue

(32)

4.2 - Comentários sobre expectativas de alterações na exposição aos fatores de risco

4.2 Em relação a cada um dos riscos acima mencionados, caso relevantes,

comentar sobre eventuais expectativas de redução ou aumento na exposição do

emissor a tais riscos.

A Companhia, ao enfrentar os desafios do final de 2008 e início de 2009, respondeu com expansão, inovações, melhorias e aprimoramento de processos. Os patamares de rentabilidade e crescimento apresentados pela Companhia são conseqüência de sólida cultura corporativa, de criação de valor aos acionistas, de permanente atenção a missão de encantar os clientes, da qualidade e diversidade do mix de produtos e da prestação de serviços de alto nível. Pensando sempre em constantes melhorias nesses itens que aumentamos o número de lojas a serem inauguradas em 2010, incrementamos os serviços financeiros com o cartão hibrido, sendo a primeira empresa de varejo no mundo a ser franqueada pelas bandeiras Visa e Mastercard sem a garantia de uma instituição financeira, visando com essa iniciativa crescimento, visibilidade e proximidade com o cliente, incentivando também o uso do cartão Renner e iniciamos a operação de vendas on line com perfumaria, relógios e lingerie. Também pretendemos abrir uma instituição financeira própria, que está dependendo de autorização do Banco Central.

Para capacitar de forma consistente os novos líderes, contamos, desde 1992, com um Programa de Trainees, visando desenvolver pessoas para atuarem como Supervisores e Gerentes. Temos formado, a cada ano, muitos colaboradores para cargos de liderança e, desde julho de 2005, temos aumentado o número de vagas oferecidas, exatamente com o intuito de prepararmos um número ainda maior de executivos para atuarem principalmente na supervisão e gerência das novas lojas, prestando, assim, suporte ao plano de expansão da Companhia. Também contamos com o Programa de Sucessão, que foi implementado em 2007 e amplamente trabalhado ao longo de 2009, por intermédio do processo sistematizado de mapeamento e identificação dos executivos considerados de alto potencial. Como produtos deste processo são elaborados Planos de Desenvolvimento Individuais que aceleram a formação dos potenciais sucessores para novos desafios, a fim de suprir as necessidades de expansão e crescimento da Companhia.

Com 94% de nossas lojas em Shoppings Centers, continuamos acreditando no crescimento desse segmento, que voltou a crescer com a abertura de novos Shoppings e ampliação de outros, facilitando assim a expansão de novas lojas. Começaremos a operar com lojas compactas, entre 1000 a 1200m2 de área de venda, que poderá abrir espaço, além das lojas em shoppings, para mais lojas de rua e em cidades menores.

Nossos centros de distribuição estão preparados para uma distribuição rápida e eficiente de nossas mercadorias, permitindo que diferentes produtos estejam permanentemente ao alcance do consumidor, considerando as diferentes demandas climáticas, regionais e preferências locais de marcas, estilos, cores e temas. A distância média entre fornecedores e centro de distribuição, e destes em relação às lojas, é de 930 quilômetros ou 48 horas. Todo o fluxo operacional dos produtos nos CDs é gerenciado com o sistema WMS Retek, da Oracle. A gestão da distribuição de mercadorias por cor, tamanho e mix de produtos, garante agilidade ao processo logístico complementado por sistemas integrados de gestão de estoques e planejamento de compras. As mercadorias chegam aos CDs embaladas, etiquetadas e encabidadas, com a quantidade certa destinada a cada loja. O objetivo é ganhar cada vez mais velocidade, qualidade e visibilidade de todos os processos, que são continuamente revisados, sempre considerando uma visão integrada de todos os elos da cadeia de suprimentos, desde os fornecedores, passando pelos CDs e atendendo às lojas, até o consumidor final.

Nossa relação com a maioria dos nossos fornecedores é de longa data. Alguns deles conseguem produzir mercadorias de forma acelerada, o que nos permite responder a mudanças repentinas da moda. Mantemos contratos com todos os nossos fornecedores e, atualmente, os contratos em vigor são de curto prazo e não

(33)

4.2 - Comentários sobre expectativas de alterações na exposição aos fatores de risco

contêm cláusulas de exclusividade. As mercadorias importadas vêm principalmente de fornecedores localizados na China, Índia, Bangladesh, Peru, Argentina e Uruguai. Esperamos que nossos negócios com fornecedores estrangeiros continuem a crescer. Até hoje não tivemos quaisquer dificuldades em obter os volumes necessários de mercadoria, e acreditamos que, na hipótese de perda de qualquer um dos nossos atuais fornecedores, nós temos condições de substituí-los por outros igualmente capacitados sem com isso sofrer interrupções significativas das nossas atividades. Todos os nossos fornecedores contam com a auditoria da SGS do Brasil Ltda. que faz inspeções, em fornecedores nacionais, a fim de auditar as condições e segurança do trabalho, problemas relacionados a sustentabilidade, quarteirização da cadeia produtiva, trabalho escravo e infantil. Os nossos fornecedores internacionais são intermediados por grandes tradings, exemplificando, Li & Fung, que nos contratos se responsabilizam pelos mesmos itens acima citados. Caso essas irregularidades venham a ocorrer, o fornecedor será descredenciado. Os fornecedores que optarem por uma antecipação do recebimento de suas duplicatas, efetuamos o pagamento com taxas competitivas.

Nossas ações, no ano de 2009, tiveram um expressivo crescimento de 150,8% e nossos maiores acionistas tem se mantido de longo prazo. Pagamos 75% do lucro liquido ajustado de 2009 em dividendos para nossos acionistas.

Por fim, analisamos todos os riscos aos quais estamos expostas e que possam de alguma maneira, afetar nossas operações, seja no varejo ou em serviços financeiros. Contamos com uma área de Auditoria Interna e uma área de Prevenção de Perdas, cujo nível de reporte se substancia nos princípios que preservam a independência dos auditores e profissionais de prevenção de perdas e atende aos preceitos de Governança Corporativa. Analisamos mudanças no cenário macroeconômico e setorial que possam influenciar nossas atividades e, caso nos afetem, agimos imediatamente, revendo processos, reavaliando custos e despesas e ajustando nosso sortimento, tanto em quantidade como em preços, sem alterar com isso a posição de nossa marca entre os maiores varejistas de vestuário.

Referências

Documentos relacionados

5. Administratīvā valde, apspriedusies ar Komisiju, katru gadu līdz 30. septembrim un pēc Regulatoru valdes apstiprinājuma sa­ ņemšanas saskaņā ar 15. panta 3. punktu

Com relação ao CEETEPS, o tema desta dissertação é interessante por se inserir no Programa de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), sob a tutela da Coordenação de

Este trabalho têm o objetivo de discutir técnicas e tecnologias que podem auxiliar no desenvolvimento de processos e no aumento da eficiência quando se trata de consumo de águas

Parágrafo Nono – O disposto neste artigo 23 não se aplica na hipótese de uma pessoa tornar- se titular de ações de emissão da Companhia em quantidade igual ou superior a 20%

No entanto, este é um conhecimento que cumprirá ao professor por forma a poder interpretar as respostas dos alunos e a formular, ele próprio problemas de divisão sabendo

Assim sendo, o objetivo geral deste trabalho é propor um modelo de predição precoce que mapeie o desempenho dos alunos em cursos de nível superior, na modalidade de ensino a

Conforme mencionado na nota explicativa nº 3.5, as contas a receber de clientes são ajustadas a valor presente pela taxa de juros efetiva na data da transação (nota explicativa

45 não se aplica, ainda, na hipótese de um acionista ou Grupo de Acionistas tornar-se titular de ações de emissão da sociedade em quantidade superior a 25% (vinte